23
Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis holárquicos Apresentação: Leandro L. Giatti e Giuliana Talamini Departamento de Saúde Ambiental - FSP/USP Demais colaboradores: Renata Ferraz de Toledo - Paulo Nascimento - Silvana Cutolo - Carlos Machado de Freitas - Rubens Landin - Juliane Gaviolli - e Gabriela Cruvinel

Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo –

Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis holárquicos

Apresentação:

Leandro L. Giatti e Giuliana Talamini

Departamento de Saúde Ambiental - FSP/USP

Demais colaboradores: Renata Ferraz de Toledo - Paulo Nascimento - Silvana Cutolo - Carlos Machado de Freitas -

Rubens Landin - Juliane Gaviolli - e Gabriela Cruvinel

Page 2: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Objetivo

Desenvolver uma matriz de indicadores de sustentabilidade ambiental e saúde e sua respectiva análise, adotando uma abordagem ecossistêmica para o estudo de fenômenos em distintos níveis holárquicos na Região Metropolitana de São Paulo.

Page 3: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

A Abordagem Ecossistêmica, inicialmente desenvolvida nos EUA e com forte expressão no Canadá sob a denominação de Ecohealth, consiste de uma proposta de estruturação de projetos de pesquisa que envolve, de modo participativo, pesquisadores, sujeitos da pesquisa, representantes governamentais e outros atores sociais de relevância.

Page 4: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

A proposta da Abordagem Ecossitêmica remete à necessidade de estudar e de promover intervenções participativas para problemas complexos, compreendendo desde questões de saúde humana, a aspectos socioambientais, baseando-se nos pilares da transdisciplinaridade, participação e equidade.

Lebel, 2003

Page 5: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Em países em desenvolvimento grandes desigualdades tem se associado a exposição de grupos populacionais a uma tripla carga de fatores de risco ambientais:-domiciliares;-da comunidade;-E globais.

Smith e Ezzati, 2005

Page 6: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Olhando a metrópole através de distintos níveis holárquicos

Características de sistemas holárquicos abertos auto-organizáveis:-Dinâmicas retro-alimentadas por estímulos;-Estrutura hierárquica livre;-Fenômenos emergentes / imprevisibilidade;-Reconfigurações repentinas;

Kay e col., 1999.

Page 7: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Metodologia

- Aquisição de informações, composição e análise da Matriz FPSEEA;

- Aplicação de entrevistas: amostra com base nas sub-regiões da RMSP: gestores da saúde, do ambiente e do planejamento urbano;

- Análise dos municípios e da metrópole em distintos níveis hierárquicos;

- Realização de oficina com gestores.

Page 8: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Forças Motrizes

Pressão

Situação

Exposição

Efeito Corvalán, e col., 2000.

Matriz FPSEEA

Page 9: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Indicadores de Saúde e Sustentabilidade

7 Regiões de Saúde

39 Municípios

Modelo FPSEEA – Exemplo da Rede Interagencial de Informação para a Saúde (RIPSA).

RMSP

Page 10: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Força Motriz

FM. 1 População (IBGE, 2010)

FM. 2 Taxa de crescimento da população (IBGE, 2010)

FM. 3 IDH (PNUD - IDHM, 2000)

FM. 4 Pop. economicamente ativa ocupada (apenas dados Estaduais)

FM. 5 PIB per capita (IBGE, 2008)

FM. 6 Indice de Gini – Renda (IBGE, 2000)

FM. 7 Pobreza - Domicílios com Renda per Capita até 1/2 do Salário Mínimo (Em %) (IBGE, 2000)

FM. 8 Grau de Urbanização (IBGE, 2010)

Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP

Page 11: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Pressão Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP

P.1 Ausência de Serviços Gerais de Saneamento (Pnad, 2008. Apenas dados do Estado. SP - 10,9)

P.2 Frota de veículos por habitante (DENATRAN. Dez/2010. IBGE 2010. Cálculo nosso)

P.3 Terras em uso com lavouras (não se aplica)

P.4 Consumo de energia elétrica (SSE-SP, 2009)

P.5 Número de Estabelecimentos da Indústria (Seade – MTE, 2009)

Page 12: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP

S.1 % domicílios servidos com rede pública de coleta de esgotos para a zona urbana (Sabesp/Fundação Seade)

S.2 % esgoto sanitário coletado que passa por algum tipo de tratamento(Sabesp/Fundação Seade)

S.3 % domicílios part. permanentes com serviço regular de coleta de lixo, na zona urbana. (IBGE/Fundação Seade)

S.4 Queimadas e IncêncidiosCPTEC, 2001/2011

S.5 Áreas de Risco no Perímetro Urbano PNSB,2000. Apenas RMSP- 29 mun.

