18
Expropriações Fernanda Paula Oliveira 1 Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 1 Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 2 Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 3 (Artigo 62º, n. 2 da CRP) » Pressuposto de legitimidade da expropriação » Garantia dos particulares perante a expropriação » Direito fundamental de natureza análoga aos direitos liberdades e garantias

Indeminização Por Expropriação

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Resumo feito por Fernanda Paula Oliveira

Citation preview

Page 1: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 1

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 1

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 2

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 3

(Artigo 62º, n. 2 da CRP)

» Pressuposto de legitimidade da expropriação

» Garantia dos particulares perante a expropriação

» Direito fundamental de natureza análoga aos direitos

liberdades e garantias

Page 2: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 2

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 4

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 5

A indemnização não é um efeito da expropriação mas um

elemento essencial dela e ao mesmo tempo uma condição de

legitimidade da mesma

» Nas expropriações clássicas significa que não operam

os efeitos extintivo e aquisitivo do direito produzida pela

expropriação enquanto não for paga a indemnização

» Nas restantes expropriações (de sacrifício) significa que

a expropriação só será legítima se houver lugar ao

pagamento da indemnização

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 6

Page 3: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 3

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 7

A indemnização justa: é aquela que visa compensar

integralmente o prejuízo do expropriado: reconstrução em

termos de valor da posição jurídica que o expropriado

detinha

Equivalência em termos de valor entre a posição jurídica

que o proprietário detinha e a indemnização

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 8

Critério constitucional: a indemnização tem de ser justa, quer

do ponto de vista do expropriado* quer do ponto de vista da

realização do interesse público**

» Proibição de indemnizações meramente nominais, irrisórias ou

simbólicas (aparentes)*

» Uma indemnização que respeite o princípio da igualdade (na relação

interna e na relação externa da expropriação)*

» Tem de ser um critério que tenha em conta o interesse público da

expropriação (cláusulas de redução)**

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 9

» Princípio da igualdade na relação interna da expropriação:

não permite que os particulares colocados numa posição idêntica

recebam indemnizações quantitativamente diversas ou que sejam

fixados critérios distintos de indemnização que tratem alguns

expropriados mais favoravelmente do que outros (critério do fim

público, do objecto ou do procedimento)

» Princípio da igualdade na relação externa da expropriação: o

critério da indemnização tem de tratar de observar o princípio da

igualdade nas relações entre expropriados e não expropriados

Page 4: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 4

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 10

Desde que se respeitem estes limites a constituição deixa liberdade

ao legislador para fixar os critérios da indemnização, apenas se

exigindo que não sejam critérios abstractos e rígidos: devem

permitir a consideração das circunstâncias particulares de cada

bem expropriado

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 11

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 12

O montante da indemnização (justa) e o

novo Código das Expropriações: o

confessado objectivo do novo Código em

diminuir (substancialmente) os montantes

da indemnização que vinham sendo

praticados

Page 5: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 5

A justa indemnização no Código das Expropriações

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 13

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 14

Artigo 23º/1: valor real e corrente do bem à data da

declaração de utilidade pública (cfr. artigo 24º): valor do

bem que lhe permita adquirir outro de igual valor,

espécie ou qualidade (valor de substituição)

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 15

O que não deve ser contabilizado: cláusulas de redução (devido ao

interesse público da expropriação)

» Eliminar da indemnização os elementos de valorização puramente

especulativos bem como as mais valias e aumentos de valor resultantes da

própria DUP e de circunstâncias ulteriores à resolução de requerer a DUP

» Subtrair mais valias e aumentos de valor ocorridos no bem que têm a

sua origem em gastos e despesas feitas pela colectividade

a) A justa indemnização nos termos do CE

Page 6: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 6

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 16

Artigo 23º, n.º 2: exclusão das mais valias

» Resultantes da DUP: alínea a)

» Resultantes de obras e empreendimentos públicos concluídos há

menos de cinco anos, no caso de não ter sido liquidado o encargo

de mais valias: alínea b)

» Resultantes de benfeitorias voluptuárias ou úteis ulteriores à

notificação a que se refere o n.º 5 do artigo 10º: alínea c)

» Resultantes de informações prévias, licenças ou autorizações

administrativas requeridas após a notificação do n.º 5 do artigo

10º: alínea d)

a) A justa indemnização nos termos do CE

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 17

Problemas decorrentes da alínea b) do n.º 2 do artigo 23º

1. Só tem lógica quando o beneficiário da expropriação foi a

entidade que realizou aquelas despesas (necessidade de uma

interpretação restritiva)

