27
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS (IG) DEPARTAMENTO DE POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (DPCT) & LABORATÓRIO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM JORNALISMO (LABJOR) ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO (IBI) MANUAL INFORMATIVO SOBRE O PROCEDIMENTO DE ADESÃO DAS EMPRESAS EQUIPE IBI ANDRÉ FURTADO, RUY QUADROS, SABINE RIGHETTI, EDMUNDO INÁCIO JR., SÍLVIA ANGÉLICA DOMINGUES E EDILAINE CAMILLO CAMPINAS SÃO PAULO OUTUBRO 2007

ÍNDICE BRASIL DE NOVAÇÃO (IBI) - :: Revista ...conhecimentoeinovacao.com.br/ibi/manual_ibi.pdfIndicador de Recursos Humanos IRV Indicador de Receita de Vendas com Novos Produtos

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS (IG)

DEPARTAMENTO DE POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA (DPCT)

& LABORATÓRIO DE ESTUDOS AVANÇADOS EM

JORNALISMO (LABJOR)

ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO

(IBI)

MANUAL INFORMATIVO SOBRE O PROCEDIMENTO DE

ADESÃO DAS EMPRESAS

EQUIPE IBI ANDRÉ FURTADO, RUY QUADROS, SABINE RIGHETTI, EDMUNDO INÁCIO JR.,

SÍLVIA ANGÉLICA DOMINGUES E EDILAINE CAMILLO

CAMPINAS – SÃO PAULO

OUTUBRO – 2007

3

presentação

O reconhecimento da necessidade de informação sobre as atividades de pesquisa e de

inovação tecnológicas nas empresas no Brasil é crescente. Nesse cenário emerge a revista

InovaçãoUniemp, produzida desde abril de 2005 pelo Laboratório de Estudos Avançados em

Jornalismo (Labjor/Unicamp), sob demanda do Instituto Uniemp.

O projeto editorial da revista InovaçãoUniemp, além do caráter noticioso e

informativo sobre temáticas ligadas à inovação realizada no país, trouxe também o projeto de

uma pesquisa focada nas empresas e no seu envolvimento com a inovação. O projeto, logo

denominado Índice Brasil de Inovação - IBI, tomou forma com apoio da Fapesp e vem

sendo desenvolvido por uma equipe de pesquisadores da Unicamp, coordenada pelos

professores Ruy Quadros e André Furtado, especialmente convidados para a sua realização

técnica.

O IBI tem como base principal os dados coletados pela Pesquisa de Inovação

Tecnológica (PINTEC), uma iniciativa do IBGE que despertou a necessidade do

levantamento estatístico de informações sobre as empresas e o emprego dessas informações

na tomada de decisão. Em sua primeira edição, o IBI contou com a adesão voluntária de 60

empresas e, num primeiro exercício de classificação, baseado em uma metodologia inédita de

avaliação da capacidade inovativa, 12 empresas foram classificadas em um ranking,

distribuídas por quatro grupos setoriais.

A segunda edição do IBI visa a ampliar o número de empresas participantes, consolidar

ainda mais o levantamento de informações sobre as atividades de inovação no setor privado e

construir um novo ranking de empresas inovadoras. Para tanto, foi desenvolvido o presente

Manual do IBI, com o objetivo de trazer esclarecimentos sobre o trabalho, sobre a adesão das

empresas na segunda edição e, indo além, sobre os conceitos que envolvem o termo inovação

tecnológica.

A idéia do Manual do IBI, que tive a oportunidade de lançar durante o VII Congresso

Iberoamericano de Indicadores de Ciência e Tecnologia, evento organizado pela Fapesp e pela

Ricyt (Red IberoAmericana de Ciência y Tecnologia) em maio deste ano, está ligada ao

desenvolvimento do IBI, à sua abrangência, ao seu aprimoramento e à possibilidade de que

ele se constitua num guia eficiente para que o leitor-usuário possa compreendê-lo com mais

facilidade e, desse modo, ser ele próprio um agente de sua comunicação e divulgação entre os

atores institucionais e empresariais envolvidos no processo de sua aplicação.

Boa leitura!

Outubro - 2007

Carlos Vogt

Editor-chefe

Revista InovaçãoUniemp

A

4

esumo

O presente Manual tem como objetivo trazer informações básicas para as empresas das

indústrias de transformação e extrativa, bem como dos serviços de informática e

telecomunicações que têm interesse em participar da segunda edição do ÍNDICE BRASIL

DE INOVAÇÃO (IBI). O Manual se estende sobre os aspectos mais importantes para as

empresas que consideram sua adesão ao IBI, tais como a metodologia do índice, o processo

de adesão das empresas e a divulgação dos resultados. Dessa maneira, espera-se-se que o

Manual possa contribuir para que o IBI alcance seu objetivo de medir a capacidade inovativa

das empresas e de estimular essas empresas a buscarem crescimento e valorização com base

na ampliação de sua capacidade de inovar.

