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por Joseph Ngwawi NUMA ALTURA Em Que A África Austral intensifica os seus esforços para melhorar fornecimento de energia na região, verifica-se uma mudança no tocante a garantia da segurança energética estando as habituais preocupações sobre a capacidade de produção a ser superadas pelo fomento de infra- estrutura pertinentes que criam um ambiente favorável para o investimento no sector. Enquanto a atenção centra-se na implementação de medidas de curto prazo, como a construção de novas centrais nucleares ou reabilitação das existentes para melhorar a capacidade de produção na região, o debate agora está virar-se para o ambiente político e incentivos ao investimento para os investidores. A África Austral enfrenta uma crise de energia eléctrica desde 2007, uma vez que a procura supera a oferta enquanto a expectativa era de que esta diferença de energia seria colmatada em 2014. No entanto, a implementação de projectos pode ficar para trás as previsões devido à falta de financiamento e outros constrangimentos. A SADC está agora a adoptar medidas de longo prazo para resolver o défice de energia, garantir a auto-suficiência na produção de energia e acabar com a escassez de electricidade, através de um ambicioso Plano Sectorial de Energia que estimula a região à aumentar a produção de energia em mais de 70 por cento e os investimentos em mais de 170 biliões de dólares norte-americanos ao longo dos próximos 15 anos. O Plano Sectorial de Energia faz parte do Plano Director Regional de Desenvolvimento de Infra-estruturas da SADC aprovado pela Cimeira de 32ª Chefes de Estado e de Governo da SADC realizada em Moçambique no ano passado. O ambiente político na maioria dos Estados Membros da SADC não incentiva a participação do sector privado no sector de energia. Na generalidade, há necessidade de uma revisão do ambiente operacional no sector de energia para incentivar o investimento, incluindo parcerias público-privadas (PPPs). Isso implicaria uma revisão do quadro legal e regulamentar que rege o sector. Com excepção de alguns países como a Zâmbia, a maioria dos Países da SADC estão ainda a abraçar plenamente o conceito de PPP, apesar de ser parte do memorando de entendimento do Grupo de Empresas de Electricidade da Região (SAPP) que permite formalmente o envolvimento dos actores privados no sector da energia. Zâmbia estabeleceu uma instituição pública que facilita e promove a implementação de PPPs. Uma série de grandes projectos planeadas não iniciaram a sua implementação uma vez que sector privado tem sido relutante em envolver-se em parcerias com o sector público, principalmente devido aos incompatíveis mecanismos de financiamento. continua na página 2... SADC HOJE Vol. 15 No. 4 Junho 2013 POLÍTICA 3 COMÉRCIO 4 SACU 5 AGRICULTURA 6 INFRA-ESTRUCTURA 7 ÁGUA 8-9 ENERGIA 10-11 PAZ & SEGURANÇA 12 UNIÃO AFRICANA 13 ELEIÇÕES 14 EVENTOS 15 HISTÓRIA HOJE 16 Incentivos e políticas reguladoras Rumo a segurança energética na SADC

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por Joseph Ngwawi

NUMA ALTURA Em Que A África Austral intensificaos seus esforços para melhorar fornecimento deenergia na região, verifica-se uma mudança no tocantea garantia da segurança energética estando ashabituais preocupações sobre a capacidade deprodução a ser superadas pelo fomento de infra-estrutura pertinentes que criam um ambientefavorável para o investimento no sector.

Enquanto a atenção centra-se na implementaçãode medidas de curto prazo, como a construção denovas centrais nucleares ou reabilitação das existentespara melhorar a capacidade de produção na região, odebate agora está virar-se para o ambiente político eincentivos ao investimento para os investidores.

A África Austral enfrenta uma crise de energiaeléctrica desde 2007, uma vez que a procura supera aoferta enquanto a expectativa era de que esta diferençade energia seria colmatada em 2014. No entanto, aimplementação de projectos pode ficar para trás asprevisões devido à falta de financiamento e outrosconstrangimentos.

A SADC está agora a adoptar medidas de longoprazo para resolver o défice de energia, garantir aauto-suficiência na produção de energia e acabarcom a escassez de electricidade, através de umambicioso Plano Sectorial de Energia que estimula aregião à aumentar a produção de energia em maisde 70 por cento e os investimentos em mais de 170biliões de dólares norte-americanos ao longo dospróximos 15 anos.

O Plano Sectorial de Energia faz parte doPlano Director Regional de Desenvolvimento deInfra-estruturas da SADC aprovado pela Cimeirade 32ª Chefes de Estado e de Governo da SADCrealizada em Moçambique no ano passado.

O ambiente político na maioria dos EstadosMembros da SADC não incentiva a participação dosector privado no sector de energia.

Na generalidade, há necessidade de umarevisão do ambiente operacional no sector deenergia para incentivar o investimento, incluindoparcerias público-privadas (PPPs). Isso implicariauma revisão do quadro legal e regulamentar querege o sector.

Com excepção de alguns países como aZâmbia, a maioria dos Países da SADC estão aindaa abraçar plenamente o conceito de PPP, apesar deser parte do memorando de entendimento doGrupo de Empresas de Electricidade da Região(SAPP) que permite formalmente o envolvimentodos actores privados no sector da energia.

Zâmbia estabeleceu uma instituição públicaque facilita e promove a implementação de PPPs.

Uma série de grandes projectos planeadas nãoiniciaram a sua implementação uma vez quesector privado tem sido relutante em envolver-seem parcerias com o sector público, principalmentedevido aos incompatíveis mecanismos definanciamento.

continua na página 2...

SADC HOJE Vol. 15 No. 4 Junho 2013

POLÍTICA 3

COMÉRCIO 4

SACU 5

AGRICULTURA 6

INFRA-ESTRUCTURA 7

ÁGUA 8-9

ENERGIA 10-11

PAZ & SEGURANÇA 12

UNIÃO AFRICANA 13

ELEIÇÕES 14

EVENTOS 15

HISTÓRIA HOJE 16

Incentivos e políticas reguladoras Rumo a segurança energética na SADC

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2 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Junho 2013

De acordo com LawrenceMusaba, Gestor do Centro deCoordenação no SAPP, hánecessidade da SADC pôr emprática mecanismos quemelhoram a atractividade dosector de energia para osinvestidores.

"Uma das medidas propostasé a oferta de incentivos para todosos investidores no sector deenergia, tanto locais comoestrangeiros", disse Musabadurante um workshop depesquisadores sobre a revisãointercalar do Plano EstratégicoIndicativo de DesenvolvimentoRegional da SADC (RISDP),realizada em Harare, Zimbabwe,em Maio.

Os incentivos propostosincluem a introdução de isençõesfiscais para os investidoresenvolvidos na construção ereabilitação de centrais eléctricas.

" P o r e x e m p l o , n ó sencorajamos aos Estados-Membros para permitiremImpostos de Valor Acrescentado eoutras isenções fiscais paraperíodos definidos para asempresas e investidores Regionalda SADC que importamequipamentos de energia eequipamentos", disse Musaba.

Além disso, outros incentivosdevem incluir a introdução dedescontos para os produtores deenergia em forma de subsídios,bem como subsídios do governopara as concessionárias deenergia.

De acordo com a Estratégiade Acesso Regional de Energia daSADC, os subsídios para o sectorde energia devem priorizar oacesso através do consumo.Embora os subsídios tenham umpapel importante na ampliaçãodo acesso, os programas desubsídios precisam de sercuidadosamente projectados evirados para aos produtores deenergia para encorajar maisinvestimento.

A justificativa é de que ossubsídios aos preços da energiaao consumidor simplesmentereduzem o custo da energia paraaqueles que já têm acesso àelectricidade.

C O N T I N U A Ç Ã O D A P Ã G I N A 1

Incentivos e políticas reguladoras Rumo a segurança energética na SADC

introdução de sanções por usoineficiente de energia por partedos clientes.

Tarifas que reflictam oscustos, incentivam as pessoas amudar o seu consumo deelectricidade a partir de horáriosde pico para períodos fora depico, ajustando o preço cobradoem determinados momentos decada dia. Isto ajuda a reduzir acarga total do pico e é conhecidocomo deslocamento de carga,uma prática comum em muitaspartes do mundo.

Relativas às tarifas quereflictam os custos, o conceito depreços de utilização do tempo emque os preços da electricidade sãofixados para um período detempo específico geralmente nãomudar mais do que duas vezespor ano.

Os preços pagos pela energiaconsumida durante estesperíodos são pré-estabelecidos econhecidos pelos consumidorescom antecedência, permitindoque eles variem o seu uso emresposta a esses preços e façamuma gestão dos seus custos deenergia, deslocando o uso deperíodos de menor custo oureduzindo o seu consumo total.

As tarifas de energiarenovável têm sido bemsucedidas em aumentar autilização de tecnologiasrenováveis em todo o mundo.Elas incentivam o investimentona produção de energia renovávelatravés da oferta de contratos delongo prazo para os produtores,garantindo a compra e opagamento de toda aelectricidade produzida.

Essa tarifas demonstraramum sucesso estrondoso naAlemanha e outros PaísesEuropeus como a Dinamarca e aEspanha, onde são creditadoscom a maior adopção de energiaeólica e solar do que nos EstadosUnidos.

Há, portanto, necessidade deadoptar o princípio da eficiênciaenergética na SADC e adoptarprincípios regulatórios queincentivem o uso eficiente deenergia elétrica e penalizar o usoesbanjador. r

Por esta razão, o Governo oudoadores dos recursosdisponíveis para subsídioscontribuiriam mais para osobjectivos de equidade eeficiência se eles fossem gastosem forma de subsídios de capitaldo que em forma de subsídios aoscustos recorrentes.

O SAPP também estápropondo a criação de umMecanismo de Gestão da Procura(DSM) de fundos para apoiar asiniciativas de gestão da procura.A lógica por trás do fundo écompensar as empresas pelasperdas de receita decorrentes dareduzida utilização de energiacomo resultado das iniciativas doDSM.

SAPP está implementandovários programas de DSM, queincluem a promoção detecnologias de eficiênciaenergética, tais como asubstituição de lâmpadasincandescentes por lâmpadasfluorescentes compactas (LFC) eintrodução do programa deaquecedor solar de água, controlede carga de água quente, e doprograma de iluminaçãocomercial.

A subst i tuição dastradicionais lâmpadas porlâmpadas f luorescentescompactas tem sido um programaeficaz do SAPP na redução doconsumo de energia em casa eevita as emissões de gases deefeito estufa que contribuem paraas alterações climáticas.

Uma pesquisa mostra que asdespesas de i luminaçãoresidencial com lâmpadasnormais contribuem com cerca de

20 por cento da factura média deelectricidade para uma casa naregião da SADC. No entanto, emcomparação com as lâmpadasincandescentes, lâmpadasfluorescentes compactas mostramque economizam até 80 por centodo consumo de electricidade.

Da mesma forma, o programade controlo de carga de águaquente que está sendo perseguidopelo SAPP tem permitido aosconsumidores insta larinterruptores de controlo dec a r g a , q u e d e s l i g aautomaticamente a correntedurante períodos de pico ouquando outros aparelhos comoferros atingem o ponto máximo.

Até à data, a maioria dosmembros do SAPP introduziramas lâmpadas fluorescentes emlarga escala. Outras formas deDSM estão em vários níveis deimplementação.

A economia de energia feita apartir dessas quatro iniciativasDSM entre 2009 e 2012 foi de2.316 megawatts, de acordo como SAPP.

