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1 IRC Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas 2015

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas · periódica de rendimentos modelo 22, até ao último dia do mês de maio de 2015,comvistaaopagamentodoimposto. Está igualmente

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1

IRC Imposto sobre o Rendimento das

Pessoas Coletivas

2015

CARATERSTICAS DO IMPOSTO2

SOBRE O RENDIMENTO

Tributa manifestaes diretas ou imediatas da riqueza, que setraduzem num ter

DIRETO

Visa a tributao dos rendimentos das pessoas coletivas sematender sua situao pessoal

REAL

Renova-se todos os perodos de tributao

PERIDICO

3

O Estado o sujeito ativo

ESTADUAL

A taxa mantm-se constante independentemente da matriacoletvel apurada pelo sujeito passivo

PROPORCIONAL

Incide sobre o conjunto dos rendimentos

GLOBAL

CARATERSTICAS DO IMPOSTO

4

INCIDNCIA(art.s 1. a 8. do CIRC )

PRESSUPOSTO DO IMPOSTO (art. 1.)5

Sobre os rendimentos obtidos

Mesmo quando provenientes de atos ilcitos

No perodo de tributao

Pelos respetivos sujeitos passivos, nos termos do CIRC

O IRC INCIDE:

6

Artigo 3. CIRC

INCIDNCIA

SUBJETIVA (PESSOAL)

OBJETIVA(REAL)

O que est sujeito a imposto?

Quem est sujeito a imposto?

Art. 3. CIRC

Art. 2. CIRC

7

SUJEITOS PASSIVOS RESIDENTES *

Exercem a ttulo principal uma atividade comercial,

industrial ou agrcola

No exercem a ttulo principal uma atividadecomercial, industrial ou

agrcola

* c/ ou sem personalidade jurdica

SUJEITOS PASSIVOS (art. 2.)

8

SUJEITOS PASSIVOS (art. 2.)

SUJEITOS PASSIVOS RESIDENTES

COM PERSONALIDADE JURDICA

SOCIEDADES COMERCIAIS *

SOCIEDADES CIVIS SOB A FORMA COMERCIAL *

COOPERATIVAS *

EMPRESAS PBLICAS *

OUTRAS PESSOAS COLETIVAS DE DIREITO PUBLICO OU PRIVADO

* Considera-se que exercem sempre a ttuloprincipal uma atividade de natureza comercial,industrial ou agrcola

SEM PERSONALIDADE JURDICA

(cujos rendimentos no sejamtributados diretamente na titularidadedas pessoas singulares ou coletivas)

HERANAS JACENTES

ASSOCIAES E SOCIEDADES CIVISS/PERSONALIDADE JURDICA

SOCIEDADES AINDA SEM REGISTODEFINITIVO

9

SUJEITOS PASSIVOS (art. 2.)

SUJEITOS PASSIVOS NO RESIDENTES *

(Entidades sem sede ou direo efetiva em territrio portugus e aqui obtenham rendimentos no sujeitos a IRS)

COM ESTABELECIMENTO ESTVEL EM TERRITRIO

PORTUGUS

SEM ESTABELECIMENTO ESTVEL EM TERRITRIO

PORTUGUS

* c/ ou sem personalidade Jurdica

10

SO SUJEITOS PASSIVOS

DE IRC

SOCIEDADES POR QUOTAS

EMPRESA PBLICA

ESTABELECIMENTO ESTVEL

ACECOOPERATIVAASSOCIAO

AUTARQUIA LOCAL

SOCIEDADE ANNIMA

SUJEITOS PASSIVOS (art. 2.)

11

NO SO SUJEITOS

PASSIVOS DE IRC

CONDOMNIOCONSRCIO

HERANA INDIVISA

SUJEITOS PASSIVOS (art. 2.)

12

BASE DO IMPOSTO (art. 3.)

SUJEITOS PASSIVOS

RESIDENTES

EXERCEM A TTULO PRINCIPAL UMA ATIVIDADE DE NATUREZA COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRCOLA

NO EXERCEM A TTULO PRINCIPAL UMA ATIVIDADE DE NATUREZA COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRCOLA

LUCRO

RENDIMENTO GLOBAL

SUJEITOS PASSIVOS NO

RESIDENTES

COM ESTABELECIMENTO ESTVEL

SEM ESTABELECIMENTO ESTVEL

RENDIMENTO DAS DIVERSAS CATEGORIAS DE IRS

LUCRO DO ESTABELECIMENTO

ESTVEL

INCREMENTOS PATRIMONIAIS OBTIDOS A TTULO GRATUITO

13

LUCRO

Diferena entre o valor do patrimnio no fim e no inciodo perodo de tributao com as correcesestabelecidas no CIRC.

BASE DO IMPOSTO (art. 3. n. 2)

Patrimnio Lquido

Final

Patrimnio Lquido Inicial

CorreesFiscais

14

Para efeitos de IRC, so consideradas de naturezacomercial, industrial ou agrcola todas as atividadesque consistam na realizao de operaes econmicasde carter empresarial, incluindo as prestaes deservios.

BASE DO IMPOSTO (art. 3. n. 4)

15

EXTENSO DA OBRIGAO DE IMPOSTO (art. 4.)

IRC INCIDE SOBRE A TOTALIDADEDOS RENDIMENTOS OBTIDOSDENTRO OU FORA DOTERRITRIO PORTUGUS (n. 1)

RESIDENTES

IRC INCIDE APENAS SOBRE OSRENDIMENTOS OBTIDOS NOTERRITRIO PORTUGUS (n. 2)

NO RESIDENTES

16

Consideram-se obtidos em territrio portugus os rendimentos imputveis aestabelecimento estvel e ainda:

a) Rendimentos relativos a imveis situados no territrio portugus, incluindo os

ganhos resultantes da sua transmisso onerosa;

b) Ganhos resultantes da transmisso onerosa de partes de capital de entidades

residentes, incluindo a sua remio e amortizao com reduo de capital e, bem

assim, o valor atribudo aos associados em resultado da partilha, ou de outros

valores mobilirios emitidos por entidades residentes, ou ainda de partes de

capital ou outros valores mobilirios quando, no se verificando essas condies,

o pagamento dos respetivos rendimentos seja imputvel a estabelecimento

estvel situado no mesmo territrio

EXTENSO DA OBRIGAO DE IMPOSTO (art. 4.)

17

c) Rendimentos a seguir mencionados cujo devedor tenharesidncia, sede ou direo efetiva em territrio portugus oucujo pagamento seja imputvel a um estabelecimento estvelnele situado:

1) Rendimentos provenientes da propriedade inteletual ouindustrial e bem assim da prestao de informaesrespeitantes a uma experincia adquirida no setor industrial,comercial ou cientfico;

2) Rendimentos derivados do uso ou da concesso do uso deequipamento agrcola, industrial, comercial ou cientfico;

3) Outros rendimentos de aplicao de capitais;

4) Remuneraes auferidas na qualidade de membros dergos estatutrios de pessoas colectivas e outras entidades;

EXTENSO DA OBRIGAO DE IMPOSTO (art. 4.)

18

5) Prmios de jogo, lotarias, rifas, totoloto e apostas mtuas,bem como importncias ou prmios atribudos emquaisquer sorteios ou concursos;

6) Rendimentos provenientes da intermediao nacelebrao de quaisquer contratos;

7) Rendimentos derivados de outras prestaes de serviosrealizados ou utilizados em territrio portugus, comexceo dos relativos a transportes, comunicaes eatividades financeiras;

8) Rendimentos provenientes de operaes relativas ainstrumentos financeiros derivados;

EXTENSO DA OBRIGAO DE IMPOSTO (art. 4.)

19

d) Rendimentos derivados do exerccio em territrioportugus da atividade de profissionais de espectculos oudesportistas.

e) Incrementos patrimoniais derivados de aquisies a ttulogratuito respeitantes a:

1) Direitos reais sobre bens imveis situados em territrioportugus;

2) Bens mveis registados ou sujeitos a registo em Portugal;

3) Partes representativas do capital e outros valores mobilirioscuja entidade emitente tenha sede ou direo efetiva emterritrio portugus;

EXTENSO DA OBRIGAO DE IMPOSTO (art. 4.)

20

4) Direitos de propriedade industrial, direitos de autor edireitos conexos registados ou sujeitos a registo em Portugal;

5) Direitos de crdito sobre entidades com residncia, sede ou direo efetiva em territrio portugus;

6) Partes representativas do capital de sociedades que notenham sede ou direo efetiva em territrio portugus ecujo ativo seja predominantemente constitudo por direitosreais sobre imveis situados no referido territrio.

EXTENSO DA OBRIGAO DE IMPOSTO (art. 4.)

21

EXTENSO DA OBRIGAO DE IMPOSTO (art. 4.)

NO SE CONSIDERAM OBTIDOS EM TERRITRIO PORTUGUS:

Os rendimentos enumerados na alneac) do nmero anterior quando osmesmos constituam encargo deestabelecimento estvel situado foradesse territrio relativo atividadeexercida por seu intermdio

Quando no se verificarem essas condies,os rendimentos referidos no n. 7 da alneac) (prestaes de servios), quando osservios de que derivam, sendo realizadosintegralmente fora do territrio portugus,no respeitem a bens situados nesseterritrio nem estejam relacionados comestudos, projetos, apoio tcnico ou gesto,servios de contabilidade ou auditoria eservios de consultoria, organizao,investigao e desenvolvimento emqualquer domnio

22

LOCALIZAO DAS PRESTAES DE SERVIOS (art. 4.)

OS SERVIOS FORAM PRESTADOS FORA DO

TERRITRIO NACIONAL?

RESPEITAM A BENS SITUADOS EM

TERRITRIO NACIONAL?

ESTO RELACIONADOS COM ESTUDOS, PROJETOS, APOIO TCNICO OU GESTO, CONTABILIDADE,

AUDITORIA, CONSULTORIA, ORGANIZAO, I&D?

RENDIMENTOS NO OBTIDOS EM

PORTUGAL

RENDIMENTOS OBTIDOS EM PORTUGAL

NO

NO

SIM

NO

SIM

SIM

23

TRIBUTAO DE NO RESIDENTES

COM ESTABELECIMENTO ESTVEL

REGIME GERALCOM OBRIGAO DECLARATIVA

SEM ESTABELECIMENTO ESTVEL

TRIBUTADOS POR RETENO NA FONTE A TTULO DEFINITIVO

- Rendimentos derivados de imveis, incluindo os ganhos resultantes da suatransmisso onerosa;

- Rendimentos de mais-valias mobilirias;

- Incrementos patrimoniais derivados de aquisies a ttulo gratuito

RENDIMENTOS NO IMPUTVEIS A ESTABELECIMENTO ESTVEL QUE OBRIGAM ENTREGA DA DECLARAO MOD 22

24

A sociedade Paris, SA com domiclio fiscal em Frana vendeu em 2014-05-

27, uma participao de capital que detinha numa sociedade portuguesa, a

uma outra entidade com domiclio fiscal na Blgica.

O eventual ganho resultante desta transmisso onerosa est sujeito a

imposto em Portugal, conforme alnea b) do n. 3 do artigo 4. do Cdigo do

IRC.

O sujeito passivo francs est obrigado a apresentar uma declarao

peridica de rendimentos modelo 22, at ao ltimo dia do ms de maio de

2015, com vista ao pagamento do imposto.

Est igualmente obrigado apresentao do Anexo E da declarao de

informao empresarial simplificada.

A eventual mais-valia pode beneficiar de iseno de IRC nos termos e

condies referidos no artigo 27. do Estatuto dos Benefcios Fiscais. Neste

caso, a entidade francesa est dispensada da apresentao da declarao

modelo 22, conforme previsto no n. 8 do artigo 117. do Cdigo do IRC.

CASO PRTICO

25

ESTABELECIMENTO ESTVEL (art. 5.)

Instalao fixa ou representao permanente atravs da qual seja exercida uma atividade de

natureza comercial, industrial ou agrcola.

CO

NC

EITO

EXEM

PLO

S

LOCAL DE DIREO

SUCURSAL

ESCRITRIO

FBRICA

OFICINA

MINA, POO DE PETRLEO OU GS,

PEDREIRA

Constitui estabelecimento estvel:

Local ou estaleiro de construo, de instalao ou demontagem e as respetivas atividades de coordenao,fiscalizao ou superviso

Instalaes, plataformas ou barcos de perfurao utilizadospara a prospeo ou explorao de recursos naturais

ESTABELECIMENTO ESTVEL (art. 5.)

