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RAMON LAGE MENDES SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE MINERADORA E IMPLICAÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS ITABIRA MG - CVRD

Impactos da Mineração em Minas (Itabira)

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trabalho Gestão Ambiental

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Belo Horizonte2011

RAMON LAGE MENDES

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOTECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE MINERADORA E IMPLICAÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS

ITABIRA MG - CVRD

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Belo Horizonte2011

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IMPACTOS AMBIENTAIS DA ATIVIDADE MINERADORA E IMPLICAÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS

ITABIRA MG - CVRD

Produção textual Interdisciplinar apresentada ao curso de Tecnologia em Gestão Ambiental da Universidade Norte do Paraná – UNOPAR Belo Horizonte.

Profs.: Andrea Zompeiro; Jossan Batistute; Thiago Domingos; Luciana Pires

RAMON LAGE MENDES

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Sumário:

Este trabalho contém informações sobre o início da exploração de minérios

no Brasil e em Minas Gerais, relacionando alguns aspectos da legislação federal e

estadual pertinente. Registra ainda breve histórico sobre a concessão dos

licenciamentos obtidos pela Companhia Vale do Rio Doce - CVRD - para regularizar

suas atividades no município de Itabira, mencionando os impactos ambientais

causados pela mineradora na região e nos biomas que a constituem.

Marcos históricos:

Desde os primórdios da colonização, ainda ao tempo das Entradas e

Bandeiras, agravando-se durante o chamado Ciclo do Ouro e prolongando-se por

quase todo o século XX, a atividade mineradora no Brasil, pelas suas próprias

características, acarretava um sem-número de ações predatórias e agressivas ao

meio ambiente.

Em 1875, ao criar a Escola de Minas de Ouro Preto, o imperador D. Pedro II

estabeleceu um verdadeiro marco na evolução do setor, imprimindo bases

científicas a uma atividade essencial ao desenvolvimento do país.

Meio século depois, em 1934, durante o governo Getúlio Vargas, foi criado o

Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM – e promulgado o Código de

Minas do país. Através desse código, os bens minerais tornaram-se propriedade da

nação, com sua exploração permitida à iniciativa privada.

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Conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano:

Durante a conferência das Nações Unidas sobre o ambiente humano,

realizada na cidade de Estocolmo, em 1972, teve início, em escala mundial, o

debate sobre a relação entre o meio ambiente e o desenvolvimento econômico. A

partir daí, começa a ganhar vulto a necessidade de se criar um novo modelo de

industrialização e aproveitamento dos recursos naturais; modelo que teria como

base a equidade social, a prudência ecológica e a eficiência humana. Conceitos,

mais tarde, unificados na expressão “desenvolvimento sustentável1”.

Por essa época, diversos países começaram a criar organismos institu-

cionais voltados para a questão ambiental, promulgando leis e baixando nor-mas

sobre o assunto. Tudo isso com o intuito de reduzir os níveis de poluição e de

degradação ambiental, de modo a garantir um ambiente saudável para a

preservação da vida humana.

A experiência brasileira:

No Brasil, em 1981, foi instituída a Política Nacional do Meio Ambiente,

sendo criados o Sistema Nacional de Meio Ambiente e o Conselho Nacional

do Meio Ambiente (CONAMA). Como resultado, as unidades federativas

passaram também a instituir suas políticas ambientais, criando órgãos

ajustados aos ditames da legislação federal.

Em 1988, a nova constituição do país fortaleceu os princípios e as

diretrizes da política ambiental, dedicando um capítulo à matéria e

estabelecendo a obrigatoriedade de se dar publicidade aos impactos

verificados. Propiciou, além disso, meios para a participação do poder público

na defesa do meio ambiente.

1 O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social, econômico e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais. (Relatório Brundtland, 1987)

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Do licenciamento ambiental:

Instrumento da política nacional de meio ambiente, a concessão do

licenciamento ambiental é uma exigência do poder publico instituída com a

finalidade de se assegurar medidas preventivas e corretivas da poluição ou da

degradação ambiental.

Durante o processo de licenciamento ambiental, a ser requerida ao

CONAMA, poderão ser expedidas a licença prévia – a qual será concedida na

fase preliminar do planejamento do empreendimento –, bem como a licença

de instalação; essa última autorizando a instalação do projeto em sintonia

com as especificações exigidas e com as medidas de controle ambiental

aprovadas. Por último, será expedida a licença de operação, quando o

empreendimento estiver pronto para dar início às suas atividades.