Prevê-se que o programaDSM vai incluir uma campanhade educação pública, cujo objetivoprincipal será

No entanto, a desvantagemda implementação de taisiniciativas é que elas afectam aviabilidade das concessionáriasde energia. Daí a necessidade dofundo proposto.

Outras medidas que estãosendo consideradas incluem ouso de tarifas que reflictam oscustos, o tempo de tarifas de uso,tarifas de fornecimento deenergia renovável bem como a

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 3

PESQUISADORES DA ÁfricaAustral fizeram um contributopara a revisão independente, emcurso, do Plano EstratégicoIndicativo de DesenvolvimentoRegional (RISDP).

Num seminário realizado emHarare, Zimbabwe, em Maio, ospesquisadores fizeram algumascontribuições valiosas emquestões sectoriais e nas metas aserem abordadas na revisãointercalar.

As questões identificadasincluíram a necessidade deinterrogar se o presente modelode integração da SADC promovea integração equitativa esustentável, uma revisão dasmetas de convergênciamacroeconómica, emconsonância com actual adinâmica regional e continental,reconhecendo o impacto dequestões emergentes, tais comoas alterações climáticas, sobre odesenvolvimento regional.

O RISDP foi aprovado em 2003e lançado em 2004, mas a execuçãoefectiva começou em 2005, após odesenvolvimento de um quadrooperacional detalhado.

O principal objectivo do planode 15 anos é fornecer umaorientação estratégica em relaçãoaos programas e actividades daSADC, e alinhar os objectivosestratégicos e as prioridades daSADC com as políticas eestratégias para atingir seusobjectivos de longo-prazo.

O RISDP visa aprofundar aintegração regional na SADC, como objectivo final de erradicar apobreza na região.

Para rápida implementaçãodo RISDP, a SADC redefiniu assuas prioridades em 2007, como:liberalização do comércio e daeconomia, desenvolvimento deinfra-estruturas de apoio àintegração regional; Política decooperação na área da defesa esegurança, segurança alimentar,meio ambiente e gestão de

transfronteiriça de recursosnaturais, desenvolvimento sociale humano; Género; Estatística eCiência e Tecnologia.

Em 2011, o Conselho deMinistros da SADC recomendouao Secretariado da SADC pararealizar uma avaliação sobre aimplementação do RISDP.

A avaliação revelou que umprogresso significativo foialcançado no sentido de cumpriras metas definidas na agenda deintegração económica regional daSADC.

Investigadores contribuem para revisão intercalar do RISDP A avaliação observou que

todos os sectores foram capazesde alcançar, total ouparcialmente, a maioria dosresultados e metas dentro dosprazos estabelecidos.

Por exemplo, a SADC lançoucom sucesso sua Área deComércio Livre em 2008, o quemelhorou o comércio intra-regional, facilitando a circulaçãode bens e serviços entre os paísesmembros.

Para complementar aavaliação, o Conselho determinou

P O L Í T I C A

que uma revisão externa demédio prazo, envolvendo osEstados-Membros e outras partesinteressadas, deveria ser feitapara analisar o desempenho doRISDP.

Essa revisão é importantepara determinar os progressosrealizados, bem como para aelaboração de novas estratégiaspara acelerar a redução dapobreza e a consecução deoutros object ivos dedesenvolvimento da região daSADC de forma sustentável.

O Centro de Estudos deComércio e Desenvolvimento(Centro de Comércio), emHarare, Zimbabwe, está arealizar a revisão intercalarindependente do RISDP.

O Centro de Documentaçãoe Pesquisa para África Austral(SARDC), com o apoio da GIZ eem consulta com o Secretariadoda SADC e do Centro deComércio, organizou, no iníciode Maio, em Harare, Zimbabwe,um Seminário ConsultivoRegional de Pesquisadores sobrea revisão intercalar do RISDPpara facilitar a integração dascontribuições dos pesquisadoresregionais.

O objectivo do seminárioconsultivo era permitir quepesquisadores de instituições depesquisa nos Estados-Membrosusassem a sua experiência econhecimento para fazer umacontribuição directa no processode revisão do RISDP.

O relatório do seminário vaienriquecer o âmbito eprofundidade das questõesrecolhidas a partir de Estados-Membros sobre aimplementação do RISDP ecomplementará os resultados doestudo documental realizadopelo Secretariado da SADC em2011 e bem como a revisão doRISDP independente que está aser realizada por uma equipe deconsultores. r

A revisão do RISDP deve considerar o seguinte:

• Estabelecimento de um mecanismo que garanta ofinanciamento adequado do RISDP e que assegure um papelactivo pelos Estados-Membros no financiamento de programase projectos;

• Estabelecimento de mecanismos de participação dos cidadãosnos programas da SADC e na implementação e formulação depolíticas;

• Revisão da estrutura de Direcção do Secretaria da SADC paramelhorar a tomada de decisões e implementação de programase projectos;

• Dar prioridade a questões de género em todas as políticas,programas e projectos;

• Revisão das metas de convergência macroeconómica a luz dadinâmica regional e continental, incluindo o alinhamento dasmetas de integração do mercado com as metas do COMESA-EAC;

• Rever e dinamizar o conceito de corredor de transporte egarantir que haja maior investimento em infra-estrutura decomunicação regional;

• Introduzir incentivos para promover o investimento em novosprojectos de energia, incluindo a criação de um ambientepropício para projectos de energia renovável edesenvolvimento da política regional em eficiência energética;

• Fortalecer a recolha e compilação de estatísticas, incluindodados desagregados por género para todos os sectores;

• Revisitar os compromissos de dotações orçamentárias para asaúde e educação;

• Alinhar o RISDP com SIPO e outras políticas e programasregionais;

• Reafirmar o compromisso no sentido de melhorar a produçãoagrícola, incluindo a implementação dos compromissos emdotações orçamentárias para a agricultura e,

• Considerar uma política regional de reforma agrária.

Principais recomendações doseminário de pesquisadores:

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4 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Junho 2013

Swazilândia e RepúblicaUnida da Tanzânia.

A África do Sulparticipa no grupoSADC, mas apenascomo um observador,uma vez que este Paísjá tem um acordocomercial com a Europa.

Os outros Países daSADC - Madagáscar,Malawi, Ilhas Maurícias, Zâmbia eZimbabwe – negociaram noâmbito do grupo da ÁfricaOriental e Austral (ESA), enquantoa República Democrática doCongo está na ComunidadeEconómica dos Estados AfricanoCentral (CEMAC).

AS AUTORIDADES Aduaneirasdo Botswana e Namíbia emparceria com o Centro para oComércio da África Austral estãoa desenvolver um sistemaautomatizado que reduz atrasosnos despachos aduaneiros efacilitar a partilha de informaçõesaduaneiras entre os Países daÁfrica Austral.

Embora seja necessário grandeparte dos mesmos dados parapreparar a documentação deexportação num País e a

A SADC inaugurou um centropara melhorar a capacidadedos Estados-Membros naimplementação e negociação dequestões comerciais globais.

Chefe da Direcção deComércio, Indústria, Finanças eInvest imento, Boi tumeloGofhamodimo, inaugurou oCentro de Referência daOrganização Mundial doComércio (OMC), no Secretariadoda SADC em Abril.

Criação do centro segue-se aum pedido oficial feito à OMC noano passado para abrir um

centro de referência noSecretariado, para servir comoum canal através do qual aSADC pode receber informações,assistência técnica e treinamentopara melhorar a capacidade dosfuncionários em questões daOMC.

O centro permitirá aoSecretariado da SADC, asagências governamentais ,académicos, instituições depesquisa e formação, empresas eoutras partes interessadas teremacesso a informação relevantesobre a OMC. r

Os membros do grupo ESA jáchegaram a um APE provisóriocom a União Europeia, que entrouem vigor em 2012.

O acordo prevê o acesso aomercado da UE com isenção dedireitos de importação e citaçõespara as exportações dos quatro

países, que, por sua vez, sãoobrigados a abrir gradualmenteos seus mercados às exportaçõeseuropeias ao longo de umperíodo de 15 anos, comexcepções para certos produtos

consideram sensíveis.A abordagem fragmentada

das negociações dos APE, onde aSADC e outras regiões africanasestão negociando com diferentesgrupos, é vista como um dosprincipais obstáculos para oprocesso de negociação. r

OS ESTADOS Membros DaSADC que estão a negociarAcordos de CooperaçãoEconómica com a União Europeia(EPA), tem pouco mais de um anopara concluírem as discussõesapós o prazo fixado em Bruxelas,Setembro-Outubro de 2014, comoo período final para asnegociações.

O Ministro namibiano doComércio e Indústria, CalleSchlettwein, disse que o Comitédo Comércio Internacional doParlamento da UE estabeleceu oprazo de 1 de Outubro de 2014como data limite para asnegociações com os Países daÁfrica, Caraíbas e Pacífico, queainda não assinaram os APE coma UE.

"Esta data proposta é a dataem que a quota de livre acesso aomercado livre de impostos seráretirado para aqueles que aindanão assinaram ou ratificaram umAPE com a UE", disse ele numadeclaração ao Parlamentonamibiano em Abril.

Isto significa que "qualquerEPA teria de ser concluído muitoantes de 1 de Outubro de 2014,para que o comércio continue."

As discussões ainda estão emcurso entre a UE e sete Países daSADC para produzir um Acordode Parcer ia Económicaabrangente (EPA) entre as duasregiões.

Várias questões contribuempara paralisar as negociações,incluindo as modalidades para oenvolvimento em acordoscomerciais complexos enumerosos na África Austral,mantendo a coerência na região.

Outros desafios são comol i d a r c o m s e r v i ç o s ,investimentos e outras questõesrelacionadas com o comércio,tais como regras de origem, bemcomo algumas disposiçõestextuais do texto provisóriodos APE que parecem favoreceruma parte em detrimento deoutra.

O grupo de negociação daSADC integra Angola, Botswana,Lesotho, Moçambique, Namíbia,

Projecto piloto de ligação aduaneira entre Botswana e Namíbia

Inaugurado Centro de referência da OMC

documentação de importaçãonoutro país, por transferênciastransfronteiriças, o sistema actualexige a reintrodução manual detodas as informações.

Isso pode resultar em errohumano, atrasos na preparação eprocessamento de documentos deapuramento bem como demora naliberação de mercadorias devido aerros de dados e um aumento noscustos do comércio.

Para reduzir estes custos docomércio, o Serviço Unificado de

Recolha de Receitas do Botswanae as Alfândegas da Namíbiafizeram uma parceria com oCentro para o Comércio da ÁfricaAustral para estabelecer umaligação aduaneira experimentalentre os dois países.

O Centro para o Comérciodisse que o sistema vai permitiraos agentes de compensaçãouma troca de dados electrónicosda declaração para embarques,d e f o r m a s e g u r a einstantaneamente.

"Será com base no sucessodesta fase experimental, que ainiciativa será lançada paraoutros Países da África Austral."

A luz do sistema, agentes dedesalfandegamento vão usar umnovo portal online para transferirdados da declaração deexportação através das fronteirase recuperar dados da declaraçãode importação através do sistemaexistente SYDONIA.

Os funcionários aduaneirospodem ter acesso as estatísticas docomércio e desempenho atravésde uma plataforma online. Osistema automatizado poderá vira melhorar a recolha deestatísticas de comércio epermitem maior visibilidadedos processos de comérciotransfronteiriço. r

C O M É R C I O

UE define prazo de negociações de EPA

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 5

S A C U

de soberania sobre questões depolítica comercial e tarifária.

