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SEADE 35
INDICADORES SOCIOECONÔMICOS
O Estado do Ceará caracteriza-se por uma grande região central, sertão
central, que é limitado ao sul, ao leste e ao oeste pela Chapada do Araripe,
Serra do Apodi e Serra de Ibiapaba, respectivamente, e ao norte pelo litoral e
também pela Serra de Baturité, localizada ao sul de Fortaleza.
A divisão do Estado do Ceará em sete mesorregiões geográficas, definidas
pelo IBGE – Noroeste Cearense, Norte Cearense, Metropolitana de Fortaleza,
Sertões Cearenses, Jaguaribe, Centro-Sul Cearense e Sul Cearense - não
acompanha exatamente essa regionalização física baseada em condicionantes
ambientais, principalmente o relevo e as bacias hidrográficas (Mapa 1).
A região reconhecida como Sertões pelos cearenses, onde os efeitos das
secas se fazem sentir de forma mais drástica, limitando o desenvolvimento das
atividades econômicas, tem maior amplitude do que a mesorregião geográfica
de mesmo nome, por exemplo.
As mesorregiões Centro-Sul Cearense e Jaguaribe pertencem à bacia do
Rio Jaguaribe (“Médio Jaguaribe”) e apresentam características que as
aproximam da região nomeada como Sertões, excluindo desta caracterização
as áreas de influência dos açudes que merecem alguma distinção dada a maior
disponibilidade relativa de água em relação ao sertão. O Vale do Jaguaribe
destaca-se hoje pelo seu potencial de atração de empreendimentos no campo
da fruticultura irrigada.
A Serra de Ibiapaba localizada na mesorregião Noroeste Cearense é uma
região caracterizada pela produção de hortifrutícolas e distingue-se de outras
regiões serranas por não apresentar baixadas úmidas. Nesta mesorregião
registra-se também produção agropecuária e culturas comerciais destinadas às
agroindústrias de Sobral, principal centro regional, e de Fortaleza.
A Serra de Baturité, que sofre forte influência de Fortaleza, para onde
converge a maior parte da sua produção agropecuária, é tradicional área de
policultura, inclusive flores, e ainda apresenta atividades relacionadas ao
turismo rural (hotéis-fazenda).
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Mapa 1
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No Litoral, faixa que compreende partes das mesorregiões Noroeste, Norte,
Metropolitana e ainda Jaguaribe, encontram-se as atividades de artesanato de
maior expressão no Estado, como o famoso trabalho das mulheres rendeiras e
bordadeiras, e a maioria das atividades e investimentos relacionadas ao
turismo.
A mesorregião Sul Cearense é praticamente coincidente com a região
conhecida como Cariri, dado que a Chapada do Araripe, que atribui sua
identidade regional, está distribuída ao longo dos limites do Estado ao sul. O
Cariri caracteriza-se por apresentar solos férteis e água disponível,
favorecendo o desenvolvimento de atividades agrícolas mais diversificadas,
pelo turismo religioso em Juazeiro do Norte e nos últimos anos tem também
recebido investimentos industriais.
Apesar do esforço de transformação econômica nos anos 90, o Estado do
Ceará ainda se caracteriza por ser notadamente pobre. A via de
desenvolvimento do Estado, que visa atingir um novo patamar de
industrialização, de turismo e de agricultura, não tem sido capaz de minorar as
disparidades da distribuição de renda e os graves problemas sociais. De modo
geral, pouco tem conseguido transformar a realidade regional marcada pela
pobreza e pelo universo rural subordinado aos ciclos da seca. Por enquanto, os
resultados mais concretos apenas sedimentaram no Ceará algumas áreas de
focos de desenvolvimento econômico nas zonas urbanas e rurais.
Economia
Nesta última década, o Ceará tem empreendido esforços contínuos para
transformação do cenário econômico. Trata-se de uma visão de crescimento
econômico do Estado associada, no plano concreto, a programas e ações
dirigidos principalmente ao desenvolvimento da indústria: de mão-de-obra
intensiva, de capital intensivo e de inteligência. Isto tem como objetivos: a
geração de emprego e interiorização da indústria, através de incentivos à
instalação de novas empresas de mão-de-obra intensiva; a inserção na
economia globalizada, com um patamar tecnológico compatível com os
requisitos para a exportação, obtidos com a indústria de capital intensivo com
atualização tecnológica; e o desenvolvimento da indústria de “inteligência”, com
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os setores de microeletrônica e informática.
A expansão de novos investimentos no Estado foi puxada pelo setor
industrial. As participações relativas dos setores foram: indústria com 51,7%
dos novos investimentos; serviços com 34,6%; e agropecuária com 10,7%.
Foram 635 empresas instaladas nos últimos sete anos no Ceará. Alguns dos
setores que receberam novos investimentos foram: alimentos, extrativismo
vegetal, têxtil e couros, madeiras, móveis e papel. Se observarmos cada um
dos setores, verifica-se concentração dos empreendimentos nas regiões Norte
e Metropolitana. O que indica um reforço da concentração regional em que
pesem os incentivos governamentais voltados à interiorização (Tabela 7).6
Tabela 7 Número de Municípios Sede de Empresas instaladas, por Ramos de Atividade
Selecionados, segundo Mesorregiões Estado do Ceará
1992-1999
Mesorregiões Alimentos Extrativismo Vegetal
Têxtil e Couros
Madeira, Móveis e
Papel Noroeste 3 - 3 - Norte 6 1 14 1 Sertões 2 - 3 - Jaguaribe 4 - 3 - Metropolitana 10 - 12 5 Centro-Sul 1 - 2 - Sul 3 - 4 1 Total 29 1 41 7 Fonte: Balanço Anual – Ceará/1999. Gazeta Mercantil. Nota: Elaborado a partir de relação dos municípios onde as empresas dos setores selecionados instalaram-se nos últimos 7 anos.
O programa de incentivos tem sido parte de uma política agressiva de
atração de novos empreendimentos, que procura privilegiar o direcionamento
destes para o interior do Estado. O incentivo ou benefício fiscal (redução da
carga tributária) aumenta quanto mais distante de Fortaleza a empresa se
instalar.
A industrialização do interior, induzida por esta política de atração de
investimentos, pode ser observada, por exemplo, em Sobral com a instalação
da Grandene e em Juazeiro do Norte com a Singer.
Embora não tenha conseguido reverter o quadro de concentração
econômica do Estado, na RMF e em Fortaleza, a atração de novas indústrias
6 Balanço Anual. Gazeta Mercantil, 1999.
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tem servido para a geração de empregos em determinadas regiões do interior,
bem como para mudar a posição relativa do Estado em alguns setores da
indústria.
O Estado do Ceará é o segundo pólo têxtil do Brasil, atrás do Estado de São
Paulo. Várias empresas originárias do Sul do país, como a Vicunha e a Marisol
de Santa Catarina, instalaram-se no Estado. Como empreendimentos
potenciais, empresas estrangeiras, como o grupo americano VF, anunciam
investimentos, o que pode impulsionar ainda mais ainda este setor, caso se
concretizem.
Na indústria de calçados e couros, empresas do Sul do país, como a Dakota,
originária do Rio Grande do Sul, também estão presentes, bem como algumas
estrangeiras (Rino Mastratto/Bermas - Itália), colocando os calçados de couro
na pauta de exportação do Estado. A indústria de embalagens e papel
laminado (Rigesa) é outro exemplo entre as empresas que se instalaram
recentemente no Estado, também oriunda do Sul do país (Santa Catarina).
Estes são alguns exemplos dos novos empreendimentos resultantes da
política de incentivos. O incentivo para a atração de indústrias para o Estado é
a redução da carga tributária, que permite que uma parte do ICMS seja
transformada em capital de longo prazo pelas empresas que estão se
instalando. A este incentivo somam-se aqueles oriundos dos municípios, entre
eles a cessão de terrenos e a isenção de impostos.
Pequenos e médios empresários também poderão ser beneficiados no
âmbito da política de desenvolvimento do Estado com a cessão de terrenos em
comodato em 100 minidistritos industriais instalados no interior do Estado e
com financiamentos do Banco do Nordeste.
Na agropecuária, a reestruturação das atividades tem contado com a
orientação de políticas de incentivos financeiros e fiscais para o
desenvolvimento da irrigação e de atividades agrícolas voltadas para o
comércio exterior. O Estado ocupa a quarta posição entre os Estados
nordestinos. O Estado, em 1999, participou em 0,7% do total das exportações
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nacionais 7.
A agropecuária cearense ensaia mudanças, isto é, com a irrigação aparece
a produção de frutas em contraposição à tradição da agricultura cearense
vinculada aos ciclos da seca (como o algodão, por exemplo) e à subsistência.
Nesta nova dinâmica da agropecuária, algumas empresas estrangeiras têm
a intenção de realizar experimentos de fruticultura, na tentativa de consolidar
um novo patamar de produção agrícola e de exportação no Ceará. Uma das
maiores empresas mundiais da fruticultura está se instalando em Limoeiro do
Norte (no sudoeste do Ceará), com áreas experimentais de banana, melão e
abacaxi.
Contudo, o aporte de novos investimentos ainda é incipiente. O setor
agrícola cearense ainda se define segundo os condicionantes ambientais
ditados pela seca.
O Ceará é um dos Estados do Nordeste onde os efeitos das secas são
sentidos mais fortemente. A resposta governamental ao grande impacto das
secas pode ser resumida por um plano de perenização das suas bacias
hidrográficas através de suas interligações (construção de canais e estações
elevatórias) e construção de açudes, especialmente o Castanhão.
Este plano estaria servindo tanto aos projetos de agricultura irrigada
(perímetros irrigados), quanto ao abastecimento populacional, especialmente
da região metropolitana de Fortaleza, e às indústrias do Complexo Industrial e
Portuário do Pecém (siderurgia, petroquímica e termelétrica). Observa-se que
este sistema (interligação de bacias) tem no Rio Jaguaribe um de seus
principais elementos, visto que sua bacia – que comporta o açude de Orós –
ligar-se-ia com o açude do Castanhão e deste para Fortaleza, chegando até o
Complexo de Pecém.
A cidade de Fortaleza já vem passando por racionamentos d’água para o
abastecimento populacional. A própria conclusão do açude de Castanhão, que
desempenharia papel estratégico naquele sistema, tem cronograma com risco
de atraso. Se considerarmos que a mesma água que serve aos perímetros
irrigados também abastecerá Fortaleza e o Complexo do Pecém, não é difícil
7 IPLANCE – Estatísticas das exportações cearenses 1961 – 1997. Fortaleza, 1998.
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prever o grau de competição por água que se estabelecerá no Ceará.
Para dinamizar a exportação, está sendo construído em Fortaleza um porto
“off shore”, afastado do continente, que permite receber navios de até 175 mil
toneladas. Este porto integra o Complexo Industrial e Portuário de Pecém. As
“âncoras” deste grande projeto serão a usina termelétrica (da empresa
Nordeste Energia S.A.), em fase de construção e que contará com
fornecimento de gás natural da Petrobrás; a refinaria de petróleo (a ser
construída pelo grupo alemão Thyssen Rheinstahl), que será o primeiro
investimento privado da área aprovado pela Agência Nacional de Petróleo; e
uma siderúrgica (a ser construída pela Companhia Siderúrgica Nacional).
Esses investimentos deverão alavancar os pólos petroquímico e metal-
mecânico da região. Quando concluído, este empreendimento deve ter forte
impacto sobre o emprego e gerar novas demandas diferenciadas de
qualificação.
Além de importantes esforços para a atração de empresas de mão-de-obra
intensiva (principalmente calçados e confecções), de capital intensivo (têxtil e
material pesado) e para a transformação da agropecuária, há iniciativas
também para o desenvolvimento de indústrias de alta tecnologia.
Neste sentido, outro grande projeto é a criação de um pólo de alta tecnologia
em Maracanaú, também na região metropolitana. A intenção é criar uma cidade
tecnológica, incluindo as áreas de informática (hardware, software),
microeletrônica, telecomunicações e química fina, entre outros segmentos.
Quanto ao turismo, há um esforço em intensificar a vocação natural,
integrando outras áreas além do litoral ao complexo turístico do Ceará e inserir
o Estado no mapa turístico nacional e internacional.
Nesta área, a intenção é buscar espaços ainda não explorados. Além dos
573 quilômetros de costas marítimas, com praias, falésias de areias coloridas,
dunas, coqueiros, outros espaços das regiões do interior (as serras, o sertão e
as chapadas) podem ser explorados.
Nas serras, lugar de florestas tropicais, fauna expressiva, curso e quedas
d’água, tradição florística e sítios de veraneio, a estratégia é estimular o fluxo
de turistas na baixa estação. No sertão central está sendo estruturado o pólo
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de ecoturismo Vale Monumental do Ceará. O propósito é mostrar a
característica própria do semi-árido, onde predomina a caatinga, as grandes
fazendas agropecuárias e os açudes. Esta região compreende 21 municípios
entre os quais Canindé, Quixadá e Quixeramobim. Nas chapadas, região do
Cariri, que compreende 41 municípios, há uma tradição turística espontânea
advinda das grandes romarias religiosas de culto ao Padre Cícero de Juazeiro
do Norte. Outros municípios que se destacam nesta região são Crato e
Barbalha.