R

5

umário

SIGLAS E ABREVIATURAS ..................................................................................................................6

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................7

1.1 A PRIMEIRA EDIÇÃO DO IBI ....................................................................................................... 9

1.2 A IMPORTÂNCIA DO IBI ............................................................................................................. 9

1.3 POR QUE PARTICIPAR............................................................................................................... 10

2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES: COMO O IBI É CALCULADO.............................................. 12

3 APRESENTAÇÃO DA FÓRMULA DE CÁLCULO .................................................................. 13

3.1 EXEMPLO DE COMO DE CALCULAR O IBI ................................................................................ 18

3.2 CONCEITUAÇÃO DOS GRUPOS SETORIAIS ................................................................................ 21

4 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS ....................................................................................... 23

5 SEGUNDA EDIÇÃO DO IBI .................................................................................................... 24

5.1 COMO PARTICIPAR DA SEGUNDA EDIÇÃO DO IBI .................................................................... 24

6 ANEXOS .................................................................................................................................... 27

6.1 MODELO DO TERMO DE SIGILO DAS INFORMAÇÕES FORNECIDAS PELA EMPRESA ................. 27

6.2 MODELO DA DECLARAÇÃO DA EMPRESA DE CONFIRMAÇÃO DE RECEBIMENTO DO

TERMO DE SIGILO ..................................................................................................................... 28

S

6

Siglas e abreviaturas

CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas

DPCT Departamento de Política Científica e Tecnológica

FAPESP Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IBI Índice Brasil de Inovação

IG Instituto de Geociências

INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial

LABJOR Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo

OCDE Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento

PINTEC Pesquisa de Inovação Tecnológica

PIA Pesquisa Industrial Anual

P&D Pesquisa e Desenvolvimento

RICYT Red Iberoamericana de Ciência y Tecnologia

UNICAMP Universidade Estadual de Campinas

Siglas dos Indicadores do IBI

Macro-indicadores IAE Indicador Agregado Esforço

IAR Indicador Agregado de Resultado

Meso-indicadores IAI Indicador de Atividade Inovativa

IRH. Indicador de Recursos Humanos

IRV Indicador de Receita de Vendas com Novos Produtos IPT Indicador de Patentes ou Registros de Programa de Computador

Micro-indicadores PI dispêndios com P&D Interna

PE dispêndios com P&D Externa OC dispêndios com Outros Conhecimentos Externos

SW dispêndios com Software

ME dispêndios com Máquinas e Equipamentos

TR dispêndios com Treinamento LP dispêndios com Lançamento de Produto

PR dispêndios com Projeto Industrial

GR total de Graduados ocupados em P&D MT total de Mestres ocupados em P&D

DR total de Doutores ocupados em P&D

RE Receita total de vendas com produtos novos para a Empresa RN Receita total de vendas com produtos novos para o mercado Nacional

RM Receita total de vendas com produtos novos para o mercado Mundial

PD total de Patentes/Registro de programas de computador Depositados no período 2003-2005

PC total de Patentes/Registro de programas de computador Concedidos no período 1996-2005

7

1 Introdução

O projeto ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO teve início em abril de 2005, a partir de uma

iniciativa da revista InovaçãoUniemp1. O trabalho é desenvolvido por professores e

pesquisadores do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), do Instituto de

Geociências (IG) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com apoio da Fundação

de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O objetivo do IBI é medir a capacidade inovativa das empresas para a construção de um

ranking de empresas inovadoras. Para tanto, o IBI desenvolveu uma metodologia inédita que

contou. em sua primeira edição, com 15 micro-indicadores e que privilegiou o equilíbrio entre

os esforços para inovar e os resultados das atividades inovativas das empresas.

A busca para se criar um índice composto de inovação para empresas que fosse composto por

indicadores referentes às diversas dimensões do processo de inovação, sem ser oneroso na

coleta de dados, requeria que o ponto de partida fossem os indicadores já existentes. Com

base nisso, o ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO é construído com base nas informações

coletadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), junto às empresas, na

Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC/IBGE).

As empresas brasileiras, sejam elas controladas por brasileiros ou filiais de empresas

multinacionais, são responsáveis por aproximadamente 40% do dispêndio total em Pesquisa e

Desenvolvimento (P&D) realizado no Brasil. As empresas que incluem o esforço realizado

em P&D, bem como em outras atividades voltadas para a inovação, em sua estratégia

competitiva atuam cada vez mais espalhadas geograficamente, em diversos setores.

A compilação de informações sobre o caráter da P&D e da inovação realizadas nessas

empresas é essencial para o conhecimento dessas atividades, contribuindo para a formulação

de políticas que mitiguem as condições de risco e incerteza que caracterizam o investimento

em inovação. É internacionalmente reconhecida a necessidade de informação estatística sobre

a inovação das empresas para tomadas de decisão e para a construção de políticas públicas.

1 A revista InovaçãoUniemp, do Instituto Uniemp, bimestral, é produzida pelo Laboratório de Estudos

Avançados em jornalismo (Labjor/Unicamp). A edição eletrônica da revista pode ser conferida em:

http://www.revistainovacao.uniemp.br/

8

A urgência de um sistema de informações sobre as atividades de inovação tecnológica das

empresas no Brasil resultou em uma iniciativa inédita do IBGE. Desde 2000, o IBGE, com o

apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e do Ministério da Ciência e Tecnologia

(MCT), tem realizado a PINTEC, com o objetivo de pesquisar as atividades inovativas e seus

resultados nas empresas industriais. A PINTEC já está na sua terceira edição e, a partir do ano

de referência de 2005, a pesquisa que era trienal torna-se bienal, ainda que o intervalo de

referência seja sempre de três anos. Nessa última edição, a PINTEC teve seu escopo setorial

ampliado, de modo a incluir empresas de serviços de telecomunicações, de informática e de

pesquisa e desenvolvimento.