Os países BLNS lamentaramao longo dos anos que a fórmulade partilha de receitas não oscompensava completamente, epela falta de consulta por parte daÁfrica do Sul com os seusparceiros da SACU. Há aindaalegações de barreiras não-tarifárias que impedem o seuacesso ao mercado Sul Africano.

A África do Sul temreclamado por sua vez, que aalocação ponderada deconsumo, bem como os direitosaduaneiros para os BLNStornou-se um fardo cada vezmaior no fisco Sul-Africano, eque a SACU tornou-se inviável.

O secretário-executivo daSACU, Tswelelopele Moremi,disse que era importante garantirque o novo acordo de partilha dereceita seja baseado em princípiossólidos e análise técnica para queseja sustentável e atraente paratodos.

A união aduaneira recolheimposto sobre a produção local,bem como de direitos aduaneirossobre as importações de fora daSACU. Os impostos recolhidossão colocados em uma ReceitaExterior Comum (CRP).

A receita comum é atribuídaaos Países membros em parcelastrimestrais, utilizando a fórmulade partilha de receitas.

Segundo o acordo da SACUde 2002, a fórmula de partilha dereceitas utiliza três componentespara calcular as quotas de receitaspara os Estados-Membros. Trata-se de uma componente decostumes, uma componente deconsumo e uma componente dedesenvolvimento.

Usando a componentecostumes, a receita é atribuídacom base na participação dasimportações intra-SACU de cadaPaís, enquanto o elemento deconsumo aloca os recursos combase na participação do ProdutoInterno Bruto de cada país (PIB).Alocações de receitas queutilizam a componente dedesenvolvimento são fixados em

15 por cento da receita total deimpostos especiais de consumo edistribuídos de acordo com oinverso do PIB per capita de cadapaís.

Nos termos do presenteacordo, a África do Sul é oguardião da CRP e todos oscostumes e impostos especiais deconsumo cobrados na áreaaduaneira comum são pagas parao fundo de receita nacional Sul-Africana. A receita é entãopartilhada entre os Estadosmembros de acordo com umafórmula de partilha de receitas,conforme descrito no contrato.

Moremi disse que erafundamental que a revisãoconsiderasse outros factores,incluindo o que aconteceria com afórmula em caso de expansão daadesão à SACU.

A revisão global do acordo departilha de receitas da SACUdeve, portanto, fornecer algumaslições importantes para a SADC aadoptar quando o órgão regionalfinalmente lançar a sua própriaunião aduaneira.

A SADC tem uma meta deestabelecer uma união aduaneiraapós o seu plano inicial delançamento ter sido arquivadoem 2010 para permitir aosPaíses tempo suficiente paraimplementarem a Área deComércio Livre criada em 2008.

Além disso, a Cimeira daSACU concordou com o princípiode que as alocações devem tercomo foco o desenvolvimento enão simplesmente distribuição.

Os líderes registaram osprogressos no estabelecimento deinstituições da SACU, conformeestipulado pelo Acordo da SACUde 2002, ou seja, o Tribunal daSACU, organismos nacionais e dapauta do Conselho da SACU,bem como o Mecanismo deNegociação Comum.

A Cimeira notou comsatisfação que a construção doedifício-sede da SACU emWindhoek, Namíbia, já começoue deve ser concluída atéNovembro de 2013.

A SACU foi criada em 1910,tornando-se união aduaneiramais antiga do mundo.Historicamente a SACU foiadministrada pela África do Sul,por meio dos Acordos de 1910 e1969. r

SACU desenvolve novo acordo de partilha de receitasA UNIÃO Aduaneira da ÁfricaAustral (SACU) está a efectuar arevisão do seu acordo de partilhade receita, uma iniciativa visandotirar lições importantes para umafutura União Aduaneira daSADC.

Segundo um comunicadoemitido no final da 4 ª Cimeira daSACU, realizada no Botswana, arevisão também vai investigar osmecanismos de financiamentopara apoiar o desenvolvimentoindustrial e infra-estrutural naregião da SACU.

A proposta sobre o novoacordo de partilha de receitadeverá estar pronta atéDezembro, quando seráapresentado ao Conselho deMinistros da SACU paraconsideração.

A SACU funciona como umaunião aduaneira de cinco paísesque formam um único territórioaduaneiro em que as tarifas eoutras barreiras são eliminadasem praticamente todo o comércioentre os Estados membros para osprodutos originários dessespaíses, e há uma tarifa externacomum que se aplica aos não -membros da SACU.

As principais disposições deum acordo renovável negociadoem 2002 são de que o regimetarifário em vigor na ÁfricaAustral se aplica aos outrosPaíses, servindo como uma tarifaexterna comum, e que as receitasaduaneiras e impostos especiaisde consumo cobrados nosEstados-Membros são pagos numgrupo comum e distribuídos deacordo com uma fórmulaponderada a favor do Botswana,Lesotho, Namíbia e Swazilândia(os países BLNS).

Essa ponderação se destina acompensar os pequenos Países daSACU para efeitos de angariaçãode preço que sempre estão trás doregime de tarifas proteccionistasda África do Sul, e para a perda

A 4ª Cimeira da SACU aprovou cinco áreas prioritárias para um novoprograma de trabalho:

• Política Regional para o Desenvolvimento Industrial• Revisão do Acordo de Partilha de Receitas• Facilitação do Comércio• Desenvolvimento de Instituições da SACU• Engajamento unificado nas negociações comerciais.

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A SADC espera resultadosrelativamente mais elevados decereais e outras culturas durantea época 2012/13, no meio deindícios de que alguns países daregião estão prontos para umaboa colheita este ano, apesar dasperturbações causadas porchuvas irregulares e inundações.

Estatísticas divulgadas pelaRede do Sistema de Aviso Préviode Fome (FEWSNET) mostramque a produção global de cereaisna região está projectada em 33,7toneladas para a época 2012/13,ligeiramente acima dos 32,6milhões de toneladas registadasno ano anterior.

Isto é, apesar de um declíniode dois por cento na produção decereais na maior produtora daregião, a África do Sul, quedeverá colher apenas 14,2 milhõesde toneladas este ano, emcomparação a 14,6 milhões detoneladas em 2011/12.

A produção de cereais emoutros Estados Membros daSADC deverá ter um aumento deoito por cento, para 19,5 milhõesde toneladas este ano, graças aum aumento significativo naprodução esperada emMoçambique.

Estes números excluemestimativas para a RepúblicaDemocrática do Congo eMadagáscar.

Em termos de produção demilho, que é um cultivado namaioria dos países da SADC, amaior safra da região está previstaa partir de África do Sul, ondeestimativas indicam uma culturacomercial de milho de 11,4milhões de toneladas, uma quedade três por cento dos 11,8 milhõesde toneladas registados durante aépoca 2011/ 12.

Um adicional de 675 miltoneladas deverá vir do sector desubsistência, elevando oferta totalde milho da África do Sul para12,12 milhões de toneladas.

O restante do milho da regiãodeverá vir do Malawi,Moçambique e República Unidada Tanzânia.

A G R I C U L T U R A

acima da média em áreas donorte e leste.

Partes do Lesotho, Malawi,Moçambique, África do Sul,Zâmbia e Zimbabwe tiveram uminício tardio e errático datemporada e um desempenhoabaixo do normal de chuvadurante a primeira metade daépoca de Outubro a Dezembro de2012. Isso fez com que algunsagricultores não plantassem.

Um período de seca no iníciode Novembro causou quebra desafra no início da época em partesdo sul de Moçambique e sul doZimbabwe, seguido de grandeescala re-plantio durante aschuvas em Dezembro.

Um grande surto de pragaseclodiu na primeira metade daépoca, e várias culturas foramafectadas em vários países,incluindo Botswana, Lesotho,Malawi, África do Sul, Tanzânia,Zâmbia e Zimbabwe, embora ainfestação foi contida na maioriadas áreas.

Estiagens prolongadas e chuvastorrenciais generalizadas foramalguns dos principais eventos queafectaram culturas durante asegunda metade da temporada. r

Estimativas de culturasavançadas pela Zâmbia em Maioindicam que a produção de milhofoi de 11 por cento abaixo do anopassado, mas está ainda seis porcento acima da média de cincoanos.

Estimativas qualitativas daTanzânia sugerem que os níveisde produção de milho poderia serbem acima da média dos últimoscinco anos, enquanto emMoçambique, as estimativas sãode níveis médios de cinco anos.

No Zimbabwe, onde asestimativas oficiais estão ainda aser lançadas, a análise qualitativasugere que as colheitas de cereaisnacionais poderiam cair em atétrês por cento abaixo dos níveisdo ano passado por conta daredução das colheitas, e emalgumas áreas de quebra de safra,devido a mudanças nos padrõesde precipitação e do período deseca nas regiões do sul e do oestedo país.

A recém terminada épocachuvosa 2012/13 foi geralmentecaracterizada por precipitaçãoabaixo da média em grandeparte das áreas sul e oeste daregião, com a média de chuvas

SADC prevê maior produção de cereais, apesar de mudanças nospadrões de precipitação

6 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Junho 2013

A REPÚBLICA Unida daTanzânia vai transformar 350 milhectares em terras produtivaspara a produção de culturasalimentares, tanto para usodoméstico e regional. O Presidente Jakaya Kikwetedisse que o governo criou oCorredor de CrescimentoAgrícola do Sul da Tanzânia(SAGCOT) como um ponto focalpara a transformação daagricultura no país. A Tanzânia tem mais de 44milhões de hectares de terraarável com as condiçõesclimáticas que são favoráveis parauma variedade de culturas.Apenas seis milhões de hectaresestão sendo usados actualmente. "Este corredor é bem dotadocom a terra, bom clima e água.Queremos aumentar a produçãode arroz, milho, açúcar, frutas,verduras, legumes, flores de cortee pecuária ", disse ele. East AfricanBusiness Week . r

Tanzânia projectacesta de alimentosregionais

5-anos-Média

12 60014 100

26 700

3 4971 7762 4011 092

África do SulOutros SADC

TOTAL

MalawiMoçambique ZâmbiaZimbabwe

Milho (000)

2011/12 2012/13

12 468 12 11514 535 15 507

27 003 27 622

3 624 3 6801 178 1 7762 853 2 533

968 800

Todos cereais (000)

2011/12 2012/13

14 548 14 240 18 012 19 491 32 560 33 730

3 838 3 928 1 458 2 371 3 197 2 862 1123 949

%mudança

-27

2

251

-11-17

5-anosMédia

14 72517 842

32 567

3 7102 3712 6991 307

%mudança

-28

4

263

-10-16

Fonte Unidades Nacionais de Aviso Prévio e Escritórios Centrais de Estatística da SADC1 Exclui a África do Sul e Madagáscar.2 Moçambique – Avaliação quantitativa do MINAG/DNSA/DCAP e FEWS NET

Previsões preliminares de Produção da SADC2012/13 em comparação com 2011/12

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 7

África Austral harmoniza normas ferroviárias

desenvolvimento do seu potencialnesta região", disse o Ministro dosNegócios Estrangeiros dasSeychelles, Jean-Paul Adam.

A conferência irá procuraratrair financiamento para um totalde 418 projectos de infra-estruturas identificados pelaSADC para o desenvolvimentoaté 2027 nas seis áreas prioritáriasde energia , t ransportes ,telecomunicações, turismo,meteorologia e água.