Em paralelo a todo este esforço de desenvolvimento econômico da indústria,
da agropecuária e do turismo - que já avançou muito mas ainda tem muitos
projetos em potencial - persiste a condição de um Estado com graves
problemas sociais. O Estado do Ceará apresenta um dos piores Índices de
Desenvolvimento Humano8 , IDH = 0,5069. Isto significa que entre as 26
unidades da Federação ocupa a 23ª posição. Esta tendência também se
observa quando se analisam os índices que compõem o IDH: 23º lugar em
renda per capita, 22º em esperança de vida e 24º em educação.
O esforço empreendido no crescimento do Estado, na última década, pode
ser avaliado também por alguns indicadores de caracterização da estrutura
econômica do Estado, como os referentes ao Produto Interno Bruto (PIB), e por
outros que auxiliam no reconhecimento da estrutura e indicam a situação do
emprego e das ocupações no Estado. São indicadores como: número de
empresas instaladas e empregos gerados (dados da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico do Ceará); número de estabelecimentos e
empregados (informações da RAIS/MTb) e dados da Pesquisa Nacional de
Amostragem por Domicílio (PNAD).
Produto Interno Bruto O Ceará é a terceira economia do Nordeste, atrás da Bahia e de
Pernambuco. Em 1996, o PIB do Estado totalizava R$ 11,7 bilhões, o que
corresponde a 13,2% do total regional, segundo dados do IPEA. A importância
do Estado no Nordeste pode ser avaliada também por sua participação relativa
8 O IDH é um índice criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD, publicado anualmente, que incorpora indicadores de esperança de vida ao nascer, grau de alfabetização entre adultos e poder de compra da renda per capta de cada país. 9 Relatório sobre o Desenvolvimento humano no Brasil, 1996. PNUD/IPEA
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em cada setor: 10,2% do setor agropecuário; 11,7% da indústria e 14,6% do
setor de serviços (Tabela 8). Avaliando as mudanças ao longo do período
1990-1996, verifica-se que a participação do Estado no total do Nordeste
cresceu em todos os setores.
Tabela 8 Participação do PIB Cearense no Total do PIB do Nordeste
1990-96 Em porcentagem
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 Agropecuária 8,9 9,6 9,0 9,0 10,4 10,6 10,2 Indústria 10,3 12,3 12,4 11,9 11,6 12,5 11,7 Indústria Geral 11,4 11,4 11,4 11,4 11,4 11,4 11,4 Construção Civil 9,9 13,9 14,1 12,8 11,9 13,6 12,4 Serviços Ind. de Util. Pub. 6,0 8,1 7,8 9,2 10,4 7,9 8,0 Serviços 13,7 14,3 15,3 14,7 14,5 14,6 14,6 Comércio 13,1 13,8 16,0 14,1 14,2 14,1 13,8 Transportes 15,1 16,1 18,2 19,1 18,6 18,9 18,7 Comunicações 14,3 10,1 12,9 15,9 17,2 13,7 15,4 Instituições Financeiras 14,7 15,0 16,1 14,7 13,4 13,1 13,3 Administrações Públicas 12,3 12,7 13,2 13,2 13,2 13,2 13,2 Aluguéis 13,2 14,4 13,9 13,6 14,0 14,4 14,3 Outros Serviços 16,1 16,4 16,7 16,9 17,1 17,2 17,2 Subtotal 12,2 13,2 13,8 13,4 13,1 13,4 13,2 Dummy Financeira 14,7 15,0 16,1 14,7 13,4 13,1 13,3 PIB a Custo de Fatores 11,9 13,1 13,4 13,1 13,0 13,4 13,2 Fonte: IPEA - Produto Interno Bruto por Unidade da Federação – 1990-96
Analisando os dados do PIB, o Estado tem a seguinte estrutura econômica:
setor de serviços, 64,6%; indústria, 30,8%; agropecuária, 8,4%. A participação
expressiva do setor de serviços deve-se especialmente a administrações
públicas, 18,4%; aluguéis, 12% (que considera inclusive valores imputados aos
que possuem imóvel próprio); e outros serviços, 15,3% (alojamento e
alimentação, serviços prestados principalmente às empresas – informática
inclusive -, serviços privados de educação e saúde, entre outros). Isto não
mostra se tratar de uma economia essencialmente terciária, apenas que a
complexidade atividades existentes não comporta mais apenas a distinção
entre três grandes setores. No setor da indústria, tem maior peso a construção
civil (19,2%), com participação crescente no período 1990-1996 (Tabela 9).
Tabela 9 Estrutura do PIB a Custo de Fatores
Ceará 1990-1996
Em porcentagem 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996
Agropecuária 8,9 7,4 6,7 5,6 9,5 9,3 8,4Indústria 29,8 31,6 34,8 36,8 34,1 32,5 30,8 Indústria Geral 14,5 13,5 14,4 13,9 11,7 10,0 10,0 Construção Civil 14,0 16,6 18,9 20,7 20,3 21,1 19,2 Serviços Ind. de Util. Pub. 1,3 1,6 1,6 2,3 2,1 1,5 1,6
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Serviços 77,1 71,4 78,4 80,0 68,1 62,9 64,6 Comércio 14,1 12,2 13,1 12,5 12,5 11,6 9,4 Transportes 3,5 3,4 3,4 3,5 3,1 3,0 2,8 Comunicações 1,4 0,8 1,2 1,8 1,6 1,4 1,9 Instituições Financeiras 15,9 11,2 20,9 23,3 12,6 5,7 4,8 Administrações Públicas 22,0 16,5 15,4 16,5 17,3 17,9 18,4 Aluguéis 6,3 13,3 9,6 6,3 6,3 8,9 12,0 Outros Serviços 13,9 14,1 14,7 16,2 14,5 14,4 15,3Subtotal 115,8 110,5 119,9 122,5 111,6 104,8 103,8 Dummy Finaceira -15,8 -10,5 -19,9 -22,5 -11,6 -4,8 -3,8PIB a Custo de Fatores 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0Fonte: IPEA – Produto Interno Bruto por Unidade da Federação – 1990-1996
Nos próximos anos, o Ceará poderá mudar alguns indicadores econômicos,
sobretudo pelo número significativo de investimentos realizados no período
recente, especialmente na indústria. Entre janeiro de 1995 e fevereiro de 1998
instalaram-se no Estado 99 empresas, segundo a Secretaria do
Desenvolvimento Econômico do Ceará. Há ainda outras 70 empresas em fase
de implantação e mais 194 empresas têm protocolos assinados com o governo
estadual para inserção no Estado com aproveitamento dos incentivos
concedidos.
Os empreendimentos já realizados geraram mais de 24 mil empregos diretos
e mais de 97 mil indiretos (Tabela 10). Em que pese a distribuição destas
empresas por 32 municípios do Ceará, há uma forte concentração na Região
Metropolitana de Fortaleza: 67,7% do número de empresas e 45,9% dos
empregos diretos gerados (Mapa 2).
SEADE 45
Mapa 2
SEADE 46
Mesmo para as empresas em fase de implantação ou com protocolos
assinados, há forte concentração na RMF, com 62,9% e 76,3% do total de
empresas e 62,5% e 77,9% de empregos diretos previstos.
Neste processo, os principais beneficiários devem ser os municípios de
Caucaia, Maracanaú, Horizonte, Maranguape e Fortaleza. No interior,
investimentos (realizados ou previstos) tendem a privilegiar a geração de
empregos nos municípios de Sobral, Quixadá e Crato. Esse desempenho
reflete a política de incentivos governamentais do Ceará para o
desenvolvimento industrial e do turismo de porte.
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Tabela 10 Programa de Geração de Empregos Industriais
Estado do Ceará Janeiro de 1995 a Fevereiro de 1998
Implantadas Em Implantação Com Protocolos Assinados nº Empregos Nº Empregos nº Empregos Municípios
Nº Diretos Indiretos Nº Diretos Indiretos Nº Diretos Indiretos Aquiraz 2 99 396 1 800 3.200 5 520 2.080 Aracati 2 248 992 - - - 2 85 340 Barbalha 1 115 460 3 620 2.480 6 676 2.704 Barreira 1 200 800 - - - 1 40 160 Brejo Santo 1 15 60 1 220 880 - - - Camocim 1 200 800 - - - 2 100 400 Canindé 2 757 3.028 - - - - - - Caridade 1 177 708 - - - 1 15 60 Carius - - - - - - 1 15 60 Cascavel - - - 3 575 2.300 1 40 160 Caucaia 9 378 1.512 10 770 3.080 57 9.619 38.480 Cedro 1 17 68 - - - - - - Chorozinho 1 32 128 1 100 400 1 100 400 Crateús 2 281 1.124 - - - 1 28 112 Crato 2 1.281 5.124 6 1.250 5.000 - - - Eusébio 4 348 1.392 5 420 1.680 14 1.561 6.244 Forquilha - - - - - - 1 560 2.240 Fortaleza 6 456 1.824 2 360 1.440 14 4.240 16.960 Guaiúba - - - 1 80 320 2 350 1.400 Guaramiranga - - - - - - 1 60 240 Horizonte 11 3.064 12.256 3 99 396 23 4.310 17.240 Iguatu 3 836 3.344 - - - 2 245 980 Itaitinga 1 70 280 - - - - - - Itapagé 1 412 1.648 - - - 1 60 240 Itapipoca 1 280 1.120 - - - - - - Itarema - - - - - - 1 54 216 Jaguaribe - - - - - - 2 194 776 Jaguaruana - - - - - - 2 280 1.120 Juazeiro do Norte 4 228 912 2 154 616 2 75 300 Lavras da Mangabeira - - - - - - 1 25 100 Maracanaú 20 3.973 15.892 10 1.768 7.072 17 3.779 15.116 Maranguape 10 2.652 10.608 6 887 3.548 7 580 2.320 Marco - - - - - - 1 35 140 Missao Velha 1 54 216 - - - - - - Morada Nova - - - - - - 1 120 480 Nova Olinda - - - 2 90 360 - - - Ocara - - - - - - 1 200 800 Pacajus 3 85 340 - - - 6 1.271 5.084 Pacatuba 1 21 84 6 2.332 9.328 3 207 828 Paracuru - - - 1 100 400 1 300 1.200 Paramoti - - - - - - 1 200 800 Pentecoste 1 130 520 - - - 1 600 2.400 Pindoretama 1 30 120 1 170 680 - - - Quixada - - - 1 70 280 4 2.670 10.680 Quixeramobim 1 444 1.776 - - - 1 45 180 Santana do Acarau - - - - - - 1 119 476 Santa Quitéria 1 757 3.020 - - - - - - Sao Goncalo do Amarante - - - 1 650 2.600 2 142 568 Sobral 2 6.603 26.412 3 211 844 2 370 1.480 Ubajara - - - - - - 1 50 600 Umirim - - - 1 300 1.200 - - - Uruburetama 1 64 256 - - - - - -Total 99 24.307 97.220 70 12.026 48.104 194 33.940 136.164Fonte: Secretaria do Desenvolvimento Econômico do Ceará
SEADE 48
Evolução do Emprego e das Ocupações O emprego formal no estado do Ceará observou uma ampliação de 15,07%
no período entre 1986 e 1997, segundo as informações da RAIS.
Expressividade do aumento no número de trabalhadores com relações
formais de trabalho na construção civil poder expressar somente uma
ampliação nos níveis de formalização nas relações de trabalho no setor. O
mesmo argumento pode ser usado para relativizar o crescimento no número de
empregos na agropecuária e na indústria extrativa mineral. Entretanto na
indústria de transformação, onde as relações de trabalho já há vários anos
observa um baixo grau de informalidade, deve, efetivamente, ter havido um
incremento no número de postos de trabalho. Foram criados nos onze anos, de
1986 a 1997, 14.690 novos postos de trabalho, num período no qual houve
forte redução no emprego industrial em todos os estados mais industrializados
do país. Esse incremento de 14,79% no número de postos de trabalho foi
seguido por um forte crescimento no número de estabelecimentos industriais
no estado, que ampliou-se em 87,66%.
Tabela 11 Evolução do Emprego Formal e do Número de Unidades Locais, segundo Ramos de Atividade
Estado do Ceará 1986 e 1997
Total 1986 Total 1997 1997 / 1986 Ramos de Atividade UL PO UL PO % UL % PO Extrativa Mineral 59 1.621 108 2.927 83,05 80,57 Indústria de Transformação 2.625 99.351 4.926 114.041 87,66 14,79 Serviços Industriais de Utilidade Pública 75 7.050 211 8.422 181,33 19,46 Construção Civil 496 21.208 1.219 35.062 145,77 65,32 Comércio 7507 65.756 14500 82377 93,15 25,28 Setor de Serviços 7.666 334.368 11.628 367.259 51,68 9,84 Agropecuária (inclui Silvicultura, Criação Animais, Extração Vegetal e Pesca)
363 9.550 539 10.101 48,48 5,77
Outros 40 1.563 219 1.752 447,50 12,09 Total 18.831 540.467 33.350 621.941 77,10 15,07 Fonte: Ministério do trabalho – RAIS – vários anos.
