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AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRRESTES ANTT RECURSO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO RDT (Julho/2014 a Abril/2015) SISTEMA DE GERÊNCIA GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE ENCOSTAS E TALUDES DA RODOVIA BR-116/RJ km 2 ao km 144,5 FASE 2 RELATÓRIO FINAL Rio de Janeiro, Junho de 2015.

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AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRRESTES ANTT

RECURSO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO RDT

(Julho/2014 a Abril/2015)

SISTEMA DE GERÊNCIA GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE

ENCOSTAS E TALUDES

DA RODOVIA BR-116/RJ – km 2 ao km 144,5

FASE 2

RELATÓRIO FINAL

Rio de Janeiro, Junho de 2015.

2

RECURSO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO RDT

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRRESTES ANTT (2013)

SISTEMA DE GERÊNCIA GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE ENCOSTAS E TALUDES

DA RODOVIA BR-116/RJ – km 2 ao km 144,5 – FASE 2

APRESENTAÇÃO

O presente Relatório Final RF referente ao Plano de Trabalho do Recurso de Desenvolvimento

Tecnológico RDT da Concessionária Rio-Teresópolis S.A. para a Agência Nacional de Transportes

Terrestres ANTT apresenta a Fase 2 do sistema gerencial de informações que foi desenvolvido para

gestão de intervenções em encostas e taludes, o Sistema de Gerência Geológico-Geotécnico de

Encostas e Taludes da Rodovia BR-116/RJ (SGGR116). Trata-se de uma solução projetada nos

moldes de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), em que os dados geológico-geotécnicos

são organizados e armazenados no SGGR116, que é continuamente alimentado e acessado por meio

de uma plataforma web. A ferramenta WebGIS auxilia no controle e gerenciamento do conjunto de

dados, na elaboração de mapeamentos e na compreensão dos processos geomecânicos que

controlam os comportamentos das encostas e taludes através de cenários obtidos por análises

espaço-temporais. Os resultados orientam as análises de suscetibilidade e as tomadas de decisão,

que visam à minimização dos riscos de acidentes, redução de custos e estabelecimento de padrões

adequados de segurança.

O cronograma de trabalho do SGGR116 Fase 2 foi dividido em 18 etapas ao longo de 10 meses

(julho de 2014 a abril de 2015), tendo como objetivos específicos o aperfeiçoamento do SGGR116

e desenvolvimento de Cartas Temáticas das áreas de influência dos Segmentos Geológico-

Geotécnicos, definidos na Fase 1, em ambiente SIG. Os trabalhos apresentados envolveram

atividades de campo e escritório, coordenadas pelos engenheiros geotécnicos Maurício Ehrlich e

Rafael Cerqueira Silva da Fundação COPPETEC, com apoio técnico da empresa ENGGEOTECH

Engenharia Ltda. O aplicativo Sistema de Gerência Geológico Geotécnico de Encostas e Taludes da

Rodovia BR-116/RJ SGGR116 foi idealizado por Ehrlich e Silva (2013) e a programação

desenvolvida pela empresa JCONCEPT Open Solutions.

O sistema SGGR116 é acessado através de link (http://rdt.crt.com.br) fornecido no site da Agência

Nacional de Transportes Terrestres ANTT (http://www.antt.gov.br/).

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ÍNDICE

1 - Introdução

4-7

2 – Objetivo e Escopo do Trabalho

7-8

3 - Localização e Caracterização da Rodovia

9-15

4 - Metodologia

16-45

5 - Anexos 45-54

5 - Conclusão 54-56

Referência Bibliográfica

57-58

ANEXOS I ao VIII (MAPAS)

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RECURSO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO RDT

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRRESTES ANTT (2013)

SISTEMA DE GERÊNCIA GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO DE ENCOSTAS E TALUDES

DA RODOVIA BR-116/RJ – km 2 ao km 144,5 – FASE 2

1 - Introdução

Devida a sua importância, a rodovia BR-116/RJ vem sendo investigada e monitorada desde o início

da concessão. De forma a reduzir custos e estabelecer padrões adequados de segurança ao usuário,

busca-se constantemente a mitigação dos riscos geotécnicos envolvendo encostas e taludes, e obras

de contenção. A CRT ao longo destes anos vem acumulando uma gama considerável de

informações geológico-geotécnicas, que necessitam de um arquivamento estruturado em um

ambiente informatizado que possa ser facilmente consultado para fins de downloads e análises

espaço-temporais. Assim, concebeu-se a ideia de um sistema de gerência de maciços terrosos e

rochosos interceptados por uma via. O sistema SGGR116 foi idealizado por Ehrlich e Silva (2013) e

a programação desenvolvida pela JConcept Open Solutions. Trata-se de uma solução projetada nos

moldes de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), em que os dados geológico-geotécnicos

são organizados e armazenados no SGGR116 (Sistema de Gerência Geológico-Geotécnica de

Encostas e Taludes da Rodovia BR-116/RJ). O SGGR116 é continuamente alimentado e acessado

por meio de uma plataforma web, cujas visualizações da rodovia, pontos e delimitações de áreas são

realizadas na base espacial geográfica (imagens aéreas do Google Earth). A ferramenta WebGIS

auxilia no controle e gerenciamento do conjunto de dados, na elaboração de mapeamentos e na

compreensão dos processos geomecânicos que controlam os comportamentos das encostas e taludes

através de cenários obtidos por análises espaço-temporais (dados vinculados ao km da rodovia e à

data). Os resultados orientam as análises de suscetibilidade e as tomadas de decisão, que visam à

minimização dos riscos de acidentes, redução de custos e estabelecimento de padrões adequados de

segurança. O objetivo é aprimorado por meio da alimentação sistêmica do SGGR116 com dados

organizados pelo conteúdo da informação (topografia, sondagens, ensaios, monitorações, mapas,

estudos, projetos...).

Em analogia aos já consolidados Sistemas de Gerência de Pavimentos (SGP), os taludes rodoviários

representam um valioso patrimônio cujas manutenções e execuções de obras oportunas são

essenciais para preservação do corpo estradal e para o tráfego de veículos necessários à economia e

desenvolvimento do país. Com a mesma filosofia de um SGP, a Gerência Geológico-Geotécnica de

Encostas e Taludes constitui-se em uma importante ferramenta de administração, objetivando

determinar a forma mais eficaz da aplicação dos recursos disponíveis, em diversos níveis de

intervenção, de sorte a responder às necessidades dos usuários. Uma intervenção realizada em um

talude (ou encosta) no momento adequado poderá exigir apenas a execução de um sistema de

drenagem, sendo de custo relativamente baixo. Entretanto, se a intervenção ocorrer somente após a

ruptura do talude, além das consequências para a vida humana e do patrimônio, o talude com

condição precária de equilíbrio exigirá serviços cujos custos atingirão valores bastante superiores.

Além disso, como resultado a implantação de um Sistema de Gerência Geológico-Geotécnica de

Encostas e Taludes amplia-se as fontes de informação e têm-se ganhos para sociedade, através da

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capacitação técnica e redução de riscos. Na Figura 1 apresenta-se o fluxograma das atividades

envolvidas no SGGR116 e dos resultados que podem ser alcançados.

Figura 1 – Fluxograma de atividades do sistema SGGR116.

Durante a Fase 1 do SGGR116 (março de 2013 a fevereiro de 2014) o sistema foi alimentado com

dados referentes aos maciços terrosos e rochosos interceptados pela rodovia. Elementos de

superfície até o horizonte rochoso sob o manto de alteração, variações do lençol freático,

encontram-se arquivadas no banco de dados da CRT e no Sistema de Gerência Geológico-

Geotécnico de Encostas e Taludes da Rodovia BR-116/RJ (SGGR116). Basicamente, a base de

dados é composta por levantamentos plani-altimétricos, sondagens à percussão, rotativas e

geofísicas, ensaios in situ, ensaios laboratoriais envolvendo desde a caracterização do material até

obtenção dos parâmetros de resistência, registros de deslizamentos, programas de instrumentação

(inclinometria, piezometria, medidores de nível d’água, controles topográficos) e resultados das

monitorações, mapas temáticos, filmagens e fotografias aéreas e terrestres, relatórios técnicos,

memórias de cálculo, projetos, análises de susceptibilidade de deslizamentos, dissertações de

mestrado, teses de doutorado, artigos e outros documentos. Tais informações devidamente

armazenadas no SGGR116 contribuíram com o aumento do conhecimento dos maciços da rodovia,

dando origem à segmentação geológico-geotécnica das encostas e taludes situados nas áreas de

influência direta e indireta da rodovia. A segmentação foi baseada no conceito de similaridade

geomorfológica, geológica e comportamental em termos de mecanismos de instabilização,

conforme descrito por Ehrlich e Silva (2013). Com base nas características de cada segmento

geotécnico foi definido o zoneamento geológico-geotécnico (Tabela 1). Os aspectos morfológicos

dos segmentos geológico-geotécnicos são apresentados no Relatório Final do SGGR116 Fase 1.

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Tabela 1 – Zoneamento dos Segmentos Geológico-Geotécnicos da rodovia BR-116/RJ.

N. UNIDADE SEGMENTO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICO LOCALIZAÇÃO ZONA

1 BACIA DO RETIRO Retiro (km 2+000 ao km 4+000)

2 Cortiço 01 (km 4+000 ao km 11+500)

3 Cortiço 02 (km 11+500 ao km 16+000) 2

4 Bacia do Manso (km 16+000 a km 19+800)

5 Bacia do Monte Café (km 19+800 ao km 22+245 - OAE)

6 Vertente Direita VD-1 do rio São Francisco (OAE km 22+245- ao km 27+930) 4

7 Vertente Direita VD-2 do rio São Francisco (km27+930 ao km 31+120) 5

8 Vertente Direita VD-3 do rio São Francisco (km 31+120 ao km 33+800 OAE) 6

9 Volta do Pião (OAE km 33+800 ao km 37+000) 7

10 BACIA DO CAPIM Capim (km 37+000 ao km 48+850) 8

11BACIA DO CAPIM / AFLUENTE DO QUEBRA-

COCOJaponês (km 48+850 ao km 51+000) 9

12 BACIA DO CÓRREGO DA CORRENTEZA Quebra-Coco (km 51+000 ao km 53+950) 10

13 Grama (km 53+950 ao km 56+945 OAE rio Preto)

14 Ponte Nova (OAE rio Preto km 56+945 ao km 59+300)

15 Barra do Paquequer (km 59+300 ao 60+1.040 OAE ribeirão dos

Andradas)

16 Andradas (OAE ribeirão dos Andradas 60+1.040 ao km

64+925 OAE ribeirão Santa Rita)

17 Biquinha (OAE ribeirão Santa Rita 64+925 ao km 71+075

OAE rio Paquequer)

18 Poço do Peixe (OAE rio Paquequer km 71+075 ao km 73+560)

19 Fischer 01 (km 73+560 ao km 76+510)

20 Fischer 02 (km 76+510 ao km 80+150)

21 BACIA DO CÓRREGO MEUDON Meudon (km 80+150 ao km 83+050 / km 84+200)

22 BACIA DO RIO PAQUEQUER Serra do Cavalo (km 84+200 ao km 85+950 OAE Represa Guinle)

23 BACIA DO LAGO COMARI Comari (OAE Represa Guinle km 85+950 ao km 89+370)

24 Dedo de Deus (km 89+370 ao km 97+675) 16

25 Santo Antônio (km 97+675 ao km 100+300) 17

26 Monte Olivette (km 100+300 ao km 101+700) 2

27 Bananal (km 101+700 ao 106+570) 18

28 Ideal (km 106+570 ao km 110+900) 19

29 Citrolândia (km 110+900 ao km 116+115)

30 Prazeres (km 116+115 ao km 118+600)

31 São Bento (km 118+600 ao km 122+145)

32 Suruí Mirim (km 122+145 ao km 126+235)

33 Suruí (km 126+235 ao km 132+000)

34 Imbariê (km 132+000 ao km 139+979) 21

14

15

20

BACIA DO CORTIÇO

BACIA DO SÃO FRANCISCO

BACIA DO RIO PRETO

BACIA DO RIO PAQUEQUER

BACIA DO RIO FISCHER

SERRA DOS ÓRGÃOS

PÉ DA SERRA E BAIXADA

1

3

11

12

13

A pesquisa de RDT denominada de Sistema de Gerência Geológico-Geotécnico de Encostas e

Taludes da Rodovia BR-116/RJ (SGGR116) Fase 2 representa a continuidade dos trabalhos

desenvolvidos no decorrer dos anos de 2013 e 2014 (SGGR116 Fase 1). Conforme comentado, na

Fase 1 do SGGR116 foi desenvolvido um sistema para ser continuamente alimentado e acessado

remotamente por dispositivos ligados à internet, por meio de uma plataforma web que possibilita o

acesso fácil e rápido à consulta dos dados espaço-temporais, podendo-se observar a resposta dos

agentes predisponentes (geomorfologia, geologia, geotecnia...) frente aos agentes efetivos (chuvas,

variações do lençol freático e ações antrópicas) no decorrer do tempo. O uso do SGGR116 facilitou

o entendimento fenomenológico dos mecanismos de ruptura que ocorrem nos taludes e encostas nas

áreas de influência da rodovia e, como resultado, motivou a realização de atividades de

mapeamento dos maciços em solo e rocha interceptados pela rodovia, dando origem à Fase 2 do

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projeto de RDT. Na Fase 2 do projeto de RDT, além do aperfeiçoamento do SGGR116, foram

elaboradas Mapas Temáticas de 32 Segmentos Geológico-Geotécnicos da rodovia:

(i) Mapa Topográfico, com curvas de nível com equidistância máxima de 10m;

(ii) Mapa de Declividade;

(iii) Mapa Geológico-Geotécnico;

(iv) Mapa Hidrogeológico;

(v) Mapa de Deslizamentos Pretéritos;

(vi) Mapa de Uso e Cobertura do Solo; e

(vii) Mapa de Suscetibilidade a Movimentos de Massa.

