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IMPACTO URBANO DE EDIFICAÇÕES COMPLEXAS: O CASO DE HOSPITAIS EM SALVADOR-BA PROJETO DE PESQUISA José Ferreira Nobre Neto DISCENTE Prof. Dr. Antônio Pedro Alves de Carvalho ORIENTADOR SEMINÁRIO GEA-HOSP 2017

IMPACTO URBANO DE EDIFICAÇÕES COMPLEXAS: O CASO … · ABERTOS ^permeabilidade urbana/ melhoria da qualidade de vida/ diversidade entre as suas zonas e melhor convívio entre os

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IMPACTO URBANO DE EDIFICAÇÕES

COMPLEXAS: O CASO DE HOSPITAIS EM SALVADOR-BA

PROJETO DE PESQUISA

José Ferreira Nobre Neto

DISCENTE

Prof. Dr. Antônio Pedro Alves de Carvalho

ORIENTADOR

SEMINÁRIO GEA-HOSP 2017

GEA-HOSP 2017 José Ferreira Nobre NetoO IMPACTO URBANO DE EDIFICAÇÕES COMPLEXASSEMINÁRIO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃOTEMA E OBJETO DE ESTUDOPERGUNTA DE INVESTIGAÇÃOOBJETIVOS

PRINCIPALSECUNDÁRIOS

JUSTIFICATIVAREVISÃO DE LITERATURAMETODOLOGIA

ETAPASTIPO E LOCAL DE ESTUDOVIABILIDADE

RESULTADOS ESPERADOSCONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO

Na Bahia, a Região Metropolitana de Salvador possui a maior expressividadeentre as demais regiões. Para Carvalho et al. (2014), neste exemplo há apresença da lógica da concentração metropolitana, implicando em grandesdesafios para o planejamento urbano-regional.

“Em 1950, apenas 36% da população eraconsiderada urbana e, em 2010, a taxa de

urbanização atingiu 84%.”

(CARVALHO et al., 2014, p. 24).

HOSPITAL DO SUBÚRBIO HOSPITAL SARAH KUBITSCHECK

COMPLEXO HOSPITALAR DO PAU DA LIMA HOSPITAIS SANTA ISABEL E HMCO

HUPES E UNIDADES DE ENSINO EM SAÚDE HGE 1/ 2

COMPLEXO HOSPITAL PORTUGUÊS HOSPITAL DA BAHIA

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INTRODUÇÃO

Para Carvalho e Pereira (2014), mesmo havendo grandes desigualdades emSalvador, no início do século XXI houve maiores investimentos no setor deserviços, entre os quais está inserido o segmento saúde.

FONTE: O autor, 2017.

FIGURA 01 – Diagramas dos níveis de concentração e centralidades de unidades de saúde em Salvador.

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OBJETIVOS

PRINCIPAL

- Identificar os principais impactos urbanos produzidos por edificaçõescomplexas hospitalares na Região Metropolitana de Salvador, no período dos últimosdez anos.

SECUNDÁRIOS

- Classificar e analisar as interferências morfológicas na cidade de Salvador apartir da localização geográfica e da implantação no entorno imediato dos hospitais degrande porte;

- Avaliar e testar ferramentas avançadas de análise de impacto urbano deedificações de hospitais de grande porte, por meio dos programas de modelagemdigital;

- Apontar diretrizes projetuais para a concepção de estratégias de edifícioscomplexos.

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JUSTIFICATIVA

O adensamento contínuo das cidades cria ademanda por equipamentos complexos de largaescala, como trens, metrôs, equipamentos multiuso,conjuntos habitacionais, bibliotecas e centros desaúde.

De acordo com a pesquisa das Cidades Sustentáveis(2006), a população estimada de Salvador, em 2014,é de 2.902.927 habitantes. Esta investigação informaainda que a quantidade de leitos hospitalaresexistentes na cidade é de 8.174, e que o déficit atualé de 3.500 novos leitos.

Neste sentido, percebe-se a necessidade da criaçãode novos Estabelecimentos Assistenciais de Saúdeem Salvador, para se chegar a uma nova realidade daatenção plena do sistema de saúde para a suapopulação.

FIGURA 02 – População urbana da RMS e demais cidades do

Estado da Bahia - 2010.

FONTE: SILVA; SILVA; SILVA, 2014.

