Upload
dangtu
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Infecgoo em pr6tesevascular sintetica
A infecqao da pr6tese vascular sintetica e uma das mais graves complicaqoes da cirurgia derestauraqao arterial. A incideocia varia de 0,0% a 5,3% na literatura. 1mplante da pr6tese nasarterias femorais e cirurgias de mgencia sao fatores de risco que contribllem para 0 allmento daiocidencia. Stafilococus aureus e a bacteria responsavel pela maioria dos casos.Antibioticoprofilaxia e tecnica cirurgica apuradas sao fundamentais para evitar as infecqoes. Atomografia computadorizada com contraste e 0 exame de escolba quando houver a sllspeitaclinica de infecqao de pr6tese intraabdominal. A angiografia e utilizada para programar 0
tratamento cirurgico. 0 tratamento mais utilizado consiste na remoqao da pr6tese a6rticainfectada e restauraqao do fluxo sanglifneo arterial para os me01bros inferiores atraves derevascularizaqao extra-anatomica. A mortalidade media neste procedimento e de 19,4% e 0
indice de amputaqao de membros infeliores de 10,5 %. Publicaqoes recentes utilizando aorta decadaver e veias profundas dos membros inferiores para substituiqao da pr6tese infectada terndemonstrado indices de mortalidade e de amputaqoes abaixo de 10,0 %.
UNITERMOS: 1nfecqao; Aorta abdominal; Aneurisma a6rtico
Marco Aurelio CardozoMestrando do Programa de PosGraduoQoo em Clinico Cirurgico doFFFCMPA-ISCMPA.
Airton Delduque FrankiniDoutor em Cirurgia Vascular. Professorconvidodo do Progroma de PosGraduaQoo em Clinica Cirurgica doFFFCMPA-ISCMPA.
Telmo Pedro BonamigoProfessor Adjunto, Livre Docente dodisciplino de Cirurgio Vascular doFFFCMPA-ISCMPA.
Trabalho realizado no Programa de PosGraduaQoo em Clfnica CirUrgica daFundaQoo Faculdade Federal de Ci€mciasMedicos de Porto Alegre - IrmandadeSonta Coso de Misericordia de PortoAlegre, entase em Cirurgia Vascular.
A infec~ao envolvendo apr6tese vascular sintetica euma das complica~6es mais
temidas da cirurgia de restaura~ao
arterial. FreqUentemente, a morbidadedesta complica~ao e maior do que osriscos comparados na hist6ria da doen~a
vascular que levou a sua utiliza~ao.
A incidencia de infec~ao varia deacordo com a indica~ao e 0 local deimplante da pr6tese vascular. E maiscomum ap6s procedimentos cinirgicosde urgencia, em pr6teses anastomosadasnas arterias femorais ou colocadas emtuneis subcutaneos. A verdadeiraincidencia deve ser maio I' do que arelatada na literatura. Muitas infec~oes
podem se manifestar varios anos ap6s 0
implante da pr6tese e os pacientespoderao ser tratados em outros servi~os.
Uma revisao de grandes series daliteratura demonstrou uma incidenciavariavel de 0,0% a 5,3% para todas ascirurgias de implantes de pr6tesesvasculares sinteticas na circula~ao
periferica. No setor aorto-ilfaco-femoral,a incidencia oscilou entre 0,0% e 3,0%7.Estudo cooperativo multicentrico, noBrasil, constatou uma incidencia deinfec~ao das pr6teses sinteticasimplantadas na circula~ao periferica de4,6 %38.
o objetivo deste trabalho e revisal' aliteratura em rela~ao a fisiopatogenia,aspectos clfnicos, meios diagn6sticos e
. os diversos tipos de tratamento destagrave complica~ao que geralmente seconstitui em urn grande desafio, pelosaltos percentuais de morbimortalidadeassociados.
PATOGENIA
A exposi~ao da pr6tese as bacteriasou aos fungos pode levar a coloniza~ao
com subseqiiente infec~ao clfnica. Osmicroorganismos podem entrar emcontato com a pr6tese pOI' via direta, viahematica ou via linfatica. Eimportantesalientar que alguns dos fatores que
levam a contamina~ao direta da pr6tesesao a quebra da tecnica assepticarigorosa pela equipe cirurgica, 0 contatocom a flora end6gena do paciente e alesao de linfonodos nas dissec~6es dasregioes inguinais. AJem disso, quando aferida operat6ria nao desenvolve umaadequada cicatriza~ao,aumenta a chancede coloniza~ao bacteriana. Eritema,necrose da derme e linfocele podempredispor ao desenvolvimento de urnfoco septico e contamina~ao da pr6tesearterial. EventuaJmente, a parede atterialdoente pode abrigar 0 foco de infec~ao
na placa ateroscJer6tica ou no tromboaneurismaric020
. Pacientes submetidos areopera~oes devido a falencia ou revisaode enxertos vasculares geralmenteabrigam bacterias nos tecidos decicatriza~ao, nos linfonodos, nassuperficies arteriais onde foi previamenteimplantado 0 enxerto enos materiais desutura5. 9. 37. 50. A contamina~ao pOI' viahematica ou via linfatica ocone devido aalgum foco de infec~ao ou de coloniza~ao
• CIR VASC ANGIOL 13: 110-118, 1997
Infec<;:oo em pr6tese vascular sintetica Marco Aurelio Cardozo e cols.