As empresas implantadas em período anterior à vigência dessas

normas legais deverão requerer a chamada Licença de Operação Corretiva. É

o caso da Vale, no município de Itabira, cujas atividades datam de 1942.

Licenciamento ambiental no Estado de Minas Gerais:

Em Minas Gerais, os processos relacionados à questão ambiental estão

afetos ao Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM –, às Unidades

Regionais Colegiadas, às Superintendências Regionais de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável, bem como à Fundação Estadual de Meio Ambiente.

Incluem-se ainda o Instituto Mineiro de Gestão das Águas e o Instituto Estadual de

Florestas.

Para a regularização de um empreendimento no estado, há que se ter em

vista a Deliberação Normativa COPAM 74/04, a qual estabeleceu a seguinte

classificação:

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Classe 1 - Empreendimentos de pequeno porte e pequeno ou médio potencial

poluidor.

Classe 2 - Empreendimentos de médio porte e pequeno potencial poluidor.

Classe 3 - Empreendimentos de pequeno porte e grande potencial poluidor,

ou médio porte e médio potencial poluidor.

Classe 4 - Empreendimentos de grande porte e pequeno potencial poluidor.

Classe 5 - Empreendimentos de grande porte e médio potencial poluidor, ou

médio porte e grande potencial poluidor

Classe 6 - Empreendimentos de grande porte e grande potencial poluidor.

Para os empreendimentos das classes 1 e 2, considerados de impacto

ambiental não significativo, é obrigatória a Autorização Ambiental de

Funcionamento.

Para os demais, a regularização é concedida através das Licenças Prévias de

Instalação ou de Operação, sendo que para empreendimentos de médio ou grande

potencial poluidor, são exigidos o Estudo de Impacto Ambiental, bem como o

Relatório de Impacto Ambiental. Tudo isso, em conformidade com a resolução nº

1/86 do CONAMA, a qual prevê, além do mais, a obrigatoriedade de se dar a devida

publicidade a esses documentos.

(Tais licenças, como é natural, condicionam-se à permanente manutenção

das exigências legais normativas ou implícitas nas autorizações concedidas.)

Durante a elaboração do projeto, todo empreendimento potencialmente

poluidor deve apresentar estudos de viabilidade, focando-se as áreas prioritárias

para o desenvolvimento sustentável em Minas Gerais; o que será feito através de

consultas ao Zoneamento Ecológico Econômico de Minas Gerais.

A Vale e Itabira:

Situado a 99 km de Belo Horizonte, o município de Itabira conta com uma

população de 107.721 habitantes (IBGE, 2006), ocupando uma área total de 1.305

km², de topografia acidentada, situada na Serra do Espinhaço, nos domínios do

quadrilátero ferrífero.

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O distrito ferrífero de Itabira – formado pelas minas da Conceição, do Cauê,

da Chacrinha, Periquito, Esmeril, Onça, pelo complexo Dois Córregos e pelas

plantas de beneficiamento de minério do Cauê e da Conceição – vem sendo

explorado pela Vale desde 1942.

Os impactos acarretados pela mineração sobre a saúde da população, bem

como sobre a qualidade dos recursos hídricos e sobre a qualidade do ar, levaram a

comunidade local a cobrar das autoridades públicas uma maior adequação da Vale

à legislação ambiental do país.

De maneira geral, as atividades da empresa vêm causando contaminações

dos recursos hídricos locais devido, de um lado, às partículas sólidas geradas pela

mineração e, de outro, aos elementos químicos que, deixados no solo, alteram como

um todo as condições naturais do meio ambiente.

(Na atualidade, os elevados níveis de partículas sólidas em suspensão no ar,

detectados em Itabira, constituem grave problema ambiental e de saúde pública

enfrentado pela comunidade local.)

Outros fatores, como a topografia, a vegetação, a fauna, bem como as

condições sócio-econômicas e sócio-ambientais, também sofrem alterações

decorrentes desse processo. Por isso, toda uma gama de procedimentos deve ser

exigida da empresa, com vistas à preservação do meio ambiente e à proteção da

população do lugar. Entre esses procedimentos, destaca-se a elaboração de

estudos e relatórios visando a minimizar, através de providências concretas, as

distorções causadas pela atividade mineradora.

No caso da Vale, implantada em Itabira em época anterior à legislação

ambiental, foi concedida à empresa, em maio de 2000, com prazo de 4 anos para

que fossem providenciados os ajustes recomendados, a chamada Licença de

Operação Corretiva (LOC), ainda em discussão pela comunidade Itabirana com

vistas a adequá-la às necessidades locais.