"O objectivo da Conferência deInfra-estrutura da SADC é atrairpotenciais investidores para aoperacionalização da Visão2027 do Plano Director deDesenvolvimento Regional Infra-estruturas, um projecto de 15 anosque irá orientar a implementaçãode projectos de infra-estruturastransfronteiriças entre 2013 e

A ÁFRICA Austral estáplaneando a harmonização dosseus serviços ferroviários,definindo um padrão comum decaminhos-de-ferro regionais paramelhorar o transporte depassageiros e mercadorias entreEstados-Membros.

A Associação Ferroviária daÁfrica Austral (SARA) disse que otransporte harmonizado vaipromover o movimento suavede mercadorias e passageiros,especialmente a partir de Dar esSalaam, na Tanzânia, usando oFerroviária Tanzânia-Zâmbia(TAZARA) para a República

infra-estrutura transfronteiriça,nas seis áreas prioritárias.

Por exemplo, a meta para osector de energia é abordar asquatro áreas-chave da segurançaenergética, a melhoria do acesso aserviços energéticos modernos,batendo os abundantes recursosenergéticos do continente e reforçaro investimento financeiro,assegurando a sustentabilidadeambiental.

Relativamente ao sector daágua, o plano prioriza ofortalecimento de instituições, aelaboração de projectos dedesenvolvimento de infra-estruturaestratégico de água financiava,maior armazenamento de águapara se preparar para a resistênciacontra as alterações climáticas,aumento do acesso à água potável eaumento de serviços desaneamento para os cidadãos daSADC.

Com relação aos subsectores detransporte rodoviário, ferroviário,portos, vias navegáveis interiores eredes de transporte aéreo, o planodo sector dos transportes concentra-se na regulação eficaz dos serviçosde transporte, a liberalizaçãodos mercados de transportes,desenvolvimento de corredorese facilitação do movimentotransfronteiriço, a construção da deligações de transporte regionais eharmonização dos sistemas dedados de segurança rodoviária. r

SADC VAI levar o seu plano dedesenvolvimento de infra-estrutura, avaliado em biliõesde dólares, para potenciaisfinanciadores, quando a regiãoacolher uma Conferência deinvestimento no final de Junho,em Moçambique.

A conferência, prevista para27-28 de Junho em Maputo, vaireunir Chefes de Estado e deGoverno da SADC, ministrosresponsáveis pelas infra-estruturas, parceiros decooperação internacional,investidores potenciais, incluindoas instituições financeirasmultilaterais, como o BancoAfricano de Desenvolvimento e oBanco Mundial, como bem comorepresentantes da União Africano.

Os líderes da SADC esperadospara participar na conferência sãoo actual Presidente, o PresidenteArmando Guebuza deMoçambique, vice-Presidente daSADC, a Presidente do Malawi,Joyce Banda, o presidenteangolano, José Eduardo dosSantos, e o Presidente JacobZuma, da África do Sul.

Guebuza vai proferir umdiscurso antes dos delegadosrealizarem uma mesa redonda dealto nível sobre as diferentesquestões temáticas, incluindooportunidades de investimentona região da SADC com base noPlano Director, a participaçãodo sector privado e instituiçõesd e f i n a n c i a m e n t o d odesenvolvimento, o conceito decorredor de transporte e operaçõesdos postos de fronteiras, bem comoa racionalização das questões degénero em projectos de infra-estruturas.

O outro assunto a ser discutidona conferência será a inclusão deestados insulares, como as Ilhasde Madagáscar, Maurícias eSeychelles no desenvolvimento deinfra-estrutura regional da SADC,através de projectos específicosvirados para esses países.

"A SADC tem de estar navanguarda do desenvolvimento daeconomia azul, e é só através deinvestimentos em redes marítimasque vamos realmente ser capazesde impulsionar o comércio e o

Governo da SADC paraaprovação," disse Ndumbaronuma recente reunião da SARArealizada em Dar es Salaam.

A iniciativa de harmonizar asnormas de serviços de transporteferroviário está em linha com oProtocolo da SADC sobre oTransporte que exige aos Estados-Membros para integrar os seusserviços ferroviários e estabelecergrupos de gestão de corredorescom o objectivo de proporcionartransparente, previsível, eficientee de transporte ferroviário debaixo custo para a economia daSADC. r

2027", indicou o Secretariado daSADC num comunicado.

O Plano Director deDesenvolvimento Regional deInfra-estruturas da SADC foiaprovado pelos Chefes de Estadoe de Governo na sua 32ª CimeiraOrdinária realizada em Agostode 2012 em Maputo,Moçambique.

Até agora, os projectosprioritários de infra-estruturas,avaliados em cerca de 500 biliõesde dólares norte-americanos,foram identificados e serãoapresentadas na conferência deMaputo para mobilizar recursospara a sua implementação.

O Plano Director deDesenvolvimento Regional deInfra-estruturas prevê orientar aimplementação coordenada eeficiente uma integrada rede de

SADC encoraja investidores para o seu programa de infra-estruturas

Plano Director de Desenvolvimento Regional Infra-estruturas daSADC , Projectos por SectorGráfico mostrando projectos no banco de dados por sector no RIDMPSADC (Total de 418 projectos)

Democrática do Congo, África doSul, Zâmbia e Zimbabwe.

O vice Director-Geral daTAZARA, Damas Ndumbaro,disse que uma linha ferroviáriacomum vai melhorar ainterligação ferroviária na ÁfricaAustral.

Actualmente, algumas linhasferroviárias usam diferentestamanhos, afectando omovimento suave de bens eserviços entre Estados-Membros.

"Esperamos que todas asrecomendações aprovadas pelaSARA, sejam agora encaminhadasaos Chefes de Estado e de

I N F R A - E S T R U C T U R A

N° d

e Pr

ojec

tos

ENERGIA TRANSPORTES TURISMO TIC MET ÁGUA

250

200

150

100

50

0

59

222

55

9 9

34

Sector

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OS MINISTROS da SADCresponsáveis pelo Sector deÁgua reuniram-se em Luanda a30 de Maio, num eventoorganizado pelo Ministroangolano da Energia e Águas,João Baptista Borges.

Borges ressaltou aimportância da cooperação nagestão e desenvolvimento derecursos hídricos para a regiãoda SADC com vista a integraçãoeconómica regional e reduçãoda pobreza, notando que o seugoverno estava satisfeito poracolher a reunião numa alturaem que o País está a reabilitarvárias infra-estruturas.

Os Ministros reuniram-separa examinar o progresso daimplementação da terceira fasedo Plano Estratégico Regionalde Acção sobre a Gestão eDesenvolvimento Integrado deRecursos Hídricos (RSAP III)2011-2015, que é a estruturaorientadora para alcançar odesenvolvimento sustentáveldos recursos hídricos atravésdo desenvolvimento infra-estrutura de água com base naboa gestão e governação daágua.

A gestão dos recursoshídricos na SADC é baseada nagestão de 15 cursos de águapartilhados, e os ministrosanalisaram o estado deimplementação de projectos emdiversas bacias hidrográficas,incluindo Okavango, Limpopo,Búzi, Save, Rovuma, Zambeze,Kunene , Cuvelai, Incomati /Maputo e Pungue, elogiando aspartes do estado das bacias peloprogresso na implementação deplanos e projectos.

Os Ministros observaramprogressos especialmente naimplantação e execução deprojectos-piloto para a GestãoIntegrada de Recursos Hídricos(GIRH) nos Estados-Membrosque partilham as baciashidrográficas do Limpopo,Limpopo, Buzi, Save e Ruvuma.

N a a n á l i s e d aimplementação do RSAP III, osMinistros notaram que umprogresso assinalável foiregistado na gestão da Água,

com a criação da Comissão daÁgua do Zambeze (ZAMCOM)e da Comissão de Água doLimpopo (LIMCOM).

Os Ministros observaram oestabelecimento do Fundo deÁgua e Saneamento Regionalpelo Secretariado da SADCpara facilitar a implementaçãode projectos prioritáriosde infra-estruturas hídricasregionais e transfronteiriçosincluídos no Plano Director deDesenvolvimento Regional deInfra-estruturas que recomendaaos Estados-Membros autilizarem os fundos emconformidade.

A delegação do Secretariadoda SADC foi liderada porFreddie Motlhatlhedi, Diretordo Programa de Energia naDirecção de Infra-estrutura eServiços, que destacou osprogressos realizados peloSector de Água naimplementação do RSAP III nasáreas de gestão de infra-estruturas hídricas.

Ele disse que órgãos degestão de bacias hidrográficasestão sendo criados ereforçados, e os pro-gramas pr ior i tár ios dedesenvolvimento de infra-estrutura de água estão em fasede conclusão, acrescentandoque a SADC precisa de umPlano Sectorial específicopara os recursos Hídricosfocalizando questões de géneroe sensíveis às necessidades dopovo.

Os Ministros observaram otrabalho louvável realizado pelaequipe da Secretaria da SADC eexortou-os a continuar com omesmo espírito.

Os Ministros de Águasda SADC aprovaram asactividades prioritárias para oexercício 2014/15 como base

para o desenvolvimento doplano anual do sector e doorçamento, e sublinharam que aexecução deve tomar em contaas recomendações da avaliaçãointercalar do Plano EstratégicoIndicativo de DesenvolvimentoRegional (RISDP) em curso.

O RISDP é um plano de 15anos para o desenvolvimento eintegração regional aprovadopelos Estados-Membros daSADC em 2003 e que está a serimplementado em fases de cincoanos a partir de 2005.

Os Ministros observaramque Plano Director deDesenvolvimento Regional deInfra-estruturas 2013-2027 foiaprovado pela Cimeira emAgosto de 2012 e apela aosEstados-Membros a facilitara execução dos projectosestratégicos de infra-estruturade água.

O sector da água é um dosseis importantes sectores doPlano Director, com um total

de 34 projectos a seremimplementados.

No Sistema de Observaçãodo Ciclo Hidrológico da SADC,os ministros sublinharam queos Estados-Membros têm "aresponsabilidade de manter ospostos de HYCOS da SADC,como parte integrante de suarede hidrológica nacional,assegurando que um orçamentoadequado esteja disponível paraoperar o equipamento."

Esta é um componenteregional de um programa daOrganização MeteorológicaMundial para fornecerferramentas de gestão para odesenvolvimento sustentável erentável dos recursos hídricos,gestão e protecção ambiental.A reunião teve a participação de10 Estados Membros da SADC,com excepção da RepúblicaDemocrática do Congo, Malawi,Ilhas Maurícias e Seychelles.Madagáscar está suspenso daSADC. www.sadc.int. r

8 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Junho 2013

Conselho de Ministros criaZAMCOMO CONSELHO de Ministros da ZAMCOM foi constituído erealizou a sua primeira reunião no dia 29 de Maio, em Luanda,sob a presidência de Angola, e concordou que o Zimbabwe devesediar a Secretaria Permanente da Comissão do Rio Zambeze(ZAMCOM).

A ZAMCOM é uma organização da bacia hidrográfica criadapelos países que partilham a bacia do rio Zambeze, para promovera utilização equitativa e razoável dos recursos hídricos doZambeze.

A Zâmbia, o único País que ainda não assinou o AcordoZAMCOM, disse na reunião que está pronto para assinatura eadesão a convenção. Os outros sete estados da bacia assinaram oacordo, embora o Malawi ainda não tenha ratificado.

