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INSTRUÇÃO NORMATIVA N o 04, de de 19 de maio de 2008. Dispõe sobre o processo de contratação de serviços de Tecnologia da Informação pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional. O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO, no uso de suas atribuições que lhe conferem o Decreto nº 6.081, de 12 de abril de 2007, revigorado pelo Decreto nº 6.222, de 4 de outubro de 2007, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, na Lei nº 10.520, de 17 de junho de 2002, no Decreto nº 1.048, de 21 de janeiro de 1994, e no Decreto nº 2.271, de 7 de julho de 1997, no Decreto nº 3.555, de 8 de agosto de 2000, no Decreto nº 3.931, de 19 de setembro de 2001, e no Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005, resolve: Art. 1º As contratações de serviços de Tecnologia da Informação pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Administração dos Recursos de Informação e Informática - SISP serão disciplinadas por esta Instrução Normativa. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 2º Para fins desta Instrução Normativa, considera-se: I - Requisitante do Serviço: qualquer unidade administrativa que demande a contratação de um serviço de Tecnologia da Informação; II - Área de Tecnologia da Informação: unidade setorial ou seccional do SISP, bem como área correlata, responsável por gerir a Tecnologia da Informação do órgão ou entidade; III - Gestor do Contrato: servidor com capacidade gerencial, técnica e operacional relacionada ao objeto da contratação; IV - Solução de Tecnologia da Informação: todos os serviços, produtos e outros elementos necessários que se integram para o alcance dos resultados pretendidos com a contratação; V - Software: sistema ou componente constituído por um conjunto de programas, procedimentos e documentação desenvolvido para atendimento de necessidades específicas do órgão ou entidade, bem como aqueles previamente desenvolvidos e disponíveis no mercado para utilização na forma em que se encontram ou com modificações; VI - Requisitos: conjunto de especificações necessárias para definir a Solução de Tecnologia da Informação a ser contratada; VII - Recebimento: declaração formal do Gestor do Contrato de que os serviços prestados atendem aos requisitos estabelecidos no contrato; VIII - Critérios de aceitação: parâmetros objetivos e mensuráveis utilizados para verificar um SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/in/in04_08.htm 1 de 11 14/10/10 14:28

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INSTRUÇÃO NORMATIVA No 04, de de 19 de maio de 2008.Dispõe sobre o processo de contratação de serviços de Tecnologia da Informação pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional

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  • INSTRUO NORMATIVA No 04, de de 19 de maio de 2008.

    Dispe sobre o processo de contratao deservios de Tecnologia da Informao pelaAdministrao Pblica Federal direta,autrquica e fundacional.

    O SECRETRIO DE LOGSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAO, no uso de suasatribuies que lhe conferem o Decreto n 6.081, de 12 de abril de 2007, revigorado pelo Decreton 6.222, de 4 de outubro de 2007, e tendo em vista o disposto na Lei n 8.666, de 21 de junho de1993, na Lei n 10.520, de 17 de junho de 2002, no Decreto n 1.048, de 21 de janeiro de 1994, eno Decreto n 2.271, de 7 de julho de 1997, no Decreto n 3.555, de 8 de agosto de 2000, noDecreto n 3.931, de 19 de setembro de 2001, e no Decreto n 5.450, de 31 de maio de 2005,resolve:

    Art. 1 As contrataes de servios de Tecnologia da Informao pelos rgos e entidadesintegrantes do Sistema de Administrao dos Recursos de Informao e Informtica - SISP serodisciplinadas por esta Instruo Normativa.

    CAPTULO I

    DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 2 Para fins desta Instruo Normativa, considera-se:

    I - Requisitante do Servio: qualquer unidade administrativa que demande a contratao de umservio de Tecnologia da Informao;

    II - rea de Tecnologia da Informao: unidade setorial ou seccional do SISP, bem como reacorrelata, responsvel por gerir a Tecnologia da Informao do rgo ou entidade;

    III - Gestor do Contrato: servidor com capacidade gerencial, tcnica e operacional relacionada aoobjeto da contratao;

    IV - Soluo de Tecnologia da Informao: todos os servios, produtos e outros elementosnecessrios que se integram para o alcance dos resultados pretendidos com a contratao;