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A criação do CODEMA em Itabira:

Ao inicio da década de oitenta, vários setores da comunidade Itabirana

começaram a se mobilizar, pressionando o setor público com vistas a discutir os

problemas ambientais decorrentes da atividade mineradora na região. Logo depois,

em 1984, era criado o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Itabira (CODEMA)

Dez anos depois, o distrito ferrífero de Itabira foi intimado a providenciar o

licenciamento ambiental corretivo, mas somente em 1996 a Vale formalizou o pedido

de licenciamento junto à Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM), órgão do

Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais.

Em 1997 o Governo Federal transferiu o controle acionário da empresa para a

iniciativa privada.

Em 1998, foi elaborado o parecer técnico da fundação, o qual recomendava

estender a discussão do licenciamento ambiental para um fórum mais amplo e

diversificado, visando à agregação de enfoques especializados e à participação da

comunidade local por meio de uma audiência pública. Ao início de 1998, a fundação

convocou tal audiência, que foi realizada em fevereiro daquele ano e contou com a

presença de técnicos da Vale, da própria fundação, e de representantes da

comunidade.

Em seguida, a fundação solicitou à Vale informações complementares ao

plano de controle ambiental apresentado na reunião anterior. Tais informações

foram apresentadas ao órgão ambiental por um documento intitulado Análise Crítica

do Relatório de Controle ambiental e Plano de Controle Ambiental, no qual sugeria-

se a criação de subcomissões de meio ambiente, objetivando maior apoio técnico no

desenvolvimento do processo de licenciamento ambiental exigido.

Em maio de 2000, conforme foi visto, o Conselho Estadual de Política

Ambiental (COPAM), emitindo parecer técnico, estabeleceu 52 condicionantes para

concessão da licença ambiental do distrito ferrífero de Itabira, fixando o prazo de

quatro anos para a sua implantação. Logo depois, concedeu a Licença de Operação

Corretiva (LOC) à empresa.

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Itabira 2011:

Dentre as vozes representativas da sociedade civil organizada de Itabira, o

professor Nivaldo Ferreira dos Santos – mestre em administração pública, docente

da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira, líder comunitário e servidor

público – tem procurado mobilizar a comunidade local no sentido de cobrar da Vale

o cumprimento das 52 condicionantes estabelecidas pelo COPAM.

Em entrevista à rádio Liberdade, emissora daquela cidade, o professor assim

se refere ao assunto:

”Mais de dez anos se passaram e muito do que foi definido

naquele acordo já caducou, pois a validade da LOC era somente

para quatro anos. Em recente reunião da assembléia geral da

Interassociação de bairros, o então secretário municipal de meio

ambiente e presidente do CODEMA, Gilberto Magalhães,

comprometeu-se a convocar e a organizar uma audiência

pública ou um seminário para apresentar à população um

relatório sobre o cumprimento (ou o não cumprimento) de cada

uma das 52 condicionantes estabelecidas no acordo, bem como

sobre a renovação da LOC, o que, até o momento, é uma dúvida

para os cidadãos. Afinal, a LOC da Vale foi renovada após o

vencimento do prazo de quatro anos estabelecido em 2000? Até

quando a empresa pode operar com essa licença? Que

compromissos a empresa tem atualmente com a nossa

população para continuar tendo direito à licença que a permite

operar no município?”

Na mesma entrevista, citou ele algumas exigências a serem cumpridas pela

Vale para a concessão ou renovação da mencionada licença. São elas:

Compromisso, anteriormente assumido, de colaborar na destinação do lixo

produzido no município;

Tratamento de óleos, graxas, esgotos e resíduos sólidos gerados pela

empresa;

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Reabilitação de áreas degradadas pela mineração (córrego conceição, pilha

de estéril do cauê, mina do piçarrão);

Plano de contingência para situações emergenciais e mitigação de eventos

catastróficos (derramamento de material tóxico, rompimento de barragens e

diques de contenção);

Relatório fotográfico aéreo do complexo itabira, a ser apresentado

anualmente;

Licenciamento para o rebaixamento de nível de água subterrânea, garantia do

abastecimento de água em itabira (ações de curto, médio e longo prazo, com

cronogramas), controle e manutenção da vazão da barragem do rio de peixe,

outorga de uso de todas as captações e usos de água do empreendimento;

Controle da poluição do ar;

Estudos sobre a fauna (terrestre e aquática) e sobre a flora do distrito ferrífero

de itabira, substituição de pinus e eucaliptus por espécies nativas e criação do

plano diretor de áreas verdes, com a criação de um cinturão verde,

construção de quadras, praças e parques na área urbana de itabira, bem

como a definição de áreas para compensação ambiental;