O resultado final do SGGR116 Fase 2, Mapas de Suscetibilidade a Movimentos a Massa em

conjunto com os mapas temáticos que o originaram, fornece informações que auxiliam o

gerenciamento de risco geotécnico da Rodovia e contribuem com o desenvolvimento de uma

política de minimização dos riscos de acidentes, com foco na redução de custos e estabelecimento

de padrões adequados de segurança.

2 – Objetivo e Escopo do Trabalho

Objetivo

O objetivo geral desse trabalho foi a aplicação do Sistema de Gerência Geológico-Geotécnico de

Encostas e Taludes da Rodovia BR-116/RJ (SGGR116) para confecção de Mapas Temáticos

necessários para o mapeamento da suscetibilidade a movimentos de massa que possam ocorrer na

rodovia BR-116/RJ (km 2 ao km 126,3).

Em linhas gerais, esse trabalho foi desenvolvido com base em dois objetivos específicos:

- Aperfeiçoamento do Sistema de Gerência Geológico-Geotécnico de Encostas e Taludes da

Rodovia BR-116/RJ (SGGR116).

- Desenvolvimento de Mapas Temáticos das Áreas de Influência dos Segmentos Geológico-

Geotécnicos para fins de análise e previsão de desempenho das encostas ao longo da rodovia BR-

116/RJ.

(i) Mapa Topográfico, com curvas de nível com equidistância máxima de 10m;

(ii) Mapa de Declividade;

(iii) Mapa Geológico-Geotécnico;

(iv) Mapa Hidrogeológico;

(v) Mapa de Deslizamentos Pretéritos; e

(vi) Mapa de Uso e Cobertura do Solo.

- Análise de suscetibilidade de movimentos de massa através de uma abordagem cuja metodologia

faz uso do Sistema de Informações Geográficas (SIG).

(vii) Mapa de Suscetibilidade a Movimentos de Massa.

Como resultado, os Mapas de Suscetibilidade a Movimentos de Massa servirão como instrumento

para orientar as tomadas de decisão de forma estruturada e segura. Tal fundamentará as

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intervenções de melhoria das condições de estabilidade de encostas e taludes ao longo do trecho

concedido à CRT da Rodovia BR-116.

Escopo do Trabalho

O escopo do trabalho foi planejado em etapas. A seguir destacam-se as atividades centrais que

levaram à realização dos objetivos específicos do projeto.

- Evolução do Sistema SGGR116.

- Tratamento do Modelo Digital de Elevação MDE do projeto RJ-25 para elaboração da Carta

Topográfica (altimetria – curvas de nível equidistantes de 10m) que envolve todo trecho concedido

da rodovia BR-116/RJ.

- Mapas Topográficos dos Segmentos Geológico-Geotécnicos (1 a 32) definidos no Projeto RDT-

2013.

- Sobreposição dos Mapas Topográficos na base espacial (imagem aérea do projeto RJ-25) que deu

origem ao Modelo Digital de Elevação MDE.

- Elaboração dos Mapas de Declividade com base na Topografia.

- Inspeção aérea com uso de helicóptero, incluindo registro fotográfico e filmagem digital.

- Inspeções in loco dos locais com surgência e bombeamento de água subterrânea objetivando a

elaboração dos Mapas Hidrogeológicos.

- Levantamento das cicatrizes de ruptura cobertas ou não por vegetação e dos locais em que houve

escorregamentos, objetivando a elaboração dos Mapas de Deslizamentos Pretéritos.

- Tratamento das imagens de satélite e uso de SIG para elaboração dos Mapas de Uso e Cobertura

do Solo, incluindo inspeções para fins de verificação in loco.

- Registro visual contínuo das encostas da rodovia, via terrestre realizado por laboratório móvel.

- Inspeções de campo e interpretações de imagens (vídeos e fotos) e cartas existentes para fins de

elaboração dos Mapas Geológico-Geotécnicos.

- Definição de critérios e métodos para realização dos estudos de suscetibilidade de movimentos de

massa com uso de Sistema de Informações Geográficas (SIG).

- Elaboração dos Mapas Preliminares de Suscetibilidade a Movimentos de Massa com uso de SIG.

- Verificação dos resultados das análises através de inspeções de campo norteadas pelos Mapas

Preliminares de Suscetibilidade a Movimentos de Massa. Tal procedimento visou à calibração dos

métodos e procedimentos utilizados no SIG de forma a se obter resultados mais realísticos que se

aproximem da condição in loco.

- Elaboração dos Mapas de Suscetibilidade a Movimentos de Massa com base no trabalho de

calibração.

- Formatação e impressão dos Mapas gerados no Projeto de RDT.

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3 – Localização e Caracterização da Rodovia

O trecho da BR-116/RJ (Rio de Janeiro – Teresópolis - Além Paraíba) administrado pela

Concessionária Rio-Teresópolis (CRT) tem 142,5 quilômetros e abrange a região onde estão os

municípios de Duque de Caxias (a partir do entroncamento com a BR-040/RJ), Magé, Guapimirim,

Teresópolis, São José do Vale do Rio Preto e Sapucaia, indo até a divisa com Minas Gerais,

próximo à cidade de Além Paraíba (Figura 2).

Figura 2 – Mapa de localização da rodovia BR-116/RJ trecho Rio-Teresópolis-Além Paraíba.

A rodovia BR-116/RJ trecho Rio-Teresópolis-Além Paraíba (km 2 ao km 144) percorre terrenos

com geomorfologia variada, caracterizando três grandes compartimentos geológicos e

geomorfológicos contrastantes (Figura 3):

(i) Baixada da Baía de Guanabara (km 104 ao km 144);

(ii) Escarpa da Serra dos Órgãos (km 89 ao km 104); e

(iii) Escarpa Reversa do Planalto da Região Serrana (km 2 ao km 89).

Entretanto, observa-se in loco que dentro de cada um desses compartimentos há diferentes

tipologias de mecanismos de ruptura e unidades morfológicas, geológicas e geotécnicas. As

condições físicas locais (agentes predisponentes) associadas a eventos meteorológicos (agentes

10

efetivos), que se manifestam por faixa, mobilizam distintos mecanismos de ruptura em uma mesma

unidade geomorfológica, variando significativamente de local para local. As chuvas variam em

localização, intensidade e duração. Em 2008, as chuvas atuaram no segmento entre os km 20 e 40,

em 2011 entre os km 55 e 75 e no ano de 2012 entre os km 2 e 20. A ação antrópica e uso do solo,

como esperado, também influenciam a condição de estabilidade dos maciços e a tipologia de

ruptura.

Figura 3 - Compartimentos geomorfológicos (planta – CPRM, 2000) e geológicos (perfil –

Thalweg, 2011) ao longo do trecho concedido da BR-116/RJ.

11

No Recurso de Desenvolvimento Tecnológico RDT desenvolvido no ano de 2013 foi possível

através da base de dados georreferenciada, carta topográfica (escala 1:50.000) e inspeções de campo

segmentar o conjunto de encostas e taludes da rodovia que apresentaram características e

comportamentos similares (segmentos geológico-geotécnicos). No ano de 2014 foram elaborados os

mapas temáticos das áreas de influência de cada um dos segmentos geológico-geotécnicos obtido

no RDT de 2013: (i) Topográfico; (ii) Declividade; (iii) Uso e Cobertura do Solo; (iv)

Hidrogeológico; (v) Deslizamentos Pretéritos; (vi) Geológico-Geotécnico; e (vii) Suscetibilidade a

Movimentos de Massa. Esses projetos de RDT permitiram uma compreensão do comportamento

geomecânico, conforme apresentado a seguir.

O segmento entre o km 104 e 144, trecho da Baixada, é caracterizado pela predominância de

planícies colúvio-alúvio-marinhas, havendo colinas, morrotes e morros baixos isolados (formas de

relevo residuais). À medida que se aproxima das escarpas serranas, as superfícies planas da baixada

são substituídas por um relevo de colinas, morros, rampas de colúvio ou cortadas pelas planícies

fluviais, que drenam as escarpas da Serra dos Órgãos. Há certa vulnerabilidade a processos

erosivos. Eventualmente observam-se movimentos de massa, normalmente mobilizando rupturas

rotacionais (Figura 4) que ocorrem em maciços com perfil de intemperismo composto por pacotes

espessos e pouco heterogêneos de solos residuais. Nos aterros sobre solo mole, as rupturas podem

ser condicionadas pelo terreno de fundação e variações do lençol freático, comumente próximo da

superfície (Figura 5). Corpos de aterro podem apresentar sinais de trincas e recalques. Ainda que

menos comum, observam-se maciços rochosos com certas semelhanças com aqueles da Escarpa da

Serra dos Órgãos, podendo haver desplacamentos e quedas de blocos de rocha.

Figura 4 – Deslizamento rotacional (Ehrlich e Lacerda, 2014).

Figura 5 – Superfície potencial de ruptura em aterros sobre solo mole (Ehrlich e Lacerda, 2014).

12

O trecho entre o km 37 e 104 situa-se em região de relevos de degradação em áreas montanhosas de

relevo acidentado e extremamente acidentado, com vertentes predominantemente retilíneas a

côncavas, escarpadas e topos de cristas alinhadas, aguçados ou levemente arredondados.

Predomínio de amplitudes topográficas superiores a 400m e gradientes elevados a muito elevados,

com ocorrência de colúvios e depósitos de tálus, com composição e dinâmicas próprias, solos rasos

e afloramentos de rocha. Na região da Serra ocorrem movimentos de massa nas escarpas florestadas

com superfícies de rupturas translacionais mobilizadas na interface de materiais com diferentes

propriedades mecânicas e hidráulicas, geralmente no contato solo-rocha (Figura 6), por vezes

conduzindo avalancha de detritos. Algumas calhas fluviais foram formadas por antigos fluxos de

detritos, como é o caso do rio Soberbo, cuja transposição da rodovia é feita através de ponte.

Escorregamentos rotacionais ocorrem em geral em taludes mais íngremes com camada de solo mais

espessa. Nos maciços rochosos observam-se desplacamento e queda de blocos e lascas de

dimensões variáveis (rupturas em cunha e planares) resultantes do intemperismo atuante nas

fraturas e foliações das rochas gnáissicas (Figura 7a), por vezes tão expressivo que ocorre ruptura

sem evento chuvoso significativo. Também ocorrem rolamentos de blocos imersos em matriz de

solo, comumente mobilizados por processos erosivos (Figura 7b) Na Serra independente de chuva

notam-se muitas nascentes em cotas acima da rodovia, que infiltram nas fraturas das rochas. Nesse

contexto, as pressões de água apresentam um papel importante na estabilidade dos maciços

rochosos. No pé da Serra observam-se depósitos de tálus-colúvio, cuja movimentação é reativada

com a elevação do lençol freático, manifestando-se em forma de rastejo. À medida que se aproxima

do Planalto Reverso da Região Serrana, aterros a meia encosta formam uma massa de solo com

permeabilidade inferior à do terreno natural que dificulta o fluxo de água e gera poro pressões que

podem deflagrar a ruptura no contato entre o solo residual e o aterro. Esse mecanismo de ruptura

governado pela descontinuidade hidráulico-mecânica (Figura 8) ocorre tanto em aterros a meia

encosta quanto em encostas naturais, mobilizando superfícies de deslizamento compostas

translacional rotacional. A ocupação antrópica desordenada junto aos taludes laterais da rodovia

entre o km 78 e km 84 tem gerado situações de risco que podem induzir a instabilização dos taludes

e encostas. O uso do solo também é outro potencial agente efetivo. Plantios nos topos de morros

(por exemplo, km 49 ao km 51) favorecem a infiltração de água no terreno, comprometendo a

estabilidade dos taludes. Nos aterros com taludes estendendo-se no sentido do fundo dos vales,

próximos às margens dos talvegues, comumente ocorrem situações de risco geológico-geotécnico

relacionado a trincas, abatimentos, solapamentos, erosões e escorregamentos (Figura 9). Com a

elevação do nível d’água causado por represamento dos rios durante períodos prolongados de

chuvas intensas têm-se rupturas por rebaixamento rápido nos taludes de jusante situados nas

margens dos rios.

13

Figura 6 – Deslizamento translacional, com mobilização de superfície de ruptura no contato solo-

rocha (Ehrlich e Lacerda, 2014).

Figura 7 – Queda e rolamento de blocos de rocha de maciços em rocha e solo (Ehrlich e Lacerda,

2014).

Figura 8 – Ruptura condicionada por descontinuidades hidráulico-mecânica (Ehrlich e Silva, 2014).

14

Figura 9 – Rupturas em taludes de jusante mobilizadas por erosão fluvial agravadas pelo efeito do

rebaixamento rápido do N.A. (Thalweg, 2011).

O segmento entre a divisa dos Estados MG/RJ (km 2) e o km 37 encontra-se em região de relevo de

morros convexo-côncavos dissecados e topos arredondados ou aguçados, com sedimentação de

colúvios, alúvios e, subordinadamente, depósitos de tálus. Predomínio de amplitudes topográficas

entre 200 e 400m e gradientes médios, com presença de formas residuais proeminentes e gradientes

elevados. Entre os km 33 e 37 ocorre uma zona de transição de relevo montanhoso e de morros, em

que os mecanismos de ruptura são característicos aos dois relevos. Nos maciços residuais,

comumente mais maduros, notam-se escorregamentos rotacionais pouco profundos. Nos derrames

coluvionares, normalmente espessos e razoavelmente homogêneos quanto ao tipo de solo (argiloso),

predominam rupturas rotacionais por redução do intercepto coesivo e voçorocas pela ação da água

subterrânea. Destacam-se os depósitos de tálus-colúvio interceptados pelo corpo estradal, onde

ocorrem movimentações de rastejo e deformações no pavimento acionadas principalmente pela

elevação do lençol freático (Figura 10), que pode ser verificada pelos pontos de surgência d’água

nos taludes e bombeamento de água no pavimento. Observam-se movimentações de rastejo com

deslocamentos métricos quando os depósitos de tálus-colúvio com elevado lençol freático são

interceptados por zonas de falhas geológicas com direção paralela ao eixo da rodovia e mergulho

desfavorável à estabilidade dos taludes. Em tal condição, os mecanismos de ruptura são complexos

- numa mesma encosta, diferentes mecanismos de ruptura são mobilizados em seções próximas uma

das outras. Os taludes de jusante que compõem as margens dos cursos d’água tem sua estabilidade

comprometida por erosões fluviais e rupturas por rebaixamento rápido no N.A. (Figura 9).