    V - Software: sistema ou componente constitudo por um conjunto de programas, procedimentos edocumentao desenvolvido para atendimento de necessidades especficas do rgo ou entidade,bem como aqueles previamente desenvolvidos e disponveis no mercado para utilizao na formaem que se encontram ou com modificaes;

    VI - Requisitos: conjunto de especificaes necessrias para definir a Soluo de Tecnologia daInformao a ser contratada;

    VII - Recebimento: declarao formal do Gestor do Contrato de que os servios prestados atendemaos requisitos estabelecidos no contrato;

    VIII - Critrios de aceitao: parmetros objetivos e mensurveis utilizados para verificar um

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  • servio ou produto quanto conformidade aos requisitos especificados;

    IX - Gesto: atividades superiores de planejamento, coordenao, superviso e controle, relativasaos servios, objeto de contratao, que visam a garantir o atendimento dos objetivos daorganizao; e

    X - Plano Diretor de Tecnologia da Informao - PDTI: instrumento de diagnstico, planejamentoe gesto dos recursos e processos de Tecnologia da Informao que visa a atender s necessidadesde informao de um rgo ou entidade para um determinado perodo.

    Art. 3 As contrataes de que trata esta Instruo Normativa devero ser precedidas deplanejamento, elaborado em harmonia com o Plano Diretor de Tecnologia da Informao - PDTI,alinhado estratgia do rgo ou entidade.

    Art. 4 Em consonncia com o art. 4 do Decreto n 1.048, de 1994, o rgo central do SISPelaborar, em conjunto com os rgos setoriais e seccionais do SISP, a Estratgia Geral deTecnologia da Informao para a Administrao Pblica, revisada anualmente, para subsdio elaborao dos PDTI dos rgos e entidades integrantes do SISP.

    96 ISSN 1677-7042 1 N 95, tera-feira, 20 de maio de 2008

    Pargrafo nico. A Estratgia Geral de Tecnologia da Informao dever abranger, pelo menos, osseguintes elementos:

    I - proposta, elaborada em conjunto com os demais rgos e entidades competentes, quecontemple as demandas de recursos humanos das reas de Tecnologia da Informao necessriaspara elaborao e gesto de seus PDTI;

    II - plano de ao, elaborado em conjunto com os demais rgos e entidades competentes, paraviabilizar a capacitao dos servidores das reas de Tecnologia da Informao;

    III - modelo para elaborao dos PDTI que contemple, pelo menos, as seguintes reas:necessidades de informao alinhada estratgia do rgo ou entidade, plano de investimentos,contrataes de servios, aquisio de equipamentos, quantitativo e capacitao de pessoal, gestode risco; e

    IV - orientao para a formao de Comits de Tecnologia da Informao que envolvam asdiversas reas dos rgos e entidades, que se responsabilizem por alinhar os investimentos deTecnologia da Informao com os objetivos do rgo ou entidade e apoiar a priorizao deprojetos a serem atendidos.

    Art. 5 No podero ser objeto de contratao:

    I - todo o conjunto dos servios de Tecnologia da Informao de um rgo ou uma entidade emum nico contrato;

    II - mais de uma Soluo de Tecnologia da Informao em um nico contrato; e

    III - gesto de processos de Tecnologia da Informao, incluindo gesto de segurana dainformao.

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  • 1 O suporte tcnico aos processos de planejamento e avaliao da qualidade dos servios deTecnologia da Informao podero ser objeto de contratao, desde que sob superviso exclusivade servidores do rgo ou entidade.

    2 O disposto neste artigo no se aplica nos casos em que o servio for prestado por empresaspblicas de Tecnologia da Informao que tenham sido criadas para este fim especfico, devendoacompanhar o processo a justificativa da vantajosidade para a administrao.

    Art. 6 vedado:

    I - estabelecer vnculo de subordinao com funcionrio dos fornecedores;

    II - prever em edital a remunerao dos funcionrios dos fornecedores;

    III - indicar pessoas para compor o quadro funcional dos fornecedores;

    IV - demandar aos funcionrios dos fornecedores execuo de tarefas fora do escopo do objeto dacontratao;

    V - reembolsar despesas com transporte, hospedagem e outros custos operacionais, que devem serde exclusiva responsabilidade dos fornecedores; e

    VI - prever em edital exigncias que constituam interveno indevida da Administrao Pblica nagesto interna da contratada.