Na indústria o maior crescimento foi na indústria de calçados, que ampliou
em 646,28% o número de postos formais de trabalho entre 1986 e 1997,
seguido da indústria de material de transportes, que observou ampliação de
153,36% no mesmo período, conforme pode ser observado na tabela a seguir.
Dos setores industriais que tiveram redução no número de postos de
trabalho o de maior significado ocorreu na indústria de borracha, que teve uma
redução de 51,69% no emprego formal. Os outros setores industriais que
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observaram redução no número de postos de trabalho foram o de produtos
minerais não metálicos, a metalurgia a têxtil e vestuários e a indústria química,
com reduções de 17,79%, 13,43%, 7,54% e 7,10% respectivamente.
É importante observar, entretanto, que, em que pese ter havido redução no
número de postos de trabalho, a indústria têxtil continua sendo a principal
empregadora industrial, respondendo por 34,9 mil postos de trabalho em 1997,
o que equivale a 5,62% do total do emprego formal. A administração pública
direta e autarquias continua sendo a principal empregadora no Ceará,
respondendo, sozinha por cerca de um quarto do emprego formal (24,49%). O
comércio varejista e o ensino são, também, grandes empregadores e
respondiam por 10,91% e 10,79% do total de empregos, respectivamente.
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Tabela 12
Evolução do Emprego Formal e do Número de Unidades Locais, segundo Ramos de Atividade Estado do Ceará
1986 - 1997 Total 1986 Total 1990 1990/1986 Total 1995 1995 / 1990 Total 1997 1997 / 1995 1997 / 1986 Ramos de Atividades UL PO UL PO % UL % PO UL PO % UL % PO UL PO % UL % PO % UL % PO
Extrativa Mineral 59 1.621 67 1.875 13,56 15,67 108 2.947 61,19 57,17 108 2.927 0,00 (0,68) 83,05 80,57 Indústria de Produtos Miner Não Metálicos 198 6.396 222 6.296 12,12 (1,56) 272 3.939 22,52 (37,44) 355 5.258 30,51 33,49 79,29 (17,79) Indústria Metalúrgica 133 6.732 165 5.427 24,06 (19,39) 248 5.636 50,30 3,85 293 5.828 18,15 3,41 120,30 (13,43) Indústria Mecânica 44 1.883 57 1.568 29,55 (16,73) 72 1.260 26,32 (19,64) 90 1.924 25,00 52,70 104,55 2,18 Indústria Material Eletr. e de Comunicação 24 1.535 40 1.378 66,67 (10,23) 34 1.385 (15,00) 0,51 41 1.424 20,59 2,82 70,83 (7,23) Indústria do Material de Transporte 16 551 25 745 56,25 35,21 49 660 96,00 (11,41) 53 1.396 8,16 111,52 231,25 153,36 Indústria da Madeira e do Mobiliário 244 3.370 297 3.361 21,72 (0,27) 326 3.295 9,76 (1,96) 385 3.999 18,10 21,37 57,79 18,66 Indústria do Papel,Papelão, Edit. e Gráfica 179 3.814 194 3.715 8,38 (2,60) 244 3.837 25,77 3,28 309 4.176 26,64 8,84 72,63 9,49 Indústria Borracha,Fumo,Couros,Peles,Sim,Ind Div 132 4.691 168 4.939 27,27 5,29 179 2.541 6,55 (48,55) 163 2.266 (8,94) (10,82) 23,48 (51,69) Indústria Química de Prod Farm,Veter,Perf,Sabão 150 6.672 172 5.228 14,67 (21,64) 233 5.605 35,47 7,21 277 6.198 18,88 10,58 84,67 (7,10) Indústria Textil do Vest e Artef de Tecidos 825 37.772 984 35.008 19,27 (7,32) 1.423 34.567 44,61 (1,26) 1.617 34.923 13,63 1,03 96,00 (7,54) Indústria de Calçados 91 1.936 109 1.525 19,78 (21,23) 85 6.229 (22,02) 308,46 135 14.448 58,82 131,95 48,35 646,28 Indústria de Prod Alim, Beb e Alcool Etílico 589 23.999 646 25.672 9,68 6,97 926 33.387 43,34 30,05 1.208 32.201 30,45 (3,55) 105,09 34,18 Serviços Industriais de Utilidade Pública 75 7.050 145 7.718 93,33 9,48 194 10.099 33,79 30,85 211 8.422 8,76 (16,61) 181,33 19,46 Contrução Civil 496 21.208 740 20.598 49,19 (2,88) 1.488 31.708 101,08 53,94 1.219 35.062 (18,08) 10,58 145,77 65,32 Comércio Varejista 6.432 55.115 7.248 50.385 12,69 (8,58) 10.675 57.498 47,28 14,12 12.603 67.872 18,06 18,04 95,94 23,15 Comércio Atacadista 1.075 10.641 1.212 12.093 12,74 13,65 1.907 13.682 57,34 13,14 1.897 14.505 (0,52) 6,02 76,47 36,31 Instituições de Crédito,Seguros e Capitalização 506 17.193 441 16.541 (12,85) (3,79) 601 13.216 36,28 (20,10) 643 11.590 6,99 (12,30) 27,08 (32,59) Com Adm Imov, Val.Mov,Serviço Tec Prof,Etc 1.525 22.344 2.134 23.815 39,93 6,58 2.850 24.625 33,55 3,40 3.334 32.215 16,98 30,82 118,62 44,18 Transportes e Comunicações 655 21.097 389 19.156 (40,61) (9,20) 953 24.100 144,99 25,81 1.073 26.211 12,59 8,76 63,82 24,24 Serviços Alojam., Alim,Rep Manu Red, Radio, Tv 2.282 52.373 2.354 54.490 3,16 4,04 3.042 39.469 29,23 (27,57) 3.992 43.741 31,23 10,82 74,93 (16,48) Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários 369 6.405 517 8.654 40,11 35,11 1.496 33.602 189,36 288,28 969 34.078 (35,23) 1,42 162,60 432,05 Ensino 239 4.513 261 5.443 9,21 20,61 831 68.015 218,39 1149,59 1.184 67.132 42,48 (1,30) 395,40 1387,52 Administração Pública Direta e Autarquica 2.090 210.443 616 191.813 (70,53) (8,85) 382 155.538 (37,99) (18,91) 433 152.292 13,35 (2,09) (79,28) (27,63) Agric,Silvic,Criação Animais,Extr Veg,Pesca 363 9.550 487 12.091 34,16 26,61 653 9.958 34,09 (17,64) 539 10.101 (17,46) 1,44 48,48 5,77 Outros 40 1.563 1.432 18.376 3480,00 1075,69 1.640 9.272 14,53 (49,54) 219 1.752 (86,65) (81,10) 447,50 12,09 Total 18.831 540.467 21.122 537.910 12,17 (0,47) 30.911 596.070 46,35 10,81 33.350 621.941 7,89 4,34 77,10 15,07 Fonte: Ministério do trabalho – RAIS – vários anos.
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Tabela 13 Evolução do Emprego Formal e do Número de Unidades Locais, segundo Ramos de Atividade
Região Metropolitana de Fortaleza 1986 - 1997
Total 1986 Total 1990 1990/1986 Total 1995 1995 / 1990 Total 1997 1997 / 1995 1997 / 1986 Ramos de Atividades Ul PO Ul PO % Ul % PO Estab PO % Ul % PO Ul PO % Ul % PO % Ul % PO
Extrativa Mineral 29 1.317 36 1.307 24,14 (0,76) 53 1.106 47,22 (15,38) 53 1.109 0,00 0,27 82,76 (15,79) Indústria de Produtos Miner Não Metálicos 92 2.782 106 2.691 15,22 (3,27) 124 2.104 16,98 (21,81) 162 2.704 30,65 28,52 76,09 (2,80) Iindústria Metalúrgica 110 6.556 136 5.265 23,64 (19,69) 196 5.096 44,12 (3,21) 223 5.237 13,78 2,77 102,73 (20,12) Indústria Mecânica 34 1.737 47 1.482 38,24 (14,68) 60 1.042 27,66 (29,69) 75 1.607 25,00 54,22 120,59 (7,48) Indústria Material Eletr e de Comunicação 22 1.449 37 1.364 68,18 (5,87) 31 1.368 (16,22) 0,29 35 1.405 12,90 2,70 59,09 (3,04) Indústria do Material de Transporte 15 549 24 741 60,00 34,97 43 635 79,17 (14,30) 45 1.317 4,65 107,40 200,00 139,89 Indústria da Madeira e do Mobiliário 168 3.000 200 2.983 19,05 (0,57) 206 2.711 3,00 (9,12) 240 3.046 16,50 12,36 42,86 1,53 Indústria do Papel,Papelão, Edit e Gráfica 147 3.562 153 3.544 4,08 (0,51) 199 3.565 30,07 0,59 241 3.660 21,11 2,66 63,95 2,75 Indústria Borracha,Fumo,Couros,Peles,Sim,Ind Div 98 2.815 132 3.613 34,69 28,35 124 1.825 (6,06) (49,49) 114 1.485 (8,06) (18,63) 16,33 (47,25) Indústria Química de Prod Farm,Veter,Perf,Sabão 128 5.448 140 4.917 9,38 (9,75) 199 5.092 42,14 3,56 231 5.097 16,08 0,10 80,47 (6,44) Indústria Textil do Vest e Artef de Tecidos 708 32.772 875 33.389 23,59 1,88 1.285 30.806 46,86 (7,74) 1.418 30.740 10,35 (0,21) 100,28 (6,20) Indústria de Calçados 84 1.797 90 1.141 7,14 (36,51) 57 3.037 (36,67) 166,17 67 3.792 17,54 24,86 (20,24) 111,02 Indústria de Prod Alim, Beb e Alcool Etílico 339 16.546 418 20.189 23,30 22,02 606 25.702 44,98 27,31 750 23.417 23,76 (8,89) 121,24 41,53 Serviços Industriais de Utilidade Pública 9 6.470 24 7.000 166,67 8,19 49 8.678 104,17 23,97 52 6.420 6,12 (26,02) 477,78 (0,77) Contrução Civil 422 19.087 578 18.764 36,97 (1,69) 1.154 28.049 99,65 49,48 1.009 29.001 (12,56) 3,39 139,10 51,94 Comércio Varejista 3.948 45.547 4.773 41.962 20,90 (7,87) 7.455 47.866 56,19 14,07 8.491 53.539 13,90 11,85 115,07 17,55 Comércio Atacadista 713 8.352 854 9.454 19,78 13,19 1.499 11.138 75,53 17,81 1.503 12.172 0,27 9,28 110,80 45,74 Instituições de Crédito,Seguros e Capitalização 198 12.333 210 12.410 6,06 0,62 376 10.552 79,05 (14,97) 403 9.671 7,18 (8,35) 103,54 (21,58) Com Adm Imov, Val.Mov,Serviço Tec Prof,Etc 1.342 20.707 1.906 22.408 42,03 8,21 2.642 23.519 38,61 4,96 3.088 29.891 16,88 27,09 130,10 44,35 Transportes e Comunicações 294 17.501 239 16.791 (18,71) (4,06) 612 21.300 156,07 26,85 726 24.137 18,63 13,32 146,94 37,92 Serviços Alojam., Alim,Rep Manu Red, Radio, Tv 1.653 45.369 1.764 48.222 6,72 6,29 2.391 34.704 35,54 (28,03) 3.054 35.843 27,73 3,28 84,75 (21,00) Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários 223 4.175 343 5.363 53,81 28,46 1.027 27.480 199,42 412,40 609 27.425 (40,70) (0,20) 173,09 556,89 Ensino 204 3.971 234 5.061 14,71 27,45 634 63.750 170,94 1159,63 895 61.075 41,17 (4,20) 338,73 1438,03 Administração Pública Direta e Autarquica 1.386 135.252 293 110.558 (78,86) (18,26) 130 72.243 (55,63) (34,66) 144 77.053 10,77 6,66 (89,61) (43,03) Agric,Silvic,Criação Animais,Extr Veg,Pesca 225 6.161 297 7.858 32,00 27,54 313 4.843 5,39 (38,37) 262 5.923 (16,29) 22,30 16,44 (3,86) Outros 32 1.037 1.077 11.847 3265,63 1042,43 1.239 5.320 15,04 (55,09) 176 501 (85,79) (90,58) 450,00 (51,69) Total 12.623 406.292 14.986 400.324 18,72 (1,47) 22.704 443.531 51,50 10,79 24.066 457.267 6,00 3,10 90,65 12,55 Fonte: Ministério do trabalho – RAIS – vários anos.