o Staphylococcus aureus( coagulasepositivo) e a bacteria responsavel pelagrande maioria das infec<;6es dasproteses vasculares, A a<;ao de suastoxinas provoca intensa rea<;ao local esistemica com manifesta<;ao clfnicaprecoce. 0 Staphylococcus epiderrnidis,os Staphylococcus coagulase positivoe outras bacterias foram negativas. As
BACTERIOLOGIA
devem ser realizadas apos a completaresolu<;ao de qualquer foco septicopresente. Aten<;ao especial deve sermantida em procedimentos cirurgicos deurgencia ou restaura<;6es vasculares comdura<;ao prolongada para que a tecnicaasseptica seja preservada, bern comoevitar 0 espa<;o morto, a macera<;aoexcessiva dos tecidos e a presen<;a dehematomas entre eles5• 15.38. Cirurgias
simultaneas envolvendo 0 trato gastrointestinal devem ser evitadas devido apossibilidade de contamina<;ao daprotese por organismos entericos. Comoexce<;ao, a colecistectomia simples, empacientes assintomaticos portadores decolelitfase, tern sido executada comseguran<;a apos 0 implante da proteseaortica e fechamento meticuloso doretroperitonio. Tal procedimento ternsido proposto, em vista da possibilidadede ocorrer colecistite aguda no posoperatorio da cirurgia eletiva do aneurisma da aorta abdominal em portadoresde colelitfase 11,25,45,62.
Os pacientes devem ser alertados dapossibilidade de coloniza<;ao e infec<;aodas proteses vasculares sinteticasmesmo apos varios anos de sua implanta<;ao, Tern sido recomendado 0 uso deantibioticos profilaticos quando estespacientes forem submetidos a procedimentos invasivos, tais como restaura<;aodentaria, colonoscopia e cistoscopia7,
calizado, pseudoaneurismaanastomotico, fistula cutanea purulenta e ffstula aorto-enterica podem ocorrer.
Os fatores de risco maiscomumente relacionadosas infec<;6es de protesesvasculares sinteticas estaoapresentados no quadro F.
PREVEN<;Ao
A preven<;ao da infec<;aoda protese vascular deve serrigorosamente observadapela equipe cirurgica noperfodo pre, trans e posoperatorio. A interna<;aopre-operatoria prolongadadeve ser evitada no sentidode diminuir 0 desenvolvimento de flora bacterianaresistente aos antibioticos
mais utilizados nos hospitais. A administra<;ao profiIatica de antibioticosdeve ser institufda como rotina nascirurgias de implante de proteses vasculares sinteticas por apresentar eficaciacompro-vada. A administra<;ao intravenosa de 19 de Cefazolina sodica 1 horaantes da incisao cirurgica ate 24 horas .de pos-operatorio tern sido 0 esquemapadrao utilizado (a cada 2 a 3 horas decirurgia recomenda-se repetir a dose paramanter os nfveis sericos com concentra<;ao bactericida para os patogenosesperados). Aos pacientes alergicos aspenicilinas e as cefalosporinas recomenda-se a administra<;ao parenteral de1 g de Vancomicina + Gentamicina (l,5ing/Kg) 1 hora antes da cirurgia, berncomo repetir em intervalos de 8 a 12 horasmais tres doses5. Na presen<;a de ulcerasinfectadas das extremidades devem seradministrados antibioticos baseados nasculturas realizadas. Cirurgias eletivas
Contaminac;:oo bacteriana do pr6tese
Quebra do tecnica cirurgica asseptica
Internac;:oo pre-operat6ria prolongada
Cirurgia de urgencia
Tempo cirurgico prolongado
Cirurgia gastrointestinal associada
Foco de infecc;:oo presenfe
Infecc;:oo p6s-operat6ria de ferida cirurgica
Reoperac;:oo arterial
Alterac;:6es das defesas do paciente
Contaminac;:oo com reac;:oo inflamat6ria local
Desnutric;:oo
Leucopenia
Uso de corticoster6ides
Quimioterapia
Diabete melitus
Insuficiencia renal cronica
Doenc;:a autoimune
Quadro 1- Fatores de risco predisponentes para ainfecc;:oo de pr6tese vascular sintetica (7)
distante. Este foco pode estar presenteem pulmao, trato urinario, dentes,valvulas cardfacas, tilceras de membrosinferiores e em cateter venoso ou arterialpreviamente introduzid04, 53.
A adesao da bacteria a protesedepende da especie bacteriana e do tipode protese. Foi demonstrado, experimentalmente, que a especie Staphylococcusadere de 10 a 1000 vezes mais as protesesvasculares (Dacron e politetrafluoretileno) do que bacterias gramnegativas8. A extensao do processo inflamatorio e da lesao tecidual dependem davirulencia do microorganismo infectante.o resultado final sera uma destrui<;aotecidual, desintegra<;ao da anastomosee hemorragia. A destrui<;ao dos tecidosperi-proteticos leva a forma<;ao decavidade ou abscesso extendendo ainfec<;ao ao longo da protese, arteria, pelee estruturas adjacentes. Trombose doenxerto, ab-scesso periprotetico 10-
CIR VASC ANGIOL 13:110-118, 1997
Infec<;ao em pr6tese vascular sintetica Marco Aurelio Cardozo e cols.
Figura 2 - Tomografia compuladorizada conlraslado evidenciando presenya de coleyaoliquida peri-prolese aorlica em pacienle com derivayao aorlo-bifemoral infeclada.
manifesta~5es clinicas podem ocorrerap6s meses ou varios anos ap6s 0
implante e muitas vezes os examesculturais do material protetico podem ateser negativos para estes pat6genos.Bacterias gram-negativas mais virulentas(Escherichia coli, Pseudomonas,Klebsiella, Enterobacter e Proteus) estaoassociadas a deiscencia de anastomosee ruptura de arteria devido a produ~ao
de endotoxinas com alto poder des.trutivo(elastase e protease alcalina).Complica~5es como erosao da pr6tese
Figuro 1 Pseudoaneurisma femoralesquerdo infeclado em pacienle comprolese aorlobifemoral
em al~a intestinal ou fistula da anastomose com 0 intestino tambem podemocorrer precoce ou tardiamente. Infec~5es rungicas (Candida, Mycobacterium,Aspergillus) sao raras e ocorrem empacientes imunossuprimidosl 2• 13.31.