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JUSTIFICATIVA

A arrecadação do montanteorçamentário do Estado destinadoao setor saúde compreende, deacordo com a legislação federal, avalores de investimentos fixadosperiodicamente. A EmendaConstitucional N° 29/2000 (BRASIL,2000) assegura a aplicação domínimo exigido da receita resultantede impostos estaduais,compreendida a proveniente detransferências, na manutenção edesenvolvimento do ensino e nasações e serviços públicos de saúde.

IMPOSTOS DO

DISTRITO FEDERAL

IMPOSTOS DOS

ESTADOS/ MUNICÍPIOS

12%

SAÚDE ESTADOS

15%

SAÚDE MUNICÍPIOS

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JUSTIFICATIVA

De acordo com o PPA 2016-2019 (BAHIA, 2015), será destinado até 2019, no programa Saúde

Mais Perto de Você, o recurso de aproximadamente R$ 17.940.840.103, para a saúde

pública do estado. Quanto a infraestrutura deste segmento, as metas serão:

CONSTRUÇÃO

• 32 unidades de saúde;

IMPLANTAÇÃO

• 4 academias de saúde;

IMPLANTAÇÃO

• 7 unidades hospitalares em diversas regiões da Bahia, inclusive com a criação do Hospital Metropolitano de Salvador;

AMPLIAÇÃO

• 4 unidades de saúde da rede própria;

REQUALIFICAÇÃO

• 9 unidades de saúde da rede própria;

IMPLANTAÇÃO

• 28 policlínicas de forma consorciada.

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REFERENCIAL TEÓRICO

EDIFICAÇÕES COMPLEXAS

Edifícios complexos, por natureza, sãoaqueles que necessitam de grandes númerosde variáveis para serem solucionados.(SALGADO et al., 2012)

“São chamadas edificações complexasaquelas que, pelo porte ou quantidade devariáveis envolvidas em suas funções,extrapolam a capacidade de atuação de umsó profissional ou de uma só especialidade.”(CARVALHO, 2014, p. 20).

LCBPs (Large Complex Building Projects)

Elevado nível de resolução em seu programa,orçamento e na colaboração técnica com osprofissionais envolvidos. (BEKTAS, 2013)

Século XX

estudo da imagem do movimento/ paisagem urbana/ ciências humanas.

Lynch (1960)

morfologia urbana/ elementos da forma/ vias, os limites, os bairros, os cruzamentos e os elementos marcantes.

Panerai(2014)

análises visual, sequencial e da escala urbana/ estudo das cidades/ croqui.

Lamas (2014)

morfologia urbana/ aspectos quantitativos, de organização funcional, qualitativos e figurativos.

Bill William

análise sintática espacial.

SIG análise espacial.

MORFOLOGIA URBANA

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REFERENCIAL TEÓRICO

A ARQUITETURA E O SEU IMPACTO URBANO

ABERTOS “permeabilidade urbana”/ melhoria da qualidade de vida/ diversidade entre as suas zonas e melhor convívio entre os seus usuários

FECHADO segregação nas cidades

(FERREIRA, 2014)

EQUIPAMENTO 01 Arena Fonte Nova

•Edificação de múltiplo uso -Estádio de futebol e espaço para eventos

•Dique do Tororó – Ano 2013 –Capacidade 50.000 pessoas

EQUIPAMENTO 02 Salvador Shopping

•Edificação de múltiplo uso –Shopping Center, centros empresariais e torres habitacionais

•Iguatemi - Ano 2007 - 293.000 M2

EQUIPAMENTO 03 Aeroporto Internacional de Salvador

•Edificação de múltiplo uso –Aeroporto, Shopping Center e estação de transbordo (ônibus, taxi e carros)

•São Cristóvão – Ano 1925 –13.000.000 passageiros/ ano

EQUIPAMENTO 04 Estação Mussurunga

•Estação de Transbordo de ônibus

•Avenida Luís Viana Filho (Av. Paralela) – Ano 2001 – 30.000 passageiros/ dia

EQUIPAMENTO 05 Hospital de reabilitação Rede das Pioneiras Sociais Sarah Kubistchek

•Hospital Federal para a reabilitação do aparelho locomotor

•Avenida Tancredo Neves –Ano 1994 – 20.000 M2

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Esta pesquisa demonstra, portanto, a necessidade do mundo atual em refletir

sobre as novas construções hospitalares e o aspecto ambiental envolvido. Para

os autores, o hospital sustentável deve estar balizado nos três pilares da

sustentabilidade, ou seja, na combinação dos aspectos social, ambiental e

econômico.