2. Viola o princípio da igualdade na relação externa da expropriação

(embora se diga que é um problema do sistema e não da norma: o

ordenamento português deveria criar medidas impeditivas de que os

proprietários encaixem os aumentos de valor resultantes deste tipo

de investimentos).

a) A justa indemnização nos termos do CE

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 18

Alves Correia entende que existe uma omissão parcial: a norma

devia determinar:

a) que a condição para que o expropriado pague (desconte no

montante da indemnização a receber) é que os não expropriados

também tenham pago

ou

b) que tendo havido abatimento desta importância no montante da

indemnização, os restantes (não expropriados) paguem também

esse encargo

a) A justa indemnização nos termos do CE

Page 7: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 7

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 19

Alínea c) e alínea d) do n.º 2 do artigo 23º

Pretende-se que não haja consideração dos aumentos de valor

ocorridos no bem expropriado em consequência de factos,

circunstâncias ou situações criadas com má fé. Esta má fé tem,

no entanto, de ser provada para que os referidos ganhos sejam

excluídos da indemnização

a) A justa indemnização nos termos do CE

b) Contabilização no montante da

indemnização

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 20

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 21

» Valor histórico-cultural

» Valor panorâmico

» Danos patrimoniais sucessivos

- Artigo 29º, n.º 2,

- artigo 30º, n.º 4 e 5 (em relação ao n.º 4 Alves Correia

entende que não cobre todos os prejuízos pois não se

contabiliza a perda da clientela)

b) Contabilização no montante da indemnização

Page 8: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 8

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 22

Artigo 23º, n.º 3: na fixação da justa indemnização não são

considerados quaisquer factores, circunstâncias ou situações

criadas com o propósito de aumentar o valor da indemnização:

descontados os factores especulativos: O VALOR DE

MERCADO NORMATIVAMENTE ENTENDIDO

b) Contabilização no montante da indemnização

Situações de inconstitucionalidade?

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 23

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 24

1º O artigo 23º, n.º 2, alínea b): inconstitucionalidade por omissão

parcial

2º O artigo 30º, n.º 4: não contabiliza o valor da perda de clientela

3º. Artigo 23º, n.º 4: desconto do valor da contribuição autárquica

c) Situações de inconstitucionalidade

Page 9: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 9

� Permite uma liquidação e cobrança retroactiva dacontribuição autárquica (violação do princípio dairrectroactividade da lei fiscal)

� Só é exigida a quem é expropriado (igualdade narelação externa da expropriação) e apenas aosque são titulares de direito de propriedade ou deusufruto sobre prédios rústicos e urbanos(iguldade na relação interna da expropriação) –violação do princípio da justa indemnização e daigualdade fiscal

� Apenas tem razão de ser se o beneficiário daexpropriação for o município: necessidade deuma interpretação correctiva que reduza oâmbito de aplicação da norma.

Page 10: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 10

� A entidade beneficiária da expropriação era ummunicípio (Abrantes) que, simultaneamente, é aentidade a favor da qual é feita a dedução doimposto em causa (desnecessidade de reduzir oâmbito de aplicação da norma).

� No entanto:

� O TC aceita que esta dedução é feitaindependentemente do beneficiário daexpropriação afirmando-se que existe umaobrigação de este transferir tal verba paramunicípio

� Alves Correia entende que esta obrigação teriade estar expressamente prevista na lei já queo princípio da legalidade tributária exige queseja a lei a definir as entidades competentespara a liquidação e cobrança dos impostos.

� A que considera que um beneficiário de umaexpropriação que não seja o município deduz naindemnização o montante correspondente aoacréscimo de contribuição autárquica, locupletando-secom o valor correspondente a um imposto com o qualnada tem a ver

� A que entende, sem qualquer fundamento legal, queaquela entidade liquida e cobra um adicional decontribuição autárquica, ficando obrigada a transferira receita para o município da localização do prédio ouprédios expropriados

Page 11: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 11

� OOOO TCTCTCTC reconhecereconhecereconhecereconhece aaaa naturezanaturezanaturezanatureza tributáriatributáriatributáriatributária dadadada normanormanormanorma: ocálculo da indemnização para efeitos expropriativosrevela que o valor liquidado e cobrado dacontribuição autárquica foi inferior ao devido,admitindo a correcção desta situação fiscal

