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INDICE• CIÊNCIAS DA NATUREZABIOLOGIA 3QUÍMICA 7FÍSICA 10• CIÊNCIAS HUMANASGEOGRAFIA 14FILOSOFIA 19HISTÓRIA 23• CÓDIGOS E LINGUAGENSPORTUGUÊS 28LITERATURA 31REDAÇÃO 36• MATEMÁTICA E SUAS

TECNOLOGIASMATEMÁTICA 43

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Prefácio

Iniciamos o Pro Paz Enem em 2015 com o objetivo de preparar estudantes da redepública estadual de ensino para a prova do Enem, principal forma de ingresso nas universidades do país, além de oferecer a possibilidade de certicação do ensino médio. Atendemos em 2015 cerca de 12 mil estudantes com aulões nos municípios de Belém, Breves, Benevides, Abaetetuba, Santarém e Marabá. Como resultado aprovamos mais de mil alunos nas universidades do Estado, além de alunos em universidades particulares, uma conquista e tanto e que muito nos orgulhou. Mas o trabalho não pode parar e, este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)registrou 9.276.328 inscritos no país, de acordo com balanço divulgado pelo Ministério da Educação. Só na região Norte foram 3.077 inscritos. Com o sucesso do projeto em 2015 decidimos estende-lo, levando o projeto para os mesmos municípios do ano anterior e incluindo ainda, Castanhal, Capanema e Portel. Ou seja chegaremos a mais alunos. O Pro Paz Enem é um projeto do Governo do Estado que vem para cumprir as metas do pacto pela educação e ele só se tornoupossível com o apoio das Secretária Estadual de Educação (Seduc), Secretaria Estadualde Comunicação (Secom) e a Fundação Paraense de Radiodifusão (Funtelpa). Este ano o projeto contará com uma inovação, com as apostilas do conteúdo programáticosendo oferecidas para download online. Nossa intenção é que este material, feitos pelos nossos professores chegue ao máximo de alunos em todo o Estado.

Esperamos com este trabalho ajudar para que você, aluno, consiga o melhor resultado na prova do Enem e realize seu sonho de passar em uma universidade. Nós, da Fundação Pro Paz, estamos ao seu lado neste desao. Uma boa aula!

Jorge Bittencourt – Presidente da Fundação Pro Paz

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Competência de área 4Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.

H14 - Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilí-brio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade, entre outros.

BIOLOGIAVITAMINAS

Vitamina não é uma classe particular de substâncias, mas a designação de qualquer substância orgâni-ca necessária em pequeníssima quantidade e que o organismo não consegue produzir. O ácido ascórbico, por exemplo, é a vitamina C, essencial ao bom funcionamento do organismo humano e dos demais primatas (símios e macacos). Outros animais também necessitam do ácido ascórbico, mas conseguem produzi-lo em suas próprias células; por isso, para esse animal, o ácido ascórbico não é uma vitamina.

Os cientistas descobriram que muitas vitaminas atuam como co-fatores em relação enzimática. Assim, na ausência de determinada vitamina, não se forma a enzima ativa correspondente, o que altera o metabolismo celular.

A descoberta da vitaminaDescobriu-se a importância da alimentação variada durante a época das grandes navegações à vela. A

dieta da tripulação dos navios era muito pobre, constituída basicamente por biscoitos secos e carne salgada. Após algumas semanas no mar, os marinheiros tornavam-se fracos, desatentos, tinham fortes hemorragias nasais e muitos chegavam a morrer. Bastava, no entanto, que os doentes passassem alguns dias em terra firme, alimen-tando-se frutas e verduras frescas, para que os sintomas rapidamente desaparecessem.

Escorbuto e beribéri.Uma doença comum entre os marinheiros era o escorbuto. Logo se descobriu que, para evitá-la, bastava

ingerir regulamente suco de limão ou de laranja. A marinha inglesa chegou mesmo a baixar uma lei tornando obrigatória a inclusão dessas frutas na dieta dos marinheiros. Hoje se sabe que o escorbuto é causado pela defi-ciência da vitamina C, o ácido ascórbico.

CC C

CCC

H H

HH

CH2 C

NH2

H

COOHH2

Fenilalanina

CC C

CCC

H H

HH

CH2 C

NH2

H

COOHHO2

Tirosina

Enzima fenilalanina-4- monoxigenase

O2

Reação catalisada pela enzima fenilalanina-4-monoxigenase, cuja ausência é a principal causa da fenilcetonúria, que afeta uma a cada 20 mil pessoas.

Os marinheiros chineses e japoneses, cuja dieta era constituída basicamente por peixe e arroz branco (sem casca), apresentaram uma doença que ficou conhecida como beribéri, que em japonês significa “eu não posso! eu não posso!”, supostamente porque o doente não podia levantar-se do leito, devido à fraqueza. O principal sintoma do beribéri é o enfraquecimento dos músculos, que pode levar a pessoa à total paralisia. Os médicos japoneses descobriram que a doença poderia ser prevenida e curada com uma dieta constituída vegetais, carne, leite condensado e arroz integral.

O termo vitamina foi criado quando se descobriu que pequeníssimas quantidades de uma substância, a tiamina, pertencente ao grupo das aminas (que têm grupos nitrogenados) conseguiu evitar o beribéri. Por causa disso, essa substância foi chamada de vitamina, que significa “amina vital”. Entretanto, pouco tempo depois fo-ram descobertos outros fatores nutricionais orgânicos, também necessários em pequeníssimas quantidades, mas que não eram aminas. O termo vitaminas, porém, já estava consagrado pelo uso.

Fontes naturais de vitaminas e avitaminosesAs fontes naturais das vitaminas são os alimentos. Entretanto, elas podem também ser encontradas no

comércio na forma purificada e são prescritas pelos médicos para eliminar as deficiências vitamínicas, geralmente causadas por uma dieta pobre ou desbalanceada.

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Certos cuidados precisam ser tomados para que os alimentos não percam seu valor vitamínico, pois certas vitaminas são facilmente destruídas pelo calor ou pela exposição ao gás oxigênio (O2) do ar. A regra geral para preservar ao máximo o valor vitamínico de verduras e legumes é consumi-los crus ou cozidos por pouco tempo, na menor quantidade de água possível. Os vegetais para saladas e as frutas só devem ser cortados na hora de serem servidos, para evitar a oxigenação destrutiva de suas vitaminas pelo ar.

As doenças resultantes da falta de vitaminas são denominadas de avitaminoses. Quanto à solubilidade, as vitaminas podem ser classificadas em HIDROSSOLÚVEIS e LIPOSSOLÚVEIS.

A importância dessa classificação está relacionada ao modo como as vitaminas podem ser ingeridas e a seu armazenamento no organismo. As vitaminas hidrossolúveis, assim chamadas por serem substâncias polares e dissolverem-se em água, são armazenas em quantidades pequenas no corpo e devem ser ingeridas diariamente. As vitaminas polissolúveis, assim chamadas por serem substâncias apolares e dissolverem-se em lipídios e em outros solventes orgânicos, são armazenadas no tecido adiposo e não necessitam ser ingeridas diariamente.

Modelo espacial da Tiamina (vitamina B1), cuja fórmula molecular é C12 H17 N4 OS (carbono em cinza; hidrogênio em turquesa; nitrogênio em azul; oxigênio em vermelho; enxofre em amarelo; cores fantasia).

PRINCIPAIS VITAMINAS E SINTOMAS DE SUA DEFICIÊNCIA

HIDROSSOLÚVEISVITAMINAS PRINCIPAL USO NO

CORPOSINTOMAS DE DE-FICIÊNCIA PRINCIPAIS FONTES

B1 (Tiamina)

Auxilia na oxidação dos carboidratos. Estimula o apetite. Mantém o tônus mus-cular e o bom funcio-namento do sistema nervoso. Previne o be-ribéri.

Perda do apetite, fa-diga muscular, ner-vosismo, beribéri.

Cereais na forma integral de pães, feijão, fígado, car-ne de porco, ovos, fermen-to de padaria, vegetais de folha.

B2 (Riboflavina)

Auxilia a oxidação dos alimentos, essencial á respiração celular. Mantém a tonalidade saudável da pele. Atua na coordenação mo-tora.

Ruptura da mucosa da boca, dos lábios, da língua e das bo-chechas.

Vegetais de folha (couve, repolho, espinafre etc), car-nes magras, ovos, fermen-to de padaria, fígado, leite.

B3 (Niacina ou ácido nicotínico)

Mantém o tônus ner-voso e muscular e o bom funcionamento do sistema digestório. Previne a pelagra

Inércia e falta de energia, nervosismo extremo, distúrbio digestivo, pelagra

Levedo de cerveja, carnes magras, ovos, fígado, leite.

B5 (ácido pantotênico)

É componente da coenzima A, participante dos processos energéticos celulares.

Anemia,fadiga e dormência dos membros

Carne, leite e seus deriva-dos, verduras e cereais in-tegrais.

B6 (Piridoxina)Auxilia a oxidação dos alimentos. Mantém a pele saudável.

Doenças da pele, distúrbios nervosos, inércia e extrema apatia.

Levedo de cerveja, cereais integrais, fígado, carnes magras, leite.

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HIDROSSOLÚVEISVITAMINAS PRINCIPAL USO NO

CORPOSINTOMAS DE DE-FICIÊNCIA PRINCIPAIS FONTES

B8 (Biotina)

Atua como coenzima em processos energé-ticos celulares, na sín-tese de ácidos graxos e das bases nitrogena-das púricas.

Inflamações na pele e distúrbios neuro-musculares.

Carnes, legumes, verduras e bactérias da flora intes-tinal.

B9 (Ácido fólico)

Importante na sínte-se das bases nitroge-nadas e, portanto, na síntese de DNA e mul-tiplicação celular.

Anemia; esterilidade masculina; na gra-videz predispõe a uma malformação do feto conhecida como espinha bífida.

Vegetais verdes, frutas, Ce-reais integrais e bactérias da flora intestinal.

B12 (Cianocobalami-na)

É essencial para a maturação das hemácias e para síntese de nucleotídios.

Anemia perniciosa; distúrbios nervosos.

Carnes, ovos, leite e seus derivados.

C (ácido ascórbico)

Mantém a integrida-de dos vasos sanguí-neos e saúde dos den-tes. Previne infecções e escorbuto.

Inércia e fadiga em adultos, insônia e nervosismo em crianças, sangra-mento das gengivas, dores nas juntas, dentes alterados, es-corbuto.

Frutas cítricas (limão, lima, laranja), tomate, couve, re-polho, outros vegetais de folha, pimentão.

POLISSOLÚVEISVITAMINAS PRINCIPAL USO NO COR-

POSINTOMAS DE DE-FICIÊNCIA PRINCIPAIS FONTES

A (retinol)

Necessária para o cres-cimento normal e para o bom funcionamento dos olhos, do nariz, da boca, dos ouvidos e dos pul-mões. Previne resfriados e várias infecções. Evita a “cegueira noturna”.

Cegueira noturna (xeroftalmia) “olhos secos” em crianças, cegueira total.

Vegetais amarelos (cenou-ras, abóbora, batata-doce, milho), pêssego, nectarina, abricó, gema de ovos, man-teiga, fígado.

D (Calciferol)

Atua no metabolismo do cálcio e do fósforo. Man-tém os ossos e os dentes em bom estado. Previne o raquitismo.

Problemas nos dentes, ossos fra-cos, contribui para os sintomas da ar-trite, raquitismo.

Óleo de fígado de bacalhau, fígado, gema de ovos. ***

E (Tocoferol)

Promove a fertilidade. Pre-vine o aborto. Atua no sis-tema nervoso involuntário, no sistema muscular e nos músculos involuntários.

Esterilidade mascu-lina, aborto.

Óleo de germe de trigo, carnes magras, laticínios, alface, óleo de amendoim.

K (Filoquinona)Atua na coagulação do sangue. Previne hemorra-gias.

Hemorragias. Vegetais verdes, tomate, castanha

*** A vitamina D não é encontrada pronta na maioria dos alimentos; estes contêm, em geral, um precur-sor que se transforma em vitamina D quando exposto aos raios ultravioletas da radiação solar.

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01. A vitamina K – vitamina lipossolúvel descoberta em 1939 – é uma vitamina

a) que, como todas as vitaminas lipossolúveis, devem ser ingeridas em grandes quantidades, por ser considerada substrato energético importante para nossas células.

b) importante para a síntese de rodopsina e sua carência resulta em maior dificuldade de adaptação a ambientes mal iluminados.

c) que participa ativamente da absorção intestinal do cálcio e da sua fixação nos ossos e dentes.d) que participa ativamente na síntese do colágeno e sua carência provoca o escorbuto.e) essencial para a formação da protrombina e da alguns outros fatores envolvidos na coagulação sanguínea.

02. (UFC- CE/ adaptado) As vitaminas foram descobertas há cerca de 100 anos e, a partir dos anos 80, invadiram as prateleiras das farmácias, na forma de suplementos vitamínicos, com dosagens acima das recomendadas pelas organizações de saúde, o que ainda hoje gera muita discussão sobre os benefícios ou malefícios que esse “banho” de vitaminas pode acarretar ao organismo. Contudo, é relevante saber a importância das mes-mas para a saúde e de quais fontes alimentícias podemos obtê-las.

Considere o quando abaixo:

VitaminaSintoma da carência no organismo

Fontes alimentares

A 1 Fígado, leite, cenoura.B 2 Cereais integrais, carnes magrasC 3 Frutas cítricas.D 4 Peixe, leite, gema de ovo.K 5 Vegetais com folhas verdes, tomate.

Qual a alternativa que preenche corretamente o quando acima, substituindo, respectivamente, os números 1, 2, 3, 4 e 5 pelos sintomas causados devido à carência de cada vitamina no organismo?

a) cegueira noturna, hemorragias, escorbuto, raquitismo e disfunção do sistema nervoso.b) escorbuto, cegueira noturna, raquitismo, disfunção do sistema nervoso e hemorragias.c) cegueira noturna, raquitismo, hemorragias, escorbuto e disfunção do sistema nervoso.d) disfunção do sistema nervoso, raquitismo, escorbuto, cegueira noturna e hemorragias.e) cegueira noturna, disfunção do sistema nervoso, escorbuto, raquitismo e hemorragias.

03. A obesidade, que nos países desenvolvido já é tratado como epidemia, começar a preocupar especialistas no Brasil. Os últimos dados da Pesquisa do Orçamento Familiares, realizada entre 2002 2003 pelo IBGE, mostram que 40,6% da população brasileira está acima do peso, ou seja, 38,8 milhões da adultos. Desse total, 10,5 milhões são considerados obesos. Vários são os remédios e as dietas que prometem emagrecimento rápido e sem riscos. Há alguns anos foi lançado no mercado brasileiro um remédio de ação diferente dos demais, pois inibe a ação das lípases, enzimas que aceleram a reação de quebra de gorduras. Sem serem quebradas elas não são absorvidas pelo intestino, e parte das gorduras ingeridas são eliminadas com as fezes. Como os lipídios são altamente energéticos, a pessoa tende a emagrecer. No entanto, esse remédio apresenta algumas contraindicações. Pois a gordura não absorvida lubrifica o intestino, causando desagradáveis diarreias. Além do mais, podem ocorrer casos de baixa absorção de vitaminas polissolúveis, como as A, D, E e K, pois:

a) essas vitaminas, por serem mais energéticas que as demais, precisam de lipídios para a sua absorção.b) a ausência de lipídios torna a absorção dessas vitaminas desnecessária.c) essas vitaminas reagem como o remédio, transformando-se em outras vitaminas.d) as lípases também desdobram as vitaminas para que essas sejam absorvidas.e) essas vitaminas se dissolvem nos lipídios e só são absorvidas junto com eles.

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Competência de área 5:Entender métodos e procedimentos próprios das ci-ências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.

Habilidade H17:Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

Habilidade H18;Relacionar propriedades físicas, químicas ou bioló-gicas de produtos, sistemas ou procedimentos tec-nológicos às finalidades a que se destinam.