15

Figura 10 – Movimentação em tálus-colúvio associada à variação do lençol freático (Lacerda e

Sandroni, 1985 modificado por Ehrlich e Lacerda, 2014).

Note-se que a divisão do trecho da rodovia em apenas três compartimentos geomorfológicos, não

reproduz, com a precisão necessária ao gerenciamento de riscos, as características que influenciam

nos processos de instabilização das encostas e taludes ao longo da rodovia BR-116/RJ. O mesmo

comentário é válido para o mapa geológico do estado do Rio de Janeiro, conforme exemplificado

pela Figura 11, que ilustra o trecho da Serra dos Órgãos, cuja geologia não apresenta informações

suficientes para elaboração de análises de suscetibilidade a movimentos de massa.

Figura 11 – Mapa Geológico do Estado do Rio de Janeiro (CPRM, 2000).

Neste contexto, fez-se necessário segmentar o conjunto de encostas e taludes da rodovia que

apresentaram características e comportamentos similares. O sistema SGGR116 foi devidamente

alimentado para que fosse possível realizar as análises para definição dos segmentos geológico-

geotécnicos homogêneos. A segmentação foi útil para o desenvolvimento dos mapas temáticos,

modelos de comportamento mais representativos e balizamento de intervenções em locais com

características similares, principalmente a nível preventivo.

16

4 – Metodologia do Trabalho

O escopo do projeto de RDT envolve a elaboração de cartas na escala 1:25.000 dos segmentos

geológico-geotécnicos definidos para a rodovia BR-116/RJ (km 2 ao 142,5) nos trabalhos do RDT-

2013. A escala selecionada leva em consideração os objetivos dos mapas almejados, sendo definida

pela escala dos Modelos Digitais de Elevação disponíveis. Os mapas topográficos, base de todas os

demais mapas em conjunto com as imagens de satélite, foram elaboradas a partir do Modelo Digital

de Elevação obtido através de processamento fotogramétrico analítico, que integra o projeto RJ-25

(escala 1:25.000) e representa o modelo numérico das características altimétricas da superfície,

articuladas por folhas segundo o recorte do mapeamento sistemático brasileiro. A carta topográfica

representou através de um modelo numérico, as características altimétricas da superfície. A

resolução do modelo permitiu a geração de curvas de nível equidistantes de 10m. O modelo Modelo

Digital de Elevação (MDE) foi gerado com resolução espacial de 20m x 20m, a partir do qual foi

extraída a base topográfica com intervalos das curvas de nível de 10 m. Para o geoprocessamento

foram utilizados os módulos ArcMap 9.3 e ArcView GIS 9.3 do software ArcGIS.

Mapas de zoneamento de escorregamentos devem ser preparados em escala apropriada para mostrar

a informação necessária em um nível de zoneamento específico. Pela Tabela 2 apresentada pelo

Comitê Técnico de Escorregamentos e Encostas Artificiais das Associações Internacionais

ISSMGE, IAEG e ISRM (2008) tem-se que a escala do Mapa Topográfico a ser preparado pelo

tratamento dos Metadados do produto Modelo Digital de Elevação 1:25.000 do Projeto RJ-25

atende aos objetivos da presente pesquisa.

Tabela 2 - Escalas de mapeamento de zoneamento de escorregamentos e sua aplicação (Fell et al.,

2008).

17

O mapeamento dos Segmentos Geológico-Geotécnicos foi limitado às Áreas de Influência Direta

(AID) e Indireta (AII). As AID são aquelas cuja movimentação de massa pode afetar ou atingir o

corpo estradal. As AII são aquelas que estão inseridas dentro da área do segmento geológico-

geotécnico, que mesmo a montante ou jusante da rodovia não mobilizarão deslizamentos na sua

direção, mas influenciam a rede de fluxo de água subterrânea que afetam diretamente a estabilidade

das encostas e taludes da rodovia.

É essencial para todos os níveis zoneamento de suscetibilidade, que se tenha um estudo dos

processos em encostas que mobilizam os escorregamentos. Também é fundamental que haja

informação geotécnica suficiente sobre as encostas para permitir um entendimento da mecânica dos

solos e das rochas no processo de deslizamento da encosta. O zoneamento foi realizado com base

nas informações do banco de dados georeferenciado da BR-116/RJ (SGGR116 Fase1) e na

experiência e conhecimento adquiridos ao pelos profissionais da CRT e COPPETEC ao longo de

anos de inspeções e estudos sobre as características geotécnicas dos maciços interceptados pela

rodovia. A delimitação das unidades dos mapas foi complementada e validada através de inspeções

in loco auxiliadas por imagens (vídeos e fotos) terrestres e aéreas. Vale ressaltar que nos mapas, as

unidades não contemplaram toda área do segmento geológico-geotécnico, mas apenas as Áreas de

Influência Direta (AID).

Ferramenta SIG foi utilizada para combinar o conjunto de mapas elaborados no projeto de RDT

utilizando uma função para produzir os mapas resultantes - Mapas de Suscetibilidade a Movimentos

de Massa. Os mapas de suscetibilidade referem-se ao zoneamento de áreas com potencial de

movimentação das encostas e taludes da rodovia. Na análise com uso de SIG foram integrados os

mapas Topográfico, de Declividade, Geológico-Geotécnico, Hidrogeológico, de Deslizamentos

Pretéritos e Uso e Cobertura do Solo. A montagem e estruturação das análises realizadas no

ambiente SIG permite que as bases sejam atualizadas, à medida que mais informações estejam

disponíveis, podendo os resultados serem prontamente aplicados.

A necessidade de conferir iterações do modelo SIG em campo é essencial para produzir um mapa

de zoneamento de alta qualidade que reflete, da melhor maneira possível, a realidade. A calibração

deste modelo é essencial em qualquer projeto. O tempo e os recursos dedicados à reunião de dados

precisos, abrangentes e de alta qualidade são considerados como uma tarefa muito importante em

qualquer projeto de modelagem e compilação de inventário baseado em SIG. O uso de SIG não é

um substituto para o envolvimento de profissionais geotécnicos com as habilidades necessárias para

realizar o zoneamento de escorregamentos. O SIG é uma ferramenta para ajudá-los a fazer o

zoneamento de modo eficiente. Assim, a equipe envolvida nas análises com o Mapa Preliminar de

Suscetibilidade a Movimentos de Massa em mãos inspecionou in loco as áreas classificadas com

potencial de movimentação. Essa tarefa é necessária para conferir os resultados gerados visando a

calibração do modelo utilizado na análise com uso de SIG. Ainda na fase de calibração, os

resultados além de serem conferidos em campo, também foram verificados visualmente sobre

imagens de satélite.

18

4.1 – Fonte das Informações

4.1.1 - Metadados do produto Carta Imagem 1:25.000 do Projeto RJ-25

Carta Imagem composta por ortofotomosaico 1:25.000, que integra o projeto RJ-25, é formado por

um mosaico de fotografias aéreas coloridas ortorretificadas, articulado por folhas segundo o recorte

do mapeamento sistemático brasileiro, com informações básicas de toponímia além de informações

de dados marginais essenciais ao usuário. Abrange um quadrilátero geográfico de 07'30'' de latitude

por 07'30'' de longitude, não existindo representação de curvas de nível e pontos cotados.

Objetivo: Fornecer base cartográfica de referência topográfica para mapeamentos diversos.

Ambiente de Produção: SOCET SET (v.4.3), Leica Photogrammetry Suite - LPS (v. 9.2) e ArcGIS

9.3

Nome do Formato: PDF

Disponível OnLine em:

ftp://geoftp.ibge.gov.br/imagens_aereas/ortofoto/projeto_rj_escala_25mil/pdf

Informação de Sistema de Referência

Sistema de Referência: SIRGAS2000

Elipsóide: GRS_1980

Parâmetros: 6.378.137,0 m e 298,25

Sistema de Projeção: UTM - Fusos 23 e 24

Créditos: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE / Diretoria de Geociências

- DGC / Coordenação de Cartografia – CCAR.

Responsável pela produção: Diretoria de Geociências - DGC / Coordenação de Cartografia –

CCAR.

Organização: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Responsável de Distribuição: Centro de Documentação e Disseminação de Informação – CDDI /

IBGE.

4.1.2 - Metadados do produto Modelo Digital de Elevação 1:25.000 do Projeto RJ-25

O Modelo Digital de Elevação, que integra o projeto RJ-25, representa o modelo numérico das

características altimétricas da superfície, articuladas por folhas segundo o recorte do mapeamento

sistemático brasileiro. Abrange um quadrilátero geográfico de 07'30'' de latitude por 07'30'' de

longitude.

Objetivo: Representar através de um modelo numérico, as características altimétricas da superfície.

Ambiente de Produção: SOCET SET / ATE - Automatic Terrain Extraction (v.4.3)

Nome do Formato: Geotiff e ASCII

Disponível OnLine em:

ftp://geoftp.ibge.gov.br/modelo_digital_de_elevacao/projeto_rj_escala_25mil/

19

Informação de Sistema de Referência

Sistema de Referência: SIRGAS2000

Elipsóide: GRS_1980

Parâmetros: 6.378.137,0 m e 298,25

Sistema de Projeção: UTM - Fusos 23 e 24

Informação da Qualidade do Dado

Nível Hierárquico: Folha

Linhagem

Declaração: Modelo Digital de Elevação obtido através de processamento fotogramétrico analítico.

Fonte dos Dados: Fotografias aéreas obtidas a partir de aerolevantamento executado pela empresa

Base Aerofotogrametria e Projetos S.A.

Descrição da Fonte: Fotografias aéreas com escala aproximada de 1:30.000, com resolução de

0,7m. Para a obtenção das fotografias aéreas foi utilizada câmera Zeiss RMK Top 15, com distância

focal 152.749mm.

Etapas do Processo: O MDE foi gerado através de algoritmos de extração altimétrica por correlação

de imagens em processos executados no aplicativo SOCET SET / ATE Automatic Terrain

Extraction (v. 4.3). No processo de extração do MDE, podem ocorrer anomalias nos modelos,

ocasionadas por limitações práticas de correlação como, por exemplo, áreas de sombra. Estas

anomalias normalmente são representadas por desníveis ou descontinuidades, tabuleiros de forma

triangular e padrões de valores que não correspondem ao terreno. É recomendável a edição para

reduzir ou eliminar estas anomalias. A exatidão pode variar, em média, ± 5 metros na componente

altimétrica, dependendo das características da região.

Créditos: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE / Diretoria de Geociências

- DGC / Coordenação de Cartografia – CCAR

Responsável pela produção: Diretoria de Geociências - DGC / Coordenação de Cartografia - CCAR

Organização: Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

Responsável de Distribuição: Centro de Documentação e Disseminação de Informação – CDDI /

IBGE

Informações adicionais sobre o produto:

O Modelo Digital de Elevação é geralmente definido como um modelo numérico das características

altimétricas da superfície, podendo conter elevação de elementos com altura significativa, tais como

cobertura florestal ou um conjunto de edifícios. Nesse caso difere do Modelo Digital de Terreno

(MDT) que representa a superfície topográfica, ou seja, o terreno. Os MDE’s servem para

determinar a superfície matemática, e a partir deles se podem conhecer aspectos tais como altura,

20

declividade, perfis transversais, volumes, desníveis, áreas sujeitas a inundação e bacias

hidrográficas.

Para o registro preciso de redes de drenagem e linhas de divisores de água, faz-se necessária a

interpretação estereoscópica ou outras tecnologias como LIDAR e INSAR.

A partir de 2001 o IBGE investiu na capacidade de processamento em fotogrametria digital, com a

aquisição do software SOCET-SET da empresa BAE-SYSTEM. Nesse pacote foi adquirido

também o módulo de extração automática de MDE denominado ATE – Automatic Terrain

Extraction. Esse módulo permite a extração altimétrica por correlação de imagens utilizando o

algoritmo DLT – Direct Linear Transformation. O MDE foi gerado com espaçamento de grade de

20 x 20 metros. Todos os modelos são disponibilizados nos formatos ASCII e também nos formatos

GEOTIFF.

Como o processo de geração foi automático, podem existir anomalias nos modelos ocasionadas por

limitações práticas de correlação, por exemplo, áreas de sombra. Essas anomalias normalmente são

representadas por desníveis, tabuleiros de forma triangular e padrões de valores que não

correspondem com o terreno. Mesmo quando as anomalias estiverem dentro das tolerâncias para

erros verticais, é recomendável a edição para reduzi-los ou eliminá-los.

4.2 – Mapas Topográficos

A escala selecionada leva em consideração os objetivos dos mapas almejados, sendo definida pela

escala dos Modelos Digitais de Elevação (MDEs) disponíveis. As Cartas Topográficas foram

elaboradas a partir do Modelo Digital de Elevação (MDE) obtido através de processamento

fotogramétrico analítico, que integra o Projeto RJ-25 (escala 1:25.000) e representa o modelo

numérico das características altimétricas da superfície, articuladas por folhas segundo o recorte do

mapeamento sistemático brasileiro. A carta topográfica representa através de um modelo numérico,

as características altimétricas da superfície. A resolução do modelo permitiu a geração de curvas de

nível equidistantes de 10m.