A bacia do Zambeze se estende por parte de oito EstadosMembros da SADC - Angola, Botswana, Namíbia, Malawi,Moçambique, República Unida da Tanzânia, Zâmbia eZimbabwe. r

Á G U A

Rumo ao uso sustentável dos recurso

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 9

A COMISSÃO da Bacia doZAMBEZE lançou o seu logotipoem Luanda, Angola, num eventopresenciado pelos Ministros deÁguas da SADC, incluindo os dorecém-constituído Conselho deMinistros da ZAMCOM. O logotipo representa umapanela de barro tradicional, umrecipiente que significa herançaAfricana e espírito de partilha.O conceito de panela denotauma bacia de uma perspectivatípica Africana, um recipienteutilizado para diversos finscomunitários. O logotipo,desenhado dessa forma,simboliza o uso multiforme dabacia do rio Zambeze, entre osEstados ribeirinhos. O conteúdo da panelasignifica a essência da gestãotransfronteiriça contemporâneadirigida por vários actores.

A saída de água do vasoilustra o recurso comumpartilhado que os Estadosaspiram gerir de formaequitativa. A gota também indica aplenitude da bacia do rioZambeze, com a água retratandoa ocorrência abundante derecursos que, se bemadministrados, vão continuar aencher o pote para garantir adisponibilidade sustentável paraos cidadãos e o meio ambiente. A cor preta representa ocontinente Africano, o azul é aágua, o verde representa avegetação e meio ambiente, etom de acastanhado representama diversidade geográficadabacia. r

colaborativa produzida pelaDivisão de Água da SADC, oSecretariado Interino daComissão da Bacia do Zambeze(ZAMCOM) e da bacia do rioZambeze interessados peloCentro I. Musokotwane deRecursos Ambientais para aÁfrica Austral (IMERCSA), queé o Instituto do Meio Ambientedo Centro de Documentação ePesquisa para África Austral(SARDC) e UNEP GRID-Arendal. r

O Bacia do Rio Zambeze Atlas do Ambiente em Mudança

O BACIA do Rio Zambeze Atlas doAmbiente em Mudança – oprimeiro do género na bacia dorio Zambeze e na África Aus-tral, foi lançado em Luanda, nareunião de Ministros da SADCresponsáveis pela água.

Falando no lançamento, oDirector-Geral do Ministério daEnergia e Águas, ManualQuintino de Angola, disse queos decisores políticos e outraspartes interessadas nos Estadosda bacia do Zambeze encontramno Atlas informação útil que osajudará a criar e desenvolverpolíticas que são sustentáveispara proteger os serviços dosecossistemas.

"A produção do Atlas foibaseada no princípio de que aacção informada está enraizada

OS ESTADOS da Bacia doZambeze iniciaram o processopara produção de umaRetrospectiva Ambiental quedeverá fornecer uma análiseintegrada do meio ambiente, dosrecursos hídricos e as questõessocioeconómicas na bacia eintroduzir temas novos eemergentes.

Peritos dos oito países quepartilham a bacia se reuniram emWindhoek, Namíbia, em meadosde Maio, para uma conferênciade consulta para discutir oconteúdo do próximo relatório,depois do relatório amplamentereconhecido sobre o Estado doMeio Ambiente da Bacia doZambeze 2000, publicado emInglês e Português.

Esta foi a primeira avaliaçãoambiental de um ecossistemaúnico na África Austral.

Falando na abertura oficial daconferência, o Ministronamibiano da Agricultura, Águae Florestas, John Mutorwa, disseque a variabilidade e mudançaclimática trouxeram alteraçõesdrásticas para o meio ambientena bacia do rio Zambeze, durantea última década.

"Nós, portanto, precisamosde encontrar urgentementeestratégias apropriadas,individual e colectivamente, parasustentar e proteger estes

no bom uso do conhecimento",disse ele.

O Atlas utiliza imagens desatélite, fotografias de altaresolução, texto ilustrativo egráficos para apresentar váriosproblemas socioeconómicos nabacia do Zambeze, e forneceevidência impressionante quepode ser usada como base paraa intervenção a nível local,nacional, regional e da bacia.

Imagens de satélite mostramque a bacia tem sofrido grandesalterações ambientais nosúltimos 20 anos, incluindo adegradação do solo, perda deflorestas, a expansão de áreasurbanas e de mineração, bemcomo a disseminação deespécies de plantas exóticas. O Atlas é uma iniciativa

ZAMCOM lança logotipo

ZAMBEZI WATERCOURSE COMMISSION

os hídricos Centrado na Bacia doZambeze

iental do Zambeze

Á G U A

recursos, para que elescontinuem a atender as actuaisnecessidades, bem como as dasgerações vindouras", disseMutorwa.

A conferência consultivaconcordou com o esboço dorelatório a ser publicado em 2015,incluindo capítulos sobre osrecursos hídricos, solo eagricultura, biodiversidade eflorestas, mudanças climáticas ea variabilidade, energia e infra-estrutura, urbanização eassentamentos humanos,turismo e desenvolvimentoindustrial.

O relatório conterá os cenáriospossíveis para o ambiente baciado Zambeze, projectandopossíveis tendências futuras eimpactos sobre os recursos epossíveis intervenções.

O Secretário Executivo daComissão Interina para a Baciado Zambeze (ZAMCOM),Michael Mutale, disse que "esta éuma ocasião importante, pois é oinício de um processo de consultaque vai levar à produção de umrelatório que será, no final do diapropriedade de todos ".

Estendendo-se por parte deoito Estados Membros da SADC,a bacia é uma fonte de sustentopara muitas das pessoas nessespaíses que dependem dabacia para as actividadessocioeconómicas que vãodesde a agricultura, silvicultura,mineração, conservação eturismo.

A pressão humana sobre osrecursos naturais juntamentecom as mudanças climáticasresultou inevitável no impactona bacia , a fectando odesenvolvimentosocioeconómico.

A conferência foi organizadaCentro I. Musokotwane deRecursos Ambientais para aÁfrica Austral (IMERCSA), que éo Instituto do Meio Ambiente doCentro de Documentação ePesquisa para África Austral(SARDC). A PerspectivaAmbiental do Zambeze é umainiciativa da Divisão de Águas daSADC, ZAMCOM e conta com oapoio da GIZ, Ajuda da Austráliae do Reino Unido. r

Retrospectiva Amb

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E N E R G I A

10 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Junho 2013

por Kizito Sikuka

A ÁFRICA Austral tem potencial para alcançar o acesso universal aserviços energéticos modernos, se a região colocar em prática umaestratégia sólida e vibrante para aproveitar adequadamente os seusrecursos energéticos renováveis.

A reunião de Ministros de Energia da SADC em Maseru, Lesotho,reconheceu que o desenvolvimento de uma estratégia de energiarenovável vai garantir que a região da SADC seja capaz de gerireficazmente e explorar seus abundantes recursos naturais.

Os Estados-Membros devem, portanto, avançar no processo definalização da Estratégia de Energias Renováveis e Plano de Acção daSADC (ResAP) que foi discutido há alguns anos atrás.

"Notamos que a energia renovável é uma parte integrante dainiciativa das Nações Unidas sobre Energia Sustentável e exortamos osEstados-Membros, assistidos pelo Secretariado da SADC, para mobilizarrecursos para finalizar a Estratégia de Energias Renováveis e o Plano deAcção da SADC ", disseram os ministros de energia num comunicadodivulgado após a reunião.

O objectivo da ResAP, iniciado pelo Secretariado da SADC com oapoio do Governo da Finlândia, é explorar opções para aumentar o usode energias renováveis na África Austral e garantir que a estratégiaregional de energia esteja alinhada com as tendências mundiais de acessoa fontes de energia limpa e alternativa.

As fontes de energia renováveis, incluindo a solar, hídrica e eólica,são menos poluentes para o meio ambiente em relação aos combustíveisfósseis, como o carvão.Além disso, os combustíveis fósseis não vão durar para sempre, daí anecessidade da África Austral se preparar para o futuro e intensificar osseus esforços para aproveitar os seus enormes recursos energéticosrenováveis.

A SADC tem uma abundância de fontes de energia renováveis, quese forem totalmente aproveitados, podem fazer a região suprir a maioriadas suas necessidades energéticas.

Por exemplo, o potencial global de energia hidroeléctrica nos Paísesda SADC está estimado em cerca de 1.080 terawatts-hora por ano (TWh/ ano), mas a capacidade que está sendo utilizada no momento é umpouco menos de 31 TWh / ano. Um terawatt é igual a um milhão demegawatts.

De acordo com o Secretariado da SADC, a maioria dos Países têmaproveitado apenas uma pequena fracção dos seus recursoshidroeléctricos, e somente menos de três por cento do potencial total daregião tem sido aproveitado.

No que diz respeito à energia geotérmica, o Programa dasNações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP)estimativa que cerca de 4.000 MW de energiaeléctrica está disponível ao longo do Vale do Rift,na República Unida da Tanzânia, Malawi eMoçambique.

Um aumento na captação de energiarenovável seria suficiente para garantirque a SADC fosse capaz de alcançar ummisto de energia renovável sustentávelna matriz energética regional.

O Grupo de Empresas deElectricidade da África Austral (SAPP)- que coordena o planeamento,produção e transmissão de energiaeléctrica em nome de empresasestaduais membros da SADC - esperaalcançar um misto de energia renovávelna matriz energética regional, de pelomenos 32 por cento do total da energiaproduzida em 2020, o que deve subir para 35por cento até 2030.

A África Austral produza, actualmente, cerca de 74 por cento de suaelectricidade a partir de estações a carvão. Exceptuando a energia hídricaque representa cerca de 20 por cento da produção total de energia da SADC,outras fontes renováveis, como eólica e solar não são considerados comoos principais contribuintes para as necessidades de energia eléctrica daregião.

Os Ministros da Energia da SADC instaram os Estados membros e oSecretariado para concluir um estudo de viabilidade para a criação de umcentro de excelência para as energias renováveis e eficiência energética naregião.

O proposto centro, entre outras coisas, vai efectuar a promoção dodesenvolvimento de energia renovável na região.

Os Ministros decidiram a implementação rápida de todos os projectosde transmissão e de interligações regionais para aliviar o congestionamentona rede regional e facilitar a comercialização de energia eléctrica.

Estes projectos incluem o projecto de transmissão Zimbabwe-Zâmbia-Botswana-Namíbia (ZiZaBoNa) e a interligação Moçambique / Malawi.

Outros projectos são a linha Zâmbia / Tanzânia / Quênia e asinterligações Namíbia / Angola.

Os ministros observaram que um total de 11 dos 15 Países da SADC têmintroduzido órgãos reguladores nas agências reguladoras de energia ou de

electricidade, enquanto os demais Estados membros estão emdiferentes estágios do processo.

A reunião também elogiou a aprovação do PlanoDirector de desenvolvimento Regional de Infra-

estruturas da SADC (RIDMP), dizendo que elevai ajudar a atrair investimento fundamental

para o sector de energia, que é uma das seisáreas prioritárias do plano.

O Plano Sectorial de Energia visaabordar quatro áreas-chave de segurançaenergética - a melhoria do acesso aserviços energéticos modernos,exploração dos abundantes recursosenergéticos, aumento do investimentofinanceiro e reforço da sustentabilidadeambiental.

A 33ª Reunião dos Ministros de Energiada SADC contou com a presença do

Primeiro-Ministro de Lesotho, TheseleMaseribane, do Director de infra-estrutura e

serviços da SADC, Makumbe Remigious, e outrosespecialistas em energia da região. sardc.net. r

Estratégia de Energias RenovávFundamental para assegurar energia

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ÁFRICA AUSTRAL Hoje 11

E N E R G I A

O MALAWI e Moçambique assinaram um acordo de interligação deenergia para permitir que o Malawi possa ter electricidade a partir daenorme barragem de Cahora Bassa, em Moçambique.