Desde que a durao da obra ou atividade seja superior a 6 meses ( individualmente )

26

Constitui estabelecimento estvel:

Subempreitada, quando o subempreiteiro exercer a suaactividade por perodo superior a 6 meses.

Quando uma pessoa, que no seja um agente independente:

Atue em territrio portugus por conta da empresa

Tenha e exera poderes de intermediao e concluso decontratos que vinculem a empresa.

No caso de sociedades transparentes, e para efeitos de imputao aosscios ou membros que no tenham sede nem direo efetiva emterritrio portugus, considera-se que obtm esses rendimentos atravsde um estabelecimento estvel (n. 9 do art. 5. CIRC)

ESTABELECIMENTO ESTVEL (art. 5.)27

Pelo simples facto de a exercer a sua atividade por intermdiode um comissionista ou de qualquer outro agente independente,desde que essas pessoas atuem no mbito normal da suaatividade, suportando o risco empresarial da mesma

ESTABELECIMENTO ESTVEL (art. 5. n. 7)28

NO SE CONSIDERA QUE UMA EMPRESA TEM UM ESTABELECIMENTO ESTVEL EM TERRITRIO PORTUGUS

ESTABELECIMENTO ESTVEL (art. 5.)29

NO SE CONSIDERA ESTABELECIMENTO ESTVEL

a) As instalaes utilizadas unicamente para armazenar, expor ouentregar mercadorias pertencentes empresa;

b) Um depsito de mercadorias pertencentes empresa mantidounicamente para as armazenar, expor ou entregar;

c) Um depsito de mercadorias pertencentes empresa mantidounicamente para serem transformadas por outra empresa;

ESTABELECIMENTO ESTVEL (art. 5.)30

NO SE CONSIDERA ESTABELECIMENTOS ESTVEL

d) Uma instalao fixa mantida unicamente para comprar mercadorias oureunir informaes para a empresa;

e) Uma instalao fixa mantida unicamente para exercer, para a empresa,qualquer outra atividade de carter preparatrio ou auxiliar;

f) Uma instalao fixa mantida unicamente para o exerccio de qualquer combinaodas atividades referidas nas alneas a) a e), desde que a atividade de conjunto dainstalao fixa resultante desta combinao seja de carter preparatrio ou auxiliar.

Considera-se que uma sociedade no residente temestabelecimento estvel em territrio portugus quando aquitiver:

a) Um agente independente que, por conta prpria, comercializaas suas mercadorias;

b) Uma instalao fixa utilizada unicamente para expormercadorias pertencentes sociedade;

c) Uma instalao fixa para comprar mercadorias;

d) Uma instalao fixa atravs da qual seja exercida uma atividadede natureza comercial, industrial ou agrcola.

EXEMPLO31

32

TRANSPARNCIA FISCAL (art. 6.)

APLICA-SE:

a. Sociedades civis no constitudas sob forma comercial

b. Sociedades de profissionais. Em sede de IRS os valores imputveisintegram-se como rendimento lquido da categoria B

c. Sociedades de simples administrao de bens cuja maioria do capitalsocial pertena, direta ou indiretamente, durante mais de 183 dias doexerccio social, a um grupo familiar, ou cujo capital social pertena, emqualquer dia do exerccio social, a um nmero de scios no superior acinco e nenhum deles seja pessoa coletiva de direito pblico

d. Agrupamentos complementares de empresas (ACE)

e. Agrupamentos europeus de interesse econmico (AEIE)

33

TRANSPARNCIA FISCAL (art. 6.)

SOCIEDADE DE PROFISSIONAIS

Sociedade constituda para o exerccio de uma

atividadeprofissional

especificamente prevista na lista de atividades a que se refere o art. 151.

do CIRS, na qual todos os scios

pessoas singulares sejam profissionais

dessa atividade

Sociedade cujos rendimentos provenham, em mais de 75%, do exerccio conjunto ou isolado de atividades profissionais

especificamente previstas na lista a que se refere o art. 151. do CIRS, desde que, cumulativamente, e durante mais de 183 dias:

O nmero de scios no seja superior a

cinco;

Nenhum dos scios seja pessoa coletivade direito pblico; e

Pelo menos 75% do capital social seja

detido por profissionais que

exeram as referidas atividades, total ou

parcialmente, atravs da sociedade.

34

Um engenheiro e um arquiteto constituem umasociedade, com uma quota de 50% cada um, para oexerccio das respetivas atividades que constam da tabelaa que se refere o art. 151. do CIRS.

Como pelo menos 75% do capital detido por profissionais

que exercem a sua atividade atravs da sociedade,

ENQUADRA-SE NO REGIME DE TRANSPARNCIA FISCAL,

sendo irrelevante o exerccio de atividades distintas.

EXEMPLO I

35

Um casal constitui uma sociedade, com uma quota de50% cada um, para o exerccio de uma atividade a que serefere o art. 151. do CIRS, mas apenas um dos membrosexerce a essa atividade.

Como apenas 50% do capital detido por profissional que

exerce a atividade atravs da sociedade, a mesma NO

EST ENQUADRADA NO REGIME DE TRANSPARNCIA

FISCAL.

EXEMPLO II

36

Um casal constitui uma sociedade com uma quota de 75%para o A (tcnico oficial de contas) e 25% para o B, sciode capital. O scio A exerce a atividade atravs dasociedade, sendo 90% da faturao decorrente doexerccio da profisso.

Como pelo menos 75% do capital pertence a profissional

que exerce a atividade atravs da sociedade e mais de 75%

dos rendimentos da sociedade provm dessa atividade, a

sociedade EST ENQUADRADA NO REGIME DE

TRANSPARNCIA FISCAL.

EXEMPLO III

37

Caratersticas do Regime

(art. 12.)

As sociedades abrangidas pelo regime no so tributadas

em IRC, exceto no que se refere s tributaes

autnomas.

TRANSPARNCIA FISCAL (art. 6.)

38

Nota : Para efeitos de imputao aos scios ou membros que no tenham sede nemdireo efetiva em territrio portugus, considera-se que obtm esses rendimentosatravs de um estabelecimento estvel n. 9 do art. 5. do CIRC

TRANSPARNCIA FISCAL (art. 6.)

ACE e AEIE

Imputao aos scios dos lucros ou prejuzos apurados nostermos do CIRC

Restantes entidades

Imputao aos scios da matria coletvel;

Sendo apurados prejuzos fiscais, a sociedade reporta-ospara os perodos de tributao seguintes, nos termos don. 7 do art. 52. do CIRC

39

REGIME DE TRANSPARNCIA FISCALIMPUTAO DE RENDIMENTOS

ACEAEIE

SOCIEDADES PREVISTAS NO N. 1:- Civis sem forma comercial - De profissionais - De simples administrao de bens

MATRIA COLETVEL

TRANSPARNCIA FISCAL (art. 6.)

PREJUZO LUCRO

MOD 22Acresce

C709AbateC755

40

A sociedade A associou-se a um ACE composto por 2 empresas.

No perodo de tributao de 2014 o ACE apresentou um lucrotributvel de 20.000 e a sociedade A um lucro tributvel de 5.000

Qual o tratamento fiscal a dar ao lucro tributvel do ACE? Qual olucro tributvel da empresa A?

O lucro tributvel do ACE imputado aos seus membros pelo queo lucro tributvel da sociedade A passa a ser de 15.000 (5.000 +10.000)

CASO PRTICO

Correspondente quota parte da sociedade A no ACE

41

Em 2013, Joo Conselheiro, advogado, decidiu constituir uma sociedadeunipessoal por quotas para o exerccio da sua atividade.

Este sujeito passivo est abrangido pelo regime de transparncia fiscal,por se tratar de uma sociedade de profissionais conforme subalnea 1)da al. a) do n. 4 do art. 6. do CIRC.

Neste perodo tributao, a sociedade apresentou um prejuzo fiscal de 1.020,00.

No perodo de tributao de 2014, a sociedade apresenta um lucrotributvel de 1.620,00. Nesse mesmo perodo a sociedade suportoudespesas de representao no montante de 500,00.

Qual a matria coletvel a imputar ao scio em 2014?

Haver IRC a pagar por parte da sociedade?

CASO PRTICO

42

Resoluo:

Considerando que a sociedade apresenta no perodo de 2014,um lucro tributvel de 1.620,00 e tem direito deduo doprejuzo registado no perodo anterior (cf. n. 7 do art. 52. doCIRC), a matria coletvel a imputar ao scio de 600,00.

Por fora do art. 12. do CIRC, est obrigada ao pagamento datributao autnoma no valor de 50,00 ( 500,00 x 10%),incidente sobre as despesas de representao (cf. n. 7 do art.88. CIRC).

CASO PRTICO

43

TRANSPARNCIA FISCAL (art. 6.)

OBRIGAES

APRESENTAO DA DRM22 E DA IES (INCLUINDO ANEXO G)

ELABORAO DO DOSSIER FISCAL

CONTABILIDADE REGULARMENTE ORGANIZADA

DISPENSA DOS PAGAMENTOS POR CONTA E DO PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA (PEC)

OBRIGATORIEDADE DE EFETUAR RETENES NA FONTE

PERODO DE TRIBUTAO (art. 8.)

IRC devido por cada perodo de tributao, quecoincide com o ano civil

44

As pessoas coletivas residentes e os no residentes comestabelecimento estvel em territrio portugus podem adotarum perodo de tributao diferente do ano civil (perodo a manterpelo menos nos 5 perodos de tributao imediatos salvo se o s.p. passar a integrar umgrupo e a sociedade dominada for adquirida por outra com perodo diferente em quepode alterar o perodo ainda que no tenham decorrido 5 anos)

REGRA GERAL: o facto gerador do imposto considera-se verificado no ltimo dia do perodo de tributao (art. 8. n. 9)

45

PERODO DE TRIBUTAO (art. 8. n. 10)

ULTIMO DIA DO PERODO DE TRIBUTAO, EXCETO OS SEGUINTESRENDIMENTOS OBTIDOS POR ENTIDADES NO RESIDENTES, QUENO SEJAM IMPUTADOS A ESTABELECIMENTO ESTVEL SITUADO EMTERRITRIO PORTUGUS:

Ganhos resultantes da transmisso onerosa de imveis, data datransmisso;

Rendimentos objeto de reteno a ttulo definitivo na data emque ocorra a obrigao de efetuar a reteno;

Incrementos patrimoniais adquiridos a ttulo gratuito na data daaquisio

FACTO GERADOR

PERODO DE TRIBUTAO (art. 8. n. 4 e n. 8)

INFERIOR A UM ANO

Ano do incio da atividade;

Ano da cessao da atividade;

Quando as condies de sujeio a imposto ocorram edeixem de verificar-se no mesmo perodo;

Quando seja adoptado um perodo de tributao diferentedo que vinha sendo seguido

SUPERIOR A UM ANO

Sociedades em liquidao (ter a durao correspondente liquidao com limite mximo de 2 anos art. 79 CIRC)

46

DISSOLUO DE SOCIEDADE (art. 8. n. 4 e n. 8)

DISSOLUO

DE SOCIEDADES

Ato jurdico que pe fim a umcontrato de sociedade

LIQUIDAO

DE SOCIEDADES

Conjunto de atos praticadospelo(s) liquidatrio(s), que tempor objetivo realizar oscrditos, fazer frente aosdbitos e partilhar os haveressociais remanescentes

47

A cessao, relativamente s entidades com sede ou direoefectiva em territrio portugus, ocorre na data do

encerramento da liquidao...(cf. al. a) do n. 5 do art. 8.)

48

SOCIEDADES EM LIQUIDAO (art. 79.)

Relativamente s sociedades em liquidao, o lucro tributvel determinado com referncia a todo o perodo de liquidao observando-se o

seguinte:

ENCERRAMENTO DASCONTAS DATA DADISSOLUO, com vista adeterminar o lucrotributvel correspondente aoperodo decorrido desde oincio do perodo em que severificou a dissoluo at data desta

DURANTE O PERODO QUEDECORRE A LIQUIDAO EAT AO FIM DO PERODOIMEDIATAMENTE ANTERIORAO SEU ENCERRAMENTO,haver que anualmentedeterminar o lucro tributvel, respetivo, que ter anatureza de provisrio e sercorrigido face determinao do lucrotributvel correspondente atodo o perodo de liquidao

No perodo em que ocorre adissoluo, o lucro tributveldeve ser determinadoseparadamente,contemplando O PERODODECORRIDO ENTRE O INCIODO PERODO E A DATA DADISSOLUO E O PERODOQUE DECORRE ENTRE ESTA EO TERMO DO PERODO, noobstante a entrega de umanica DRM22 respeitante atodo o perodo.