    CAPTULO II

    DO PROCESSO DE CONTRATAO

    Art. 7 As contrataes de servios de Tecnologia da Informao devero seguir trs fases:Planejamento da Contratao, Seleo do Fornecedor e Gerenciamento do Contrato.

    SEO I

    PLANEJAMENTO DA CONTRATAO

    Art. 8 A fase de Planejamento da Contratao deve contemplar os servios, produtos e outroselementos que compem a Soluo de Tecnologia da Informao que ir gerar o resultadoesperado.

    Art. 9 A fase de Planejamento da Contratao consiste nas seguintes etapas:

    I - Anlise de Viabilidade da Contratao;

    II - Plano de Sustentao;

    III - Estratgia de Contratao; e

    IV - Anlise de Riscos.

    Art. 10. A Anlise de Viabilidade da Contratao, observado o disposto nos arts. 11 e 12 destainstruo normativa, compreende as seguintes tarefas:

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  • I - avaliao da necessidade por parte do Requisitante do Servio, com apoio da rea deTecnologia da Informao, considerando os objetivos estratgicos e as necessidades corporativasda instituio;

    II - explicitao da motivao da contratao da Soluo de

    Tecnologia da Informao por parte do Requisitante do Servio;

    III - especificao dos requisitos, a partir de levantamento de:

    a) demandas dos potenciais gestores e usurios do servio;

    b) solues disponveis no mercado; e

    c) anlise de projetos similares realizados por outras instituies;

    IV - identificao por parte da rea de Tecnologia da Informao, com participao doRequisitante do Servio, das diferentes solues que atendam s necessidades, considerando:

    a) disponibilidade de soluo similar em outro rgo ou entidade da Administrao PblicaFederal;

    b) solues existentes no Portal do Software Pblico Brasileiro(http://www.softwarepublico.gov.br);

    c) capacidade e alternativas do mercado, inclusive a existncia de software livre ou softwarepblico;

    d) observncia s polticas, premissas e especificaes tcnicas definidas pelos Padres deInteroperabilidade de Governo Eletrnico - e-PING e Modelo de Acessibilidade em GovernoEletrnico - e-MAG, conforme as Portarias Normativas SLTI n 5, de 14 de julho de 2005, e n 3,de 07 de maio de 2007;

    e) aderncia s regulamentaes da Infra-estrutura de Chaves Pblicas Brasileira - ICP-Brasil,conforme a Medida Provisria n 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, quando houver necessidade deutilizao de certificao digital; e

    f) custo financeiro estimado;

    V - justificativa da soluo escolhida, por parte da rea de Tecnologia da Informao, quecontemple, pelo menos:

    a) descrio sucinta, precisa, suficiente e clara da Soluo de Tecnologia da Informao escolhida,indicando os servios que a compem;

    b) alinhamento em relao s necessidades; e

    c) identificao dos benefcios que sero alcanados com a efetivao da contratao em termos deeficcia, eficincia, efetividade e economicidade.

    Pargrafo nico. A Anlise de Viabilidade da Contratao ser aprovada e assinada peloRequisitante do Servio e pela rea de Tecnologia da Informao.

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  • Art. 11. Compete ao Requisitante do Servio definir os seguintes

    requisitos, quando aplicveis:

    I - de software, que independem de arquitetura tecnolgica e definem os aspectos funcionais dosoftware;

    II - de treinamento, com o apoio da rea de Tecnologia da Informao, que definem a necessidadede treinamento presencial ou distncia, carga horria e entrega de materiais didticos;

    III - legais, que definem as normas s quais a Soluo de Tecnologia da Informao deve respeitar;

    IV - de manuteno, que independem de configurao tecnolgica e definem a necessidade deservios de manuteno preventiva, corretiva, evolutiva e adaptativa;

    V - de prazo, que definem a prioridade da entrega da Soluo de Tecnologia da Informaocontratada;

    VI - de segurana, com o apoio da rea de Tecnologia da Informao; e

    VII - sociais, ambientais e culturais, que definem requisitos que a Soluo de Tecnologia daInformao deve atender para respeitar necessidades especficas relacionadas a costumes eidiomas, e ao meio-ambiente.

