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INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER APÓS AVC CONTRIBUTOS DA ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO EER Andreia Patrícia Azevedo Chiado Prof. Doutora Maria Salomé Martins Ferreira Aveiro, 6 de dezembro de 2019 CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO 2019

INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER APÓS AVC APER 2019/CLs/31... · Nível de escolaridade Ensino primário 66,7% IMC Alto peso 50%. Objetivos do Estudo Percurso Metodológico Apresentação

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Page 1: INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER APÓS AVC APER 2019/CLs/31... · Nível de escolaridade Ensino primário 66,7% IMC Alto peso 50%. Objetivos do Estudo Percurso Metodológico Apresentação

INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER APÓS AVC

CONTRIBUTOS DA ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO

EER Andreia Patrícia Azevedo Chiado

Prof. Doutora Maria Salomé Martins Ferreira

Aveiro, 6 de dezembro de 2019

CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO 2019

Page 2: INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER APÓS AVC APER 2019/CLs/31... · Nível de escolaridade Ensino primário 66,7% IMC Alto peso 50%. Objetivos do Estudo Percurso Metodológico Apresentação

OBJETIVO GERAL DO ESTUDO:

Avaliar o efeito de um programa de reabilitação na gestão da

incontinência urinária na mulher após AVC

Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Identificar as variáveis sociodemográficas e clínicas que são influenciadas pelo PR da

mulher com IU após AVC;

• Avaliar o efeito de um PR na frequência urinária;

• Avaliar o efeito de um PR na quantidade de urina perdida;

• Avaliar o efeito de um PR na perceção da interferência da IU na vida diária;

• Avaliar o nível de autoconfiança na realização das AVD’s sem que ocorram perdas de

urina;

• Avaliar o nível de autoconfiança sobre a contração dos MPP como prevenção de perdas

de urina.

Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

AVC: principal causa de morte e

incapacidade (50% dos

sobreviventes com limitações nas

AVD’s)

DGS, 2017

Após AVC, 40 a 60% das pessoas

apresentam incontinência urinária na fase

aguda e 15% destas permanecem após

um ano

Thomas [et al.], 2008

Importância da Enfermagem de

Reabilitação: minimização do impacto

da incontinência urinária após AVC

através do uso de estratégias

comportamentais e reforço dos MPP

Dumoulin e Hay-Smith, 2010

Persistência da Incontinência urinária

pode causar: isolamento social, baixa

autoestima, bem como afetar

significativamente processo de

reabilitação global da pessoa

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

• Abordagem quantitativa

• Estudo quasi-experimental

• Dimensão longitudinal

Tipo e Natureza do Estudo

• Tipo de Amostragem não probabilística acidental

• Mulheres entre os 45 e 90 anos, com diagnostico de IU após AVC

• Criação de dois grupos: GI e GC

Amostra

• 1ª avaliação: momento de admissão (48h)

• Implementação do PR ao GI durante 4 semanas

• 2ª avaliação: após 4 semanas da admissão

Procedimento

• Questionário sociodemográfico e clínico (Ferreira e Chiado, 2018)

• ICIQ-SF (Tamanini [et al.], 2004)

• Escala de autoeficácia de Broome (Branquinho, Marques e Robalo,2007)

Instrumentos de colheita de dados

• Estatística descritiva e inferencial

• p < 0,05

• SPSS 24.0

Tratamento de Dados

• Autorização ao conselho de administração e comissão de ética da UC

• Pedido de autorização aos autores das escalas

• Consentimento livre e informado às participantes

Considerações Éticas

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CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA E CLÍNICA

Mulheres entre 45 e 90 anos com AVC e IU

(entre 1 set/18 e 15 mar/19)

(n=37)

Exclusões:

3 por MIF < 40, 2 MMSE < 15, 2 com historia previa de ITU

Incluídos no estudo (n=30)

- GI: n=15

- GC: n=15

Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

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CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA

Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

n=3

0Idade

varia entre 56 e 89 anos

média 75,87 ± 8,67 anos

Estado civil Viúva 43,3%

Nível de escolaridade Ensino primário 66,7%

IMC Alto peso 50%

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

n=3

0

Tipo de AVC AVC isquémico 76,7%

Localização do AVC Lobo temporal 27,7%

Antecedentes pessoaisHTA 73,3%

“Outros” 73,3%

Tempo de ocorrência entre

o AVC e internamentomédia 17,7 ± 7,38

Presença de défices

hemiparesia/hemiplegia 80%

alterações na

marcha/equilíbrio

76,7%

Grau de funcionalidade

(admissão)

GI - média 71,33 ± 13,34

GC - média 67,53 ± 14,28

CARACTERIZAÇÃO CLÍNICA

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

Dif ICIQ

Total

Dif Broome

Total

Dif MIF total

Coef

correlação-0,499 0,368

p 0,005 0,045

Variáveis

sociodemográficas e

clínicas

Impacto da IU na vida diária e

nível de confiança no uso dos

MPP

Grau de funcionalidade e impacto da IU / Nível de autoconfiança uso dos MPP

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

H1: Espera-se que o programa de reabilitação funcional diminua a

frequência urinária

Hipótese validada

Frequência de perdas

de urina

Grupo Intervenção

(n=15)