DIAGNOSTICO
o diagn6stico deve ser confirmado 0
mais breve posslvel em pacientes comsuspeita de infec~ao de pr6tese vascularno setor aorto-ilfaco-femoral. Pacientesnao tratados poderao evoluir ao 6bitopor hemorragia e sepsis. Em portadoresde pr6tese confinada ao abdome,' alaparotomia esta autorizada para aconfirma~ao definitiva quando existe asuspeita c1inica de uma erosao ou fistulaaorto-enterica. 0 diagn6stico das infec~5es das pr6teses vasculares perifericase baseado nas m~nifesta~5es c1inicas,nas altera~5es da circula~ao detectaveispelos meios de diagn6stico por imageme pela analise microbiol6gica das pr6teses. A maioria dos casos sao diagnosti-
cados ap6s os quatro meses do implanteda pr6tese e somente 20,0% sao diagnosticados precocemente5. 39. 46.
As infec~5es de pr6teses vascularescom anastomoses intra-abdomi naispodem se manifestar como um quadrode sepsis indeterminado, ileo adina-micop6s-operat6rio prolongado, distensaoabdominal, dor ou massa pulsatil.Anastomoses comprometidas nasregi5es inguinais podem apresentarsinais evidentes de rea~ao inflamat6ria,celulite, fistula purulenta ou pseudoaneurisma anastom6tico palpavel.(Figura 1 ) Pacientes com pr6tese vascular intra-abdominal que apresentamhemorragia digestiva alta ou baixa devemser encarados como portadores defistula aorto-enterica secundaria ate queoutra causa da hemorragia seja afastada.Infec~5es precoces causadas por S.aureus ou bacterias gram-negativasvirulentas apresentam quadro de febre,leucocitose com desvio a esquerda ecole~ao purulenta peri-pr6tese. Bacteremia ocorre mais tardiamente e podeestar associada a endocardite secundaria. Nos casos em que 0 S. epiderrnidise 0 responsavel as manifesta~5es
clfnicas (pseudoaneurisma anastom6tico, cole~ao peri-pr6tese e fistulacutanea) ocorrem tardiamente, sem sinaisde bacteremia e os exames laboratoriaispodem estar inalterados3. 41. 48. 71 .
Pacientes hemodinamicamenteestaveis e com suspeita de infec~ao dapr6tese vascular devem realizar examesde diagn6stico por imagem na pesquisade alguma complica~ao. Abscesso peripr6tese, pseudoaneurisma anastom6ticoe trombose de ramo do enxerto podemser visualizados. A tomografiacomputadorizada com contraste e 0
exame de escolha quando houver asuspeita diagn6stica. (Figura 2) Saoindicativos de infec~ao a perda dopadrao normal das estruturasretroperitoneais, sinais de inflama~ao,
CIR VASC ANGIOL 13: 110-118, 1997
Infec~ao em protese vascular sintetica
cole<;:ao ou gas peri-pr6tese (6 a 7semanas ap6s a cirurgia), pseudoaneurisma, hidronefrose, osteornielite devertebra e abscesso retroperitoneal. 0exame contrastado perrnite urn estudomais detalhado da luz da pr6tese e suarela<;:ao com a parede do duodena e al<;:asintestinais. A ultrasonografia e util nadetec<;:ao de pseudoaneurismaanastom6tico, cole<;:ao peri-protese ehematomas. Distensao de al<;:as intestinais, obesidade e inexperiencia doexarninador dirninuem de forma significativa a sua acuracia. A ressonanciamagnetica tern se mostrado altamenteeficaz no diagn6stico de patologiasenvolvendo pr6tese vascular a6rtica,mas 0 seu alto custo limita a suautiliza<;:a021 . E superior a tomografiacomputadorizada na avalia<;:ao dostecidos adjacentes a pr6tese, especialrnente na diferencia<;:ao entre cole<;:aoliquida e inflama<;:ao. No entanto, ambosos metodos sao deficientes paradiferenciar entre cole<;:ao liquida esterilou abscesso peri-pr6tese39 . Nestassitua<;:5es, a cintilografia com radiois6~
topos (Galio-67, Indio-Ill, Tecnecio-99,IgG humanas polic1onais) e util emdemonstrar sftios de acumulo de leuc6citos contribuindo para 0 diagn6stico deinfec<;:ao dos enxertos vasculares commanifesta<;:5es c1fnicas tardias (appsquatro meses do implante)22. A angiografia e util para visualizar complica<;:5es dainfec<;:ao do enxerto e estudar a circula<;:ao do paciente no sentido de programar 0 tratamento cirurgico. A endoscopia digestiva e muito importante nasuspeita c1fnica de erosao ou fistulaaorto-enterica secundana. 0 exame dotrato digestivo superior deve ser rninucioso, especialmente a 3° e 4° por<;:5esdo duodena que sao os locais maisfrequentemente acometidos. 0 exarninador e a equipe cirurgica devem estaratentos para a possibilidade de hemorragia maci<;:a durante 0 exame. Se a causa
do sangramento digestivo nao foresciarecida com certeza, a explora<;:aocirUrgica deve ser realizada30.
A identifica<;:ao do rnicroorganismocausador da infec<;:ao e fundamental paraconfirmar 0 diagn6stico e utilizar osantibi6ticos adequados. 0 exame culturaldos tecidos e cole<;:5es peri-pr6tese e defragmentos da pr6tese frequentementeconfirma 0 diagn6stico nas infec<;:5escausadas por bacterias mais virulentasem que a repercussao clinica e evidente(S.aureus, streptococus e gram-negativos). Nas infec<;:5es tardias com manifesta<;:5es clfnicas discretas, tecnicasrnicrobiol6gicas modemas (tempo maisprolongado de incuba<;:ao das culturas emecanismos especiais para desconexaoentre a bacteria e a superffcie da pr6tese)tern sido empregadas para 0 diagn6sticodo S.epiderrnidis8.
