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“In Sinu Patris” A excelência da Opus Dei na doutrina de Dom Marmion CIMBRA 2014 – MOSTEIRO DA TRANSFIGURAÇÃO – SANTA ROSA – RS

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“In Sinu Patris”

A excelência da Opus Dei na

doutrina de Dom Marmion

CIMBRA 2014 – MOSTEIRO DA TRANSFIGURAÇÃO – SANTA ROSA – RS

INTRODUÇÃO“O Verbo divino é nosso modelo, a forma mesma de nossa

predestinação. É que, ainda depois da Encarnação, Ele

permanece o que é: o Verbo co-eterno do Pai. Por isso, a

nossa imitação de Cristo, deve estender-se, não só às Suas

virtudes humanas, mas também a seu Ser divino”

(CDM 1,3,3).

INTRODUÇÃO

“O Ofício divino constitui para nós, monges, a

melhor maneira de nos deixar assemelhar a

Cristo”

(CIM 2,14,3)

INTRODUÇÃO“Tomando a humanidade, o Verbo divino não diminui; Ele permanece o

que Ele é: o Verbo eterno; consequentemente Ele permanece a

glorificação infinita de seu Pai. No entanto, como Ele uniu a Si, na unidade

de Sua Pessoa divina, uma natureza humana, esta santa humanidade

entra, pelo Verbo, na participação da obra de glorificação. A Humanidade

de Cristo é como um templo onde o Verbo faz ouvir o cântico divino que

glorifica o Pai.”

(CIM 2,13,1).

INTRODUÇÃO“Sem dúvida a humanidade inteira tem o dever de louvar a Deus, mas são

muitos, até entre os cristãos, os que só conhecem a oração de súplica. Muitos

poucos se preocupam com adorar, agradecer e louvar. Então, Deus escolheu

para Si um grupo de homens encarregando-os de realizar a Sua obra, a Opus

Dei. É a obra que Deus nos confia, que Ele espera de nós, para a qual nos

reservou. Nós cantamos Deus!

(Retiro Maredsous, set. 1919).

A – PRIMAZIA DA OPUS DEI.“Nosso Santo Pai, depois de ter indicado o fim de nossa vida, depois de ter

estabelecido a autoridade do chefe do mosteiro e definido a sociedade cenobítica, depois de ter mostrado como a humildade e a obediência tiram do caminho da perfeição os obstáculos, nos apresenta o Ofício Divino... Ele faz do Ofício Divino não o objetivo, nem mesmo a obra exclusiva, ou característica, da vida do monge, mas a obra principal, à qual todas as outras, na ordem da

estima e da ação, devem se subordinar: Nada preferir ao Ofício Divino (RB 43). Ele constitui a Escola do serviço do Senhor e, nesta Escola, o Ofício Divino

constitui o primeiro serviço de nossa devoção (RB 18)”

(CIM Prol.)

A – PRIMAZIA DA OPUS DEI.“Nós, religiosos, procuramos Deus; é por isto que viemos ao mosteiro. Que poderia

ser mais natural, então, que adotar como nossa obra pricipal o Ofício Divino,pelo

qual vagamos especialmente em Deus? Como procuraríamos Deus verdadeiramente

(RB 58) se não nos ocupássemos primeiramente Dele, de suas perfeições, de suas

obras? Os que procuram o Senhor O louvarão (Sl 21,27). Mas também, em retorno, à

medida que O encontramos, que Ele se revela a nós, experimentamos a necessidade

de celebrar suas perfeições e seu dons”.

(CIM Prol.)

A – PRIMAZIA DA OPUS DEI.“Quando estamos no coro, trazemos uma dupla personalidade: a nossa, individual, a de nossa miséria, de nossas fraquezas, de nossas faltas. Em

seguida, a de membros do Corpo Místico de Cristo, delegados pela Igreja. Nesta última qualidade, temos a guarda de interesses numerosos e variados, de toda a sociedade cristã, para apresentá-los junto de Deus. Se soubermos usar de nosso poder, seremos seguros de ser agradáveis ao Pai e atendidos

por Ele, apesar de nossas imperfeições. No momento em que cumprimos nossa função oficial, todas nossas misérias são como que veladas pelo prestígio com

o qual nos cobre a Esposa de Cristo. O Pai vê em nós, nessas horas do Ofício Divino, não almas que se apresentam diante Dele com seus interesses

pessoais... mas revestidos, oficialmente, da dignidade da Esposa de Cristo e Dele mesmo”

(CIM 2,13,3)

A – PRIMAZIA DA OPUS DEI.“Para a reflexão sobre a Opus Dei é-nos necessário, evidentemente, os olhos

da Fé. Ela é a única, com efeito, que pode fazer-nos penetrar na verdade.

Somente o Espírito de Deus, como o diz São Paulo, pode escrutar as

profundezas de Deus (1Co 2,10-11) enquanto que o espírito natural, detendo-

se na superfície das coisas, cai frequentemente no erro. Nosso amor ao Ofício

Divino depende da estima que temos por ele e da Fé que temos em seu valor.