Grupo de controlo

(n=15)t p

Média DP Média DP

1º momento (antes PR) 3,07 1,03 3,07 0,96 0,000 1,000

2º momento (depois

PR)1,33 1,05 2,80 1,15 -3,659 0,001

ANÁLISE DAS HIPÓTESES

Arkan [et al.] (2019); Tibaek, Gard e Jensen (2005)

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

H2: Espera-se que o programa de reabilitação funcional diminua a

quantidade de perdas de urina

Hipótese validada

Quantidade de perdas

de urina

Grupo Intervenção

(n=15)

Grupo de controlo

(n=15) U P

Média DP Média DP

1º momento (antes PR) 3,20 1,48 3,60 1,55 96,000 0,512

2º momento (depois PR) 1,60 1,12 2,93 1,28 56,500 0,019

Capela [et al.] (2017); Oliveira [et al.] (2009)

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

H3: Espera-se que o programa de reabilitação funcional influencie a

perceção da interferência da IU na vida diária

Hipótese não validada

Interferência da IU na

vida diária

Grupo Intervenção

(n=15)

Grupo de controlo

(n=15)t P

Média DP Média DP

1º momento (antes PR) 5,40 2,13 5,80 1,97 -0,534 0,598

2º momento (depois PR) 5,00 1,93 5,87 1,30 -1,443 0,160

MacArthur (2012); Jamieson, Brady e Peacock (2010); Mathews e Mitchell (2010);

Oliveira [et al.] (2009); Olsen-Vetland (2003)

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

H4: Espera-se que o programa de reabilitação funcional aumente o nível de

confiança na realização de AVD’S sem que ocorram perdas de urina

Hipótese validada

Autoconfiança na

realização de atividades

sem perda de urina

Grupo Intervenção

(n=15)

Grupo de controlo

(n=15)t p

Média DP Média DP

1º momento (antes PR) 57,60 20,13 52,60 15,73 0,758 0,455

2º momento (depois PR) 79,19 13,28 60,52 13,41 3,831 0,001

Wilkander, Ekelund e Milson (1998); Roza (2011); Macedo (2017)

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Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

H5: Espera-se que o programa de reabilitação funcional aumente o nível de

confiança sobre a contração dos MPP como prevenção de perdas involuntárias

Hipótese validada

Autoconfiança na

contração de músculos

pélvicos

Grupo Intervenção

(n=15)

Grupo de controlo

(n=15)t p

Média DP Média DP

1º momento (antes PR) 53,21 19,24 46,93 14,67 1,004 0,324

2º momento (depois PR) 78,15 15,01 52,67 12,10 5,119 0,000

Dumoulin, Korner-Bitensky e Tannenbaum (2005); Tibaek, Gard e Jensen (2005)

Objetivos do Estudo

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

• Quanto menor o grau de funcionalidade maior é o impacto da IU;

• Quanto menor o grau de funcionalidade menor é o grau autoconfiança no

uso dos MPP;

• As pessoas sujeitas ao programa de reabilitação apresentaram maior

controlo na sua eliminação urinária;

• As pessoas sujeitas ao programa de reabilitação apresentaram aumento da

capacidade de contração dos MPP, traduzindo-se no aumento da

autoconfiança para realizar as AVD’s.

Os cuidados de Enfermagem de Reabilitação obtêm

ganhos em saúde nesta área!

CONCLUSÕES

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Objetivos do Estudo

Percurso

Metodológico

Apresentação e

discussão dos

resultados

Conclusões

Enquadramento

teórico

• ABRAMS, Paul [et al.] - Incontinence. Paris, 5th International Consultation on Incontinence, 2013. ISBN: 978-9953-

493-21-3

• ARKAN, Gulcihan [et al.] - Effects on urinary outcome of patients and caregivers' burden of pelvic floor muscle

exercises based on the health belief model done at home by post-stroke patients. [em linha] Stroke Rehabilitation,

2019, vol. 26, nº 2, p.128-135. [Consultado em 20 junho 2019].

• DUMOULIN Chantale, HAY-SMITH Jean - Pelvic floor muscle training versus no treatment, or inactive control

treatments, for urinary incontinence in women. [em linha]. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2010, nº 1.

• NORMA 015/2017: Via Verde do Acidente Vascular Cerebral no Adulto. Lisboa: DGS, 2017

• OLIVEIRA, Sheila [et al.] - Avaliação da qualidade de vida de portadores de incontinência urinária. [em linha]

Revista Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano, Passo Fundo, 2009, vol. 6, nº 1, p. 34-41.

• TIBAEK, Sigrid; GARD, Gunvor; JENSEN, Rigmor - Pelvic floor muscle training is effective in women with urinary

incontinence after stroke: A randomised, controlled and blinded study. [Em linha]. Neurology and Urodinamics,

2005, vol. 24, nº 4, p. 348-357

• THOMAS, Lois [et al.] - Treatment of urinary incontinence after stroke in adults (Review). [Em linha]. Cochrane

Library, nº 1, 2008.

BIBLIOGRAFIA

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INCONTINÊNCIA URINÁRIA NA MULHER APÓS AVC

CONTRIBUTOS DA ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO

EER Andreia Patrícia Azevedo Chiado

Prof. Doutora Maria Salomé Martins Ferreira

Aveiro, 6 de dezembro de 2019

CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE REABILITAÇÃO 2019