Habilidade H19:Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômi-ca ou ambiental.

Competência de área 7:Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.

Habilidade H24 :Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transforma-ções químicas.

Habilidade H26:Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econô-micas na produção ou no consumo de recursos ener-géticos ou minerais, identificando transformações químicas ou de energia envolvidas nesses processos.

Habilidade H27Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando ris-cos ou benefícios.

Comentário: Os conteúdos propostos neste fas-cículo relacionam-se a eixos temáticos que abor-dam problemáticas de ordem ambientais e so-ciais (saúde).

QUÍMICANOX - RADIOATIVIDADE E CHUVA ÁCIDA

1. NÚMEROS DE OXIDAÇÃO - NOX

Regras para a Determinação do NOX:Para saber qual é o NOX de um elemento dentro

de uma molécula, devemos seguir algumas regras:

1ª Regra: Nas substâncias simples, o NOX do elemento é igual a ZERO.NOX do H no H2 = 0

NOX do S no S8 = 0NOX do Na no sódio metálico = 0

2ª Regra: Nos íons simples, o NOX do elemento é igual a carga do íon.NOX do Fe no Fe2+ = +2 NOX do S no S2- = - 2NOX do Al no Al3+ = +3 NOX do Cl no Cl- = - 1

3ª Regra: Nos compostos, a soma algébrica das cargas totais é sempre igual a ZERO. Veja a tabela a seguir:

ELEMENTO NOX OBSERVAÇÕESLi, Na, Rb, Cs, Fr, Ag

Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra, Zn, Cd

Al

oxigênio O

+1

+2

+3

-2

-1

compostos

compostos

compostos

na maioria

Peróxidos: H2O2, K2O2, CaO2, MgO2, BeO2

halogênioF

Cl, Br, I

-1

-1

compostos

sem oxigênio

Hidrogênio

-1

+1

hidretos metálicos: NaH, CaH2, AlH3, SnH4

na maioria

4ª Regra: Nos íons compostos, os formados por dois ou mais elementos, a soma algébrica das cargas totais é igual a carga do íon.

01. Os cálculos renais, popularmente conhecidos como “pedras nos rins”, são agregados cristalinos com-postos por alguns sais, dentre eles o fosfato de cál-cio, que se forma através da reação entre os íons cálcio e fosfato presentes no sangue.

Cerca de 12% da população tem cálculos renais no Brasil, o que significa que 24 milhões de brasilei-ros apresentam pedras nos rins. A maior incidência ocorre na faixa etária entre 20 e 50 anos, com leve predominância do sexo masculino. Na infância, a doença é mais comum em crianças de 7 a 12 anos.

O número de oxidação do átomo de fósforo do íon fosfato é

a) +5 b) -5 c) +3 d) -3 e) -2

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3. CHUVA ÁCIDA

A Chuva ácida é caracterizada por um pH abai-xo de 4,5. É causada pelo enxofre proveniente das im-purezas da queima dos combustíveis fósseis e pelo azoto do ar, que se combinam com o oxigênio para formar dióxido de enxofre e dióxido de azoto. Estes se difundem pela atmosfera e reagem com a água para formar ácido sulfúrico e ácido nítrico, que são solúveis em água. Um pouco de ácido clorídrico também é for-mado.

As chuvas normais têm um pH de, aproximada-mente 5,6, que é levemente ácido. Essa acidez natural é causada pela dissociação do dióxido de carbono em água, formando o ácido carbônico, segundo a reação:

CO2 + H2O → H2CO3

Os principais contribuintes para a produção de gases que provocam a chuva ácida, lançados na atmos-fera, são as emissões dos vulcões e processos biológi-cos que ocorrem nos solos, pântanos e oceanos. Os efeitos da deposição ácida foram detectados nas ge-leiras há milhares de anos em partes remotas do globo.

As principais fontes humanas desses gases são as indústrias, as usinas termoelétricas e os veículos de transporte. Os gases podem ser carregados por mi-lhares de quilômetros na atmosfera antes de reagirem com partículas de água originando ácidos que mais tarde se precipitam.

2. RADIOATIVIDADE

A radioatividade é um fenômeno natural ou ar-tificial, pelo qual algumas substâncias ou elementos químicos, chamados radioativos, são capazes de emitir radiações.

CARACTERÍSTICAS DAS EMISSÕES1) Alfa: São fluxos de partículas carregadas po-

sitivamente, compostas por 2 nêutrons e 2 prótons (núcleo de hélio). Tem baixa velocidade comparada a velocidade da luz (20000 KM/s).

2) Beta: Estas partículas têm a mesma nature-za dos elétrons, e são resultantes da desintegração de nêutrons do núcleo. Tem alta velocidade, aproximada-mente 270 000KM/s

3) Gama: É o tipo mais penetrante de radia-ção, não apresenta carga elétrica e não é afetada pelos campos elétricos e magnéticos.

LEIS DA RADIOATIVIDADE1ª Lei da Radioatividade – Frederick Soddy Quando um núcleo emite partícula alfa, seu nú-

mero atômico diminui de duas unidades e seu número de massa diminui de 4 unidades.

Ex.: 92 U235 → 2α

4 + 90Th231

2º Lei da Radioatividade- Soddy Fajans- Rus-sel

Quando um núcleo emite partícula β, seu núme-ro atômico aumenta de uma unidade e seu número de massa não se altera.

Ex.: 83 Bi 210 → -1β° + 84Po210

FISSÃO NUCLEARA fissão nuclear é o processo que ocorre com a

quebra de núcleos maiores em núcleos menores pelo bombardeamento de nêutrons (reação em cadeia). Es-sas reações liberam grande quantidade de energia.

FUSÃO NUCLEARA fusão nuclear é a união de núcleos menores

formando núcleos maiores. A reação de fusão nuclear requer uma quantidade muito grande de energia para ocorrer, e quando ocorre há liberação de uma quan-tidade enorme de energia. Para termos uma ideia é a mesma reação que ocorre no sol.

Tritio(hidrogêniode massa 3)

Hélio

nêutronDeutério(hidrogêniode massa 2)

Energia absorvida (necessária) para ocorrer a fusão

nuclear

(a temperatura tem que ser da ordem de 10 milhões de graus

celsius)

Energia liberada depois de ocorrida a

fusão nuclear

esta energia chaga para nós na forma

de luz e calor

radiação

Produtosda fissão

neutrôns rápidos(de dois a três)

02. Prevenção, tratamentos precisos, qualidade de vida e até cura já são expressões frequentes no voca-bulário médico, quando o assunto é câncer. A ra-dioterapia é uma das alternativas utilizadas no tra-tamento dessa doença. O radionuclídeo cobalto 60 (Co-60), utilizado na medicina em tratamento do câncer, possui meia-vida de 5 anos. Dentro de uma cápsula lacrada foi colocada uma amostra de Co-60 e esta cápsula foi aberta após 20 anos, sido encontrados 250mg deste. A massa, em gramas, do radioisótopo colocada inicialmente na cápsula encontra-se em qual das alternativas abaixo:

a) 40,0b) 1,0c) 0,4d) 0,1e) 4,0

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A precipitação ácida ocorre quando a concen-tração de dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de azoto (NO, NO2, N2O5) é suficiente para reagir com as gotas de água suspensas no ar (as nuvens).

Tipicamente, a chuva ácida possui um pH à vol-ta de 4,5 enquanto que a chuva normal tem um pH de cerca de 5,6 e a água corrente tem 6,8, sendo esta última já considerada neutra (pH 7 é neutro). A chuva ácida pode transformar a superfície do mármore em gesso.

Os dois principais compostos que geram esse problema ambiental seguem processos diferentes. O enxofre é uma impureza frequente nos combustíveis fósseis, principalmente o carvão mineral e o petró-leo, que ao serem queimados também promovem a combustão desse composto. O enxofre e os óxidos de enxofre podem ser lançados na atmosfera pelos vul-cões. Os óxidos ácidos formados reagem com a água para formar ácido sulfúrico (H2SO4) e ácido sulfuroso (H2SO3).

O gás nitrogênio (N2), abundante na composi-ção da atmosfera, é muito pouco reativo. Para reagir com o oxigênio gasoso precisa de grande quantida-de de energia, como ocorre em uma descarga elétrica ou no funcionamento de um motor a explosão. Estes motores são os maiores responsáveis pela reação de oxidação do nitrogênio na atualidade. Os óxidos, ao reagir com água, formam ácido nitroso (HNO2) e ácido nítrico (HNO3).

As duas principais séries de reações de forma-ção da chuva ácida são as que se seguem:

I - Queima do enxofre: • S + O2 → SO2

II - Transformação do SO2 em SO3: • SO2 + ½ O2 → SO3

III - Reações dos óxidos com água: • SO2 + H2O → H2SO3 • SO3 + H2O → H2SO4

Chuva ácida causada pelos óxidos de nitrogênio (NOx):

I - Reação entre N2 e O2 nos motores dos auto-móveis (devido à temperatura elevada):

• N2 + 2O2 → 2NO2

II - Reação do óxido com água: • 2NO2 + H2O → HNO2 + HNO3

Algumas sugestões para economizar energia: • Transporte coletivo: diminuindo-se o nú-

mero de carros a quantidade de poluentes também diminui;

• Utilização do metrô: por ser elétrico polui menos do que os carros;

• Utilizar fontes de energia menos poluentes: energia hidrelétrica, energia geotérmica, energia das marés, energia eólica (dos moi-nhos de vento), energia nuclear (embora cause preocupações para as pessoas, em re-lação à possíveis acidentes e para onde levar o lixo nuclear).

03. Especialistas da Universidade de Atenas, observan-do as famosas obras-primas da Acrópole atenien-se, feitas em mármore, há milhares de anos, têm constatado ser a deterioração das últimas décadas superior à acumulada em dezenas de séculos. A po-luição atmosférica comprovou-se ser, inequivoca-mente, a causa dessa corrosão. Mas, este não é um fato isolado, observações idênticas têm sido feitas por todo o planeta.Indique a afirmação correta:

a) Os ventos marinhos, carreando aerossol de clo-reto de sódio, depositam-no sobre os monu-mentos, facilitando a solubilização do CaCO3, constituinte do mármore.

b) A chuva ácida, que é produto da poluição do ar por monóxido de carbono, ataca o carbonato de cálcio.

c) O ozona, um poluente secundário, pertencen-te ao grupo dos oxidantes fotoquímicos, e for-mado pela reação entre óxidos e oxigênio do ar, atua nos monumentos históricos, da mesma forma que nos animais, nos quais produz enve-lhecimento precoce.

d) O mármore é fundamentalmente NaNO3, que, embora pouco solúvel em água, acaba danifi-cado pelas intensas chuvas ocorridas ao longo de milênios, acelerando-se progressivamente o desgaste em virtude de característicos do pro-cesso de erosão hídrica.

e) A ação corrosiva é exercida pelo ácido sulfúrico formado pela interação entre SO2 (oriundo do uso de combustíveis fósseis, ricos em derivados de enxofre), o oxigênio do ar e a umidade.

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OBJETO DO CONHECIMENTOEnergia, Trabalho e Potência - Conceituação de trabalho, energia e potência. Conservação de energia mecâ-nica

Competência de área 4Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumentos ou ações científico-tecnológicos

H8 – Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos natu-rais, energéticos ou matérias-primas, considerando processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.

FÍSICAENERGIA

O que é energiaBasicamente podemos dizer que é a capacidade de produzir trabalho

e ela pode se apresentar sob várias formas. E cada uma dessas formas de energia é capaz de se transformar nas demais formas, pois estão inter-rela-cionadas conforme o esquema abaixo.

Uma das mais importantes características da energia é a possibilidade de sua transformação de uma forma para outra. Por exemplo: a energia térmi-ca pode ser convertida em energia mecânica (motores de combustão interna), energia química em energia elétrica (pilhas) etc. Entretanto, na maioria das formas em que a energia se apresenta, ela não pode ser transportada, ela tem que ser utilizada no mesmo local em que é produzida

Energia elétricaA energia elétrica é uma forma de energia que pode ser transportada com maior facilidade. Para chegar

em uma casa, nas ruas, no comércio, ela percorre um longo caminho a partir das usinas geradoras de energia

As Etapas da Energia Elétrica

a) Geração: A energia elétrica é pro-duzida a partir da energia mecânica de ro-tação de um eixo de uma turbina que movi-menta um gerador. Esta rotação é causada por diferentes fontes primárias, como por exemplo, a força da água que cai (hidráuli-ca), a forçado vapor (térmica) que pode ter origem na queimado carvão, óleo combus-tível ou, ainda, na fissão do urânio (nuclear).

b) Transmissão: As usinas hidroelé-tricas nem sempre se situam próximas aos centros consumidores de energia elétrica. Por isso, é preciso transportar a energia elé-trica produzida nas usinas até os locais de consumo: cidades, indústrias, propriedades rurais, etc. Para viabilizar o transporte de energia elétrica, são construídas as Subes-tações elevadoras de tensão e as Linhas de Transmissão.

c) Distribuição: -Nas cidades são construí das as subestações transformadoras. Sua função é baixar a tensão do nível de Transmissão (muito alto), para o nível de Distribuição. A Rede de Distribuição recebe a energia elétrica em um nível de tensão ade-quado à sua Distribuição por toda a cidade, por é m, inadequada para sua utilização imediata para a maioria dos consumidores. Assim, os transformadores instalados nos postes das cidades fornecem a energia elétrica diretamente para as residências, para o comércio e outros locais de consumo, no nível de tensão (127/220 Volts,

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por exemplo), adequado à utilização1- O que é uma usina elétrica?

• É qualquer instalação com diversos equipamentos cuja finalidade principal é transformar uma forma qualquer de energia e energia elétrica.

• É importante saber que a energia não pode ser criada ou destruída apenas transformada

2 - Como se transforma determinado tipo de energia em energia elétrica?

Existem várias maneiras de se obter energia elétrica• Na maioria das usinas o processo é baseado em

gerador. O eixo do gerador é conectado a uma turbina que ao girar, transfere essa rotação ao eixo do gerador onde ocorre a transformação de energia mecânica em elétrica.

• Portanto, é fácil perceber que a energia de mo-vimento (energia cinética) está sendo transfor-mada em energia elétrica.

3 - O que diferencia os vários tipos de usinas que utilizam gerador?Em linhas gerais, todas as usinas que utilizam um gerador funcionam praticamente da mesma forma. O

que diferencia uma hidrelétrica de uma termelétrica ou de qualquer outro tipo que possa existir é a maneira de se fazer a turbina girar.

Vamos estudar cada um pouco mais cada uma delas:

I. USINA HIDROLÉTRICA: Nesse tipo de usina, a energia elétrica é obtida a partir da energia mecânica armazenada ou transportada por uma massa de água.As etapas de transformações observadas na usina hidroelétrica estão elencadas a seguir:

• tudo começa com um desnível entre o reservatório e a turbina acoplada ao gerador• o desnível faz com que a massa de água no reservatório adquira ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIO-

NAL.• ao descer a massa de água adquire energia mecânica na forma de energia cinética.• no gerador, parte dessa energia mecânica é transformada em energia elétrica , pois uma parte é dis-

sipada na forma de calor durante a queda e outra parte permanece na massa de água na forma de energia cinética até ser devolvida para o rio.

O BALANCEAMENTO ENERGÉTICO DE UMA USINA HIDROELÉTRICA

ENERGIA SOLAR NA GERAÇÃO DE ELETRICIDADE

Usina Termossolar é uma estrutu-ra capaz de produzir energia elétrica a par-tir da energia solar. Sua configuração mais comum é de um conjunto de espelhos móveis espalhados por uma ampla área plana e desimpedida, que apontam todos para um mesmo ponto, situados no alto de uma torre. Neste ponto, canalizações de água são aquecidas pela incidência da luz solar refletida, produzindo vapor que move uma turbina a vapor e que aciona um gerador de energia elétrica.

coletor

caldeira

vapor

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turbina alternador

transformador

heliostatos

tanquesde sódio

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ENERGIA NUCLEAR – As Etapas para Geração de Energia Elétrica

ETAPA I - A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 OC. Para que não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente aos 100 OC, esta água é mantida sob uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica.

