42
INFECÇÃO EM CATETER COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO Maria Aparecida Aguiar da Silva Enfermeira do Serviço de Controle Infecção hospitalar IOP-GRAACC

INFECÇÃO EM CATETER COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

  • Upload
    thanh

  • View
    149

  • Download
    8

Embed Size (px)

DESCRIPTION

INFECÇÃO EM CATETER COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO. Maria Aparecida Aguiar da Silva Enfermeira do Serviço de Controle Infecção hospitalar IOP-GRAACC. Considerações. Cateteres intravenosos – procedimento indispensável (UTI) Cateter venoso periférico – mais utilizado - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

INFECÇÃO EM CATETER COMPLICAÇÕES E

TRATAMENTO

Maria Aparecida Aguiar da SilvaEnfermeira do Serviço de Controle

Infecção hospitalarIOP-GRAACC

Page 2: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Considerações

Cateteres intravenosos – procedimento indispensável (UTI)Cateter venoso periférico – mais utilizado Cateter venoso central – infecções mais graves – maior manipulação do cateterMortalidade atribuida – 12 a 25%

Page 3: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Considerações

90% das ICS estão associadas a cateteres venosos.

(Siegman-Igra et al., J Clin Microbiol, 36?928-936,1997)

30% das ICS estão relacionadas a cateteres venosos em crianças com câncer.

(Haema 2002 5(4)? 297-304)

Page 4: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Definições

Colonização Infecção local de inserção Infecção em inserção tuneilizada Infecção relacionada a infusãoBacteremia/Fungemia relacionada ao

cateter

Page 5: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Epidemiologia

1986-1989

1992-1999

(%) (%)

SCN 27 37

S.aureus 16 13

Enterococcus 8 13

BGN 19 14

Candidas 8 8

NNISS

Page 6: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Patogênese

Pode influenciar na infecção do cateter:

Material do cateter (teflon, poliuretano e silicone infectam menos que os de PVC e polietileno)

Virulência do microrganismoCaracterísticas de adesão

Page 7: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO
Page 8: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO
Page 9: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO
Page 10: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Critérios Diagnóstico

Infecção da Corrente Sangüínea Relacionada ao

cateter Clínic de infecção + uso de cateter + hemoculturapositiva + sem foco aparente, exceto pelo cateter

ou

Cultura da ponta do cateter positiva + hemocultura positiva (CVC e periférica)

Page 11: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Critérios Diagnósticos

Infecção do sítio de inserção do cateter

Presença de um dos achados? Dor, calor ou eritemaDrenagem de material purulento e/ou CSQ da ponta do cateter >15UFC/placa ou quantitativa >1000UFC/ml

Page 12: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Recomendações do CDC conforme categorias

Categoria IA: comprovado

Estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos bem conduzidos

Categoria IB: recomendado

Forte razão teórica ou estudos experimentais, clínicos ou epidemiológicos

Categoria IC: exigido

Leis e Portarias

Categoria II: sugerido

Razão teórica ou sugerido por estudos

Não resolvido

Evidência insuficiente ou não existe consenso

Page 13: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Page 14: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Educar e treinar toda equipe em indicações, inserção, manutenção e medidas de prevenção e controle: IA (comprovado)

Monitorar aderência às recomendações: IA (comprovado)

Designar equipe treinada para inserção e manutenção de cateteres vasculares: IA (comprovado)

Educação e treinamento

Page 15: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Monitorar ocorrência de infecção :IB (recomendado)

Remover curativo se o paciente tiver dor local, febre ou suspeita de bacteremia, sem outra causa evidente : IB (recomendado)

Orientar pacientes a relatar alteração no sítio de inserção: II (sugerido)

Vigilância

Page 16: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Registrar em prontuário data, responsável pela inserção, remoção do cateter e troca de curativos: II (sugerido)

Não fazer cultura rotineira do cateter: IA (comprovado)

Vigilância

Page 17: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Observar aderência da equipe à higiene das mãos com sabonete anti-séptico ou aplicação de formulações alcoólicas: IA (comprovado)

Antes e depois do contato com sítio de inserção ou qualquer cuidado com cateter: IA (comprovado)

O uso de luvas não exclui a necessidade de higiene das mãos: IA (comprovado)

Higiene das mãos

Page 18: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Técnica asséptica: IA (comprovado)