Os dados para elaboração dos mapas foram adquiridos no site do IBGE (item 5). Contando com

Imagens Aéreas do Projeto RJ-25, na escala de 1: 25.000, que tem o objetivo de fornecer dados para

bases cartográficas diversas. Também foram obtidos os Modelos Digitais de Elevação (MDEs) que

integram o projeto e representam as características altimétricas da superfície.

Para a rodovia BR-116/RJ, foram adquiridas as seguintes Imagens Aéreas e Modelos Digitais de

Elevação (MDEs) no sentido Norte-Sul:

Imagens Aéreas

OFM_RJ25_26823se_V1,

OFM_RJ25_26824so_V1,

OFM_RJ25_27161ne_V1,

OFM_RJ25_27161no_V1,

OFM_RJ25_27161se_V1,

OFM_RJ25_27161so_V1,

21

OFM_RJ25_27163no_V1,

OFM_RJ25_27154se_V1,

OFM_RJ25_27163so_V1,

OFM_RJ25_27452ne_V1,

OFM_RJ25_27461no_V1,

OFM_RJ25_27452se_V1.

Modelos Digitais de Elevação (MDEs)

MDE_26823se_V1,

MDE_26824so_V1,

MDE_27161ne_V1,

MDE_27161no_V1,

MDE_27161se_V1,

MDE_27161so_V1,

MDE_27163no_V1,

MDE_27154se_V1,

MDE_27163so_V1,

MDE_27452ne_V1,

MDE_27461no_V1,

MDE_27452se_V1.

Ambos, Imagens Aéreas e Modelos Digitais de Elevação (MDEs), se encontram no Sistema de

Referência SIRGAS2000, com a projeção Universal Transversa de Mercator, inseridos nos fusos 23

Sul e 24 Sul. As imagens aéreas apresentam resolução espacial de 1m x 1m, enquanto os MDEs de

20m x 20m.

O processo de geração dos MDEs foi feito de modo automático pelo IBGE. Dessa maneira, alguns

erros altimétricos passam despercebidos, sendo necessária a edição dos mesmos de modo manual.

Assim, seguiu-se com um processo de interpolação de valores nulos e negativos, conforme

metodologia da CPRM do Centro de Desenvolvimento Tecnológico-CEDES (Neto, 2010). Com

base nesse recurso os dados necessários para elaboração das curvas de nível e das divisões do relevo

em classes de declividade foram devidamente tratados. O Modelo Digital de Elevação (MDE) foi

gerado com resolução espacial de 20m x 20m, a partir do qual extraiu-se a base topográfica com

intervalos das curvas de nível de 10 m.

Para o geoprocessamento foram utilizados os módulos ArcMap 9.3 e ArcView GIS 9.3 do software

ArcGIS. As cartas (topográfica e de declividade) foram obtidas através da Ferramenta de Análise

Espacial (Spatial Analyst) do software.

A seguir são apresentadas as características gerais dos Mapas Topográficos:

- Sistema de Coordenadas e Projeção UTM;

- Sistema Geodésico SIRGAS2000 23S;

22

- Elipsóide GRS_1980;

- Primeira Edição (2014) e Segunda Edição (2015)

- Curva de nível (Equidistância: 10 metros)

O Mapa Topográfico foi obtido a partir do arquivo base Modelo Digital de Elevação (MDE), escala

1:25.000 do Projeto RJ-25 (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE /

Diretoria de Geociências - DGC / Coordenação de Cartografia - CCAR), que representa o modelo

numérico das características altimétricas da superfície, articuladas por folhas segundo o recorte do

mapeamento sistemático brasileiro. Disponível online em:

ftp://geoftp.ibge.gov.br/modelo_digital_de_elevacao/projeto_rj_escala_25mil/

4.3 - Mapas de Declividade

A carta de declividade de cada segmento geológico-geotécnico foi elaborada com base na

metodologia descrita por Coelho Netto et al. (2013). Nessa metodologia as declividades foram

agrupadas em quatro classes (0° – 10°, 10° - 20°, 20° - 35°, e > 35°), levando em conta os tipos de

deslizamentos considerados. As áreas com declividade inferior a 10° foram assumidas como sendo

favoráveis a deposição e, de modo geral, estáveis; porém, quando associadas com os depósitos

coluviais, estas áreas de baixa declividade foram consideradas como favoráveis ao movimento lento

de rastejo como sugerido por Lacerda (1997). Este autor, assim como Lacerda e Avelar (2004)

também indicam uma certa criticidade das encostas em torno de 17° de declividade, particularmente

associada com a geometria côncava das encostas. A convergência e concentração de fluxos

superficiais e subsuperficiais para estes fundos de vales favorece o movimento lento do tipo rastejo

(creep), e ou detonação de rápidos fluxos detríticos (debris flows) com o prolongamento das chuvas

(Avelar, 2003). A classe entre 20° e 35° apenas intermediou o destaque maior para as áreas com

declives superiores a 35° que se aproximam do ângulo critico de ruptura (38°) dos materiais de

encostas no sudeste e sul do Brasil.

Com base nesse conceito as classes foram divididas da seguinte forma: 0° – 10°; 10° – 20°; 20° –

27°; 27° – 33°; 33° – 40°; 40° – 50°; 50° – 65°; 65° – 75°; e>75°. Raciocinando sobre as diferentes

morfologias das encostas e mecanismos de ruptura mobilizados ao longo das margens da rodovia

entendeu-se que uma subdivisão das classes recomendadas por Coelho Netto et al. (2013) seria

mais adequada para elaboração das análises de susceptibilidade de deslizamentos.

Para o geoprocessamento foram utilizados os módulos ArcMap 9.3 e ArcView GIS 9.3 do software

ArcGIS. Os mapas (topográfico e de declividade) foram obtidos através da Ferramenta de Análise

Espacial (Spatial Analyst) do software.

As cartas topográficas associadas (sobrepostas) às Imagens Aéreas do Projeto RJ-25 e Modelos

Digitais de Elevação serviram de base para elaboração das cartas de Uso e Cobertura do solo,

deslizamentos pretéritos e de hidrogeologia (itens 4.4, 4,5 e 4.6).

23

4.4 – Mapas de Uso e Cobertura do Solo

Os Mapas de Uso e Cobertura do Solo foram elaborados a partir de vetorização das Imagens Aéreas

do Projeto RJ-25 para criação de dados referentes à vegetação e uso-ocupação do solo. As

fotografias aéreas (série histórica – 2011 a 2014) e os vídeos registro terrestre e aéreo também

auxiliaram os trabalhos de mapeamento dos deslizamentos pretéritos. Por meio desses recursos

extras pode-se verificar o estado atual do Uso e Cobertura do solo, visto que Imagens Aéreas do

Projeto RJ-25 foram adquiridas entre os anos de 2006 e 2008.

Para elaboração dos Mapas de Uso e Cobertura do Solo buscou-se definir as classes relevantes de

vegetação que possam afetar a estabilidade das encostas: mata, vegetação rasteira e arbustiva,

pastagem e plantio. Ainda foram incluídas no mapa, as seguintes categorias: afloramento rochoso,

edificações, erosão e solo exposto. Esta simplificação das classes identificadas nas imagens aéreas

proporcionou um maior destaque das categorias que influenciam nos mecanismos de Instabilização

dos maciços.

4.5 – Mapas de Deslizamentos Pretéritos

A preparação de um mapa de susceptibilidade de escorregamento é normalmente baseada em duas

premissas: (i) que o passado é um guia para o futuro, de modo que existe a probabilidade de ocorrer

escorregamentos no futuro em áreas que passaram por escorregamentos no passado; e (ii) em áreas

com topografia, geologia ou geomorfologia similares a áreas onde ocorreram escorregamentos no

passado também existe a probabilidade de ocorrer escorregamentos no futuro. Estas premissas são

frequentemente generalizáveis, mas certamente existem exceções quando, por exemplo, a origem de

escorregamentos é consumida por escorregamentos anteriores.

Com base no cadastro de eventos de escorregamentos ao longo da rodovia foram montadas as

Cartas de Deslizamentos Pretéritos. Trata-se de um mapa de inventário de escorregamentos. Com a

materialização da cicatriz de ruptura nas imagens aéreas contendo as curvas de nível foi possível

definir as áreas adjacentes de influência, sejam lateral(ais), montante ou jusante. Essas áreas

adjacentes de influência são aquelas regiões situadas na lateral (ou laterais), acima, ou abaixo, que

apresentam características geomorfológicas “similares” àquelas da região onde houve a ruptura, ou

seja, que apresentam uma propensão de também ocorrer o mesmo tipo de deslizamento.

Os Mapas de Deslizamentos Pretéritos foram realizados com base nas inspeções de campo, em

dados existentes do DNER e da CRT e pelos trabalhos científicos orientados pelo Professor

Maurício Ehrlich da COPPE/UFRJ: (i) Tese de Doutorado “CORRELAÇÃO ENTRE

PLUVIOMETRIA E ESCORREGAMENTOS NO TRECHO DA SERRA DOS ÓRGÃOS DA

RODOVIA FEDERAL BR-116 RJ (RIO-TERESÓPOLIS)” de autoria de Ricardo Neiva d’Orsi

(2011) e na Dissertação de Mestrado “INFLUÊNCIA DA PLUVIOMETRIA EM MOVIMENTOS

DE MASSA NAS ENCOSTAS DA RODOVIA BR-116/RJ (RODOVIA RIO-TERESÓPOLIS)” de

autoria de Gustavo Fonseca da Silva (2014). A Dissertação e a Tese foram importantes fontes de

consulta, pois nesses trabalhos, muito bem organizados, constam todos os deslizamentos registrados

pela CRT e pelo DNER, com fotos e descrição. A inspeção de campo foi realizada por dois

engenheiros geotécnicos e um tecnólogo ambiental, que observaram as cicatrizes de ruptura mais

recentes e as mais maduras (antigas), por vezes identificadas pelo tipo de vegetação (bio-

indicadores de ruptura). Somou-se à inspeção de campo e as fontes citadas, o próprio conhecimento

24

da rodovia por parte dos engenheiros geotécnicos Maurício Ehrlich e Rafael Cerqueira Silva, que

participaram dos trabalhos de campo e escritório.

As imagens aéreas do Google Earth também foram outra fonte de consulta. Com a ferramenta das

imagens históricas que consta no Google Earth foi possível retroceder no tempo e visualizar as

cicatrizes de ruptura após eventos chuvosos que mobilizaram deslizamentos, como por exemplo, os

anos de 2008 (km 20 ao km 40), 2011 (km 55 ao km 75) e 2012 (km 2 ao km 20). Dessa forma,

confirmaram-se as premissas de campo realizadas com base na observação da morfologia da

encosta ou talude e do tipo de vegetação existente (espécies que são bio-indicadores de rupturas).

As fotografias aéreas (série histórica – 2011 a 2014), os vídeos registro terrestre e aéreo em

conjunto com as Imagens Aéreas do Projeto RJ-25 e as curvas de nível elaboradas a partir dos

Modelos Digitais de Elevação (MDEs, devidamente tratados – produto do RT-01), também

auxiliaram os trabalhos de mapeamento dos deslizamentos pretéritos.

4.6 – Mapas Hidrogeológicos

O mapeamento dos Segmentos Geológico-Geotécnicos é limitado às Áreas de Influência Direta

(AID) e Indireta (AII). As AID são aquelas cuja movimentação de massa pode afetar ou atingir o

corpo estradal. As AII são aquelas que estão inseridas dentro da área do segmento geológico-

geotécnico, que mesmo a montante ou jusante da rodovia não mobilizarão deslizamentos na sua

direção, mas influenciam a rede de fluxo de água subterrânea que afetam diretamente a estabilidade

das encostas e taludes da rodovia. A AID e AII permitem a elaboração das cartas geológico-

geotécnicas e hidrogeológicas, respectivamente. Assim, as unidades hidrogeológicos foram

delimitadas apenas na área de influencia direta, ou seja, naquelas áreas que tem interferência direta

com estabilidade das encostas que convergem diretamente para a rodovia, sejam de montante ou de

jusante.

Os pontos de surgência d’água e sinais de umidade, as características da rede de drenagem do

segmento geológico-geotécnico e as atitudes do sistema de fraturamento das rochas foram os

elementos avaliados em campo (in loco) para elaboração das Cartas Hidrogeológicas. Foram

mapeadas as ocorrências que tem interferência direta com a estabilidade das encostas, tais como

surgência de água, surgência com bombeamento, bombeamento de água no pavimento e lençol

freático raso. Essas ocorrências foram visualizadas, comumente, nas bases das encostas, nas cristas

dos taludes de jusante e nos pavimentos. A montante da plataforma rodoviária foram registradas as

áreas com morfologia de bacias com potencial de infiltração de água. Projetou-se, a partir do

contorno das bacias e das áreas de infiltração, a provável zona de percolação de água subterrânea

em direção à rodovia. O mesmo procedimento também foi realizado no caso de represas situadas a

montante da rodovia. Aterros sobre terreno de fundação de baixa capacidade de suporte podem ter

sua estabilidade comprometida pela variação do lençol freático, sendo, portanto importante o

registro das áreas de brejo situadas nas adjacências do corpo de aterro. As erosões fluviais que

ocorrem em taludes de jusante também foram mapeadas. As erosões fluviais ocorrem no contato do

talude de jusante da rodovia com a curvatura externa dos cursos d’água ou quando em linha reta o

curso d’água passa muito próximo ao pé do talude e com velocidade alta (devido a declividade do

talvegue). Os talvegues de encosta com declividade e carga hidráulica elevadas com capacidade de

afetar o corpo estradal também foram mapeados. Observou-se um caso em que há represamento de

25

água na área de montante da boca de entrada de bueiro, em períodos de chuvas intensas, que afeta o

talude de aterro da estrada, sendo então passível de mapeamento. As demais áreas que não tem

influência direta sobre a estabilidade das encostas e taludes que margeiam a rodovia e os locais em

que não foram observadas nenhuma das ocorrências citadas foram consideradas áreas neutras. Além

da finalidade de ser um dos elementos necessários para gerar os mapas de susceptibilidade de

deslizamentos, o mapeamento dessas áreas também objetivando orientar melhores intervenções de

drenagem subterrânea, que venham reduzir poro-pressões indesejáveis à estabilidade das encostas e

de proteção dos taludes de jusante contra processos erosivos de origem fluvial.