A cobertura das empresas na PINTEC é censitária para as empresas com 500 ou mais

empregados e amostral para as demais empresas, com 10 ou mais empregados, de modo que,

nesse segundo caso, apenas uma amostra representativa de empresas é pesquisada. Na edição

de 2005, a PINTEC pesquisou 14.334 empresas industriais e de serviços de todo o país que

representaram um universo de 91.054 empresas industriais e 4.246 empresas de serviços.

As informações da PINTEC, que alimentam a maior parte dos micro-indicadores do ÍNDICE

BRASIL DE INOVAÇÃO, são complementadas com alguns dados específicos coletados

pela Pesquisa Industrial Anual - Empresa (PIA-Empresa), também realizada pelo IBGE, e

com dados sobre patenteamento e registro de direitos autorais sobre programas de

computadores fornecidos pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). A PIA-

empresa é uma pesquisa também realizada pelo IBGE com o objetivo de identificar as

características estruturais básicas do segmento empresarial da atividade industrial no país e

suas transformações no tempo – por isso é realizada anualmente. Já os dados do INPI são

públicos e coletados pela própria equipe do IBI.

A PINTEC e, conseqüentemente, o IBI têm como matriz conceitual e metodológica as

diretrizes das pesquisas de inovação que seguem os conceitos do Manual de Oslo da OCDE

(Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento)2. Os indicadores de

inovação estão ancorados em uma abordagem suficientemente ampla e abrangente para uma

aproximação do que seria a capacidade efetiva de inovação das empresas.

2 Manual de Oslo – Proposed guidelines for collecting and interpreting technological innovation data, OECD –

Organization for Economic Co-operation and Development OECD, Paris, 2005 (3rd edition).

9

1.1 A primeira edição do IBI

A primeira edição do IBI valeu-se de dados da PINTEC- 2003 e da PIA-empresa-2003,

fornecidos voluntariamente pelas empresas, bem como em dados do INPI. Na sua primeira

edição, o IBI contou com a adesão voluntária de 60 empresas3 de diversos setores da indústria

de transformação, que foram convocadas à adesão por meio de convites realizados

diretamente ou por meio de suas respectivas assessorias de comunicação e de marketing; por

meio de comunicados enviados a entidades de classe e também através de matérias

jornalísticas veiculadas em diversos meios de comunicação sobre o IBI.

A primeira edição do IBI resultou em um ranking de 12 empresas inovadoras do setor de

transformação do país, divididas em quarto grupos setoriais. O lançamento do ranking foi

realizado em uma sessão especial do „VII Congresso Iberoamericano de Indicadores de

Ciência y Tecnologia‟, evento organizado pela Ricyt (Red Iberoamericana de Ciência y

Tecnologia) e pela Fapesp, e contou com a participação de representantes do meio acadêmico,

de sociedades de classe, empresários, jornalistas e interessados no assunto.

1.2 A importância do IBI

Os resultados do ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO apresentam uma série de atrativos para

as empresas e entidades de classe, para o governo e órgãos de fomento e para a sociedade de

um modo geral, como a seguir descrito:

i) Empresas – as empresas podem encontrar no IBI uma forma de avaliar o seu desempenho

inovativo e situá-lo em relação às demais empresas do seu respectivo setor industrial ou de

serviços. Isso acontece sem nenhum custo e sem a necessidade do preenchimento de longos

questionários, que costumam ser usados em pesquisas sobre empresas.

3 É importante destacar que nem todas as 60 empresas que aderiram ao IBI puderam consolidar sua participação

no projeto, já que algumas não tinham participado da PINTEC-2003, outras não tinham desenvolvido inovações

no período e outras ainda eram do setor de serviços (que não integrou a primeira edição do IBI).

10

ii) Governo e agências de fomento – o IBI pode se tornar um referencial importante para que

o governo e as agências de fomento conheçam melhor as empresas de cada setor (ou grupo

setorial). Assim, o IBI pode auxiliar no ajuste e na criação de instrumentos de políticas

públicas voltadas ao setor empresarial. A metodologia do IBI tem potencial para que dela se

derivem indicadores de inovatividade das empresas que poderiam ser utilizados na avaliação

de projetos.

iii) Sociedade – a sociedade e os interessados de um modo geral podem, por meio do IBI, ter

conhecimento das atividades inovativas realizadas pelas empresas do país, conhecendo-as

mais profundamente sob um prisma distinto dos indicadores econômicos tradicionais.

1.3 Por que participar

As empresas que participam voluntariamente do IBI encontram uma série de vantagens. Toda

empresa participante, independente de ter sido classificada entre as mais inovadoras ou não,

recebe pelo correio uma CARTA INFORMATIVA com os resultados dos 16 indicadores

analisados pelo IBI.

A CARTA INFORMATIVA apresenta uma comparação dos 16 indicadores obtidos pela

empresa participante com os da primeiro-colocada no seu respectivo grupo setorial e com os

dados médios das empresas de seu setor de atuação. Desse modo, os resultados levantados

pelo IBI representam um importante instrumento para que a empresa identifique em quais

áreas é deficiente (e deve melhorar) e em quais está à frente do seu setor ou da empresa

primeiro-colocada.