    Art. 12. Compete rea de Tecnologia da Informao definir, quando aplicveis, os seguintesrequisitos tecnolgicos, em adequao queles definidos pelo Requisitante do Servio:

    I - de arquitetura tecnolgica, composta de hardware, softwares bsicos, padres deinteroperabilidade, linguagem de programao e interface;

    II - de projeto, que estabelecem o processo de desenvolvimento de software, tcnicas, mtodos,forma de gesto e de documentao;

    III - de implantao, que definem o processo de disponibilizao da soluo em produo;

    IV - de garantia e manuteno, que definem a forma como ser conduzida a manuteno e acomunicao entre as partes envolvidas;

    V - de treinamento, que definem o ambiente tecnolgico de treinamentos ministrados e perfil doinstrutor;

    VI - de experincia profissional;

    VII - de formao, que definem cursos acadmicos e tcnicos, certificao profissional e forma decomprovao; e

    VIII - de metodologia de trabalho.

    Art 13. O Plano de Sustentao, a cargo da rea de Tecnologia da Informao, com o apoio doRequisitante do Servio, abrange:

    I - segurana da informao;

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  • II - recursos materiais e humanos;

    III - transferncia de conhecimento;

    IV - transio contratual; e

    V - continuidade dos servios em eventual interrupo contratual.

    Art. 14. A Estratgia da Contratao, elaborada a partir da Anlise de Viabilidade da Contratao,compreende as seguintes tarefas:

    I - indicao, pela rea de Tecnologia da Informao, do tipo de servio, considerando o mercadoe as solues existentes no momento da licitao;

    II - indicao, pela rea de Tecnologia da Informao com o apoio do Requisitante do Servio,dos termos contratuais, observado o disposto nos pargrafos 1 e 2 deste artigo, sem prejuzo doestabelecido na Lei n 8.666, de 1993, relativos a:

    a) fixao de procedimentos e de critrios de mensurao dos servios prestados, abrangendomtricas, indicadores e valores;

    b) definio de metodologia de avaliao da adequao s especificaes funcionais e da qualidadedos servios;

    c) quantificao ou estimativa prvia do volume de servios demandados, para comparao econtrole;

    d) regras para aplicao de multas e demais sanes administrativas;

    e) garantia de inspees e diligncias, quando aplicvel, e sua forma de exerccio;

    f) definio de direitos autorais e de propriedade intelectual;

    g) termo de compromisso, contendo declarao de manuteno de sigilo e cincia das normas desegurana vigentes no rgo ou entidade, a ser assinado pelo representante legal do fornecedor eseus empregados diretamente envolvidos na contratao;

    h) cronograma de execuo fsica e financeira;

    i) forma de pagamento, que dever ser efetuado em funo dos resultados obtidos; e

    j) definio de mecanismos formais de comunicao a serem utilizados para troca de informaesentre a contratada e a Administrao;

    III - definio, pela rea de Tecnologia da Informao, da estratgia de independncia do rgo ouentidade contratante com relao contratada, que contemplar, pelo menos:

    a) forma de transferncia de tecnologia; e

    b) direitos de propriedade intelectual e direitos autorais da Soluo de Tecnologia da Informao,documentao, modelo de dados e base de dados, justificando os casos em que tais direitos novierem a pertencer Administrao Pblica;

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  • IV - indicao, pela rea de Tecnologia da Informao, do Gestor do Contrato;

    V - definio, pela rea de Tecnologia da Informao, das responsabilidades da contratada, queno poder se eximir do cumprimento integral do contrato no caso de subcontratao;

    VI - elaborao, pela rea competente, com apoio da rea de Tecnologia da Informao, dooramento detalhado, fundamentado em pesquisa no mercado, a exemplo de: contrataessimilares, valores oficiais de referncia, pesquisa junto a fornecedores ou tarifas pblicas;

    VII - indicao, pelo Requisitante do Servio, da fonte de recursos para a contratao e aestimativa do impacto econmicofinanceiro no oramento do rgo ou entidade; e