Luvas estéreis para inserção de cateter arterial e venoso central: IA (comprovado)

Luvas de procedimento para inserção de cateter periférico, se o acesso não for mais tocado após a anti-sepsia: IA (comprovado)

Inserção e manipulação do cateter

Page 19: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Não realizar a dissecção como rotina de inserção de cateteres arteriais e venosos : IA (comprovado)

Luvas estéreis ou de procedimentos podem ser utilizadas para o curativo dos cateteres vasculares: IC (exigido)

Inserção e manipulação do cateter

Page 20: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Anti-sepsia cutânea antes da inserção do cateter ou troca de curativo: IA (comprovado)

Preferir clorexidina 2%, podendo ser usado PVPI, ou álcool 70%: IA (comprovado)

Permitir que o PVPI seque por dois minutos antes da inserção do cateter: IB (recomendado)

Não aplicar solventes orgânicos na inserção ou troca de curativos: IA (comprovado)

Anti-sepsia cutânea

Page 21: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Gaze estéril ou curativo transparente: IA (comprovado)

CVC tunelizado, com boa cicatrização não requer curativo: II (sugerido)

Preferir gaze estéril se paciente apresenta sudorese excessiva ou sangramento do curativo: II (sugerido)

Trocar o curativo se estiver sujo, úmido ou solto: IB (recomendado)

Curativo do sítio de inserção do cateter

Page 22: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Trocar o curativo a cada 7 dias em pacientes adultos ou adolescentes: II (sugerido)

Não empregar pomadas ou cremes antibióticos no sítio de inserção, exceto em cateteres de diálise: IA (comprovado)

Proteger o cateter durante o banho: II (sugerido)

Curativo do sítio de inserção do

cateter

Page 23: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Selecionar o cateter, técnica e local de inserção considerando o menor risco de complicações, prevendo a duração da terapia EV: IA (comprovado)

Remover o cateter tão logo seja desnecessário: IA (comprovado)

Não realizar troca rotineira de cateteres para reduzir a infecção: IB (recomendado)

Seleção e troca do cateter

Page 24: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Trocar cateter venoso periférico de adultos a cada 72 a 96 horas para prevenção de flebite: IB (recomendado)

Manter o cateter venoso periférico de crianças enquanto durar a terapia EV, exceto na ocorrência de complicações (flebite ou infiltração): IB (recomendado)

Cateteres inseridos sem técnica asséptica devem ser removidos dentro de 48 horas: II (sugerido)

Seleção e troca do cateter

Page 25: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Utilizar critérios clínicos e não somente a ocorrência de febre para determinar a troca do cateter na suspeita de infecção: II (sugerido)

Não trocar o cateter em fungemias ou bacteremias, quando não for a fonte provável de contaminação: II (sugerido)

Seleção e troca do cateter

Page 26: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Trocar o CVC na suspeita de bacteremia relacionada ao dispositivo em pacientes hemodinamicamente instáveis: II (sugerido)

Não utilizar fio guia na troca de cateteres suspeitos de serem a fonte de infecção: IB (recomendado)

Seleção e troca do cateter:

Page 27: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Trocar o sistema de infusão a cada 72 horas, exceto na suspeita ou confirmação de infecção relacionada ao cateter: IA (comprovado)

Troca do equipo:

Page 28: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Sem recomendação para a necessidade de curativo em cateteres de longa duração tunelizados ou com cuff: não resolvido

Utilizar proteção estéril para todos os cateteres arteriais pulmonares: IB (recomendado)

Curativo:

Page 29: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Trocar o equipo utilizado sangue, derivados e emulsões lipídicas em até 24 horas do início da infusão: IB (recomendado)

Para glicose e aminoácidos, a freqüência de troca pode ser a cada 72 horas: II (sugerido)

Trocar o sistema sem agulha em conjunto com o equipo: II (sugerido)

Troca do equipo:

Page 30: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Infundir soluções com lipídeos dentro de 24 horas: IB (recomendado)

Infundir emulsões de lipídeos em 12 horas, exceto se o volume requiser um tempo maior: IB (recomendado)

Infundir sangue e hemoderivados em até quatro horas: II (sugerido)

Sem recomendação quanto ao tempo de infusão para demais soluções: não resolvido

Fluídos parenterais

Page 31: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Selecionar os cateteres conforme indicação, duração, complicações e experiência da equipe: IB (recomendado)