Ao abrigo do acordo, assinado pelo Presidente moçambicano,Armando Guebuza, e a Presidente do Malawi, Joyce Banda, ainterligação será feita em duas fases.

A primeira fase envolverá a construção do sistema de transmissoresque vai levar energia eléctrica a partir da subestação de Matambo emTete, Moçambique, a Phombeya em Balaka, Malawi. A segunda e últimafase vai incluir sistemas para estender a conexão de volta para asprovíncias de Nampula e Nacala em Moçambique através de Malawi.

Moçambique deverá financiar 200 km de ligação de energia de Tete aBalaka, enquanto Malawi vai financiar a 800 km de extensão da ligaçãode Balaka a Nacala. r

proposta deverá produzir até 1.600megawatts (MW), o que tornariauma contribuição significativapara as necessidades de energiaem ambos os países e na região daSADC.

A Zâmbia e Zimbabwe vaidividir a energia em partes iguais,mas como os dois países sãomembros do Grupo de Empresasde Electricidade da África Austral

SADC FEZ revisão da sua meta para 2017 como o período para aerradicação de um défice de energia eléctrica que afecta a região desde 2007.

A reunião dos Ministros de Energia da SADC realizada em Maio noLesotho, observou que cerca de 17 mil megawatts (MW) de nova geraçãodeverá ser produzida entre 2013 e 2016.

Pelo menos três por cento da capacidade prevista de produção entre2013 e 2016 deve ser de energia renovável a partir da energia eólica e solar.

Os Ministros expressaram confiança de que a região terá reservas ecapacidade suficiente de produção após 2016.

Eles observaram que a região pretende produzir cerca de 2.000 MWde energia em 2013 e "que terá reservas e capacidade suficiente degeração após 2016, caso todos os projectos sejam implementados comoplaneado, enquanto a adequação de energia será alcançada até 2017."

A meta anterior de adequação de energia era de 2014, mas o progressotem sido dificultado pela lenta implementação de projectos prioritáriosde energia, principalmente devido à falta de fundos.

Os Ministros resolveram dar apoio necessário do governo paraacelerar a implementação e conclusão de projectos de electricidade deacordo com os prazos planeados para garantir que as metas estabelecidassejam cumpridas.

Quanto as tarifas de energia eléctrica, os Ministros disseram que aregião não será capaz de cumprir a decisão do Conselho de Ministros daSADC para alcançar tarifas de recuperação integral dos custos até o finalde 2013.

Eles, no entanto, "notaram que a maioria dos Estados-Membrosderam início a um processo para fazê-lo e solicitaram aos Estados-Membros que não tenham tomado as medidas necessárias no sentido deaplicar tarifas de recuperação de custos para fazê-lo o mais rápidopossível e desenvolver um roteiro a partir de Novembro de 2013". r

Malawi e Moçambique assinamacordo de interligação de energia

Região atinge auto-suficiência deenergia até 2017

A AUTORIDADE do RioZambeze tem pré seleccionadosseis empresas internacionaispara a construção da centralhidroeléctrica de Gorge Batoka.

A ZRA, órgão estatutário depropriedade conjunta da Zâmbiae Zimbabwe e responsávelpela gestão do rio Zambeze,convidou empresas experientesem Dezembro de 2012 paraapresentarem propostas paraa construção da centralhidroeléctrica. O prazo paraapresentação das propostas foi 08de Fevereiro deste ano.

"Inicialmente, a autoridadetinha pré-seleccionado 26

Seis empresas finalistas para o projecto deEnergia de Batoka

(SAPP), grande parte daelectricidade será alimentado paraa rede eléctrica regional.

Isso permitirá que a capacidadeinstalada na estação planeadapossa ser usada em toda a regiãoda SADC. Todos os EstadosMembros da SADC continental,com excepção de Angola, Malawie Tanzânia, estão interligadosatravés do SAPP. r

Capacidade de Produção (MW)

PaísAngolaBotswanaRDCLesothoMalawiMoçambiqueNamibiaÁfrica do SulSwazilândiaTanzâniaZâmbiaZimbabweTOTAL

TOTAL3 610

900635175

64750

607 893

–1 8301 309

63017 856

20162 415

300–

110–

300–

1 322–

1 110164300

6 021

2015550

–580

40–

300–

2 543–

500600

305 143

2014645

––

25–

150--

3 105–

160315300

4 700

2013–

60055

–64

–60

923–

60230

–1 992

Grupo de Empresas de Electricidade da SADC

veis e Plano de Acção da SADC a sustentável para todos

investidores internacionais, maseles foram reduzidos a seis", dissePatson Mbiriri, SecretárioPermanente do Ministériozimbabweano de Energia eDesenvolvimento Energético,durante a ConferênciaZimbabwe/ África do Sul deInvestimento e Comércio,realizada em Abril.

Mbiriri disse que o contratoseria concedido com base numatransferência, mas não deu prazopara a adjudicação do contrato.

Localizada no rio Zambeze,cerca de 54 quilómetros a jusanteda Victoria Falls, entre a Zâmbia eo Zimbabwe, a estação de energia

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P A Z & S E G U R A N Ç A

Kinshasa, a capital do mais vastoe rico País em minerais.

A SADC recebeu a aprovaçãoda resolução do Conselho deSegurança da ONU que formalizao lançamento da brigada deintervenção no leste da RDC.

"Cimeira saudou a adopção daresolução 2098 do Conselho deSegurança das Nações de 28 deMarço de 2013, que confere omandato para a implantação daBrigada de Intervenção no Lesteda RDC, sob os auspícios daMONUSCO", disseram os líderesda SADC após uma CimeiraExtraordinária realizada àmargem da Cimeira da UniãoAfricana na Etiópia a 21 de Maio.Os líderes receberam um relatóriode progresso sobre a implantaçãoda brigada de intervenção, noleste da República Democráticado Congo e elogiaram os Estados-

com o apoio de Ruanda eexortaram este País para quecessem imediatamente a suainterferência ", que constitui umaameaça à paz e estabilidade, nãosó da RDC, mas também daregião da SADC ". r

UA aprova força de intervenção rápida

Membros que se comprometerama contribuir com tropas.

Os líderes da SADC reunidosna sua Cimeira anual em Agostode 2012 observaram que aperturbação na RDC está sendoperpetrada por grupos rebeldes

A UNIÃO Africana aprovou acriação de uma força militar deintervenção rápida para lidar comgolpes, rebeliões ou guerras,numa iniciativa destinada areduzir a dependência docont inente em fundosestrangeiros e tropas para a suadefesa.

A Capacidade Africana deResposta Imediata para Crises(ACIRC) será configurada comouma medida provisória enquantose aguarda a criação de umaForça de Prontidão Africana(ASF), que deverá estaroperacional em 2015.

A força, proposta peloPresidente Sul-Africano JacobZuma, foi um dos principaisresultados da 21 ª SessãoOrdinária da UA, realizada naEtiópia em Maio.

"A Assembleia lembrou osdesafios encontrados naoperacionalização da Força deProntidão Africana e suacapacidade de mobilização rápidae decidiu, em princípio,estabelecer imediatamente, como

um regime transitórioenquanto se aguarda aoperacionalização total daASF e da sua ACIRC, umacapacidade Africana deResposta Imediata paraCrises, com mo objectivo dedotar a UA de uma força flexívele robusta ", diz parte docomunicado da cimeira da UA.

A iniciativa vai proporcionaraos países africanos, aflexibilidade para tomar medidasconcretas para enfrentar osdesafios interinamente, enquantose aguarda a operacionalização daForça de Prontidão Africana.

A proposta surge em respostaaos desafios contínuos de paz esegurança que minam osgovernos democraticamenteeleitos.

A UA não tem como ummecanismo de resposta imediataactualmente uma vez que oprocesso de implementação daArquitectura de segurança e PazAfricana está em curso.

A UA disse que a força deresposta rápida seria formada a

partir de contribuiçõesvoluntárias de tropas, recursos eequipamentos pelos Estadosmembros.

De acordo com o Comissáriode Paz e Segurança, RamtaneLamamra, os Países seriamresponsáveis pelo fornecimentode tropas e equipamentosindividuais.

"Nós não vamos usar oorçamento da UA. Nós nãovamos pedir para os parceirospara financiar essas operações ",disse ele.

A África do Sul, Uganda eEtiópia comprometeram-se acontribuir para a força, enquantovários outros países ofereceramapoio.

O tamanho do ACIRCdependerá das contribuições. r

Tanzânia envia tropas para a brigada de intervenção na RDCA REPÚBLICA Unida DaTanzânia foi um dos primeirospaíses a contribuir com soldadospara a brigada de intervenção daONU para neutralizar os gruposarmados no leste da RepúblicaDemocrática do Congo.

Um contingente de soldadostanzanianos chegou na cidadeoriental de Goma, na RDC, emMaio, como parte da brigada deintervenção autorizada pela ONUpara ajudar a devolver aestabilidade nesta parte volátil dopaís.

Em Março, o Conselho deSegurança autorizou o envio deuma brigada de intervençãodentro da Missão de Estabilizaçãoda Organização das NaçõesUnidas existente na RDC(MONUSCO) para realizaroperações ofensivas, com ou semo exército nacional congolês,contra os grupos armados queameaçam a paz no leste da RDC.

A brigada - que será baseadana província de Kivu Norte e totalde 3.069 militares - tem a tarefa deneutralizar os grupos armados,reduzindo a ameaça à autoridadedo Estado e segurança civil,criando espaço para actividadesde estabilização.

A brigada da ONU,comandada pelo General JamesMwakibolwa da Tanzânia,deverá tomar todas as medidasnecessárias para proteger osc ivis e monitorar aimplementação do embargo dearmas estabelecido através devárias resoluções.

Oito outros Estados Membrosda SADC comprometeram eenviar pessoal para serimplantado na DRC. Trata-se deAngola, Lesotho, Malawi,Maurícias, Namíbia, África doSul, Zâmbia e Zimbabwe.

A RDC mergulhou naturbulência política no anopassado, quando os rebeldesdo anti-governo designadosMovimento de Março (M23)invadiram e capturaram a cidadede Goma, causando odeslocamento de pessoas e perdade vidas e bens.

Os rebeldes desde entãoameaçaram marchar sobre

12 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Junho 2013

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Uma abordagem mais positiva enquantoÁfrica se prepara para a agenda de desenvolvimento pós-2015

Africano", os Chefes de Estado ede Governo se comprometeram aintensificar os esforços paraaprofundar a integração epromover o desenvolvimentosocioeconómico.

Os líderes se comprometerama acelerar o desenvolvimento deinfra-estrutura, como umacomponente importante da

integração e agenda deindustrialização Africana edesenvolvimento das economiasrurais. Eles também concordaramque o continente deve tomarposse, utilizar e desenvolver osseus recursos naturais para obenefício das pessoas.

No avanço da identidade e doRenascimento Africano, aCimeira se comprometeu aintegrar os princípios do pan-africanismo "em todas as nossaspolíticas e iniciativas" e"promover e harmonizar oensino dos valores e da históriaAfricana, bem como o Pan-africanismo em todas as escolase instituições de ensino."

Os países africanos estãoenvolvidos em negociaçõesglobais para reconstruir assuntosmundiais para garantir umsistema mais justo, e os líderes secomprometeram a agircolectivamente para promover"os nossos interesses e posiçõescomuns na arena internacional".