(SAHAMIR; ZAKARIA, 2014)

Na Malásia o consumo de energia dos

hospitais representa 8% de toda a

energia do país.

Os gastos estão associados em 36%com o uso e operação destes

equipamentos e 34% representam os

equipamentos médico-hospitalares.

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REFERENCIAL TEÓRICO

OS HOSPITAIS E O SEU CONTEXTO

Os hospitais, em regra geral, possuem grandeproporção física, como o número da sua população,os usos diversos e a multifuncionalidade doequipamento (GÓES, 2004, p. 29).

As contínuas modificações em que os hospitais vêmsofrendo em decorrência das novas realidadescomplexas, dinâmicas e interdependentes do mundo,convergem para a proposta do “Hospital sistêmico”.(COMANDO, 2014)

“edifícios inteligentes” - A automação predial é umaspecto destes novos prédios inteligentes queexploram a alta tecnologia aplicada as edificações.(MARIN, 2002)

HOSPITAIS

TECNOLOGIAS DIGITAIS

MUDANÇA DE

PARADIGMAS

HOSPITAL

GRANDES PROPORÇÕES FÍSICAS

• POPULAÇÃO

• USOS

• MULTIFUNCIONALIDADE

• INSUMOS

• RESÍDUOS

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REFERENCIAL TEÓRICO

METODOLOGIAS E TÉCNICAS DE ANÁLISE DE PROJETOS COMPLEXOS

1 J. Ma et al., 2012 SITUAÇÃO - processo de urbanização das cidades provocou o adensamento das pessoas nos espaços públicos/ China.PESQUISA - estação de metrô em momento de evento Popular.PLATAFORMA - Sistema GIS.

2 Xung Xu et al., 2013SITUAÇÃO - análise urbana/ estudo das construções urbanas e do planejamento das cidades.PESQUISA - implantação de um campus de educação na China.PLATAFORMA - Sistema CIM (City Information Modeling)

3 CARVALHO, 2014SITUAÇÃO - análise de edificações de grande porte (funções, do conforto ambiental, dos materiais e o custo do empreendimento).PLATAFORMA - Grass GIS

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REFERENCIAL TEÓRICO

METODOLOGIAS E TÉCNICAS DE ANÁLISE DE PROJETOS COMPLEXOS

4 Davies e Harty, 2012SITUAÇÃO - desenhos dos projetos das edificações e auxilio no gerenciamento do seu ciclo de vida.PESQUISA - estudo de caso para dois hospitais de grande escala no Reino Unido.PLATAFORMA - Sistema BIM (Building Information Modeling)

5 Bill WilliamSITUAÇÃO – análise sintática espacial urbana.PESQUISA - evolução da cidade de Londres.PLATAFORMA - Grass GIS

ANÁLISE AMBIENTAL URBANA

• GIS (Geographic Information System);

• CIM (City Information Modeling);

• GRASS GIS.

EDIFICAÇÕES ARQUITETÔNICAS

• Programação arquitetônica;

• BIM (Building Information Modeling).

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PASSADO “... os planejadores urbanos tinham que fazer uso de dados agregados socioeconômicos completamente crus e imaginar como esses dados rebatiam nas escalas menores. Apenas recentemente a informação na escala local e na escala da rua passou a estar disponível em formato digital, o que já tem profundas implicações no planejamento urbano.”

PRESENTE As técnicas de mensuração da forma urbana tem despertado crescente interesse, devido ao desenvolvimento de geotecnologias, ou seja, tecnologias da informação espacial. Nas escolas e nos escritórios de arquitetura e urbanismo, flagra-se cada vez maior utilização de Sistemas de Informação Geográfica (SIG, também conhecido como GIS, em inglês).

(LIMA, 2016, pg. 6)

REFENCIAL TEÓRICO

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PLANEJAMENTO URBANO

TRADICIONAL

•Decisões pouco embasadas;

•Repetição de procedimentos;

•Busca controlar o futuro;

•Trata a concepção como uma solução definitiva;

•Permite a adoção de indicadores que privilegiam determinados grupos;

•Relação de causalidade entre regras e seus impactos sobre a cidade;

•Não contempla as mudanças da sociedade.