4.7 – Mapas Geológico-Geotécnicos e de Suscetibilidade a Movimentos de Massa

Para a elaboração das cartas foram necessárias as atividades de: tratamento do Modelo Digital de

Elevação MDE disponibilizado pelo IBGE referente ao Projeto RJ-25, interpretação das imagens

auxiliadas por filmagens e fotos realizadas por inspeção aérea com uso de helicóptero e avaliações

por meio de inspeção terrestre (in loco) dos maciços interceptados pela rodovia.

Durante os meses de dezembro de 2014 e janeiro de 2015 foram processadas as imagens terrestres

do Registro Visual Contínuo das encostas da rodovia (sentidos crescente e decrescente da rodovia) e

as imagens aéreas da inspeção aérea, sendo o resultado do processamento também parte do escopo

do projeto de RDT:

- Tratamento do Vídeo Registro Contínuo das Encostas (versão final para qualquer tipo de usuário);

e

- Tratamento do Vídeo Aéreo (inserção dos marcos quilométricos nas imagens e índice com a

relação dos quilômetros e tempos no vídeo).

Imagens

As imagens terrestres e aéreas são apresentas em 13 mídias digitais (DVDs) da seguinte forma:

- Vídeo Registro Contínuo (Terrestre)

- VRC NOV14/01: km 2 ao km 30 (P1);

- VRC NOV14/02: km 30 ao km 60 (P1);

- VRC NOV14/03: km 60 ao km 90 (P1);

- VRC NOV14/04: km 90 ao km 110 (P1);

- VRC NOV14/05: km 110 ao km 133 (P1);

- VRC NOV14/06: km 133 ao km 89 (P2);

- VRC NOV14/07: km 89 ao km 60 (P2);

- VRC NOV14/08: km 60 ao km 30 (P2); e

- VRC NOV14/09: km 30 ao km 2 (P2).

- Vídeos Aéreos

- VA DEZ14/01: km 104 ao km 38 e km 120 ao km 104; e

- FA DEZ14/02: km 38 ao km 02 e km 02 ao km 51 (imagens extras).

26

- Fotografias Aéreas

- FA DEZ14/01

- FA DEZ14/02

4.7.1 – Mapas Geológico-Geotécnicos

Os Mapas Geológico-Geotécnicos foram elaborados com o auxílio da base espacial contendo o

mosaico das ortofotos (imagens) sob os mapas topográficos (Figura 12). As unidades geológico-

geotécnicas foram delimitadas nessa base espacial (imagens com topografia), sendo identificadas

através dos dados existentes (sondagens e resultados de ensaios e monitorações), das inspeções in

situ com uso de GPS e das análises das filmagens e fotografias aéreas. Devida à extensão da rodovia

e dos divisores das encostas e cursos d’água em relação ao eixo da rodovia, os dados existentes

abrangem uma pequena área de toda região que caso haja movimento de massa convirja para

rodovia. Portanto, contou-se com a experiência da equipe técnica da CRT, COPPETEC e

ENGGEOTECH na análise das unidades geológico-geotécnicas. Para facilitar identificação do local

nos mapas geológico-geotécnicos foi mantido o eixo com os marcos quilométricos (Figura 13).

Figura 12 – Base espacial utilizada como referência para delimitação das unidades geológico-

geotécnicas.

27

Figura 13 – Delimitação das unidades geológico-geotécnicas.

Para o mapeamento da suscetibilidade dos movimentos de massa foi essencial o conhecimento dos

processos que se desenvolvem nas encostas quando mobilizam deslizamentos ou rastejos. Para

permitir entendimento da mecânica dos solos e das rochas no processo de deslizamento das encostas

também foi fundamental a existência de informações geotécnicas sobre as encostas. O mapeamento

fez uso das informações do banco de dados georeferenciado da BR-116/RJ (SGGR116 do Projeto

de RDT-2013). A experiência e conhecimento adquiridos pelos profissionais da CRT, COPPETEC

e ENGGEOTECH ao longo de anos de inspeções e estudos sobre as características geotécnicas dos

maciços interceptados pela rodovia também contribuiu muito com a interpretação e definição das

unidades geológico-geotécnicas. A delimitação das unidades geológico-geotécnicas foi

complementada e validada através de inspeções in situ auxiliadas por imagens (vídeos e fotos)

terrestres e aéreas. Conforme definido no Plano de Trabalho do RDT, as unidades geológico-

geotécnicas não contemplaram toda área do segmento geológico-geotécnico, mas apenas as Áreas

de Influência Direta (AID), conforme apresentado na Figura 14.

28

Figura 14 – Mapeamento geológico-geotécnico do segmento biquinha com destaque para

as Áreas de Influência Direta (AID) objeto da concentração dos esforços de levantamento de dados

para montagem do Mapa.

As AID são aquelas cuja movimentação de massa pode afetar ou atingir o corpo estradal. As AII

são aquelas que estão inseridas dentro da área do segmento geológico-geotécnico, que mesmo a

montante ou jusante da rodovia não mobilizarão deslizamentos na sua direção, mas influenciam a

rede de fluxo de água subterrânea que afetam diretamente a estabilidade das encostas e taludes da

rodovia. A AID e AII permitem a elaboração das cartas geológico-geotécnicas e hidro-geológicas,

respectivamente.

4.7.2 – Mapas de Suscetibilidade a Movimentos de Massa

O resultado final do mapeamento de suscetibilidade dependeu da calibração (ou ajuste) dos critérios

e métodos realizada através das verificações dos resultados das análises através de inspeções de

campo norteadas pelos Mapas Preliminares de Suscetibilidade. Os mapas preliminares de

suscetibilidade foram sendo ajustados com base tanto nas inspeções de campo, quanto nas

avaliações das imagens aéreas (filmagens e fotografias). À medida que os ajustes eram realizados os

mapas sofriam alterações e os resultados eram novamente avaliados até se obter uma resposta mais

29

consistente com as observações de campo, históricos de deslizamentos e monitorações anuais das

condições das encostas.

Modelos de SIG foram utilizados para combinar o conjunto de mapas (Figura 15) utilizando uma

função para produzir os mapas resultantes - Mapas de Suscetibilidade de Movimentos de Massa. Os

mapas de suscetibilidade referem-se ao zoneamento das áreas com potencial de movimentação de

massas ou movimentação das encostas e taludes da rodovia. Na análise com uso de SIG foram

sobrepostas os Mapas de Declividade, Geológico-Geotécnicos, Hidrogeológicos, de Deslizamentos

Pretéritos e Uso e Cobertura do Solo. A análise com base no SIG permitiu a atualização das bases, à

medida que eram realizados ajustes nos métodos e critérios adotados para obtenção dos Mapas de

Suscetibilidade de Movimentos de Massa. Nas Tabelas 3 a 7 são apresentados a unidades de cada

mapa que foram consideradas nas análises de suscetibilidade.

Figura 15 – Ilustração esquemática das análises com uso de SIG: sobreposição das cartas

temáticas para obtenção das cartas de susceptibilidade de deslizamentos.

30

Tabela 3 – Unidades dos Mapas de Deslizamentos Pretéritos.

Layer

Antiga Ruptura Vegetada

Área de Influência da Ruptura

Área Neutra

Debri Flow

Erosão

Erosão em Tálus-Colúvio

Movimentação de Rastejo

Páleo Debri Flow

Queda de Blocos de Rocha

Ravinamento e Erosão

Ruptura

Ruptura em Local de Rastejo

Ruptura em Rocha

Ruptura Múltipla

Ruptura Planar e em Cunha

Ruptura por Redução de Coesão

Ruptura Rotacional

Ruptura Translacional

Ruptura Translacional (solo-rocha)

Voçoroca

Tabela 4 – Unidades dos Mapas Hidrogeológicos.

Layer

Área de Infiltração

Área Neutra

Bacia de Infiltração

Bombeamento de Água no Pavimento

Brejo

Erosão Fluvial

Lençol Freático Raso com Variações

Provável Zona de Percolação

Represa

Represamento em Bueiro

Surgência de Água

Surgência e Bombeamento

Talvegue de Encosta

31

Tabela 5 – Unidades dos Mapas Geológico-Geotécnicos.

Layer

Afloramento de Blocos de Rocha

Área Neutra

Assoalho Rochoso

Aterro de Resíduos

Aterro sobre Assoalho Rochoso

Aterro sobre Camada Permeável

Capa Coluvionar sobre Alteração

Capa de Solo sobre Residual Jovem

Capa de Solo sobre Rocha

Debri Flow

Depósito Alúvio-Coluvionar

Depósito de Colúvio

Depósito de Tálus-Colúvio

Erosão Fluvial

Escarpa Rochosa

Fratura de Alívio Muito Persistente em Rocha Sã

Lasca de Rocha sobre Plano Inclinado

Maciço Residual

Material Deslizado

Material Pouco Permeável sobre Saprólito

Morro Residual

Páleo Debri Flow

Paleotálus

Planície

Planície Colúvio-Alúvio-Marinha

Rocha Alterada Fraturada

Rocha Alterada Muito Bandada

Rocha Alterada Pouco Fraturada

Rocha com Fraturas Desfavoráveis à Estabilidade

Rocha Muito Alterada

Rocha Muito Fratura com Blocos e Lascas de Rocha

Rocha Pouco Alterada Fraturada

Rocha Sã com Fraturas Subhorizontais

Rocha Sã Fraturada

Rocha Sã Pouco Fraturada

Saprólito

Saprólito sobre Escarpa de Rocha Fraturada com Blocos

Seção Meia Encosta

Seção Meia Encosta com Rio próximo à Base

Soerguimento Rochoso com Capa de Solo

Solo Residual com Base em Rocha Fraturada

Solo Residual Jovem

Solo Residual Jovem a Maduro

Solo Residual Jovem com Afloramentos de Rocha

Solo Residual Jovem com Afloramentos e Blocos de Rocha

Solo Residual Maduro a Jovem com Afloramentos de Rocha

Tálus-Colúvio em Zona de Falhamento

Talvegue de Encosta

Voçoroca

32

Tabela 6 – Unidades dos Mapas de Uso e Cobertura do Solo.

Layer

AFLORAMENTO ROCHOSO

EDIFICAÇÕES

EROSÃO

MATA

PASTAGEM

PLANTIO

SOLO EXPOSTO

VEG RASTEIRA E ARBUSTIVA

Tabela 7 – Unidades dos Mapas de Declividade.

Layer

Inclinação entre 0° - 10°

Inclinação entre 10° - 20°

Inclinação entre 20° - 27°

Inclinação entre 27° - 33°

Inclinação entre 33° - 40°

Inclinação entre 40° - 50°

Inclinação entre 50° - 65°

Inclinação entre 65° - 75°

Inclinação > 75°

4.7.2.1 – Calibração dos Critérios, Métodos e Parâmetros

A necessidade de conferir iterações do modelo SIG em campo é essencial para produzir um mapa

de zoneamento de alta qualidade que reflete, da melhor maneira possível, a realidade. A calibração

deste modelo é essencial em qualquer projeto. O tempo e os recursos dedicados à reunião de dados

precisos, abrangentes e de alta qualidade são considerados como uma tarefa muito importante em

qualquer projeto de modelagem e compilação de inventário baseado em SIG. O uso de SIG não é

um substituto para o envolvimento de profissionais geotécnicos com as habilidades necessárias para

realizar o zoneamento de escorregamentos. O SIG é uma ferramenta para ajudá-los a fazer o

zoneamento de modo eficiente.

Com a Carta de Susceptibilidade de Deslizamentos em mãos a equipe envolvida nas análises

inspecionou in loco as áreas classificadas com potencial de movimentação de massa e àquelas que

se espera uma movimentação de massa e não foram acusadas nas análises. Essa tarefa foi necessária

para conferir os resultados gerados visando a calibração dos critérios, métodos e parâmetros (notas

ou pesos dos mapas e unidades). Nessa fase forma utilizados os mapas de suscetibilidade tanto em

planta com as curvas de nível e coordenadas geográficas, conforme exemplificado na Figura 16,

quanto os resultados sobre o modelo 3D do terreno (Figura 17). Tais elementos (mapas em planta e

em 3D) auxiliaram as análises, principalmente as inspeções in loco.

33

Figura 16 – Exemplo de Mapa Preliminar de Suscetibilidade utilizado para as inspeções de

campo durante a fase de calibração das análises com uso de SIG.

Figura 17 – Imagem tridimensional utilizada para as atividades de calibração das análises

de suscetibilidade com uso de SIG.