A Cimeira da UA tambémconcordou em garantir asustentabilidade financeira e

reduzir a dependência derecursos externos através dacriação de um mecanismo paragarantir que a Comissão da UA"esteja dotada dos recursosadequados e previsíveis parahabilitá-la a financiar os seusprogramas."

Isto foi o recomendado pelorelatório do Painel de Alto Nívelpresidido pelo ex-PresidenteNigeriano Olusegun Obasanjo,que foi aprovado pela Cimeira. Orelatório propõe o aumento dascontribuições dos Estados-Membros e a criação de um fundode contribuição voluntária abertopara o sector privado.

A Cimeira decorreu nos dias25-27 de Maio para comemorar afundação da OUA, a 25 de Maiode 1963, agora o Dia de África.(Ver página 16)

A OUA foi criada para apoiara libertação do continente docolonialismo e apartheid, um feitoque foi alcançado em 1994. A suasucessora, a União Africana, foicriada em 2002 para se concentrarno desenvolvimento e integraçãoeconómica. r

"Pan-africanismo e Renascimento Africano"A 21 ª Sessão Ordinária da UniãoAfricana reuniu-se em AddisAbeba, na Etiópia, na datahistórica da fundação daOrganização da UnidadeAfricana, há 50 anos, paradeliberar sobre os actuais desafiose conquistas.

Com o tema de "Pan-africanismo e Renascimento

por Kizito Sikuka

UMA POSIÇÃO comumAfricana na agenda dedesenvolvimento pós-2015 globalserá desenvolvida para garantirque as aspirações do continenteestejam inclusas.

A agenda de desenvolvimentopós-2015 se baseia no impulsogerado pelos Objectivos deDesenvolvimento do Milénio(ODM), que tem meta o ano 2015para a conclusão.

Consultas entre governos,sociedade civil e sector privadoestão em andamento naagenda pós-2015, que deveráreflectir os novos desafios

de desenvolvimentoe q u e s t õ e s

emergentes, comoas mudançasclimáticas.

A recomendação geral daÁfrica é que a agenda dedesenvolvimento pós-2015 deveconsiderar as condições iniciaisdos países, e reconhecer osesforços nacionais no sentido decumprir os ODM, em vez demedir o quão longe eles ficamaquém.

Na sua 21 ª Sessão Ordináriada Cimeira da União Africana, oslíderes africanos concordaram emfalar com a "uma só voz" e que eratarefa da Comissão da UA paraengajar os Estados-Membros, comvista a desenvolver a PosiçãoComum Africano após Agenda deDesenvolvimento 2015, "paraconsideração durante a próximaCimeira que será realizada emJaneiro de 2014 ".

Espera-se que a Comissão daUA crie um grupo técnico detrabalho para traduzir as

prioridades africanas para aagenda pós-2015 em objectivos,metas e indicadores específicospara a inclusão no processo deelaboração dos Objectivos deDesenvolvimento Sustentável(ODS).

Os líderes estabeleceram umComité de Alto Nível de Chefesde Estado e de Governo paracoordenar as actividades dosEstados membros e estabeleceralianças regionais e inter-continental a este respeito. AComissão, liderada pelaPresidente Ellen Johnson-Sirleaf,da Libéria, é responsável pelaelaboração de um relatório anualsobre a implementação da novaagenda de desenvolvimento pelosEstados membros.

Sobre os ODM, os líderesnotaram algum progresso nosentido de atingir as metas até

2015, uma avaliação apoiada porum recente relatório que refereque a África é um dos líderes nosseus esforços para implementaras metas. No entanto, devido auma variedade de factores,incluindo finanças e conflitos,alguns países ainda não estão nobom caminho para atingir asmetas desejadas,quando restamapenas dois anos em frente.

Os oito ODM foramadoptados em 2000 pelacomunidade global e vão deste aeducação, saúde, pobreza e meioambiente, redução de mortesmaterna e infantil, pobreza, fome,doença e outros males até 2015. r

• Implementar rapidamente a Área Continental de Comércio Livre para promover o movimento suave de bens, serviços e pessoas em todo o continente;

• Harmonizar o ensino dos valores, história Africana e pan-africanismo em todas as escolas e instituições de ensino;

• Apropriar-se e desenvolver os nossos recursos naturais para obenefício dos nossos povos;

• Acelerar o desenvolvimento da infra-estrutura da África, edesenvolver as nossas economias rurais;

• Continuar a falar com uma só voz e agir colectivamente para promover os nossos interesses comuns na arena internacional;

• Apropriar-se de questões africanas e fornecer soluções africanaspara os problemas africanos;

• Abordar as fontes emergentes de conflito para promover a paze a estabilidade no continente.

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 13

U N I Ã O A F R I C A N A

Principais decisões da Cimeira da UA 2013

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E L E I Ç Õ E S

implantados antes dorecenseamento.

As eleições foram marcadaspara 31 de Julho, depois de umadecisão do TribunalConstitucional de que as eleiçõesdevem ser realizadas até essadata. Se não houver um vencedorabsoluto da eleição presidencial,uma segunda ronda serárealizada no dia 11 de Setembro.

O tribunal vai reunir-se no dia28 de Junho para receberdocumentos de nomeação decandidatos potenciais.

Mugabe também anuncioualterações à Lei Eleitoral, deacordo com a nova Constituição.

Os observadores eleitorais daUnião Africana já foramimplantados no país.

O PRESIDENTE Robert Mugabeassinou a Lei de alteração daConstituição do Zimbabwe(número 20), abrindo o caminhopara a realização de eleiçõesharmonizadas.

A nova Constituição substitui aConstituição de Lancaster Housede 1979 que tinha sido alterada 19vezes.

Após a passagem histórica dalei da nova Constituição, aComissão Eleitoral do Zimbabwe(ZEC) começou a actualizar o seuregisto e a preparar os eleitores paraum exercício de educação cívica.

O Presidente da ZEC, JusticeRita Makarau, disse que orecenseamento eleitoral terá lugarem cada círculo eleitoral eeducadores de eleitores seriam

qualquer repetição do tumultoque acompanhou o golpe de 2009.

Rajoelina, desde então,ignorou um pedido da SADC denão concorrer nas próximaseleições, e apresentou os seusdocumentos de nomeação aJustiça Eleitoral Especial.

Ravalomanana apoiou suaesposa, Lalao Ravalomanana,para concorrer nas próximaseleições.

"A Cimeira manifestou o seudesagrado sobre a decisão deRajoelina a renegar o seucompromisso mais cedo para nãoconcorrer na eleição presidencialcomo reflectido na Declaração deDar es Salaam SADC, de 16 deJaneiro de 2013, segundo indicoua Troika do Órgão de Política,Defesa e Segurança da SADC numcomunicado.

Numa reunião realizada naCidade do Cabo, África do Sul no

"Necessidade de eleições pacíficas no Madagáscar"

início de Maio, a Troika da SADCdisse que também ficoudesapontada com a decisãoimprudente de Ravalomananapara apresentar sua esposa comoum candidato presidencial.

A Troika disse que a JustiçaEleitoral Especial não deveria terapoiado as candidaturas ilegítimospara as próximas eleiçõespresidenciais, já que esta foi umaviolação da Constituição malgaxee da Lei Eleitoral.

"Cimeira exortou AndryRajoelina, ex-presidente DidierRatsiraka e Senhora LalaoRavalomanana para retirarem assuas candidaturas para garantir arealização pacífica das eleições eestabilidade em Madagascar. "

Ratsiraka é um ex-presidentemalgaxe deposto do poder porRavalomanana num métodosemelhante ao utilizado porRajoelina, em 2009.

Em uma tentativa de resolver asituação em Madagascar, a SADCtem levado os esforços demediação, que reúne os principaislíderes políticos para chegar aacordo sobre uma soluçãoduradoura para os desafiosenfrentados pela nação insular. Oex-presidente moçambicanoJoaquim Chissano é o mediadorda SADC.

A eleição presidencial emMadagascar está prevista para 24de Julho, de acordo com aComissão Eleitoral NacionalIndependente de Transição. Senão houver um vencedorabsoluto, um segundo turno vaidecorrer no dia 25 de Setembro.

De acordo com a tradição, aMissão de Observação Eleitoral daSADC irá monitorar as eleiçõesem Madagáscar. A missão vaiacompanhar o processo eleitoralem três fases através do pré-referendo, a votação e o períodopós-referendo.

Após as eleições, a SADC vailançar um projecto de relatóriosobre a forma como o processo foiconduzido. Isto está de acordocom os Princípios e Normas deSADC Eleições Democráticas, queincentivam os Estados membros apromover valores e sistemaspolíticos comuns. r

X

Zimbabwe prepara-se para realizar eleições harmonizadas

De acordo com a novaConstituição, a AssembleiaNacional é composto por 270membros, sendo 210 eleitos emvotação secreta e 60 mulhereseleitas por representaçãoproporcional - seis de cada 10províncias administrativas do país.

O Senado terá 80 membroseleitos por representaçãoproporcional com base em listaspartidárias, e cada lista devealternar as mulheres e oscandidatos masculinos numsistema de "zebra", começandocom uma mulher.

Poder Executivo continua aser investido no presidente, queé Chefe de Estado e de Governoe Comandante-em-Chefe dasForças de Defesa. r

A Cimeira Extraordinária daSADC, realizada em Maputo,Moçambique, em Junho pediu aogoverno do Zimbabwe pararequerer ao TribunalConstitucional uma ligeiraextensão para além de 31 de Julhoa data para a realização daseleições harmonizadas, nasequência de preocupações porparte de alguns partidos de quenão há tempo suficiente paraimplementar as questõespendentes antes da data devotação.

As eleições harmonizadasincluem eleições presidenciais,parlamentares e locais. O mandatodo actual Parlamento termina a 19de Junho.

por Kizito Sikuka

A ÁFRICA Austral manifestoupreocupação com os recentesacontecimentos políticos emMadagáscar na corrida para aseleições presidenciais previstaspara Julho.

O Madagáscar, que mergulhounum revolta política de Março de2009, quando o então líder daoposição Andry Rajoelina tomouo poder do Presidente MarcRavalomanana, prevê realizareleições em Março deste ano, paradar a ilha um novo alento depoisde quatro anos de criseconstitucional.

No entanto, os recentesdesenvolvimentos no Paíspoderão mais uma vez terimpacto sobre o processo decicatrização político na sequênciada recusa de atores políticosfundamentais a respeitaras decisões anteriores sobreas próximas e le içõespresidenciais.

Por exemplo, Rajoelinae Ravalomanana - os doisprincipais rivais no cenáriopolítico de Madagáscar -tinham inicialmenteacordado não participarnas eleições presidenciais

de Julho para evitar

14 ÁFRICA AUSTRAL Hoje, Junho 2013

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Eventos Junho – Agosto 2013Junho1-3, Japão 5 Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento

AfricanoTICAD é uma Cimeira sobre o desenvolvimento Africano co-organizado pelo governo japonês, Nações Unidas, BancoMundial e da Comissão da União Africana. A conferência desteano vai discutir formas de acelerar o crescimento económicoAfricano. Outros problemas incluem progressos no cumprimentodos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2015.

10-14, Quénia 20 ª Conferência dos Ministros Africanos da Industria A conferência reunirá os ministros africanos responsáveis pelodesenvolvimento industrial, industriais, académicos, agências daONU e organizações não-governamentais para debater questõesfundamentais para o desenvolvimento industrial Africano nocontexto do desenvolvimento após 2015.