... .l •
o tratamento consiste na remo<;:ao dapr6tese infectada e restaura<;:ao do fluxosangiifneo arterial para os membrosinferiores. Varias altemativas cirurgicastern sido propostas, nao havendo aindaurn consenso sobre a melhor delas. Agrande heterogeneidade nas formas deapresenta<;:ao desta patologia, nascondi<;:5es dos pacientes, na severidadedos casos corn presen<;:a ou nao defistula aortoenterica, no perfodo deacompanhamento p6s-operat6rio e ascasufsticas descritas corn dadosincompletos dificultam uma defini<;:aomais consistente dos Indices de morbidade e mortalidade.
A remo<;:ao da pr6tese a6rticainfectada sem revasculariza<;:aodificilmente e adequada, pois estaassociada a fndice de mortalidade emtome de 36,0% e de amputa<;:ao maior de45,0% L6, 24, 34, 47. 48. 49. 55,60. Por outro lado, a
simples substitui<;:ao da pr6tese apresentaa menormortalidade (13,7%) e baixo fndice
Marco Aurelio Cardozo e cols.
Figura 3 . Ponto axilobifemoral e coto aorticosuturado. Extraldo de Ristow AV et 01. (50)
de amputa<;:a044. 51. 60, 64. 65. 70, 71. Esta
alternativa tern sido indicada parapacientes de alto risco, corn infec<;:ao deurn ramo da pr6tese aortobifemoral porrnicroorganismos de baixa virulencia64.65.A sUbstitui<;:ao completa da pr6teseinfectada por nova pr6tese tratada cornantibioticos e 0 uso continuado deantibi6ticos por via oral tern sido relatadacom sucesso ern alguns casos64' Porem,o tempo de acompanhamento p6soperat6rio destes pacientes ainda e curtoe apesar do uso continuado de antibi6ticos a chance de reinfec<;:ao dasanastomoses esta sempre presente.
A conduta mais comumente adotada e arevasculariza<;:ao extra-anat6rnica atraves detecidos nao comprometidos por infec<;:ao eremo<;:ao da pr6tese a6rtica. (Figura 3) I. 10.23.30.32,33.4 L, 49. 50. 52. 55. 56. 60. 66. 69. 70. A mortalidade
gira ern tome de 19,4/0 e 0 fndice deamputa<;:ao 10,5%. Os procedimentospodem ser estagiados ( revasculariza<;:ao
CIR VASC ANGIOL 13:110-118, 1.997
Infec<;:oo em protese vascular sintetica Marco Aurelio Cardozo e cols.
Figura 4 - Ponte iliaco-femoral com veia femoral superficial apos remo<;:oo de protesesintetica infectada
extra-anat6mica e apos dois ou tres diasretirada da protese) ou simultaneosconforme a preferencia da equipe cinirgica.As complica\joes precoces mais temidasdesta estrategia cinirgica sao a infec\jao daponte extra-anat6mica (16,0% dos casos) ea deiscencia fatal do coto aortico (9,4% doscasos)l, 23, 30. 32, 33, 41, 49, 50, 55, 56, 60, 66, 69, 70. A
medio e longo prazos, a trombose doenxerto extra-anat6mico e catastrofica~
levando com frequencia a necessidadede amputa\joes maiores. Em pacientescom doen\ja vascular obstrutiva severa,as pontes axilo-poplftea e axilo-femoralprofunda tern apresentado perviedadeprimaria de 43,0% em tres anos, sendoque urn ter\jo de todos os sobreviventesevoluirao para amputa\joes maiores47.
A utiliza\jao de material autogeno(arteria endarterectomizada ou veia) nasubstitui\jao da protese infectada ternmostrado boa resistencia destas estruturas a infec\jao e indices de mortalidadee morbidade semelhantes aos da revasculariza\jao extra-anat6mica com retirada
da protese 17, 19,27,35,40,46,59. No entanto, a
baixa incidencia de perviedade a longoprazo tern limitado 0 seu usa, especialmente de segmentos longos dearterias endarterectomizadas e veiasafena magna17, 19,59.
Publica\joes promissoras com a utiliza\jao de aorta de cadaver preparada eveias profundas dos membros inferiorespara substitui\jao da protese infectadatern apresentado incidencia de mortalidade e de amputa\joes abaixo de 10,0%.(Figura 4)2,17,27,29,40,61 Kieffer e cols.28
demostraram, em expressiva casuisticpcom 43 pacientes submetidos a substitui\jao da protese aortica infectada poraloenxerto aortico uma mortalidade deapenas 12,0%. A reinfec\jao e a deteriora\jao tardia deste tipo de enxertopodem ocorrer"devendo 0 acompanhamento rigoroso destes pacientes serobrigatorio conforme recomendam osautores citados. Baseados na experienciade autores que utilizam veias profundasdos membros inferiores como substituto
arterial no segmento femoropoplfteo emdiversas situa\joes57 e na comprovadaresistencia dos materiais autogenos ainfec\jao 19, 59, Clagett e cols 17. tern
utilizado veias femorais superficiais paraa restaura\jao do fluxo arterial apos aretirada da protese aortica infectada, 0
que denominam de Autogenousaortoiliac/femoral reconstruction fromsuperficial femoral-popliteal veins. Em31 pacientes operados, os indices demortalidade foram de 10,0% e de amputa\joes abaixo de 5%. Quandoutilizaram segmentos de veia safenamagna associados as veias femoraisprofundas, observaram falencia(hiperplasia difusa da intima levando aestenose critica ou trombose) de 64,0%das veias safenas e 0,0% das veiasprofundas. Em vista disso, recomendamque a veia safena magna so deve serutilizada em situa\joes de extremanecessidade e quando seu 0 calibre forigual ou superior a 8 milfmetros. Outrosautores40,63 tambem tern demonstradoresultados promissores com esta estrategia cinirgica. Eimportante salientarque as veias femoral comum, femoralprofunda e safena magna ipsilateraldevem ser preservadas no sentido deevitar 0 edema pos-operatorio domembro inferior, mesmo que sua ocorrencia seja remota36,54, 58.