34

Nessa etapa do estudo denominada de Calibração foram elaborados diversos mapas (Mapas

Preliminares de Suscetibilidade de Movimentos de Massa) de um mesmo Segmento Geológico-

Geotécnico. A cada ajuste era elaborado um novo mapa de cada segmento até que os parâmetros de

entrada no SIG conduzissem a resultados consistentes com aqueles esperados ou com aqueles que

de fato ocorreram (deslizamentos pretéritos). O refinamento das notas (ou pesos) estabelecidas para

cada mapa e cada unidade acontecia à medida que a resposta ia se aproximando do esperado. Nessa

fase houve muitas inspeções de campo, análises de informações existentes e de imagens terrestres e

aéreas (vídeos e fotos), assim como reuniões entre os diversos profissionais inseridos no estudo para

definir os parâmetros a serem utilizados nas análises. No presente relatório era previsto a

apresentação dos Mapas Preliminares de Suscetibilidade, entretanto apresentam-se os Mapas Finais,

visto que os mapas preliminares serviram como fonte de consulta para a equipe, havendo uma

quantidade significativa de versões até obter respostas consistentes. Nas Tabelas 8 a 13 apresentam-

se os parâmetros (pesos de cada mapa e notas das unidades de cada mapa) que proporcionaram os

Mapas de Suscetibilidade de Movimentos de Massa.

Tabela 8 – Notas das Unidades dos Mapas de Deslizamentos Pretéritos.

Layer Notas

Antiga Ruptura Vegetada 60

Área de Influência da Ruptura 90

Área Neutra 50

Debri Flow 55

Erosão 65

Erosão em Tálus-Colúvio 90

Movimentação de Rastejo 100

Páleo Debri Flow 50

Queda de Blocos de Rocha 100

Ravinamento e Erosão 65

Ruptura 100

Ruptura em Local de Rastejo 100

Ruptura em Rocha 100

Ruptura Múltipla 100

Ruptura Planar e em Cunha 100

Ruptura por Redução de Coesão 100

Ruptura Rotacional 100

Ruptura Translacional 100

Ruptura Translacional (solo-rocha) 100

Voçoroca 90

35

Tabela 9 – Notas das Unidades dos Mapas Hidrogeológicos.

Layer Notas

Área de Infiltração 50

Área Neutra 50

Bacia de Infiltração 50

Bombeamento de Água no Pavimento 90

Brejo 60

Erosão Fluvial 90

Lençol Freático Raso com Variações 100

Provável Zona de Percolação 65

Represa 50

Represamento em Bueiro 80

Surgência de Água 90

Surgência e Bombeamento 100

Talvegue de Encosta 60

Tabela 10 – Notas das Unidades dos Mapas de Uso e Cobertura do Solo.

Layer Notas

AFLORAMENTO ROCHOSO 0

EDIFICAÇÕES 70

EROSÃO 90

MATA 50

PASTAGEM 60

PLANTIO 50

SOLO EXPOSTO 80

VEG RASTEIRA E ARBUSTIVA 40

Tabela 11 – Notas das Unidades dos Mapas de Declividade.

Layer Notas

Inclinação entre 0° - 10° 0

Inclinação entre 10° - 20° 10

Inclinação entre 20° - 27° 20

Inclinação entre 27° - 33° 30

Inclinação entre 33° - 40° 50

Inclinação entre 40° - 50° 70

Inclinação entre 50° - 65° 90

Inclinação entre 65° - 75° 70

Inclinação > 75° 50

36

Tabela 12 – Notas das Unidades dos Mapas Geológico-Geotécnicos.

Layer Notas

Afloramento de Blocos de Rocha 60

Área Neutra 0

Assoalho Rochoso 30

Aterro de Resíduos 30

Aterro sobre Assoalho Rochoso 65

Aterro sobre Camada Permeável 70

Capa Coluvionar sobre Alteração 65

Capa de Solo sobre Residual Jovem 60

Capa de Solo sobre Rocha 65

Debri Flow 55

Depósito Alúvio-Coluvionar 10

Depósito de Colúvio 55

Depósito de Tálus-Colúvio 100

Erosão Fluvial 60

Escarpa Rochosa 10

Fratura de Alívio Muito Persistente em Rocha Sã 60

Lasca de Rocha sobre Plano Inclinado 75

Maciço Residual 50

Material Deslizado 60

Material Pouco Permeável sobre Saprólito 65

Morro Residual 40

Páleo Debri Flow 50

Paleotálus 55

Planície 10

Planície Colúvio-Alúvio-Marinha 10

Rocha Alterada Fraturada 70

Rocha Alterada Muito Bandada 70

Rocha Alterada Pouco Fraturada 65

Rocha com Fraturas Desfavoráveis à Estabilidade 75

Rocha Muito Alterada 40

Rocha Muito Fratura com Blocos e Lascas de Rocha 80

Rocha Pouco Alterada Fraturada 60

Rocha Sã com Fraturas Subhorizontais 50

Rocha Sã Fraturada 55

Rocha Sã Pouco Fraturada 40

Saprólito 20

Saprólito sobre Escarpa de Rocha Fraturada com Blocos 60

Seção Meia Encosta 50

Seção Meia Encosta com Rio próximo à Base 60

Soerguimento Rochoso com Capa de Solo 50

Solo Residual com Base em Rocha Fraturada 65

Solo Residual Jovem 30

Solo Residual Jovem a Maduro 40

Solo Residual Jovem com Afloramentos de Rocha 50

Solo Residual Jovem com Afloramentos e Blocos de Rocha 50

Solo Residual Maduro a Jovem com Afloramentos de Rocha 50

Tálus-Colúvio em Zona de Falhamento 100

Talvegue de Encosta 50

Voçoroca 80

37

Tabela 13 – Pesos dos Mapas.

Mapa Peso

Geológico-Geotécnico 38,75%

Mapas de Declividade 38,75%

Uso e Cobertura do Solo 10,00%

Hidrogeológico 5,00%

Deslizamentos Pretéritos 7,50%

4.8 – Registro Visual Contínuo

Para auxiliar os trabalhos realizaram-se filmagens contínuas com auxílio de um laboratório móvel

instrumentado. Os registros das condições visuais das encostas e das obras de contenção é uma

ferramenta independente ao sistema SGGR116, que contribuiu com as análises geotécnicas e

confecção dos mapas. O registro terrestre foi realizado com recurso de filmagem digital

georreferenciada em sincronia com hodômetro de alta precisão, instrumentação, sistema de cadastro

e GPS. O produto desse levantamento proporcionou à equipe técnica a visualização da rodovia em

conjunto com o caminhamento do laboratório móvel em planta e perfil longitudinal (Figura 18),

oferecendo condições de avaliar os resultados das análises em escritório e de acompanhar o

desempenho das encostas ao longo do tempo (resposta dos agentes predisponentes frente aos

agentes efetivos).

O levantamento de campo foi realizado com o laboratório móvel instrumentado da Enggeotech Ltda

equipado com hodômetro de precisão métrica e filmadoras digitais associados a um GPS de

navegação. O registro visual contínuo foi realizado com duas filmadoras, uma mais focada para o

lado direito (pista 1) e outra para o lado esquerdo (pista 2), de forma a permitir a visualização da

encosta ou talude com o máximo de detalhe. Durante o registro o laboratório móvel movimentou-se

no sentido crescente da rodovia a uma velocidade variando pouco, dentro de uma faixa de 30 a 40

km/h, com paradas máximas a cada 10 km. Para a captura, tratamento e geoprocessamento dos

dados foi utilizado o módulo de levantamento do software HoleHunter (Enggeotech, 2003). Para

visualização da imagem em sincronia com os dados levantados foi fornecido para a CRT o módulo

de visualização do HoleHunter.

38

Figura 18 – Exemplo esquemático do Registro Visual Contínuo Terrestre das encostas com uso do

sistema HoleHunter (Enggeotech, 2003).

4.9 – Inspeção Aérea e Registros Fotográficos e Filmagens Aéreas

Para a elaboração da inspeção aérea foi idealizado um plano de voo para obtenção de uma visão

frontal das encostas da rodovia. Para tanto, o helicóptero seguiu a lateral esquerda do eixo da

rodovia no sentido decrescente (km 120 ao km 02) e a lateral direita do eixo da rodovia no sentido

crescente (km 2 ao km 51). Durante o voo foram realizadas filmagens digitais e fotografias

contínuas das encostas. Os registros fotográficos contínuos realizados por um fotógrafo

especializado em fotos aéreas (Francisco Vicente) proporcionaram uma visualização frontal de

todas as encostas da rodovia (Figura 19). A inspeção aérea foi realizada por um membro de cada

equipe, CRT, COPPETEC e ENGGEOTECH, Eng. Thiago Ramiro, Eng. Prof. Maurício Ehrlich e

Eng. Rafael Cerqueira Silva.

As filmagens digitais aéreas foram realizadas com auxílio de um helicóptero equipado com duas

filmadoras sincronizadas com GPS. O vôo foi realizado seguindo as laterias do eixo da rodovia, nos

sentidos decrescente (km 120 ao km 02) e crescente (km 2 ao km 51), em baixa velocidade e em

altitude suficiente para visualizar as encostas em uma escala adequada para a elaboração das

análises. As imagens foram tratadas e editadas com legendas indicando a quilometragem da rodovia

(Figura 20).

39

Figura 19 – Registros fotográficos aéreos das vistas frontais das encostas.

40

Figura 20 – Registro visual contínuo aéreo das encostas da BR-116/RJ, helicóptero seguindo pela:

(a) lateral direita (sentido crescente) e (b) lateral esquerda da rodovia (sentido decrescente) para

obtenção das vistas frontais das encostas e taludes da BR-116/RJ.

4.10 – Aperfeiçoamento do Sistema SGGR116

O SGGR116 é fundamentado nos moldes de um Sistema de Informação Geográfica (SIG). Tem-se

como concepção do sistema a organização e a estruturação de informações geológico-geotécnicas

em um banco de dados “linkado” à uma base geográfica gerenciados por um sistema que possibilita

o acesso fácil e rápido à consulta de dados espaço-temporais de qualquer lugar que tenha acesso a

41

internet. Através da aplicação do sistema busca-se a minimização dos riscos de acidentes, redução

de custos e estabelecimento de padrões adequados de segurança. Ressalta-se que o controle e

gerenciamento do conjunto de dados permitirá com maior facilidade a elaboração de mapas,

análises de susceptibilidade e mecanismos que governam a instabilização de taludes.

Acesso ao SGGR116

O sistema SGGR116 é acessado através de link (http://rdt.crt.com.br) fornecido no site da Agência

Nacional de Transportes Terrestres ANTT (http://www.antt.gov.br/).

Direito Autoral

O código fonte do sistema SGGR116 foi fornecido pela Concessionária Rio-Teresópolis S.A. CRT

para a Agência Nacional de Transportes Terrestres ANTT.

4.10.1 – Características do SGGR116 Fase 1

O sistema SGGR116 permite o cadastramento de ponto no mapa georeferenciado com a

possibilidade de anexar vários documentos ao mesmo.

Perfis do Sistema

O sistema suporta os seguintes perfis de usuário:

Administrador:

• Consultar pontos,

• Criar pontos,

• Anexar documentos,

• Criar usuário

• Alterar usuário

• Remover usuários

Supervisor:

• Consultar pontos,

• Criar pontos,

• Anexar documentos,

Consulta:

• Consultar pontos

Banco de Dados

A CRT ao longo dos anos de concessão acumulou diversas informações das características dos

solos e rochas das encostas e taludes que margeiam a rodovia BR-116/RJ, bem como dos

escorregamentos pretéritos e dos registros pluviométricos a eles associados, possuindo séries

históricas bastante completas de dados de interesse geotécnico. Uma das principais características

do banco de dados proposto é a sua conexão com uma base geográfica, a partir da introdução da

espacialidade e da variação temporal nas informações e parâmetros armazenados. Para alcançar o

objetivo do recurso tecnológico, os arquivos foram sistematicamente estruturados por assunto

(sondagens, ensaios de laboratório, leitura de monitorações, topografia, memórias de cálculo,

projetos...), identificando-se o tipo de informação por código (SOND, ENS, MONIT, TOP, CALC,

42

PROJ...), km da rodovia que o dado pertence e ano do trabalho realizado (por exemplo:

SOND_km33+150_2007; PROJ_km33+150_2009...). A Figura 21 apresenta o fluxograma

esquemático do sistema de gestão do banco de dados.

As informações são compostas basicamente por sondagens à percussão, rotativas e geofísicas;

ensaios in situ; ensaios laboratoriais envolvendo desde a caracterização do material até obtenção

dos parâmetros de resistência; relatórios sobre deslizamentos ocorridos (eventos geotécnicos);

programas de instrumentação e resultados das monitorações; diários de obras de estabilização e

contenção, incluindo as built; trabalhos científicos; mapas temáticos; análises de riscos de

deslizamentos (monitorações anuais); levantamentos plani-altimétricos; e mapas temáticos e

mapeamentos contendo o eixo estaqueado da rodovia.

Figura 21 – Fluxograma esquemático do banco de dados montado a partir da coleta e organização

estruturada dos dados geológico-geotécnicos.

Com o referenciamento, organização e estruturação de parte dos dados coletados pela CRT tornou-

se possível a criação de um banco de dados digital, com informações geotécnicas devidamente

posicionadas e datadas, associado à uma base espacial. Através do recurso de bancos de dados

digital é possível realizar upload e download de arquivos e informações dentro do sistema de

gerenciamento acessado remotamente pela WebGIS. A partir da inserção de um ponto

automaticamente é criada uma matriz, cujas linhas são os km e as colunas são a identificação da

informação ou documento carregado. Dessa forma, pesquisas podem ser realizadas com uso de

filtros, considerando, inclusive, camadas temporais.

Plataforma

Conforme relatado a concepção do sistema é fundamentada no mesmo princípio do Sistema de

Informação Geográfica (SIG). O SGGR116 é uma plataforma web projetada para inserir (upload),

armazenar e integrar, em uma única base de dados, informações espaciais relacionadas à geologia e

geotecnia das encostas e taludes que margeiam a rodovia, sendo possível realizar consultas,

43

downloads e visualizar o conteúdo do banco de dados sobre a base geográfica. Assinalando um

objeto pode-se saber o valor de seus atributos, e inversamente, selecionando um registro da base de

dados é possível conhecer a sua localização e apontá-la na imagem de satélite. Na Figura 22 mostra-

se o aspecto visual do sistema SGGR116.

