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Indicadores de desenvolvimento sustentável: Brasil 2015

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  • Presidenta da Repblica

    Ministro do Planejamento, Oramento e Gesto

    Presidenta

    Diretor-Executivo

    RGOS ESPECFICOS SINGULARES

    Diretoria de Pesquisas

    Diretoria de Geocincias

    Diretoria de Informtica

    Centro de Documentao e Disseminao de Informaes

    Escola Nacional de Cincias Estatsticas

    UNIDADE RESPONSVEL

    Dilma Rousseff

    Nelson Barbosa

    Wasmlia Bivar

    Roberto Lus Olinto Ramos

    Wadih Joo Scandar Neto

    Paulo Csar Moraes Simes

    David Wu Tai

    INSTITUTO BRASILEIRODE GEOGRAFIA EESTATSTICA - IBGE

    Fernando J. Abrantes

    Maysa Sacramento de Magalhes

    Diretoria de Geocincias

    Coordenao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais

    Coordenao de Geografia

    Celso Jos Monteiro Filho

    Cludio Stenner

  • Ministrio do Planejamento, Oramento e GestoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE

    Diretoria de GeocinciasCoordenao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais

    Coordenao de Geografia

    Rio de Janeiro2015

    Estudos e PesquisasInformao Geogrfica

    nmero 10

    Indicadores de Desenvolvimento Sustentvel

    Brasil 2015

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

    ISSN 1517-1450 Estudos e pesquisasDivulga estudos descritivos e anlises de resultados de tabulaes especiais de uma ou mais pesquisas de autoria institucional. A srie Estudos e pesqui-sas est subdividida em: Informao Demogrfica e Socioeconmica, Infor-mao Econmica, Informao Geogrfica e Documentao e Disseminao de Informao.

    ISBN 978-85-240-4347-5 (meio impresso) IBGE. 2015

    Indicadores de desenvolvimento sustentvel : Brasil : 2015 / IBGE, Coordenao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais [e] Coordenao de Geografia. Rio de Janeiro : IBGE, 2015.

    352p. (Estudos e pesquisas. Informao geogrfica, ISSN 1517-1450 ; n. 10)

    Acompanha um CD-ROM, em bolso. Inclui bibliografia e glossrio. ISBN 978-85-240-4347-5

    1. Desenvolvimento sustentvel Brasil. 2. Desenvolvimento econmico Aspectos ambientais. I. IBGE. Coordenao de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. II. IBGE. Coordenao de Geografia. III. Srie.

    Gerncia de Biblioteca e Acervos Especiais CDU 338.1:504(81)RJ/IBGE/2015-08 ECO

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Elaborao do arquivo PDF

    Roberto Cavararo

    Produo de multimdia

    LGonzaga

    Mrcia do Rosrio Brauns

    Marisa Sigolo

    Mnica Pimentel Cinelli Ribeiro

    Roberto Cavararo

    Capa

    Renato J. Aguiar/Marcos Balster Fiore - Coordenao de

    Marketing/Centro de Documentao e Disseminao de

    Informaes-CDDI

  • Errata

    Identifi cou-se a necessidade de:

    a) substituir os mapas 02 e 54;

    b) retifi car os grfi cos 146 e 151;

    c) corrigir o nome da Companhia Ambiental do Estado de

    So Paulo - CETESB (SP), na Equipe tcnica.

    atualizado em 27.07.2015

  • Apresentao

    Introduo

    Dimenso ambiental

    Atmosfera1 Emisses de origem antrpica dos gases associados ao efeito estufa2 Consumo industrial de substncias destruidoras da camada de oznio3 Concentrao de poluentes no ar em reas urbanas

    Terra4 Uso de fertilizantes5 Uso de agrotxicos6 Terras em uso agrossilvipastoril7 Queimadas e incndios florestais8 Desflorestamento na Amaznia Legal9 Desmatamento nos biomas extra-amaznicos

    gua doce10 Qualidade de guas interiores

    Oceanos, mares e reas costeiras11 Balneabilidade12 Populao residente em reas costeiras

    Biodiversidade13 Espcies extintas e ameaadas de extino14 reas protegidas15 Espcies invasoras

    Saneamento16 Acesso a abastecimento de gua17 Acesso a esgotamento sanitrio18 Acesso a servio de coleta de lixo domstico19 Tratamento de esgoto

    Dimenso Social

    Populao 20 Taxa de crescimento da populao21 Taxa de fecundidade total22 Razo de dependncia

    Trabalho e rendimento23 ndice de Gini da distribuio do rendimento24 Taxa de desocupao25 Rendimento domiciliar per capita

    Su

    mr

    io

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Sumrio

    26 Rendimento mdio mensal27 Mulheres em trabalhos formais

    Sade28 Esperana de vida ao nascer29 Taxa de mortalidade infantil30 Prevalncia de desnutrio total31 Imunizao contra doenas infecciosas infantis32 Oferta de servios bsicos de sade33 Doenas relacionadas ao saneamento ambiental inadequado34 Taxa de incidncia de AIDS

    Educao35 Taxa de frequncia escolar36 Taxa de alfabetizao37 Taxa de escolaridade da populao adulta

    Habitao38 Adequao de moradia

    Segurana39 Coeficiente de mortalidade por homicdios40 Coeficiente de mortalidade por acidentes de transporte

    Dimenso econmica

    Quadro econmico41 Produto Interno Bruto - PIB per capita42 Taxa de investimento43 Balana comercial44 Grau de endividamento45 Consumo de energia per capita46 Intensidade energtica47 Participao de fontes renovveis na oferta de energia48 Consumo mineral per capita49 Vida til das reservas de petrleo e gs50 Reciclagem51 Rejeitos radioativos

    Dimenso institucional

    Quadro institucional52 Ratificao de acordos globais53 Legislao ambiental54 Conselhos Municipais de Meio Ambiente55 Comits de Bacias Hidrogrficas56 Organizaes da sociedade civil

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Sumrio

    Convenes

    - Dado numrico igual a zero no resultante de arredondamento;

    .. No se aplica dado numrico;

    ... Dado numrico no disponvel;

    x Dado numrico omitido a fim de evitar a individualizao da informao;

    0; 0,0; 0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numrico originalmente positivo; e

    -0; -0,0; -0,00 Dado numrico igual a zero resultante de arredondamento de um dado numrico originalmente negativo.

    Capacidade institucional 57 Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)58 Fundo Municipal de Meio Ambiente59 Acesso aos servios de telefonia60 Acesso Internet61 Agenda 21 Local62 Patrimnio cultural63 Articulaes interinstitucionais dos municpios

    Referncias

    Apndice1 Matriz de relacionamento

    Glossrio

  • A publicao Indicadores de desenvolvimento sustentvel: Brasil 2015, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica - IBGE, d continuidade sua trajetria iniciada em 2002. A presente edio, como as demais, tem como orientao as recomendaes da Comisso para o Desenvolvimento Sustentvel - CDS (Commis-sion on Sustainable Development - CSD) da Organizao das Naes Unidas - ONU (United Nations - UN), com adaptaes realidade brasileira.

    Os indicadores fornecem subsdios para o acompanhamento da sustentabilidade do padro de desenvolvimento brasileiro nas dimenses ambiental, social, econmica e institucional, oferecendo um panorama abrangente de informaes necessrias ao conhecimento da realidade do Pas, ao exerccio da cidadania e ao planejamento e formulao de polticas pblicas para o desenvolvimento sustentvel. Os temas so variados e a matriz de relacionamentos entre os diferentes indicadores, apresentada ao final da publicao, enfatiza a natureza multidimensional do desenvolvimento sustentvel, mostrando a importncia de uma viso integrada.

    Os 63 indicadores, produzidos com dados adquiridos nas pesquisas do IBGE e de diversas outras instituies, procuram mensurar, em seus aspectos essenciais, as qualidades ambiental e de vida da populao, o desempenho macroeconmico do Pas, os padres de produo e consumo e a governana para o desenvolvimento sustentvel.

    Os indicadores so apresentados em fichas metodolgicas, com informaes necessrias ao seu entendimento, acrescidas de quadros, grficos e mapas.

    O desenvolvimento sustentvel prossegue demandando informao, de modo a preencher as lacunas existentes e a incorporar novas questes, que vo sendo de-batidas em mbito internacional, o que se reflete em todas as edies j publicadas, com a introduo de novos indicadores no presentes em edies anteriores ou em novas abordagens para indicadores j existentes, se adaptando a necessidades con-temporneas.

    Wadih Joo Scandar NetoDiretor de Geocincias

    Ap

    rese

    nta

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  • Intr

    od

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    A publicao Indicadores de desenvolvimento sustentvel: Brasil 2015 d continui-dade srie e mantm o objetivo geral das edies anteriores, disponibilizando um sistema de informaes para o acompanhamento da sustentabilidade do padro de desenvolvimento do Pas. O cerne, os referenciais e a vinculao histrica da srie permanecem os mesmos.

    A publicao relativa ao ano de 2002 constituiu um ponto de partida, ou seja, lanou, para amplo debate, um trabalho pioneiro de elaborao dos indicadores de desenvolvimento sustentvel para o Brasil e provocou o intercmbio de ideias, bus-cando alcanar especial comunicao com o pblico no especializado. As edies de 2004, 2008, 2010 e 2012 ampliaram e aprimoraram o rol de indicadores, bem como a sua estruturao, sedimentando-se como uma contribuio aos tomadores de deci-ses, ao apresentar, periodicamente, um panorama abrangente dos principais temas relacionados ao desenvolvimento sustentvel no Brasil.