49

SOCIEDADES EM LIQUIDAO (art. 79.)

CESSAO DE ATIVIDADE (art. 8. n. 5)

RESIDENTES

Na data do encerramento da liquidao

Na data da fuso ou ciso

Na data em que a sede ou direo efetiva deixem de se situar emterritrio portugus

Na data em que se verificar a aceitao da herana jacente ou na datada declarao de que esta se encontra vaga a favor do Estado

Na data em que se deixarem de verificar as condies de sujeio aimposto

NO RESIDENTES

Na data em que cessaram totalmente a atividade, atravs doestabelecimento estvel ou deixarem de receber rendimentos emterritrio portugus

50

CESSAO OFICIOSA DE ATIVIDADE

Quando for manifesto que esta no est a ser exercida nem hinteno de a continuar a exercer;

Sempre que o sujeito passivo tenha declarado o exerccio de umaatividade sem que possua uma adequada estrutura empresarial emcondies de a exercer.

A cessao oficiosa no desobriga o sujeito passivo do cumprimentodas suas obrigaes.

CESSAO DE ATIVIDADE (art. 8. n. 6 e 7)51

A sociedade A, Lda., com sede em Setbal, encontrava-seinativa desde 01.12.2012. Em 15.10.2013 os sciosdeliberaram proceder sua dissoluo, dando, de imediato,incio ao processo de liquidao, que veio a ficar concludoem 11.09.2014. O registo do encerramento da liquidao naConservatria do Registo Comercial foi requerido em30.09.2014.

Perante o descrito, qual a data da cessao de IRC?

a) 01.12.2012

b) 15.10.2013

c) 11.09.2014

d) 30.09.2014

52

CASO PRTICO

Isenes ( art.s 9. a 13.)

53

54

Isenes subjetivas

Artigo 9.

Artigo 10.

Isenes objetivas

Artigo 11.

54

ISENES

O Estado, as Regies Autnomas e as autarquias locais, bemcomo qualquer dos seus servios, estabelecimentos eorganismos, ainda que personalizados, compreendidos osinstitutos pblicos, com exceo das entidades pblicas comnatureza empresarial

As associaes e federaes de municpios e as associaesde freguesia que no exeram atividades comerciais,industriais ou agrcolas

Instituies de segurana social e previdncia

Fundos de capitalizao e os rendimentos de capitaisadministrados pelas instituies de segurana social

Esto isentos de IRC:

ISENES (art. 9.)55

ISENES (art. 10.)56

As pessoas coletivas de utilidade pblica administrativa

As IPSS, bem como as pessoas coletivas quelas legalmenteequiparveis

As pessoas coletivas de mera utilidade pblica queprossigam, exclusiva ou predominantemente, fins cientficosou culturais, de caridade, assistncia, beneficincia,solidariedade social ou defesa do meio ambiente. Carece dereconhecimento pelo Ministro das Finanas

ESTO ISENTOS DE IRC:

No abrange os rendimentos empresariais derivados do exerccio das atividadescomerciais ou industriais desenvolvidas fora do mbito dos fins estatutrios, bem comoos rendimentos de ttulos ao portador, no registados nem depositados, nos termos dalegislao em vigor

A iseno condicionada observncia continuada dos

seguintes requisitos:

a. Exerccio efetivo, a ttulo exclusivo ou predominante, de atividades para

prossecuo dos fins que justificaram o reconhecimento da qualidade de

utilidade pblica (PCUPA e IPSS) ou dos fins que justificaram a iseno (PC mera

UP)

b. Afetao aos fins de 50% (pelo menos) do rendimento global lquido (que seria

sujeito a tributao nos termos gerais) at ao 4. perodo de tributao

posterior quele em que foi obtido, exceto se for provado justo impedimento

c. Inexistncia de interesse direto ou indireto dos membros dos rgos estatutrios,

por si ou interposta pessoa, nos resultados de explorao

ISENES (art. 10.)57

58

INCUMPRIMENTO DAS CONDIES CONSEQUNCIAS

SE INCUMPRIMENTO DAS

CONDIES DAS ALNEAS

a) E c):

Perda da iseno a partir

do prprio

perodo de tributao,

inclusive

SE NO FOI AFETO

AOS FINS 50% DO RGL:

Tributao no 4. perodo de tributao

posterior ao da

obteno do RGL

da parte do rendimento

que devia ter sido afeto

ISENES (art. 10.)

Esto isentos de IRC os rendimentos diretamente derivadosdo exerccio de atividades culturais, recreativas edesportivas, desenvolvida por associaes legalmenteconstitudas.

No abrange os rendimentos provenientes de qualqueractividade comercial, industrial ou agrcola exercida aindaque a ttulo acessrio.

ISENES (art. 11.)59

COLETIVIDADES DESPORTIVAS DE CULTURA E RECREIO

Concede a iseno de IRC quando o rendimento bruto sujeito atributao das coletividades desportivas, de cultura e recreio, sejamenor ou igual a 7.500,00.

Permite a deduo, matria coletvel dos clubes desportivos, dasimportncias investidas em novas infra-estruturas at 50% da mesma,sendo o eventual excesso deduzido at ao final do segundo exerccioseguinte ao do investimento.

ISENES (art. 54. EBF)60

Este valor dever constar no campo 399 do Quadro 09 da declarao Modelo 22

SO ISENTOS DE IRC OS LUCROS REALIZADOS PELAS PESSOASCOLETIVAS E OUTRAS ENTIDADES DE NAVEGAO MARTIMAE AREA NO RESIDENTES, DESDE QUE ISENO RECPROCA EEQUIVALENTE SEJA CONCEDIDA A EMPRESAS RESIDENTES DAMESMA NATUREZA E ESSA RECIPROCIDADE SEJA RECONHECIDAPELO MF, EM DESPACHO PUBLICADO NO DR

ISENES (art. 13. EBF)61

COOPERATIVAS ISENTAS DE IRC

Agrcolas Culturais ConsumoHabitao e construo

Solidariedade social

BENEFCIO S COOPERATIVAS (art. 66.-A EBF)62

DESDE QUE, CUMULATIVAMENTE:

- 75% das pessoas que nelas aufiram rendimentos do trabalhodependente sejam membros da cooperativa

- 75% dos membros da cooperativa nela prestem servio efetivo (nascooperativas do ramo ensino no entram para este cmputo os alunos erespetivos encarregados de educao)

BENEFCIO S COOPERATIVAS (art. 66.-A EBF)63

Apoios e subsdios financeiros atribudos pelo Estado s cooperativascomo compensao pelo exerccio de funes de interesse e utilidadepblicos delegados pelo Estado

Rendimentos resultantes das quotas pagas pelas cooperativasassociadas e cooperativas de grau superior

ESTA ISENO ABRANGE:

Os resultados provenientes de operaes com terceiros e de atividadesalheias aos prprios fins

Os rendimentos sujeitos a IRC por reteno na fonte, a qual tem carterdefinitivo no caso de a cooperativa no ter outros rendimentos sujeitosa imposto

ESTA ISENO NO ABRANGE:

Despesas realizadas em aplicao da reserva para educao e formao cooperativas previstas no Cdigo cooperativo - podem ser consideradas como gasto fiscal, noperodo de tributao em que sejam suportadas, em 120%.

64

Determinao da Matria Coletvel

(art.s 15. e 16.)

65

DETERMINAO DA MATRIA COLETVEL (art. 15.)

Lucro Tributvel

(art. 17. e seguintes)

Prejuzos Fiscais (art. 52.)

Benefcios Fiscais

(CIRC / EBF)

Matria Coletvel

ENTIDADES RESIDENTES QUE EXERCEM A TTULO PRINCIPAL UMA ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRCOLA

66

DETERMINAO DA MATRIA COLETVEL (art. 15.)

Rendimento Global incluindo

incrementos patrimoniais

obtidos a ttulo gratuito

(art. 53.)

Gastos Comuns /

imputveis (art. 54.)

Benefcios Fiscais

(CIRC / EBF)

Matria Coletvel

ENTIDADES RESIDENTES QUE NO EXERCEM A TTULO PRINCIPAL UMA ATIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRCOLA

Ao rendimento global deduzem-se os gastos relacionadosexclusivamente com a realizao dos fins prosseguidos (campoD246 do Anexo D)

Art. 53. n. 7

67

DETERMINAO DA MATRIA COLETVEL (art. 15.)

Lucro Tributvel Imputvel

(art. 55.)

Prejuzos Fiscais

Imputveis (art. 52.)

Benefcios Fiscais

(CIRC / EBF)

Matria Coletvel

Rendimento das vrias categorias

IRS(art. 56.)

Incrementos patrimoniais

obtidos a ttulo

gratuito

Matria Coletvel

ENTIDADES NO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTVEL

ENTIDADES NO RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTO ESTVEL

68

Determinada pelo sujeito passivo ( DR Mod.22) REGRA GERAL

Determinada pela AT

Se avaliao direta: D.F. da rea da sede,direco efetiva ou estabelecimento estveldo s. p. ou Diretor da UGC

Se mtodos indiretos: Aplicveis as regras daseco V

NA FALTA DE DECLARAO

MTODOS E COMPETNCIAS PARA A DETERMINAO DA MATRIA COLETVEL (art. 16.)

69

1. A aplicao de mtodos indiretos efetua-se nos casos e condiesprevistos nos artigos 87. a 89. da Lei Geral Tributria.

REMISSO PARA A LGT

ATRASO NA ESCRITURAO:

APLICAO DOS MTODOS INDIRETOS (art. 57.)

2. O atraso na execuo dos livros e registos contabilsticos, bem comoa sua no exibio imediata, a que se refere o artigo 88. da lei geraltributria, s d lugar aplicao de mtodos indirectos aps odecurso do prazo fixado para a sua regularizao ou apresentaosem que se mostre cumprida a obrigao.

3. O prazo a que se refere o nmero anterior no deve ser inferior a 5nem superior a 30 dias e no prejudica a aplicao da sano quecorresponder infrao eventualmente praticada.

70

A avaliao indireta s pode efetuar-se em caso de:

b) Impossibilidade de comprovao e quantificao direta eexata dos elementos indispensveis correta determinao damatria tributvel de qualquer imposto.

.

APLICAO DOS MTODOS INDIRETOS (art. 87. LGT)

71

INEXISTNCIA OU INSUFICINCIA DE ELEMENTOS DE CONTABILIDADE OUDECLARAO, falta ou atraso de escriturao dos livros e registos ouirregularidades na sua organizao ou execuo quando no supridas noprazo legal, mesmo quando a ausncia desses elementos se deva arazes acidentais;

RECUSA DE EXIBIO DA CONTABILIDADE e demais documentoslegalmente exigidos, bem como ocultao, destruio, inutilizao,falsificao ou viciao;

EXISTNCIA DE DIVERSAS CONTABILIDADES;

EXISTNCIA DE MANIFESTA DISCREPNCIA ENTRE O VALOR DECLARADOE O VALOR DE MERCADO DE BENS OU SERVIOS, bem como de factosconcretamente identificados atravs dos quais seja patenteada umacapacidade contributiva maior que a declarada.

Para se aplicar os MTODOS INDIRETOS tm de severificar as seguintes anomalias e incorrees queinviabilizem o apuramento do lucro tributvel:

APLICAO DOS MTODOS INDIRETOS (art. 88. LGT)

72

Regras Gerais de determinao

do Lucro Tributvel

(art.s 17. a 68.)

73

CONDIES A OBSERVAR

A Contabilidade estar organizada de acordo com anormalizao contabilstica e demais disposies legais;

Refletir todas as operaes realizadas pelo s.p.

Permitir de forma clara distinguir os resultados dasoperaes e variaes patrimoniais sujeitas ao regimegeral do IRC das restantes

(n. 3 do art. 17. do C IRC)

DETERMINAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 17.)

74

DETERMINAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 17.)

RESULTADO LQUIDO DO

PERODO

VARIAES PATRIMONIAIS

(art. 21. e 24.)