SEADE 52
Tabela 14 Evolução do Emprego Formal e do Número de Unidades Locais segundo Ramos de Atividade
Interior do Estado do Ceará 1986-1997
Total 1986 Total 1990 1990/1986 Total 1995 1995 / 1990 Total 1997 1997 / 1995 1997 / 1986 Ramos de Atividades UL PO UL PO % UL % PO UL PO % UL % PO UL PO % UL % PO % UL % PO Extrativa Mineral 30 304 31 568 3,33 86,84 55 1.841 77,42 224,12 55 1.818 0,00 (1,25) 83,33 498,03 Indústria de Produtos Miner Não Metálicos 106 3.614 116 3.605 9,43 (0,25) 148 1.835 27,59 (49,10) 193 2.554 30,41 39,18 82,08 (29,33) Iindústria Metalúrgica 23 176 29 162 26,09 (7,95) 52 540 79,31 233,33 70 591 34,62 9,44 204,35 235,80 Indústria Mecânica 10 146 10 86 0,00 (41,10) 12 218 20,00 153,49 15 317 25,00 45,41 50,00 117,12 Indústria Material Eletr e de Comunicação 2 86 3 14 50,00 (83,72) 3 17 0,00 21,43 6 19 100,00 11,76 200,00 (77,91) Indústria do Material de Transporte 1 2 1 4 0,00 100,00 6 25 500,00 525,00 8 79 33,33 216,00 700,00 3850,00 Indústria da Madeira e do Mobiliário 76 370 97 378 27,63 2,16 120 584 23,71 54,50 145 953 20,83 63,18 90,79 157,57 Indústria do Papel,Papelão, Edit e Gráfica 32 252 41 171 28,13 (32,14) 45 272 9,76 59,06 68 516 51,11 89,71 112,50 104,76 Indústria Borracha,Fumo,Couros,Peles,Sim,Ind Div 34 1.876 36 1.326 5,88 (29,32) 55 716 52,78 (46,00) 49 781 (10,91) 9,08 44,12 (58,37) Indústria Química de Prod Farm,Veter,Perf,Sabão 22 1.224 32 311 45,45 (74,59) 34 513 6,25 64,95 46 1.101 35,29 114,62 109,09 (10,05) Indústria Textil do Vest e Artef de Tecidos 117 5.000 109 1.619 (6,84) (67,62) 138 3.761 26,61 132,30 199 4.183 44,20 11,22 70,09 (16,34) Indústria de Calçados 7 139 19 384 171,43 176,26 28 3.192 47,37 731,25 68 10.656 142,86 233,83 871,43 7566,19 Indústria de Prod Alim, Beb e Alcool Etílico 250 7.453 228 5.483 (8,80) (26,43) 320 7.685 40,35 40,16 458 8.784 43,13 14,30 83,20 17,86 Serviços Industriais de Utilidade Pública 66 580 121 718 83,33 23,79 145 1.421 19,83 97,91 159 2.002 9,66 40,89 140,91 245,17 Contrução Civil 74 2.121 162 1.834 118,92 (13,53) 334 3.659 106,17 99,51 210 6.061 (37,13) 65,65 183,78 185,76 Comércio Varejista 2.484 9.568 2.475 8.423 (0,36) (11,97) 3.220 9.632 30,10 14,35 4.112 14.333 27,70 48,81 65,54 49,80 Comércio Atacadista 362 2.289 358 2.639 (1,10) 15,29 408 2.544 13,97 (3,60) 394 2.333 (3,43) (8,29) 8,84 1,92 Instituições de Crédito,Seguros e Capitalização 308 4.860 231 4.131 (25,00) (15,00) 225 2.664 (2,60) (35,51) 240 1.919 6,67 (27,97) (22,08) (60,51) Com Adm Imov, Val.Mov,Serviço Tec Prof,Etc 183 1.637 228 1.407 24,59 (14,05) 208 1.106 (8,77) (21,39) 246 2.324 18,27 110,13 34,43 41,97 Transportes e Comunicações 361 3.596 150 2.365 (58,45) (34,23) 341 2.800 127,33 18,39 347 2.074 1,76 (25,93) (3,88) (42,32) Serviços Alojam., Alim,Rep Manu Red, Radio, Tv 629 7.004 590 6.268 (6,20) (10,51) 651 4.765 10,34 (23,98) 938 7.898 44,09 65,75 49,13 12,76 Serviços Médicos, Odontológicos e Veterinários 146 2.230 174 3.291 19,18 47,58 469 6.122 169,54 86,02 360 6.653 (23,24) 8,67 146,58 198,34 Ensino 35 542 27 382 (22,86) (29,52) 197 4.265 629,63 1016,49 289 6.057 46,70 42,02 725,71 1017,53 Administração Pública Direta e Autarquica 704 75.191 323 81.255 (54,12) 8,06 252 83.295 (21,98) 2,51 289 75.239 14,68 (9,67) (58,95) 0,06 Agric,Silvic,Criação Animais,Extr Veg,Pesca 138 3.389 190 4.233 37,68 24,90 340 5.115 78,95 20,84 277 4.178 (18,53) (18,32) 100,72 23,28 Outros 8 526 355 6.529 4337,50 1141,25 401 3.952 12,96 (39,47) 43 1.251 (89,28) (68,35) 437,50 137,83 Total 6.208 134.175 6.136 137.586 (1,16) 2,54 8.207 152.539 33,75 10,87 9.284 164.674 13,12 7,96 49,55 22,73 Fonte: Ministério do trabalho – RAIS – vários anos
SEADE 53
As informações sobre o número de estabelecimentos e empregados (com
carteira assinada) para o ano de 1997 também indicam forte concentração na
Região Metropolitana de Fortaleza para a maioria dos setores da atividade
econômica. Nesta região encontram-se 72,7% do total do número de
estabelecimentos e 74,9% do total do empregados do Estado. O município de
Fortaleza concentra 67,0% dos estabelecimentos e 64,2% dos empregos do
Estado, segundo dados da RAIS/MTb (Tabelas 16 e 17, Mapa 3).
Em segundo lugar, destaca-se o município de Maracanaú, responsável por
11,0% do total de empregos industriais do Estado, também na região
metropolitana. Assim, quase 63% dos empregos formais do setor industrial no
Estado concentram-se em dois municípios da região metropolitana.
O restante do contingente de trabalhadores formais encontra-se disperso
pelo Estado, destacando-se poucos municípios em setores específicos, tais
como Sobral (no noroeste cearense) com 7,1% do total do pessoal ocupado na
indústria e 4,6% do total do emprego nos serviços de utilidade pública;
Camocim (também no noroeste) e Limoeiro do Norte (na mesorregião do
Jaguaribe), com 19,1% e 9,4%, respectivamente, do pessoal alocado na
extração de minerais; Juazeiro do Norte (no sul cearense) com 4,2% do total do
emprego no comércio e 3,4% da construção civil e Iguatu (no centro-sul) com
3,3% do emprego no comércio.
Examinando-se as informações referentes ao total do emprego formal
segundo gênero, verifica-se que a proporção de empregados do sexo
masculino atinge pouco mais da metade (54,1%), graças à elevada
participação do emprego feminino nas principais atividades em termos de
pessoal ocupado, tais como a Indústria de Transformação, Comércio, Serviços
e Administração Pública (Tabela 15).
Para os dois últimos e para o total de ocupados em outros setores de
atividade ou com ocupação ignorada, o percentual do emprego feminino é
superior ao masculino (51,1%; 61,5% e 61,5%, respectivamente). Nos demais
segmentos, a força de trabalho é, tradicionalmente, constituída por um maior
número de elementos do sexo masculino.
SEADE 54
Mapa 3
SEADE 55
Tabela 15 Emprego Formal, por Sexo, segundo Grandes Grupos
Estado do Ceará 1997
Número de Empregados Setores
Número de Estabe-lecimentos Masculino Feminino Total
Proporção de Homens
Razão de
Sexo
Indústria Extrativo-Mineral 108 2.660 267 2.927 90,88 9,96Indústria de Transformação 4.936 67.691 46.352 114.043 59,36 1,46Serviços Industriais de Utilidade Pública 214 7.237 1.191 8.428 85,87 6,08Construção Civil 1.512 34.350 2.146 36.496 94,12 16,01Comércio 14.521 51.846 30.583 82.429 62,90 1,70Serviços 12.953 106.220 111.069 217.289 48,88 0,96Administração Pública 435 59.311 92.983 152.294 38,95 0,64Agropecuária 636 8.580 2.123 10.703 80,16 4,04Outros ou Ignorado 273 711 1.135 1.846 38,52 0,63Total 35.588 338.606 287.849 626.455 54,05 1,18Fonte: Ministério do Trabalho – RAIS/1997
Embora as informações da Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar
(PNAD) do IBGE, que possibilita fazer considerações além do mercado formal
de trabalho, confirmem a concentração do pessoal ocupado em atividades
urbanas na região metropolitana, observa-se que esta se dá em níveis
inferiores aos apresentados com base na RAIS-MTb. De fato, apenas o setor
da Administração Pública tem o maior contingente de pessoas empregadas no
interior do Estado.
Contudo, no período 1992-1997, para setores como a Indústria de
Transformação e Outras Atividades Industriais, verifica-se uma tendência à
aproximação desses porcentuais face às maiores taxas de crescimento do
interior, promovidas pela desconcentração dessas atividades. Na região
metropolitana, é importante destacar que os acréscimos de pessoal ocupado
tem sido observados nos Serviços Auxiliares, Sociais, Outras Atividades,
Comércio e Prestação de Serviços.
SEADE 56
Tabela 16 Distribuição do Emprego, por Setores de Atividade, segundo Mesorregiões
Estado do Ceará 1997
Extr. Mineral Ind. Transf. Serv. Ind. Util. Públ. Constr. Civil Comércio Serviços Adm. Públ. Agropec. Outros/
Ignorado Total Mesorregiões Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO
Noroeste Cearense 20,4 35,5 4,4 7,6 21,0 7,1 7,5 1,6 6,8 3,6 5,1 2,5 16,8 12,3 9,6 5,8 3,3 10,8 6,2 6,2 Norte Cearense 5,6 2,4 3,4 4,8 16,8 2,9 2,0 3,0 3,5 1,5 2,4 1,9 13,8 9,2 13,2 11,8 5,1 3,1 3,4 4,4 Metropolitana 50,0 38,3 74,1 77,8 26,2 76,3 74,4 82,5 69,3 80,0 78,9 88,1 34,3 51,3 50,0 63,4 81,3 30,5 72,7 74,9 Sertões Cearenses 0,0 0,0 2,9 1,0 11,7 3,5 2,8 0,5 4,7 2,4 2,9 1,4 10,8 8,4 10,2 4,9 4,0 51,9 3,9 3,4 Jaguaribe 6,5 14,2 4,9 1,8 7,9 2,4 2,2 6,2 3,8 2,0 2,2 1,1 8,5 6,5 9,7 11,1 1,8 0,7 3,5 3,2 Centro-Sul Cearense 4,6 2,8 2,2 1,3 5,6 3,0 1,9 0,7 2,7 3,7 1,7 0,7 5,3 4,1 1,9 0,7 1,5 0,3 2,3 2,1 Sul Cearense 13,0 6,9 8,1 5,7 10,7 4,7 9,2 5,4 9,1 6,7 7,0 4,2 10,6 8,2 5,3 2,2 2,9 2,7 8,1 5,8 Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Fonte: RAIS - Ministério do Trabalho
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Tabela 17 Distribuição do Emprego, por Setores de Atividade, segundo Municípios Selecionados
Estado do Ceará 1997
Extrativa Mineral
Indústria Transf.
Serv. Ind. Util. Públ.