    A edio atual d continuidade srie, atualizando os indicadores j publicados, sempre que possvel, e disponibiliza novas informaes em indicadores j existen-tes, alm de introduzir novos indicadores, reafirmando, assim, os objetivos ento estabelecidos. Os novos indicadores correspondem s sugestes apresentadas pela Comisso para o Desenvolvimento Sustentvel - CDS (Commission on Sustainable Development - CSD), da Organizao das Naes Unidas - ONU (United Nations - UN), no documento Indicators of sustainable development: guidelines and methodologies, conhecido como Livro Azul, em sua edio de 2007, que agora puderam ser incorpo-radas, alm de informaes importantes para a realidade brasileira, no que se refere s dimenses ambiental e institucional do desenvolvimento sustentvel.

    As novidades da dimenso ambiental so: a apresentao das estimativas anuais de emisses de gases de efeito estufa no indicador Emisses de origem antrpica dos gases associados ao efeito estufa; informaes sobre quantidade comercializada de agrotxicos por classe de periculosidade ambiental no indicador Uso de agrotxicos; Queimadas e incndios florestais por biomas; Qualidade de guas interiores para os rios Igarassu (PE), So Francisco e Jequitinhonha (BA), alm dos que j vinham sendo apresentados; o indicador sobre reas protegidas foi modificado para atender s recomendaes da ONU, tendo sido produzidas informaes sobre propores da rea terrestre e da rea marinha protegidas, nmero e rea das Unidades de Con-servao, por tipos de uso e categorias de manejo (Brasil, Unidades da Federao e biomas), e existncia de plano de manejo e conselho gestor nessas reas. O indicador Destinao final do lixo, presente nas edies de 2008 e 2012, foi retirado devido impossibilidade de atualizao.

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso social - Introduo

    Na dimenso social, os indicadores ndice de Gini da distribuio do rendimento e Rendimento mdio mensal passaram a abranger somente as pessoas de 15 anos ou mais de idade (populao em idade ativa).

    Na dimenso econmica, o indicador Coleta seletiva do lixo, apresentado na edio de 2012, foi retirado devido impossibilidade de atualizao.

    Na dimenso institucional, os novos indicadores procuram completar o quadro da estrutura de governana para o desenvolvimento sustentvel: Legislao ambien-tal, Fundo Municipal de Meio Ambiente e Patrimnio cultural. Alm disso, o indicador Acesso Internet foi modificado, para atender s recomendaes da ONU, passando a disponibilizar informaes sobre nmero de usurios de Internet por 1 000 habitantes.

    Com essas alteraes, na edio de 2015, o leitor encontra 63 indicadores que, em sua maior parte, correspondem aos indicadores apresentados na edio de 2012, quase todos revistos e atualizados em relao s edies anteriores.

    Cabe elucidar que o termo desenvolvimento sustentvel surgiu em 1980 1 e foi consagrado em 1987 pela Comisso Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvol-vimento (World Commission on Environment and Development), conhecida como Comisso Brundtland, que produziu um relatrio considerado bsico para a definio desta noo e dos princpios que lhe do fundamento.

    De acordo com o Relatrio Brundtland (no original em ingls, Our common future, e publicado em portugus sob o ttulo Nosso futuro comum):

    [...] desenvolvimento sustentvel um processo de transformao no qual a

    explorao dos recursos, a direo dos investimentos, a orientao do desen-

    volvimento tecnolgico e a mudana institucional se harmonizam e refora o

    potencial presente e futuro, a fim de atender s necessidades e aspiraes futu-

    ras [...] aquele que atende s necessidades do presente sem comprometer a

    possibilidade de as geraes futuras atenderem as suas prprias necessidades

    (NOSSO..., 1988, p. 46).

    Esse relatrio obteve rpida e ampla repercusso internacional. Complementar-mente, foram criados os princpios do desenvolvimento sustentvel, que encontram-se na base da Agenda 21, documento aprovado por mais de 180 pases durante a reali-zao da Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a ECO 92, realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992. As ideias ali contidas foram assimiladas pelas organizaes do sistema das Naes Unidas e por diversas orga-nizaes internacionais e, desde ento, tm sido progressivamente incorporadas s agendas de numerosos pases.

    O desenvolvimento sustentvel integra as dimenses ambiental, social, econ-mica e institucional. Um dos seus desafios a criao de instrumentos de mensurao, tais como indicadores, que so ferramentas constitudas por uma ou mais variveis que, associadas atravs de diversas formas, revelam significados mais amplos sobre os fenmenos a que se referem.

    1 Para informaes complementares, consultar a publicao: WORLD conservation strategy: living resource conserva-tion for sustainable development. Gland [Sua]: International Union for Conservation of Nature and Natural Resource - IUCN, 1980. [55] p. Elaborado pela IUCN em cooperao com United Nations Environment Programme - UNEP, World Wildlife Fund - WWF, Food and Agriculture Organization - FAO e United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization - Unesco. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso social - Introduo

    Os indicadores de desenvolvimento sustentvel so instrumentos essenciais para guiar a ao e subsidiar o acompanhamento e a avaliao do progresso alcan-ado rumo ao desenvolvimento sustentvel. Devem ser vistos como um meio para se atingir o desenvolvimento sustentvel e no como um fim em si mesmos. Valem mais pelo o que apontam que pelo seu valor absoluto e so mais teis quando analisados em seu conjunto que o exame individual de cada indicador.

    Os indicadores, aqui apresentados, cumprem muitas funes e reportam-se a fenmenos de curto, mdio e longo prazos. Viabilizam o acesso integrado informa-o j disponvel sobre temas relevantes para o desenvolvimento sustentvel, assim como apontam a necessidade de gerao de novas informaes. Servem para iden-tificar variaes, comportamentos, processos e tendncias; estabelecer comparaes entre pases e entre regies dentro do Brasil; indicar necessidades e prioridades para a formulao, monitoramento e avaliao de polticas pblicas; e, por fim, por sua capacidade de sntese, so capazes de facilitar o entendimento ao crescente pblico envolvido com o tema.

    Por tratar antigos problemas atravs de uma nova abordagem, os indicadores de desenvolvimento sustentvel congregam estatsticas e indicadores j consagrados e amplamente utilizados, alm de indicadores integrados por informaes apenas re-centemente associadas ao tema do desenvolvimento, portadores de novos contedos, ilustradores de novos desafios.

    A conquista do desenvolvimento sustentvel, atualmente uma aspirao de abrangncia global, toma feies concretas em cada pas: nasce de suas peculiaridades e responde aos problemas e oportunidades de cada nao. A escolha dos indicadores de desenvolvimento sustentvel reflete as situaes e especificidades de cada pas, apontando, ao mesmo tempo, para a necessidade de produo regular de estatsticas sobre os temas abordados.

    O trabalho de construo dos indicadores de desenvolvimento sustentvel para o Brasil foi inspirado no movimento internacional liderado pela CDS, que reuniu, ao longo da dcada passada, governos nacionais, instituies acadmicas, organizaes no governamentais, organizaes do sistema das Naes Unidas e especialistas de todo o mundo. Esse movimento, deflagrado a partir de 1992, ps em marcha um programa de trabalho composto por diversos estudos e intercmbios de informa-es, para concretizar as disposies dos captulos 8 e 40 da Agenda 21, que tratam da relao entre meio ambiente, desenvolvimento sustentvel e informaes para a tomada de decises (CONFERNCIA DAS NAES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO, 1995).

    Em 1996, a CDS publicou o documento Indicators of sustainable development: framework and methodologies, conhecido como a primeira edio do Livro Azul. Esse documento apresentou um conjunto de 134 indicadores, posteriormente reduzido a uma lista de 57, apresentada no ano 2000, consolidada em 2001 como recomendao da CDS, com a divulgao das fichas metodolgicas e diretrizes para a sua utilizao, e atualizada na terceira edio de 2007 2. O projeto do IBGE toma como referncia as recomendaes de 2001 e 2007, adaptando seu contedo s particularidades brasileiras. No caso brasileiro, alm do desafio de construir indicadores capazes de caracterizar

    2 A terceira edio de 2007, intitulada Indicators of sustainable development: guidelines and methodologies, consolida uma lista de 96 indicadores de desenvolvimento sustentvel, sendo 50 considerados essenciais.

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso social - Introduo

    e subsidiar o processo de desenvolvimento sustentvel em nvel nacional, h a ne-cessidade de expressar a diversidade caracterstica do Pas.

    O conjunto de indicadores selecionados representa uma mostra de informaes disponibilizadas pelo IBGE e por diversas outras instituies, que possuem uma base estatstica slida, e cuja reunio est dirigida a subsidiar o debate sobre o desenvol-vimento e as caractersticas da sustentabilidade em nosso Pas. Longe de pretender exaurir o tema, deseja estimular a emergncia de novas demandas, a identificao de novos parceiros na produo de informaes e a construo de novas abordagens que subsidiem a conquista do desenvolvimento sustentvel.

    O IBGE dispe de numerosas informaes estatsticas, que permitiriam a cons-truo de muitos indicadores relevantes e ampliariam as possibilidades de avaliao do desenvolvimento sustentvel, especialmente no que diz respeito s questes eco-nmica e social. Entretanto, a concepo norteadora do trabalho a de limitar-se a um conjunto de indicadores capazes de expressar as diferentes facetas da abordagem de sustentabilidade da forma mais concisa possvel.

    Os indicadores esto organizados em fichas metodolgicas. Como padro geral, elas contm a definio do indicador, a descrio de sua construo, as fontes dos dados utilizados, os comentrios metodolgicos ou auxiliares interpretao das informaes prestadas, a relevncia do indicador para o desenvolvimento sustent-vel e uma lista de indicadores relacionados, alm de quadros, grficos e mapas. O CD-ROM encartado na publicao contm todas as informaes do volume impresso, como tambm todas as tabelas utilizadas para a elaborao dos grficos e dos mapas apresentados.

    Todos os mapas que compem a publicao utilizam as bases cartogrficas produzidas pela Coordenao de Cartografia da Diretoria de Geocincias do IBGE, em diversas escalas (1:6 000 000 a 1:70 000 000), na Projeo Policnica (Latitude origem 0 e Longitude origem -54 WGr).