Vale destacar que os dados das empresas são sigilosos, de modo que somente a empresa

participante conhecerá seus próprios resultados - com exceção das empresas pertencentes ao

ranking das 12 empresas mais inovadoras, cujos resultados são divulgados de maneira

agregada, como um indicador sintético4.

Para as empresas classificadas entre as mais inovadoras, há uma grande vantagem adicional: a

associação da marca da sua empresa à idéia de uma empresa inovadora, reconhecida por meio

4 Leia mais sobre o sigilo das informações no item 4 do presente Manual.

11

de uma metodologia estabelecida e transparente. Trata-se, em outras palavras, de uma

significativa valorização de sua marca. O IBI tem despertado grande interesse na mídia, de

modo que, na primeira edição do trabalho, as empresas classificadas entre as 12 mais

inovadoras no ranking do IBI obtiveram uma significativa visibilidade em diversos meios de

comunicação.

12

2 Conceitos e definições: como o IBI é calculado

O ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO trata de conceitos que ainda se encontram em

processo de consolidação entre empresas brasileiras, como o termo „inovação tecnológica‟.

Trata-se de uma expressão relativamente recente, que foi tomando forma há alguns anos no

Brasil, passou a integrar documentos, projetos de pesquisa e notícias jornalísticas5. O IBI

explora a idéia de inovação tecnológica, por isso se torna importante o esclarecimento

conceitual acerca do tema.

De acordo com a PINTEC, uma inovação tecnológica é definida pela “introdução no mercado

de um produto (bem ou serviço) ou pela introdução na empresa de um processo produtivo

tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado” 6

. Assim, uma inovação tecnológica

pode resultar de pesquisas e desenvolvimentos tecnológicos internos às empresas, de novas

combinações de tecnologias existentes, de novas aplicações de tecnologias existentes e da

utilização de novos conhecimentos adquiridos externamente pela empresa.

A PINTEC define ainda que atividades inovativas são todas as etapas científicas,

tecnológicas, organizacionais e comerciais que visam à inovação de produtos e/ou processos

tecnologicamente novos. Em outras palavras, trata-se dos esforços empreendidos pelas

empresas no desenvolvimento e implementação de produtos (bens ou serviços) e no

aperfeiçoamento e/ou criação de processos. A PINTEC define os “esforços” em termos

monetários, ou seja, com base na estimativa dos dispêndios nestas atividades.

Os estudos mais recentes no campo da inovação tecnológica empresarial têm mostrado a

importância de se mensurar tanto os esforços realizados pela empresa para inovar, quanto os

resultados da atividade inovativa das empresas. Isso porque os esforços inovativos são

instrumentos para garantir o crescimento da empresa e fortalecer seu desempenho

competitivo.

O IBI considera os esforços e os resultados da atividade de inovação como duas dimensões

centrais dos indicadores de inovação. Considera-se como esforços e resultados:

5 No meio acadêmico, no entanto, especialmente na Economia, há correntes que há muitos anos buscam dar

continuidade e reinterpretar a visão de que a inovação seja a forma mais distintiva da concorrência e o motor da

mudança das estruturas econômicas. 6 As definições conceituais são extraídas do Manual de preenchimento da PINTEC 2005, página 08.

13

Indicadores de esforços - atividades internas de pesquisa e desenvolvimento nas empresas;

obtenção de conhecimento por meio da aquisição de direitos de propriedade intelectual;

investimento no lançamento de produtos ou processos novos para o mercado, em pessoal

qualificado (graduados, mestres e doutores) trabalhando em pesquisa e desenvolvimento e em

treinamento; dispêndios com máquinas e equipamentos, com software e com projeto

industrial.

Indicadores de resultados – compõem-se de resultados econômicos, medidos pela capacidade

da empresa de alavancar sua receita líquida total de vendas com produtos novos para ela

mesma, o mercado nacional e para o mercado mundial; e de resultados tecnológicos, medidos

pelo total de patentes depositadas e concedidas ou de depósitos ou registros de programas de

computador em um determinado período.

O IBI dá igual importância para os macro-indicadores de esforços (IAE) e resultados (IAR) e,

por essa razão, seus pesos receberam o mesmo valor de 0,40. No entanto, a soma dos dois é

menor que um, devido à introdução de uma variável de ajuste denominada épsilon (ε), que

busca valorizar o equilíbrio entre esses dois macro-indicadores. Essa variável de ajuste recebe

o peso de 0,20 no cálculo do IBI e opera da seguinte forma: quanto mais próximos os valores

obtidos por uma empresa nesses dois indicadores (IAE e IAR), mais próximo de 2 será o

valor de épsilon, tal que , e maior o acréscimo que a empresa recebe no seu

indicador, representando uma recompensa pela tendência ao equilíbrio entre o esforço e o

resultado.

3 Apresentação da fórmula de cálculo

A fórmula do IBI é resultado do trabalho conceitual de construção do ÍNDICE BRASIL DE

INOVAÇÃO, bem como da realização de vários testes e simulações de cada um de seus

indicadores. Como abordado anteriormente, o IBI é composto por um primeiro nível de

macro-indicadores: o Indicador Agregado de Esforço (IAE) e o Indicador Agregado de

Resultado (IAR). O IAE e o IAR, por sua vez são divididos em um segundo nível de meso-

indicadores.