Constr. Civil Comércio Serviços Adm. Públ. Agropec. Outros/
Ignorado Total Municípios Selecionados
Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO Est. PO RM de Fortaleza 50,0 38,3 74,1 77,8 26,2 76,3 74,4 82,5 69,3 80,0 78,9 88,1 34,3 51,3 50,0 63,4 81,3 30,5 72,7 74,9Aquiraz 0,9 0,0 0,4 0,5 0,5 0,7 0,7 0,3 0,2 0,1 0,3 0,3 0,5 0,5 6,1 7,6 0,4 0,1 0,4 0,5Caucaia 5,6 3,7 2,2 3,6 1,4 1,8 1,6 0,5 1,3 1,0 1,3 1,0 1,1 1,7 2,8 1,3 2,9 0,9 1,5 1,7Eusébio 2,8 1,2 0,9 3,2 0,0 0,0 1,5 0,8 0,2 0,5 0,6 3,7 0,9 0,4 2,0 1,5 0,0 0,0 0,5 2,1Fortaleza 26,9 22,2 65,1 51,8 19,6 72,2 67,0 76,7 64,9 76,2 74,6 79,7 27,8 44,3 23,4 40,2 75,5 27,7 67,0 64,2Guaiúba 0,0 0,0 0,1 0,1 0,5 0,1 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,5 0,2 0,8 0,3 0,4 0,1 0,1 0,1Horizonte 0,9 0,4 0,6 2,8 0,5 0,1 0,6 0,1 0,1 0,1 0,1 0,5 0,2 0,3 3,3 4,0 0,0 0,0 0,3 0,8Itaitinga 5,6 5,0 0,2 0,1 0,5 0,1 0,2 0,5 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2 0,3 0,0 0,4 0,2 0,1 0,2Maracanaú 5,6 5,6 3,0 11,0 1,4 0,6 1,9 3,1 1,5 1,4 1,0 1,1 0,9 2,3 4,2 3,0 0,4 0,0 1,6 3,4Maranguape 0,0 0,0 0,9 2,7 0,9 0,6 0,5 0,2 0,6 0,5 0,6 0,5 0,7 0,7 4,4 2,8 0,4 0,1 0,7 1,0Pacajus 0,0 0,0 0,5 1,7 0,5 0,1 0,1 0,4 0,3 0,2 0,2 0,1 0,5 0,4 1,6 1,5 0,0 0,0 0,3 0,5Pacatuba 1,9 0,2 0,3 0,2 0,5 0,1 0,3 0,0 0,1 0,0 0,1 1,0 0,9 0,3 0,9 1,3 1,1 1,5 0,2 0,5Interior 50,0 61,7 25,9 22,2 73,8 23,7 25,6 17,5 30,7 20,0 21,1 11,9 65,7 48,7 50,0 36,6 18,7 69,5 27,3 25,1Sobral 1,9 3,3 2,4 7,1 2,3 4,6 5,9 0,9 3,8 2,5 2,6 1,4 0,9 1,3 2,0 0,4 0,7 0,8 3,1 2,6Juazeiro do Norte 0,0 0,0 4,9 2,4 0,9 1,8 4,4 3,4 5,0 4,2 2,8 1,4 0,9 2,6 1,1 0,2 0,7 0,7 4,0 2,3Crato 1,9 1,0 1,7 1,8 0,9 1,8 3,3 1,2 2,3 1,7 2,2 1,4 0,7 0,7 1,3 0,1 0,4 0,3 2,1 1,3Iguatu 1,9 0,1 1,6 1,1 0,9 2,3 1,1 0,3 1,6 3,3 0,8 0,3 0,7 0,6 1,4 0,6 0,4 0,1 1,3 0,9Morada Nova 0,0 0,0 0,4 0,2 0,0 0,0 0,3 2,5 0,3 0,2 0,2 0,2 0,7 1,2 0,6 0,3 0,0 0,0 0,3 0,6Cascavel 0,0 0,0 0,4 1,7 0,9 0,1 0,1 0,0 0,3 0,1 0,2 0,1 0,7 0,6 2,4 0,8 0,4 0,1 0,3 0,5Aracati 1,9 1,7 0,5 0,6 0,5 0,1 0,5 0,4 0,9 0,6 0,5 0,3 0,7 0,5 2,5 4,4 0,7 0,5 0,7 0,5Barbalha 0,9 1,0 0,4 1,2 0,9 0,1 0,5 0,7 0,3 0,1 0,4 0,4 0,7 0,4 0,5 0,1 0,4 0,2 0,4 0,5Quixada 0,0 0,0 0,8 0,2 0,9 0,6 1,1 0,0 1,2 0,8 0,6 0,3 0,2 0,6 4,2 3,1 1,8 1,2 1,0 0,5Itapipoca 0,0 0,0 0,4 0,7 0,5 0,3 0,3 0,1 0,5 0,2 0,3 0,2 0,5 0,8 0,3 1,3 0,0 0,0 0,4 0,4Limoeiro do Norte 0,9 9,4 0,7 0,3 0,0 0,0 0,3 0,1 0,7 0,4 0,4 0,2 0,9 0,7 1,1 0,6 0,0 0,0 0,6 0,4Camocim 6,5 19,1 0,1 0,0 0,5 0,2 0,3 0,1 0,5 0,3 0,3 0,2 0,5 0,5 1,7 2,0 0,4 8,1 0,4 0,4Demais municípios 34,3 26,2 11,4 5,0 64,5 11,8 7,5 7,8 13,2 5,7 9,8 5,6 57,7 38,2 30,8 22,7 12,8 57,6 12,7 14,2Fonte: RAIS - Ministério do Trabalho
SEADE 58
A evolução do total das ocupações existentes no Ceará segundo o setor de
atividades, captada pela pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
do IBGE, mostra que, para o conjunto do estado o setor que mais cresceu o
número de ocupações foi os serviços auxiliares. Entretanto, chama atenção
que chama o crescimento em todos os ramos de atividade do estado, exceto a
construção civil. No interior do Estado o destaque fica por conta do grande
crescimento de ocupações na indústria de transformação e em outras
atividades industriais.
SEADE 59
Tabela 18 População Ocupada (PEA Restrita) em Atividades Não-Agrícolas, Residentes em Áreas
Urbanas, segundo a Área Censitária da Amostra e Ramos de Atividade Estado do Ceará
1992-1997 Em 1.000 Pessoas
1992 1993 1995 1996 1997 1992/97 ÁREA CENSITÁRIA RAMOS DE ATIVIDADES (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) % aa
TOTAL URBANO 1.397 1.457 1.605 1.510 1.619 2,7 ** Indústria de Transformação 197 211 228 211 218 1,7 Indústria da Construção 126 143 136 129 129 -0,5 Outras Atividades Industriais 15 20 21 17 21 4,2 Comércio de Mercadorias 312 321 339 350 391 4,1 *** Prestação de Serviços 366 403 457 396 440 2,9 Serviços Auxiliares 33 25 41 43 45 9,6 ** Transporte ou Comunicação 62 56 63 61 60 0,6 Serviços Socias 178 154 190 190 193 3,2 * Administração Pública 88 90 97 87 92 0,5 Outras Atividades 21 34 33 26 31 3,7
METROPOLITANO 873 897 1.016 942 996 2,6 ** Indústria de Transformação 145 157 158 149 140 -0,8 Indústria da Construção 82 82 87 83 84 0,5 Outras Atividades Industriais 11 11 12 10 12 0,1 Comércio de Mercadorias 176 185 200 195 223 4,1 *** Prestação de Serviços 230 246 297 256 278 3,5 * Serviços Auxiliares 26 22 33 35 37 9,8 ** Transporte ou Comunicação 37 38 42 37 41 1,6 Serviços Sociais 100 85 113 108 115 4,5 * Administração Pública 48 49 53 48 43 -1,4 Outras Atividades 17 22 20 22 24 4,8 *
NÃO METROPOLITANO 524 561 589 568 623 2,7 *** Indústria de Transformação 52 54 69 62 78 7,8 *** Indústria da Construção 45 60 50 46 45 -2,1 Outras Atividades Industriais 3 9 10 7 9 14,1 Comércio de Mercadorias 136 136 139 155 168 4,1 *** Prestação de Serviços 135 157 160 140 162 1,8 Serviços Auxiliares 7 4 8 8 8 9,5 Transporte ou Comunicação 25 18 21 24 20 -0,9 Serviços Sociais 78 69 76 82 78 1,6 Administração Pública 40 41 44 39 49 2,6 Outras Atividades 4 12 12 4 8 0,7
Fonte: Tabulações Especiais do Projeto RURBANO, IE/UNICAMP. Abril/1999. ***,**,* indicam respectivamente 5%, 10% e 20% de confiança, estimado pelo coeficiente de regressão.
A tabela a seguir apresenta o número de ocupados, segundo o tipo de
ocupação. Esses dados, como os da tabela anterior, não se restringem aos
trabalhadores que possuem vínculo empregatício, mas ao conjunto de
ocupados em atividades urbanas, residentes em áreas urbanas.
Segundo os resultados da Pnad, as ocupações com maior número de
ocupados no Estado do Ceará são serviços domésticos, serviços por conta
própria e balconistas/atendentes, com mais de cem mil ocupados cada, em
SEADE 60
1997. O expressivo número de ambulantes, 84 mil em 1997, bem como a taxa
de crescimento dos ocupados nessa função, 9,1% entre 1992 e 1997,
demonstram há uma grande precarização nas relações de trabalho e nas
estratégias de sobrevivência da população. Chama atenção, também, o fato de
estar crescendo o número de bordadeiras, 26 mil, em 1997, com crescimento
de 4,7% no período analisado.
Tabela 19 População Ocupada (PEA Restrita) em Atividades Não-Agrícolas, Residentes em Áreas
Urbanas, segundo a Área Censitária da Amostra e Ocupação Principal Estado do Ceará
1992-1997 ÁREA OCUPAÇÃO 1992 1993 1995 1996 1997 1992/97 CENSITÁRIA PRINCIPAL (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) %aa TOTAL URBANO Não-agrícola
serviços domésticos 110 100 138 115 133 4,5 * serviços conta própria 97 115 101 116 116 2,5 balconistas atendentes 93 99 100 104 106 2,5 *** ambulante - outros 48 54 61 59 84 9,1 *** costureiro alfaiate 58 71 65 68 51 -2,2 pedreiro 39 43 43 53 51 5,4 *** diversos 38 49 55 53 50 5,1 * motorista 41 34 43 42 50 5,0 * ajudante pedreiro 50 43 51 37 45 -2,6 ajudante administrativo 40 29 39 32 39 0,5 ajudante diversos 35 42 35 26 34 -4,4 servente faxineiro 34 26 37 28 31 -0,2 profes. prim grau inicial 26 27 33 28 31 3,4 * empregador - comércio 23 21 21 19 27 1,5 bordadeira 16 26 21 19 26 4,7 ajudante mec veículos 16 18 19 20 23 5,8 *** auxiliar serv. médico 15 15 12 22 22 7,8 cozinheiro (não domést) 19 21 23 17 19 -1,1 guarda - vigia 20 20 22 22 17 -1,2 dirigente adm pública 10 8 12 13 17 12,8 *** atendentes de serviços 14 13 13 16 16 3,9 copeiro balconista 9 9 16 13 15 13,3 ** lavadeira doméstica 8 13 16 7 15 5,1 prof. pre-escolar 9 9 11 10 13 7,4 ** profes. primeiro grau 9 9 13 7 13 4,9 passadeira (não domést) 18 11 16 12 12 -4,5 ajudante ind. calçados 4 3 6 8 12 29,7 *** marceneiro 7 10 6 14 12 11,3
(continua)
SEADE 61
ÁREA OCUPAÇÃO 1992 1993 1995 1996 1997 1992/97 CENSITÁRIA PRINCIPAL (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) %aa
praça militar 9 14 12 9 11 -0,2 assistentes administr 14 11 15 16 11 0,5 Sub-total 926 965 1.055 1.006 1.100 3,0 *** TOTAL 1.397 1.457 1.605 1.510 1.619 2,7 **
METROPOLITANO URBANO Não-agrícola
serviços domesticos 67 64 86 68 78 3,4 serviços conta própria 53 59 59 62 64 3,1 *** balconistas atendentes 51 52 57 57 59 3,2 *** ambulante - outros 28 33 37 27 44 5,2 costureiro alfaiate 45 51 48 51 39 -2,0 diversos 24 30 31 34 35 7,3 *** pedreiro 23 28 26 34 32 6,4 ** motorista 27 25 30 26 31 2,5 ajudante pedreiro 28 22 26 19 25 -2,1 ajudante administrativo 27 17 26 23 23 1,0 ajudante diversos 16 18 20 14 21 1,1 servente faxineiro 18 13 20 15 19 1,8 empregador - comércio 11 11 13 11 15 5,5 * cozinheiro (não domést) 8 12 13 12 15 10,8 ** guarda - vigia 15 14 12 16 15 0,7 profes. prim grau inicial 14 11 15 13 14 1,1 ajudante mec veículos 12 11 12 13 13 2,7 ** auxiliar serv. médico 6 9 7 11 13 12,0 ** praça militar 8 12 11 8 9 -0,3 atendentes de serviços 9 8 9 12 9 3,1 copeiro balconista 5 6 11 4 9 7,1 lavadeira doméstica 5 8 12 4 8 1,0 caixa recebedor 5 7 7 10 8 11,8 * porteiro etc 2 4 5 8 8 29,9 *** vigilância privada 5 3 8 5 8 12,2 tecnicos industriais div 4 6 4 7 8 10,8 chefias e assistentes 7 6 8 6 7 0,7 contínuo 5 9 6 7 7 1,5 assistentes administr 9 7 12 11 7 1,5 auxiliar costureiro 3 3 4 3 7 12,8 Sub-total 540 562 633 592 652 3,4 *** TOTAL 873 897 1.016 942 996 2,6 **
NÃO METROPOLITANO URBANO Não-agrícola
serviços domesticos 43 36 52 47 55 6,4 * serviços conta própria 44 56 42 54 52 1,8 balconistas atendentes 42 46 43 46 47 1,6 ambulante - outros 20 21 24 32 40 13,9 *** bordadeira 8 19 13 13 20 10,2 ajudante pedreiro 23 22 25 18 20 -3,1 motorista 13 9 13 16 19 10,4 * pedreiro 16 15 17 19 18 3,8 ** profes. prim grau inicial 11 15 18 15 16 6,0 * ajudante administrativo 13 12 14 8 15 -0,8 diversos 15 19 24 19 15 1,0
(continua)
SEADE 62
ÁREA OCUPAÇÃO 1992 1993 1995 1996 1997 1992/97 CENSITÁRIA PRINCIPAL (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) (1.000) %aa
ajudante diversos 18 24 15 12 13 -10,1 ** costureiro alfaiate 13 20 17 17 12 -2,7 servente faxineiro 16 13 17 13 12 -2,9 empregador - comércio 12 10 8 8 12 -3,0 dirigente adm pública 6 4 7 9 11 16,7 ** ajudante ind. calçados - - - 5 10 ajudante mec veículos 4 7 7 7 10 12,1 ** auxiliar serv. médico 9 7 5 11 9 3,9 feirante(não empregador) 9 3 4 - 8 prof. pre-escolar 4 4 4 3 7 4,0 atendentes de serviços 4 4 4 4 7 4,3 forneiro em olaria 5 11 6 5 7 -2,0 copeiro balconista 4 - 6 9 6 profes. primeiro grau 5 4 5 4 6 1,6 lavadeira doméstica - 5 5 3 6 passadeira (não domést) 8 5 8 5 6 -5,7 marceneiro - - - 3 5 ambulante -frutas leg - - 3 4 5 cozinheiro (não domést) 11 9 10 5 5 -16,6 *** Sub-total 376 402 413 414 472 3,6 *** TOTAL 524 561 589 568 623 2,7 ***
(conclusão)Fonte: Tabulações Especiais do Projeto RURBANO, IE/UNICAMP. Abril/1999. ***,**,* indicam respectivamente 5%, 10% e 20% de confiança, estimado pelo coeficiente de
População
O Estado do Ceará possuía em 1996 uma população total de quase 7
milhões de habitantes, representando 4,34% da população brasileira,
distribuída em 184 municípios (Mapa 1).