CORREES AO RL

PERIODO

LUCRO TRIBUTVEL /

PREJUZO FISCAL

NO QUADRO 07 DA DECLARAO MOD. 22 QUE DEVEM EFETUAR-SE ASCORREES NECESSRIAS PASSAGEM DO RESULTADO LQUIDO DO PERODOPARA O LUCRO TRIBUTVEL (OU PREJUZO FISCAL).

75

PERIODIZAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 18. n. 1)

REGRA BASE REGIME DE PERIODIZAO ECONMICA

IMPUTVEIS AO PERODO A QUE DIGAMRESPEITO INDEPENDENTEMENTE DO SEURECEBIMENTO OU PAGAMENTO

RENDIMENTOSGASTOS

OUTRAS COMPONENTES DO L.T.

76

PERIODIZAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 18. n. 2)

GASTOS, RENDIMENTOS E VARIAES PATRIMONIAIS DE PERODOS ANTERIORES

NO ACEITES COMO GASTO NOPERODO EM QUE FORAMCONTABILIZADOS, MAS NOPERODO A QUE DIZEMRESPEITO

SO IMPREVISVEIS E MANIFESTAMENTE DESCONHECIDOS?

NO

ACEITES COMO GASTO NO PERODOEM QUE FORAM CONTABILIZADOS

SIM

77

BENS

Os rditos relativos a vendas consideram-se, em geral, realizados e os correspondentes gastossuportados na data da entrega ou expedio dos bens ou, se anterior, na data datransferncia da propriedade. Imputveis ao perodo de tributao pela quantia nominal dacontraprestao.

PRESTAES DE SERVIOS

Os rditos relativos a prestaes de servios e os correspondentes gastos suportadosconsideram-se, em geral, realizados na data em que o servio terminado. Imputveis aoperodo de tributao pela quantia nominal da contraprestao.

Os rditos e gastos relativos a prestaes de servios continuadas ou sucessivas so levados aresultados proporcionalmente sua execuo.

INVENTRIOS E FSE

Os respetivos gastos so imputveis ao perodo de tributao a que respeitam pela quantianominal da contraprestao.

PERIODIZAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 18. n.s 3 e 5)

78

PERIODIZAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 18. n.s 6 e 7)

O resultado nas obras efetuadas por conta prpria vendidasfracionadamente efetuada medida que forem sendoconcludas e entregues aos adquirentes, ainda que no sejamconhecidos exatamente os custos totais das mesmas.

Os gastos de exploraes silvcolas plurianuais podem serimputados ao lucro tributvel tendo em conta o ciclo deproduo

PERIODIZAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 18. n. 8)

CORREES NO QUADRO 07 DA DR MOD. 22

MTODO DE EQUIVALNCIA PATRIMONIAL

MTODO DE CONSOLIDAO PROPORCIONAL NO CASO DE

EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

Os rendimentos e os gastos e as V.P. relevados na contabilidade no

influenciam o lucro tributvel

Os lucros atribudos so considerados como rendimentos no perodo em que se verifica o

direito aos mesmos

79

CORRECES NOS CAMPOS 222 E/OU 235 DO Q07 DA

DR. MOD. 22

80

CASO PRTICO

A Sociedade A adquiriu, no incio do ano n, por 1.000 u.m.,uma quota da Sociedade B, ficando detentora de 30% doseu capital social.

Em 31 de Dezembro de n, o lucro contabilstico de B foi de 500u.m.

Em Maro de n+1, B decide distribuir aos seus scios 60%dos lucros apurados no ano n.

Refira quais as consequncias da situao descrita no lucrotributvel da Sociedade A relativo a n e n+1.

81

Pelo mtodo da equivalncia patrimonial, a sociedade A procedeaos seguintes registos contabilsticos:

Ano n

1. Pela aquisio da parte de capital de B:

41 26

1.000 1.000

2. Pelo lucro imputvel sua participao (500 x 30%):

41 7851

150 150

CASO PRTICO

A

sociedadededuz 150no campo

235 do Q07 da DR

Mod. 22

82

Ano n+1

A sociedade A regista os lucros que lhe foram efetivamenteatribudos, bem como a parte que o no foi:

3. Pelos lucros atribudos (150 x 60% = 90):

41 26

90 90

4. Pelos lucros no atribudos (150 - 90 = 60):

56 5712

60 60

CASO PRTICO

NOTA: no h lugar a reteno na fonte [art. 97., n. 1, alnea c)]

A empresa A no

corrige na sua DR Mod. 22 a VP (porque apenasqualitativa) de 60, mas acresce o valor de 90 .

PERIODIZAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 18. n. 9)83

OS AJUSTAMENTOS DECORRENTES DA APLICAO DO JUSTO VALOR NOCONCORREM PARA A FORMAO DO LUCRO TRIBUTVEL, SENDOIMPUTADOS COMO RENDIMENTOS OU GASTOS NO PERODO DE TRIBUTAOEM QUE OS ELEMENTOS OU DIREITOS QUE LHES DERAM ORIGEM SEJAMALIENADOS, EXERCIDOS, EXTINTOS OU LIQUIDADOS

EXCETORESPEITEM A INSTRUMENTOS FINANCEIROSRECONHECIDOS PELO JUSTO VALOR ATRAVS DERESULTADOS, DESDE QUE, QUANDO SE TRATE DEINSTRUMENTOS DO CAPITAL PRPRIO, TENHAM UMPREO FORMADO NUM MERCADO REGULAMENTADOE O SUJEITO PASSIVO NO DETENHA, DIRETA OUINDIRETAMENTE, UMA PARTICIPAO NO CAPITALIGUAL OU SUPERIOR A 5 % DO RESPETIVO CAPITALSOCIAL

TAL SE ENCONTRE EXPRESSAMENTE PREVISTO NO CIRC

PERIODIZAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 18. n. 9)84

Instrumentos de capital prprio

Os ajustamentos decorrentes da aplicao do justo valor

concorrem para a formao do lucro tributvel se:

reconhecidos contabilisticamente ao JV atravs deresultados

tiverem preo formado num mercado regulamentado

participao inferior a 5%

No cumpridos os requisitos, os ajustamentos decorrentes da aplicao do JV no concorrem para a formao do LT e o ativo fica

sujeito ao regime das mais-valias e menos-valias fiscais

SO GASTO FISCAL NO PERODO EM QUE OSRESPETIVOS DIREITOS OU OPES SEJAMEXERCIDOS, PELAS QUANTIAS LIQUIDADAS OUSE APLICVEL, PELA DIFERENA ENTRE O VALORDOS INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRPRIOATRIBUDOS E O RESPETIVO PREO DOEXERCCIO PAGO

PAGAMENTOS COM BASE EM ACES

EFETUADOS AOS TRABALHADORES EMEMBROS DOS RGOS ESTATUTRIOS EMRAZO DA PRESTAO DE TRABALHO OU DEEXERCCIO DE CARGO OU FUNO

PERIODIZAO DO LUCRO TRIBUTVEL (art. 18. n. 11)85

SO GASTO FISCAL NO PERODO EMQUE AS IMPORTNCIAS SO PAGAS OUCOLOCADAS DISPOSIO DOSRESPETIVOS BENEFICIRIOS

BENEFCIOS AOS EMPREGADOS

BENEFCIOS DE CESSAO DE EMPREGO,BENEFCIOS DE REFORMA E OUTROSBENEFCIOS PS EMPREGO OU A LONGOPRAZO QUE NO ABRANGIDOS PELO ART.43. E NO CONSIDERADOS RENDIMENTOSDA CATEGORIA A

A determinao dos resultados de contratos deconstruo efetuada segundo o CRITRIO DAPERCENTAGEM DE ACABAMENTO*.

CONTRATOS DE CONSTRUO (art. 19.)

GASTOS INCORRIDOSAT DATA

GASTOS TOTAIS

PERCENTAGEM DE

ACABAMENTO

GASTOS INCORRIDOS

GASTOS ESTIMADOS

AT CONCLUSO

DO CONTRATO

86

* Ainda que o ciclo de produo ou tempo de execuo seja inferior ou igual aum ano

Quando, de acordo com a normalizao contabilstica, o

desfecho de um contrato de construo no possa ser

estimado de forma fivel, considera-se que o rdito do

contrato corresponde aos gastos totais do contrato.

CONTRATOS DE CONSTRUO (art. 19.)87

APROXIMAO AO MTODO DO LUCRO NULO PRECONIZADO NA NCRF 19.

Atendendo ao princpio da realizao, no so

relevantes as provises constitudas para a cobertura

de perdas esperadas relativas a contratos de

construo.

A Empresa A celebrou um contrato de construo de um

imvel com incio em 2013 e concludo em 2014, nos

termos seguintes:

- Rdito total do contrato: 1.000.000

- Gastos totais estimados : 800.000

Supondo em 2013:

- Gastos incorridos com a execuo da obra: 200.000

- Montante faturado: 220.000

CASO PRTICO88

Hiptese contabilstica 1: Aplicao do mtodo da

percentagem de acabamento

% de acabamento: 200 000 / 800 000 = 25%

- Gastos do perodo: 200 000

- Rdito do perodo: 25% * 1 000 000 = 250 000

CASO PRTICO

Fiscalmente: - Sem correes fiscais

89

Hiptese contabilstica 2: O desfecho do contrato no fiavelmenteestimado pelo que se aplicou o mtodo do lucro nulo

Gastos do perodo: 200 000

Rdito do perodo: 200 000

CASO PRTICO

Fiscalmente: Regras vigentes em 2013-Acrscimo ao apuramento do LT no montante de 50.000, de acordo com omtodo da % de acabamento.

Regras vigentes em 2014- Sem correes fiscais (face redao do novo n. 3 do art.19.)

90

Suponhamos agora, que no final de 2013, estima-se que

os gastos totais podero ascender a 1 100 000 e que o

desfecho estimado considerado fivel.

% de acabamento: 200 000/ 1 100 000 = 18,18%

CASO PRTICO91

Contabilisticamente:- Rdito do perodo: 181 800 - Gastos do perodo: 281 800 sendo:

200 000 incorridos e 81 800 de proviso para a perda esperada:

Perda total esperada: 100 000 Perda j considerada:

200 000 - 181 800 = 18 200

Perda adicional a reconhecer:100 000 - 18 200 = 81 800

Fiscalmente:- Acrscimo ao apuramento do lucro tributvel no montante de 81.800

CASO PRTICO92

RENDIMENTOS E GANHOS Resultantes de operaes de qualquer

natureza, em consequncia de uma ao: Normal

Ocasional

Bsica ou

Meramente acessria

RENDIMENTOS E GANHOS (art. 20.)93

94

RENDIMENTOS (art. 20.)

RENDIMENTOS E GANHOS

VENDAS OU PREST. SERVIOS , DESCONTOS, BNUS E ABATIMENTOS, COMISSES E CORRETAGENS;

RENDIMENTOS DE IMVEIS;

RENDIMENTOS DE CARCTER FINANCEIRO ( JUROS DIVIDENDOS..);

RENDIMENTOS DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL

GANHOS POR AUMENTOS DE JUSTO VALOR EM INSTRUMENTOS FINANCEIROS;

GANHOS POR AUMENTOS DE JUSTO VALOR EM ACTIVOS BIOLGICOS CONSUMVEIS QUE NO SEJAM EXPL. SILV.PLURIANUAIS.

MAIS-VALIAS REALIZADAS;

INDEMNIZAES AUFERIDAS, SEJA A QUE TTULO FOR;

SUBSDIOS EXPLORAO

95

CONCEITOS

Animal ou planta vivo (por exemplo, o porco ou a planta do tabaco)

ACTIVO BIOLGICO

O que estiver para ser colhido como produto agrcola ou vendido como activobiolgico (por exemplo, o milho ou gado destinado produo de carne)

ACTIVO BIOLGICO CONSUMVEL

O que no seja activo biolgico consumvel (por exemplo, rvores de fruto ou gadodo qual se retira leite)

ACTIVO BIOLGICO DE PRODUO

O produto colhido dos activos biolgicos da entidade (por exemplo, a carcaa doporco ou as folhas do tabaco)

PRODUTO AGRCOLA

96

VARIAES PATRIMONIAIS POSITIVAS (art. 21.)