PLANEJAMENTO URBANO CONTEMPORÂNEO

•Ajuste dos métodos a contextos específicos;

•A informação é o input básico do processo decisório;

•Elaboração de planos mais informativos, integrados, com parâmetros flexíveis;

•Plano mais realista (probabilidade de sucesso).

(LIMA, 2016)

REFENCIAL TEÓRICO

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CIM - MODELO HÍBRIDO

1 Sistema de Informação Geográfica (SIG);2 sistemas de Modelagem da Informação na Construção (BIM) voltado para a escala urbana/ plan-design do ciclo-de-vida.

(ALMEIDA e ANDRADE, 2016)

REFENCIAL TEÓRICO

“... envolve questões tão diversasquanto o planejamento, o projeto,a construção, a gestão dos ativosurbanos, bem com a expansão e arenovação dos mesmos.”(AMORIM, 2015, pg. 3)

“... o desenvolvimento de ummodelo CIM para suportar ogerenciamento de dados e aanálise de sistemas prediais deenergia dentro de bairroscomplexos, numa abordagemmuito particular e que envolve oretrofit urbano.”(SCHIEFELBEIN et al. In AMORIM, 2015, pg. 3)

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METODOLOGIA

Além da revisão de literatura a pesquisa utiliza a abordagem do estudo damorfologia do espaço urbano, com as avaliações qualitativa e quantitativa.

A primeira abordagem, qualitativa, leva em consideração questõesrelacionadas com o campo da fenomenologia. Serão abordados aspectosvisuais que configuram os objetos de estudo como marcos na cidade.

Em outro aspecto, na segunda abordagem, quantitativa, os elementosurbanos serão analisados por medição dos dados levantados, o que nãoexclui a necessidade de uma interpretação qualitativa destes, pois a análisedo contexto torna-se importante.

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METODOLOGIA

ETAPAS

Etapa 1 - Levantamento de dados Dados secundários;Dados primários.

Etapa 2 – Confecção de mapasVisualização serial;Simulação análise sintática;Simulação GIS.

Etapa 3 – Análise dos impactos urbanosAcessos e acessibilidade;Fluxos e mobilidade;Grau de saturação do sistema viário;Uso e ocupação do solo urbano;Centralidades;Distribuição espacial das unidades de saúde na cidade;Análise comparativa do dimensionamento das edificações.

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METODOLOGIA

MÉTODOS - Capturação da paisagem urbana econfecção de mapas

2.1 VisualizaçãoAnálise espacial urbana da implantação dos hospitais degrande porte ocorrerá através da capturação de imagensda paisagem urbana sob o aspecto da fenomenologia.

Etapas:

- definição do roteiro sequencial;

- visita à campo e desenvolvimento de croquis;

- criação de mapas analíticos.

FIGURA 03 – Evolução da ocupação do solo urbano nos anos de

2005, 2009 e 2016, respectivamente, no entorno imediato do

Hospital do Subúrbio, no bairro de Valéria, no Subúrbio

Ferroviário, em Salvador/BA.

Fonte: Google Earth, 2017.

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METODOLOGIA

MÉTODOS - Capturação da paisagem urbana econfecção de mapas

2.2 Simulação análise sintáticaAnálise espacial urbana da implantação dos hospitais degrande porte ocorrerá através da análise sintática utilizandoa construção de mapas axiais para identificar as áreas demaior conflito e integração com a cidade.

Etapas:- definição da fração urbana;- elaboração de mapa axial da área de estudo;- utilização do software Dephmap;- construção dos polígonos de todos as vias de

circulação do sistema viário local;- Visita a campo para levantamento fotográfico;- análise e comparação dos dados obtidos.

FIGURA 04 – Space SyntaxFonte: Bill William, 2017.

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METODOLOGIA

MÉTODOS - Capturação da paisagem urbana econfecção de mapas

2.3 Simulação GISA simulação através do Geographic Information System(GIS) possibilitará a análise de edifícios complexos e a suainterferência no planejamento das cidades, tanto nosaspectos macro quanto micro da cidade.