Na década de 80, enquanto o país crescia a 1,93% a.a., a população
cearense crescia a uma taxa de 1,70% a.a. De 1991 a 1996 o Estado cresceu
a uma taxa de1,38% a.a., ligeiramente superior à taxa nacional de 1,36%.
O crescimento da população urbana foi de 3,63% a.a. de 1980 a 1991 e de
2,56% a.a. no período 1991/1996, enquanto a população rural apresentou
taxas de crescimento negativas nos dois períodos, de -1,06 e -2,36% a.a.,
respectivamente.
Com efeito, o grau de urbanização do Estado passou de 53,14% em 1980
para quase 70% em 1996, valor superior ao da região Nordeste. Nenhum
município apresentou taxa de crescimento negativa para a população urbana
na década de 80 e entre os municípios cujas taxas de crescimento da
população urbana foram negativas no período 1991/1996, a maior parte diz
respeito àqueles que perderam população por causa da criação de novos
municípios (Tabela 1 no anexo).
A distribuição da população estadual segundo as sete mesorregiões
SEADE 63
geográficas cearenses (Tabela 19) mostra que a Mesorregião Metropolitana de
Fortaleza 10 reunia, em 1996, 38,85% da população total em 11 municípios,
com um grau de urbanização de 97%. Fortaleza, com quase dois milhões de
habitantes, abrigava sozinho 29% da população cearense, sendo o único
município do Estado com mais de 250.000 habitantes (Mapa 4).
10 A Mesorregião Geográfica Metropolitana de Fortaleza definida pelo IBGE compreende a Região Metropolitana Legal de Fortaleza mais 2 municípios: Horizonte e Pacajus.
SEADE 64
Mapa 4
SEADE 65
Tabela 20 População Total e Taxas de Crescimento
Estado do Ceará, Mesorregiões Geográficas e Principais Municípios 1980/1991 e 1991/1996
População Grau de Urbanização
Taxa de Crescimento Estado do Ceará, Mesorregiões
Geográficas e Principais Municípios 1980 1991 1996 1996 1980/
1991 1991/ 1996
Estado do Ceará 5.288.253 6.366.647 6.809.794 69,21 1,70 1,38Meso 1 - Noroeste Cearense 912.968 1.029.159 1.085.004 51,29 1,10 1,08Camocim 36.492 51.035 51.533 71,22 3,10 0,20Sobral 103.772 127.489 138.565 83,63 1,89 1,71Meso 2 - Norte Cearense 676.660 750.397 792.477 48,66 0,94 1,12Canindé 58.180 61.827 65.818 54,94 0,55 1,28Cascavel 38.582 46.507 50.022 85,12 1,71 1,49Itapipoca 69.377 77.263 80.249 51,96 0,98 0,77Meso 3 - Metropolitana de Fortaleza 1.612.459 2.357.100 2.645.278 97,00 3,51 2,37Aquiraz 33.016 46.305 52.282 88,30 3,12 2,50Caucaia 94.108 165.099 209.150 90,24 5,24 4,93Eusébio 12.095 20.410 27.206 100,00 4,87 6,02Fortaleza 1.307.611 1.768.637 1.965.513 100,00 2,78 2,17Guaiúba 13.547 17.562 17.060 66,94 2,39 -0,59Itaitinga - - 25.886 87,87 - -Maracanaú 37.894 157.151 160.065 99,64 13,80 0,37Maranguape 53.232 71.705 82.064 74,56 2,75 2,78Pacatuba 28.563 60.148 43.594 92,09 7,00 -6,34Meso 4 - Sertões Cearenses 773.225 776.629 775.228 44,50 0,04 -0,04Crateús 65.865 66.652 65.229 64,18 0,11 -0,44Quixadá 71.423 72.224 64.442 67,47 0,10 -2,29Quixeramobim 55.075 59.100 56.697 47,33 0,64 -0,84Tauá 46.673 51.339 50.258 48,00 0,87 -0,43Meso 5 - Jaguaribe 387.757 428.889 453.382 51,70 0,92 1,14Aracati 50.495 60.687 56.978 60,92 1,69 -1,27Morada Nova 55.200 58.912 60.426 50,03 0,59 0,52Russas 38.517 46.566 51.910 60,59 1,74 2,23Meso 6 - Centro-Sul Cearense 312.747 337.282 336.481 51,28 0,69 -0,05Icó 53.344 60.466 58.316 40,10 1,15 -0,73Iguatu 68.169 75.649 78.220 70,04 0,95 0,68Meso 7 - Sul Cearense 612.437 687.191 721.944 62,81 1,05 1,01Crato 80.677 90.519 95.521 81,55 1,05 1,10Juazeiro do Norte 135.616 173.566 189.423 95,24 2,27 1,79Fonte: IBGE. Censos Demográficos 1980 e 1991 e Contagem Populacional 1996.
SEADE 66
Analisando a distribuição da população segundo gênero em 1996, verifica-se
que 51% dos cearenses eram mulheres, situação que se mantém quase a
mesma se desagregarmos os dados por mesorregião (Tabela 21) e por
municípios (Tabela 2 no anexo). As pequenas diferenças ficam com as
mesorregiões Metropolitana e Sul Cearense, onde as mulheres contribuem
com 52% e com o Norte Cearense, única mesorregião onde se dá o
predomínio dos homens, com 51%.
Tabela 21 População Total, por Sexo
Estado do Ceará e Mesorregiões 1996
Homens Mulheres Estado do Ceará e Mesorregiões
Nº % Nº % Total
Estado do Ceará 3.317.342 48,72 3.491.948 51,28 6.809.290Mesorregião 1 Noroeste Cearense 538.795 49,66 546.209 50,34 1.085.004Mesorregião 2 Norte Cearense 401.785 50,72 390.450 49,28 792.235Mesorregião 3 Metropolitana de Fortaleza 1.256.852 47,51 1.388.426 52,49 2.645.278Mesorregião 4 Sertões Cearenses 383.065 49,41 392.163 50,59 775.228Mesorregião 5 Jaguaribe 224.956 49,62 228.426 50,38 453.382Mesorregião 6 Centro-Sul Cearense 164.690 48,94 171.791 51,06 336.481Mesorregião 7 Sul Cearense 347.199 48,11 374.483 51,89 721.682Fonte: IBGE-Contagem da População 1996 ; Fundação Seade.
O Estado do Ceará, exceção feita à capital, possuía apenas 4 municípios
com população superior a 100.000 habitantes, que abrigavam 10% da
população estadual: Caucaia e Maracanaú, localizados na Região
Metropolitana de Fortaleza, Juazeiro do Norte e Sobral, localizados
respectivamente nas mesorregiões Sul Cearense e Noroeste Cearense.
Dos 16 municípios com população entre 50 e 100 mil habitantes, 2
localizam-se na RM de Fortaleza, um no Noroeste Cearense, três no Norte,
quatro nos Sertões, três na região do Jaguaribe, dois no Centro-Sul e um no
Sul.
A maior parte dos municípios do Estado possui população variando de 10 a
50 mil habitantes e apenas 2 municípios possuem menos de 5.000 habitantes
(Tabela 22).
Cerca de 22% dos municípios cearenses apresentaram crescimento superior
ao estadual no período de 1980 a 1991 e 29% no período de 1991 a 1996.
Esses municípios estão concentrados principalmente na Região Metropolitana
de Fortaleza, no noroeste e no norte do Estado (Mapa 5).
SEADE 67
Entre os municípios cearenses com população superior a 50.000 habitantes,
localizados fora da Região Metropolitana de Fortaleza, apenas Juazeiro do
Norte, Sobral, Russas e Cascavel cresceram a taxas superiores à estadual a
partir de 1980.
SEADE 68
Mapa 5
SEADE 69
Tabela 22 Número de Municípios e Distribuição da População, segundo Classes de Tamanho de Município
Estado do Ceará 1980-1996
1980 1991 1996
Municípios População Total Municípios População Total Municípios População Total Classes de Tamanho nº % nº % nº % nº % nº % nº %
até 5 mil habitantes 5 2,81 22.471 0,42 2 1,12 9.549 0,15 2 1,09 9.718 0,14 5 a 10 mil habitantes 35 19,66 274.052 5,18 29 16,29 210.652 3,31 29 15,76 212.360 3,12 10 a 20 mil habitantes 65 36,52 922.785 17,45 68 38,20 960.781 15,09 71 38,59 1.004.577 14,75 20 a 50 mil habitantes 56 31,46 1.642.503 31,06 60 33,71 1.876.197 29,47 61 33,15 1.900.458 27,91 50 a 100 mil habitantes 14 7,87 879.443 16,63 14 7,87 917.526 14,41 16 8,70 1.019.965 14,98 100 a 500 mil habitantes 2 1,12 239.388 4,53 4 2,25 623.305 9,79 4 2,17 697.203 10,24 maior que 500 mil habitantes
1 0,56 1.307.611 24,73 1 0,56 1.768.637 27,78 1 0,54 1.965.513 28,86
Total Estado do Ceará 178 100,00 5.288.253 100,00 178 100,00 6.366.647 100,00 184 100,00 6.809.794 100,00 Fonte: IBGE. Censos demográficos 1980 e 1991 e Contagem Populacional 1996.
SEADE 70
A Mesorregião Metropolitana cresceu a taxas muito superiores às do Estado
nos últimos vinte anos. Quase todos os municípios apresentaram taxas de
crescimento muito superiores às estaduais nos dois períodos estudados. As
exceções ficam com Guaiúba, Maracanaú e Pacatuba, no período 1991/1996.
O caso do município de Pacatuba se explica pela cessão de população ao
município de Itaitinga criado em 1992 e que em 1996 possuía 25.886
habitantes (Tabela 20).
As mesorregiões Sertões e Centro-Sul perderam população em termos
absolutos na década de 90 e as demais mesorregiões cresceram a taxas
inferiores à estadual.
A segunda região do Estado, em tamanho populacional, é o Noroeste
Cearense com cerca de 1 milhão de habitantes em 1996, ou seja, 15,93% da
população estadual, distribuída em 47 municípios. Nos dois últimos períodos
intercensitários essa região cresceu a taxas de 1,1% a.a., tendo atingido um
grau de urbanização de 52% em 1996. Destaca-se na região o município de
Sobral, com mais de 100 mil habitantes, que vem recebendo nos últimos anos
investimentos industriais significativos.
As mesorregiões Norte Cearense, Sertões e Sul abrigavam, em 1996, cerca
de 11% da população estadual cada uma, distribuída em 36, 30 e 25
municípios, respectivamente. Sertões Cearenses é a região menos urbanizada
do Estado, com 44,5% da população habitando as áreas urbanas.
A região Sul Cearense é a mais urbanizada da três e a segunda em grau de
urbanização do Estado - 62,81%. Nos últimos vinte anos a região cresceu a
taxas próximas a 1% a.a., destacando-se Juazeiro do Norte que tem crescido
acima da taxa estadual.