Figura 22 – Aspecto visual do sistema SGGR116.

44

Pode-se acessar o sistema através de qualquer computador e demais dispositivos móveis dotados de

software navegador conectados à rede. Isso é possível porque a aplicação web SGGR116,

juntamente com a API do Google Maps (necessária para a representação do mapa), é oferecida na

modalidade de software em nuvem. Cada usuário, com sua função específica, tem seu nível de

acesso segmentado (sistema de autenticação). O SGGR116 apresenta interface amigável, com uso

de ícones que proporcionam fácil utilização. A opção de filtragem (ou função de busca) permite a

pesquisa de atributos, em que é possível a visualização apenas das informações necessárias na

ocasião, indicando-se no mapa os pontos (km) correspondentes àquela solicitação do usuário. Na

Figura 23 apresenta-se o fluxograma esquemático da estrutura do sistema SGGR116.

Figura 23 – Fluxograma do protótipo baseado no sistema SGGR116.

O ambiente virtualizado utilizado neste projeto reduz significativamente o investimento em

hardware e os downtime do sistema, além de garantir o acesso remoto seguro e rápido aos recursos

do sistema, sem a necessidade de instalação de um aplicativo específico nos computadores dos

clientes. Por seu caráter integrador, o software SGGR116 permite a incorporação de módulos

futuros, como por exemplo, a importação automática de dados de outros serviços de informação

web (por exemplo: dados de pluviógrafos instalados na rodovia disponibilizados na plataforma

Hidromec) e de leituras automáticas de instrumentos (telemetria). Esse recurso dinâmico será muito

útil no futuro, poupando trabalhos de uploads manuais e possíveis erros associados.

4.10.2 – Melhorias no Sistema (SGGR116 Fase 2)

Prevendo a evolução do SGGR116 a arquitetura do sistema foi desenvolvida contando com futuros

ajustes, melhorias, inserções e remoções.

Na versão atualizada do SGGR116 (Fase 2) foi criada nova camada (layer) denominada de

Segmentos Geológico-Geotécnicos e caracterizada por um polígono fechado (polyline ou polilinha).

Os polígonos podem ser importados a partir de um arquivo com extensão .kml ou .kmz. Cada

polígono correspondente a um Segmento Geológico-Geotécnico será associado ao Banco de Dados,

podendo-se inserir e consultar informações sobre essa entidade composta por linhas (upload e

download de arquivos). Por se tratar de um layer, os polígonos podem ser habilitados para

visualização ou não, conforme interesse do usuário.

45

Para alimentação do sistema foi definida uma padronização de nomenclatura dos arquivos e da

forma como esses arquivos serão carregados. Para tanto, o módulo de entrada de dados do sistema

SGGR116, pré-definido para carregar arquivos somente identificados com o local, assunto e data

(km_Assunto_Mês/Ano), disciplina e força o usuário a respeitar essa padronização. Tal critério visa

melhorar a qualidade da informação a ser inserida no Banco de Dados e permitir que sejam feitas

pesquisas/filtros por localização, tipo de assunto e data. Isso facilitará a elaboração de análises

espaço-temporais por parte dos usuários que desejarem verificar a evolução do comportamento das

encostas e taludes ao longo do tempo (resposta dos agentes predisponentes – geologia, geotecnia... -

frente aos agentes efetivos – chuvas, ações antrópicas...). Assim, através da identificação dos

arquivos contendo o local, assunto e data torna-se possível agregar certa inteligência ao sistema.

Além disso, para cada arquivo inserido o sistema criará e vinculará um arquivo de texto com limite

de caracteres para descrição sucinta do conteúdo do arquivo inserido.

Novos campos foram criados na aba superior do sistema objetivando a consulta de dados da rodovia

que não se referem a um ponto (ou ocorrência) específico. Como, por exemplo, os mapas

topográficos e geológicos contendo o eixo estaqueado da rodovia (incluindo os marcos

quilométricos), as imagens das filmagens aéreas e do vídeo registro.

Além disso, houve aumento da capacidade do servidor em nuvem para disponibilizar o conteúdo da

WebGIS durante o período do RDT a usuários com perfis distintos.

5 – ANEXOS

5.1 – Impressões

A seguir são apresentadas os Mapas elaborados no projeto de RDT em 8 volumes (ANEXO I ao

ANEXO VIII) no formato A3 e A2. As impressões foram realizadas no formato A3, visto que

apenas 2 mapas foram confeccionados no formato A2 (por tema).

ANEXO I: Mapa Topográfico (1:25.000)

ANEXO II: Mapa Topográfico sobre Imagem Aérea (1:25.000)

ANEXO III: Mapa de Declividade (1:25.000)

ANEXO IV: Mapa de Deslizamentos Pretéritos (1:25.000)

ANEXO V: Mapa de Uso e Cobertura do Solo (1:25.000)

ANEXO VI: Mapa Hidrogeológico (1:25.000)

ANEXO VII: Mapa Geológico-Geotécnico (1:25.000)

ANEXO VIII: Mapa de Suscetibilidade a Movimentos de Massa (1:25.000)

5.2 – Arquivos Digitais

Para cada tema foram elaborados 35 mapas, correspondentes a 32 segmentos geológico-

geotécnicos, totalizando 280 mapas temáticos. Em cada mapa consta o eixo estaqueado da rodovia e

os polígonos fechados referentes aos segmentos geológico-geotécnicos. Tem-se como produto 280

arquivos em extensão “.pdf” para visualização no software Adobe Reader. Os 280 arquivos foram

organizados em pastas por assunto (tema do mapa). Cada pasta (ou tema) contém 35 arquivos,

nomeados conforme apresentado a seguir. Consta ainda 1 volume no formato A4 referente às

46

imagens dos Mapas de Suscetibilidade a Movimentos de Massa sobre imagens de satélite em planta

e 3D (ANEXO IX).

ANEXO I: Mapa Topográfico (1:25.000)

01_Topografia_Retiro

02_Topografia_Cortiço-01

03_Topografia_Cortiço-02

04_Topografia_Manso

05_Topografia_Monte Café Nordeste-01

05_Topografia_Monte Café Sudoeste-02

06_Topografia_São Francisco VD-01

07_Topografia_São Francisco VD-02

08_Topografia_São Francisco VD-03

09_Topografia_Volta do Pião

10_Topografia_Capim ou Pião Nordeste-01

10_Topografia_Capim ou Pião Sudoeste-02

11_Topografia_Japonês

12_Topografia_Quebra Coco Leste-01

12_Topografia_Quebra Coco Oeste-02

13_Topografia_Grama

14_Topografia_Ponte Nova

15_Topografia_Barra do Paquequer

16_Topografia_Andradas

17_Topografia_Biquinha

18_Topografia_Foço do Peixe

19_Topografia_Fischer-01

20_Topografia_Fischer-02

21_Topografia_Meudon

22_Topografia_Serra do Cavalo

23_Topografia_Comari

24_Topografia_Dedo de Deus

25_Topografia_Santo Antônio

26_Topografia_Monte Olivette

27_Topografia_Bananal

28_Topografia_Ideal

29_Topografia_Citrolândia

30_Topografia_Prazeres

31_Topografia_São Bento

47

32_Topografia_Suruímirim

ANEXO II: Mapa Topográfico sobre Imagem Aérea (1:25.000)

01_Topografia e Imagem_Retiro

02_Topografia e Imagem_Cortiço_01

03_Topografia e Imagem_Cortiço_02

04_Topografia e Imagem_Manso

05_Topografia e Imagem_Monte Café Nordeste_01

05_Topografia e Imagem_Monte Café Sudoeste_02

06_Topografia e Imagem_São Francisco_01

07_Topografia e Imagem_São Francisco_02

08_Topografia e Imagem_São Francisco_03

09_Topografia e Imagem_Volta do Pião

10_Topografia e Imagem_Capim ou Pião Nordeste-01

10_Topografia e Imagem_Capim ou Pião Sudoeste-02

11_Topografia e Imagem_Japonês

12_Topografia e Imagem_Quebra Coco Leste-01

12_Topografia e Imagem_Quebra Coco Oeste-02

13_Topografia e Imagem_Grama

14_Topografia e Imagem_Ponte Nova

15_Topografia e Imagem_Barra do Paquequer

16_Topografia e Imagem_Andradas

17_Topografia e Imagem_Biquinha

18_Topografia e Imagem_Foço do Peixe

19_Topografia e Imagem_Fischer-01

20_Topografia e Imagem_Fischer-02

21_Topografia e Imagem_Meudon

22_Topografia e Imagem_Serra do Cavalo

23_Topografia e Imagem_Comari

24_Topografia e Imagem_Dedo de Deus

25_Topografia e Imagem_Santo Antônio

26_Topografia e Imagem_Monte Olivette

27_Topografia e Imagem_Bananal

28_Topografia e Imagem_Ideal

29_Topografia e Imagem_Citrolândia

30_Topografia e Imagem_Prazeres

31_Topografia e Imagem_São Bento

48

32_Topografia e Imagem_Suruímirim

ANEXO III: Mapa de Declividade (1:25.000)

01_Declividade_Retiro

02_Declividade_Cortiço-01

03_Declividade_Cortiço-02

04_Declividade_Manso

05_Declividade_Monte Café Nordeste-01

05_Declividade_Monte Café Sudoeste-02

06_Declividade_São Francisco VD-01

07_Declividade_São Francisco VD-02

08_Declividade_São Francisco VD-03

09_Declividade_Volta do Pião

10_Declividade_Capim ou Pião Nordeste-01

10_Declividade_Capim ou Pião Sudoeste-02

11_Declividade_Japonês

12_Declividade_Quebra Coco Leste-01

12_Declividade_Quebra Coco Oeste-02

13_Declividade_Grama

14_Declividade_Ponte Nova

15_Declividade_Barra do Paquequer

16_Declividade_Andradas

17_Declividade_Biquinha

18_Declividade_Foço do Peixe

19_Declividade_Fischer-01

20_Declividade_Fischer-02

21_Declividade_Meudon

22_Declividade_Serra do Cavalo

23_Declividade_Comari

24_Declividade_Dedo de Deus

25_Declividade_Santo Antônio

26_Declividade_Monte Olivette

27_Declividade_Bananal

28_Declividade_Ideal

29_Declividade_Citrolândia

30_Declividade_Prazeres

31_Declividade_São Bento

49

32_Declividade_Suruímirim

ANEXO IV: Mapa de Deslizamentos Pretéritos (1:25.000)

01_Deslizamentos_Retiro

02_Deslizamentos_Cortiço_01

03_Deslizamentos_Cortiço_02

04_Deslizamentos_Manso

05_Deslizamentos_Monte Café Nordeste-01

05_Deslizamentos_Monte Café Sudoeste-02

06_Deslizamentos_São Francisco VD-01

07_Deslizamentos_São Francisco VD-02

08_Deslizamentos_São Francisco VD-03

09_Deslizamentos_Volta do Pião

10_Deslizamentos_Capim ou Pião Nordeste-01

10_Deslizamentos_Capim ou Pião Sudoeste-02

11_Deslizamentos_Japonês

12_Deslizamentos_Quebra Coco Leste-01

12_Deslizamentos_Quebra Coco Oeste-02

13_Deslizamentos_Grama

14_Deslizamentos_Ponte Nova

15_Deslizamentos_Barra do Paquequer

16_Deslizamentos_Andradas

17_Deslizamentos_Biquinha

18_Deslizamentos_Foço do Peixe

19_Deslizamentos_Fischer-01

20_Deslizamentos_Fischer-02

21_Deslizamentos_Meudon

22_Deslizamentos_Serra do Cavalo

23_Deslizamentos_Comari

24_Deslizamentos_Dedo de Deus

25_Deslizamentos_Santo Antônio

26_Deslizamentos_Monte Olivette

27_Deslizamentos_Bananal

28_Deslizamentos_Ideal

29_Deslizamentos_Citrolândia

30_Deslizamentos_Prazeres

31_Deslizamentos_São Bento

50

32_Deslizamentos_Suruímirim

ANEXO V: Mapa de Uso e Cobertura do Solo (1:25.000)

01_Uso Cob Solo_Retiro

02_Uso Cob Solo_Cortiço-01

03_Uso Cob Solo_Cortiço-02

04_Uso Cob Solo_Manso

05_Uso Cob Solo_Monte Café Nordeste-01

05_Uso Cob Solo_Monte Café Sudoeste-02

06_Uso Cob Solo_São Francisco VD-01

07_Uso Cob Solo_São Francisco VD-02

08_Uso Cob Solo_São Francisco VD-03

09_Uso Cob Solo_Volta do Pião

10_Uso Cob Solo_Capim Nordeste-01

10_Uso Cob Solo_Capim Sudoeste-02

11_Uso Cob Solo_Solo Japonês

12_Uso Cob Solo_Quebra Coco Leste-01

12_Uso Cob Solo_Quebra Coco Oeste-02

13_Uso Cob Solo_Grama

14_Uso Cob Solo_Ponte Nova

15_Uso Cob Solo_Barra do Paquequer

16_Uso Cob Solo_Andradas

17_Uso Cob Solo_Biquinha

18_Uso Cob Solo_Foço do Peixe

19_Uso Cob Solo_Fischer-01

20_Uso Cob Solo_Fischer-02

21_Uso Cob Solo_Meudon

22_Uso Cob Solo_Serra do Cavalo

23_Uso Cob Solo_Comari

24_Uso Cob Solo_Dedo de Deus

25_Uso Cob Solo_Santo Antônio

26_Uso Cob Solo_Monte Olivette

27_Uso Cob Solo_Bananal

28_Uso Cob Solo_Ideal

29_Uso Cob Solo_Citrolândia

30_Uso Cob Solo_Prazeres

31_Uso Cob Solo_São Bento

51

32_Uso Cob Solo_Suruímirim

ANEXO VI: Mapa Hidrogeológico (1:25.000)