Finalmente, 0 tratamento conservador(desbridamento dos tecidos infectados,drenagem e amplo usa de antibioticos)tern sido recomendado para algunspacientes com infec\joes de proteselimitadas e extracavitarias e para aquelescom reduzida expectativa de vida. Apesardos bons resultados iniciais, infec\jaorecorrente, falso aneurisma e fistulaaortoenterica tern sido observados comfrequencia nestes casos l4, 26, 39.
A infec\jao da protese vascular
CIR VASC ANGIOL 13: 110-118, 1997
Infec<;:oo em pr6tese vascular sintetica
sintetica e uma grave complicayaorelacionada ao seu uso. Pacientestratados em serviyos altamentequalificados apresentam indicessignificativos de mortalidade ,e deamputayoes dos membros inferiores. Osautores entendem que e fundamentalo conhecimento profundo des taafecyao pela equipe cinirgica. Atenyaoespecial aos fatores de risco e muitoimportante no sentido de diminuir a suaincidencia. Frente a suspeita clinica, aescolha dos meios diagn6sticos deveser precisa e objetiva, por se tratar deuma patologia que apresentacomplicayoes muitas vezes precoces ecatastr6ficas. A escolha do tratamentovai depender das condiyoes clinicasdo doente e da experiencia da equipecirurgica com as varias alternativastecnicas descritas na literatura.
..INFECTION OF SYNTHETIC VASCULARGRAFTS
Infection of a synthetic vasculargraft is one of the most serious complications of arterial reconstructivesurgery. The reported prevalence ofgraft infection varies from 0% to5.3%. Graft implantation throughgroin incisions and emergency operations are factors associated with anincreased risk of graft infection. Staphylococcus aureus is the most common pathogen. Antibiotic prophylaxisand exact surgical technique are factors known to decrease the graft infection rate. Contrast-enhanced CT is'the imaging technique of choice forpatients with suspected infection of
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Bacourt F, Koskas F and FrenchUniversity Association ForResearch in Surgery. Axilobifemoralby pass and aortic exclusion forvascular septic lesions: Amulticenter retrospective study of98 cases. Ann Vasc Surg 6: 119 - 26,1992.
2. Bahnini A, Ruotolo C, Koskas F,Kieffer E. In situ fresh allograftreplacement of a infected aorticprosthetic graft: Eighteen months'follow-up. J Vasc Surg 14: 98 - 102,1991.
3. Bandyk DF, Berni GA,Thiele BL etal. Aortofemoral graft infection dueto Staphylococcus epidermidis.Arch Surg 119: 102, 1984.
4. Bandyk DE Vascular graft infection.Epidemiology, bacteriology, andpathogenesis. In: Bernhard WM & .Towne JB (eds) Complications inVascular Surgery, 2nd ed. New York,Grune & Stratton, 1985, p.471 - 85.
5. Bandyk DF. Vascular Graftinfections: Epidemiology, micro-
Marco Aurelio Cardozo e cols.
intraabdominal grafts. Angiography isuseful in planning the surgical approach. The standard treatment ofaortic graft infection involves removalof the infected graft, oversewing theaortic stump and lower limbrevascularization through extraanatomic by-pass. The standard treatment results, on average, in 19.4%mortality rate and 10.5% amputationrate. Alternative treatment strategieshave been reported in the literature.Recently, in situ aortic allograft replacement and autogenous aorto-iliacreconstruction using superficial femoral/popliteal veins have been reported,showing mortality and amputationsrates below 10%.
Keywords: Infection, Abdominalaorta, Aortic Aneurysm
biology, pathogenesis and prevention In: Bernhard VM, Towne JB(eds): Complications in VascularSurgery. St. Louis, Quality MedicalPublishing, 1991, p.223 - 234.
6. Bandyk DF, Bergamini TM, KinneyEV et al. In si tu replacement ofvascular prostheses infected bybacterial biofilms. J Vasc Surg 13:575,1991.
7. Bandyk DF & Bergamini TM.Infection in Prosthetic VascularGrafts. In: Rutherford RB(4th ed):Vascular Surgery. Philadelphia, WBSaunders, 1995, p.588 - 604.
8. Bergamini TM, Bandyk DF,Govostis D et al. Identification ofStaphylococus epidermidisvascular graft infections: Acomparison of culture techniques.J Vasc Surg 9: 665,1989.
9. Bergamini TM. Vascular prosthesesinfection caused by bacterialbiofilms. Semin Vasc Surg 3: 101,1990.
10. Bonamigo TP & Frankini AD.Derivayoes extra-anat6micas dosegmento aorto-iliaco. In: Maffei
CIR VASC ANGIOL 13:11 0-118, 1997
Infec900 em protese vascular sintetica
FHA, Last6ria S, Yoshida WB, RolloHA. Doen~as VascularesPerifericas (2° Ed) Rio de Janeiro,MEDSI,477 - 87,1995.
11. Calligaro KD & Veith FJ. Surgeryof the infected aortic graft. In:Bergan JJ & Yao JST (eds): AorticSurgery. Philadelphia, WBSaunders, 1989, pA85 - 496.