    Como regra geral, so apresentados dados que expressam a evoluo recente do indicador para o Pas como um todo, na maioria dos casos a partir do ano 1992, e sua diferenciao no Territrio Nacional, segundo a informao mais recente, pri-vilegiando a agregao territorial das Unidades da Federao. importante enfatizar que esta escolha no exclui a possibilidade de construo da mesma informao em outros recortes territoriais para muitos dos indicadores apresentados, tanto a partir da ampla base de dados oferecida pelo IBGE aos seus usurios como pelos dados fornecidos pelas instituies colaboradoras. Os indicadores Acesso a abastecimento de gua e Acesso a esgotamento sanitrio so desagregados segundo a situao do domiclio, situado em zona urbana ou rural. Os indicadores Queimadas e incndios florestais e reas protegidas tambm so apresentados para o recorte de biomas.

    A apresentao dos indicadores continua seguindo o marco ordenador propos-to, em 2001, pela CDS, das Naes Unidas, que os organiza em quatro dimenses: ambiental, social, econmica e institucional.

    A dimenso ambiental trata dos fatores de presso e impacto, e est relacionada aos objetivos de preservao e conservao do meio ambiente, considerados funda-mentais para a qualidade de vida das geraes atuais e em benefcio das geraes futuras. Essas questes aparecem organizadas nos temas atmosfera, terra, gua doce, oceanos, mares e reas costeiras, biodiversidade e saneamento, que contemplam 19 indicadores. A maioria desses temas rene indicadores que expressam presses sobre o ambiente e envolvem questes pertinentes poltica ambiental, alm de terem forte

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso social - Introduo

    influncia na sade e na qualidade de vida da populao. O tema saneamento um bom exemplo da interpenetrao das dimenses quando se toma como paradigma o desenvolvimento sustentvel, cabendo seu enquadramento e anlise tambm na dimenso social. Da mesma forma, as dimenses econmica e institucional contem-plam indicadores que poderiam estar presentes na dimenso ambiental.

    Os temas ambientais so mais recentes e no contam com uma larga tradio de produo de estatsticas. Isso resulta numa menor disponibilidade de dados para a construo dos indicadores requeridos para uma abordagem mais completa. Por essa razo, permanecem algumas lacunas importantes, entre as quais o uso da gua, a eroso acelerada do solo, a desertificao, o trfico e o comrcio de animais silvestres.

    A dimenso social corresponde, especialmente, aos objetivos ligados satis-fao das necessidades humanas, a melhoria da qualidade de vida e a justia social. Os 21 indicadores abrangem os temas populao, trabalho e rendimento, sade, educao, habitao e segurana, que procuram retratar o nvel educacional, a distri-buio da renda, as questes ligadas equidade e s condies de vida da populao, apontando o sentido de sua evoluo recente.

    A questo da equidade continua sendo tratada em indicadores de vrios temas que, com a finalidade de explicitar as desigualdades, so desagregados segundo o sexo e cor ou raa.

    As desigualdades regionais so retratadas na maioria dos mapas e dos grficos. Estes ltimos apresentam os indicadores, segundo as Unidades da Federao, em ordem decrescente, segundo as regies em que se encontram, permitindo, portanto, visualizar as desigualdades intrarregionais e inter-regionais.

    A dimenso econmica trata de questes relacionadas ao uso e esgotamento dos recursos naturais, produo e gerenciamento de resduos, ao uso de energia e ao desempenho macroeconmico e financeiro do Pas. a dimenso que se ocupa da eficincia dos processos produtivos e das alteraes nas estruturas de consumo orientadas a uma reproduo econmica sustentvel de longo prazo.

    Os diferentes aspectos desta dimenso so organizados nos temas quadro econmico e padres de produo e consumo, que contemplam 11 indicadores. O primeiro tema trata de aspectos ligados dinmica macroeconmica do Pas, que refletem, de maneira mais direta, a trajetria da economia brasileira nos anos recentes, por meio do crescimento do Produto Interno Bruto - PIB, do grau de endividamen-to, da balana comercial e da taxa de investimento. O tema padres de produo e consumo reflete a forma como os recursos naturais (petrleo, gs natural, minrios) esto sendo utilizados no Pas, bem como analisa as perspectivas de esgotamento de alguns desses recursos, como o petrleo e o gs natural. As estratgias ligadas ao gerenciamento dos rejeitos do processo produtivo tambm so abordadas nos indicadores de Reciclagem e Rejeitos radioativos: gerao e armazenamento.

    A dimenso institucional diz respeito orientao poltica, capacidade e esforo despendido por governos e pela sociedade na implementao das mudanas reque-ridas para uma efetiva implementao do desenvolvimento sustentvel.

    Esta dimenso desdobrada nos temas quadro institucional e capacidade ins-titucional e apresenta 12 indicadores. O primeiro tema contempla os instrumentos polticos e legais para dar suporte ao desenvolvimento sustentvel, tais como a Rati-ficao de acordos globais e a Legislao ambiental. Alm disso, muitas das estrat-gias para estimular e construir o desenvolvimento sustentvel vm acompanhadas do envolvimento das diversas partes interessadas (stakeholders). A participao e

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso social - Introduo

    o envolvimento de diversos segmentos da sociedade ocorrem por meio das orga-nizaes da sociedade civil e de arranjos institucionais que implantam mecanismos participativos de escuta s demandas da populao e de acompanhamento de aes governamentais, tais como os Conselhos de Meio Ambiente, os Comits de Bacias Hidrogrficas, os fruns de desenvolvimento local, entre outros.

    Conforme a Agenda 21 dispe, a habilidade de um pas para avanar na direo do desenvolvimento sustentvel determinada pela capacidade das pessoas e das ins-tituies, o que inclui capacidades cientfica, tecnolgica, organizacional e financeira. No tema capacidade institucional, figura o indicador que sintetiza o investimento em cincia e novas tecnologias de processos e produtos, chave na busca de alternativas que conduzam ao desenvolvimento sustentvel. Tambm abrange indicadores que medem a existncia de Fundo Municipal de Meio Ambiente, os acessos infraestrutura de comunicao e informao, e as articulaes interinstitucionais dos municpios.

    Os temas institucionais so de difcil mensurao e no contam com uma larga produo de estatsticas. Isso resulta numa menor disponibilidade de dados para a construo de indicadores necessrios a uma abordagem mais completa. Por essa razo, permanecem algumas lacunas importantes, entre as quais a participao da sociedade na formulao e implementao de polticas e a participao das empresas, por meio dos mecanismos da ecoeficincia e da responsabilidade socioambiental.

    Esta edio mantm a matriz de relacionamentos, que ilustra as ligaes exis-tentes entre os diferentes indicadores e pode ser utilizada como um guia de leitura. A apresentao conjunta dos indicadores possibilita sua anlise integrada. No h dvida de que possvel encontrar nexos de relacionamento associando quase todos os indicadores apresentados. Os relacionamentos apontados, entretanto, se restringem s relaes mais diretas. Muitas j so bastante estabelecidas e tm referncia em estudos especficos; outras so indicaes de carter terico, derivadas apenas de uma apreciao qualitativa. Espera-se, com essa informao, favorecer uma leitura e refle-xo mais sistmicas, assim como sugerir estudos, anlises ou elaborao de polticas que integrem os diferentes aspectos e dimenses do desenvolvimento sustentvel.

    Por fim, para a produo dos indicadores de desenvolvimento sustentvel foi fundamental a colaborao direta de vrias instituies, por meio do envio de dados, ou indireta, com a disponibilizao de dados e informaes na Internet. A lista dessas instituies e respectivos colaboradores encontra-se ao final desta publicao, na Equipe Tcnica e Referncias.

  • Atmosfera

    1 Emisses de origem antrpica dos gases associados ao efeito estufa

    O indicador apresenta as estimativas de emisses anuais de origem an-trpica dos principais gases de efeito estufa (GEE).

    Descrio: as variveis utilizadas na construo deste indicador so as emis-ses, estimadas com base na metodologia empregada no Inventrio Nacional de Emisses Antrpicas por Fontes e Remoes por Sumidouros de Gases de Efeito Estufa No Controlados pelo Protocolo de Montreal (SEGUNDA..., 2010), dos gases responsveis pelo efeito estufa: dixido de carbono (CO2), metano (CH4), xido nitroso (N2O), hidrofluorcarbonos (HFC), perfluorcarbonos (PFC - CF4 e C2F6), hexafluoreto de enxofre (SF6), xidos de nitrognio (NOx) monxido de carbono (CO) e outros compostos orgnicos volteis no metnicos (NMVOCs). A unidade de medida utilizada o gigagrama (1 Gg = 1 000 toneladas).

    As estimativas de emisses de GEE foram realizadas conforme orientao do Painel Intergovernamental de Mudana Climtica (Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC) para seis fontes de emisso, denominadas setores, descritos a seguir (SEGUNDA..., 2010; ESTIMATIVAS..., 2013):

    Produo de energia: emisses antrpicas resultantes da produo, transfor-mao, transporte e consumo de energia; inclui emisses em consequncia da queima de combustveis e emisses fugitivas da indstria de petrleo, gs e carvo mineral (CO2, CH4, N2O, CO, NOX e NMVOCs);

    Processos industriais: emisses resultantes dos processos produtivos nas indstrias e que no resultam da queima de combustveis (CO2 CH4 N2O, PFCs). Inclui produtos minerais, metalurgia e qumica, alm da produo e consumo de HFCs e SF6;

    Uso de solventes e outros produtos: para este setor, foram estimadas emis-ses de gases de efeito estufa indiretos (NMVOCs);

    Agropecuria: emisses resultantes da fermentao entrica do gado, manejo de dejetos animais, solos agrcolas, cultivo de arroz e queima de resduos agrcolas (CH4, N2O);

    Mudana no uso da terra e florestas: emisses e remoes resultantes das variaes no estoque de carbono da biomassa area, do solo, considerando todas as transies possveis entre os diversos usos da terra, alm das emis-ses relativas aplicao de calcrio nos solos (CO2) e queima de biomassa nos solos (CH4 e N2O); foram consideradas somente as reas manejadas; e

    Tratamento de resduos: emisses resultantes da disposio de resduos s-lidos (CH4) e do tratamento de esgotos (domsticos, comerciais e industriais) (CH4 e N2O), bem como emisses de incinerao de resduos (CO2 e N2O).