� Assume que o teste de observância do princípio daigualdade na relação externa parte da comparaçãoentre expropriado (que suporta um abatimento aomontante indemnizatório) e o não expropriado querealiza uma transmissão onerosa do bem

Na última situação, o Acórdão parte do princípiode existem comandos legais que investem aAdministração tributária no poder-dever dereavaliar um imóvel quando se verifiquemcircunstâncias (designadamente o preço devenda do imóvel, cujo conhecimento é obtidoatravés da declaração feita para efeitos de sisa)que permitam suspeitar do desajustamento(para menos) do valor inscrito na respectivamatriz, relativamente ao valor patrimonial dobem, o qual serviu de base à liquidação ecobrança da contribuição autárquica (no prazode 4 anos, que é o prazo de caducidade dorespectivo direito)

Page 12: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 12

� O TC entende haver aqui uma justiça daindemnização na perspectiva do interessepúblico que a expropriação visa prosseguir,vendo nela uma indemnização imposta pelaespecial ponderação do interesse público daexpropriação

� As cláusulas de redução em nome do interesse público que aexpropriação visa prosseguir visam o expurgo de elementosvalorativos que intrinsecamente dela não fazem parte e não umaredução ilegítima do montante indemnizatório através doabatimento do diferencial de um imposto que ele já pagouincidente sobre o valor patrimonial do bem correspondente aodescrito na matriz eeee cujacujacujacuja desactualizaçãodesactualizaçãodesactualizaçãodesactualização nãonãonãonão éééé dadadada suasuasuasuaresponsabilidaderesponsabilidaderesponsabilidaderesponsabilidade

� Voto de vencido do Conselheiro Paulo Mota Pinto: o expropriado,que já sofreu o sacrifício de ser expropriado, tem ainda umsacrifício acrescido de serem cobrados impostos superiores àgeneralidade dos proprietários de prédios semelhantes nãoexpropriados

� Norma fiscal de carácter retroactivo eestranha à função desempenhada pelaindemnização por expropriação

� O expropriado sofre um encargo ousacrifício adicional comparativamente aosrestantes proprietários não expropriados(mesmo que se afirme que a norma não éarbitrária, o que marca o princípio dajustiça é a repartição equitativa dosencargos)

Page 13: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 13

� Dificuldade de comparação entreexpropriados (automaticidade no descontodo diferencial) com os que vendem o bem(o pagamento desse diferencial dependesempre de uma improvável iniciativa daAdministração Fiscal)

compara-se um termo de certeza com umde eventualidade

� Expropriado: dedução automática e à cabeçado diferencial do imposto

� Não expropriado: eventual e improvávelcorrecção da C.A. com base numa novaavaliação feita pela Administração fiscal nasequência alienação

� Diferença dos prazos (o TC não procedeu auma leitura correctiva dos cinco anos após aentrada e vigor da Lei Geral Tributária)

� Para AC o próprio regime legal que prevê queos proprietários não expropriados quealienem voluntariamente os seus benspodem ser sujeitos uma liquidação e a umacobrança relativas a anos anteriores à novaavaliação é ela própria inconstitucional porviolação do princípio da irrectroactividade dalei fiscal

Page 14: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 14

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 40

4º. Artigos 26º, n.º 2 e 27º, n.º 1

»» Os valores declarados são muito abaixo do valor real

»» Faz depender o valor da indemnização da falta de seriedade e de rigor das

declarações dos preços apresentados (apesar de serem admitidos métodos

comparativos, tem de ser com base em preços reais e não em preços fictícios)

»» Fixação de um conjunto de métodos abertos de determinação do montante

da indemnização, o que pode revelar-se perigoso

»» Artigo 23º, n.º 5: uma “válvula de escape” que é uma autêntica norma em

branco, podendo levar a indemnizações que excedam o valor do mercado

(pondo em causa o que o legislador efectivamente pretendeu que foi reduzir os

montantes do valor da indemnização)

AC entende que não eram as normas do Código de 1991 que levavam a valores

exagerados mas a errónea interpretação e aplicação que delas faziam os peritos

c) Situações de inconstitucionalidade

Classificação dos solos para efeitos da determinação do montante da indemnização

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 41

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 42

• Solos:

» aptos para construção

» aptos para outros fins

[Critério assente em elementos certos e objectivos (artigo 24º,

n.ºs 2 e 3) sendo a indemnização calculada com base nessa

aptidão]

• Edifícios ou construções (artigos 25º a 28º)

• Expropriações parciais

• Arrendamento: artigo 30º

• Interrupção de actividade: artigo 31º

• Direitos diversos da propriedade plena: artigo 32º

Page 15: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 15

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 43

Código das expropriações de 1991:

♦ Acórdão n.º 267/97: o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional

a norma que determinava que “é equiparado a solo para outros fins o solo

que, por lei ou regulamento não possa ser utilizado na construção”, se

for interpretada no sentido de excluir da classificação de solo apto para

construção os solos integrados na RAN que, depois de desafectados desta

reserva, foram expropriados com a finalidade de neles se edificar (no caso

um quartel de bombeiros), isto é, para fins diferentes dos da utilidade

pública agrícola.