Concorrem ainda para a formao do lucro tributvel as VARIAESPATRIMONIAIS POSITIVAS no refletidas no R.L. do perodo,exceto:

Entradas de capital

Prmios de emisso de aes ou quotas

Coberturas de prejuzos feitas pelos titulares do capital

Mais-valias potenciais ou latentes, incluindo Reservas de Reavaliao

Contribuies no mbito da associao em participao e da associao quota

Impostos sobre o rendimento

Aumento do capital prprio da sociedade beneficiria decorrente de operaesde fuso, ciso, entrada de ativos ou permuta de partes sociais, com excluso dacomponente que corresponder anulao das partes de capital detidas por estanas sociedades fundidas ou cindidas

Considera-se como valor de aquisio dos incrementos patrimoniais obtidos a titulo gratuito oseu valor de mercado

O scio A efetuou uma transmisso gratuita de um imvel, a

favor da sociedade.

Registo contabilstico:

Dbito na conta 432- AFT edifcios

Crdito na conta 594 - Doaes

pelo justo valor

CASO PRTICO97

Correes no apuramento do LT:

Acrscimo do valor de mercado do imvel, o qual no

pode ser inferior ao valor patrimonial tributrio (VPT)

do mesmo, data da transmisso.

98

SUBSDIOS DESTINADOS EXPLORAO

(art. 20.)

SUBSDIOS RELACIONADOS COM

ATIVOS NO CORRENTES

(art. 22.)

SUBSDIOS99

Regra geral: Considerado rendimento do perodo em que se torna

recebvel

Exceo Quando o subsdio se destina a comparticipar encargos que

ainda vo ser suportados pela empresa

SUBSDIOS DESTINADOS EXPLORAO (art. 20.)100

A empresa Z, Lda. recebeu no perodo n um subsdio, nomontante de 20.000,00, destinado a compensar o baixopreo de venda aplicado aos produtos por imposio legal.

Qual o tratamento fiscal a que o subsdio fica sujeito?

Tratando-se de um subsdio concedido explorao, temenquadramento no art. 20., n. 1, alnea j).

Como no se destina a compensar gastos que a empresa vaisuportar em anos futuros, o seu valor considerado comorendimento no ano n

CASO PRTICO101

A sociedade por quotas Abel & Bernardo, Lda. recebeu, em2014, um subsdio, no montante de 15.000,00, para a criaode trs postos de trabalho, com a condio de manter osreferidos postos de trabalho por um perodo mnimo de 4 anos.

Qual o tratamento a dar ao referido subsdio em sede de IRC?

Trata-se de um subsidio explorao porque se destina a reduzir gastos

Obrigatoriedade de manter os postos de trabalho por um perodo mnimo de4 anos

O valor que concorre para a formao do lucro tributvel de 2014 ser de:

15.000,00 : 4 = 3.750,00

CASO PRTICO102

SUBSIDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS NO CORRENTES (art. 22)

103

SUBSIDIOS RELACIONADOS COM ATIVOS NO CORRENTES

(art. 22.)

ATIVOS DEPRECIVEIS OU AMORTIZVEIS

INCLUSO DO SUBSIDIO NA MESMA PROPORO DA

DEPRECIAO OU AMORTIZAO

TEM COMO LIMITE MINIMO A QUE PROPORCIONALMENTE CORRESPONDER QUOTA

MNIMA

ATIVOS INTANGVEIS SEM VIDA TIL DEFINIDA

INCLUSO, EM FRAES IGUAIS, DURANTE OS

PRIMEIROS 20 PERODOS DE TRIBUTAO APS O

RECONHECIMENTO INICIAL DO ATIVO

PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO E A ATIVOS

BIOLGICOS NO CONSUMVEIS, MENSURADOS

AO JUSTO VALOR

INCLUSO, EM FRAES IGUAIS, DURANTE O

PERODO MXIMO DE VIDA TIL QUE SERIA

CONSIDERADO SE O ATIVO PREMANECESSE

RECONHECIDO AO CUSTO DE AQUISIO

OUTROS ATIVOS

S/PERODO DE INALIENABILIDADE:

INCLUSO EM RESULTADOS, EM PARTES IGUAIS, DURANTE 10

ANOS

C/PERODO DE INALIENABILIDADE:

INCLUSO, EM FRAES IGUAIS, DURANTE O PERODO

DE INALIENABILIDADE

No ano de 2012, a empresa Subsdio, S.A. adquiriu um

equipamento por 275 000 , ao qual atribuiu um perodo de

vida til de 10 anos (respeitando a quota mnima de

depreciao de acordo com o DR 25/2009), tendo iniciado o

seu funcionamento em janeiro desse mesmo ano.

A atribuio do subsdio a esse investimento, no montante de

100 000 , foi contratualizada em 2013 e o recebimento da 1

tranche foi em 2014 (50 000 ).

Nota: Ignorar a existncia de impostos diferidos.

CASO PRTICO104

Lan. Contab. em 2012, 2013 e 2014 e consequncia fiscal

Dbito Crdito Valor2011 Conta 642 (deprec AFT) Conta 438 (deprec acumuladas) 275 000 /10 anos

Conta 278 (outros dev. e cred.) Conta 593 (subsdios) 100 000

Conta 593 (subsdios) Conta 7883 (Imputao de subsdios para investimentos)

(100 000 /10) * 2 (a)

2012 Conta 642 (deprec AFT) Conta 438 (deprec acumuladas) 275 000 /10 anosConta 12 (D.O.) Conta 278 (outros dev. e cred.) 50 000

Conta 593 (subsdios) Conta 7883 (Imputao de subsdios para investimentos) (100 000 /10)

(a) reconhecimento do subsdio nos resultados 2012 e 2013

CASO PRTICO

2012

105

2013

2014

A sociedade Gama recebeu em 2013, um subsdio no

montante de 20 000 , destinado compra de um

terreno (no deprecivel) para a sua atividade

operacional.

No est estabelecido qualquer perodo obrigatrio de

manuteno do ativo.

CASO PRTICO106

Registo contabilstico:

Dbito na conta 12 - Depsitos ordem

Crdito na conta 593- Subsdios

no valor de 20 000

Correes no apuramento do LT

Acrscimo de 2 000 (20 000/10 anos).

CASO PRTICO107

Foi adquirida uma patente (registada em 2014) por

um perodo indefinido, pelo preo de 100 000,

tendo sido recebido, para o efeito, um subsdio no

valor de 20 000 .

CASO PRTICO108

Patente registada no ativo intangvel, no sendo

amortizvel

O subsdio registado na conta 593

Regras vigentes em 2014

Deduo ao Q07 da Mod22 5 000 (100 000/20)

art. 45.-A, n. 1

Acrscimo ao Q07 da Mod22 1 000 (20 000/20)

CASO PRTICO109

aceite como gasto fiscal, em partes iguais, durante os primeiros20 perodos de tributao aps o reconhecimento inicial, o custode aquisio (CA) de:

Elementos da propriedade industrial (marcas, alvars, processosde produo, modelos ou outros direitos assimilados) adquiridos attulo oneroso e sem vigncia temporal limitada

Goodwill adquirido numa concentrao de atividadesempresariais

Para ativos adquiridos em ou aps 2014-01-01

ATIVOS INTANGVEIS, PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO E ATIVOS BIOLGICOS NO CONSUMVEIS (art. 45.-A)

110

ATIVOS INTANGVEIS

ATIVOS INTANGVEIS, PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO E ATIVOS BIOLGICOS NO CONSUMVEIS (art. 45.-A)

111

CUSTO DE AQUISIO, GRANDES REPARAES E BENEFICIAES E AS BENFEITORIAS DAS

PROPRIEDADES DE INVESTIMENTOMENSURADOS AO JV

CUSTO DE AQUISIO DE ATIVOS BIOLGICOS NO CONSUMVEIS

MENSURADOS AO JV

ACEITE COMO GASTO FISCAL, EM PARTES IGUAIS, DURANTE AQUELE QUE SERIA O PERODO MXIMO DE VIDA TIL FISCALMENTE ACEITE CASO ESSE ATIVO PERMANECESSE RECONHECIDO AO CUSTO DE AQUISIO

ATIVOS INTANGVEIS, PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO E ATIVOS BIOLGICOS NO CONSUMVEIS (art. 45.-A)

Este regime no aplicvel:

112

Aos ativos intangveis adquiridos a entidades residentes em parasosfiscais

Ao goodwill respeitante a participaes sociais

Aos ativos intangveis adquiridos no mbito de operaes de fuso,

ciso ou entrada de ativos, quando seja aplicvel o regime especial

previsto no art. 74.

SO DEDUTVEIS

Os GASTOS e PERDAS incorridos ou suportados pelo sujeito passivo para

obter ou garantir os rendimentos sujeitos a IRC

Os gastos devem estar comprovados documentalmente, aplicando-se

regras do CIVA relativas emisso de fatura/ fatura simplificada

(art. 36 e/ou 40. do CIVA)

GASTOS E PERDAS (art. 23.) 113

Identificao do fornecedor e cliente

Qt. e denominao dos bens e servios

Valor da contraprestao

Data em que os bens foram adquiridos / servios prestadosD

eve

m c

on

ter,

PEL

O M

ENO

S:

GASTOS E PERDAS (art. 23.) 114

GASTOS RELATIVOS PRODUO OU AQUISIO DE QUAISQUERBENS OU SERVIOS (MP, MO, ENERGIA E OUTROS)

GASTOS DE DISTRIBUIO E VENDA (TRANSPORTES, PUBLICIDADE)

GASTOS DE NATUREZA FINANCEIRA ( JUROS DE CAPITAIS ALHEIOS,DIFERENAS DE CMBIO)

GASTOS DE NATUREZA ADMINISTRATIVA (REMUNERAES, INCLUIN DOAS ATRIBUDAS A TTULO DE PARTICIPAO NOS LUCROS, AJUDAS DECUSTO, MATERIAL DE CONSUMO CORRENTE, RENDAS)

GASTOS COM ANLISES, RACIONALIZAO, INVESTIGAO ECONSULTA E PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO

EXEMPLOS

GASTOS FISCAIS E PARAFISCAIS

GASTOS E PERDAS (art. 23.) 115

DEPRECIAES E AMORTIZAES

AJUSTAMENTOS EM INVENTRIOS, PERDAS POR IMPARIDADE EPROVISES

PERDAS POR REDUES DE JUSTO VALOR EM INSTRUMENTOSFINANCEIROS E EM ATIVOS BIOLGICOS CONSUMVEIS QUE NOSEJAM EXPLORAES SILVCOLAS PLURIANUAIS

MENOS - VALIAS REALIZADAS

INDEMNIZAES RESULTANTES DE EVENTOS CUJO RISCO NO SEJASEGURVEL

GASTOS RESPEITANTES A AES PREFERENCIAIS SEM VOTO

O IRC, incluindo as tributaes autnomas, e quaisquer outros impostos que diretaou indiretamente incidam sobre os lucros (inclui a derrama municipal e a derramaestadual)

As despesas no documentadas

Os encargos indevidamente documentados, bem como os encargos evidenciadosem documentos emitidos:

Por sujeitos passivos com NIF inexistente ou invlido; Por sujeitos passivos cessados oficiosamente.

As despesas ilcitas

As multas, coimas e demais encargos, incluindo os juros compensatrios emoratrios, pela prtica de infraes de qualquer natureza que no tenham origemcontratual, bem como por comportamentos contrrios a qualquer regulamentaosobre o exerccio da atividade

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucro tributvelos seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos doperodo de tributao:

116

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

Os impostos, taxas e outros tributos que incidam sobre terceiros

As indemnizaes pela verificao de eventos cujo risco seja segurvel

Os encargos com o aluguer sem condutor de viaturas ligeiras depassageiros ou mistas, na parte correspondente ao valor das depreciaesdessas viaturas que, nos termos das alneas c) e e) do n. 1 do artigo 34.,no sejam aceites como gastos

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucro tributvel os seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos do perodo de tributao:

117

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

Portaria 467/2010, de 07/07

118

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

INICIO DO PERIODO DE TRIBUTAO DA

AQUISIO DA VIATURA

VECULOS ELTRICOS

(EXCLUSIVO)

VECULOSHIBRIDOS PLUG-IN

VECULOS MOVIDOS A

GPL/GNV

RESTANTESVIATURAS

DE 01.01.2010 A 31.12.2010

40.000

DE 01.01.2011 A 31.12.2011

45.000 30.000

DE 01.01.2012 A 31.12.2014

50.000 25.000

A PARTIR DE 01.01.2015 62.500 50.000 37.500 25.000

PORTARIA 467/2010, DE 07/07, ATUALIZADA PELO ART. 24. DA LEI 82-D/2014, DE 31/12

119

Em 2014 foi celebrado um contrato referente ao aluguer semcondutor de uma viatura ligeira de passageiros, sendo:

Valor da Viatura: 45.000 Amortizao Financeira: - 12.000

Qual o montante que no aceite como gasto fiscal?