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    tal

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Atmosfera

    Dessa forma, este indicador apresenta as emisses para cada um dos gases mencionados, de acordo com os setores de emisso, para os anos 1990, 1994, 2000 e 2005, com informaes adquiridas no Inventrio Nacional de Emis-ses Antrpicas por Fontes e Remoes por Sumidouros de Gases de Efeito Estufa No Controlados pelo Protocolo de Montreal (SEGUNDA..., 2010). Todos os gases, com exceo do HFC, PFC e SF6, foram apresentados em grficos, no obstante a Tabela 1, que se encontra no CD-ROM encartado nessa publicao, conter os valores para todos os gases.

    Particularmente, so apresentadas as estimativas anuais de dixido de carbono (CO2), metano (CH4) e xido nitroso (N2O) para o perodo 1990-2010, para cinco setores, com informaes retiradas das Estimativas anuais de emisses de gases de efeito estufa no Brasil (2013).

    Fonte dos dados: as fontes utilizadas foram: Segunda comunicao nacional do Brasil conveno-quadro das Naes Unidas sobre mudana do clima e Estimativas anuais de emisses de gases de efeito estufa no Brasil, divulgadas pelo Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao.

    Comentrios metodolgicos: os pases signatrios da Conveno-Quadro das Naes Unidas sobre Mudana do Clima se propem a realizar, periodicamente, o inventrio das emisses de gases de efeito estufa no controlados pelo Proto-colo de Montreal (ver indicador Consumo industrial de substncias destruidoras da camada de oznio), adotado em 1987. No Brasil, a responsabilidade pela coordenao da elaborao do inventrio ficou a cargo do Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao. A metodologia usada para os clculos das estimativas de emisses foi baseada no IPCC, e os clculos foram feitos a partir de fatores de emisso. No Brasil, houve a necessidade de adequaes na metodologia, para atender s peculiaridades do Pas, sobretudo para os setores agropecuria e mudanas no uso da terra e florestas. Vale ressaltar que o inventrio resulta da consolidao de 18 informes setoriais de referncia, desenvolvidos por diversas instituies brasileiras, e da contribuio de diversos especialistas no tema.

    Relevncia para o desenvolvimento sustentvel: alguns dos gases presentes naturalmente na atmosfera, entre eles o vapor de gua, o dixido de carbono (CO2) e o metano (CH4), so chamados de gases de efeito estufa porque so capazes de reter na atmosfera, por algum tempo, o calor irradiado pela super-fcie do planeta. Sem esses gases, a radiao de comprimento de onda longo (calor - radiao infravermelha) se dissiparia mais rapidamente da atmosfera para o espao, e nosso planeta seria, em mdia, cerca de 30C mais frio. Com eles, parte do calor irradiado pela superfcie terrestre fica retido na atmosfera, mantendo a temperatura em nveis timos para a existncia da maior parte da vida no planeta. A temperatura mdia da Terra de 15C; sem o efeito estufa, seria de -15C. O efeito estufa , portanto, um fenmeno natural, sendo funda-mental manuteno do clima e da vida na Terra.

    H, entretanto, fortes sinais de que as atividades humanas esto aumen-tando rapidamente a concentrao de alguns dos gases de efeito estufa como vapor dgua, CO2, N2O, CH4, alm de acrescentarem atmosfera outros gases de efeito estufa antes inexistentes, como os hidrofluorcarbonos, os perfluor-

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    Dimenso ambiental - Atmosfera

    carbonos e o hexafluoreto de enxofre (HFC, PFC e SF6). Com isso, a Terra est se tornando mais quente muito rapidamente. As ltimas dcadas do Sculo XX apresentaram as mais altas temperaturas mdias do ltimo milnio, havendo indcios de intensificao das variaes climticas e ocorrncia de eventos ex-tremos (secas, inundaes, furaces).

    A maior parte dos especialistas considera a elevao dos teores de CO2 na atmosfera como a grande responsvel pela intensificao do efeito estufa ou, pelo menos, por disparar esse processo. Essa elevao atribuda, em termos histricos, principalmente queima de combustveis fsseis (carvo, petrleo e gs natural) para a gerao de energia e, secundariamente, destruio da vegetao natural, especialmente das florestas. Desde o incio da Revoluo Industrial (meados do Sculo XVIII) at os dias de hoje, os teores de CO2, na atmosfera, aumentaram de 280 ppm (partes por milho) para 370 ppm.

    A rpida elevao das temperaturas no planeta pode levar a srios trans-tornos climticos e ambientais, com intensificao de secas, furaces e inun-daes, que causaro extino de espcies (perda de biodiversidade), perdas agrcolas (aumento da fome), subida do nvel do mar (alagamento de reas costeiras), difuso de doenas (entre as quais clera, malria, febre amarela e dengue), entre outros. Essas mudanas traro srios prejuzos materiais (eco-nmicos) e humanos, com o deslocamento forado de milhes de pessoas, a expanso da fome e o aumento da mortalidade.

    Por tudo isso, existe, atualmente, uma grande preocupao mundial com o monitoramento dos gases de efeito estufa e a quantificao de sua emisso para a atmosfera.

    Indicadores relacionados: 2 Consumo industrial de substncias destruidoras da camada de oznio4 Uso de fertilizantes6 Terras em uso agrossilvipastoril7 Queimadas e incndios florestais8 Desflorestamento na Amaznia Legal9 Desmatamento nos biomas extra-amaznicos12 Populao residente em reas costeiras13 Espcies extintas e ameaadas de extino14 reas protegidas20 Taxa de crescimento da populao33 Doenas relacionadas ao saneamento ambiental inadequado45 Consumo de energia per capita46 Intensidade energtica47 Participao de fontes renovveis na oferta de energia50 Reciclagem51 Rejeitos radioativos: gerao e armazenamento52 Ratificao de acordos globais57 Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

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    Grco 1 - Estimativa das emisses lquidas de origem antrpica de gs carbnico (CO), por setor de emisso

    Brasil - 1990/2005

    Fonte: Segunda comunicao nacional do Brasil conveno-quadro das naes unidas sobre mudana do clima. Braslia, DF: Ministrio da Cincia e Tecnologia, 2010. v. 1. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Notas: 1. Gg = 1000 t. 2. O setor de tratamento de resduos apresenta valores baixos, em comparao com os demais setores de emisso de gs carbnico (24 Gg, 63 Gg, 92 Gg e 110 Gg para 1990, 1994, 2000 e 2005, respectivamente), por isso no foi representado no grco.

    Gg

    200 000

    400 000

    600 000

    800 000

    1 000 000

    1 200 000

    1 400 000

    1 600 000

    1 800 000

    Processos industriais Mudanas no uso da terra e orestas

    1990 1994 2000 2005

    Total Energia

    Grco 2 - Estimativas das emisses de origem antrpica de monxido de carbono (CO), por setores de emisso - Brasil - 1990/2005

    Fonte: Segunda comunicao nacional do Brasil conveno-quadro das naes unidas sobre mudana do clima. Braslia, DF: Ministrio da Cincia e Tecnologia, 2010. v. 1. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Nota: Gg = 1 000 t.

    Mudanas no uso da terra e orestasTotal

    Processos industriais

    5 000

    10 000

    15 000

    20 000

    25 000

    30 000

    35 000

    40 000

    45 000

    1990 1994 2000 2005

    Gg

    Energia

    Agropecuria

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    Grco 3 - Estimativas das emisses de origem antrpica de gs metano (CH4),por setores de emisso - Brasil - 1990/2005

    Fonte: Segunda comunicao nacional do Brasil conveno-quadro das naes unidas sobre mudana do clima. Braslia, DF: Ministrio da Cincia e Tecnologia, 2010. v. 1. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Notas: 1. Gg = 1000 t. 2. O setor de processos industriais apresenta valores muito pequenos de emisso de gs metano (5,1 Gg, 6,5 Gg, 8,9 Gg e 9,2 Gg para 1990, 1994, 2000 e 2005, respectivamente), por isso no foi representado no grco.

    Total

    Gg

    2 000

    4 000

    6 000

    8 000

    10 000

    12 000

    14 000

    16 000

    18 000

    20 000

    Agropecuria Mudana no uso da terra e orestas

    Tratamento de resduos

    Energia

    1990 1994 2000 2005

    Grco 4 - Estimativas das emisses de origem antrpica de xidos de nitrognio (NOX), por setores de emisso - Brasil - 1990/2005

    Fonte: Segunda comunicao nacional do Brasil conveno-quadro das naes unidas sobre mudana do clima. Braslia, DF: Ministrio da Cincia e Tecnologia, 2010. v. 1. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Nota: Gg = 1000 t.

    Total

    Gg

    Agropecuria

    Mudana no uso da terra e orestas

    500

    0

    1 000

    1 500

    2 000

    2 500

    3 000

    3 500

    1990 1994 2000 2005

    Energia

    Processos industriais

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    Grco 5 - Estimativas das emisses de origem antrpica de outros compostos orgnicos volteis no metnicos (NMVOC), por setores de emisso - Brasil - 1990/2005

    Fonte: Segunda comunicao nacional do Brasil conveno-quadro das naes unidas sobre mudana do clima. Braslia, DF: Ministrio da Cincia e Tecnologia, 2010. v. 1. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Nota: Gg = 1000 t.