14

Para compor o IAE, calculam-se os indicadores que tratam: i) dos dispêndios monetários

realizados pelas empresas com as atividades necessárias para inovar (IAI) e ii) a qualificação

dos recursos humanos empregados em P&D (IRH).

Para compor o IAR, é necessário medir: i) a participação que os produtos inovadores têm

sobre a receita líquida de vendas da empresa (IRV) e ii) as patentes e/ou os registros de

programas de computador, depositados no INPI e concedidos pelo mesmo, e gerados pela

empresa dentro de um período delimitado pela pesquisa (IPT). Cada um dos quatro meso-

indicadores acima descritos (IAI, IRH, IRV e IPT) é ainda dividido em um terceiro nível de

micro-indicadores, num total de 16 micro-indicadores7.

Todos os micro-indicadores, e conseqüentemente, também os meso e macro indicadores são

normalizados, de modo a compensar vieses relacionados aos diferentes tamanhos das

empresas, bem como aos diferentes setores a que pertencem. Dessa forma, o cálculo de cada

um dos micro-indicadores da fórmula considera, inicialmente, a divisão do número absoluto

da variável por um valor que a relativize em relação ao tamanho da empresa (expresso na

receita de vendas ou no número de empregados). Na fórmula, a varíável normalizada por

tamanho é ainda dividida pela média da respectiva variável no setor a que pertence a empresa,

garantindo assim a compensação do viés setorial. Um exemplo do cálculo é apresentado na

próxima seção deste Manual.

A distribuição dos macro, meso e micro-indicadores, bem como de suas siglas, pode ser

observada nas Figuras 1 e 2, que apresentam respectivamente a fórmula do IBI e sua legenda.

7 A primeira edição do IBI compreendeu 15 micro-indicadores na sua fórmula de cálculo. Para a segunda edição

foi preciso adicionar o micro-indicador `dispêndios com software`, na sigla SW, totalizando 16 micro-

indicadores, uma vez que a PINTEC adicionou tal variável ao seu questionário. O micro-indicador SW faz parte

do Indicador de Atividades Inovativas (IAI) que, junto com o Indicador de Recursos Humanos (IRH), analisam

os esforços das empresas para inovar.

15

Figura 1.

Fórmula da segunda edição do IBI

16

Figura 2.

Legenda da fórmula da segunda edição do IBI

Os pesos dos 16 micro-indicadores do IBI originaram-se a partir dos objetivos do índice. Por

exemplo, considera-se que os esforços internos feitos pelas empresas em pesquisa e

desenvolvimento para a implementação de novos produtos ou processos são mais importantes

do que os esforços representados pelos dispêndios em máquinas e equipamentos. Dessa

17

maneira, essa diferença se refletiu num peso maior atribuído ao primeiro indicador. A Figura

2 traz os valores que foram atribuídos a todos os indicadores da segunda edição do IBI.

O meso-indicador de atividades inovativas (IAI) recebe o maior peso (0,75) do que o IRH

(0,25) no IAE. Entre as variáveis, atribuiu-se maior peso à pesquisa e desenvolvimento (P&D)

interna (0,30). Os dispêndios em máquinas e equipamentos necessários em produtos e

processos novos para o mercado e os dispêndios em projeto industrial receberam um peso

intermediário no IAI (0,15). Os demais micro-indicadores de atividades inovativos receberam

pesos menores. O meso-indicador de recursos humanos (IRH) agrega informações

importantes por meio da valorização do nível de qualificação do pessoal ocupado em P&D.

Assim, a variável relacionada ao número de doutores recebe um peso de 0,50 nesse indicador,

o número de mestres recebe 0,35 e o de graduados, 0,15.

Na busca por valorizar as empresas que procuram introduzir inovações no mercado nacional e

mundial, ou seja, aquelas que desenvolvem inovações com maior conteúdo tecnológico no seu

setor, são maiores os pesos dos indicadores referentes às receitas de vendas com produtos

novos para os mercados nacional (RN) e mundial (RM). O IRV, por sua vez, possui peso

maior que o meso-indicador de patentes (IPT) em consideração ao fato de que os resultados

econômicos são importantes para todos os setores, o que não se aplica da mesma forma para

patentes, cuja importância varia significativamente entre setores.

18

3.1 Exemplo de como de calcular o IBI

Para facilitar a compreensão do cálculo do IBI, segue um exemplo da forma de cálculo, com

base em uma empresa fictícia participante da segunda edição do IBI. Vale lembrar o

SIGNIFICADO dado aos valores obtidos em qualquer um do indicadores (macro, meso e

micro) do IBI: Todos os indicadores medem o número de vezes que uma certa

variável da empresa está acima ou abaixo da média praticada pelo seu setor.

O setor ao qual a empresa pertence é determinado pelo código que cada empresa possui na

Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE), considerando-se somente os dois

primeiros dígitos.

1º passo: Transformar as variáveis investigadas da empresa em medidas de intensidade

Para o primeiro passo, é necessário dividir o valor de cada uma das variáveis investigadas da

empresa por um denominador que normaliza a variável pelo tamanho da empresa. O

denominador a ser utilizado depende da natureza da variável investigada.

Se as variáveis estão expressas em valores monetários, como é o caso de todos os micro-

indicadores dos meso-indicadores IAI e IRV, então se utilizará a receita líquida de vendas

(RLV) da empresa.