12. Calligaro KD, Veith FJ, Gupta SK etal. A modified method of mangement of prosthetic graft infectionsinvolving an anastomosis to thecommon femoral artery. J Vasc SurgI I: 485, 1990.
13. Calligaro KD, Wescott CJ, BuckleyRM et al. Infrainguina1 anastomoticarterial graft infections treated byse1ecti ve graft preservation. AnnSurg 216: 74,1993.
14. Calligaro KD, Veith FJ, SchwartzML, Goldsmith J, Savarese RP,Dougherty MJ, Delaurentis DA.Selecti ve preservation of infectedprosthetic arterial grafts: Analysisof a 20 year experience with 120extracavitary infected grafts. AnnSurg 220 (4): 461 -71, 1994.
15. Cardozo MA & FrankiniI AD.Ava1ia~ao pre-operat6ria paracirurgia e1etiva da aorta abdominal.Revista da AMRIGS 36 (4): 261 64,1992.
16. Casali RE, Tucker WE, ThompsonBW, Read RC. Infected prostheticgrafts. Arch Surg 115: 577 - 80,1988.
17. Clafett GP, Valentine RJ, Hagino RT.Autogenous aorto-iliac/femoralreconstruction from superficialfemoral-popliteal veins: Feasibilityand durability. J Vasc Surg 25:255 70,1997.
18. Dimuzio PJ, Reilly LM, Stoney RJ.Redo aortic grafting after treatmentof aortic graft infection. J Vasc Surg24: 328 - 37, 1996.
19. Ehrenfeld WK, Wilbur BG, OlcottCN, Stoney RJ. Autogenous tissuerecostruction in the management ofinfected prosthetic grafts. Surgery85: 82 - 92, 1979.
20. Ernst CB, Campbell C et a!.Incidence and significance ofintraoperative bacterial culturesduring abdominal aortic aneurysmectomy. Ann Surg 185: 626, 1977.
21. Fernandes RA, Maria GD, Fourmestraux J, Serhal H, Tixier D.Falso-aneurisma anastom6ticoa6rtico em pr6teses aortobifemorais- ImporHincia do diagn6stico. CirVasc Angio11O: 87 - 93, 1994
22. Fiorani P, Speziale F, Rizzo L, deSantis F, Massimi GJ et al. Detectionof aortic graft infection with1eucocytes labeled with technetium99 m-hexa-metazime. J Vasc Surg 17:87 - 96, 1993.
23. Frankini AD, Suslik JC, Diehl CA,Giampaoli LP, Grubert LD et al.Infec~ao como complica~ao decirurgia de revascularizar,:ao dosegmento aortoiliacofemoral. CirVasc Angiol 9 (3° suplemento): 49,1993.
24. Frankini AD, Cardozo MA,Mandelli N, Crippa G, Ramos LA etal. Infec~ao em pr6tese a6rticacausada por lesao de ureter. Cir VascAngiol 11 (3° suplemento): 119,1995.
25. Fry RE & Fry WJ. Cholelithiasisand aortic reconstruction: theproblem of simultaneous surgicaltherapy. J Vasc Surg 4: 345, 1986.
26. Gordon A, Conlon C, Collings J,Peto T, Gray D, Hands L, Morris P.An eight year experience ofconservative management foraortic graft sepsis. Eur J Vasc Surg8: 611-16, 1994
27. Hakaim AG, Hertzer NR, O'HaraPJ,Krajewski LP, Beven EG.Autogenous vein grafts forfemorofemoral revascularization incontaminated or infected fields. JVasc Surg 19: 912 - 15, 1994.
28. Kieffer E, Bahnini A, KOSKAS F,Ruotolo C, LE Blevec D, PlissonnierD. In situ allograft replacement ofinfected infrarenal aortic prostheticgrafts: Results in forty three
Marco Aurelio Cardozo e cols.
patients. J Vasc Surg 17: 349 - 56,1993
29. Kleinman LH, Towne JB, BernhardVM. A diagnostic and therapeuticapproach to aortoenteric fistulas:Clinical experience with twentypatients. Surgery 86:868, 1979.
30. Kuestner LM, Reilly LM, Jicha DL,Ehrenfeld WK, Goldstone J, StoneyRJ. Secundary aortoenteric fistula:Contemporary outcome with use ofextra-anatomic by-pass andinfected graft excision. J Vasc Surg21: 184-96, 1995.
31. Kwaan JHM & Connolly JE.Successful management ofprostetic graft infection withcontinuous povidine-iodine irrigation. Arch Surg 116: 716,1981.
32. Leather RP, Darling RC III, ChangBB, Shah DM. Retroperitoneal inline aortic by pass for treatment ofinfected infrarenal aortic grafts.Surg Gynecol Obstet 175: 491 - 94,1992.
33. Lehnert T, Gritber HP, Maeder N,Allenberg JR. Management ofprimary aortic graft infection byextra-anatomic by-pass reconstruction. Eur J Vasc Surg 7: 301 -7, 1993.
34. Lorentzen JE, Nielsen OM,Arendrltp H et al. Vascular graftinfection: An analysis of sixty twograft infections in 2411consecutively implanted syntheticvascular grafts. Surgery 98: 81 - 86,1985.
35. Lorentien JE & Nielsen OM. Aortobifemoral by-pass with autogenoussaphenous vein in treatment ofpaninfected aortic bifurcation graft.J Vasc Surg 3: 666 - 68,1986.
36. Masltda EM, Kistner RL, Ferris EBIII. Long term effects of superficialfemoral vein ligation: Thirteen yearfollow up. J Vasc Surg 16: 741 - 49,1992.