    Total

    Gg

    Energia Processos industriais

    0

    500

    1 000

    1 500

    2 000

    2 500

    1990 1994 2000 2005

    Uso de solventes e outros produtos

    Grco 6 - Estimativas das emisses de xido nitroso (N2O), por setores de emisso - Brasil - 1990/2005

    Fonte: Segunda comunicao nacional do Brasil conveno-quadro das naes unidas sobre mudana do clima. Braslia, DF: Ministrio da Cincia e Tecnologia, 2010. v. 1. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Notas: 1. Gg = 1000 t. 2. Os setores de energia e tratamento de resduos no foram representados no grco por apresentarem valores baixos, em comparao com os demais setores de emisso.

    Total

    Gg

    Processos industriais

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    500

    550

    600

    1990 1994 2000 2005

    Agropecuria Mudana no uso da terra e orestas

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    Grco 7 - Estimativas anuais de emisses de gs carbnico (CO2),por setores de emisso, Brasil - 1990-2010

    Fonte: Estimativas anuais de emisses de gases de efeito estufa no Brasil. Braslia, DF: Ministrio da Cincia, Tecnolo-gia e Inovao, 2013. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Notas: 1. O setor Tratamento de Resduos no foi representado no grco porque apresenta valores baixos, em compa-rao com os demais setores (variam entre um mnimo de 24,4 em 1990 e um mximo de 131,5 em 2010). 2. Gg = 1 000 t.

    Processos industriais

    0

    200 000

    400 000

    600 000

    800 000

    1 000 000

    1 200 000

    1 400 000

    1 600 000

    1 800 000

    2 000 000

    1990

    1991

    1992

    1993

    1995

    1997

    1999

    1994

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    Gg

    Mudanas no uso da terra e orestas

    Energia

    Grco 8 - Estimativas anuais de emisses de gs metano (CH4),por setores de emisso - Brasil - 1990-2010

    Fonte: Estimativas anuais de emisses de gases de efeito estufa no Brasil. Braslia, DF: Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao, 2013. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Notas: 1. Os dados de emisso de gs metano para o setor Processos Industriais no so representveis porque variam entre um mnimo de 5,1 em 1991 e um mximo de 12,6 em 2007. 2. Gg = 1 000 t.

    Gg

    Energia

    0

    2 000

    4 000

    6 000

    8 000

    10 000

    12 000

    14 000

    Agropecuria Tratamento de resduos

    1990

    1991

    1992

    1993

    1995

    1997

    1999

    1994

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

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    Grco 9 - Estimativas anuais de emisses de xido nitroso (N2O), por setores de emisso - Brasil - 1990-2010

    Fonte: Estimativas anuais de emisses de gases de efeito estufa no Brasil. Braslia, DF: Ministrio da Cincia, Tecnologia e Inovao, 2013. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Nota: Gg = 1000 t.

    Gg

    Energia

    Agropecuria Tratamento de resduos

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    500

    550

    Processos industriais

    1990

    1991

    1992

    1993

    1995

    1997

    1999

    1994

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

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    Dimenso ambiental - Atmosfera

    2 Consumo industrial de substncias destruidoras da camada de oznio

    O indicador expressa o consumo industrial anual de substncias destrui-doras da camada de oznio (SDOs).

    Descrio: as variveis utilizadas na construo deste indicador so as quan-tidades consumidas das substncias destruidoras da camada de oznio (O3), descritas nos Anexos A, B, C e E do Protocolo de Montreal (clorofluorcarbonos - CFCs, cido tricloroactico - TCA, hidrocarbonetos halogenados - HALONs, tetracloreto de carbono - CTC, hidroclorofluorcarbonos - HCFCs, brometo de metila, entre outros). O consumo corresponde produo nacional, acrescida das importaes e deduzidas as exportaes das substncias em questo. A unidade de medida utilizada a tonelada de potencial de destruio do oznio (PDO). Usa-se como referncia o fator de converso 1 para o CFC-11 e o CFC-12 (1t PDO = 1t de CFC-11 ou de CFC-12).

    Fonte dos dados: a fonte utilizada foi a Coordenao de Proteo da Camada de Oznio, do Ministrio do Meio Ambiente.

    Comentrios metodolgicos: a partir de janeiro de 2007, o uso do brometo de metila permitido apenas para tratamentos quarentenrios de produtos agrco-las e de pr-embarque, pois o consumo para uso agrcola estava proibido. Para o Protocolo de Montreal, os usos permitidos no so considerados consumo e, portanto, no so acrescentados no somatrio total das substncias destruidoras da camada de oznio (SDOs). Em 2006, o setor privado j havia se antecipado a tal proibio, no consumindo o brometo de metila para fins agrcolas.

    O potencial de destruio da camada de oznio de cada substncia cal-culado a partir de modelos matemticos que levam em conta vrios fatores, tais como: a estabilidade do produto, o ritmo de difuso na atmosfera, a quantidade de tomos com capacidade para destruir o oznio por molcula e o efeito da luz ultravioleta e de outras radiaes nas molculas.

    Relevncia para o desenvolvimento sustentvel: a camada de oznio funda-mental manuteno da vida na Terra, pois absorve a maior parte da radiao ultravioleta B (UV-B) que chega ao planeta. Os raios UV-B so altamente nocivos aos seres vivos, podendo causar mutaes, cnceres e, em doses mais altas, a morte dos organismos. Para o homem, alm dos efeitos citados anteriormente, a radiao UV-B pode causar, tambm, catarata e diminuio da resistncia imunolgica, reduo das colheitas, degradao dos ecossistemas ocenicos (destruio do fitoplncton), alterao dos processos de fotossntese e reduo dos estoques pesqueiros. Portanto, este indicador, ao acompanhar a evoluo do consumo das substncias destruidoras da camada de oznio, avalia, tambm, riscos futuros sade e qualidade de vida humana.

    As gravssimas consequncias associadas destruio da camada de oznio levaram a comunidade internacional ao consenso e mobilizao sobre a necessidade de aes imediatas para deter este processo.

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Atmosfera

    O Protocolo de Montreal prope a reduo do consumo de substncias destruidoras da camada de oznio de origem artificial (criadas pelo homem), at sua eliminao e substituio por compostos no danosos referida camada. Entre as substncias destruidoras da camada de oznio (SDOs), as principais substncias eram os CFCs, de amplo uso industrial. At o momento, no foram encontrados compostos substitutos dos CFCs completamente incuos camada de oznio e que sejam, ao mesmo tempo, inofensivos aos seres vivos, estveis, sem cheiro, no inflamveis, no corrosivos, sem cloro, e de baixo custo. Os HCFCs, cujo consumo vem aumentando com o tempo, so substitutos usuais dos CFCs, apresentando fatores de converso para PDOs baixos. Nos compostos substitutos ideais, o fator de converso ser igual a zero. Entre mais promis-sores para substituir os CFCs, encontram-se alguns, tais como os compostos fluorados e hidrocarbonetos.

    Indicadores relacionados: 1 Emisses de origem antrpica dos gases associados ao efeito estufa4 Uso de fertilizantes6 Terras em uso agrossilvipastoril52 Ratificao de acordos globais57 Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

    Grco 10 - Consumo de substncias destruidoras da camada de oznioBrasil - 1992-2012

    Fonte: Ministrio do Meio Ambiente, Coordenao de Proteo da Camada de Oznio.

    Nota: Tonelada PDO = tonelada de Potencial de Destruio da Camada de Oznio (1t PDO = 1t de CFC-11 ou CFC-12).

    (1) A partir de janeiro de 2007, o uso do brometo de metila permitido apenas para tratamentos quarentenrios e de pr-embarque, pois o consumo para uso agrcola est proibido. Para o Protocolo de Montreal estes usos no so conside-rados consumo e portanto no so acrescentados na somatria total.

    -10 000

    -5 000

    0

    5 000

    10 000

    15 000

    20 000

    25 000

    30 000

    35 000

    Total CFC Outros

    toneladas PDO

    1992

    1993

    1995

    1997

    1999

    1994

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    (1)

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    2011

    2012

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    Dimenso ambiental - Atmosfera

    Grco 11 - Consumo de hidroclorouorcarbonetos (HCFCs)Brasil - 1992-2012

    Fonte: Ministrio do Meio Ambiente, Coordenao de Proteo da Camada de Oznio.

    Notas: 1.Tonelada PDO = tonelada de Potencial de Destruio da Camada de Oznio (1t PDO = 1t de CFC-11 ou CFC-12). 2. Neste grco foram representados apenas os HCFCs (22 e 141B) responsveis por mais de 98% do consumo no pas.

    toneladas PDO

    250

    0

    500

    750

    1 000

    1 250

    1 500

    HCFC - total HCFC - 22 HCFC - 141B

    1992

    1993

    1995

    1997

    1999

    1994

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    2011

    2012

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    Dimenso ambiental - Atmosfera

    3 Concentrao de poluentes no ar em reas urbanas

    O indicador expressa a qualidade do ar nas reas urbanas.

    Descrio: as variveis utilizadas neste indicador so as concentraes mxi-mas observadas de poluentes e o nmero de violaes dos padres primrios do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, no perodo de um ano, em algumas Regies Metropolitanas do Pas e no Distrito Federal.

    Foram selecionados os seguintes poluentes: partculas totais em sus-penso (PTS); partculas inalveis (PM10); dixido de enxofre (SO2); dixido de nitrognio (NO2); oznio (O3); e monxido de carbono (CO), medidos em micro-gramas por metro cbico (mg/m). Os poluentes escolhidos so os que mais afetam a sade da populao, sendo, portanto, aqueles usualmente mensurados pelos rgos ambientais. So apresentados para Regies Metropolitanas que, por constiturem as maiores aglomeraes urbanas do Pas, concentram os problemas de poluio do ar. Mostram-se em grficos somente as partculas inalveis, o oznio e o monxido de carbono, mas todas as demais informaes encontram-se no CD-ROM encartado nessa publicao.