Evitar o uso de agulhas de aço para administração de medicamentos vesicantes: IA (comprovado)

Preferir em adultos a inserção em membros superiores: IA (comprovado)

Cateteres venosos periféricos, incluindo cateter de linha média

Page 32: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Substituir tão logo quanto possível em adultos os cateteres inseridos em membros inferiores: IA (comprovado)

Preferir a instalação dos cateteres (ou scalp) nas mãos ou dorso do pé, nos pacientes pediátricos:II (sugerido)

Não aplicar antibióticos ou anti-sépticos tópicos no sítio de inserção: IA (comprovado)

Cateteres venosos periféricos, incluindo cateter de linha média:

Page 33: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Avaliar diariamente o sítio de inserção: II (sugerido)

Não remover os curativos se o paciente não apresentar dor no local ou sinais de infecção sistêmica: II (sugerido)

Trocar os cateteres periféricos a cada 72-96 horas em adultos: IB (recomendado)

Troca do cateter periférico

Page 34: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Manter o cateter periférico por períodos acima de 96 horas se o paciente apresentar dificuldade de acesso venoso: IB (recomendado)

Não trocar rotineiramente os cateteres de linha média com a finalidade de prevenção de infecção: IB (recomendado)

Manter os cateteres periféricos em pacientes pediátricos até o final da terapia EV: IB (recomendado)

Troca do cateter periférico

Page 35: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Realizar vigilância em UTI para determinar o risco de infecção, corrigir e aperfeiçoar medidas de controle: IA (comprovado)

Calcular a densidade de bacteremia relacionada a cateteres nas UTIs: IB (recomendado)

Preferir cateteres com número mínimo de lumens: IB (recomendado)

Cateter venoso central, PICC, cateter de hemodiálise e cateter

pulmonar arterial

Page 36: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Utilizar cateteres implantáveis para pacientes que requeiram acesso venoso prolongado e intermitente: II (sugerido)

Preferir PICC ou cateteres tunelizados para pacientes que necessitem acesso prolongado e contínuo: II (sugerido)

Cateter venoso central, PICC, cateter de hemodiálise e cateter

pulmonar arterial

Page 37: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Avaliar o risco de complicações mecânicas para seleção do sítio de inserção do cateter: IA (comprovado)

Preferir a veia subclávia para inserção de CVC não tunelizado em pacientes adultos: IA (comprovado)

Preferir as veias jugular ou femoral para inserção de cateteres de hemodiálise com a finalidade de evitar estenose venosa: IA (comprovado)

Cateter venoso central, PICC, cateter de

hemodiálise e cateter pulmonar arterial

Page 38: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Utilizar técnica asséptica (gorro, máscara, avental estéril, luvas estéreis, campo grande fenestrado estéril) para inserção de CVC, incluindo PICC ou troca com fio guia: IA (comprovado)

Proteger o cateter arterial pulmonar com uma cobertura estéril durante a sua inserção: IB (recomendado)

Cateter venoso central, PICC, cateter de hemodiálise e cateter

pulmonar arterial

Page 39: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Não realizar troca periódica de CVC, PICC, cateter de hemodiálise ou cateter pulmonar arterial com a finalidade de prevenir infecção: IB (recomendado)

Utilizar fio guia para substituir cateteres não tunelizados mal funcionantes, sem evidência de infecção: IB (recomendado)

Utilizar um novo par de luvas estéreis antes de inserir novo cateter pelo fio guia: II (sugerido)

Cateter venoso central, PICC, cateter de hemodiálise e cateter

pulmonar arterial

Page 40: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

Trocar o curativo se ele estiver úmido, solto, sujo ou quando a inspeção for necessária: IA (comprovado)

Trocar o curativo com gaze a cada dois dias e o curativo transparente a cada sete dias, exceto em pacientes pediátricos e naqueles em que o risco da manipulação supere os benefícios da troca: IB (recomendado)

Infusão de NPP

Utilizar lúmen único

Curativo

Page 41: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

A instalação do cateter é realmente necessário?

O cateter ainda é necessário para o paciente?

A equipe está ciente sobre todos os cuidados ecomplicações relacionados ao cateter?

QUESTÕES PARA REFLETIR

AVALIAÇÃO DA EQUIPE

Page 42: INFECÇÃO EM CATETER  COMPLICAÇÕES E TRATAMENTO

CONTATO

[email protected]

[email protected]