37. Moreira RCR, Timi JR, Goes Jr DC,Silva AF, Abrao E. Prevenindoinfec~ao em cirurgia arterial.Resultados de urn programa de
• CIR VASC ANGIOL 13: 110-118, 1997
Infecgoo em pr6tese vascular sintetica
profilaxia em 1012 casos. Rev ColBras Cirurg 16: 75 - 9, 1989.
38. Moreira RCR.Infecs;ao local p6soperat6ria em cirurgia arterial. CirVasc Angiolll: 46 - 54, 1995.
39. Morris GE, Friend PJ, Vassalo DJ,Farrington M, Leapman S, QuickCRG. Antibiotic irrigation andconservative surgery for majoraortic graft infection. J Vasc Surg20: 88 - 95,1994.
40. Nevelsteen A, Lacroix H, SUY R.Autogenous reconstruction withthe lower extremity deep veins: Analternative in the treatment ofprostetic infection afterreconstructive surgery for aortoiliac disease. J Vasc Surgery 22: 129-34,1995.
41. O'Hara PJ, Hertzner NR, Beven EGet al. Surgical management ofinfected abdominal aortic grafts:Review of a 25 year experience. JVasc Surg 3: 725 - 31,1986.
42. Olah A, Vogth M, Laske A, CarrelT, Bauer E, Turina M. Axilo-femoralby-pass and simultaneous removalof the aortofemoral vascularinfection site: Is the proceduresafe? Eur J Vasc Surg 6: 252 - 54,1992.
43.0lofsson PA, Aijffermann W,Higgins CB et al. Diagnostis ofprostetic aortic graft infection bymagnetic ressonance imaging., JVasc Surg 8: 99,1988.
44.0 Mara CS, Williams GM, Ernst CB.Secondary aortoenteric fistula, a 20year experience. Am J Surg 142: 203- 9,1981.
45. Ouriel K, Ricotta n, Adams IT et al.Management of cholelithiasis inpatients with abdominal aorticaneurysm. Ann Surg 198: 717, 1983.
46. Quinones-Baldrich WJ & GdabertHA. Autogenous tissuereconstruction in the managementof aortoiliofemoral graft infection.Ann Vasc Surg 4: 223 - 28, 1990.
47. Quinones-Baldrich WJ, Hernandezn, Moore WS. Longterm results
following surgical management ofaortic graft infection. Arch Surg126:507 - 11, 1991.
48. Reilly LM, Stoney RJ, Goldstone Jet al. Improved management ofaortic graft infection: The influenceof operation sequence and staging.J Vasc Surg 5:421, 1987.
49. Ricotta n, Faggioli GL, Stella A etal. Total excision and extraanatomic by-pass for aortic graftinfection. Am J Surg 162: 145 - 49,1991.
50. Ristow AV, Abreu RC, BonamigoTP, Burihan E, Cinelli Junior M.Complicac;:6es precoces e tardiasdas restaurac;:6es arteriais aortoilfacas. In: Bonamigo TP.... (et al):Doenc;:as da aorta e seus ramos:diagn6stico e tratamento. SaoPaulo, Fundo Editorial Byk, 1991,p. 362 - 82.
51. Robinson JA & Johansen K. Aorticsepsis: Is there a role for in situ graftreconstruction? J Vasc Surg 13: 677-84,1991.
52. Rosa MP, Varela CM, Figueiredo LF,Paiva 1. Infecc;:ao de pr6tesevascular. Angiol Cir Vasc 5 (2) : 68 72,1996.
53. Rubin JR, Malone JM, GoldstoneJ.The role of the lymphatic system inacute arterial prostetic graftinfections. J Vasc Surg 2: 92, 1985.
54. Schanzer H, Chiang K, Mabrouk M,Peirce EC. Use of lower extremitydeep veins as arterial substitutes:Functional status of the donor leg.J Vasc Surg 14: 624 - 27,1991.
55. Schellack J, Stewart MT, Smith RB,Perdue GD, Salam A. Infectedaortobifemoral prosthesis. Adreaded complication. Am Surg54:137-41,1988.
56. Schmitt DD, Seabrook GR, BandykDF, Towne JB. Graft excision andextra - anatomic revascularization:The treatment of choice for theseptic aortic prosthesis. JCardiovasc Surg 31: 327 - 32, 1990.
57. Schulman ML, Badhey MR, Yatco
Marco Aurelio Cardozo e cols,
R. Superficial femoral-poplitealveins and reversed saphenousveins as primary femoropoplitealby-pass grafts: A randomizedcomparative study. J Vasc Surg 6: 1- 10, 1987.
58. Schulman ML, Schulman LG, LeedoPerez AM. Unusual autogenousvein grafts. Vasc Surg 26: 257 - 64,1992.
59. Seeger JM, Wheeler JR, Gregory RT,Snyder SO, Gayle RG. Autogenousgraft replacement of infectedprosthetic grafts in the femoralposition. Surgery 93: 39 - 45, 1983.
60. Sharp WJ, Hoballah n, Mohan CRet al. The management of theinfected aortic prosthesis: Acurrent decade of experience. J VascSurg 19: 844 - 50,1994.
61. Snyder SO, Wheeler JR, Gregory RT,Gayle RG, Zirkle PK. Freshlyharvested cadaveric venoushomografts as arterial conduits ininfected fields. Surgery 101: 283 91,1987.
62. Tring ST. Cholelithiasis and aorticreconstruction. J Vasc Surg I: 664,1984.
63. Suslik JC, Mandelli NC, Crippa GA,CE H, Ramos LA. Infecc;:ao emcirurgia da aorta. By-passaortofemoral profunda com veiafemoral superficial. Cir Vasc Angiol11 (30 suplemento) : 120, 1995.