    A concentrao mxima anual observada de cada poluente corresponde ao maior valor obtido entre as estaes de monitoramento presentes em cada uma das regies. Assim, para um dado poluente, a concentrao mxima anual observada no necessariamente vir sempre de uma mesma estao de moni-toramento. Do mesmo modo, em cada ano, frequentemente as concentraes mximas dos diferentes poluentes so observadas em diferentes estaes de monitoramento.

    Fonte dos dados: as fontes utilizadas foram rgos estaduais, secretarias mu-nicipais de meio ambiente e instituies privadas, assim discriminados: Cetrel: empresa de proteo ambiental (Salvador); Fundao Estadual do Meio Am-biente - FEAM (Belo Horizonte); Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - Cetesb; Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos - IEMA (Vitria); Instituto Ambiental do Paran - IAP (Curitiba); Fundao Estadual de Proteo Ambiental Henrique Luiz Roessler - Fepam (Porto Alegre); e Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hdricos do Distrito Federal - Braslia Ambiental - Ibram.

    Comentrios metodolgicos: ao analisar as informaes deste indicador, importante observar que o monitoramento da qualidade do ar, em cada Regio Metropolitana, diferenciado pelas metodologias e equipamentos usados e pelo nmero de estaes. Alm disso, a qualidade do ar alterada em funo das condies geogrficas e meteorolgicas locais, que influenciam em uma maior ou menor diluio dos poluentes, mesmo mantidas as emisses. A ttulo de exemplo, em So Paulo, a qualidade do ar piora com relao aos parmetros de monxido de carbono, material particulado, e dixido de enxofre, durante os meses de inverno, quando as condies meteorolgicas so mais desfavorveis disperso dos poluentes. Por outro lado, o oznio apresenta maiores concen-traes na primavera e vero, por ser um poluente secundrio que depende da intensidade de luz solar para ser formado, entre outros fatores (QUALIDADE...,

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Atmosfera

    2013). Dessa forma, a comparao entre os valores apresentados pelas diferentes cidades deve ser feita com cuidado, levando-se em considerao essas ressalvas.

    Padres primrios de qualidade do ar so as concentraes de poluentes que, ultrapassadas, podero afetar a sade da populao, podendo ser entendi-dos como nveis mximos tolerveis de concentrao de poluentes atmosfri-cos, constituindo-se em metas de controle da qualidade do ar de curto e mdio prazos (QUALIDADE..., 2013). So valores de referncia definidos pela legislao pertinente, que levam em considerao as emisses, as concentraes mdias e mximas permitidas, as condies e os limites de saturao de cada poluente atmosfrico, conforme o Quadro 1.

    No ano de 2005, a Organizao Mundial da Sade - OMS (World Health Organizacion - WHO) revisou seus padres de qualidade do ar, tornando-os mais restritivos que os anteriormente usados, tendo adotado valores mais baixos de concentrao aceitvel para a maioria dos poluentes. Os novos valores adota-dos pela OMS so, em geral, mais baixos que aqueles aceitos pela legislao brasileira, conforme apresentados a seguir (GUAS ..., 2006):

    PM10: 20 g/m3 (mdia anual) e 50 g/m3 (mdia de 24 horas);O3: 100 g/m

    3 (mdia de 8 horas);NO2: 200 g/m

    3 (mdia de 1 hora) e 40 g/m3 (mdia anual); eSO2: 20 g/m

    3 (mdia de 24 horas) e 500 g/m3 (mdia de 10 minutos).

    Relevncia para o desenvolvimento sustentvel: a poluio do ar nos grandes centros urbanos um dos grandes problemas ambientais da atualidade, com implicaes graves na sade da populao, especialmente em crianas, ido-sos e nos portadores de doenas do aparelho respiratrio, como a asma e a insuficincia respiratria. Sob esse aspecto, podemos perceber que os valores mximos anuais destacam eventos e momentos crticos de poluio (poluio aguda). A concentrao de poluentes no ar o resultado das emisses prove-nientes de fontes estacionrias (indstrias, incineradores etc.) e mveis (veculos automotores) conjugadas a outros fatores, tais como: clima, topografia, uso

    Poluente

    Mon-xido de carbono

    (CO)(1)

    Oznio (O3)(1)

    Tempo de amostragem/ Mdias utilizadas

    24 hMGA

    (2)24 h

    MAA(3)

    24 hMAA

    (3)1 h

    MAA(3)

    8 h 1 h

    Padro primrio (mg/m3) 240 80 150 50 365 80 320 100 10 000 160

    (1) No so calculadas mdias anuais. (2) Mdia geomtrica anual. (3) Mdia aritmtica anual.

    Fonte: Conselho Nacional do Meio Ambiente (Brasil). Resoluo Conama n 3, de 28 de junho de 1990. Dispe sobre padres de qualidade do ar, previstos no Pronar. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, ano 128, n. 162, 22 ago. 1990. Seo 1, p. 15937-15939. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Quadro 1 - Padres nacionais primrios de qualidade do arpara concentraes mdias dirias e mdias anuais

    Dixido de Nitrogenio

    (NO2)

    Dixido de Enxofre

    (SO2)

    Partculas Inalaveis(PM10)

    Partculas totais em

    suspenso

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Atmosfera

    do solo, distribuio e tipologia das fontes, condies de emisso e disperso local dos poluentes.

    O monitoramento da qualidade do ar nas reas urbanas fornece informa-es sistemticas, subsidiando aes de fiscalizao, controle e gesto, tais como a melhoria dos transportes pblicos e a introduo de tecnologias menos poluentes.

    O controle da poluio do ar realizado por meio do monitoramento dos poluentes mais relevantes. Entre eles, esto o NO2 e o SO2 (resultantes da quei-ma de combustveis fsseis), o O3 (produzido fotoquimicamente pela ao da radiao solar sobre os xidos de nitrognio e os compostos orgnicos volteis liberados na combusto da gasolina, do diesel e de outros combustveis), o CO, o PM10 e o PTS (poluentes que resultam da queima incompleta de combust-veis em veculos e fontes estacionrias). O NO2 e o SO2 so gases causadores de chuva cida, enquanto o O3 um forte oxidante, provocando irritao das mucosas e das vias respiratrias. O CO um composto altamente txico. O material particulado, especialmente aquele mais fino (dimetro menor que 10 mcrons) (PM10), provoca e agrava doenas respiratrias, alm de servir como agente transportador de gases txicos (adsorvidos superfcie das partculas) para o pulmo e, consequentemente, para a corrente sangunea.

    Indicadores relacionados: 7 Queimadas e incndios florestais12 Populao residente em reas costeiras41 Produto Interno Bruto - PIB per capita45 Consumo de energia per capita46 Intensidade energtica47 Participao de fontes renovveis na oferta de energia52 Ratificao de acordos globais57 Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

    Grco 12 - Mximas concentraes de monxido de carbono (CO), segundo as Regies Metropolitanas selecionadas - 1995-2012

    Fontes: 1. Fundao Estadual do Meio Ambiente - FEAM (Belo Horizonte). 2. Instituto Ambiental do Paran - IAP. 3. Fundao Estadual de Proteo Ambiental Henrique Luiz Roessler - FEPAM (Porto Alegre). 4. CETREL: empresa de proteo ambiental (Salvador). 5. Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB. 6. Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos - IEMA (Vitria).

    0

    5 000

    10 000

    15 000

    20 000

    25 000

    30 000g/m

    Salvador Belo Horizonte

    Vitria So Paulo Curitiba Porto Alegre

    1995

    1997

    1999

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    2011

    2012

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Atmosfera

    Grco 13 - Mximas concentraes de partculas inalveis (PM10), segundo as Regies Metropolitanas selecionadas - 1995-2012

    Fontes: 1. Fundao Estadual do Meio Ambiente - FEAM (Belo Horizonte). 2. Instituto Ambiental do Paran - IAP. 3. Fundao Estadual de Proteo Ambiental Henrique Luiz Roessler - FEPAM (Porto Alegre). 4. CETREL: empresa de proteo ambiental (Salvador). 5. Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB. 6. Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos - IEMA (Vitria).

    50

    100

    150

    200

    250

    300

    350

    400

    450

    1995

    1997

    1999

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    2011

    2012

    g/m

    Salvador Belo Horizonte

    Vitria So Paulo Curitiba Porto Alegre

    Grco 14 - Nmero de violaes de oznio (O3), segundo as Regies Metropolitanas selecionadas - 1995-2012

    Fontes: 1. Fundao Estadual do Meio Ambiente - FEAM (Belo Horizonte). 2. Instituto Ambiental do Paran - IAP. 3. Fundao Estadual de Proteo Ambiental Henrique Luiz Roessler - FEPAM (Porto Alegre). 4. CETREL: empresa de proteo ambiental (Salvador). 5. Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB. 6. Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos - IEMA (Vitria).

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600nmero de violaes

    1995

    1997

    1999

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    2011

    2012

    Salvador Belo Horizonte

    Vitria So Paulo Curitiba Porto Alegre

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    Terra

    4 Uso de fertilizantes

    O indicador uma aproximao da intensidade de uso de fertilizantes nas reas plantadas de um territrio, em determinado perodo.

    Descrio: as variveis utilizadas na construo deste indicador so as quan-tidades de fertilizantes vendidos e entregues ao consumidor final, total e por tipo de nutrientes (nitrognio, fsforo e potssio), expressas em toneladas, e a rea plantada das principais culturas, expressa em hectares (ha). O indicador a razo entre a quantidade de fertilizantes vendidos anualmente e a rea plantada, sendo medido em quilograma por hectare ao ano (kg/ha/ano).

    Fonte dos dados: as fontes utilizadas foram o Anurio estatstico do setor de fertilizantes, divulgado pela Associao Nacional para Difuso de Adubos - ANDA; e o Levantamento Sistemtico da Produo Agrcola - LSPA e a pesquisa Produo Agrcola Municipal - PAM, divulgados pelo IBGE.