    VIII - definio, pela rea de Tecnologia da Informao, dos critrios tcnicos de julgamento daproposta para a fase de Seleo do Fornecedor, observando o seguinte:

    a) utilizao de critrios correntes no mercado;

    b) a Anlise de Viabilidade da Contratao;

    c) vedao da indicao de entidade certificadora, exceto nos casos previamente dispostos emnormas do governo federal;

    d) o fator desempenho no pode ser pontuado com base em atestados relativos durao detrabalhos realizados pelo licitante;

    e) quando necessrio para a comprovao da aptido, pode se considerar mais de um atestadorelativo ao mesmo quesito de capacidade tcnica;

    f) vedao da pontuao progressiva de mais de um atestado para o mesmo quesito de capacidadetcnica; e

    g) os critrios de pontuao devem ser justificados em termos do benefcio que trazem para ocontratante.

    1 A aferio de esforo por meio da mtrica homens-hora apenas poder ser utilizada mediantejustificativa e sempre vinculada entrega de produtos de acordo com prazos e qualidadepreviamente definidos.

    2 vedado contratar por postos de trabalho alocados, salvo, excepcionalmente, mediantejustificativa devidamente fundamentada. Neste caso, obrigatria a comprovao de resultadoscompatveis com o posto previamente definido.

    3 Nas licitaes do tipo tcnica e preo, vedado:

    I - incluir critrios de pontuao tcnica que no estejam diretamente relacionados com osrequisitos da Soluo de Tecnologia da Informao a ser contratada ou que frustrem o cartercompetitivo do certame; e

    II - fixar os fatores de ponderao das propostas tcnicas e de preo sem justificativa.

    4 Nas licitaes do tipo tcnica e preo, deve-se:

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  • I - incluir, para cada atributo tcnico da planilha de pontuao, sua contribuio percentual comrelao ao total da avaliao tcnica; e

    II - proceder a avaliao do impacto de pontuao atribuda em relao ao total, observando se oscritrios de maior peso so de fato os mais relevantes e se a ponderao atende ao princpio darazoabilidade.

    5 A Estratgia de Contratao dever ser aprovada e assinada pelo Requisitante do Servio epela rea de Tecnologia da Informao.

    Art. 15. A Estratgia da Contratao ser entregue ao Gestor do Contrato para subsidiar a Anlisede Riscos da contratao.

    Art. 16. A Anlise de Riscos dever ser elaborada pelo Gestor do Contrato, com o apoio da reade Tecnologia da Informao e do Requisitante do Servio, observando o seguinte:

    I - identificao dos principais riscos que possam comprometer o sucesso do processo decontratao;

    II - identificao dos principais riscos que possam fazer com que os servios prestados noatendam s necessidades do contratante, podendo resultar em nova contratao;

    III - identificao das possibilidades de ocorrncia e dos danos potenciais de cada riscoidentificado;

    IV - definio das aes a serem tomadas para amenizar ou eliminar as chances de ocorrncia dorisco;

    V - definio das aes de contingncia a serem tomadas caso o risco se concretize; e

    VI - definio dos responsveis pelas aes de preveno dos riscos e dos procedimentos decontingncia.

    Pargrafo nico. Em deciso fundamentada a partir da Anlise de Riscos poder o Gestor doContrato propor rea de Tecnologia da Informao a reviso da Estratgia da Contratao.

    Art. 17. O Termo de Referncia ou Projeto Bsico ser construdo, pelo Gestor do Contrato, comapoio do Requisitante do Servio e da rea de Tecnologia da Informao, a partir da Estratgia deContratao, e conter, no mnimo, as seguintes informaes:

    I - definio do objeto;

    II - fundamentao da contratao;

    III - requisitos do servio;

    IV - modelo de prestao dos servios;

    V - elementos para gesto do contrato;

    VI - estimativa de preos;

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  • VII - indicao do tipo de servio;

    VIII - critrios de seleo do fornecedor; e

    IX - adequao oramentria.

    Art. 18. O Termo de Referncia ou Projeto Bsico, a critrio do Requisitante do Servio, serdisponibilizado em consulta ou audincia pblica para que se possa avaliar a completude e acoerncia da especificao dos requisitos e a adequao e a exeqibilidade dos critrios deaceitao.