Portanto, é extremamente útil que esta Fé seja esclarecida e esta estima

razoável e confirmada” (CIM Prol.)

A – PRIMAZIA DA OPUS DEI.“Deus deve ser o primeiro a ser servido; eis porque a Igreja, intérprete das

vontades divinas, impõe a todos os cristãos atos dessa virtude. Permite-lhes a escolha das ocupações de acordo com as respectivas aptidões, mas impõe-lhes a assistência à missa e a aproximação dos sacramentos. De certa maneira, diz

a Igreja a todos os cristãos: Nada preferir à obra de Deus. Isto não significa que os fiéis devam consagrar ao culto a maior parte de seu tempo, mas que

em sua estima, devem colocar acima de tudo o culto e os seus deveres de religião. Quanto à Ordem monástica, visto que forma, segundo o pensamento

do nosso bem aventurado Pai, uma sociedade onde se procura praticar com perfeição o cristianismo, é fácil conceber que ele tenha imposto como obra

primordial a Opus Dei” (Retiro Maredsous, set. 1919).

A – PRIMAZIA DA OPUS DEI.“Achando-se Deus infinitamente acima da criatura, sua Obra deve preceder a

tudo. Eis porque no Mosteiro onde se deve viver o cristianismo tão perfeitamente quanto possível, tudo se concentra ao redor do Opus Dei... O Ofício divino ocupa as melhores horas do dia; é nossa Obra principal, não só pela estima que lhe dedicamos, mas também, na prática, pelo lugar que lhe reservamos. Em nossa Ordem, sempre se considerou o Ofício divino como a

Obra principal de nossa vida, tanto que não se poderiam admitir as ocupações que a estorvassem. Eis porque escreveu nosso bem aventurado Pai: Nihil operi

Dei praeponatur; Nada, nem ministério, nem leitura, nem trabalho: Nihil, Nada!”

(Retiro Maredret, dezembro de 1905; Retiro Maredsous, setembro 1916).

A – PRIMAZIA DA OPUS DEI.“Quando queremos julgar o valor absoluto de algo, de alguma obra, devemos fazê-

lo colocando-nos do ponto de vista de Deus. Deus é a verdade; a verdade é a luz na

qual Deus, Sabedoria eterna, vê todas as coisas. Estas valem o que Deus estima

delas [...] O Ofício Divino, não somente em nossa intenção, mas por sua natureza,

por sua composição, pelos elementos que o constituem, relaciona-se inteiramente a

Deus. Com o Santo Sacrifício, em torno do qual ele gravita, constitui a expressão

mais completa de religião; é, por excelência, a Obra de Deus: é com este belo nome

que nosso Santo Pai a chama”

(CIM 13, prol).

B – OPUS DEI E ECLESIOLOGIA.

“Cristo está em nosso meio no momento do Ofício, como

hierarca supremo que recebe nossas preces e louvores para

apresenta-los ao Pai. Por esta razão, aos olhos de Deus, este

louvor ultrapassa em valor e em eficácia todo outro louvor,

toda outra oração e toda outra obra”

(CIM 2,13,3).

B – OPUS DEI E ECLESIOLOGIA.

“Quando não há fé viva e ardor de amor, pode acontecer que depois de algum

tempo não se estime mais o bastante o Ofício Divino; que não se tenha mais

uma elevada concepção de seu valor imenso para a glória de Deus e o bem

das almas. E finalmente, termina-se por olhar outras obras como mais

importantes, dando lugar ao contentamento interno que se experimenta,

então, quando se é dispensado da presença no coro por tal ou tal motivo”

(CIM 2,14,6)

C – OPUS DEI COMO MEIO DE UNIÃO A DEUS.

“O ofício é para a alma que se lhe consagra uma fonte abundante de

graças preciosas... Quando o Pai vê em nós seu Filho dileto – e Ele O

vê durante o louvor divino – o Pai não pode deixar de nos enriquecer

de favores celestes.” (CIM 2,14,prol.)

C – OPUS DEI COMO MEIO DE UNIÃO A DEUS.“Sobre a predestinação cristã, Deus enxertou, para nós, a

predestinação beneditina; não devemos crer, com efeito, que Deus deixou nossa vocação monástica ao acaso [...] O caráter particular

como o esplendor singular da santidade que Deus espera de nós deve ser haurido no código monástico de nosso grande Patriarca [...]

Visto que na Regra do Santo legislador o Ofício Divino prima sobre as outras obras, ele se torna, para nós monges, um meio autentico

de chegar a esta forma de perfeição que Deus quis para nós quando Ele nos chamou ao claustro [...] o louvor divino constitui um dos

meios mais infalíveis para realizar em nós a ideia eterna e singular que Deus tem de nossa perfeição” (CIM prol.)

C – OPUS DEI COMO MEIO DE UNIÃO A DEUS.

“Quando somos fiéis à recitação do Ofício divino, o Espírito

Santo... nos dá pouco a pouco um conhecimento profundo cheio

de unção. Os que recitam o ofício divino abundam em luzes do

Espírito Santo e após algum tempo, têm o hábito de uma oração

constante”.