    Comentrios metodolgicos: a construo do indicador se adaptou s informa-es disponveis sobre vendas de fertilizantes e rea plantada. O procedimento seguido subestima os valores da rea plantada, pois somente as culturas de maior importncia econmica so acompanhadas pelo Levantamento Sistemti-co da Produo Agrcola - LSPA. Isso pode contribuir para a superestimao nos valores de fertilizantes empregados por rea cultivada. A agregao territorial da informao de vendas, segundo as Unidades da Federao, associada no discriminao das culturas em que so utilizados os fertilizantes, pode mascarar a real intensidade de utilizao desses insumos. Cada cultura apresenta neces-sidades nutricionais e racionalidades econmicas diferenciadas, que implicam diferentes intensidades de uso de fertilizantes. Alm disso, aquisies feitas em uma determinada regio podem servir para consumo em outra. O emprego de fertilizantes no se distribui de maneira homognea por todo o territrio, mas varia segundo os agroecossistemas, os tipos de cultivo e as tcnicas de manejo das culturas. Cabe ressaltar que o setor de fertilizantes apresenta uma grande dependncia externa, sendo necessria a importao da maioria dos produtos para atender demanda nacional.

    Relevncia para o desenvolvimento sustentvel: a agricultura moderna tem gera-do impactos ambientais que comprometem a sustentabilidade dos ecossistemas agrcolas a mdio e longo prazos, embora esteja elevando a produtividade e permitindo atingir nveis de produo que atendem s demandas do mercado. Os fertilizantes so largamente utilizados para o aumento da produtividade agro-pastoril, estando associados eutrofizao dos rios e lagos, acidificao dos solos, contaminao de aquferos e reservatrios de gua, e gerao de gases associados ao efeito estufa. O acompanhamento desse indicador permite tanto avaliar a evoluo da intensidade de uso de fertilizantes no Pas quanto subsidiar estudos de riscos qualidade da gua de rios, lagos e aquferos subterrneos.

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    Indicadores relacionados: 1 Emisses de origem antrpica dos gases associados ao efeito estufa2 Consumo industrial de substncias destruidoras da camada de oznio5 Uso de agrotxicos6 Terras em uso agrossilvipastoril7 Queimadas e incndios florestais8 Desflorestamento na Amaznia Legal9 Desmatamento nos biomas extra-amaznicos10 Qualidade de guas interiores41 Produto Interno Bruto - PIB per capita43 Balana comercial57 Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

    Grco 15 - Quantidade comercializada de fertilizantes por rea plantada, por tipo de nutriente - Brasil - 1992-2012

    Fontes: 1. Anurio estatstico do setor de fertilizantes 1992-2012. So Paulo: Associao Nacional para Difuso de Adubos - ANDA, [1992-2012]. 2. Levantamento sistemtico da produo agrcola: pesquisa mensal de previso e acompanhamento das safras agrcolas no ano civil 1992-2007. Rio de Janeiro: IBGE, v. 5-19, 1992-2007. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015. 3. Produo agrcola municipal 2008-2012. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperao automtica. Rio de Janeiro, 2013. Disponvel em: . Acesso em: out. 2013.

    0

    20

    40

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    180

    200Kg/ha

    Total Nitrognio (N) Fsforo (P2O5) Potssio (K2O)

    1995

    1994

    1993

    1992

    1997

    1999

    1996

    1998

    2000

    2001

    2003

    2005

    2007

    2009

    2002

    2004

    2006

    2008

    2010

    2011

    2012

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    Grco 16 - Utilizao de fertilizantes por unidade de rea, segundo as Grandes Regies e as Unidades da Federao - 2012

    0 50 100 150 200 250 300 350

    Brasil

    Norte

    Amap

    Tocantins

    Roraima

    Par

    Rondnia

    Amazonas

    Acre

    Nordeste

    Bahia

    Alagoas

    Piau

    Maranho

    Sergipe

    Pernambuco

    Paraba

    Rio Grande do Norte

    Cear

    Sudeste

    Minas Gerais

    Esprito Santo

    So Paulo

    Rio de Janeiro

    Sul

    Santa Catarina

    Rio Grande do Sul

    Paran

    Centro-Oeste

    Gois

    Distrito Federal

    Mato Grosso

    Mato Grosso do Sul kg/ha

    Fontes: 1. Anurio estatstico do setor de fertilizantes 2012. So Paulo: Associao Nacional para Difuso de Adubos - ANDA, [2012]. 2. Produo agrcola municipal 2012. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperao automtica. Rio de Janeiro, 2013. Disponvel em: . Acesso em: out. 2013.

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    Dimenso ambiental - Terra

    Mapa 01 - Quantidade de fertilizantes entregue ao consumidor final por unidade de rea plantada, total e por tipo de nutriente - 2012

    Fontes: 1. Anurio estatstico do setor de fertilizantes 2012. So Paulo: Associao Nacional para Difuso de Adubos - ANDA, [2012]. 2. Produo agrcola mu-nicipal 2012. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperao automtica. Rio de Janeiro, 2013. Disponvel em: . Acesso em: out. 2013.

    O C

    E A

    N O

    A

    T L

    N

    T I

    C

    O

    -30

    -10

    O C

    E A

    N O

    -30

    TRPICO DE CAPR

    ICRNIO

    -40-50-60-70

    EQUADOR

    -20

    -30

    -70 -60 -50 -40

    -30

    -20

    -10

    0

    P A

    C

    F I

    C O

    0

    Fsforo

    O C

    E A

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    A

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    N

    T I

    C

    O

    -30

    -10

    O C

    E A

    N O

    -30

    TRPICO DE CAPR

    ICRNIO

    -40-50-60-70

    EQUADOR

    -20

    -30

    -70 -60 -50 -40

    -30

    -20

    -10

    0

    P A

    C

    F I

    C O

    0

    Potssio

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

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    #Y

    #Y

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    #Y#Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    #Y

    O C

    E A

    N O

    A

    T L

    N

    T I

    C

    O

    -10

    -40-50-60-70

    ECUADOR

    -50

    -20

    -10

    00ECUADOR

    PALMAS

    VITRIA

    BELM

    MANAUS

    FORTALEZA

    TERESINA

    MACEI

    SALVADOR

    GOINIA

    BELOHORIZONTE

    CURITIBA

    CUIAB

    RECIFE

    SO PAULO

    MACAP

    RIO BRANCO

    SO LUS

    JOO PESSOA

    ARACAJU

    FLORIANPOLIS

    RIO DE JANEIRO

    PORTO ALEGRE

    PORTOVELHO

    BOA VISTA

    CAMPOGRANDE

    NATAL

    MONTEVIDEO

    CAYENNE

    BRASLIA

    ASUNCIN

    D.F.

    PARAN

    B A H I A

    TOCANTINS

    SERGIPE

    ALAGOAS

    PERNAMBUCO

    PARABA

    RIO GRANDE DO NORTE

    CEAR

    PIAU

    MARANHO

    RORAIMA

    A M A Z O N A S

    ACRE

    RONDNIA

    P A R

    MATO GROSSO

    G O I S

    MINAS GERAIS

    MATO GROSSO DO SUL ESPRITO SANTO

    RIO DE JANEIRO

    SO PAULO

    SANTA CATARINA

    RIO GRANDE DO SUL

    AMAP

    C O L O M B I A

    A R G E N T I N A

    V E N E Z U E L A

    P E R

    P A R A G U A Y

    U R U G U A Y

    SURINAME GUYANE

    GUYANA

    B O L I V I A

    BANANAL

    ILHA DEMARAJ

    I. DO

    Cabo Raso do Norte

    Cabo Orange

    I. Caviana

    I. de Itaparica

    I. de So

    La. Mangueira

    La. Mirim

    La. dos Patos

    I. de Santa Catarina

    I. de So Francisco

    Sebastio

    Arquip. de Abrolhos

    Arquip. de Fernando de Noronha

    Atol das Rocas

    Para

    guai

    Ara

    guai

    a

    PA

    RAN

    TAPA

    JS T

    OC

    AN

    TINS

    Parn

    aba

    Parn

    aba

    Toca

    ntin

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    PARA

    NABA

    Fran

    cisco

    S.

    R. PAR

    SOLIMES

    R.

    R.

    PLATALADE

    R.

    RioUruguai

    Manuel

    So

    R.

    R.

    S.

    R.

    R.

    Rio

    Pires

    Teles

    R.N

    egro

    MADE

    IRA

    Rio

    Rio

    Rio

    Juru

    ena

    XIN

    GU

    Rio

    Rio

    ou

    Paranapanema

    RIO

    SO

    FRANCISCO

    R.

    Rio

    RioRIO

    GUAPOR

    Fran

    cisc

    o

    Rio

    PARAG

    UAY

    RIO

    ARAG

    UAIA

    RIO

    Xing

    u

    RIO

    AMAZONAS

    RIO

    RIO

    Javari

    RIONEGRO

    Total

    125 1250 250 375

    PROJEO POLICNICA

    ESCALA : 1 : 25 000 000500 km

    O C

    E A

    N O

    A

    T L

    N

    T I

    C

    O

    -10

    O C

    E A

    N O

    -30

    TRPICO DE CAPR

    ICRNIO

    -40-50-60-70

    EQUADOR

    -20

    -30

    -70 -60 -50 -40

    -30

    -20

    -10

    0

    P A

    C

    F I

    C O

    0

    Nitrognio

    370 km0

    1 : 70 000 000

    Venda por unidade derea plantada (kg/ha)

    6,3 a 14,2

    14,3 a 97,4

    97,5 a 172,4172,5 a 245,0

    245,1 a 312,0

    Venda por unidade derea plantada (kg/ha)

    4,9 a 24,5

    73,4 a 118,9

    24,6 a 38,438,5 a 73,3

    2,1 a 4,8

    Venda por unidade derea plantada (kg/ha)

    18,0 a 40,4

    66,5 a 95,5

    40,5 a 55,855,9 a 66,4

    1,7 a 17,9

    Venda por unidade derea plantada (kg/ha)

    19,7 a 42,9

    89,8 a 119,5

    43,0 a 64,965,0 a 89,7

    1,7 a 19,6

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    5 Uso de agrotxicos

    O indicador uma aproximao da intensidade de uso de agrotxicos nas reas plantadas de um territrio, em determinado perodo.