ETAPA II - O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre as águas deste primeiro circuito e a do circuito secundário, que são independentes entre si. Com essa troca de calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina - a uma velocidade de 1.800 rpm - que, por sua vez, aciona o gerador elétrico.

ETAPA III - Esse vapor, depois de mover a turbina, passa por um condensador, onde é refrigerado pela água do mar, trazida por um terceiro circuito independente. A existência desses três circuitos impede o contato da água que passa pelo reator com as demais.

01. Na figura a seguir está esquematizado um tipo de usina utilizada na geração de eletricidade.

No processo de obtenção de eletricidade, ocorrem várias transformações de energia. Considere duas delas:

I. cinética em elétrica II. potencial gravitacional em cinética

Analisando o esquema anterior, é possível iden-tificar que elas se encontram, respectivamente, entre: a) I - a água no nível h e a turbina, II - o gerador e a

torre de distribuição.b) I - a água no nível h e a turbina, II - a turbina e o

gerador.c) I - a turbina e o gerador, II - a turbina e o gerador.d) I - a turbina e o gerador, II - a água no nível h e a

turbina.e) I - o gerador e a torre de distribuição, II - a água no

nível h e a turbina.

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02. Observe o esquema abaixo,

É possível identificar que se trata de uma usina:a) hidrelétrica, porque a água corrente baixa a tempe-

ratura da turbina.b) hidrelétrica, porque a usina faz uso da energia ciné-

tica da água.c) termoelétrica, porque no movimento das turbinas

ocorre aquecimento.d) eólica, porque a turbina é movida pelo movimento

da água.e) nuclear, porque a energia é obtida do núcleo das

moléculas de água.

03. A elevação da temperatura das águas de rios, lagos e mares diminui a solubilidade do oxigênio, pondo em risco as diversas formas de vida aquática que dependem desse gás. Se essa elevação de tempe-ratura acontece por meios artificiais, dizemos que existe poluição térmica. As usinas nucleares, pela própria natureza do processo de geração de ener-gia, podem causar esse tipo de poluição. Que parte do ciclo de geração de energia das usinas nucleares está associada a esse tipo de poluição?

a) Fissão do material radioativo.b) Condensação do vapor-d’água no final do processo. c) Conversão de energia das turbinas pelos geradores. d) Aquecimento da água líquida para gerar vapor-

-d’água. e) Lançamento do vapor-d’água sobre as pás das tur-

binas.

04. Em nosso dia a dia, deparamo-nos com muitas ta-refas pequenas e problemas que demandam pouca energia para serem resolvidos e, por isso, não con-sideramos a eficiência energética de nossas ações. No global, isso significa desperdiçar muito calor que poderia ainda ser usado como fonte de energia para outros processos.

Em ambientes industriais, esse reaproveitamento é feito por um processo chamado de cogeração. A figura a seguir ilustra um exemplo de cogeração na produção de energia elétrica, onde a etapa de re-cuperação de calor é tecnicamente denominada de processo secundário.

Cogeração de Energia

Em relação ao processo secundário de aproveita-mento de energia ilustrado na figura, a perda global de energia é reduzida por meio da transformação de energia

a) térmica em mecânica.b) mecânica em térmica. c) química em térmica. d) química em mecânica. e) elétrica em luminosa.

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GEOGRAFIA AS QUESTÕES AMBIENTAIS CONTEMPORÂNEAS: MUDANÇA CLI-MÁTICA, INVERSÕ TÉRMICA, ILHAS DE CALOR, CHUVA ÁCIDA, A

DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO.

Normalmente, as camadas de ar próximo à superfície são quentes e leves, sofrendo movimento ascen-dente. As camadas superiores são frias, pesadas e descendentes (circulação normal da atmosfera).

No inverno a camada de ar inferior fica fria e pesada e acaba estagnada próxima a superfície deixando de fazer o movimento ascendente, retendo os poluentes próximo a superfície causando doenças respiratórias e nos olhos.

*A Inversão térmica é natural, mas a poluição tem causa antrópica.

ILHA DE CALOROcorre com a elevação da temperatura no centro da área urbana se comparada a uma zona rural ou

áreas periféricas.

zCAUSAS: Verticalização do espaço urbano (prédios). Impermeabilização do solo (asfalto e calçadas). Circulação de automóveis, presença de indústrias. Desarborização.* Calor excessivo no interior dos centros urbanos causa maior consumo de energia.CHUVA ÁCIDAProvém da reação dos óxidos de enxofre (SOx) e óxidos de azoto/nitrogénio (NOx). Ao reagiram com a

água formam na atmosfera ácidos como o ácido sulfúrico e o acído nítrico.

As principais fontes emissoras desses gases são a queima do carvão mineral, a circulação de automóveis

e outras atividas industriaisPrincipais Consequências: Acidez do solo e das águas, desfolhamento de florestas e corrosão de monumentos históricos.

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CAMADA DE OZÔNIO O ozônio encontra-se na atmosfera a uma altitude de 15 a 30 km (estratosfera). A camada de ozônio dificulta a

passagem de raios UV que são prejudiciais ao homem por causarem câncer de pele, alteração no metabolismo das plantas e contribuírem para a elevação da temperatura.

Gases como os Clorofluorcarbonos (CFCs) são os destruidores das moléculas de ozônio.

DESMATAMENTOPrincipais Causas: Extração da madeira para fins comerciais. Implantação de projetos agropecuários e de mineração. Construção de usinas hidrelétricas, abertura de rodovias e outras obras de infraestrutura. Expansão das cidades (núcleos urbanos).Principais Consequências: Destruição da biodiversidade. Erosão e empobrecimento dos solos (Lixiviação). Deslizamentos de encostas. Assoreamento dos rios. Diminuição dos índices pluviométricos. Elevação da temperatura e a Desertificação.

Vegetação densa = solo protegido da ação pluvial

Desmatamento = Lixiviação

O desmatamento nasencostas contribuempara ação intensa daságuas pluviais causandodeslizamento do solo ede rochas

1.O trecho refere-se a alguns comentários sobre a tragédia na zona serrana do estado do Rio de Janeiro, no mês de janeiro de 2011.

A explicação para a tragédia não se restringe apenas à quantidade de chuvas ou à geografia [física] dos morros (...) Ela remonta à ocupação das áreas urbanas no Brasil (...) Pouco se respeitou o funcionamento natural do solo (...) Na região serrana, muitas construções recortaram as encostas dos morros.(Época, 17.01.2011. Adaptado.)

Escolha a alternativa que complementa de forma coerente os comentários.

a) As construções nas zonas de grande declividade implicaram em remoção de florestas, ajudando a desestabilizar as encostas.

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b) A geografia dos morros, com seus declives excessivamente acentuados, foi a causa decisiva para os deslizamentos nas encostas.

c) A ocupação das áreas urbanas no Brasil expande-se pelas vertentes com declives excessivamente acentuados, apenas em casos excepcionais.

d) A causa da tragédia na zona serrana ocorreu devido ao elevado índice de chuvas na região, ex-cessivo para áreas em declividade.

e) Nos declives daquela área há algumas construções das classes média e alta que são sólidas, e que só vieram abaixo em razão das chuvas excepcionais.

2. INSTRUÇÃO: considere a ilustração abaixo.

Situação de dispersão de poluição. (Verão)

Situação de concentração de poluentes junto à superfície. (Inverno) Fonte: MARCONDES, A. C. Ecologia. 1992

A ilustração anterior representa:a) o fenômeno chamado “ilha de calor”, no qual, durante a noite, os poluentes não conseguem atingir as camadas superiores da atmosfera.b) a “chuva ácida”, a qual, em situações normais, provoca o movimento das nuvens para áreas mais distantes.c) a “inversão térmica”, um fenômeno climático que provoca agravamento da poluição.d) o “efeito estufa”, em que a camada do gás Ozônio não permite a saída de poluentes.e) a alteração do “ciclo hidrológico” de uma área urbanizada, na qual a chuva causa a concentração da poluição.

3. APOCALIPSE JÁ...Já começou a catástrofe que se esperava para daqui a 30 ou 40 anos. A ciência não sabe como reverter seus efeitos.O derretimento do Ártico, a elevação do nível do mar, o avanço das áreas desérticas, o aumento da intensidade dos furacões, entre outras, são algumas das mudanças de grandes proporções causadas pelos altos níveis do aquecimento global.Veja, 21/06/06. [adapt.]

Esse aquecimento global é consequência do desequilíbrio em um processo natural. Com base em seus conhecimentos e nas informações acima, é correto afirmar que o processo que sofre o desequilíbrio responsável pelo aquecimento global se referea) às ilhas de calor, resultantes da elevação das temperaturas médias nas áreas urbanizadas das grandes cidades, em comparação com as zonas rurais.b) a inversão térmica, resultante da concentração do ar frio nas camadas mais baixas, impedindo sua dispersão.c) as chuvas acidas, resultantes da elevação exagerada dos níveis de acidez da atmosfera em

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consequência do lançamento de poluentes produzidos pela atividade humana.d) ao efeito estufa, que consiste na retenção do calor irradiado pela superfície terrestre e pelas partí-

culas de gases e água existentes na atmosfera.e) aos ciclones extra tropicais que são provocados pela interação entre ventos, pressão atmosférica e

altas temperaturas, comuns em zonas tropicais.

4. As mais de 118 ilhas que compõem a cidade de Veneza afundaram, em média, 23 centímetros no último século. Estima-se que, em 200 anos, ela esteja totalmente submersa.

Universidade de Pádua, 2005.As possíveis causas da transgressão marinha que está inundando Veneza pode ser causado em decorrência

do (a)a) efeitos El Ninõ e La Ninã, ocorridos no Pacifico.b) aquecimento das águas do oceano Atlântico no hemisfério sul.c) retirada indiscriminada das águas subterrâneas que estão elevando o nível dos oceanos, em média

2 cm por ano.d) efeito estufa e a redução da camada de ozônio, que provocam o descongelamento das calotas po-

lares.e) efeitos tectônico e da sismissidade ocorridos na Terra nos últimos 50 anos.

5. Sobre os impactos ambientais globais, desencadeados pela ação inadequada do homem na natu-reza, encontram-se impactos que têm intensidades diferentes, em locais diferentes.

Geografando.com.br O problema ambiental expresso no texto é:a) O efeito estufa, que consiste na retenção exagerada do calor irradiado pela superfície da terra, nas

partículas de gases e vapor de água em suspensão na atmosfera, faz aumentar, em curto prazo, a temperatura média da Terra.

b) O buraco na camada de ozônio, que impede a passagem, pela atmosfera, dos raios ultravioleta, infravermelho e gama, possibilita o desenvolvimento de câncer de pele, em toda a população da terra.

c) A formação de chuvas ácidas traz muitos prejuízos à economia e à saúde, por queimar as plantações e provocar câncer de pele na população.

d) A instalação de “ilhas de calor” em vários lugares da superfície terrestre, como resultado de intensas queimadas em grandes áreas contínuas, faz aumentar o teor de dióxido de carbono na atmosfera.

e) As glaciações fazem subir o nível dos mares, como resultado da elevação da temperatura média dos continentes e do derretimento do gelo das calotas polares.

6. Nos locais com intenso processo de urbanização, o desmatamento, a impermeabilização dos solos e a con-centração de grandes edificações provocam uma forte alteração nas condições naturais de absorção e irradiação do calor. Em consequência, temos aumento de temperatura. A intensidade de tal efeito depende da forma arquitetôni-ca dos edifícios, da natureza dos materiais de construção, entre outros.

Geografando.com.br O problema ambiental expresso no texto é (são)a) as ilhas de calor.b) a evapotranspiração.c) o efeito estufa.d) a inversão radiotérmica.e) as isoietas.

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1. O Conhecimento produzido pe-los primeiros filósofos: os Pré--Socráticos.

Tales, Anaximandro, Ana-xímenes e Heráclito apresentam em suas investigações uma teo-ria, uma visão geral do mundo (cosmologia), que explica racio-nalmente a estrutura física e es-piritual desse mundo. A eles se seguem Parmênides, Empédocles, Demócrito, Anaxágoras, Pitágoras e outros. Buscavam uma explica-ção racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza, da qual os seres humanos fazem parte. Um princípio natural, eterno, imperecível e imortal, gerador de todos os se-res, o qual eles chamam de arché.

Parmênides e Heráclito dão início a uma discus-são tão importante que será analisada e refletida por toda a geração de filósofos até os dias de hoje, que é a questão da origem do conhecimento. Parmênides afirmava que devemos tomar como seguro aquilo que nos chega por meio da razão e que não devemos dar importância àquilo que nos chega por meio dos sen-tidos. Para ele, aquilo que existe sempre existiu e que nada nasce do nada. Heráclito afirmava que devemos confiar em nossos sentidos, que eles são imprescindí-veis para a construção do conhecimento. Para ele, tudo flui, tudo se transforma, nada persiste nem permanece o mesmo, o ser não é mais que um vir a ser.

COMPETÊNCIA ENEM Nº 04: Entender as transformações técnicas e tecnoló-givcas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

HABILIDADE Nº 16:Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e da vida social.

HABILIDADE Nº 19: Reconhecer as transformações técnicas e tecnoló-gicas que determinaram as várias formas de uso e apropriação dos espaços agrário e urbano.

HABILIDADES FILOSÓFICAS:Estabelecer relações e distinções entre Filosofia e Ciência. 2- Caracterizar e comparar a concepção antiga e moderna de ciência. 3- Compreender o sentido e o alcance da Revolução Científica Moderna. 4- Compreender a questão do Método e suas implicações para a constituição da Ciência

FILOSOFIAO CONHECIMENTO

2. Sócrates, Platão e Aristóteles.

Para Sócrates, o indivíduo que adquire o conhe-cimento perfeito seria inevitavelmente bom e feliz. Por outro lado essa busca simultânea do conhecimento e da verdade deve começar pelo exame profundo de si mesmo e das crenças e valores aceitos acriticamente. Sócrates praticava a filosofia como sendo uma missão: “conhece-te a ti mesmo”; acreditava que só poderia realiza-la se levasse o preceito a todos os homens. En-tendia a filosofia como a busca da verdade.

Platão tem como ponto fundamental de sua fi-losofia a descoberta da existência de uma realidade supra sensível. Ele tenta a libertação radical dos sen-tidos e do sensível e tende para o plano do raciocí-nio puro e daquilo que é captável pelo intelecto para nele considerar a veracidade das coisas. O mundo das ideias, pelo menos implicitamente, é constituído por uma multiplicidade, porquanto existem ideias de to-das as coisas. Este mundo podia ser concebido como um sistema hierarquicamente organizado, no qual as ideias inferiores implicam as superiores numa as-censão contínua até as ideias do Bem que é a ideia que condiciona todas as outras e não é condicionada por nenhuma. Assim, se conclui que, com a teoria das ideias, Platão pretendeu sustentar que o sensível só se

explica mediante o recurso ao supra sensível. Aristóteles foi, ao lado de Platão, um

dos mais expressivos filósofos gregos da antiguidade. Para ele, a finalidade

básica das ciências seria desvendar a constituição essencial dos seres, procurando defini-la em termos reais. Ao abordar a realidade, o filósofo reconhecia a multiplici-dade dos seres percebidos pelos sentidos como elementos do real. Para Aristóteles, a observação da realidade por nossos sentidos le-va-nos à constatação da existência real de inúmeros seres individuais, concretos, mutáveis. Um ser de-senvolve-se passando da potência ao ato. Aristóteles não nega o vir a ser nem o ser, mas une-os em uma síntese conclusiva, afirmando que a

mudança pressupõe uma realidade imutável, a qual se apresenta de duas espécies: matéria e forma. Por fim, Aristóteles afirma que cada campo de conhecimento é uma ciência.