O Norte Cearense, com predominância da população rural ainda em 1996,
também cresceu nos últimos vinte anos a taxas próximas de 1% a.a..
Apresenta, no entanto, vários municípios com taxas de crescimento superiores
à estadual, principalmente a partir de 1991, e vem recebendo investimentos
industriais nos últimos anos (Mapas 3 e 5).
As mesorregiões Jaguaribe e Centro-Sul possuíam respectivamente 21 e 14
municípios em 1996, abrigando 6,66% e 4,94% da população cearense, com
SEADE 71
cerca de 51% de suas populações habitando as áreas urbanas. A região de
Jaguaribe cresceu a taxas próximas a 1% a.a. desde 1980, com alguns
municípios crescendo acima da taxa estadual e o Centro-Sul perdeu população
de 1991 a 1996.
Perfil Educacional
A análise da situação educacional do Estado do Ceará fundamenta-se nos
indicadores de instrução da população (taxa de analfabetismo para 1991), de
escolarização (taxa líquida de escolarização para 1991 e 1998) e de acesso e
permanência no sistema (matrículas por nível de ensino e dependência
administrativa em 1998, variações das matrículas por nível de ensino, entre
1991 e 1998, e dos concluintes entre 1990 e 1997).
Para dimensionar as dificuldades de acesso e de permanência da criança e
do adolescente na escola, foram utilizados dados sobre a população analfabeta
e a taxa de analfabetismo do grupo de idade de 11 a 14 anos, em 1991.
Segundo a Unesco, é neste grupo que deve ser mensurado o contingente de
analfabetos e o nível de analfabetismo entre crianças e adolescentes que já
deveriam estar freqüentando a 5ª série do ensino fundamental, sendo capazes
de realizar operações numéricas simples.
O contingente de analfabetos e a taxa de analfabetismo entre os jovens –
população alvo da educação profissional – podem ser visualizados através dos
indicadores para a população de 15 a 24 anos, disponíveis para Estados e
Regiões nos anos de 1991 e 1995. Com referência aos Estados da Região
Norte (exceto Tocantins), estas informações limitam-se apenas à população
urbana, pois a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD não
investiga as características da população rural residente.
No Ceará, em 1991, as taxas de analfabetismo da população de 11 a 14
anos, (33%) e de 15 a 24 anos (26%) situavam-se no mesmo patamar que as
da Região Nordeste, duas vezes acima das observadas para o Brasil.
Ressalte-se que o analfabetismo no segmento de 15 anos e mais (37%)
situava-se 17 pontos percentuais acima do nacional.
Em 1995, as taxas de analfabetismo da população de 15 a 24 anos e de 15
anos e mais (18% e 32%) encontravam-se também no mesmo patamar que as
SEADE 72
da Região Nordeste. Apesar da queda verificada em relação a 1991, o
analfabetismo é muito alto representando, no primeiro segmento, mais que o
dobro das taxas observadas para o Brasil.
Tabela 23 População Total, População Não Alfabetizada e Taxa de Analfabetismo,
segundo Grupos de Idade Brasil, Região Nordeste e Estado do Ceará
1991-1995 1991 1995
População População Grupos de Idade
Total Não Alfabetizada
Taxa de
Analfabetismo (%)
Total Não Alfabetizada
Taxa de
Analfabetismo (%)
Brasil 11 a 14 Anos 13.440.733 2.160.720 16,1 ... ... ... 15 a 24 Anos 28.582.350 3.462.283 12,1 28.784.131 2.058.227 7,2 15 Anos e Mais 95.837.043 19.233.239 20,1 103.326.410 16.087.456 15,6 Região Nordeste 11 a 14 Anos 4.393.529 1.495.618 34,0 ... ... ... 15 a 24 Anos 8.570.182 2.228.505 26,0 8.866.872 1.511.874 17,1 15 Anos e Mais 25.751.993 9.694.517 37,7 28.556.719 8.708.249 30,5 Ceará 11 a 14 Anos 626.011 207.145 33,1 ... ... ... 15 a 24 Anos 1.254.152 320.508 25,6 1.274.965 232.092 18,2 15 Anos e Mais 3.905.552 1.459.779 37,4 4.176.957 1.315.684 31,5 Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade.
Quanto à taxa líquida de escolarização, – relação entre número de alunos na
faixa etária adequada, matriculados em determinado nível de ensino, e a
população nesta mesma faixa etária – , o Ceará apresentou, em 1991, taxas de
51%, 63% e 8% na pré-escola, no ensino fundamental e no ensino médio,
respectivamente. Estas taxas, excetuadas as referentes à pré-escola,
situavam-se abaixo das nacionais e das apresentadas pela Região Nordeste.
Observando-se esses mesmos dados para 1998, nota-se que o Estado e a
Região Nordeste apresentaram significativo aumento nas taxas de
escolarização do ensino fundamental, acompanhando a tendência nacional e
atingindo 90%. No ensino médio, no entanto, as taxas de 17% e 15%
continuaram muito aquém dos 31% apresentados pelo Brasil, indicando que o
país, ainda enfrenta sérios problemas de acesso e permanência dos jovens
nesse nível de ensino.
SEADE 73
Tabela 24 Taxa Líquida de Escolarização da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Fundamental e Médio
Brasil, Região Nordeste e Estado do Ceará 1991-1998
Em porcentagemEducação Pré-Escolar Ensino Fundamental Ensino Médio Regiões 1991 1998 1991 1998 1991 1998
Brasil 34,7 ... 86,1 95,3 17,7 30,8 Região Nordeste 37,6 ... 72,5 90,0 9,4 14,5 Ceará 51,0 ... 62,9 89,8 7,5 17,0
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade. Nota: A faixa etária utilizada para o cálculo da taxa líquida de escolarização do ensino médio, em 1991, foi de 15 a
19 anos e, em 1998, de 15 a 17 anos.
A distribuição das matrículas, no Ceará, por nível de ensino e dependência
administrativa, em 1998, apontou que a rede federal participava com menos de
1% do ensino fundamental e 2% do ensino médio.
A rede estadual mantinha 1% dos alunos da pré-escola/classe de
alfabetização, 28% do ensino fundamental e 66% do ensino médio. A rede
particular participava com 37% das matrículas da pré-escola/classe de
alfabetização, 11% do ensino fundamental e 24% do ensino médio,
participação maior que as observadas para a Região Nordeste e para o Brasil,
especialmente no que se refere à educação pré-escolar e ao ensino médio.
A rede municipal, respondia por 62%, 60% e 8% das matrículas daqueles
três níveis de ensino.
Vale destacar a significativa participação da rede municipal nas matrículas
que cresceram 126% entre 1991 e 1998, e 38% entre 1996 e 1998.
Segundo Haguette (1999:26-27), já nos anos 70, inspirado no caráter
descentralizador da Lei 5.692/71, iniciou-se um processo de descentralização
administrativa e de municipalização do ensino no Ceará. Várias foram as
iniciativas neste sentido, tendo-se por exemplos a implantação do Projeto de
Assistência Técnica e Financeira aos Municípios – Pró-Município, em 1975, e a
efetivação do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Ceará (1995-1998) -
que deu origem ao documento “A Municipalização do Ensino: um caminho
possível”, elaborado pelo Conselho Estadual de Educação. Este documento
transformou-se na Lei nº 12.452 de 06/06/95, que dispõe sobre o processo de
municipalização do ensino público no Ceará . Nesta lei estão claramente
definidos os objetivos de criar uma rede única de escolas públicas geridas pelo
município e de mobilizar todos os segmentos da sociedade cearense e dos
SEADE 74
poderes públicos municipal, estadual e federal na luta pela qualidade e
universalização do ensino básico. Definem-se também as responsabilidades do
Estado como as de prestar cooperação técnica e assistência financeira ao
município e incluir no orçamento as receitas e as despesas referentes ao
processo de municipalização do ensino público. Foram escolhidos para a
implantação dessa política de municipalização e parceria, em 1995, seis
municípios que se destacavam pela qualidade de sua política e administração
educacional e pelo sucesso escolar de seus alunos. Icapuí, Iguatu, Fortim,
Jucás, Maranguape e Marco, cumpriram os principais requisitos da parceria
também estabelecidas na lei: ter uma secretaria de educação regida por Lei,
aplicar pelo menos 25% da receita possuir Estatuto e Plano de Carreira e
Remuneração do Magistério, Fundo e Conselho Municipal de Educação
legalmente instituídos, sistema de avaliação e pagar pelo menos um salário
mínimo aos professores leigos11.
Embora ainda não tenha se inserido na parceria com a Secretaria de Estado
da Educação, o município de Crateús, através da mobilização da sociedade
civil, em conjunto com a administração municipal, levou à implantação de
programas para melhoria do atendimento à criança e ao adolescente por meio
da oferta de ensino de melhor qualidade e de atividades complementares à
escola pública como cultura, esportes, lazer e educação profissional.
Destaca-se, dentre as ações realizadas, a implantação, desde 1993, do
Programa Escola- Comunidade que, através da parceria administração
municipal, Unicef e Fundo Cristão, implementou, dentro e fora das escolas,
atividades e oficinas de teatro de bonecos, pintura, malabarismo, sessão de
filmes, caravana cultural e biblioteca e oficinas de iniciação para o trabalho nas
associações comunitárias, em conexão com as escolas do bairro.
As administrações municipais - provavelmente devido a pressões sociais - ,
também tomaram para si a responsabilidade de atender os jovens e adultos
que não tiveram oportunidade de freqüentar a escola na idade apropriada,
apresentando, entre 1995 e 1998, aumento de 170% neste atendimento.
Este incremento no número de matrículas, nessa modalidade de ensino,
ocorreu a despeito dos vários problemas detectados na organização dos
11 HAGUETE, André, A educação no Ceará. Brasília, UNICEF, MEC/Fundescola, Banco Mundial/UNDIME. 1999.
SEADE 75
sistemas municipais de educação, como a inexistência de Conselhos
Municipais de Educação, Planos Municipais de Educação, Plano de Carreira e
Remuneração do Magistério e Conselho de Acompanhamento do Fundef,
dentre outros.
Comparando-se, ainda, a variação do número de matrículas, entre 1991 e
1998, verificam-se quedas acentuadas nas da pré-escola/classe de
alfabetização, de 40%, 30% e 7% no Estado, na Região Nordeste e no Brasil,
respectivamente. Este fato deve-se, primeiramente, à diminuição do ritmo de
crescimento da faixa etária demandatária desse nível de ensino e também
pode ser explicado pela mudança ocorrida no financiamento da educação
introduzida pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério - Fundef.
Este Fundo, ao vincular constitucionalmente recursos ao ensino
fundamental, transferiu para esse nível de ensino valores que, anteriormente,
poderiam estar sendo destinados à pré-escola/classe de alfabetização,
tornando mais clara a relação entre a queda de matrícula, no período 1996-98,
e a implantação em 1998, do Fundef.
Os aumentos de 69% no número de matrículas do ensino fundamental, entre
1991 e 1998, e de 146% no número de concluintes, entre 1990 e 1997,
apontam significativo avanço no combate ao elevado analfabetismo da
população de 11 a 14 anos e na melhoria do acesso da população a este nível
de ensino, refletidos, inclusive, na elevação da taxa de escolarização.
Nesta análise foi necessário levar em conta o impacto do Fundef no
aumento das matrículas desse nível de ensino na rede municipal, pois, entre
1996-98, a rede particular apresentou queda de 33%, a rede estadual
praticamente manteve-se estável e a rede municipal cresceu 38%.
O ensino médio, entre 1991 e 1998, apresentou crescimento de 114% do
número de matrículas no Estado do Ceará, percentual bem superior ao
verificado na Região Nordeste e no Brasil. O número de concluintes, por sua
vez, aumentou 96%, entre 1990 e 1997, valor que supera o da Região
Nordeste, mas que está 6% abaixo do verificado no Brasil.
SEADE 76
Esses dados, aliados ao do crescimento de 31% na matrícula nos cursos
presenciais de jovens e adultos, entre 1995 e 1998, revelam-se insuficientes
para atender esta faixa etária, uma vez que o Estado ainda apresentou, em
1995, alta taxa de analfabetismo jovem (18%) e, em 1998, baixa taxa de
escolarização (17%) no ensino médio.
As informações permitem vislumbrar a ocorrência de gravíssimos problemas
de acesso e permanência de jovens no ensino médio e apontam para a
necessidade de extensão desse tipo de ensino, juntamente com a
implementação da educação de jovens e adultos como estratégia de combate
ao analfabetismo e de incorporação dos jovens ao sistema de ensino,
paralelamente, à oferta de educação profissional para sua incorporação ao
mercado de trabalho.