    Descrio: as variveis utilizadas na construo do indicador so as quantidades de agrotxicos comercializadas, expressas em toneladas por ano (t/ano), e a rea plantada das principais culturas, expressa em hectares (ha). O indicador com-posto pela razo entre a quantidade de agrotxico comercializada anualmente e a rea plantada, apresentado em quilograma por hectare ao ano (kg/ha/ano).

    As demais informaes apresentadas, que complementam o quadro de uso de agrotxicos no Pas, so: quantidade de agrotxicos comercializados, por classes de periculosidade ambiental, expressa em percentual; quantidade de ingredientes ativos de agrotxicos mais comercializados e respectiva parti-cipao percentual em relao ao total as principais classes de uso (herbicida, inseticida e fungicida); quantidades de agrotxicos comercializados, em tone-ladas, por classes de uso, apresentadas somente em tabelas que encontram-se no CD-ROM encartado nessa publicao.

    Fonte dos dados: as fontes utilizadas foram os Relatrios de consumo de ingre-dientes ativos de agrotxicos e afins no Brasil e/ou Informaes sobre consumo de ingredientes ativos de agrotxicos e afins no Brasil 2012, divulgados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama; e o Levantamento Sistemtico da Produo Agrcola - LSPA e a pesquisa Produo Agrcola Municipal - PAM, ambos divulgados pelo IBGE.

    Comentrios metodolgicos: o Brasil apresenta um arcabouo legal para tratar das questes referentes aos agrotxicos, tendo como principal a Lei dos Agro-txicos e Afins no 7.802, de 11.07.1989, regulamentada pelo Decreto no 4.074, de 04.01.2002, que disciplina a produo, comercializao e uso de agrotxicos. No Art. 41 do referido decreto, as empresas com registros de produtos agrotxi-cos so obrigadas a apresentar ao poder pblico relatrios de comercializao desses produtos, com periodicidade semestral. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama consolida esses dados, divulgando-os em relatrios anuais, nos quais apresenta as quantidades co-mercializadas por ingrediente ativo.

    Este indicador utiliza os dados de comercializao disponibilizados pelo Ibama, no significando que as quantidades vendidas tenham sido de fato usadas. Ocorrem casos em que o produto comprado no utilizado, por no ser neces-srio, quando uma praga esperada no aparece ou o produto perde a validade. Contudo, essas informaes de comercializao so uma boa aproximao do consumo de agrotxicos. Alm disso, podem ocorrer casos em que so feitas aquisies em uma Unidade da Federao para consumo em outra. Assim, o indicador, embora permita que se conhea a distribuio espacial genrica do consumo de agrotxicos por rea, apresenta algumas limitaes. O consu-mo por cultura, por exemplo, no pode ser inferido. Caso essa distino fosse possvel, poderia se diferenciar o consumo das reas com olericultura, onde tradicionalmente h uma grande utilizao de insumos, entre esses os agrot-

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    xicos das reas com cultura de gros, que apresentam ndices bem mais baixos de consumo. Outra limitao que os agrotxicos comprados em um ano no so necessariamente utilizados no mesmo ano.

    Cabe ressaltar, ainda, que o elenco de culturas acompanhadas pelo LSPA, cujas informaes so consolidadas pela PAM, composto por aquelas de maior importncia econmica.

    A Avaliao do Potencial de Periculosidade Ambiental, conduzida pelo Ibama, se

    baseia nas caractersticas do produto como as propriedades fsico-qumicas e

    sua toxicidade para os variados organismos encontrados na natureza; o quanto o

    produto se acumula em tecidos vivos; se persiste por muito tempo no ambiente;

    e se consegue se deslocar (solo, ar ou gua). Ainda so analisados os perigos

    de causar mutaes, cncer, ms-formaes em fetos ou embries, e se podem

    colocar em risco a reproduo de aves e de mamferos (PRODUTOS..., 2010, p. 23).

    A classificao quanto ao potencial de periculosidade ambiental de um agrotxico obedece seguinte gradao, sendo que, quanto menor a classe, maior ser o perigo de dano ambiental:

    Classe I produto altamente perigoso;Classe II produto muito perigoso;Classe III produto perigoso; eClasse IV produto pouco perigoso.

    Relevncia para o desenvolvimento sustentvel: o aumento da produo de alimentos de maneira sustentvel continua sendo o grande desafio do setor agrcola. Os agrotxicos, produtos utilizados para o controle de pragas, doenas e ervas daninhas, esto entre os principais instrumentos do atual modelo da agricultura brasileira, centrado em ganhos de produtividade. Por outro lado, os agrotxicos podem ser persistentes, mveis e txicos no solo, na gua e no ar. Tendem a acumular-se no solo e na biota, e seus resduos podem che-gar s guas superficiais, por escoamento, e s subterrneas, por lixiviao. A exposio humana e ambiental a esses produtos cresce em importncia com o aumento das vendas. O uso intensivo dos agrotxicos est associado a agravos sade da populao, tanto dos consumidores dos alimentos quanto dos trabalhadores que lidam diretamente com os produtos, contaminao de alimentos e degradao do meio ambiente. As informaes fornecidas neste indicador podero auxiliar nas tomadas de decises regulatrias, no aumento da fiscalizao de produtos mais usados, na definio de prioridades no emprego de recursos para estudos e pesquisas, entre outros.

    Indicadores relacionados: 4 Uso de fertilizantes6 Terras em uso agrossilvipastoril7 Queimadas e incndios florestais8 Desflorestamento na Amaznia Legal9 Desmatamento nos biomas extra-amaznicos10 Qualidade de guas interiores13 Espcies extintas e ameaadas de extino41 Produto Interno Bruto - PIB per capita

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    43 Balana comercial57 Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

    Grco 17 - Comercializao anual de agrotxicos e ans, por rea plantadaBrasil - 2000/2012

    Fontes: 1. Relatrio de consumo de ingredientes ativos de agrotxicos e ans no Brasil 2000-2005. Braslia, DF: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama, 2001-2006. 2. Levantamento sistemtico da produo agrcola: pesquisa mensal de previso e acompanhamento das safras agrcolas no ano civil 2000-2005. Rio de Janeiro: IBGE, v. 12-17, 2000-2006. Disponvel em:. Acesso em: maio 2010. 3. Produo agrcola municipal 2009-2012. In: IBGE. Sidra: Sistema IBGE de recuperao automtica. Rio de Janeiro, 2013. Disponvel em: . Acesso em: out. 2013. 3. Boletim anual de produo, importao, exportao e vendas de agrotxicos no Brasil 2009-2012. Braslia, DF: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama, 2009-2012. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

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    2000 2001 2002 2003 2004 2005 2009 2010 2011 2012

    Kg/ha de ingrediente ativo

    Grco 18 - Proporo de agrotxicos comercializados, por classes de periculosidade ambiental - Brasil - 2009-2012

    Fonte: Boletim anual de produo, importao, exportao e vendas de agrotxicos no Brasil 2009-2012. Braslia, DF: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama, 2009-2012. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

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    2009 2010 2011 2012

    Classe IProduto altamente perigoso

    Classe IIProduto muito perigoso

    Classe IIIProduto perigoso

    Classe IVProduto pouco perigoso

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    Grco 19 - Distribuio percentual dos ingredientes ativos de agrotxicos mais comercializados, por classes de uso - Brasil - 2012

    Outros fungicidas Carbendazin

    Tiofanato-metlico Oxicloreto de cobre

    Mancozebe

    Fungicida

    Inseticida

    Atrazina

    Outros herbicidas

    2,4-D cido

    Glifosato

    Herbicida

    62,4%

    16,1%

    11,4%

    10,1%

    35,2%

    33,0%

    17,1%

    14,7%

    Acefato Outros inseticidas

    Metomil Imidacloprido

    60,6%

    13,2%

    11,8%

    8,0%

    6,4%

    Fonte: Boletim anual de produo, importao, exportao e vendas de agrotxicos no Brasil 2012. Braslia, DF: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama, 2012. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    Fonte: Boletim anual de produo, importao, exportao e vendas de agrotxicos no Brasil 2012. Braslia, DF: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama, 2012. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.(1) Conjunto dos princpios ativos utilizados e no representados no grfico.

    toneladas

    Grco 20 - Quantidade comercializada de ingredientes ativos de agrotxicosBrasil - 2012

    0

    20 000

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  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    Grco 21 - Comercializao de agrotxicos e ans, segundo as Grandes Regiese as Unidades da Federao 2012

    Fonte: Boletim anual de produo, importao, exportao e vendas de agrotxicos no Brasil 2012. Braslia, DF: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama, 2012. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015.

    0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

    Mato Grosso do Sul

    Mato Grosso

    Distrito Federal

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    Centro-Oeste

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    Rio Grande do Norte

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  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

    Mapa 02 - Comercializao de agrotxicos e afi ns, por rea plantada - 2012

    Fontes: 1. Boletim anual de produo, importao, exportao e vendas de agrotxicos no Brasil 2012. Braslia, DF: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - Ibama, 2012. Disponvel em: . Acesso em: mar. 2015. 2. Produo agrcola municipal 2012. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperao automti-ca. Rio de Janeiro, 2013. Disponvel em: . Acesso em: out. 2013.

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    PROJEO POLICNICA

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    Comercializao deagrotxicos por unidadede rea plantada (kg/ha)

    0,30 a 1,59

    1,60 a 3,41

    3,42 a 5,66

    5,67 a 7,88

    7,89 a 10,46

  • Indicadores de desenvolvimento sustentvel - Brasil 2015

    Dimenso ambiental - Terra

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    TRPICO DE C

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    ECUADOR

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