3. O Surgimento das Ciências Modernas e suas características

A Ciência AntigaDo século V ou VII a.C. até o século XVII d.C.

toda a realidade era estudada por uma única ciência, a – como é chamada hoje – ciência antiga. Vale lembrar que esta ciência era a filosofia, todas as modalidades de estudo pertenciam a ela.

Luca della Robbia (1400-1481), Platão e Aristóteles (1437-1439), Florença

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A ciência antiga pode ser caracterizada como:• Contemplativa: como o próprio nome diz, ela

apenas contempla, busca o saber pelo saber, sem se preocupar com a aplicação prática do conhecimento. É não-experimental.

• Qualitativa: ainda ligada à filosofia, cujo mé-todo orienta o tipo de abordagem teórica, sua argumentação se baseia na análise das propriedades intrínsecas dos corpos, nas suas essências.

• Ligada à Religião: principalmente durante a idade média, onde a Igreja manteve a con-cepção antiga de ciência e perseguiu todo e qualquer pensamento novo que discordasse do que já havia sido estabelecido.

A Ciência ModernaO fator primordial no surgimento da ciência

moderna foi a contribuição de um homem chamado Galileu Galilei; é este homem que tem um dos papéis principais na substituição da imagem “contemplativa” da realidade pelo esquema de um universo físico, sub-metido à física e matemática. Galileu foi o mais conhe-cido defensor do sistema heliocêntrico, que – ao con-trário da concepção antiga – afirmava que o sol está no centro e que a Terra e os planetas giram ao redor dele

A ciência moderna pode ser caracterizada como:• Saber ativo: está em oposição ao contempla-

tivo da ciência antiga. O saber não só visa a transformação da realidade, como também passa ele próprio a ser adquirido pela expe-riência, graças à aliança entre ciência e técnica.

• Experimental: passa a utilizar experiências para provar suas teorias, bem como de ob-servações subordinadas à regras pré-esta-belecidas, isto é, segue um método.

• Quantitativa: descreve quantitativamente os fenômenos. Através de observações e expe-riências repetidas diversas vezes, o cientista acaba descobrindo alguma relação ou teoria.

• Desligada da religião: a ciência moderna não está subordinada à religião, está livre para estudar a natureza sem se preocupar se está indo de encontro com algum dogma ou teoria da igreja.

4. A Revolução Científica Moderna

A Ciência Antiga deu lugar à Ciência Moderna por meio da Revolução Científica Moderna, que indica o surgimento de um novo indivíduo, confiante na ra-zão e no poder de transformar o mundo. Neste perío-do ocorre o que chamamos de secularização ou laici-zação do pensamento, que é o cuidado em se desligar das justificativas baseadas na religião e só aceitar as verdades que venham da investigação racional. Nesta época a questão do método assume grande importân-cia, pois é o método que guiará a nova ciência pelo caminho da racionalidade.

O Método Científico ExperimentalCom a revolução científica surge o método cien-

tífico-experimental; que pode ser colocado e dividido da seguinte maneira:

1ª. Observação e Hipótese: através da observa-ção se elabora uma hipótese, que é uma ten-tativa da explicação para o que foi observado.

2ª Confirmação da Hipótese: após a elabora-ção da hipótese, é necessário verificar se ela pode ser considerada verdadeira ou falsa, dependendo do caso uma experiência pode ser realizada, caso contrário, faz-se novas observações, mais rigorosas.

3ª Generalização: esta fase pode ser dividida em duas partes: 1ª - generalizações empíri-cas – observa-se casos particulares e a partir desta observação se descobre uma lei geral; 2ª - leis teóricas – são leis mais gerais que reúnem diversas leis particulares com uma visão mais ampla.

O método científico é, portanto, um meio, um conjunto de “regras” para que o conhecimento pos-sa ser produzido de uma maneira exata e objetiva, e é também uma das características mais marcantes da Revolução Científica.

5. Racionalismo e Empirismo

RacionalismoRené Descartes, insatisfeito com os erros e ilu-

sões dos sentidos, procura o fundamento do verda-deiro conhecimento. Coloca a dúvida de tudo que lhe chega através dos sentidos, duvida de todas as ideias da tradição que se apresentam como verdadeiras. Mes-mo duvidando, ele vê que continua pensando; deste modo, estabelece a primeira verdade que não pode ser colocada em dúvida: se duvido, penso; se penso, exis-to. É uma existência como ser pensante que é capaz de duvidar. Descartes criou uma frase que resume sua teoria: penso, logo existo.

O ponto de partida de Descartes é o pensamen-to, retirando qualquer relação entre este e a realidade. Mas como passa do pensamento para a realidade ma-terial?

O modelo ideal para o racionalismo é o mate-mático, não porque trabalhe com números ou gran-dezas matemáticas, mas porque visa o conhecimento completo, perfeito e inteiramente racional.

EmpirismoJohn Locke defende que todas as ideias têm ori-

gem na experiência sensível, aquilo que vem dos sen-tidos. É a partir dos dados da experiência que o enten-dimento humano, ou intelecto, produz ideias. A razão humana é vista como uma folha em branco sobre a qual os objetos vão deixar sua impressão sensível que será elaborada, através de certos procedimentos men-tais, em ideias particulares e ideias gerais.

Para Locke, todas as nossas ideias vêm de duas fontes: a sensação e a reflexão. A primeira capta o que vem do mundo externo; a segunda é o ato pelo qual o espírito conhece suas próprias operações.

David Hume afirma que as relações não podem ser observadas, portanto, não estão nos objetos. Na verdade elas são modos que a natureza humana tem de passar de um termo a outro, de uma ideia particu-lar a outras. Esses modos são fruto do hábito ou da crença.

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De um modo geral, podemos dizer que o empi-rismo se caracteriza pelo fato do conhecimento depen-der exclusivamente dos sentidos.

Assim, podemos dizer que o racionalismo é o sistema que consiste em limitar o ser humano ao âm-bito da experiência sensível. Isso não quer dizer que o racionalismo exclua a experiência sensível, mas que ela pode se enganar. A verdadeira ciência se faz no espírito (razão). Para o empirismo, ao contrário, a experiência é fundamental, e a razão está subordinada à experiência.

Como consequência, os racionalistas confiam na capacidade humana de atingir verdades universais, eternas, enquanto os empiristas questionam a verdade absoluta, já que o conhecimento parte de uma realida-de é relativo ao espaço, ao tempo e ao humano.

6. Criticismo KantianoTendo como re-

ferência a origem do conhecimento, Kant se pergunta sobre as possibilidades que temos de conhecer, onde começa e termi-na nossa capacidade de conhecimento e como podemos utilizar esse conhecimento. O Criticismo kantiano se caracteriza por consi-derar que a análise crí-tica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento ra-cional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica.

Kant diferencia os conhecimentos que adquiri-mos por experiência, que ele chama de a posteriori, dos conhecimentos puros, chamados por ele de a prio-ri. Os conhecimentos a posteriori são os que adqui-rimos pelas sensações. O conhecimento a priori não necessita da experiência sensorial para acontecer, e é aplicado a tudo e a todos.

Por fim, afirma que a proporção do conhecimen-to dos objetos é definida pela capacidade de conhecer do sujeito, ou seja, o conhecimento vai depender da competência de experimentar e de entender de cada indivíduo.

Immanuel Kant ( Königsberg 22 de abril de 1724 — Königs-berg, 12 de fevereiro de 1804)

Filosofia: história e grandes temas, São Paulo, Sarai-va, 2002, p. 244.)

Com o auxilio do texto, é correto afirmar que a ciên-cia moderna

a) nasceu com Galileu no século XVII e tem como único fundamento a experiência.

b) privilegia as qualidades sensíveis dos fenômenos e procura determinar suas causas finais.

c) abandonou a preocupação com a busca das essên-cias das coisas e passou a orientar-se pela experiên-cia sensível e sua tradução em relações matemáticas.

d) está preocupada em desvendar a essência dos fenô-menos e reduzi-los aos seus aspectos quantitativos.

e) é mais contemplativa, ao contrário da ciência antiga, que era mais operativa.

02. [As ciências humanas] “surgiram depois que as ciências matemáticas e naturais estavam constituí-das e já haviam definido a ideia de cientificidade e de método [...] de modo que as ciências humanas foram levadas a imitar e copiar o que aquelas ciên-cias haviam estabelecido, tratando o homem como uma coisa natural matematizável e experimentável.“CHAUÍ, Marilena, Convite à Filosofia, São Paulo, Edi-tora Ática, 2003, p. 227.

Tendo como referência o texto, assinale a alternativa correta que aponta como as disciplinas conhecidas como Ciências Humanas adquiriram o seu “status” de ciências:

a) Adotaram o modelo das Ciências Naturais para es-tudar o homem, mas introduziram a ideia de com-preensão dos atos humanos.

b) Inspiraram-se no modelo explicativo das Ciências Naturais, especialmente no modelo da Física, para estudar o homem, mas excluíram o método experi-mental.

c) Tomaram de empréstimo o modelo biológico de ex-plicação, que valoriza a vida e sua evolução e aplica-ram-no ao estudo do homem.

d) Começaram a realizar experimentos controlados en-volvendo seres humanos

e) Fizeram a transposição do modelo explicativo das Ciências Naturais para o estudo do homem, passan-do a utilizar os métodos matemático e experimental.

03. No quadro geral do pensamento moderno, em que se discute a questão do método, é correto afir-mar que, na concepção de Bacon, o método é:

a) independente da experiência, pois os homens são obrigados a renunciar às noções do senso comum.

b) empírico, pois se apoia em analogias, ou seja, mes-mo indiretamente procura estabelecer relações de semelhanças entre os fatos.

c) predominantemente embasado na experiência, já que requer um contato direto com os próprios fatos.

d) experimental, pois implica um predomínio da razão sobre a simples experiência.

e) construtivista, pois, por meio do contato direto com os fatos, pretende construir modelos do real, combi-nando os procedimentos racionalistas e empiristas.

01. “A partir de Galileu deu-se o abandono, em gran-de medida, [da] pretensão metafísica de conheci-mento, de busca dos princípios últimos de todas as coisas. A ciência passou a se guiar por um procedi-mento mais específico e experimental e, sobretu-do, quantitativo. A busca da explicação qualitativa e finalística acerca dos seres foi substituída pela matematização, que abstrai as características sensí-veis da realidade e reduz os fenômenos a equações, teoremas e fórmulas” (COTRIM, G. Fundamentos de

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04. “O conhecimento científico expressa-se em enun-ciados e conjunto de enunciados. Estes enunciados descrevem relações estáveis entre eventos. Ao for-mular seus enunciados o cientista procura deixar de lado tudo o que for único e individualmente consi-derado: recordações, emoções e sentimentos esté-ticos despertados pelas disposições de átomos, as cores e os hábitos de pássaros, ou a imensidão da via-láctea. (...). A ciência elimina a maior parte da aparência sensual e estética da natureza. Pontes e cascatas são descritas em termos de frequência de raios luminosos, coeficientes de refração e forças gravitacionais ou hidrodinâmica. (...). Logo, a ciên-cia descreve um mundo de coisas (...), interatuando como se a humanidade não existisse.” (KNELLER, G. A ciência como atividade humana, p.123, 149-150, texto adaptado)

Com o auxilio do texto, é correto afirmar sobre a linguagem utilizada pela ciência:

a) É objetiva, pois os enunciados descrevem a regulari-dade dos fenômenos excluindo qualquer referência à experiência subjetiva.

b) É subjetiva, pois os enunciados descrevem os fatos que ocorrem na natureza levando em consideração as impressões subjetivas do cientista.

c) É objetiva e argumentativa, pois descreve os fenô-menos utilizando juízos de realidade e de valor.

d) É expressiva, pois não pode evitar de comunicar, além de conhecimentos, também sentimentos e ati-tudes que são comuns aos homens.

e) É argumentativa, pois utiliza enunciados que retra-tam a natureza nos seus mínimos detalhes, incluindo as relações causais, as cores, os odores, os sabores, a beleza e a emoção produzida pelos fenômenos.

05. “Com a Ciência Moderna o conhecimento do mun-do constitui um saber operativo ao invés de um saber contemplativo (...). O que a Ciência Moderna quer é dominar o mundo, tê-lo nas mãos, manipu-lar o curso dos acontecimentos” (CUNHA, J. Auri. Filosofia: Iniciação à investigação filosófica, São Paulo, Atual, 1992, p. 90)

Com o auxilio do texto é correto afirmar acerca da Ciência Moderna:

a) É um conhecimento técnico, fruto do trabalho de artesãos e engenheiros que visavam manipular a natureza e descobrir a causa ultima dos aconteci-mentos.

b) É uma ciência qualitativa que pretende conhecer a essência dos fenômenos e produzir técnicas de do-minação da natureza.

c) É um conhecimento indissoluvelmente ligado à téc-nica, no qual saber significa poder.

d) É uma ciência prática que não mais se preocupa com teorias, leis e causas dos fenômenos, mas sim com a produção de máquinas e utensílios de guerra, pois pretende dominar o mundo.

e) É um saber ativo intimamente ligado a prática, que visa descobrir as causas formais e finais dos fenô-menos para melhor apropriar-se da natureza a fim de dominá-la.

06. “Um importante cientista do século XIX, fez a se-guinte descrição do método científico: ‘As ciências partem da observação fiel da realidade. Na sequên-cia dessa observação, tiram-se leis.

Estas são então submetidas a verificações experi-mentais e, desse modo, postas à prova. Estas leis testadas são enfim inseridas em teorias que descre-vem a realidade’”.(FOUREZ, G. A construção das ciências, São Paulo, Editora da UNESP, 1995, p.38)

Sobre o método descrito pelo autor é correto afirmar:

a) Consiste em um procedimento dedutivo, pois procura provar que a lei geral é necessariamente consequên-cia lógica dos enunciados observacionais.

b) Consiste em um método empírico baseado em ana-logias, pois procura estabelecer relações de seme-lhanças entre os fatos e inferir leis universais que são testadas.

c) Trata-se dos procedimentos próprios do método ana-lítico que decompõe o fenômeno nos seus elemen-tos constituintes para encontrar neles o elemento comum a todos, que constitui o verdadeiro antece-dente causal.

d) Trata-se de um procedimento indutivo, pois a teoria é obtida pela via empírica e controlada experimen-talmente.

e) Trata-se de um procedimento hipotético-dedutivo, através do qual se propõe hipóteses para explicar os fatos, realiza-se observações e experimentos e chega-se a definição de leis gerais que descrevem a realidade.

07. “Uma lei científica adota a seguinte forma: sempre que tiver a propriedade A, então terá a propriedade B - por exemplo: ‘Sempre que a temperatura de um gás aumentar, ficando constante a sua pressão, o seu volume aumentará’”.

(KNELLER, G.F. A ciência como atividade humana, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1980, p.129/130, tex-to adaptado)

Tendo por base o texto é correto afirmar acerca de uma lei científica:

a) Trata-se de um enunciado geral que afirma existir uma relação de dependência entre eventos variá-veis associados a propriedades especificas.

b) È um enunciado de forma universal que assevera uma conexão uniforme entre eventos.

c) Trata-se de um enunciado fruto de uma generaliza-ção que assevera existir objetos caracterizáveis por grupos de propriedades específicas que mantém uma relação entre si.

d) É um enunciado que expressa relações estatísticas invariáveis entre eventos levando-se em conside-ração que num grande número de ocorrência de um dado evento, um especifico acontecimento terá lugar.

e) É um enunciado condicional que expressa uma re-lação causal entre um número limitado de casos observados.