A ideia é a de evitar a manipulação das regras urbanísticas

♦ Acórdão n.º 20/2000: não julgou inconstitucional a mesma norma

quando está em causa a expropriação de um solo integrado na RAN (e que

dela não foi desafectado), para nele construir não um prédio urbano, mas

um troço de auto-estrada (vias de comunicação)

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 44

» ou a construção de auto-estradas enquadra-se na noção de

aptidão edificatória, aceitando-se que esta não de se refere

apenas à construção de edifícios

» ou, se assim não for, terá de aplicar as normas relativas aos

solos aptos para construção por analogia;

Disposições do CE que visam

garantir o efectivo pagamento da indemnização

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 45

Page 16: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 16

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 46

» O requerente deve garantir que tem capacidade para pagar a

indemnização: artigo 12º/1,c) e 2

» Condição para a posse administrativa é o depósito bancário prévio

excepto nos casos previstos no n,º 1, alínea b) do artigo 20º

» A indemnização é, em princípio, contemporânea e paga de uma só

vez

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 47

» O Estado garante sempre o pagamento da indemnização art. 23º/6 e 7

» Possibilidade de o expropriado e demais interessados receberem não

só a parte controvertida da indemnização mas também aquela sobre a

qual subsiste o litígio, esta última mediante o pagamento de caução:

artigos 52º/3 e 4

» existência de um incidente expedito de natureza executiva que

permite ao juiz ordenar no próprio processo todas as providências

necessárias para satisfazer o direito do expropriado e demais

interessados ao recebimento da indemnização (v.g. notificação ao

serviço que tem a seu cargo os avales do Estado para que deposite o

montante em falta em substituição do expropriante) – artigo 71º, n.º 4

(este ponto aplica-se também nas situações em que o montante da

expropriação foi determinado por acordo expropriação amigável).

Momento do pagamento da indemnização

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 48

Page 17: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 17

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 49

Artigo 1º

» Princípio da paridade temporal entre a aquisição do bem pelo

beneficiário da expropriação e o pagamento da expropriação ao

expropriado.

» Verifica-se integralmente quando não houve posse e há acordo e,

quando não tendo igualmente havido posse administrativa o litígio

quanto ao montante da indemnização vem a findar com a decisão

arbitral (artigo 52º, n.º 2 do CE)

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 50

Há desvios ao princípio da paridade temporal:

» em caso de posse administrativa, pois prevê-se que em certas

hipóteses o depósito não tem de ser prévio – alínea a) do n.º 5 do

artigo 20º

» No caso de recurso da decisão arbitral em regra é apenas

atribuído imediatamente o montante da indemnização sobre o qual

se verifica acordo (o restante só depois da adjudicação). Cfr.

contudo artigos 52º, n.º 4 e 66º, n.º 3

Para o Tribunal Constitucional trata-se de um princípio que não deve

ser entendido de forma absoluta, mas tendencial. Só pode ser entendido

de forma absoluta a partir do trânsito em julgado da sentença

Resumo das questões atinentes à indemnização

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 51

Page 18: Indeminização Por Expropriação

Expropriações

Fernanda Paula Oliveira 18

� Quem paga?: quem beneficia com o acto

expropriativo

� A quem se paga?: aos titulares das posições jurídicas

sacrificadas com a expropriação

� Quanto se paga?: artigos 26º a 32º do CE

� Quando se paga?: contemporaneamente (artigos 34º

e 51/5

� Formas de pagamento: em dinheiro e de uma só vez

(artigo 67º, n.º 2) Em prestações e in natura só se

houver acordo (artigos 67º, n.º 2 e 68º)

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 52

Fernanda Paula Oliveira/Dtº Adm 53

Necessidade de conciliar a indemnização porexpropriação com as indemnizações devidaspelas expropriações dos planos e com ofuncionamento de mecanismos de perequaçãode benefícios e encargos deles decorrentes