Reconstituição arquitetônica da fazenda do pontal;

Ações para melhorar a ferrovia (cercar, criar passarelas, minimizar manobras

e paradas na área urbana, informar o codema quando da capina química ao

longo da via férrea, bem como realocar o terminal ferroviário de passageiros);

Estudo de impacto da remoção das vilas são josé, santana, belo vale e

camarinha; programa de medidas compensatórias para as famílias

remanescentes e programa de reassentamento para a toda intervenção futura

do empreendimento que implicar riscos às famílias ou desloca-mento

compulsório da população;

Implantação de plataforma lateral e cortina arbórea no trecho de reloca-ção

viária do acesso da mg-129;

Relatório de conclusão de obras de reparo das residências afetadas pela

implantação do viaduto caminho novo;

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Implantação e continuidade do programa de educação ambiental, a ser

desenvolvido a partir da fusão daqueles já existentes, obedecendo-se ao

respectivo cronograma de realização;

Quiosque multimídia e visitas periódicas e sistemáticas às áreas da empresa

e ao complexo itabiruçu;

Relatório comprovando ações feitas no contexto do projeto fornecedores de

itabira, com cronograma;

Assessoria à prefeitura de itabira na elaboração do plano diretor do município

e estudo de alternativas para a diversificação econômica local.

Siglas e abreviaturas (acrônimos) relacionadas ao conteúdo

AAF - Autorização Ambiental de Funcionamento

CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente

COPAM _ Conselho Estadual de Meio Ambiente

CVRD - Companhia Vale do Rio Doce

DNPM – Departamento Nacional de Produção Mineral

EIA – Estudo e Impacto Ambiental

FEAM – Fundação Estadual de Meio Ambiente

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IEF – Instituto Estadual de Florestas

IGAM – Instituto Mineiro das Águas

LI – Licença de Instalação

LOC – Licença de Operação Corretiva

LP – Licença Prévia

RIMA – Relatório de Impacto Ambiental

SISNAMA – Sistema Nacional de Meio Ambiente

SUPRAMS – Superintendências Regionais de Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável

URC – Unidades Regionais Colegiadas

ZEE – Zoneamento Ecológico Econômico

Mapa sobre a Evolução da área de Mineração no município de Itabira1985, 1997 e 2007

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Imagens de Satélite do município de Itabira

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Complexo de Beneficiamento de Minério Cauê

Mina da Chacrinha

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Mina do Cauê

Mina da Conceição

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Considerações finais

Com o avanço das tecnologias, do desenvolvimento dos equipamentos e

máquinas para a indústria da mineração, os impactos causados por esta atividade

vêm se intensificando a cada dia. O aumento significativo da capacidade de extração

de grandes quantidades de material em menor espaço de tempo, aliado a

defasagem da legislação e a falta de medidas mitigadoras decorrentes desta

atividade vem degradando o meio ambiente e conseqüentemente, incidindo no nível

de qualidade de vida da população da cidade de Itabira.

A questão ambiental em Itabira torna-se cada vez mais séria na medida em

que as minas aproximam-se dos bairros e os veios de minério tornam-se mais

profundos, gerando efeitos cada vez mais graves para o meio ambiente e tornando a

sociedade local cada vez mais vulnerável.

A comunidade Itabirana, a sociedade civil organizada, consciente dos

impactos ambientais gerados pela mineração, vem cobrando medidas preventivas e

reparadoras por parte da CVRD, junto aos órgãos públicos responsáveis, ao

Ministério Público, no sentido de se fazer cumprir a legislação ambiental e os

acordos elaborados nos planos de obtenção do Licenciamento de Operação,

obedecendo às condicionantes impostas e a vontade popular. Nota-se hoje uma

maior organização da sociedade civil e uma maior atuação do Ministério Publico em

relação à cobrança do cumprimento da legislação ambiental pela mineradora.

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Referências Bibliográficas

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DELIBERAÇÃO NORMATIVA Nº 74, de 09 de Setembro de 2004. COPAM – MG – disponível em; http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=5532 acessado em 12 de abril de 2011.

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ALTISSIMO, Shayara, SANTI, Auxiliadora, PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL CORRETIVO DO DISTRITO FERRÍFERO DE ITABIRA – CVRD, disponível em;http://www.sociologia.ufsc.br/npms/shayra_altissimo_auxiliadora_santi.pdf acessado em 12 de abril de 2011.

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