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Os movimentos separatistas que tiveram início nas republicas Bálticas (Lituânia, Estônia e Letô-nia) foram decisivos para desencadear uma de-sintegração em série das republicas soviéticas.A grande diversidade étnica existente no leste europeu também tiveram uma grande parcela de contribuição para que essa desintegração acon-tecesse, mas a principal causa desses movimen-tos separatistas e movimentos nacionalistas era o descontentamento da população em relação ao sistema de governo existente. A população co-meçou a perceber que à distância que os separa-va dos ocidentais estava ficando cada vez maior e atribuíram esses retardos tecnológicos ao modelo econômico utilizado pelos governantes ultracon-servadores que não apostaram na economia de mercado, não abriram mão do uni-partidarismo, preferiram sempre estar com o poder centraliza-do nas mãos do Estado, enfim não contribuíram em quase nada para que um país de tão grandes dimensões não tivesse mergulhado em tão pro-funda crise tecnológica e econômica.O descontentamento da população gerando mo-vimentos nacionalistas também desencadeou uma série de conflitos no leste europeu , a maio-ria das repúblicas soviética partiu em busca de sua independência. Poucas republicas consegui-ram sua independência sem derramamento de sangue. Foi nesse contexto que em 1985 MIKHAIL GORBACHEV assume o governo e tenta reverter à situação, tentando fortalecer as republicas sovié-ticas e evitar a desintegração.GORBACHEV inicia a dura transição da economia planificada para a economia de mercado. Inicia um período de reformas na URSS implantando a Glasnost e a Perestroika, que nada mais eram senão a abertura ou transparência política e a abertura da economia. A intenção era regularizar a situação econômica e política do país. Com essa abertura econômica, a URSS estava aceitando in-vestimentos estrangeiros no país, coisa que até então não era possível. Outra tentativa para que não ocorresse esta desintegração foi à autoriza-ção à criação de outros partidos político além do PCUS. Apesar das tentativas de GORBACHOV em manter as republicas unidas, isso não foi possível, uma a uma as repúblicas soviéticas foram con-quistando a sua independência. A URSS organi-zou até

30 de Dezembro de 1991 quando se formou a CEI e a Rússia deixando o país então de ter um poder central único exercido pelo Estado para construir sociedades democráticas.O que é a CEI?A CEI não é um país, como era a URSS, nem foi criada para substituir essa grande potência. É uma organização de cooperação entre antigas re-públicas que passaram muitos anos ligados pelo governo central de Moscou, porém dessa vez cada qual tem assegurado a sua soberania.Essa organização cuja sede se localiza em Minsk, capital da Belarus, previa, por ocasião de sua fun-dação, além da cooperação econômica, a centrali-zação das Forças Armadas e o uso de uma moeda comum, o rublo. Entretanto as repúblicas ainda não chegaram a um acordo para aintegração político-econômica. Várias questões impendem o funcionamento amplo da CEI. Ela é uma comu-nidade composta pela maioria das ex-republicas soviéticas. Trata-se de um aglomerado de países que mantém laços independentes, mantendo re-lações de cooperação, embora sob a hegemonia da Rússia, que na pratica, substituiu a União So-viética no cenário internacional.EXERCÍCIO :(Manoel Netto ) A Perestroika é entendida como um processo de transformação global do sistema socialista da antiga URSS. Considerando-se esse processo de transformação, é CORRETO afirmar que:a) a opção pela interdependência entre o apare-lho do Estado e o aparelho partidário foi impor-tante para o fim do autoritarismo vigente na es-fera das instituições sociais e políticas.b) o incremento da indústria de armamentos, em razão da posição hegemônica da URSS na Guerra Fria, gerou recursos importantes para a imple-mentação de novas estratégias econômicas.c) a Glasnost, como abertura democrática, abriu caminho para a reforma do Estado e para discus-sões ideológicas e assegurou transformações bá-sicas na economia soviética.d) o crescimento da economia soviética nos anos 80 deste século, a taxas bastante elevadas, impul-sionou o processo de transformação do sistema socialista na URSS.

DESINTEGRAÇÃO DO LESTE EUROPEU

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( Manoel Netto ) Com o esfacelamento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em decorrência do colapso do modelo político-econômico comunista, que vigorou nesses países durante décadas, uma nova associação de apoio mútuo foi estabelecida entre a Rússia e outros países da ex-URSS. O nome dado a essa associação foi:

a) Organização do Tratado do Atlântico Norteb) Associação Progressista do Leste Europeuc) Pacto de Varsóviad) Comunidade dos Estados Independentese) Fundo Monetário Internacional

( Manoel Netto ) Em 1991, a guerra civil na República Federativa da Iugoslávia iniciou-se com alguns conflitos na Croácia e na Eslovênia. Em 1992, as lutas ocorreram na Bósnia-Herzegovi-na, estendendo-se até dezembro de 1995. Recentemente, elas atingiram a província de Kosovo, na República Sérvia. Para a ocorrência de todos esses conflitos, contribuiu o (a):

a) colapso dos regimes socialistas no Leste Europeu, o que provocou abalos na unidade política das províncias balcânicas, criando condições para que emergissem as diferenças étnicas, cultu-rais e religiosas.b) interferência das nações europeias participantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para evitar que os conflitos locais da região balcânica tivessem o apoio dos paí-ses signatários do Pacto de Varsóvia.c) processo de globalização, que acelerou a modernização industrial dos países participantes da União Europeia (UE), causando desemprego, o que poderia ser resolvido com o crescimento dos exércitos regulares.d) origem histórica dos povos eslavos, que buscavam uma forma de reconstruir o Império Otomano, desfeito autoritariamente pelo Acordo de Potsdam e pela Conferência de Yalta após a Segunda Guerra Mundial.

( Manoel Netto ) Em 1991, a cúpula do Partido Comunista Russo organizou um golpe contra o então líder reformista Mikhail Gorbachev. Entre os golpistas, encontravam-se Gennady Ya-nayev, Dimitri Yazov, Boris Pugo, Vladimir Kryuchov e Valentin Pavlov. A população russa, desgastada pelo regime comunista, insurgiu-se contra o golpe naquele mesmo ano. Nesse con-texto, a figura política que se encarregou de liderar a população a lutar pela liberdade foi:

a) Dmitri Medvedevb) Boris Yeltsinc) Lev Kamenevd) Nikita Kruscheve) Karl Kautsky

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Competência:Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

Habilidades - Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as varie-dades linguísticas sociais, regionais e de registro.

PORTUGUÊSVARIAÇÃO LINGUÍSTICA – NÍVEIS DE LINGUAGEM

“NÓIS MUDEMO”

O ônibus da Transbrasiliana deslizava manso pela Belém-Brasília rumo a Porto Nacional. Era abril, mês das derradeiras chuvas. No céu, uma luazona enor-me pra namorado nenhum botar defeito. Sob o luar generoso, o cerrado verdejante era um presépio, todo poesia e misticismo. Mas minha alma estava profunda-mente amargurada. O encontro daquela tarde, a visão daquele jovem marcado pelo sofrimento, precocemen-te envelhecido, a crua recordação de um episódio que parecia tão banal...

Tentei dormir. Inútil. Meus olhos percorriam a paisagem enluarada, mas ela nada mais era para mim que o pano de fundo de um drama estúpido e trágico. As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.

- Por que você faltou esses dias todos? -É que nóis mudemo onti, fessora. Nóis veio da

fazenda... Risadinhas da turma.- Não se diz nóis mudemo”, menino! A gente

deve dizer: “nós mudamos, tá?- Tá, fessora!No recreio, as chacotas dos colegas: “Oi, nóis

mudemo!” “Até amanhã, nóis mudemo!” No dia se-guinte, a mesma coisa: risadinhas, cochichos, gozações.

-Pai, não vô mais pra escola! - Oxente! Modi quê? Ouvida a história, o pai co-

çou a cabeça e disse: - Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem

dessa! Não liga pras gozações da meninada! Logo eles esquece. Não esqueceram. Na quarta-feira, dei pela falta do menino. Ele não apareceu no resto da semana, nem na segunda-feira seguinte. Ai me dei conta de que eu nem sabia o nome dele. Procurei no diário de classe e soube que se chamava Lucio -Lucio Rodrigues Barbo-sa. Achei o endereço. Longe, um dos últimos casebres do bairro. Fui lá, uma tarde. o rapazola tinha partido no dia anterior para a casa de um tio, no sul do Pará.

- É, professora, meu fio não aguentou as goza-ções da meninada. Eu tentei fazê ele continua, mas não teve jeito. Ele tava chateado demais. Bosta de vida! Eu devia di té ficado na fazenda côa famia. Na cidade nóis nao tem veis. Nóis fala tudo errado.

Inexperiente, confusa, sem saber o que dizer, engoli em seco e me despedi. O episódio ocorrera há dezessete anos e tinha caído em total esquecimento, ao menos de minha parte. Uma tarde, num povoado à beira da Belém-Brasília, eu ia pegar o ônibus, quando alguém me chamou. Olhei e vi, acenando para mim,

um rapaz pobremente vestido, magro, com aparência doentia.

- O que é, moço?- A senhora não se alernbra de mim, fessora?Olhei para ele, dei tratos à bola. Reconstituí num

momento meus longos anos de sacerdócio, digo, de magistério. Tudo escuro.

- Não me lembro não, moço. Você me conhece? De onde? Foi meu aluno? Como se chama?

Para tantas perguntas, uma resposta lacônica:- Eu sou “Nóis mudemo”, lembra? Comecei a tre-

mer.- Sim, moço . Agora lembro. Como era mesmo

seu nome?- Lucio -Lucio Rodrigues Barbosa.- O que aconteceu com você?- O que aconteceu? Ah! fessora! É mais fácil dizê

o que não aconteceu. Comi o pão que o diabo amasso. E êta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro, fui bóia--fria, um “gato” me arrecadou e levou num caminhão pruma fazenda no meio da mata. Lá trabaiei como es-cravo, passei fome, fui baleado quando consegui fugi. Peguei tudo quanta e doença. Até na cadeia já fui pará. Nóis ignorante às veis fais coisa sem querê fazé. A es-cola fais uma farta danada. Eu não devia de té saído daquele jeito, fessora, mas não aguentei as gozação da turma. Eu vi logo que nunca ia consegui fala direito. Ainda hoje não sei.

- Meu Deus! Aquela revelação me virou pelo avesso. Foi demais para mim. Descontrolada, comecei a soluçar convulsivamente. Como eu podia ter sido tão burra e má? E abracei o rapaz, o que restava do rapaz, que me olhava atarantado. O ônibus buzinou com in-sistência. O rapaz afastou-me de mim suavemente.

- Chora não, fessora! A senhora não tem curpa. - Como? Eu não tenho culpa? Deus do céu! Entrei no ônibus apinhado. Cem olhos eram cem

f1echas vingadoras apontadas para mim. O ônibus par-tiu. Pensei na minha sala de aula. Eu era uma assassina a caminho da guilhotina. Hoje tenho raiva da gramáti-ca. Eu mudo, tu mudas, ele muda, nós mudamos, mu-damos, mudaamoos, mudaaamooos... Superusada, mal usada, abusada, ela e uma guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e sapato da língua materna -a língua que a criança aprendeu com seus pais, irmãos e colegas -e se toma o terror dos alunos. Em vez de esti-mular e fazer crescer, comunicando, ela reprime e opri-me, cobrando centenas de regrinhas estúpidas para aquela idade. E os Lucios da vida, os milhares de Lucios da periferia e do interior, barrados nas salas de aula: “Não e assim que se diz, menino!” Como se o professor

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quisesse dizer: “Você está errado! Os seus pais estão errados! Seus irmãos e amigos e vizinhos estão erra-dos! A certa sou eu! Imite-me! Copie-me! Fale como eu! Você não seja você! Renegue suas raizes! Diminua--se! Desfigure-se! Fique no seu lugar! Seja uma som-bra! E siga desarmado pelo matadouro da vida...” (Fidencio Saga)

Variação linguística é um tema pouco traba-lhado nas aulas de Português, mas muito importante que seja discutido com os alunos. Para muitas pessoas, saber português NÃO é dominar a gramática norma-tiva. Sabemos que aprender a língua portuguesa, ou qualquer língua, é muito mais do que aprender regras gramaticais.

A língua e os níveis da linguagem pertencem a todos os membros de uma comunidade e é uma en-tidade viva em constante mutação. Novas palavras são criadas ou assimiladas de outras línguas, à medida que surgem novos hábitos, objetos e conhecimentos. Os dicionários vão incorporando esses novos vocábulos (neologismos), quando consagrados pelo uso.

Atualmente, os veículos de comunicação audio-visual, especialmente os computadores e a internet, têm sido fonte de incontáveis neologismos — alguns necessários, porque não havia equivalentes em Portu-guês; outros dispensáveis, porque duplicam palavras existentes na linguagem. O único critério para sua in-tegração na língua é, porém, o seu emprego constante por um número considerável de usuários.

As pessoas que falam um idioma conhecem as regras gerais de seu funcionamento. Mas os falantes utilizam a língua não de maneira uniforme, mas apre-sentando inúmeras variações. Um falante do português não diz, por exemplo “O porta é azul”, mesmo que não tenha frequentado uma escola. Isso acontece porque o falante da língua possui uma gramática interna, que o impede de construir estruturas consideradas agrama-ticais.

Existem fatores que interferem na maneira indi-vidual que o falante tem de se expressar. Esses fatores são relacionados à idade, ao grupo social, ao sexo, ao grau de escolaridade, etc.

Tipo Aspecto ao qual se rela-ciona

Variação sociocultural

Idade, sexo, escolaridade, condições econômicas do falante e grupo social do qual ele faz parte

Variação histórica Tempo (época) em que o falante vive.

Variação Geográfica Região em que o falante vive

Variação situacionalSituação específica em que realiza o ato de comunica-ção.

1. Variação Sociocultural: Refere-se às formas da língua empregadas pelas diferentes classes ou gru-pos sociais.

Exemplo: Fala galera da TF mermão, vô logo dando o papo reto que não gosto de fazê farofa pra niguém não, beleza?

2. Variação Geográfica: Variedade que a língua portuguesa assume nos diferentes lugares onde é fa-lada.

Exemplo: Causo de MineirimSapassado, era sessetembro, taveu na cozinha

tomano uma picumel e cuzinhano um kidicarne cumas-tumate pra fazer uma macarronada cumgalinhassada. Quascaí desusto quanduvi um barui vindedenduforno, parecenum tidiguerra. A receita mandopô midipipo-cadenda galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da galinhispludiu!Nossinhora! Fiquei branco quineim um lidileite. Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sem sabê dondecovim, proncovô, on-contô. Oiprocevê quelocura! Grazadeus ninguém se-maxucô!

(http//bacaninha.cidadeinternet.com.br/home/men-sagens/engraçadas)

O texto desprezando as normas da língua escri-ta, procura reproduzir o jeito como supostamente se fala em certas regiões de Minas Gerais. Sua finalidade, portanto, é estritamente humorística.

3. Variação Histórica: Refere-se aos estágios de desenvolvimento de uma língua ao longo da História.

Exemplo: o português arcaico x o português contemporâneo: trecho de um poema do século XII:

No mundo nom me sei parelha, mentre me for’ como me vai, ca ja moiro por vós e ai! mia senhor bran-ca e vermelha, queredes que vos retraia quando vos eu vi em saia! Mao dia me levantei, que vos enton non vi fea!”

4.Variação Situacional: É a capacidade que tem um mesmo indivíduo de empregar as diferentes for-mas da língua em situações comunicativas diversas, procurando adequar a forma e o vocabulário em cada situação.

Exemplo: No trabalho, Na escola, Com os ami-gos, Com a família, Em solenidades, No mundo virtual, etc.

5. Gíria: formas de língua que certos grupos de-senvolvem como um código, para a comunicação entre si e para evitar a compreensão por parte daqueles que não pertencem ao grupo.

Considerações importantes sobre as varia-ções linguísticas:

Todas as variações estão presentes tanto na lín-gua falada quanto na língua escrita. Podemos, inclu-sive, encontrar (e usar) as variações linguísticas em diferentes contextos de produção escrita. Existe uma variedade de língua padrão, que é a variedade linguís-tica de maior prestígio social. Aprendemos a valorizar

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Sa variedade padrão porque socialmente ela representa o poder econômico e simbólico dos grupos sociais que a elegeram como padrão.

É importante compreender as variações linguísticas para melhor usar a língua em diferentes situações. Utilizar a língua como meio de expressão, informação e comunicação requer, também, o domínio dos diferentes contextos de aplicação da língua. O idioma pode ser um instrumento de dominação e discriminação social. De-vemos, por isso, respeitar as linguagens utilizadas pelos diferentes grupos sociais.