Se as variáveis estão expressas em quantidade, como é o caso de todos os micro-indicadores

dos meso-indicadores IRH e IPT, então se utilizará o número de pessoal total ocupado (PTO)

da empresa.

A tabela a seguir lista todos os 16 micro-indicadores e o cálculo acima descrito.

Indicadores Numerador Denominador

Valor do

micro-indicador Macro Meso Micro

IAE

IAI

PI

Valores

em R$

15,00

RLV

1.000,00

0,015

PE 5,00 0,005

OC 5,00 0,005

SW 8,50 0,009

ME 35,00 0,035

TR 5,00 0,005

LP 6,00 0,006

PR 10,00 0,010

IRH

GR

Quantidade

10 PTO

100

0,100

MT 3 0,030

DR 1 0,010

IAR

IRV

RE Valores

em R$

200,00 RLV

1.000,00

0,200

RN 25,00 0,025

RM 50,00 0,050

IPT PD

Quantidade 2 PTO

100

0,020

PC 3 0,030

19

2º passo: Calcular cada um dos 16 micro-indicadores

Para calcular cada um dos 16 micro-indicadores da empresa é necessário calcular a posição

relativa da empresa com relação ao setor ao qual ela pertence. Isso significa dividir cada

micro-indicador da empresa pela valor da média agregada setorial desse mesmo micro-

indicador. Cada um dos 16 micro-indicadores segue a ilustração a seguir, dado ao micro-

indicador PI, sendo:

setordovendasdelíquidaReceitadaSoma

setordointernoP&DemdispêndiosdosSoma

empresadalíquidaReceita

empresadainternoP&DemDispêndios

PI

Indicadores Numerador Denominador Valor do

micro-

indicador Macro Meso Micro Micro-indicador

da empresa

Média agregada

setorial do respectivo

micro-indicador

IAE

IAI

PI 0,015 0,006 2,50

PE 0,005 0,001 5,00

OC 0,005 0,010 0,50

SW 0,009 0,002 4,25

ME 0,035 0,010 3,50

TR 0,005 0,007 0,71

LP 0,006 0,001 6,00

PR 0,010 0,003 3,33

IRH

GR 0,100 0,050 2,00

MT 0,030 0,150 0,20

DR 0,010 0,004 2,50

IAR

IRV

RE 0,200 0,100 2,00

RN 0,025 0,018 1,39

RM 0,050 0,070 0,71

IPT PD 0,020 0,005 4,00

PC 0,030 0,009 3,33

3º passo: Calcular os macro e meso-indicadores e o IBI da empresa

Consiste na soma dos respectivos micro-indicadores de cada uma dos quatro meso-

indicadores ponderados pelos seus respectivos pesos. Após o cálculo, soma-se esses quatros

meso-indicadores ponderados pelos seus respectivos pesos, obtendo-se os dois macro-

indicadores IAE e IAR.

20

Finalmente calcula-se a variável épsilon8 e soma-se os dois macro-indicadores mais a variável

épsilon ponderados pelos seus respectivos pesos, obtendo o IBI da empresa.

Indicadores Micro-indicador

da empresa Peso

Valor do

meso-indicador Macro Meso Micro

IAE

IAI

PI 2,50 0,30

3,17

PE 5,00 0,10

OC 0,50 0,10

SW 4,25 0,05

ME 3,50 0,15

TR 0,71 0,05

LP 6,00 0,10

PR 3,33 0,15

IRH

GR 2,00 0,15

1,62 MT 0,20 0,35

DR 2,50 0,50

IAR

IRV

RE 2,00 0,10

1,11 RN 1,39 0,40

RM 0,71 0,50

IPT PD 4,00 0,50

3,67 PC 3,33 0,50

Indicadores Meso-indicador

da empresa Peso

Valor do

macro-indicador

Macro Meso

IAE

IAI 3,17 0,75

2,78

IRH 1,62 0,25

IAR

IRV 1,11 0,60

2,13

IPT 3,67 0,40

Épsilon 50,02

1

IARIAE

IARIAE

1,31

Macro-indicadores IAE IAR Épsilon IBI

Valores 2,78 2,13 1,31 2,23

Pesos 0,40 0,40 0,20

8 Como mencionado anteriormente, a variável épsilon (ε) busca valorizar o equilíbrio entre os dois macro-

indicadores: IAE e IAR.

21

3.2 Conceituação dos grupos setoriais

A proposta de agrupar setores industriais por intensidade tecnológica não é inédita e já foi

desenvolvida pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em

uma classificação setorial por intensidade tecnológica (alta, média e baixa). Tal classificação

foi formada com base nos dispêndios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) das indústrias

dos países-membros da OCDE.

A classificação da OCDE aplica-se, contudo, a países desenvolvidos, cuja estrutura

econômica e, sobretudo, tecnológica diverge consideravelmente de países em

desenvolvimento, como o Brasil.

O IBI desenvolveu, para o cenário brasileiro, um agrupamento setorial com base no ranking

do indicador de intensidade de P&D (dispêndio em P&D interna sobre a receita líquida) dos

setores. Os agrupamentos foram obtidos a partir da divisão da distribuição dos valores desse

indicador em "quartis", ou seja, em quatro partes iguais (à exceção do grupo 4, que contém

dois sub-setores industriais a mais do que os demais grupos).