Contribuições:- Criação de cenários para identificar as potencialidades

e as dificuldades de cada localidade;- Compreensão de forma mais ágil as propostas de

desenho da cidade;- Auxílio na tomada de decisões para futuras

intervenções.

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METODOLOGIA

TIPO E LOCAL DE ESTUDOPesquisa experimental/ estudo de casos.

VIABILIDADESoftware Dephmap, software Qgis,visitas a campo, desenhos à mão-livre elevantamento fotográfico.

AMOSTRAGEM DAS EDIFICAÇÕES1 Análise do nível de atendimento e

a sua complexidade;2 Análise do número de oferta de

leitos;3 Análise da sua localização.

(GOES, 2004).

HIE

RA

RQ

UIZ

ÃO

DO

SI

STEM

A D

E SA

ÚD

E

NÍVEL DE ATENDIMENTO

PRIMÁRIO

POSTO DE SAÚDE (500 – 2.000 habitantes)

CENTROS DE SAÚDE (2.000 –10.000)

NÍVEL DE ATENDIMENTO SECUNDÁRIO

ATENDIMENTO AMBULATORIAL (6.000 – 10.000

habitantes)

UNIDADE MISTA (10.000 –20.000)

NÍVEL DE ATENDIMENTO

TERCIÁRIO

HOSPITAL REGIONAL (50.000 –100.000 habitantes)

HOSPITAL DE BASE/ HOSPITAL DE REFERÊNCIA

HOSPITAIS ESPECIALIZADOS

HOSPITAIS DE DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS

HOSPITAIS GERIÁTRICOS

HOSPITAIS ONCOLÓGICOS

HOSPITAIS PEDIÁTRICOS

HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS

HOSPITAIS MILITARES (Atendimento específico)

HOSPITAIS/ MANICÔMIOS JUDICIÁRIOS/

PENITENCIÁRIOS (Atendimento específico)

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METODOLOGIA

2 Análise do número de oferta de leitos.

FONTE: Elaboração do autor, a partir dos dados do CNES, 2017.

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METODOLOGIA

3 Análise da sua localização.

01

02

• HOSPITAL SÃO RAFAEL•352 leitos;

•Bairro São Marcos;

•Localização - consolidada;

•Fator atrativo – complexidade dos serviços.

ESTUDO DE CASO 01

• HOSPITAL DO SUBÚRBIO

•373 leitos;

•Bairro Subúrbio;

•Localização – a consolidar;

•Fator atrativo – região em evolução através da polarização desta instituição, não possui ordenamento adequado do solo urbano.

ESTUDO DE CASO 02

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RESULTADOS ESPERADOS

Construção imagens sequenciais e mapas temáticos de02 unidades hospitalares, contextualizadas com o seuentorno imediato.

A comparação dos seus resultados, possibilitarádemonstrar o grau de impacto urbano na cidade, sob osprincipais aspectos:

- Acessos e acessibilidade;

- Fluxos e mobilidade;

- Grau de saturação do sistema viário;

- Uso e ocupação do solo urbano;

- Centralidades;

- Distribuição espacial das unidades de saúde na cidade;

- Análise comparativa do dimensionamento das edificações.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

- Cenário de novas realizações em sistemas de saúde na Bahia;- Geração do dinamismo nas cidades através dos equipamentos complexos;- Potencialidades e problemáticas produzidas pelos EAS;- Aplicação adequada dos recursos financeiros;- Conexão dos equipamentos de saúde e a cidade – hierarquia dos serviços;- Criação de cidades bem planejadas e com maior qualidade ambiental.

FIGURA 05 – Hospital Português da Bahia com as principais vias de acesso a edificação e todos os prédios e espaços que compõe o complexo de saúde.

Fonte: O autor, 2017.

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REFERÊNCIAS

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GEA-HOSP 2017 José Ferreira Nobre NetoO IMPACTO URBANO DE EDIFICAÇÕES COMPLEXASSEMINÁRIO

JOSÉ FERREIRA NOBRE NETOArquiteto e urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA

Mestrando no Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo PPGAU/ FAUBA

Professor da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo - UNIFACS

Especialista em Engenharia Clínica/ HUPES-UFBA

Especialista em Arquitetura de Sistemas de Saúde/ FAUFBA

Consultor em Ambiência de Sistemas de Saúde – Ministério da Saúde/ MS

Membro da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar – ABDEH

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