01. Leia o texto:

Óia eu aqui de novo xaxandoÓia eu aqui de novo pra xaxarVou mostrar pr’esses cabrasQue eu ainda dou no couroIsso é um desaforoQue eu não posso levarQue eu aqui de novo cantandoQue eu aqui de novo xaxandoÓia eu aqui de novo mostrandoComo se deve xaxar.Vem cá morena lindaVestida de chitaVocê é a mais bonitaDesse meu lugarVai, chama Maria, chama LuziaVai, chama Zabé, chama RaqueDiz que tou aqui com alegria.(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível

em <www.luizluagonzaga.mus.br > Acesso em 5 mai 2013)

A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular regional é:

a) “Isso é um desaforo”b) “Diz que eu tou aqui com alegria”c) “Vou mostrar pr’esses cabras”d) “Vai, chama Maria, chama Luzia”e) “Vem cá, morena linda, vestida de chita”

Comentário: Todo o texto é construído a partir de uma determinada variedade linguística, represen-tada por expressões típicas da linguagem oral, como podemos observar em “óia” (olha), “Diz que tou” (Diga que estou). O candidato deve, no entanto, atentar para o fato de a questão privilegiar a identificação de vo-cabulário regional e não apenas variações fonéticas; é o que se identifica no verso “Vou mostrar pr’esses cabras”, em que “cabras” – típico do falar de algumas localidades do Nordeste – substitui “homens” ou “pes-soas”.

02. Enem 2014Só há uma saída para a escola se ela quiser ser

mais bem-sucedida: aceitar a mudança da língua como um fato. Isso deve significar que a escola deve aceitar qualquer forma de língua em suas atividades escritas? Não deve mais corrigir? Não!

Há outra dimensão a ser considerada: de fato, no mundo real da escrita, não existe apenas um por-

tuguês correto, que valeria para todas as ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo dos manuais de instrução; o dos juízes do Supremo não é o mesmo dos cordelistas; o dos editoriais dos jornais não é o mesmo dos dos cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do de seus colunistas.

(POSSENTI, S. Gramática na cabeça. Língua Por-tuguesa, ano 5, n. 67, maio 2011 – adaptado).

Sírio Possenti defende a tese de que não existe um único “português correto”. Assim sendo, o domí-nio da língua portuguesa implica, entre outras coisas, saber

a) descartar as marcas de informalidade do texto.b) breservar o emprego da norma padrão aos textos de

circulação ampla.c) moldar a norma padrão do português pela lingua-

gem do discurso jornalístico.d) adequar as formas da língua a diferentes tipos de

texto e contexto.e) desprezar as formas da língua previstas pelas gra-

máticas e manuais divulgados pela escola.

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Competência:Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

Habilidade 18- Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.

Habilidade 16- Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário.

LITERATURAGÊNEROS E ESCOLAS LITERÁRIAS

Arte da PalavraO que é texto?

Em lingüística (Português brasileiro ou portu-guês do Brasil é o termo utilizado para classificar a va-riedade da língua portuguesa falada pelos mais de 194 milhões de brasileiros que vivem dentro e fora do Brasil, sendo a variante do português mais falada, lida e escrita do mundo), a noção de texto é ampla e ainda aberta a uma definição mais precisa. Grosso modo, pode ser entendido como manifestação lingüística das idéias de um autor, que serão interpretadas pelo leitor de acordo com seus conhecimentos lingüísticos e culturais. Seu tamanho é variável.

Nos textos literários nem sempre a linguagem apresenta um único sentido, aquele apresentado pelo dicionário. Empregadas em alguns contextos, elas ga-nham novos sentidos, figurados, carregados de valores afetivos ou sociais

Quando é utilizada com um sentido diferente daquele que lhe é comum, dizemos que foi empregada conotativamente, este recurso é muito explorado na Literatura.

A linguagem conotativa não é exclusiva da lite-ratura, ela é empregada em letras de música, anúncios publicitários, conversas do dia-a-dia, etc.

Em relação ao texto podemos distinguir o texto de duas formas: Texto Literario e texto não-litrário. Ve-jamos as diferencas entre eles:

Texto Literário:• Há maior ênfase na expressão do que no

conteúdo;• Há predomínio da linguagem conotativa (fi-

gurada);• A linguagem é mais pessoal, carregada de

emoções e impressões de seu emissor;• A realidade pode ser traduzida, recriada ou

relativizada;• A ambiguidade é utilizada como um recurso

criativo, uma vez que o texto literário é plu-rissignificativo.

Exemplo: Dia do índio. Os dias dos que têm. Os seus dias contados...

Observe um trecho da canção “Dois rios”, de Samuel Rosa, Lô Borges e Nando Reis (Titãs), note a

caracterização do sol, ele foi empregado conotativa-mente:

O sol é o pé e a mão O sol é a mãe e o pai Dissolve a escuridão

O sol se põe se vai E após se pôr O sol renasce no Japão

Texto Não-Literário:• Há maior ênfase no conteúdo do que na ex-

pressão;• Há predomínio da linguagem denotativa

(sentido próprio);• A linguagem é mais impessoal, objetiva, vi-

sando preferencialmente à informação;• Normalmente, a realidade é apenas tradu-

zida;• Como há um predomínio da objetividade,

geralmente não deixa margens a duplas in-terpretações.

Exemplo:“Comemora-se, no dia 19 de abril, o Dia do Ín-

dio. A FUNAI prepara a festa de comemoração desta data.”

Outros exemplos de texto não literário: Matérias e reportagens de jornais, sejam estas feitas pela televi-são, radio ou empresas ,receitas de culinária, manuais (carro, eletrodomésticos,etc.), bulas de remédios.

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Narrativo

Como variante do gênero épico, enquadrando, neste caso, as narrativas em prosa. Dependendo da estrutura, da forma e da extensão, as principais manifestações narrativas são:

Romance: narração de um fato imaginário, mas ve-rossímil, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem.

Madame Bovary é um romance escrito por Gus-tave Flaubert que resultou num escândalo ao ser publi-cado em 1857.

“O romance conta a história de Emma, uma mulher sonhado-ra pequeno-burguesa, criada no campo, que aprendeu a ver a vida através da literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles, um médi-co interiorano tão apaixonado pela esposa quanto entediante. Nem mesmo o nascimento da filha dá alegria ao indissolúvel casamento ao qual a protagonista se sente presa. Emma, cada vez mais angustiada e frustrada, busca no adultério uma for-ma de encontrar a liberdade e a felicidade. Apesar da intensa procura de uma vida digna, e o fato dela nao se dar valor, difi-cilmente consegue sentir-se satisfeita com o que é e o que tem.”

Novela: na literatura em língua portuguesa, a principal distinção entre novela e romance é quantitati-va (vale a extensão ou número de páginas. Assim como também características qualitativas, como por exemplo

a valorização de um evento, um corte mais limitado da vida, a passagem do tempo é mais rápida e o narrador assume uma maior importância como contador de um fato passado.

Amor de Perdição é o título de uma novela por-tuguesa de Camilo Castelo Branco, escrito em 1862.

Simão Botelho e Teresa de Albuquerque pertecem a fa-mílias distintas, que se odeiam. Moradores de casas vizi-nhas, em Viseu, acabam por se apaixonar e manter um namoro silencioso através das janelas próximas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem de tudo para combater a união amorosa. Tadeu de Albuquerque (o pai de Tere-sa), após recorrentes tentativas de casar sua filha a um primo acaba por interná-la num convento.Após luta travada com os criados do primo de Teresa, Simão Botelho permanece na casa de um ferreiro deve-dor de favores ao seu pai. A filha do ferreiro, Mariana, acaba também por se apaixonar por Simão, constituindo um triângulo amoroso. Teresa e Simão mantêm contato por cartas. Este, numa tentativa de resgatar Teresa do convento, acaba por balear o primo de Teresa, Baltasar, e é condenado à forca. Mais tarde, as influências de seu pai, antigo corregedor, irão mudar a pena para dez anos de degredo na Índia. Ao embarcar, vê Teresa, que mor-re tuberculosa. Nove dias depois, doente, Simão acaba por morrer também, e no momento em que vão lançar o corpo ao mar, Mariana, filha do ferreiro, lança-se ao mar.

Conto: é a mais breve simples narrativa, cen-trada em um episódio da vida.

“Desilusão” Contos Paraenses, de Marques de Carvalho.

“Desilusão” é uma apresentação bem humora-da dos desvarios de uma senhora que caminha para tia, lançando de ridículos artifícios para conseguir um ma-rido. Ao tentar fazê-lo com um jovem português saído da tuberculose, desilude o rapaz ao saber este,que, seu único dote de beleza – o cabelo negro – era artificial.

Fábula: Narrativa inverossímil, com fundo didá-tico, que tem como objetivo transmitir uma lição de moral, normalmente a fabula trabalha com animais como personagens. Quando os personagens são seres inanimados, objetos, a fábula recebe a denominação de apólogo.

As fábulas de Esopo são uma coleção de fábu-las creditadas a Esopo (620—560 a.C.), um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga. As fábulas de Esopo tornaram-se um termo branco para coleções de fábulas brandas, usualmente envolven-do animais personificados. As fábulas remontam uma chance popular para educação moral de crianças hoje. Há muitas histórias incluídas nas fábulas de Esopo, tão como A raposa e as uvas (de que a expressão idiomá-tica “uvas verdes” foi derivada), A Cigarra e a Formiga, A tartaruga e a lebre, O vento norte e o sol e O me-nino que gritava lobo, O Lobo e o Cordeiro são bem conhecidas pelo mundo afora.

A FORMIGA E A CIGARRA

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No Inverno tirava a Formiga da sua cova é as-soalhar o trigo, que nela tinha, e a Cigarra com as mãos postas lhe pedia que’ repartisse com ela, que morria à fome. Perguntou-lhe a Formiga: que fizera no Estio, por-que não guardara para se manter? Respondeu a Cigarra: – O Verão e Estio, gastei a cantar e passatempos pelos campos. A Formiga então, perseverando em recolher seu trigo, lhe disse: – Amiga, pois os seis meses de Verão gastaste em cantar, bailar é comida saborosa e de gosto

É comumente confundido com a fábula, que é focada nas relações que envolvem coisas e animais (ex: o livro Quem Mexeu no Meu Queijo e A Revolução dos Bichos).

Esta mesma confusão também relacionada com as parábolas, que se centra nas histórias somente entre ho-mens e comumente possui cunho religioso (ex: Parábo-las de Jesus).

Há um apólogo na Bíblia, chamado de Apólogo de Jotão. Encontra-se em Juízes 9.7-21.

Bem parecido com a fábula em sua estrutura, o apó-logo é um tipo de narrativa que personifica os seres ina-nimados, transformando-os em personagens da história.

PERÍODOS, ESCOLAS E ESTILOS LITERÁRIOS.

A Literatura inevitavelmente está totalmente re-lacionada aos aspectos históricos, políticos e sociais de uma determinada época, tento a mesma a responsa-bilidade de refletir, analisar e compreender momentos históricos, que desaguam no mar de textos que ex-pressam a emoção.

Estes períodos foram conhecidos como Escolas Literárias ou Estilo de época. No senário da Periodi-zação Literária, temos a Literatura Portuguesa e a Li-teratura Brasileira, esta ao contrário do que se atesta acerca da literatura portuguesa, constitui-se de épocas próprias, constituídas de peculiaridades distintas.

BRASIL

LITERATURA DE INFORMAÇÃOLogo após o descobrimento do Brasil muitos missionários e viajantes europeus aqui estiveram a fim de

recolher informações para a Metrópole sobre a nova colônia portuguesa.Os textos aqui produzidos não tinham valor estético e foram escritos em estilos variados, contudo objeti-

vavam descrever a fauna, a flora, os costumes dos nativos e as possibilidades de recursos minerais.

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O Quinhentismo brasileiro. Quinhentismo é a denominação genérica

de todas as manifestações literárias ocorridas no Brasil durante o século XVI,correspondendo à introdução da cultura europeia em terras bra-sileiras. Não podemos falar em uma literatura do Brasil, aquela que reflete a cosmovisão do homem brasileiro, e sim, em uma literatura no Brasil, ou seja, uma literatura ligada ao Brasil mas que denota a cosmovisão, as ambições e as intenções do homem europeu.

Desta forma, espelhando diretamen-te o momento histórico vivido pela Península Ibérica, temos um literatura informativa e uma literatura dos jesuítas como principais manifes-tações literárias no século XVI.

Confronto, instabilidade e incerteza e um novo mundo.

No dia 9 de março de 1500, o comandante português Pedro Álvares Cabral partiu das margens do rio Tejo, em Lis-boa, para refazer o caminho maritimo descoberto por Vasco da Gama um ano antes.Tinha como missão instalar entrepos-tos em Sofala (atual Moçambique), na Áfria,adquirir ouro e especiarias em Calicute,na Índia, e transportar missionários e freis capuchinhos para dar inicio à carequese dos habitantes locais

Após chegar às ilhas Canárias, a armada afastou-se da rota original, rumando para Oeste. No dia 22 de abril de 1500, as naus chegaram ao sul do atual estado da Bahia e, após navegarem cerca de 66 quilômetros ao longo da costa, apor-taram em uma baia a que deram o nome de Porto Seguro. Estava “descoberto” o Brasil.

Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada portuguesa, enviou uma longa carta para o Rei D.Manuel I dando notícias do achamento da “nova terra”, batizada de Vera Cruz.

“Neste mesmo dia,à hora de vésperas, avistamos ter-ra! Primeiramente um grande monte, muito alto e redondo; depois, outras serras mais baixas, da parte sul em relação ao monte e, mais, terra chã. Com grandes arvoredos. Ao monte alto o Capitão de nome de Monte Pascoal; e à terra, Terra de Vera Cruz.

CASTRO,Sílvio (Intr.,aval. e notas). A carta de Pero Vaz de Caminha.

“A feição deles é serem pardos, maneira de avermelha-dos, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem coberta alguma Não fazem o menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles uns ossos brancos (...) ali encaixados de tal sorte que não os molesta nem os estorva no falar, no comer ou no beber.”

CASTRO,Sílvio (Intr.,aval. e notas). A carta de Pero Vaz de Caminha.

Embora a Carta de Caminha contenha a primeira

descrição das terras brasileiras, não foi ela que divul-gou, para o público europeu, as caracteristicas do terr-tório americano. Por ser um documento que continha informações importantes para a Coroa portuguesa, a Carta ficou guardada nos arquivos da Torre do tombo até o inicio do século XIX.

A chegada das caravelas portuguesas à costa da Bahia, em 1500, colocou frente a frente dois povos muito diferentes. Os viajantes que aqui estiveram no

século XVI mostraram como se deu esse relacionamen-to, por meio da literatura de informação.

Em contato com um novo mundo, o europeu de-dicou-se a transpor sua cultura, lingua e religião para essa porção desconhecida da Europa, e assim nasce, dentre outras manifestações literárias, a literatura de catequese.

A literatura de Viagens Ao longo do século XVI, diversas expedições fo-

ram enviadas para as terras brasileiras Os viajantes que as integravam tinham missões específicas a cumprir: descrever a terra e o povo nativo, catalogar espécimes da fauna e da flora, identificar possíveis interesses eco-nômicos para a Coroa portuguesa.

Era necessário, ainda, apresentar a nova colônia de modo positivo e promissor, para estimular nos por-tugueses o desejo de se aventurarem na ocupação e colonização do vasto território descoberto.

Os relatos de viagem são textos essencialmente informativos e se caracterizam como uma espécie de crônica histórica. Por esse motivo, são conhecidos como literatura de viagens ou de informação.

A literatura de viagens registra o primeiro olhar

estrangeiro para terras brasileiras. Portugueses, france-ses e alemãs descrevem a nova terra como uma espécie de paraíso tropical, visto como manifestação da bon-dade divina. Com isso, revelam uma visão de mundo ainda bastante moldada pelo teocentrismo medieval.