64. Torsello G, Sandmann W, Gehrt A,Jungblut RM. In situ replacementof infected vascular prosthesis withrifampinsoaked vascular grafts:Early results. J Vsac Surg 17: 768 73,1993.
65. Towne JB, Seabrook GR, Bandyk D,Freischlag JA, Edminston CEo Insitu replacement of arterialprosthesis infected by bacterialbiofilms: Long term follow-up. JVasc Surg 19: 226 - 35, 1994.
66. Trout HH, Kozloff L, Giordano JM.Priority of revascularization inpacients with graft enteric fistulas,infected arteries, or infected arterial
CIR VASC ANGIOL 13:110-118, 1997
Infec<;:oo em pr6tese vascular sintetica
prosthesis. Ann Surg 6:669 - 82,1984.67. Turnipseed WD, Berkoff HA,
Detmer DE, Acher CW, Belzer FO.Arterial graft infections. Delayedversus immediate vascularreconstruction. Arch Surg 118: 410-14,1983.
68. Valentine RJ, Hansen ME, MyersSI, Chervu A, Clagett GP. Theinfluence of sex and aortic size on
COMENTARIO EDITORIAL
A discussao sobre 0 tratamento dasinfecr;6es em pr6teses arteriais, ternatualmente conhecimentos que permitemcolocar a profilaxia e 0 tratamentocinirgico (particularmente areconstrur;ao arterial) em bases racionais.
No intuito de se proteger areconstrur;ao arterial de processoinfeccioso, surgem condutas queescolhem material aut6geno sempre queo risco de infecr;ao e grande (diabeticos,lesao necr6tica infectada, linfangite demembro inferior e reoperar;6es sobre aregiao inguinal)l. Neste sentido, buscase na endarterectomia por anel ou poreversao e na confecr;ao de enxerto§mistos de arterias e veias, substitutospara a utilizar;ao de pr6teses arteriaissinteticas
Procura-se tambem com 0 uso destastecnicas operat6rias, 0 tratamento dainfecr;ao da pr6tese arterial, com suaretirada e realizar;ao "in situ" dareconstrur;ao 1.
Quando ocorre infecr;ao sobrepr6teses implantadas na regiao inguinal,as reconstrur;6es extra anatomicascolocam 0 paciente em risco de recidivado processo infeccioso sobre a novapr6tese. Aguiar e cols2 demonstraram aocorrencia de recidiva da infecr;ao em
late patency following aortofemoralrevascularization in young adults.J Vasc Surg 21:296 306, 1995.
69. YEAGER RA, McCONNELL DB,SASAKI TM, VETTO RM. Aorticand peripheral prosthetic graftinfection: Differential managementand causes of mortality. Am J Surg150:36 - 43, 1985.
70. Yeager RA, Moneta GL, Taylor LM,
cinco de seis pacientes tratados destaforma, ao passo que naqueles tratadoscom material aut6geno, tal ocorrencianao se registrou
Finalmente, cabe lembrar 0 papel daendotelizar;ao das pr6teses na proter;aocontra infecr;ao bacteriana3
. Sabemosque no homem, a cobertura endotelialocone ate poucos centimetros dasanatomoses, parem 0 restante da pr6tesee coberto par fibroblastos que assumema forma de pseudo-intima. Ate que estacobertura ocorra, a pr6tese estadesprotegida e a ocorrencia decolonizar;aqpor via hematogenica e maisfreqliente, sendo portanto adequada aadministrar;ao de antibi6ticos sempreque houver manipular;ao de focosinfecciosos.
Com 0 objetivo de evitar infecr;ao depr6teses arteriais desenvolvem-seestudos4
,5 no sentido de promover aendotelizar;ao a partir da semeadura decelulas endoteliais na face intraluminardos enxertos sinteticos. No entanto,estes, ainda em fase experimental eparecendo longe de fomecer a sOlur;ao.
A presente revisao de Cardoso,Frankini e Bonarnigo aborda com clarezao tema, apresentado-se de forma did:iticae completa como artigo de referenciaobrigat6ria para os pr6ximos estudossobre Infecr;ao sobre pr6teses arteriais.
Marco Aurelio Cardozo e cols,
Harris EJ Jr, Mc Connel DB, PorterJM. Improving survival and limbsalvage in patients with aortic graftinfection. Am J Surg 159: 466 - 69,1990.
71. Walker WE, Cooley DA, Duncan JMet al. The management of aorto-duodenal fistula by in situ replacementof the infected abdominal aorticgraft. Ann Surg 205:727 - 32, 1987.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Albers, MTV; Langer,B; Aun,R; deLuccia,N; Puech-Leao, P e Presti, C:Arterias endarterectomizadas comosubstitutos vasculares na cirurgiareconstrutora Aortolliaca e Femoropoplitea. Rev Hosp Clin Fac Med US Paulo,1984, 39:6
2. Aguiar, ET; Albers,MTV; Langer, B ePuech- Leao, P. Incidencia de infec,,6es comprometendo pr6teses arteriais. Rev Paul Med,1985,103:239
3. Gaudencio, AM. 0 papel da endoteliza"ao das pr6teses arteriais naproter;ao contra infecr;ao septicemica.. Estudo experimental em caes.Tese de Doutorado apresentada aFaculdade de Medicina da Universidade de Sao Paulo,1996
4. Scott,SM; Barth,MG; Gaddy,BA eAhl,E The role of circulating cells inthe healing of vascular prostheses JVasc Surrg,1994,19,4
5. Rupnick MA, Hubbard A, Pratt K,Jarrell BE, Williams SK. Endo-thelialization of vascular prosthetic surfaces following seeding or soddingtechniques using human microvesselendothelial cells. J Vasc Surg1989;9:788
RicardoAunSao Paulo - SP
.• CIR VASC ANGIOL 13: 110-118, 1997