18-20, Espanha Fórum de Energia Africana 2013O Fórum é o ponto de encontro anual para actores globais deenergia e os governos africanos, utilitários e reguladores para odiálogo com vista a promover colectivamente o avanço do sectorde energia no continente. Ela é realizada numa Cidade Europeiadiferente a cada ano, permitindo que os investidoresinternacionais se possam reunir com as principais partesinteressadas da África.

18-21, Tanzania Comité do Órgão MinisterialA reunião vai deliberar sobre uma série de questões destinadas apromover a paz e a segurança na região da SADC. O comité éformado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, de defesa,segurança pública e segurança do Estado dos países quecompõem o Órgão da SADC sobre Política, Defesa e Segurança.

24-25, Botswana 27 ª Reunião do Grupo Estratégico de Referência da Água O Grupo Estratégico de Referência da Água é responsável pelacoordenação temática de áreas-chave de intervenção no sectorda água da SADC. Ele serve como um fórum para a coordenaçãodas actividades relacionadas com a água na região da SADC aevitar sobreposições e a obtenção de sinergias ecomplementaridades máximos

26-28, Cimeira de Investimento em Infra-estruturas da SADC Moçambique A conferência vai procurar atrair potenciais investidores para o

programa de desenvolvimento de infra-estrutura regional daSADC. Isto será seguido por apresentações na Ásia, Europa eEstados Unidos com a mesma finalidade.

Julho18-19, Maurícias 5ª Conferência Internacional sobre Mudanças Climáticas:

Impactos e RespostasA conferência procura criar um fórum interdisciplinar para aevidência da mudança climática, as causas e os impactos noecossistema e sobre as pessoas. Vai explorar as políticas, asrespostas tecnológicas, estratégicas e sociais para as mudançasclimáticas.

Agosto 17-18, Malawi Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC

Os líderes da SADC reúnem-se para discutir questões que visampromover a integração e o desenvolvimento regional. A Cimeiraé precedida por reuniões de altos funcionários e do Conselho deMinistros.

24-29, Zambia/ 20ª Assembleia Geral da OMTZimbabwe A Assembleia Geral é o órgão supremo da Organização Mundial

de Turismo das Nações Unidas e é a reunião mais importante dealtos funcionários do turismo e representantes de alto nível dosector privado de todo o mundo. As suas sessões ordinárias sãorealizadas a cada dois anos. Esta é a segunda vez que aAssembleia será realizada em África, organizada conjuntamentepela Zâmbia e Zimbabwe em Victoria Falls / Mosi oa Tunya, parapromover o turismo na SADC.

Por indicar Fórum Regional de Previsão ClimáticaCientistas dos serviços meteorológicos nacionais dos EstadosMembros da SADC reúnem-se para rever a previsão climáticaregional. Eles vão usar indicadores de chuvas sazonais paraproduzir uma previsão regional para a época chuvosa 2013/14.

ÁFRICA AUSTRAL Hoje 15

E V E N T O S

SADC HOJE Vol 15 No 4 Junho 2013

ÁFRICA AUSTRAL HOJEÉ produzido como uma fonte de referência das

actividades e oportunidades na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, e um guião para os

responsáveis pela elaboração de políticas a todos os níveis de desenvolvimento nacional e regional.

Comunidade para o desenvolvimento da África AustralSecretariado da SADC, SADC House,

Private Bag 0095, Gaborone, BotswanaTel +267 395 1863 Fax +267 397 2848/318 1070E-mail [email protected] Website www.sadc.int

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado seis vezes por ano pelo Centro de Documentação ePesquisa para a África Austral (SARDC) para o Secretariado da SADC em Gaberone, Botswana,

como uma fonte credível de conhecimento sobre o desenvolvimento regional. Os artigospodem ser reproduzidos livremente pelos órgãos de comunicação social e outras entidades,citando devidamente a fonte.

EDITORMunetsi Madakufamba

COMITÉ EDITORIAL Joseph Ngwawi, Kizito Sikuka, Egline Tauya, Admire Ndhlovu,

Phyllis Johnson, Patience Ziramba, Nobuhle Sithole, Teclar Mungwari, Wanjiku Ngugi.

CONSELHO EDITORIAL

TRADUTORBonifácio António

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é apoiado pelo Ministério Norueguês dos Negócios Estrangeiros, emapoio ao Grupo Temático dos Parceiros Internacionais de Cooperação no Sector de Energia daSADC, que é presidido pela Noruega.

© SADC, SARDC, 2013

ÁFRICA AUSTRAL HOJE acolhe as contribuições individuais e de organizações dentro daregião da SADC em forma de artigos, fotografias, artigos noticiosos e comentários, e tambémartigos relevantes de fora da região. Os editores reservam-se o direito de seleccionar ourejeitar artigos, e editar para se ajustar ao espaço disponível. O conteúdo não reflectenecessariamente o posicionamento oficial ou opiniões da SADC ou SARDC.

ÁFRICA AUSTRAL HOJE é publicado em Inglês, Português e Francês, e está disponível numformato digital no Portal de Internet www.sardc.net Conhecimento para o Desenvolvimento,ligado a www.sadc.int

COMPOSIÇÃO & MAQUETIZAÇÃO Tonely Ngwenya

FOTOS E ILUSTRAÇÕESP1 wildzambezi.com, lusakatimes.com, windturbines.co.za; p2 windenergy.com;

p4 ww.tanzania.gov.tz; tanzaniainvest.com; p6 ezambia.com; p7 tanzania.xp-travel.com; p8-9 unep.org, internationalrivers.org; K Sikuka, SARDC; p10-11 solarpower.com,

powerworks.co.za; p12 tanzania.go.tz, www.southafrica.net, www.au.int.; p13www.au.int.en, www.au.int, P Johnson, SARDC; p14 www.gta.gov.zw, madagscar.htm; p16

www.au.int, ezambia.com

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Os líderes da União Africanativeram tempo para reflectirsobre a necessidade de reorientaros valores comuns como a auto-suficiência. Desalegn, falando como oactual presidente da UA, disseque os africanos devem olharpara a frente e "criar umcontinente livre da pobreza e deconflitos". "Apesar dos nossos fundadoresreunirem-se para a formação da OUA, noalvorecer do período de independência,há 50 anos, é apropriado que estamosaqui reunidos hoje, numa altura em quea África está a crescer", disse Desalegn. As celebrações foram realizadas emmuitos Estados-Membros da UA sob olema "Pan-africanismo e RenascimentoAfricano", a partir de 25 de Maio e estáprevisto que durem um ano. Com concertos musicais na Austrália,África do Sul e nos Estados Unidos eexposições de artes na Irlanda, Angola eZimbabwe, os africanos no continente ena diáspora reflectiram na estrada queviajaram no sentido de garantir aunidade, prosperidade e paz. A UA identificou 12 desafios queserão abordados durante os próximos 12meses. Esses incluem áreas prioritáriascomo educação, saúde, segurançaalimentar, autonomia das mulheres, paze segurança e governação e democracia." Quando, portanto, falamos sobresoluções africanas para os problemasafricanos, é porque sabemos quepodemos silenciar permanentemente asarmas se agirmos em solidariedade eunidade", disse Dlamini-Zuma. As actividades são planeadas paratodo o ano para celebrar o 50 ºaniversário, com duração até Maio de2014. Estas incluem eventos musicais,debates, conferências de imprensa, ecompetições em escolas e universidades,pesquisas de opinião pública, sessões naslegislaturas locais e nacionais paraaumentar a consciencialização sobre asideias do pan-africanismo. r

A CELEBRAÇÃO DO Dia De ÁfricaEste ano marcou uma data importante nahistória do continente. Foi há 50 anos, a 25 de Maio de 1963,que os poucos líderes de paísesafricanos independentes - inspiradosnos ideais do Pan-africanismo parapromover o entendimento comum entreos povos da África e promover umamaior cooperação entre os Paísesafricanos numa unidade maior detranscendência étnica e diferençasnacionais - assinaram a Carta que crioua Organização da Unidade Africana(OUA). A OUA foi antecessora da UniãoAfricana (UA), criada em Durban, Áfricado Sul, em 2002, por um ActoConstitutivo da União Africana. O jubileu oficial de ouro foicelebrado na nova sede da UA nacapital etíope, Addis Abeba, a mesmacidade que sediou a Cimeira inauguralem 1963, dando esperança a muitosPaíses africanos, que na época aindaestavam lutando com o colonialismo eo apartheid. Intercalada com mensagens curtas delíderes africanos actuais e ex-dirigentes,incluindo o Presidene fundador daZâmbia, Dr. Kenneth Kaunda, daPresidente da Comissão da UA, Dra.Nkosazana Dlamini-Zuma e doPrimeiro-Ministro etíope, HailemariamDesalegn, a cerimónia brindou o públicocom um programa de apresentaçõestradicionais de itens culturais africanos. Kaunda, que esteve presente naassinatura da Carta da OUA em 1963,embora o seu país não estava aindapresente, animou a noite culturalindependente, com uma mensagempara a nova geração e uma música emhomenagem as mulheres que despertoumuita emoção e determinação damultidão. Ele desafiou os líderes africanos paraestimular a visão dos líderesfundadores da OUA para acabar com adependência do continente de potênciasestrangeiras.

"TEMOS DE Sercapazes de resolveros conflitos queocorrem no nossocontinente e lidar comeles de forma amigávelonde eles ocorrem.O continente temfeito alguns progressos,mas para a Áfricaprosperar, temos deresolver os nossosproblemas actuais.Você é a esperança daÁfrica ", disse o ex-Presidente da Zâmbia,Kenneth Kaunda, numdiscurso durantecomemorações paramarcar os 50 anosdesde a formação daOrganização daUnidade Africana.

FERIADOS PÚBLICOS NA SADCJunho – Agosto 2013

1 Junho Dia Internacional da Criança Angola5 Junho Dia da Libertação Seychelles16 Junho Dia da Juventude África do Sul18 Junho Dia Nacional Seychelles23 Junho Corpo de Cristo Seychelles25 Junho Dia da Independência Moçambique26 Junho Dia da Independência Madagáscar29 Junho Dia da Independência Seychelles30 Junho Dia da Independência RDC

1 Julho Dia de Sir Seretse Khama BotswanaDia dos Heróis Zâmbia

2 Julho Dia da Unidade Zâmbia 6 Julho Dia da Independência Malawi 7 Julho Dia da Indústria Saba Saba Tanzânia15 Julho Dia do Presidente Botswana16 JJulho Feriado Público Botswana17 Julho Aniversário do Rei Lesotho 22 Julho Aniversário do Rei Sobhuza Swazilândia

1 Agosto Dia dos Parentes RDC5 Agosto Dia dos Farmeiros Zâmbia 7 Agosto Eid Ul Fitri* Malawi, Maurícias,

Tanzânia8 Agosto Dia dos camponeses Nane Nane Tanzânia9 Agosto Dia Nacional das Mulheres África do Sul12 Agosto Dia dos Heróis Zimbabwe13 Agosto Dia das Forças de Defesa Zimbabwe 15 Agosto Dia de Assunção Madagáscar, Maurícias,

Seychelles 17 Agosto Dia da SADC** Todos26 Agosto Dia dos Heróis Namíbia

*A data exacta depende da visualização da Lua Nova** O Dia da SADC não é Feriado Público, mas assinala a assinatura doTratado da SADC a 17 de Agosto

H I S T Ó R I A H O J E

Um futuro comun na comunidade regional

UA@50Quando a África está crescendo...…