EXEMPLO

S se aceita como gasto fiscal a parcela da amortizaofinanceira correspondente depreciao que seria aceitefiscalmente em caso de aquisio directa, considerando o ano deaquisio e o respetivo valor.

NOTA: Sem prejuzo da tributao autnoma prevista no art. 88. do CIRC

120

Assim:

12.000 6.250*= 5.750

* Valor aquisio portaria: 25.000,00 x 25% = 6.250,00

EXEMPLO

Valor a acrescer no quadro 07 da DRM22

Taxa prevista no Dec. Reg. 25/2009

As ajudas de custo e os encargos com compensao pela deslocao emviatura prpria do trabalhador, ao servio da entidade patronal, nofaturados a clientes, escriturados a qualquer ttulo, sempre que a entidadepatronal no possua um mapa atravs do qual seja possvel efetuar ocontrolo das deslocaes, exceto na parte em que haja lugar a tributaoem sede de IRS na esfera do respetivo beneficirio;

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucrotributvel os seguintes encargos, mesmo quando contabilizadoscomo gastos do perodo de tributao:

121

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

Os encargos dedutveis so tributados autonomamente taxa de 5% e, no caso de s.p. que apresente prejuzo fiscal, sero

tambm tributados autonomamente os encargos no dedutveis (cf. art. 88. n. 9 CIRC)

122

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

REGIME FISCAL DAS AJUDAS DE CUSTO

FATURADAS AO CLIENTE

ACEITES COMO GASTO FISCAL

NO FATURADAS AO CLIENTE

S/MAPA

TRIBUTADA IRS

ACEITES COMO GASTO

NO TRIBUTADAS EM IRS

NO ACEITES COMO GASTO

C/MAPA

ACEITES COMO GASTO

Encargos com combustveis se no for comprovado que respeitam abens da empresa e de que no so ultrapassados os consumosnormais

Encargos relativos a barcos de recreio e aeronaves de passageiros queno estejam afetos explorao do servio pblico de transportesnem se destinem a ser alugados no desenvolvimento da sua atividadenormal

Menos valias realizadas relativas a barcos de recreio, avies turismo eviaturas ligeiras de passageiros ou mistas, que no estejam afectos atividade de explorao de servio de transportes nem se destinem aser alugados no exerccio da atividade, exceto na parte quecorrespondam ao valor fiscalmente deprecivel*, ainda no aceitecomo gasto.

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucro tributvelos seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos doperodo de tributao:

123

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

Supondo a alienao de uma viatura ligeira de

passageiros, adquirida em 2012 por 40 000 .

Em resultado dessa venda o SP apurou uma menos valia

fiscal no montante de 8 000.

CASO PRTICO124

Correes no apuramento do LT

- Deduo/acrscimo da mais ou menos valia contabilstica

- Deduo da menos-valia fiscal: 8 000

- Acrscimo da parte da menos valia fiscal no dedutvel:

8 000 - [8 000 * (25 000 / 40 000)] = 3 000

Valor fiscalmente deprecivel VLP adquirida em 2012: 25 000

Alnea e) do n. 1 do art. 34. e Portaria 467/2010 de 7.07

125

CASO PRTICO

Juros de suprimentos e de emprstimos feitos pelo scio sociedade, na parte que excedam o valor correspondente taxadefinida pela Portaria n 279/2014, de 30/12 (salvo se se aplicar oregime do art. 63)

As menos valias e outras perdas relativas a instrumentos decapital prprio em algumas circunstncias (n 2)

Os gastos suportados com a transmisso onerosa de instrumentosde capital prprio de entidades com residncia ou domiclio emterritrios sujeitos a um regime fiscal claramente mais favorvel(n. 3) Portaria n. 150/2004, de 13/02

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucro tributvelos seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos doperodo de tributao:

126

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

Em abril de 2010 a sociedade Beta adquiriu 28% da sociedade

Gama, sujeita e no isenta de IRC, pelo montante de 1 200 000 .

Em 2013 Gama distribui resultados, cabendo a Beta lucros no

valor de 800 000 .

Em julho de 2014, Beta procede venda daquela participao,

pelo montante de 200 000.

Coeficiente de desvalorizao da moeda 1,07 (Portaria 281/2014

de 30.12)

CASO PRTICO127

Em 2013 Beta procede eliminao da dupla tributao

econmica prevista no art. 51:

- 800 000 no so tributados

Em 2014 apurada uma menos valia contabilstica no

montante de 1.000.000, a acrescer ao LT;

Em 2014 apurada uma menos valia fiscal no montante de

1.084.000 (200.000 1.200.000 *1,07)

No entanto, apenas aceite como gasto fiscal, a deduzir ao LT, o

montante de 284 000 (1.084.000 800.000).

CASO PRTICO128

Os gastos relativos participao nos lucros:

TRABALHADORES E MEMBROS DOS ORGOS SOCIAIS: Quandoas importncias no forem pagas ou colocadas disposio atao fim do perodo de tributao seguinte

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucro tributvelos seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos doperodo de tributao:

129

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

Nestas circunstncias, na DR Mod. 22 relativa ao perodo de tributaoseguinte, dever inscrever-se no quadro 10:- Campo 363: o IRC que deixou de ser liquidado;- Campo 364: derrama municipal correspondente;- Campo 366: respetivos juros compensatrios

Os gastos relativos participao nos lucros:

MEMBROS DOS ORGOS SOCIAIS: Quando os beneficirios* sejamtitulares, directa ou indirectamente, de partes representativas de, pelomenos, 1 % do capital social, na parte em que exceda o dobro daremunerao mensal auferida no perodo de tributao a que respeita oresultado em que participam.

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucro tributvelos seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos doperodo de tributao:

130

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

* Considera-se que o beneficirio detm indirectamente as partes do capital quando asmesmas sejam da titularidade do cnjuge , respectivos ascendentes ou descendentes at ao2 grau

2 x (Remunerao anual : 12)

2 x (Remunerao mensal x 14/12)

Considerando-se como remunerao anual/mensal os

vencimentos, subsdio de frias, 13. ms e eventuais percentagens

e gratificaes auferidas

Uma dada empresa pretende reconhecer como gasto do perodo de 2013 ecom base numa estimativa fivel, a sua obrigao construtiva relativa aosbenefcios dos empregados, a ttulo de participao nos lucros,fundamentando-se na prtica passada.

A estimativa aponta para um valor de 3% dos lucros.

Efectuados os clculos do valor a atribuir a cada empregado, com base naexperincia do passado, constatou-se que o valor da gratificao a receberpelo gerente 5.500,00.

Este beneficirio tambm titular de 2% do capital social da empresa e a suaremunerao mensal 2.100,00.

Quais as correes fiscais a efectuar?

131

CASO PRTICO

Valor da gratificao a atribuir ao gerente: 5.500

(a ser pago ou colocado disposio at ao fim de 2014)

Remunerao mensal mdia do gerente: 2.100 X 14 : 12 = 2.450

2.450 x 2 = 4.900 Dobro remunerao mdia mensal

(5.500 4.900) = 600 valor no aceite como gasto fiscal acresce no Q. 07 da

modelo 22

Em 2014 , o gerente tributado em IRS, por 5.500 na categoria A.

132

CASO PRTICO

133

No final do ano n, a Sociedade W, Lda reconheceu como gastos o

montante de 230.000,00, importncia que correspondia a 10% dos seus

lucros.

Esta sociedade tinha por hbito distribuir anualmente parte dos lucros

pelos seus colaboradores (normalmente 10%).

Ao gerente foi atribudo o montante de 23.000 u.m.

Sabendo que:

a) o vencimento anual (14 meses) do gerente em n foi de 120.000;

b) o seu pai detentor de 5% do capital social da empresa;

c) As gratificaes no vieram a ser pagas durante o ano n+1, refira qual

o procedimento que devia ser adoptado pela empresa

relativamente ao ano n e ao ano n+1.

CASO PRTICO

134

Sendo o gerente titular de 5% do capital da sociedade

(ainda que indirectamente, por via do seu pai), a

gratificao que lhe foi atribuda fica sujeita ao limite

previsto no art. 23.-A, n. 1, alnea o). Assim:

Ordenado mdio mensal: 120.000 : 12 = 10.000

Limite do gasto dedutvel: 10.000 x 2 = 20.000

23.000 - 20.000 = 3.000 gasto no dedutvel a acrescer

no campo 735 do Q07

CASO PRTICO

135

No perodo de tributao n:

A empresa s podia considerar como gasto fiscal o valor

de 20.000 (120.000/12 * 2)

Na DR Modelo 22 referente a n+1:

Tinha de acrescer no quadro 10 o IRC que deixou de

ser liquidado em n acrescido dos juros

compensatrios (por no ter pago as gratificaes)

CASO PRTICO

A contribuio sobre o setor bancrio;

A contribuio extraordinria sobre o setor energtico

As importncias pagas ou devidas, a qualquer ttulo, a pessoas singularesou coletivas residentes fora do T.P., e a submetidas a um regime fiscalmais favorvel, salvo se o S.P. provar que correspondem a operaesefetivamente realizadas, no tm carter anormal, nem so de montanteexagerado .

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucro tributvelos seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos doperodo de tributao:

136

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

A AT notifica o s.p. para produo da prova num prazo no inferior a 30 dias

Se no for feita prova Tributao autnoma (art. 88. n. 8) taxa:35% (exercem a ttulo principal)

55% (no exercem a ttulo principal)

Despesa acrescida ao lucro tributvel (Q07 M22)

As importncias indiretamente pagas ou devidas a qualquer ttulo,s pessoas singulares ou coletivas residentes em parasos fiscais,quando o s.p. tenha ou devesse ter conhecimento do seu destino,i.:

Quando existam relaes especiais nos termos do n. 4 do art. 63. doCIRC entre:

O s.p. e pessoas singulares colectivas residentes fora do t.p. e a submetidas aum regime fiscal mais favorvel ou

O S.P. e o mandatrio, fiducirio ou interposta pessoa que procede aopagamento s pessoas singulares ou colectivas.

NO SO DEDUTVEIS para efeitos da determinao do lucro tributvelos seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como gastos doperodo de tributao:

137

ENCARGOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS (art. 23.-A)

138

VARIAES PATRIMONIAIS NEGATIVAS (art. 24.)

VARIAES PATRIMONIAIS NEGATIVAS NO REFLECTIDAS NO RESULTADO LQUIDO DO

PERODO

CONCORREM PARA A FORMAO DO LUCRO TRIBUTVEL

NAS MESMAS CONDIES DOS GASTOS

FOREM INCORRIDAS OU SUPORTADAS PELO S.P. PARA OBTER OU GARANTIR OS RENDIMENTOS SUJEITOS A IRC

139

VARIAES PATRIMONIAIS NEGATIVAS (art. 24.)

NO CONCORREM PARA A DETERMINAO DO LUCROTRIBUTVEL

Liberalidades (transmisses gratuitas) ou no estejam relacionadas com aactividade do S.P.

Menos valias potenciais ou latentes

Sadas (em dinheiro ou espcie) para titulares do capital

Prestao do associante ao associado no mbito do processo da associaoem participao

As relativas a impostos sobre o rendimento

Diminuio do capital prprio da sociedade beneficiria decorrente deoperaes de fuso, ciso ou entrada de ativos, com excluso dacomponente que corresponder anulao das partes de capital detidaspor esta nas sociedades fundidas ou cindidas

140

INVENTRIOS (art. 26. e 27.)

CRITRIOS ACEITES PARA A MENSURAO DOS INVENTRIOS e que devem ser mantidos nos vrios perodos de tributao

S para setores em que muito

difcil calcular o custo de

aquisio ou de produo,

podendo a MNL ser substituda

por uma deduo no superior a

20% do PV

Custos de aquisio ou de produo

Custos padres

Preos de venda deduzidos da margem normal de lucro

Preos de venda dos produtos colhidos de ativosbiolgicos no momento da colheita deduzidosdos custos estimados no ponto de venda,excludo os de transporte e outros necessriospara colocar os produtos no mercado

A AT pode corrigir, se houver

desvios significativos

141

INVENTRIOS (art. 26. e 27.)

A utilizao de critrios diferentes dos previstos depende deautorizao da AT a qual deve ser solicitada at ao termo doperodo de tributao atravs de requerimento em que seindiquem os critrios a adotar e as razes que os justifiquem.