S.6 Inundações ou Enchentes MIN/SNDC, 2010. Apenas Estadual - 28

S.7 Utilização de Agrotóxico Ibama. Relatório Semestral

S.8 Sist. Abastecimento de Água sem tratamento SISAGUA

S.9 Soluções Alternativas Coletivas sem tratamento de água SISAGUA

S.10 Qualidade da Água - Coliformes Totais (Sabesp. Relatórios Anuais por Sistema de Abastecimento)

S.11 Qualidade da Água – Turbidez (Sabesp. Relatórios Anuais por Sistema de Abastecimento)

S.12 Qualidade da Água - Cloro Residual Sabesp. Relatórios Anuais por Sistema de Abastecimento

S.13 Número de Áreas Contaminadas (solo) Cetesb, 2009. Por agência de Gestão

Situação

Page 13: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSP Exposição

EX. 1 População sem acesso à água tratada SNIS, 2006

EX. 2 População sem instalação de esgoto SNIS, 2006

EX. 3 População sem coleta de lixo Pnad, 2008

EX. 4 Residentes em aglomerados subnormais Pnad, 2008

EX. 5 População potencialmente exposta contaminantes químicos Sissolo,2007 dados estaduais

Page 14: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSPEfeito

EF.1 Taxa de Internações Doenças Diarréicas SIH/SUS - DATASUS, 2007 e IBGE,2000

EF.2 Taxa de internações por Infecção Respiratória Aguda (< 5anos) SIH/SUS - DATASUS, 2007 e IBGE,2000

EF.3 Internações por doenças relacionadas ao sabeamento ambiental inadequado DATASUS, 2002

EF.4 Mortalidade por doença diarréica aguda (< 5anos) DATASUS, 2002

EF.5 Mortalidade por Infecção Respiratória Aguda (< 5anos) DATASUS, 2002

EF.6 Mortalidade doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado DATASUS, 2007

EF.7 Intoxicação a Agrotóxicos Sissolo,2007

EF.8 Mortalidade por intoxicação por agrotóxico Sissolo,2007

Page 15: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Indicadores de Saúde e Sustentabilidade - RMSPAção

A.1 % da meta pactuada na PPI atingida para COBERTURA Vigiagua/ dados estaduais

A.2 % da meta pactuada na PPI atingida para CONTROLE Vigiagua/dados estaduais

A.3 % da meta pactuada na PPI atingida para CLORO Vigiagua/dados estaduais

A.4 % da meta pactuada na PPI atingida para TURBIDEZ Vigiagua/ dados estaduais

A.5 Meta pactuada na PPI atingida para identificação de áreas em municípios prioritários – SISSOLO/dados estaduais

A.6 % da meta pactuada na PAP/VS/2007 atingida para identificação de municípios prioritários/dados estaduais

A.7 Desenvolve atividades de Vigi. em Saúde Amb. Relacionada aos Acidentes com Produtos Perigosos VIGIAPP

A.8 Desenvolve atividades relacionadas à Vigi. em Saúde Amb. dos Riscos Decorrentes aos Desastres Naturais

A.9 Desenvolve atividades relacionadas à Vigi. em Saúde Amb. Relacionada a Fatores Físicos – VIGIFIS

A.10 Desenvolve atividades relacionadas a gestão da informação territorializada por intermédio do PISA ASISA

Page 16: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúdeDesvelam condições e tendências nas mudanças

dos ecossistemas que interferem na saúde e na qualidade de vida dos humanos.

São organizados na forma de uma matriz de causas e consequências a partir de dados secundários e complementados com resultados de entrevistas.

Constitui indicadores de saúde ambiental a partir das ligações entre aspectos de saúde e outras variáveis ou cadeias de acontecimento.

Page 17: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Variação do percentual de participação relativa das capitais no PIB por percentual de população que vive nas capitais, com representação de área desmatada nos Estados da Amazônia Legal em 2005

Obs.: O tamanho das bolhas representa o percentual de área desmatada da área original de floresta.

Dados do DATASUS, IBGE e INPE Freitas e Giatti, 2010.

Page 18: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Published online: 15 february 2011

Page 19: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis
Page 20: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

AçõesEstrutras municipais em meio ambiente:

secretarias, conselhos, agenda 21;Plano de Desenvolvimento Integrado e

Sustentável da Região Metropolitana;Cobertura por ESF;Políticas de áreas verdes;Implementação da Vigilância em Saúde

Ambiental;Iniciativas intersetoriais para a Promoção da

Saúde.

Page 21: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Incertezas

Mudanças climáticas; Constante crescimento demográfico da

metrópole; Mudanças demográficas e epidemiológicos Mudanças nos serviços dos ecossistemas; Dinâmicas de doenças infecciosas; Exposição a poluição ambiental e efeitos

sinergéticos;

Page 22: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Freitas & Giatti, 2010Disponível em url: http://new.paho.org/bra/index.php?

option=com_docman&task=cat_view&gid=710&Itemid=423

Page 23: Indicadores de sustentabilidade ambiental e de saúde para a Região Metropolitana de São Paulo – Uma abordagem ecossistêmica para estudo em distintos níveis

Referências bibliográficas

Corvalán, C., Briggs, D. and Kjellström, T., 2000. The need for information: environmental health indicators. In: Corvalán, C., Briggs, D., and Zielhuis, G. (eds). Linkage methods for environment and health analysis – General guidelines. Geneva: United Nations Environmental Programme, United States Environmental Protection Agency, Office of Global and Integrated Environmental Health of the World Health Organization. p. 25-55.

Freitas CM e Giatti L. Sustentabilidade ambiental e de saúde na Amazônia Legal, Brasil: uma análise através de indicadores. Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília :Organização Pan-Americana da Saúde, 2010.

Lebel J. Health – an ecosystem approach. Ottawa: International Development Research Centre. 2003.

Kay JJ, Regier HA, Boyle M, Francis G. An ecosystem approach for sustainability: addressing the challenge of complexity. Futures 1999. v.31. P.721-42.

Smith KR, Ezatti M. How environmental health risks change with development: The epidemiologic environmental risk transitions revisited. Annu. Rev. Environm. Resour. 2005; 30, p. 291-333.