    SEO II

    SELEO DO FORNECEDOR

    Art. 19. A fase de Seleo do Fornecedor observar as normas pertinentes, incluindo o disposto naLei n 8.666, de 1993, na Lei n 10.520, de 2002, no Decreto n 2.271, de 1997, no Decreto n3.555, de 2000, no Decreto n 3.931, de 2001, e no Decreto n 5.450, de 2005.

    SEO III

    GERENCIAMENTO DO CONTRATO

    Art. 20. A fase de Gerenciamento do Contrato visa acompanhar e garantir a adequada prestaodos servios durante todo o perodo de execuo do contrato e envolve as seguintes tarefas:

    I - incio do contrato, que abrange:

    a) elaborao, pelo Gestor do Contrato, de um plano de

    insero da contratada que contemple:

    1. o repasse de conhecimentos necessrios para a execuo dos servios contratada; e

    2. a disponibilizao de infra-estrutura contratada, quando couber;

    b) reunio inicial entre o Gestor do Contrato, rea de Tecnologia da Informao, Requisitante doServio e a contratada, cuja pauta observar, pelo menos:

    1. assinatura do termo de compromisso de manuteno de sigilo e cincia das normas de seguranavigentes no rgo ou entidade; e

    2. esclarecimentos relativos a questes operacionais e de gerenciamento do contrato;

    II - encaminhamento formal de demandas pelo Gestor do Contrato ao preposto da contratada pormeio de Ordens de Servio, que contero:

    a) a definio e a especificao dos servios a serem realizados;

    b) o volume de servios solicitados e realizados segundo as mtricas definidas;

    c) resultados esperados;

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  • d) o cronograma de realizao dos servios, includas todas as tarefas significativas e seusrespectivos prazos;

    e) a avaliao da qualidade dos servios realizados e as justificativas do avaliador; e

    f) identificao dos responsveis pela solicitao, avaliao da qualidade e ateste dos serviosrealizados, que no podem ter vnculo com a empresa contratada;

    III - monitoramento da execuo, a cargo do Gestor do Contrato, com apoio do Requisitante doServio e da rea de Tecnologia da Informao, que consiste em:

    a) recebimento mediante anlise da avaliao dos servios, com base nos critrios previamentedefinidos;

    b) ateste para fins de pagamento;

    c) identificao de desvios e encaminhamento de demandas de correo;

    d) encaminhamento de glosas e sanes;

    e) verificao de aderncia s normas do contrato;

    f) verificao da manuteno da necessidade, economicidade e oportunidade da contratao;

    g) verificao da manuteno das condies classificatrias, pontuadas e da habilitao tcnica;

    h) manuteno do Plano de Sustentao;

    i) comunicao s autoridades competentes sobre a proximidade do trmino do contrato, com pelomenos 60 (sessenta) dias de antecedncia;

    j) manuteno dos registros de aditivos;

    k) encaminhamento s autoridades competentes de eventuais

    pedidos de modificao contratual; e

    l) manuteno de registros formais de todas as ocorrncias da execuo do contrato, por ordemhistrica;

    IV - encerramento e transio contratual, que dever observar o Plano de Sustentao.

    Pargrafo nico. O registro das tarefas mencionadas neste artigo dever compor o Histrico deGerenciamento do Contrato.

    Art 21. Os softwares resultantes de servios de desenvolvimento devero ser catalogados peloGestor do Contrato e disponibilizados no Portal do Software Pblico Brasileiro de acordo comregulamento do rgo central do SISP.

    CAPTULO III

    DAS DISPOSIES FINAIS

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  • Art. 22. Aplica-se subsidiariamente s contrataes de que trata esta norma o disposto na InstruoNormativa n 02, de 30 de abril de 2008, que disciplina as contrataes de servios gerais.

    Art. 23. As reas de Compras, Licitaes e Contratos dos rgos e entidades apoiaro asatividades do processo, de acordo com as suas atribuies regimentais.

    Art. 24. A Secretaria de Logstica e Tecnologia da Informao poder expedir instrumentoscomplementares a esta Instruo Normativa.

    Art. 25. Esta Instruo Normativa entra em vigor em 2 de janeiro de 2009, no se aplicando aoscontratos em andamento e seus aditivos.

    ROGRIO SANTANNA DOS SANTOS

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