142

INVENTRIOS (art. 26. e 27.)

CUSTO DE AQUISIO OU PRODUO

CUSTOS DE EMPRSTIMOS OBTIDOS

OUTROS GASTOS QUE SEJAM DIRETAMENTE ATRIBUVEIS DE ACORDO COM A NORMALIZAO

CONTABILISTICA

INCLUI

143

Conceito

o excedente da quantia escriturada de um ativo em relao sua quantia recupervel

PERDAS POR IMPARIDADE

144

PERDAS POR IMPARIDADE EM INVENTRIOS (art. 28.)

SO DEDUTVEIS AS PERDAS POR IMPARIDADE RECONHECIDAS NO MESMO PERODO DE TRIBUTAO OU EM PERODOS DE TRIBUTAO ANTERIORES

QUANDO

CUSTO DE AQUISIO OU DE PRODUO > VALOR REALIZVEL LIQUIDO

Preo de venda estimado no decurso

normal da atividade nos termos do n.

4 do art. 26. deduzido dos custos

necessrios de acabamento e venda

o constante de elementos oficiais

ou o ltimo que em condies

normais tenha sido praticado pelo

s.p. ou ainda o que, no termo do

perodo de tributao, for corrente

no mercado, desde que seja

considerado idneo ou de controlo

inequvoco (n. 4 do art. 26.)

145

Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as perdas por imparidadecontabilizadas no perodo ou em perodos anteriores:

Relacionadas com crditos: resultantes da atividade normal Incluindo os juros pelo atraso no cumprimento da obrigao

que se considerem de cobrana duvidosa no final do perodo de tributao estejam evidenciados na contabilidade como tal

As relativas a recibos por cobrar reconhecidas pelas empresas de seguros

Para risco especfico de crdito em ttulos e em outras aplicaes,contabilizadas de acordo com as normas contabilsticas aplicveis no perodode tributao ou em perodos de tributao anteriores, pelas entidadessujeitas superviso do Banco de Portugal e pelas sucursais em Portugal deinstituies de crdito e outras instituies financeiras com sede noutro EMda UE ou do EEE (em conformidade com o art. 28.-C)

PERDAS POR IMPARIDADE EM DVIDAS A RECEBER (art. 28.-A)

146

Devedor tenha pendente processo de execuo, de insolvncia,processo especial de revitalizao ou procedimento derecuperao de empresas por via extrajudicial ao abrigo doSIREVE

Os crditos tenham sido reclamados judicialmente ou emtribunal arbitral

Os crditos estejam em mora h mais de 6 meses desde a datado vencimento e existam provas objetivas de imparidade e deterem sido efectuadas diligncias para o seu recebimento

Consideram-se CRDITOS DE COBRANA DUVIDOSAaqueles em que o risco de incobrabilidade se consideredevidamente justificado, o que se verifica nos seguintescasos:

PERDAS POR IMPARIDADE EM CRDITOS(art. 28.-B)

147

25% CRDITOS EM MORA H MAIS DE 6 MESES E AT 12 MESES

50% CRDITOS EM MORA H MAIS DE 12 MESES E MENOS18 MESES

75% CRDITOS EM MORA H MAIS DE 12 MESES E MENOS18 MESES

100% CRDITOS EM MORA H MAIS DE 24 MESES

PERDAS POR IMPARIDADE EM CRDITOS(art. 28.-B)

As percentagens aplicam-se igualmente aos juros de mora em funo da morados crditos a que correspondam

O MONTANTE ANUAL ACUMULADO DA PERDA POR IMPARIDADE DE CRDITOS EM MORA NO PODER EXCEDER AS SEGUINTES PERCENTAGENS

148

No so considerados de cobrana duvidosa

Os crditos s/ o Estado, Regies Autnomas e Autarquias locais oupor eles avalizados;

Os crditos cobertos com seguro, c/ excepo da importnciacorrespondente % de descoberto obrigatrio, ou por qualquerespcie de garantia real;

Os crditos sobre pessoas sing. ou col. que participem em mais de10% no capital da empresa ou sobre membros dos corpos sociaissalvo nos casos previstos na al a) e b) do n 1.;

Os crditos s/ sociedades participadas pela empresa em mais de10% do capital, salvo nos casos previstos na al a) e b) do n 1.

PERDAS POR IMPARIDADE EM CRDITOS(art. 28.-B)

149

A sociedade X, Lda. contabilizou no perodo de 2014 as seguintesperdas por imparidade:

Perdas por imparidade em crditos 180.000,00Clientes evidenciados como de cobrana duvidosa:

Manuel Joaquim, Lda. em mora h 25 meses .. 60.000,00 Antnio Leal, Lda., em mora h 17 meses ......... 80.000,00

Outros devedores e credores (emprstimo concedido): Victor Arcanjo, em mora h 10 meses40.000,00

Perdas por imparidade Aplic. Financeiras.. 80.000,00Qual o montante que pode ser aceite como gasto fiscal a titulo de perdas porimparidade?

CASO PRTICO

Participada em 15% pela sociedade X

Ex- director administrativo /financeiro

As referidas perdas respeitam a crditos,

relativamente aos quais existem provas

objetivas de imparidade e de

terem sido efectuadas

diligncias para o seu recebimento

150

Crdito sobre Manuel Joaquim ,Lda. - Empresa participada emmais de 10% , a perda por imparidade no se considera gastopara efeitos fiscais

Crdito sobre Antnio Leal ,Lda. - Considera-se como gasto ovalor correspondente a 50% de 80.000,00, ou seja, 40.000,00, seno ano anterior no existiam provas objetivas de imparidade ediligncias para o seu recebimento

Crdito sobre Victor Arcanjo - Por no resultar da actividadenormal, a perda por imparidade no fiscalmente dedutvel

CASO PRTICO

151

Perdas por imparidade de investimentos financeiros noaceite em termos fiscais por no estar prevista na al. a) do n.1 do art. 28.-A

Montante no aceite como gasto fiscal

220.000,00 (60.000,00 + 40.000,00 + 40.000,00 + 80.000,00)

Montante aceite como gasto fiscal = 40.000,00

CASO PRTICO

152

DESDE QUE NO TENHA SIDO ADMITIDA PERDA PORIMPARIDADE OU ESTA SE MOSTRE INSUFICIENTE, OS CRDITOSINCOBRVEIS PODEM SER DIRETAMENTE CONSIDERADOSGASTOS OU PERDAS DO PERODO DE TRIBUTAO, NASSEGUINTES SITUAES:

CRDITOS INCOBRVEIS(art. 41.)

153

Processo Momento Artigo

Processo de execuo Aps o registo da execuo 717., n. 2, b) do CPC

Processo de insolvncia

Quando for decretada de carter limitado;Se for insolvncia plena, aps o trnsitoem julgado da sentena de verificao egraduao dos crditos ou, quando exista,aps a homologao do plano objeto dadeliberao dos credores

156. do CIRE

Processo especial de revitalizao

Aps homologao pelo juiz do plano derecuperao conducente revitalizao 17.-F do CIRE

Sistema de recuperao de empresas por via

extrajudicial (SIREVE)Aps a celebrao do acordo 12. do DL 178/2012, de 3/8

Litgios emergentes de prest. serv. pblicos essenciais Aps a deciso arbitral

Regime jurdico de prest. serv. pblicos essenciais

Quando os crditos se encontremprescritos e o seu valor no ultrapasse 750

CRDITOS INCOBRVEIS(art. 41.)

ELEMENTOS DEPRECIVEIS OU AMORTIZVEIS(art. 29. e art. 1. do Dec. Reg. 25/2009, de 14/09)

Ativos fixos tangveis Ativos intangveis Propriedades de Investimento

contabilizadas ao custo deaquisio Ativos biolgicos noconsumveis contabilizados ao

custo de aquisio Componentes Grandes reparaes e

beneficiaes Benfeitorias

SUJEITOS A DEPERECIMENTO

S SO ACEITES COMO GASTOS AS DEPRECIAES E AMORTIZAES DE :

Ativo fixo tangvel e Propriedades Investimento

Ativo intangvel e Ativos biolgicos no consumveis

Inicio do deperecimentoEntrada em funcionamento ou

utilizao

Inicio do deperecimentoA partir da data da respectiva aquisioou do incio actividade se for posterior

154

155

ELEMENTOS DEPRECIVEIS OU AMORTIZVEIS(Decreto Regulamentar n. 25/2009, de 14/09)

As depreciaes e amortizaes s so aceites desde que

contabilizadas como gasto no mesmo perodo de tributao

ou em perodos de tributao anteriores .

art. 1. n. 3

So dedutveis, nos perodos de tributao seguintes, as

depreciaes contabilizadas e no aceites como gasto em

perodos de tributao anteriores por excederem as

importncias mximas admitidas

art. 20.

REGRAS BASE

156

MTODOS DE CLCULO DAS DEPRECIAES E AMORTIZAES(art. 30.)

MTODOS

Linha Reta

( anuais ou por duodcimos)

Quotas decrescentesAtivos fixos tangveis:

Bens adquiridos em estado de uso

EdifciosViaturas ligeiras de passageiros

ou mistas

Mobilirio e equipamentos

sociais

Outros mtodos

REQUERIMENTO SE

QUOTA > QUOTA MXIMA

EXCETO

NOTA: Deve ser aplicado o mesmo mtodo de depreciao desde entrada em funcionamento atinutilizao ou transmisso ( se no, carece de aceitao da AT) n. 2 do art. 31.-A.

156

QUOTAS DE DEPRECIAO OU AMORTIZAO(art. 31.)

157

Para determinao do valor deprecivel ou amortizvel no so consideradasas despesas de desmantelamento e deduz-se o valor residual.

n. 2

DECRETO REGULAMENTAR

n. 25/2009MTODO

MTODO DA LINHA RETA

TAXA

CUSTO AQUISIO OU

PRODUO

VALOR REAVALIAO

FISCAL

VALOR MERCADO

x

158

DECRETO REGULAMENTAR

n. 25/2009MTODO

MTODO DAS QUOTAS

CRESCENTESTAXA COEFICIENTE

VALOR AINDA NO

DEPRECIADOx x

O COEFICIENTE VARIA CONSOANTE A VIDA TIL DO BEM - < 5 anos = 1,5- 5 e 6 anos = 2- > 6 anos = 2,5

Para determinao do valor deprecivel ou amortizvel no so consideradasas despesas de desmantelamento e deduz-se o valor residual.

n. 2

159

Aceitao de quotas de depreciao inferiores

quota mnima com comunicao AT at ao final

do perodo de tributao da aplicao pela

primeira vez dessas quotas)

art. 31.-A n. 5 do CIRC

QUOTAS DE DEPRECIAO OU AMORTIZAO(art. 31.-A)

Somatrio dos custosaquisio das MP, MOD eoutros custos directosimputveis ao produto eoutros custos indirectos

Preo de compra acrescidodos gastos acessriossuportados at entrada emfuncionamento e dasbenfeitorias necessrias outeis realizadas, de acordocom a normalizaocontabilstica aplicvel

CUSTO DE AQUISIO

CUSTO DE PRODUO

VALORIMETRIA DOS ELEMENTOS DEPRECIVEIS(art. 2. do Decreto Regulamentar 25/2009)

So includos:- Custos de emprstimos obtidos, respeitantes ao perodo anterior entrada em funcionamento (se > 1 ano)

So excludos:- As diferenas de cmbio relacionadas com os ativos

160

161

PERODO DE VIDA TIL (art. 31.-A n. 4 e art. 3. do Decreto Regulamentar 25/2009)

o perodo de tempo durante o qual um bem totalmente depreciado ouamortizado (excludo o respectivo valor residual).

Perodo mnimo de vida til

O que se deduz das taxas que podem ser aceites fiscalmente

Perodo mximo de vida til

O que se deduz de uma taxa igual a metade das taxas que podem seraceites fiscalmente

No so aceites como gastos fiscais as depreciaes ou amortizaes

praticadas para alm do perodo mximo de vida til .

A sociedade Y adquiriu no perodo de 2006 um veculo automvel Ligeiro depassageiros por 20.000, tendo-o afectado de imediato sua actividade. Ataxa de depreciao prevista no Dec. Regulamentar 25/09 de 25%.

Relativamente a esse veculo, tm vindo a ser efectuadas depreciaes de 2.000/ano cifrando-se o valor acumulado destas no ano 2013 em 16.000.