A literatura dos Jesuítas

Consequência da Contra-Reforma, a principal preocu-pação dos Jesuítas era o trabalho de catequese, objetivo pri-meiro que determinou toda a sua produção, tanto na poesia como no teatro. Mesmo assim, do ponto de vista estético, foi a melhor produção literária do Quinhentismo brasileiro. Além da poesia de devoção, os Jesuítas cultivaram o teatro de ca-ráter pedagógico, baseado em trechos bíblicos, e as cartas que informavam aos superiores na Europa o andamento dos trabalhos na Colônia.

(Pe.José de Anchieta.)

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01. (ENEM/2013) - TEXTO I

CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHAAndaram na praia, quando saímos, oito ou dez

deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E pare-ce-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. [...] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tin-turas que muito agradavam.

CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Por-to Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).

TEXTO II

PORTINARI, C. O descobrimento do Brasil. 1956.Óleo sobre tela, 199x169 cm Disponível em: www.por-tinari.org.br. Acesso em: 12 jun. 2013.

Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari re-tratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que:

a) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.

b) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.

c) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.

d) as duas produções, embora usem linguagens dife-rentes – verbal e não verbal – , cumprem a mesma função social e artística.

e) a pintura e a Carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mes-mo momento histórico, retratando a colonização.

02. Texto III - José de Anchieta: Cordeirinha Linda I.

Cordeirinha linda, como folga o povo,

porque vossa vinda lhe dá lume novo. Cordeirinha santa, de Jesu querida, vossa santa vida O diabo espanta. Por isso vos canta, com prazer, o povo, porque vossa vinda lhe dá lume novo.

Texto IV - Anchieta - Olavo Bilac

Cavaleiro da mística aventura, Herói cristão! nas provações atrozesSonhas, casando a tua voz às vozes Dos ventos e dos rios na espessura:

Entrando as brenhas, teu amor procuraOs índios, ora filhos, ora algozes,Aves pela inocência, e onças ferozesPela bruteza, na floresta escura.

Semeador de esperanças e quimeras, Bandeirante de “entradas” mais suaves, Nos espinhos a carne dilaceras:

E, porque as almas e os sertões desbraves, Cantas: Orfeu humanizando as feras, São Francisco de Assis pregando às aves...

Texto V ( Trecho da carta de Caminha):

(...) A feição deles é serem pardos, um tanto aver-melhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de al-godão, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que não os magoa, nem lhes põe estorvo no falar, nem no comer e beber. (...)

Com base nos trechos acima podemos afirmar que:a) no texto III identificamos à representação da litera-

tura jesuítica, e nos demais textos a representação da literatura informativa.

b) no texto IV identificamos à representação da litera-tura de catequese e nos demais textos a represen-tação da literatura jesuítica.

c) no texto III identificamos à representação da litera-tura jesuítica, no texto IV um texto contemporâneo fazendo referência a uma personalidade da literatu-ra jesuítica, e no texto V temos a representação da literatura informativa.

d) em todos os textos temos a representação da litera-tura jesuítica.

e) em todos os textos temos a da literatura informativa.

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Competência de área 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.H19 - Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.H20 - Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.H21 - Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.H22 - Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.H23 - Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.

Competência de área 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da reali-dade e a solução de problemas do cotidiano.H15 - Identificar a relação de dependência entre grandezas.H16 - Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcio-nais.H17 - Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argu-mentação.H18 - Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.

ELEMENTOS DA REDAÇÃO

O que é texto?

É uma forma de interação social, pode ter características faladas ou escritas, tamanhos diversificados. Por meio de um objetivo gira em torno de ideias e sentidos, se expressa de forma verbal e não-verbal. Como sugere a palavra tecido, também pode ser chamado de costura, (laços, nós, amarras), exigindo coesão (correto emprego dos elementos de ligação) e coerência (clareza).

REDAÇÃO É UM TEXTO?

“Um texto é uma ocorrência linguística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma unidade de linguagem em uso.”

COSTA VAL, M. Da Graça. Redação e textualidade.São Pau-lo, Martins Fontes, 1991

TEXTUALIDADE

É o conjunto de características que conduzem à elaboração de um texto, e não apenas a sequência frasal sem a devida unidade.é um conjunto de características que fazem com que um texto seja con-siderado como tal, e não como um amontoado de pa-lavras e frases.

Dois blocos de oito fatores são os responsá-veis pela textualidade de qualquer discurso:

1 - Fatores pragmáticos (intencionalidade, aceitabilidade, situcionabilidade, informatividade, co-nhecimento de mundo e intertextualidade).

2 - Fatores semântico/formal (coerência e coesão);

Intencionalidade: um texto é apropriado para a realização das intenções do locutor diante dos ouvin-tes ou leitores a que se destina. O locutor deve produ-zir um texto a partir de uma intenção.

Ex: Convencer, emocionar, informar, advertir, se-duzir, vender, divertir, impressionar, entreter. etc.

Aceitabilidade: Um texto é aceito e avaliado pelos interlocutores; este texto será aceito por inter-locutores que compartilhem conhecimentos, crenças, valores, que pertençam ou que condigam com a sua cultura, interesse etc.

Situacionalidade: um texto é adequado a uma situação que ocorre. O texto vai ser ideal para deter-minada situação comunicativa.

Conhecimento de mundo : Cada leitor tem co-nhecimentos prévios (textuais, linguísticos e de mun-do) os quais, num processo de leitura, faz com que o indivíduo, ao iniciar a leitura, consiga fazer previsões. Quando o leitor não possui tais conhecimentos, e não conhece o contexto inserido, isso se torna mais difícil.

Intertextualidade: “Cada texto, como diz Bakh-tin, é como um elo na grande corrente de produções verbais que circulam numa sociedade. Cada texto reto-ma textos anteriores, reafirmando uns e contestando outros e, utilizando sua ‘matéria-prima’, se inclui nessa ‘cadeia verbal’, pedindo resposta e se propondo como ‘matéria-prima’ para outros textos futuros”.

Informatividade: É o grau de previsibilidade das informações contidas no texto. Quando ele contém apenas informações previsíveis, o grau de informatividade nele colocado é baixo, mas, se o texto contem também informações não previsíveis, terá um grau maior de informatividade. Dessa forma, quanto maior for o grau de informatividade, maior será o esforço do leitor da decodificação do texto.

Em cada texto encontram-se níveis diferentes de informatividAde, assim como diz Travaglia & Koch (2004, p. 87): “...tanto em textos poéticos como em tex-tos publicitários ou manchetes jornalísticas, casos de informatividade aparentemente nula, que vai ser pro-movida a um grau mais alto na sequência do texto ou na matéria que a manchete encabeça..”

Dessa forma, é através da distribuição das infor-mações contidas no texto que o leitor poderá atribuir o

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sentido com menor ou maior facilidade, dependendo, é claro, da maneira como são impostas tais informa-ções.

Tipologia textual

O tipo é organizado por seus elementos formais. Os principais tipos textuais são: Narrativo, Descritivo, Dissertativo, Injuntivo, Argumentativo e Expositivo.

Os tipos textuais mais conhecidos e usados em vestibulares acabam sendo os tipos: Dissertativo, Des-critivo e Narrativo,.

DISSERTAÇÃO

Dissertar significa “falar sobre”. É o texto em que se expõem ideias, seguidas de argumentos que as comprovem. Na dissertação, você deve revelar sua opi-nião a respeito do assunto.

Dissertar é apresentar idéias, analisá-las, é es-tabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito.

Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é ne-cessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho.

O que é?É a apresentação de ideias acrescidas de exposi-

ção de raciocínio, juízos e opiniões acerca de determi-nado assunto, tratando-se assim de textos temáticos.

Para que serve?Destina-se à exposição lógica de nossos reflexos

(raciocínio) para a construção do conhecimento e do pensamento crítico e criativo.

Quais são os tipos?Dissertação-expositiva: expressão tão – so-

mente de ideias bem fundamentadas, de forma lógica, sem a preocupação de apresentar proposta de inter-venção social. Geralmente é concluída com o reforço da tese (ideia central).

Dissertação-argumentativa: nesta amplia-se a dissertação expositiva, acrescentando-lhe proposta de intervenção social. Atente a três perguntas: O que é? (opinião); Por que é? (argumentos) e O que fazer? (proposta de intervenção social).

ESTRUTURA GERAL DE UM TEXTO DISSERTATIVO

1ª parte: Introdução No primeiro parágrafo, o autor apresenta o tema que será abordado.

Dica: anuncie claramente o tema sobre o qual você escreverá e as delimitações propostas.

2ª parte: Desenvolvimento nos parágrafos subsequentes (geralmente dois), o autor apresenta uma série de argumentos ordenados logicamente, a fim de convencer o leitor.

Dica: argumente, discuta, exponha suas ideias, prove o que você pensa.

3ª parte: Conclusão No último parágrafo, o autor “amarra” as ideias e

procura transmitir uma mensagem ao leitor. Dica: conclua de maneira clara, simples, coe-

rente, confirmando o que foi exposto no desenvol-vimento.

Atenção: A dissertação deve obedecer à ex-tensão mínima indicada na proposta, a qual costuma ser de 25 a 30 linhas, considerando letra de tamanho regular. Inicialmente, utilize a folha de rascunho e, depois, passe a limpo na folha de redação, sem rasu-ras e com letra legível. Utilize caneta; lápis, apenas no rascunho.

DESCRIÇÃODescrever é representar verbalmente um objeto,

uma pessoal, um lugar, mediante a indicação de aspec-tos característicos, de pormenores individualizantes.

Requer observação cuidadosa, para tornar aqui-lo que vai ser descrito um modelo inconfundível

Não se trata de enumerar uma série de elemen-tos, mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica.

Descrever é mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas.

Descreva o que você vê:

NARRAÇÃO

É um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários.

São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o epi-sódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito.

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SA Narração envolve:I. Quem? Personagem;II. Quê? Fatos, enredo;III. Quando? A época em que ocorreram os

acontecimentos;IV. Onde? O lugar da ocorrência;V. Como? O modo como se desenvolveram os

acontecimentos;VI. Por quê? A causa dos acontecimentos;

Gênero textual

O gênero é caracterizado pelo seu estilo, pela sua função sociocomunicativa, na realidade, para o fim a que se destina. Como por exemplo: receita, e-mail, crônica, resumo, carta, bula de remédio, entre outros.

Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas se-melhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu estilo pró-prio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características.

Gêneros textuais encontrados na mídia im-pressa

Para se interpretar bem um texto, é preciso conhecê-lo, reconhecendo sua estrutura e compreen-dendo seu objetivo. Por isso, quanto mais você ler, e de preferência produções de diferentes gêneros, mais fácil será entender e interpretar um novo escrito.

Assim, você enriquece seu vocabulário e seu conhecimento aumenta. As intertextualidades (textos que fazem referência a outros textos) serão, facilmen-te, identificadas e você poderá saborear melhor cada nova leitura. Lembre-se de que saber e sabor possuem a mesma etimologia (origem).

A seguir serão vistos alguns gêneros textuais en-contrados na mídia impressa:

Editorial:

É um gênero textual dissertativo-argumentati-vo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.

Artigo de opinião

Assim como o editorial também é um texto de caráter opinativo. Porém, ao invés de representar a opinião do veículo em que está sendo divulgado, tem caráter pessoal. Logo, deve vir assinado pelo autor, que se responsabiliza pelo conteúdo, ou seja, pelas opi-niões apresentadas.

( Diogo Mainardi – autor de uma coluna muito polêmica da revista Veja )

Carta do leitor

Apresenta uma estrutura discursiva do tipo dis-sertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores. Texto em que o leitor de jornal ou da revista manifesta seu ponto de vista sobre um determinado assunto da atualidade, usando elementos argumentativos.

Divulgação científica

Textos informativos com vocabulário preciso, frases curtas, ou seja, objetivo. Tem por finalidade di-vulgar para o grande público as descobertas mais re-centes no campo das ciências em geral.

A utilização de célula-tronco em portadores de deficiências físicas é um tema que se encontra em vá-rios jornais e revistas atualmente.

( Dráuzio Varella – Comentarista e cientista do Fantás-tico)

Entrevista:

É um gênero textual fundamentalmente dialo-gal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de al-gum outro assunto. Geralmente envolve também as-pectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalís-tica. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descriti-vos, como na entrevista médica.

Nicette Bruno: “Não consigo é tirar a aliança”Em entrevista emocionada, mas repleta de sor-

risos e vitalidade, atriz, de 82 anos, traz à tona recor-dações do marido, Paulo Goulart, morto há dez meses. Aos 62 anos de carreira, em cartaz no Rio com a peça Perdas e Ganhos, ela ainda não pensa em aposenta-doria

O largo sorriso com o qual Nicette Bruno re-cebe a equipe de QUEM, em sua casa no Recreio dos Bandeirantes, no Rio, pode ser compreendido como um afago de boas-vindas – mas também como um sinal de superação. Nicette ficou viúva em março de 2014, quando Paulo Goulart, com quem foi casada por 62 anos, morreu vítima de câncer aos 81 anos. O Brasil perdeu um de seus maiores atores e ela, o com-

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panheiro com quem compartilhou uma sólida história de amor. “Não consigo é tirar a aliança. Não consigo, não. Estou sempre com ela (...). Ele que me deu, né? Não tenho por que tirá-la”, diz a atriz, acompanhada de Biquinha, seu inquieto maltês.

Aos 82 anos, sendo 62 de carreira, Nicet-te assumiu um novo desafio. Faz pela primeira vez um monólogo. Está em cartaz no Teatro do Leblon com Perdas e Ganhos, com texto do livro homônimo de Lya Luft. A direção é de Beth Goulart, uma de suas filhas – ela também é mãe dos atores Bárbara Bru-no e Paulo Goulart Filho. “Meu orgulho é, junto com o Paulo, ter construído uma família respeitando as in-dividualidades de cada um”, diz a atriz, com ternura.

QUEM: A senhora parece ótima, além de ser dona de uma energia inspiradora... NICETTE BRUNO: Obrigada, querido! Mas para a gen-te começar esse papo, meu filho, vamos esquecer isso de “senhora”, por favor (risos).

QUEM: Tudo bem. Perdas e Ganhos é seu primeiro trabalho após o falecimento do Paulo. Como foi voltar a atuar sem ele? NB: Foi um trabalho difícil no começo, até para eu me controlar emocionalmente. Tirei força da compreensão de vida que eu tenho. Sei que o caminho de todos nós é esse. A única certeza que temos na vida é o momento final. Mas a vida não começa no berço e não acaba no túmulo. Ela continua. Tenho meu lado espiritual muito forte. Sou kardecista, o que me dá um apoio grande de compreensão da nossa trajetória. O sofrimento, a dor, o vazio, a saudade, tudo isso vai me acompanhar para sempre. Mas pelo menos o trabalho vai me ajudando na superação.

Tutorial:

É um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, pas-so a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.

Notícia:

Podemos perfeitamente identificar característi-cas narrativas, o fato ocorrido que se deu em um de-terminado momento e em um determinado lugar, en-volvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.

Ana Carolina

Gostaria de cumprimentar Sérgio Martins pela reportagem de capa “Sou Bi. E daí?” (21 de de-zembro). Por meio de um texto bem construído e repleto de informações consistentes e esclarecedores, o,-jornalista se utiliza do depoimento de Ana Carolina (indiscutivelmente uma das maiores cantoras desta geração) para ilustrar a brilhante matéria. Martins teve sensibilidade ímpar ao narrar os fatos, jogando para bem longe a máscara do preconceito.

Gustavo Lima – Contagem, MG – Veja, 28 de dezembro

de 2005 [Retrospectiva, 2005]

Reportagem:

É um gênero textual jornalístico de caráter dis-sertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira cla-ra, com linguagem direta.

Propaganda:

É um gênero textual dissertativo-expositi-vo onde há a o intuito de propagar informações so-bre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.