01_Hidrogeologia_Retiro

02_Hidrogeologia_Cortiço-01

03_Hidrogeologia_Cortiço-02

04_Hidrogeologia_Segmento Manso

05_Hidrogeologia_Monte Café Nordeste-01

05_Hidrogeologia_Monte Café Sudoeste-02

06_Hidrogeologia_São Francisco VD-01

07_Hidrogeologia_São Francisco VD-02

08_Hidrogeologia_São Francisco VD-03

09_Hidrogeologia_Volta do Pião

10_Hidrogeologia_Capim ou Pião Nordeste-01

10_Hidrogeologia_Capim ou Pião Sudoeste-02

11_Hidrogeologia_Japonês

12_Hidrogeologia_Quebra Coco Leste-01

12_Hidrogeologia_Quebra Coco Oeste-02

13_Hidrogeologia_Grama

14_Hidrogeologia_Ponte Nova

15_Hidrogeologia_Barra do Paquequer

16_Hidrogeologia_Andradas

17_Hidrogeologia_Biquinha

18_Hidrogeologia_Foço do Peixe

19_Hidrogeologia_Fischer-01

20_Hidrogeologia_Fischer-02

21_Hidrogeologia_Meudon

22_Hidrogeologia_Serra do Cavalo

23_Hidrogeologia_Comari

24_Hidrogeologia_Dedo de Deus

25_Hidrogeologia_Santo Antônio

26_Hidrogeologia_Monte Olivette

27_Hidrogeologia_Bananal

28_Hidrogeologia_Ideal

29_Hidrogeologia_Citrolândia

30_Hidrogeologia_Prazeres

31_Hidrogeologia_São Bento

52

32_Hidrogeologia_Suruímirim

ANEXO VII: Mapa Geológico-Geotécnico (1:25.000)

01_Geologia Geotecnia_Retiro

02_Geologia Geotecnia_Cortiço_01

03_Geologia Geotecnia_Cortiço_02

04_Geologia Geotecnia_Manso

05_Geologia Geotecnia_Monte Café Nordeste-01

05_Geologia Geotecnia_Monte Café Sudoeste-02

06_Geologia Geotecnia_São Francisco VD-01

07_Geologia Geotecnia_São Francisco VD-02

08_Geologia Geotecnia_São Francisco VD-03

09_Geologia Geotecnia_Volta do Pião

10_Geologia Geotecnia_Capim ou Pião Nordeste-01

10_Geologia Geotecnia_Capim ou Pião Sudoeste-02

11_Geologia Geotecnia_Japonês

12_Geologia Geotecnia_Quebra Coco Leste-01

12_Geologia Geotecnia_Quebra Coco Oeste-02

13_Geologia Geotecnia_Grama

14_Geologia Geotecnia_Ponte Nova

15_Geologia Geotecnia_Barra do Paquequer

16_Geologia Geotecnia_Andradas

17_Geologia Geotecnia_Biquinha

18_Geologia Geotecnia_Foço do Peixe

19_Geologia Geotecnia_Fischer-01

20_Geologia Geotecnia_Fischer-02

21_Geologia Geotecnia_Meudon

22_Geologia Geotecnia_Serra do Cavalo

23_Geologia Geotecnia_Comari

24_Geologia Geotecnia_Dedo de Deus

25_Geologia Geotecnia_Santo Antônio

26_Geologia Geotecnia_Monte Olivette

27_Geologia Geotecnia_Bananal

28_Geologia Geotecnia_Ideal

29_Geologia Geotecnia_Citrolândia

30_Geologia Geotecnia_Prazeres

31_Geologia Geotecnia_São Bento

53

32_Geologia Geotecnia_Suruímirim

ANEXO VIII: Mapa de Suscetibilidade a Movimentos de Massa (1:25.000)

01_Suscetibilidade Mov Massa_Retiro

02_Suscetibilidade Mov Massa_Cortiço-01

03_Suscetibilidade Mov Massa_Cortiço-02

04_Suscetibilidade Mov Massa_Manso

05_Suscetibilidade Mov Massa_Monte Café Nordeste-01

05_Suscetibilidade Mov Massa_Monte Café Sudoeste-02

06_Suscetibilidade Mov Massa_São Franscisco VD-01

07_Suscetibilidade Mov Massa_São Franscisco VD-02

08_Suscetibilidade Mov Massa_São Franscisco VD-03

09_Suscetibilidade Mov Massa_Volta do Pião

10_Suscetibilidade Mov Massa_Capim ou Pião Nordeste-01

10_Suscetibilidade Mov Massa_Capim ou Pião Sudoeste-02

11_Suscetibilidade Mov Massa_Japonês

12_Suscetibilidade Mov Massa_Quebra Coco Leste-01

12_Suscetibilidade Mov Massa_Quebra Coco Oeste-02

13_Suscetibilidade Mov Massa_Grama

14_Suscetibilidade Mov Massa_Ponte Nova

15_Suscetibilidade Mov Massa_Paquequer

16_Suscetibilidade Mov Massa_Andradas

17_Suscetibilidade Mov Massa_Biquinha

18_Suscetibilidade Mov Massa_Foço do Peixe

19_Suscetibilidade Mov Massa_Fischer-01

20_Suscetibilidade Mov Massa_Fischer-02

21_Suscetibilidade Mov Massa_Meudon

22_Suscetibilidade Mov Massa_Serra do Cavalo

23_Suscetibilidade Mov Massa_Comari

24_Suscetibilidade Mov Massa_Dedo de Deus

25_Suscetibilidade Mov Massa_Santo Antônio

26_Suscetibilidade Mov Massa_Monte Olivette

27_Suscetibilidade Mov Massa_Bananal

28_Suscetibilidade Mov Massa_Ideal

29_Suscetibilidade Mov Massa_Citrolândia

30_Suscetibilidade Mov Massa_Prazeres

31_Suscetibilidade Mov Massa_São Bento

54

32_Suscetibilidade Mov Massa_Suruímirim

6 – Conclusão

De forma a reduzir custos e estabelecer padrões adequados de segurança ao usuário, a CRT buscou

a mitigação dos riscos geotécnicos envolvendo encostas e taludes. O objetivo de desenvolver uma

solução tecnológica para o gerenciamento e análise de dados de engenharia geotécnica da Rodovia

BR-116/RJ foi alcançado, sendo materializado pela WebGIS denominada de SGGR116 (Sistema de

Gerência Geológico-Geotécnico de Encostas e Taludes da Rodovia BR-116/RJ) . O uso da solução

tecnológica em conjunto com os estudos, investigações e levantamentos realizados possibilitou uma

melhor compreensão dos mecanismos de instabilização de encostas e taludes da rodovia, a definição

dos segmentos e zoneamento geológico-geotécnicos e elaboração de análises de suscetibilidade a

movimentos de massa, importantes para tomadas de decisão.

A rodovia BR-116/RJ vem sendo investigada desde o início de sua construção, havendo uma

quantidade significativa de informações geológico-geotécnicas. O sistema SGGR116 foi

desenvolvido com base nos moldes de uma WebGIS para melhor organizar e estruturar esses dados.

Com o uso da ferramenta houve um melhor entendimento fenomenológico dos mecanismos de

ruptura que controlam o comportamento das encostas e taludes interceptados pela rodovia BR-

116/RJ. Tal conhecimento é fundamental para mitigação de riscos, gerência dos problemas

encontrados, tomadas de decisão, redução de custos, estabelecimento de padrões adequados de

segurança e elaboração de cartas temáticas.

Elementos de superfície até o horizonte rochoso sob o manto de alteração, variações do lençol

freático, deslizamentos pretéritos entre outras informações vem sendo arquivadas no banco de

dados da CRT e no Sistema de Gerência Geológico-Geotécnico de Encostas e Taludes da Rodovia

BR-116/RJ (SGGR116). Pela forma como o sistema SGGR116 foi concebido, com base nos moldes

de um SIG, pode-se realizar análises espaço-temporais que permitem a continuidade dos estudos e,

por consequência, a elaboração de modelos de previsão de desempenho das encostas.

Com base na similaridade geomorfológica, geológica e comportamental em termos de mecanismos

de instabilização das encostas (Ehrlich e Silva, 2013) foi definido o zoneamento geológico-

geotécnico da rodovia. Os segmentos geológico-geotécnicos são compostos por unidades que

possuem uma série de variáveis contínuas num determinado espaço, tais como tipo de solo,

profundidade, inclinação do talude, presença e tipo de vegetação, mecanismo de ruptura observado

(deslizamentos pretéritos) etc. Em função das variáveis, podem-se inferir comportamentos previstos

para cada unidade. A delimitação das áreas do zoneamento geotécnico é importante no processo de

decisão, pois através do conceito da similaridade geotécnica aumenta-se a probabilidade de dados

de um ponto investigado serem representativos para outro ponto que se deseja intervir. Ao atribuir

as características de um local investigado a outro local distante deste, pode-se fazer uso das

informações existentes para planejamentos ou estudos e projetos básicos. O mesmo é válido para as

experiências adquiridas – modelos geológico-geotécnicos que resultaram em soluções bem

sucedidas podem ser aplicados e aqueles que obtiveram insucessos evitados. Além disso, o

zoneamento é fundamental para a elaboração de cartogramas geotécnicos, sendo de grande valia

para análises de riscos de deslizamentos. A técnica de segmentação e zoneamento geológico-

geotécnicos também é muito útil para definir as encostas e taludes representativos do mecanismo de

55

ruptura que se desenvolve em um determinado conjunto (agrupamento) de maciços ao longo da

rodovia – Maciços de Amostragem (MAs).

Em linhas gerais, a estabilidade de uma encosta (ou talude) é controlada por fatores geométricos

(altura e inclinação), geológicos (tipo de material, planos de fraqueza, anisotropia...),

hidrogeológicos (ação da água), geotécnicos (resistência, deformabilidade e permeabilidade) e

externos (intervenções em geral e sobrecargas). A combinação desses fatores definem as condições

de estabilidade e o mecanismo potencial de colapso. Nesse contexto, destaca-se a importância da

correta definição das condições geológico-geotécnicas para o entendimento do mecanismo de

colapso, visando análises mais realistas de estabilidade. Comumente, modelos geológico-

geotécnicos são estabelecidos com base em sondagens de simples reconhecimento (SPT ou mistas).

Entretanto, mesmo contando-se com campanhas de ensaios de campo e laboratoriais bem

elaborados pode-se verificar incertezas na representatividade dos modelos estabelecidos.

Considerando que a Concessionária deve promover as melhores condições de segurança,

trafegabilidade e conforto aos usuários, o trabalho forneceu elementos fundamentais ao

gerenciamento de riscos de deslizamento de encostas e taludes situados ao longo da rodovia.

Também houve aprimoramento da compreensão das manifestações geotécnicas, que resulta em

elaboração de modelos mais representativos das condições particulares dos maciços interceptados

pela rodovia, que variam significativamente de local para local. Tal conhecimento auxilia na

gerência dos problemas encontrados, tomadas de decisão, minimização de riscos e redução de

custos.

Aplicações do SGGR116 e dos Mapas de Suscetibilidade a Movimentos de Massa

Com a simplificação, proporcionada pela segmentação homogênea (SGGR116 Fase 1) e

identificação dos pontos de suscetibilidade a movimentos de massa (SGGR116 Fase 2), pode-se

concentrar esforços de pesquisa em Maciços de Amostragem (MAs) considerados representativos

dos mecanismos de ruptura que se desenvolvem nas encostas da rodovia. Aprofundar o nível de

informação dos MAs permitirá uma melhor compreensão dos processos geomecânicos típicos dos

segmentos. Tal poderá ser alcançado por meio de elaboração de análises de modelos geológico-

geotécnicos construídos com base na geometria dos maciços e nos resultados de ensaios de campo e

laboratoriais.

Os resultados dos ensaios de campo e laboratoriais e das análises ampliarão o banco de dados do

SGGR116, sendo uma importante fonte de consulta para diversas regiões do Brasil, visto que os

Maciços de Amostragem (MAs) encontram-se inseridos em compartimentos geomorfológicos com

padrões de encostas e taludes típicos das áreas de influência dos principais eixos rodoviários e

populacional. O acesso a essas informações é de grande relevância para o desenvolvimento de

modelos mais realistas representativos das condições particulares brasileiras, que variam

significativamente de local para local. Haverá aprimoramento da compreensão das manifestações

geotécnicas e da gerência de risco geotécnico tanto da rodovia BR-116/RJ, quanto de outras

rodovias e municípios do Brasil. Isso fundamentará melhor as intervenções de melhoria das

condições de estabilidade de encostas e taludes. O meio técnico-científico terá fácil acesso às

informações através da WebGIS Sistema de Gerência Geológico-Geotécnico de Encostas e Taludes

da Rodovia BR-116/RJ (SGGR116).

56

Além disso, da mesma forma que os já consolidados SGPs, a Gerência Geológico-Geotécnica de

Encostas constitui-se em uma importante ferramenta de administração, que objetiva determinar a

forma mais eficaz da aplicação dos recursos disponíveis, em diversos níveis de intervenção, de sorte

a responder às necessidades dos usuários. Uma intervenção realizada em um talude (ou encosta) no

momento adequado poderá exigir apenas a execução de um sistema de drenagem, sendo de custo

relativamente baixo. Entretanto, se a intervenção ocorrer somente após a ruptura do talude, além das

consequências para a vida humana e do patrimônio, o talude com condição precária de equilíbrio

exigirá serviços cujos custos atingirão valores bastante superiores. A implantação de um Sistema de

Gerência Geológico-Geotécnica de Encostas e Taludes amplia as fontes de informação e

proporciona ganhos para sociedade, através da capacitação técnica e redução de riscos.

57

Referência Bibliográfica

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58

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59

ANEXOS I AO VIII (MAPAS)