Qual o valor da depreciao susceptvel de ser aceite fiscalmente como gastopara efeitos de IRC no perodo de 2014?

a. 2.000b. 5.000c. 2.500d. 0

CASO PRTICO162

Uma empresa adquiriu em 2010, uma mquina, em estadonovo , pelo preo de 10.000,00, cujo prazo de vida til , deacordo com o Dec. Reg.25/2009, de 5 anos.

A empresa decidiu adotar mtodo das quotas decrescentespara o clculo das depreciaes.

Proceda ao clculo das depreciaes anuais fiscalmente aceites.

CASO PRTICO163

CASO PRTICO164

valor no depreciado

Quota anualQuota

acumuladaValor liquido

Quota mnima

2010 10.000,00 40% 4.000,00 4.000,00 6.000,00 1.000,002011 6.000,00 40% 2.400,00 6.400,00 3.600,00 1.000,002012 3.600,00 40% 1.440,00 7.840,00 2.160,00 1.000,002013 2.160,00 * 1.080,00 8.920,00 1.080,00 1.000,002014 1.080,00 * 1.080,00 10.000,00 0,00

AnoTaxa corrigida

MTODO DAS QUOTAS CRESCENTES

2.160,00 x 40% = 864,0010.000,00 X10% = 1.000,00

2.160,00:2 = 1.080,00

Em 2014Escolhe-se

omaior

A taxa corrigida pelos coeficientes (20% x 2 = 40%) aplicada no 1. ano ao valor dos bens e, nos anosseguintes, ao valor da quantia escriturada;Quando a quota assim determinada for inferior ao valor que se obtm dividindo a quantia escrituradapelos anos que faltam para depreciar, pode ser aceite como gasto at ao termo da vida til do bem,esse valor ( 2.160:2 = 1.080).

Os elementos do ativo sujeitos a deperecimento,cujo valor unitrio no seja superior a 1.000,00euros e que no faam parte de um conjunto quedeve ser amortizado como um todo, aceite adeduo integral no perodo de tributao em quefoi adquirido

ELEMENTOS DE REDUZIDO VALOR (art. 33. CIRC e 19. do Dec. Reg. 25/2009)

165

Quando os ativos fixos tangveis esto sujeitos a desgastemais rpido pode ser aceite como gasto do perodo:

Se a laborao estiver a ser em 2 turnos

A QUOTA A SER APLICADA SER ACRESCIDA AT 25%

Se a laborao for superior a 2 turnos

A QUOTA A SER APLICADA SER ACRESCIDA AT 50%

REGIME INTENSIVO DE UTILIZAO DOS ATIVOS DEPRECIVEIS(art. 9. do Dec. Reg. 25/2009)

166

No so aceites como gasto fiscal:

As depreciaes e amortizaes praticadas sobre elementos do activo nosujeitos a deperecimento ;

As depreciaes praticadas sobre imveis na parte correspondente ao valordo terreno ( valor do terreno = 25%);

As depreciaes e amortizaes que excedam os limites legais;

As depreciaes e amortizaes praticadas para alm do perodo mximode vida til, ressalvando-se casos especiais justificados e aceites pela AT;

As depreciaes de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindoveculos eltricos, na parte correspondente ao custo de aquisio ou aovalor revalorizado que exceda os valores previstos na portaria 467/2010 de7 Julho;

As depreciaes praticadas sobre barcos de recreio e avies de turismoquando no afetos atividade normal do s.p. ou ao servio pblico detransportes

GASTOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS(art. 34.)

167

Portaria 467/2010, de 07/07,

atualizada pelo art. 24. da Lei 82-D/2014, de 31/12

INICIO DO PERIODO DE TRIBUTAO DA

AQUISIO DA VIATURA

VECULOS ELTRICOS

(EXCLUSIVO)

VECULOSHIBRIDOS PLUG-IN

VECULOS MOVIDOS A

GPL/GNV

RESTANTESVIATURAS

DE 01.01.2010 A 31.12.2010

40.000

DE 01.01.2011 A 31.12.2011

45.000 30.000

DE 01.01.2012 A 31.12.2014

50.000 25.000

A PARTIR DE 01.01.2015 62.500 50.000 37.500 25.000

168

GASTOS NO DEDUTVEIS PARA EFEITOS FISCAIS(art. 34.)

A empresa Beta,Ld depreciou em 2014, tendo utilizado as taxas mximasprevistas no DR n 25/2009, os seguintes bens do activo fixo tangvel:

(a) Foi utilizado o mtodo das quotas decrescentes(b) Bem adquirido em locao financeira(c) Valor do terreno desconhecido

Qual o montante de gastos no aceites fiscalmente?

CASO PRTICO169

TAXA ANO AQUISIO

CUSTOAQUISIO

DEPRECIAO PERODO

MOBILIRIO (a) 12,5% 2013 20.000 6.250

VIATURA LIGEIRA PASSAGEIROS (b) 25% 2013 50.000 12.500

EDIFICIO COMERCIAL (c) 2% 2011 250.000 5.000

CASO PRTICO170

(a) No pode ser usado o mtodo das quotas decrescentes no mobilirio (cf. art. 30.n. 2 al .b) do CIRC e art. 4. n. 2 alnea c) do Dec. Reg n 25/09) logo:

Depreciao praticada . 6.250Depreciao aceite20.000 x 12,5%= 2.500Valor no aceite como gasto fiscal = 3.750

(b) art. 34, n1 al. e) do CIRC( 50.000x 25%) ( 25.000 x 25%) = 12.500- 6.250 = 6.250Valor no aceite como gasto fiscal = 6.250

Nota: Tambm h lugar a tributao autnoma prevista no artigo 88. n3 do Cdigodo IRC, no valor de 4.375 ( 12.500 X 35%)

(c) Valor do terreno desconhecido, logo recorre-se a 25% do valor global n 3 do art.10. do DR n 25/09

( 250.000 x 2%) ( 75% x ( 250.000 x 2%)) = 5.000 3750 = 1.250Valor no aceite como gasto fiscal = 1.250

VALOR NO ACEITE COMO GASTO DEDUTVEL = 11.250 ( 3.750+6.250 + 1.250)

VALOR A ACRESCER AO LUCRO TRIBUTVEL NO CAMPO 719 DO Q07 DA MOD22

171

PODEM SER ACEITES COMO GASTOS FISCAIS AS PERDAS POR IMPARIDADE EMATIVOS NO CORRENTES POR CAUSAS ANORMAIS COMPROVADAS, NOSSEGUINTES TERMOS:

PERDAS POR IMPARIDADE EM ATIVOS NO CORRENTES (art. 31.-B)

PERDA POR IMPARIDADE (PI)

TOTAL

CONTABILIZAO E ABATE NO MESMO

PERIODO

PI ACEITE REUNIDAS AS CONDIES N. 3 SEM REQUERIMENTO

CONTABILIZAO NUM PERIODO E

ABATE EM PERIODO POSTERIOR

REQUERIMENTO AT AO FIM DO 1. MS DO

PERIODO DE TRIBUTAO SEG. AO DA OCORRENCIA DO FACTO QUE GEROU A

PI

DECISO DO ORGO DE GESTO

INDICAO DO DESTINO A DAR AOS

ATIVOS

172

REGIME DA DEDUTIBILIDADE FISCAL DAS PERDAS POR IMPARIDADE EM ATIVOSDEPRECIVEIS OU AMORTIZVEIS

PERDAS POR IMPARIDADE EM ATIVOS NO CORRENTES (art. 31.-B)

PERDAS POR IMPARIDADE (PI)

PARCIAIS DE ATIVOS

DEPRECIVEIS OU AMORTIZVEIS

NO SO ACEITES NO PERODO DO SEU RECONHECIMENTO CONTABILSTICO

SO GASTOS EM PARTES IGUAIS DURANTE O PERODO DE VIDA TIL RESTANTE DO ATIVO OU, SEM PREJUIZO DO DISPOSTO NO ART. 46., AT

AO PERODO ANTERIOR QUELE EM QUE SE VERIFICAR O ABATE FISICO, O

DESMANTELAMENTO, O ABANDONO, A INUTILIZAO OU A TRANSMISSO DO MESMO

173

No ano 1, a empresa X adquiriu, por 80.000, uma mquina para a

sua atividade fabril, que mensurou pelo seu custo.

A vida til do ativo de 4 anos (coincidente com a prevista no diploma

que regulamenta as depreciaes fiscais).

No ano 2 a empresa contabilizou uma perda por imparidade no aceite

fiscalmente, no valor de 10.000.

1. Refira quais as consequncias fiscais destes acontecimentos

2. E se vendesse o ativo no ano 4 por 45.000 ? (admita que o ccm 1)

CASO PRTICO173

Ano 1

Depreciao: 80.000: 4 = 20.000

Ano 2

Depreciao: 80.000: 4 = 20.000

Perda por imparidade: 10.000

Ano 3

Quantia deprecivel: 80.000-40.000-

10.000

Depreciao: 30.000: 2 = 15.000

Ano 4

Depreciao: 30.000: 2 = 15.000

DEPRECIAES ACEITES

ACRESCE 10.000

DEDUZ 5.000

DEDUZ 5.000

174

174

CASO PRTICO

CONTABILISTICAMENTE FISCALMENTE

Ano 1

Depreciao: 80.000: 4 = 20.000

Ano 2

Depreciao: 80.000: 4 = 20.000

Perda por imparidade: 10.000

Ano 3

Quantia deprecivel: 80.000-40.000-10.000

Depreciao: 30.000: 2 = 15.000

Ano 4

Mais-valia contab: 45.000 (80.000-65.000) =30.000

Mais-valia fiscal: 45.000 (80.000-60.000)*1=25.000

DEPRECIAES ACEITES

ACRESCE 10.000

DEDUZ 5.000

DEDUZ 30.000ACRESCE 25.000

175

175

CASO PRTICO

CONTABILISTICAMENTE FISCALMENTE

176

Para processos judiciais em curso;

Para garantias a clientes previstas em contratos de venda e prestaesservios;

Constitudas de harmonia c/ as normas emanadas pelo Instituto deSeguros de Portugal;

Constitudas com o objetivo de fazer face aos encargos com a reparaodos danos de carter ambiental dos locais afetos explorao, sempreque tal seja obrigatrio nos termos da legislao aplicvel e aps acessao desta.

PODEM SER DEDUZIDAS FISCALMENTE AS PROVISES :

PROVISES FISCALMENTE DEDUTVEIS(art. 39.)

177

PROVISO PARA GARANTIAS A CLIENTES

Calculada em funo do peso que os encargos derivados degarantia a clientes efetivamente suportados nos ltimos trs anosrepresentam no somatrio das vendas e prestaes de serviosefetuadas durante esse perodo.

Art. 39. n. 5

PROVISES FISCALMENTE DEDUTVEIS(art. 39.)

178

Uma empresa que comercializa electrodomsticos apurou em 2011, 2012 e2013, os seguintes montantes de vendas e de custos de garantia:

Vendas Custos de garantia

2011 110.000 5.500

2012 70.000 3.500

2013 120.000 6.000

Em 2014, as vendas ascenderam a 180.000 e efetuou uma proviso paragarantias de clientes de 10.00.

Ser que a empresa ter de proceder a alguma correo para efeitos dedeterminao do lucro tributvel?

CASO PRTICO

179

Somatrio das vendas Somatrio dos custos de garantia

300.000 15.000

Proviso fiscalmente aceite em 2014

15.000 / 300.000 = 5%

180.000 * 5% = 9.000

Proviso contabilizada = 10.000

Acresce 1.000 no Campo 721 Quadro 07 da declarao modelo 22

CASO PRTICO

180

Quando a proviso for reconhecida pelo VALOR PRESENTE

Os gastos (financeiros) resultantes do desconto ficam

tambm sujeitos ao regime das provises

PROVISES FISCALMENTE DEDUTVEIS(art. 39.)

181

SO DEDUTVEIS OS GASTOS, INCLUINDO AS DEPRECIAES OUAMORTIZAES E RENDAS DE IMVEIS:

Com a manuteno facultativa de creches, lactrios, jardins de infncia,cantinas, bibliotecas e escolas*;

outras realizaes de utilidade social

forem feitos em benefcio do pessoal ou dos reformados, e familiares; e tiverem carcter geral; No revistam a natureza de rendimentos trabalho dependente, ou

revestindo-o sejam de difcil individualizao.

SE

REALIZAES DE UTILIDADE