A agregação setorial baseada em quartis da intensidade em P&D torna os grupos setoriais

mais homogêneos, a despeito de estabelecer um ranking setorial diferenciado da classificação

internacional da OCDE. Além disso, sugere a composição de novos grupos, baseados na

proximidade da base técnica. Em outras palavras, percebe-se uma convergência de indústrias

pertencentes a complexos produtivos que seguem uma lógica semelhante de competitividade

e de aquisição de capacitação tecnológica.

Veja abaixo a Tabela 2. que traz a agregação setorial definida para a 2ª. Edição do IBI, com

base nas informações da PINTEC 2005.

22

Grupos Setoriais – IBI segunda edição

GRUPOS PINTEC 2005 intensidade

de P&D

GRUPO

1

Fabricação de outros equipamentos de transporte 3,22

Atividades de informática e serviços relacionados 2,33

Instrumentação e automação industrial 2,26

Máquinas para escritório e equipamentos de informática 1,48

Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos 1,29

Veículos, reboques e carrocerias 1,25

GRUPO

2

Eletrônica e aparelhos e equipamentos p/ telecomunicações 1,10

Refino de petróleo e álcool 0,77

Fabricação de máquinas e equipamentos 0,55

Fabricação de produtos químicos 0,55

Telecomunicações 0,52

Fabricação de móveis e indústrias diversas 0,47

GRUPO

3

Fabricação de artigos de borracha e plástico 0,42

Fabricação de produtos de minerais não-metálicos 0,36

Couros, calçados e fabricação de artefatos de couro 0,34

Fabricação de produtos do fumo 0,23

Fabricação de celulose, papel e produtos de papel 0,23

Confecção de artigos do vestuário e acessórios 0,22

Fabricação de produtos têxteis 0,22

GRUPO

4

Fabricação de produtos de metal 0,21

Indústrias extrativas 0,20

Metalurgia Básica 0,18

Fabricação de produtos de madeira 0,13

Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 0,13

Edição, impressão e reprodução de gravações 0,08

Fonte: PINTEC 2005

A divisão em macrosetores permite a comparação de empresas de setores com características

inovativas e tecnológicas semelhantes para a construção do ranking das empresas mais

inovadoras. Assim, cada empresa que se candidatará ao IBI será classificada apenas em

relação às demais do seu grupo setorial IBI.

23

4 Divulgação dos resultados

O IBI garante o sigilo das informações disponibilizadas pelas empresas participantes. Para

firmar seu comprometimento, o IBI possui um termo de sigilo9 que integra a metodologia de

adesão da empresa ao IBI.

Serão divulgadas as três empresas mais inovadoras de cada um dos quatro grupos setoriais

abordados pela pesquisa, conforme apresentado no item anterior, em um total de 12 empresas.

As empresas classificadas no ranking das empresas mais inovadoras terão seus resultados

divulgados de forma agregada, ou seja, apenas a soma final dos micro, meso e macro-

indicadores, que resulta no IBI, será divulgada.

Como mencionado anteriormente, toda empresa participante, independentemente de ter sido

classificada entre as 12 mais inovadoras, recebe pelo correio uma CARTA INFORMATIVA

com os resultados dos 16 micro-indicadores abordados pelo IBI e com uma comparação dos

dados da empresa participante com a empresa primeiro-colocada no seu respectivo grupo

setorial e com os indicadores médios de seu setor de atuação, de acordo com a Classificação

Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) realizada a dois dígitos.

Com a média do seu setor CNAE em mãos e com os dados de cada indicador e micro-

indicador do IBI da sua empresa, ambos fornecidos pela CARTA INFORMATIVA, a própria

empresa participante poderá conferir seu IBI aplicando os dados na fórmula apresentada

anteriormente.

9 O termo de sigilo está disponível nox anexos do presente documento e no site do IBI, em

www.revistainovacao.uniemp.br/ibi/

24

5 Segunda edição do IBI

A segunda edição do IBI mantém os mesmos objetivos da sua primeira edição: a construção

de um ranking de empresas inovadoras do país. Na segunda edição, o trabalho vai além das

indústrias de transformação e inclui também as indústrias extrativas e os serviços relacionados

com as tecnologias de informação e comunicações (CNAE 64.2 e 72)10

.

Podem participar do IBI as empresas nacionais ou estrangeiras que realizaram atividades

inovativas no país no período de 2003 a 2005. As empresas que participaram da primeira

edição do IBI também podem participar da segunda edição.

Para aderir à segunda edição do IBI é preciso que a empresa tenha participado da Pesquisa de

Inovação Tecnológica (PINTEC/IBGE) de 2005. Não serão aceitas empresas que não tenham

participado da PINTEC 2005, mesmo que as mesmas se disponham a preencher o

questionário da pesquisa com dados referentes ao ano de 200511

.

5.1 Como participar da segunda edição do IBI

As empresas que atendem aos pré-requisitos de participação ao IBI (que sejam das indústrias

de transformação, das indústrias extrativas ou dos serviços – CNAE 64.2 e 72 – e que tenham

participado da PINTEC 2005) devem seguir os quatro passos a seguir:

Passo 1.