Crônica jornalística :

Aborda assuntos e acontecimentos do dia-a-dia, apreendidos pela sensibilidade do cronista e desenvol-vidos de forma pessoal por ele. Geralmente, contém ironia e humor, já que seu objetivo principal é fazer uma crítica social ou política. Luís Fernando Veríssimo e João Ubaldo Ribeiro são exemplos atuais desse tipo de texto.

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SÉ um gênero textual narrativo onde se faz uma

espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou co-mentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria. Estilo de ilustração que tem por fi-nalidade satirizar, por meio de uma caricatura, relatar algum acontecimento atual com um ou mais perso-nagens envolvidos. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco.

Tiras: são aqueles desenhos em quadrinhos feitos em uma só tira. São muito comuns nas páginas de entretenimento dos jornais.

Outros Gêneros TextuaisCarta

Quando se trata de “carta pessoal”, a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma lingua-gem pessoal é mais comum.

Bula de remédio:

É um gênero textual descritivo, dissertativo-ex-positivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medi-camento.

Receita:

É um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.

EX: Receita de bolo de chocolate

INGREDIENTES Tempo de preparo 40min2 xícaras de farinha de trigo2 xícaras de açúcar1 xícara de leite6 colheres de sopa cheias de

chocolate em pó1 colher de sopa de fermento

em pó6 ovos

MODO DE PREPAROBata as claras em neve, acrescente as gemas e

bate novamente, coloque o açúcar e bata outra vezColoque a farinha, o chocolate em pó, o fermen-

to, o leite e bata novamenteUntar um tabuleiro e colocar para assar por

aproximadamente 40 minutos em forno médioEnquanto o bolo assa faça a cobertura com 2

colheres de chocolate em pó, 1 colher de margarina, meio copo de leite e leve ao fogo até começar a ferver

Jogue quente sobre o bolo já assadoÉ só saborear

História em quadrinhos:

É um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação.

Poema:

Trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber classificações especí-ficas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc. Em geral, a presença de aspectos nar-rativos e descritivos são mais frequentes neste gênero.

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.E os que leem o que escreve,

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Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama coração. Ferando Pessoa É o conteúdo capaz de transmitir emoções por

meio de uma linguagem , ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético (até mes-mo uma peça ou um filme podem ser assim conside-rados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal.

Resenha crítica

Apresenta o conteúdo de uma obra. Indica-se a forma de abordagem do autor a respeito do tema e da teoria utilizada. É uma análise crítica, pois encerra um conceito de valor emitido pelo resenhista sobre a obra em questão. Pode-se fazer uma resenha crítica sobre um livro, um show, um espetáculo teatral, entre outros.

ATENÇÃO!

Diante dessa abordagem inicial não podemos confundir, tipologia textual, gênero textual com Gêne-ros literários.

ANOTAÇÕES

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Competências Níveis de proficiência de produção escrita1. Domínio da norma padrão da língua escrita. 200(excelente) 160(muito boa) 120(boa) 80(mediano) 40(baixa) (0)Mb ou ausente

2. Compreender a proposta de redação. 200(excelente) 160(muito boa) 120(boa) 80(mediano) 40(baixa) (0)Mb ou ausente

3. Selecionar, relacionar, organizar e interpretar infor-mações.

200(excelente) 160(muito boa) 120(boa) 80(mediano) 40(baixa) (0)Mb ou ausente

4. Encadeamento Textual/ Mecanismos linguísticos 200(excelente) 160(muito boa) 120(boa) 80(mediano) 40(baixa) (0)Mb ou ausente

5. Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado.

200(excelente) 160(muito boa) 120(boa) 80(mediano) 40(baixa) (0)Mb ou ausente

TOTAL DE PONTOS

ALUNO(A):________________________________________POLO: ______________________ TURNO:____

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Competência de área 5 – Modelar e resolver problemas que envolvem variáveis socioeconômicas ou técnico-científicas, usando representações algébricas.H19 - Identificar representações algébricas que expressem a relação entre grandezas.H20 - Interpretar gráfico cartesiano que represente relações entre grandezas.H21 - Resolver situação-problema cuja modelagem envolva conhecimentos algébricos.H22 - Utilizar conhecimentos algébricos/geométricos como recurso para a construção de argumentação.H23 - Avaliar propostas de intervenção na realidade utilizando conhecimentos algébricos.

Competência de área 4 – Construir noções de variação de grandezas para a compreensão da reali-dade e a solução de problemas do cotidiano.H15 - Identificar a relação de dependência entre grandezas.H16 - Resolver situação-problema envolvendo a variação de grandezas, direta ou inversamente proporcio-nais.H17 - Analisar informações envolvendo a variação de grandezas como recurso para a construção de argu-mentação.H18 - Avaliar propostas de intervenção na realidade envolvendo variação de grandezas.

MATEMÁTICAFUNÇÕES ELEMENTARES E PROPORCIONALIDADE

INTRODUÇÃO ÀS FUNÇÕESMuitas vezes nos deparamos com situações que

envolvem uma relação de grandezas. Assim, o valor a ser pago na conta de luz de sua casa depende do con-sumo medido no período; o tempo de uma viagem de automóvel entre duas cidades depende da velocidade desenvolvida no trajeto. Podemos utilizar a linguagem matemática para representar essa relação de depen-dência entre duas ou mais grandezas. Faremos isso, estudando funções.

FUNÇÃODados dois conjuntos A e B não vazios, qualquer

relação onde todo elemento de A tem correspondente em B e cada elemento de A tem um e somente um correspondente em B.

NOTAÇÃO f(x) a) f: A → B ⇒ f(x) = y y

Ex.: A = {2, 3, 4} e B = {3, 4, 5, 6}, onde f: A → B, com f(x) = x + 1.

FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU

• Uma função f de ℜ em ℜ é função do 1º grau, se a cada x ∈ℜ, associa o elemento (ax+b) ∈ℜ, com a ≠0.

• f: ℜ→ℜ, definida por f(x)=ax+b, cujo o gráfico é uma reta, onde: D(f)= ℜ e Im(f)= ℜ

• No gráfico, o coeficiente angular indica se a função é crescente (a >0) ou decrescente (a < 0).

CASO PARTICULAR DA FUNÇÃO AFIM

FUNÇÃO LINEAR: Quando b = 0.f: ℜ→ℜ, definida por f(x)=ax, com a ≠0.D(f)= ℜ e Im(f)= ℜ

FUNÇÃO CONSTANTEO gráfico é uma reta constante paralela ao eixo

das abscissas: f: ℜ→ℜ, definida por f(x)=p.D(f)= ℜ e Im(f)={p}

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SFUNÇÃO POLINOMIAL DO 2º GRAU

Definição: Uma função f de R em R é chamada de 2º grau se, a cada x ∈ R, associa o elemento (ax2+bx+c) ∈R, com a ≠0.

f : R →R ou f(x) = ax2+bx+c

REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRIA DO GRÁFICO DA FUNÇÃO

• O gráfico de uma função de 2º grau é uma curva denominada parábola.

• O sinal de a determina a concavidade dessa parábola. Então:

ZEROS DA FUNÇÃO

Os valores para os quais f(x) = 0 recebem o nome de zeros da função do 2º grau.

f(x) = ax2+bx+c

ax2+bx+c = 0 ( equação de 2º grau), que é resolvida pela Fórmula de “Bháskara”:

, onde

Logo, os zeros da função de 2º grau são as raízes da equação de 2º grau. Assim:

VÉRTICE DA PARÁBOLA

O vértice da parábola é dado pelas coordenadasXv e Yv.

1º caso: a>0 (ponto de mínimo) 2º caso: a<0 ( ponto de máximo)

Xv = e Yv =

FUNÇÃO EXPONENCIAL

Chamamos de função exponencial a toda função do tipo f(x) = ax, definida para todo x real com:

a >0 e a ≠1. f: ℜ→ D(f) = ℜ Im(f) =

GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO EXPONENCIAL

1º Caso: função crescente a >1

2º Caso: função decrescente 0< a < 1

LOGARITMO

Sendo a e b números reais positivos tais que com a ≠1. Chamamos de logaritmo de b na base a ao expoente x ao qual se eleva a base b para se obter a:

⇒ ax = b a = base do logaritmo b = logaritmando ou antilogaritmo x = logaritmoCondição de existência: b>0 e a>0 e a≠1

FUNÇÃO LOGARÍTMICA Seja a função exponencial f(x) = ax, com a>0

a≠1. A sua inversa é chamada de função logarítmica.

f(x) = log , f: →ℜ: D(f)= e Im(f)= ℜ

“GRÁFICO” DE UMA FUNÇÃO LOGARÍTMICA1º Caso: função crescente: a>1

2º Caso: função decrescente: 0< a <1

PROPORCIONALIDADEI. RAZÃOChama-se razão do número a para número b

(com b ≠ 0 ) o quociente de a por b: ou a : b , lê – se a está para b

O número a é chamado antecedente.O número b é chamado consequente.

II. PROPORÇÃOChama-se proporção à igualdade de duas razões

equivalentes.

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lê-se a está para b assim como c está para d.b e c são os meios.a e d são os extremos.

Propriedade fundamentalEm toda proporção o produto dos meios é

igual ao produto dos extremos.

Grandezas Proporcionais

1.Diretamente:duas grandezas são diretamente proporcionais quando aumentando (ou diminuindo ) uma delas a outra aumenta (ou diminui ) na mesma proporção.

2.Inversamente Proporcionais: duas grandezas são diretamente proporcionais quando aumentando (ou diminuindo ) uma delas a outra diminui (ou aumenta ) na mesma proporção.

III. Porcentagem

Supondo que Juary estude 2 dias em cada 5 que se passam,então a razão entre o número de dias de estudo e o número de dias passados, pode ser expresso por:

,quando o consequente da é

100,esta recebe o nome de razão centesimal, poden-do o consequente ser substituído pelo símbolo % ( por cento ),o que condiciona a nova representação a rece-ber o nome de taxa porcentual .

Principal ( C ) : é o valor da grandeza que se quer calcular a porcentagem.

Taxa ( i ) : é o valor que representa a quantidade de unidade tomada em cada 100.

Porcentagem ( p ) : é o valor que representa de forma proporcional uma quantidade tomada de outra ,pro-porcionalmente a uma taxa.

01.(ENEM)VENDEDORES JOVENS

Fábrica de LONAS – Vendas no Atacado10 vagas para estudantes, 18 a 20 anos, sem experiência.Salário: R$ 300,00 fixo + comissão de R$ 0,50 por m2 vendido.Contato: 0xx97-43421167 ou [email protected]

Na seleção para as vagas desse anúncio, feita por telefone ou correio eletrônico, propunha-se aos candidatos uma questão a ser resolvida na hora. De-veriam calcular seu salário no primeiro mês, se ven-dessem 500 m de tecido com largura de 1,40 m, e no

segundo mês, se vendessem o dobro. Foram bem-su-cedidos os jovens que responderam, respectivamente:

a) R$ 300,00 e R$ 500,00. b) R$ 550,00 e R$ 850,00.c) R$ 650,00 e R$ 1 000,00. d) R$ 650,00 e R$ 1 300,00.e) R$ 950,00 e R$ 1 900,00.

02. (ENEM) O preço do aluguel de um carro popular em uma locadora de Curitiba é dado pela tabela abaixo:

100 km Taxa fixa de R$ 50,00300 km Taxa fixa de R$ 65,00500 km Taxa fixa de R$ 75,00

Considerando que nas três situações além da taxa fixa deve-se pagar R$ 0,50 por quilômetro exce-dente que o carro anda, então assinale a alternativa correspondente à quantia paga por um carro que per-corre 180 km.

a) R$ 90,00 b) bR$ 80,00c) Rcv$ 100,00 d) R$ 75,00e) R$ 85,00

03. (ENEM) Ainda em relação ao quadro da questão anterior assinale a expressão que indica correta-mente o valor V pago no aluguel de um carro que excedeu em x quilômetros a distância de 300 km..

(a) V = 60 + 0,50x (b) V = 65 + 0,30x(c) V = 75 + 0,40x (d) V = 65 + 0,50x(e) V = 80 + 0,50x

04. (ENEM )Um posto de combustível vende 10.000 li-tros de álcool por dia a R$ 1,50 cada litro. Seu pro-prietário percebeu que, para cada centavo de des-conto que concedia por litro, eram vendidos 100 litros a mais por dia. Por exemplo, no dia em que o preço do álcool foi R$ 1,48, foram vendidos 10.200 litros. Considerando x o valor, em centavos, do des-conto dado no preço de cada litro, e V o valor, em R$, arrecadado por dia com a venda do álcool, en-tão a expressão que relaciona V e x é

a) V = 10.000 + 50x – x2. b)V = 10.000 + 50x + x2.c) V = 15.000 – 50x – x2. d)V = 15.000 + 50x – x2.e) V = 15.000 – 50x + x2.

05. (ENEM) Suponha que o modelo exponencial y = 363e0,03x, em que x = 0 corresponde ao ano 2000, x = 1 corresponde ao ano 2001, e assim sucessivamente, e que y é a população em milhões de habitantes no ano x, seja usado para estimar essa população com 60 anos ou mais de idade nos países em desenvolvimento entre 2010 e 2050. Des-se modo, considerando e0,3 = 1,35, estima-se que a população com 60 anos ou mais estará, em 2030, entre

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CIÊN

CIAS

HU

MAN

AS E

SUA

S TE

CNO

LOG

IAS

4746 474746

MAT

EMÁT

ICA

E SU

AS T

ECN

OLO

GIA

Sa) 490 e 510 milhões. b) 550 e 620 milhões.c) 780 e 800 milhões. d) 810 e 860 milhões.e) 870 e 910 milhões.

06. (ENEM) A figura a seguir mostra as medidas reais de uma aeronave que será fabricada para utilização por companhias de transporte aéreo. Um engenhei-ro precisa fazer o desenho desse avião em escala de 1:150.

Para o engenheiro fazer esse desenho em uma folha de papel, deixando uma margem de 1 cm em re-lação às bordas da folha, quais as dimensões mínimas, em centímetros, que essa folha deverá ter?

a) 2,9 cm ´ 3,4 cm. e) 192 cm ´ 242 cm.b) 3,9 cm ´ 4,4 cm. d) 21 cm ´ 26 cm.c) 20 cm ´ 25 cm.

07. (ENEM) Uma escola lançou uma campanha para seus alunos arrecadarem, durante 30 dias, alimentos não perecíveis para doar a uma comunidade caren-te da região.

Vinte alunos aceitaram a tarefa e nos primeiros 10 dias trabalharam 3 horas diárias, arrecadando 12 kg de alimentos por dia. Animados com os resultados, 30 novos alunos somaram-se ao grupo, e passaram a trabalhar 4 horas por dia nos dias seguintes até o término da campanha.

Admitindo-se que o ritmo de coleta tenha se mantido constante, a quantidade de alimentos arreca-dados ao final do prazo estipulado seria dea) 920 kg. e) 570 kg.b) 800 kg. d) 600 kg.c) 720 kg.

TEXTO: Comuns às questões: 08, 09 Uma pesquisa de opinião foi realizada para avaliar

os níveis de audiência de alguns canais de televisão, entre 20h e 21h, durante uma determinada noite.

Os resultados obtidos estão representados no gráfi-co de barras abaixo:

0

20

40

60

80

100

TvA TvB TvC TvD Nenhumcanal

Nº d

e re

sidê

ncia

s

08 . (ENEM) O número de residências atingidas nessa pesquisa foi aproximadamente de:

a) 100 b) 135 c) 150 d) 200 e) 220

09 . (ENEM) A percentagem de entrevistados que de-clararam estar assistindo à TvB é igual a:

a) 15% b) 20% c) 22% d) 27% e) 30%

10. ( ENEM) Certo município brasileiro cobra a conta de água de seus habitantes de acordo com o gráfico. O valor a ser pago depende do consumo mensal em m3.

Se um morador pagar uma conta de R$ 19,00, isso significa que ele consumiu:

a) 16 m3 de água.b) 17 m3 de água.c) 18 m3 de água.d) 19 m3 de água.e) 20 m3 de água.

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