SEADE 77
Tabela 25 Matrículas por Nível de Ensino e Variação, segundo Dependência Administrativa
Brasil, Região Nordeste e Estado do Ceará 1991-1998
Dependência 1991 1996 1998 Variação (%) Níveis de Ensino Administrativa Nº Abs. % Nº Abs. % Nº Abs. % 91/98 96/98 Brasil Pré-Escola/Classe
Alfabetização Total 5.283.894 100,0 5.714.303 100,0 4.917.408 100,0 -6,9 -14,0
Federal 17.240 0,3 6.254 0,1 2.585 0,1 -85,0 -58,7 Estadual 1.209.937 22,9 997.723 17,5 461.663 9,4 -61,8 -53,7 Municipal 2.742.849 51,9 3.446.725 60,3 3.209.918 65,3 17,0 -6,9 Particular 1.313.868 24,9 1.263.601 22,1 1.243.242 25,3 -5,4 -1,6 Ensino Fundamental Total 29.203.724 100,0 33.131.270 100,0 35.792.554 100,0 22,6 8,0 Federal 95.536 0,3 33.564 0,1 29.181 0,1 -69,5 -13,1 Estadual 16.716.816 57,2 18.468.772 55,7 17.266.355 48,2 3,3 -6,5 Municipal 8.773.360 30,0 10.921.037 33,0 15.113.669 42,2 72,3 38,4 Particular 3.618.012 12,4 3.707.897 11,2 3.383.349 9,5 -6,5 -8,8 Ensino Médio Total 3.770.230 100,0 5.739.077 100,0 6.968.531 100,0 84,8 21,4 Federal 103.092 2,7 113.091 2,0 122.927 1,8 19,2 8,7 Estadual 2.472.757 65,6 4.137.324 72,1 5.301.475 76,1 114,4 28,1 Municipal 176.769 4,7 312.143 5,4 317.488 4,6 79,6 1,7 Particular 1.017.612 27,0 1.176.519 20,5 1.226.641 17,6 20,5 4,3 Região Nordeste Pré-Escola/Classe
Alfabetização Total 2.474.893 100,0 2.393.751 100,0 1.724.851 100,0 -30,3 -27,9
Federal 5.510 0,2 3.995 0,2 425 0,0 -92,3 -89,4 Estadual 438.368 17,7 371.072 15,5 131.369 7,6 -70,0 -64,6 Municipal 1.475.062 59,6 1.433.722 59,9 1.071.848 62,1 -27,3 -25,2 Particular 555.953 22,5 584.962 24,4 521.209 30,2 -6,3 -10,9 Ensino Fundamental Total 8.650.474 100,0 10.475.469 100,0 12.210.131 100,0 41,2 16,6 Federal 9.107 0,1 6.483 0,1 5.331 0,0 -41,5 -17,8 Estadual 3.456.872 40,0 4.146.532 39,6 4.176.746 34,2 20,8 0,7 Municipal 3.998.391 46,2 4.947.896 47,2 6.931.223 56,8 73,4 40,1 Particular 1.186.104 13,7 1.374.558 13,1 1.096.831 9,0 -7,5 -20,2 Ensino Médio Total 831.009 100,0 1.202.573 100,0 1.515.169 100,0 82,3 26,0 Federal 31.229 3,8 36.635 3,1 38.578 2,6 23,5 5,3 Estadual 472.746 56,9 703.958 58,5 992.785 65,5 110,0 41,0 Municipal 95.078 11,4 163.903 13,6 186.640 12,3 96,3 13,9 Particular 231.956 27,9 298.077 24,8 297.166 19,6 28,1 -0,3 Ceará Pré-Escola/Classe
Alfabetização Total 579.411 100,0 475.828 100,0 347.995 100,0 -39,9 -26,9
Federal 404 0,1 42 0,0 - - - - Estadual 72.231 12,5 33.177 7,0 4.657 1,3 -93,6 -86,0 Municipal 378.765 65,4 281.566 59,2 215.656 62,0 -43,1 -23,4 Particular 128.011 22,1 161.043 33,8 127.682 36,7 -0,3 -20,7 Ensino Fundamental Total 1.089.024 100,0 1.641.289 100,0 1.842.237 100,0 69,2 12,2 Federal 1.184 0,1 - - 553 0,0 -53,3 - Estadual 379.794 34,9 526.322 32,1 521.659 28,3 37,4 -0,9 Municipal 492.201 45,2 807.507 49,2 1.112.462 60,4 126,0 37,8 Particular 215.845 19,8 307.460 18,7 207.563 11,3 -3,8 -32,5 Ensino Médio Total 104.053 100,0 174.704 100,0 222.638 100,0 114,0 27,4 Federal 2.801 2,7 3.676 2,1 4.063 1,8 45,1 10,5 Estadual 54.011 51,9 87.943 50,3 146.444 65,8 171,1 66,5 Municipal 12.108 11,6 22.316 12,8 18.745 8,4 54,8 -16,0 Particular 35.133 33,8 60.769 34,8 53.386 24,0 52,0 -12,2 Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade.
SEADE 78
Tabela 26 Concluintes nos Ensinos Fundamental e Médio e Variação
Brasil, Região Nordeste e Estado do Ceará 1990-1997
Ensino Fundamental Ensino Médio Variação Variação Regiões
1990 1997 90/97(%)
1990 1997 90/97(%)
Brasil 1.062.707 2.151.835 102,5 658.725 1.330.150 101,9 Região Nordeste 238.991 466.801 95,3 158.581 280.235 76,7 Ceará 33.260 81.679 145,6 19.926 38.969 95,6 Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade.
Tabela 27
Matrículas nos Cursos Presenciais de Jovens e Adultos, com Avaliação no Processo, por Dependência Administrativa
Estado do Ceará 1995 - 1998
Dependência Administrativa Anos Total
Federal Estadual Municipal Particular 1995 71.704 - 48.688 15.415 7.601 1997 111.612 - 68.698 35.137 7.777 1998 94.197 - 45.528 41.537 7.132 Tx.Cresc. 95/98 31,4 - -6,5 169,5 -6,2 Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade.
O desempenho do sistema de ensino visualizado através das taxas de
aprovação, reprovação e abandono do ensino fundamental, no período de
1995-97, aponta avanço nos índices de aprovação do Estado, da Região
Nordeste e do Brasil, encontrando-se as taxas do Ceará no mesmo patamar
das do Brasil e acima das da Região Nordeste. Esse movimento, no entanto,
no Ceará, em 1996, foi alterado com a queda significativa na taxa de
aprovação e aumento na de abandono, ocorridas com maior ênfase da 1ª a 4ª
série.
Os avanços ocorreram também em relação ao desempenho do ensino
médio, entre 1995 e 1997, para a Região Nordeste e para o Brasil, que partindo
de patamares mais baixos apresentaram aumento de 11% nas taxas de
aprovação, redução de 3% nas taxas de reprovação e de 8% nas de abandono.
O Estado contrariou essa tendência apresentando apenas 2% de aumento na
taxa de aprovação e diminuição de 1% na de abandono.
SEADE 79
Tabela 28 Taxas de Aprovação, Reprovação e Abandono do Ensino Fundamental
Brasil, Região Nordeste e Estado do Ceará 1995-1997
Ensino Fundamental - 1ª a 8ª Série 1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Regiões Aprovação Reprovação Abandono(1) Aprovação Reprovação Abandono(1) Aprovação Repro-vação Abandono(1) Brasil
1995 70,6 15,7 13,6 70,9 16,2 12,9 70,2 14,9 14,9 1996 73,0 14,1 12,9 73,3 14,8 11,9 72,7 13,0 14,3 1997 77,5 11,4 11,1 76,7 12,8 10,5 78,7 9,4 12,0
Região Nordeste 1995 60,3 18,9 20,7 59,2 20,3 20,5 62,8 16,0 21,2 1996 62,3 17,1 20,6 60,4 19,1 20,5 66,5 12,6 20,9 1997 67,4 15,4 17,2 65,5 17,4 17,1 71,7 10,8 17,5
Ceará 1995 72,2 13,0 14,2 69,9 16,4 13,7 77,1 7,8 15,1 1996 66,8 11,7 21,5 63,1 13,5 23,4 75,2 7,6 17,1 1997 75,9 10,2 13,9 74,5 12,3 13,2 79,1 5,4 15,5
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade. (1) Abandono = 100 menos a taxa de aprovação menos a taxa de reprovação.
SEADE 80
Tabela 29 Taxas de Aprovação, Reprovação e Abandono do Ensino Médio
Brasil, Região Nordeste e Estado do Ceará 1995-1997
Em porcentagemRegiões Aprovação Reprovação Abandono(1)
Brasil 1995 67,7 10,3 22,0 1996 74,4 9,9 15,7 1997 78,8 7,5 13,7
Região Nordeste 1995 63,2 10,1 26,7 1996 71,1 8,7 20,2 1997 74,4 7,5 18,1
Ceará 1995 74,3 9,3 16,5 1996 74,8 8,2 17,0 1997 75,9 6,7 17,4
Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade. (1) Abandono = 100 menos a taxa de aprovação menos a taxa de reprovação.
A relação existente entre qualidade de ensino e formação dos professores
aponta que, para complementar a análise do desempenho do sistema, é
necessário considerar o perfil dos docentes da educação básica e sua
respectiva remuneração.
No Brasil, em 1997, 88% dos professores da 1ª a 4ª série, 75% da 5ª a 8ª e
89% do ensino médio apresentavam a formação exigida para o exercício do
magistério. Na Região Nordeste, os percentuais eram de 77% para os de 1ª a
4ª série, 53% para os da 5ª a 8ª e 79% para o ensino médio e no Ceará de
66% para a 1ª a 4ª série, 46% para a 5ª a 8ª e 79% para o ensino médio,
demonstrando que os docentes do ensino fundamental apresentam um perfil
de formação exigido pela lei muito inferior ao apresentado pelo país e aquém
da Região Nordeste.
Os valores do salário médio dos docentes, por grau de formação, variavam
significativamente, considerando-se nesta análise apenas a formação exigida
pela lei. Em 1997, eram maiores para o Brasil em todos os níveis de ensino,
enquanto que, da 1ª a 4ª série, a Região Nordeste e o Ceará apresentavam
valores menores e semelhantes e da 5ª a 8ª e no ensino médio, o Ceará
mantinha remuneração superior a da Região Nordeste.
Esse quadro pode ter sido alterado no ensino fundamental, em 1998, pela
realização, em 124 municípios, de concurso único para professores da rede
pública e pela implantação do Fundef que certamente propiciou elevação no
salário dos professores, de acordo com sua habilitação.
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Tabela 30 Número e Salário Médio dos Docentes, por Grau de Formação da Pré-Escola e Classe de Alfabetização, Ensino Fundamental e Médio
1997 Docentes por Grau de Formação e Salário Médio
Total 1º Grau Incompleto/Completo 2º Grau Completo 3º Grau Completo ou mais Não Informado Região
Nº Abs. % Salário Médio (R$) % Salário Médio
(R$) % Salário Médio (R$) % Salário Médio
(R$) %
Brasil Pré-Escola/Classe de Alfabetização 204.644 100,0 419,48 14,9 134,09 59,1 349,93 25,6 715,67 0,4 1ª a 4ª série 616.956 100,0 425,60 12,2 147,40 62,0 363,38 25,5 687,61 0,4 5ª a 8ª série 434.991 100,0 605,41 0,4 247,04 23,9 329,63 75,3 693,83 0,4 Ensino Médio 238.589 100,0 700,19 0,1 284,13 10,3 345,83 89,1 739,59 0,5 Nordeste Pré-Escola/Classe de Alfabetização 71.567 100,0 195,00 32,7 107,87 60,3 205,94 6,6 429,98 0,4 1ª a 4ª série 221.191 100,0 231,17 22,3 107,73 66,8 228,20 10,5 447,57 0,4 5ª a 8ª série 100.374 100,0 372,41 0,7 171,32 46,4 258,66 52,6 474,03 0,3 Ensino Médio 42.681 100,0 507,82 0,2 217,54 20,6 278,73 78,8 566,08 0,4 Ceará Pré-Escola/Classe de Alfabetização 13.777 100,0 165,87 45,6 92,19 50,0 182,10 4,0 515,62 0,5 1ª a 4ª série 34.381 100,0 238,16 33,7 89,48 57,3 229,05 8,7 650,99 0,3 5ª a 8ª série 13.416 100,0 409,08 2,2 133,19 51,8 239,78 45,7 607,49 0,4 Ensino Médio 5.042 100,0 583,40 0,2 209,30 20,1 280,61 78,9 658,36 0,8 Fonte: Ministério da Educação – MEC/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep; Fundação Seade. Nota: O mesmo docente pode atuar em mais de um nível/modalidade de ensino e em mais de um estabelecimento.
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Os desafios do ensino público no Ceará contemplam a necessidade da
sustentabilidade do acesso e permanência da criança e adolescente no ensino
fundamental e a ampliação do ensino médio nas modalidades regular e
supletivo, tanto para atender a demanda advinda dos concluintes do ensino
fundamental, quanto para trazer para a escola os jovens e adultos que, na
idade apropriada, não tiveram oportunidade de ingresso e ou permanência no
sistema de ensino.
Concomitantemente a esse esforço vislumbra-se a qualificação dos
docentes como condição básica para a concretização desses objetivos.