Preencher o formulário de adesão, disponível no site do IBI, em

http://www.revistainovacao.uniemp.br/ibi_adesao.php), conforme mostra a imagem a seguir:

10

Veja quais segmento do setor de serviços pode participar no item 5 do presente Manual. 11 Caso a sua empresa não tenha participado da PINTEC 2005, mas tenha interesse em participar das próximas

edições da pesquisa, é preciso entrar em contato diretamente com o Departamento de Indústria do IBGE e

solicitar a participação na próxima PINTEC pelo email: [email protected]

25

Passo 2.

A empresa receberá pelo correio ou por email, conforme desejar, o termo de sigilo das

informações, assinado pelos coordenadores do IBI. O responsável pela adesão da empresa

deve, então, assinar a declaração de que recebeu e concorda com o termo de sigilo e enviá-la à

equipe do IBI12

.

12 O termo de sigilo e a declaração de recebimento do termo de sigilo estã disponíveis em anexo. No caso de

envio do termo por email, o processo será feito via assinatura eletrônica.

26

Passo 3.

Solicitar ao IBGE o questionário respondido da PINTEC/2005, por meio dos dois e-mails

seguintes: [email protected] e [email protected]. A solicitação deve ser feita para os dois

endereços concomitantemente, com o assunto/título do email contendo: “Para participação no

ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO”. A empresa receberá em seguida um número de

protocolo da solicitação, que deve ser enviado à equipe do IBI, para controle por email, para

o endereço [email protected]. O IBGE orientará a empresa quanto à formalização do

pedido, que será feita por fax.

Observação: o pedido do questionário preenchido da PINTEC 2005 não pode ser feito

diretamente pela equipe do IBI, já que os dados coletados pela PINTEC são sigilosos e só

podem ser fornecidos pelo IBGE diretamente às empresas participantes. A solicitação do

questionário da PINTEC 2005 preenchido ao IBGE é necessária mesmo nos casos em que a

empresa tenha uma cópia do questionário da PINTEC 2005 preenchido. O IBI só considerará

os questionários enviados pelo IBGE à empresa, e pela empresa ao IBI, com base nos

números de protocolos obtidos.

Passo 4.

Após recebido o questionário da PINTEC 2005 preenchido, o mesmo deve ser enviado à

equipe do IBI, juntamente com a questão B2 da PIA-empresa-2005, relativa ao destino

geográfico das vendas da empresa. O envio deve ser feito para o email:

[email protected]

A questão B2 da PIA-empresa-2005 segue abaixo:

B2 – DESTINO GEOGRÁFICO DAS VENDAS (em porcentagem, sem incluir decimais):

22. Mercado interno __________%

23. Países do mercosul __________%

24. Outros países __________%

25. TOTAL 100 %

Vale ressaltar que a empresa participante contará com o apoio da equipe de comunicação do

IBI durante todo o processo de adesão, por meio do email [email protected].

27

6 Anexos

6.1 Modelo do termo de sigilo das informações fornecidas pela empresa

Universidade Estadual de Campinas

Instituto de Geociências

Departamento de Política Científica e Tecnológica

TERMO DE CONFIDENCIALIDADE

COMPROMISSO DE GARANTIA DE SIGILO DAS INFORMAÇÕES

PROJETO ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO

Prezado(a) Senhor(a),

_________________________________

Responsável pela adesão da empresa

________________________________

Em nome do projeto IBI – ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO, ANDRÉ TOSI

FURTADO, brasileiro, casado, professor doutor, portador da cédula de identidade RG n.º

180.657.24-SP SSP e inscrito no CPF/MF sob o n.º 543.723.807-04, e RUY DE

QUADROS CARVALHO, brasileiro, casado, professor doutor, portador da cédula de

identidade RG n.º 802042 SSP/DF e inscrito no CPF/MF sob o n.º 525.384.948-34, ambos

professores do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade

Estadual de Campinas, a Rua Pandiá Calógeras, 51 – Instituto de Geociências/ UNICAMP

– caixa postal 6152, CEP 13083-870, signatários deste termo de compromisso, assumem, a

responsabilidade pela total e completa garantia de sigilo das informações prestadas pela

empresa __________________________________ e requeridas para sua participação no

IBI.

Garantem os signatários, ainda, que as informações fornecidas serão tratadas apenas e

exclusivamente com a finalidade de apurar o índice de inovatividade da empresa

_______________________________________, e que nenhuma informação, parcial ou

completa, fornecida pela empresa, seja ela proveniente dos questionários da PINTEC/IBGE

e/ou da PIA/IBGE, ou de qualquer outra fonte, será sob qualquer forma divulgada ou

comunicada a terceiros.

Campinas, ____ de ____________ de ______.

André Tosi Furtado Ruy de Quadros Carvalho

28

6.2 Modelo da declaração da empresa de confirmação de recebimento do termo de

sigilo

Universidade Estadual de Campinas

Instituto de Geociências

Departamento de Política Científica e Tecnológica

DECLARAÇÃO

Eu, ________________________________________, responsável pela adesão da empresa

___________________________________________________________________________

ao projeto ÍNDICE BRASIL DE INOVAÇÃO, declaro que recebi o termo de

confidencialidade assinado pelo Professor André Tosi Furtado, coordenador do projeto, e

pelo Professor Ruy Quadros de Carvalho.

Declaro que li e concordo com as condições dispostas no documento supracitado.

______________, ______de ________________de_______.

____________________________________________

Responsável pela condução do projeto

Função ou cargo que ocupa