13
INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE O RETORNO DAS AÇÕES DA PETROBRÁS S.A. RAFAEL BORGES RIBEIRO (UFU) [email protected] Fernanda Sousa Gabriel (UFU) [email protected] Karem Cristina de Sousa Ribeiro (UFU) [email protected] No processo de análise de investimentos há a necessidade de relacionar os diversos tipos de riscos inerentes às expectativas de retorno oferecidas pela empresa e exigidas pelos acionistas. Se comparado a outros países, o mercado de capitaiss brasileiro possui número reduzido de companhias abertas e emissões primárias de ações, além de um cenário macroeconômico marcado por instabilidade. Portanto, analisar as variáveis macroeconômicas em um país historicamente marcado pela instabilidade da moeda, por altas taxas de juros e a presença de inflação torna-se pré-requisito para qualquer análise de investimento. O presente estudo visa analisar qual a influência das principais variáveis macroeconômicas definidas pela literatura, tais como risco país, inflação, taxa de juros e produto interno bruto sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. No ano de 2011, a Petrobrás S/A foi considerada pela agência PFC Energy e pela Financial Times como a quinta maior empresa com valor de mercado dentre as companhias de energia e gás do mundo, considerando que a empresa se preocupa no desenvolvimento de ações que incorporam a sustentabilidade. Diante todo esse contexto, justifica-se a seleção da empresa para a realização do estudo. Em termos metodológicos, a pesquisa é descritiva com abordagem quantitativa, através de estudos estatísticos como a correlação, regressão e análises gráficas. Mediante a metodologia empregada, não há indícios de que os efeitos das variáveis macroeconômicas estudadas impactaram fortemente o retorno das ações ordinárias no período de 2000 a 2011, como afirmado pela literatura. Ressalta-se que entre os anos de 2002 e 2003 as variáveis macroeconômicas exerceram influências sobre o retorno das ações de forma mais acentuada que no restante do período, devido a fatos específicos, como as expectativas de mudança de governo. Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se analisar a influência de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros segmentos também poderiam ser analisadas. XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS

MACROECONÔMICAS SOBRE O

RETORNO DAS AÇÕES DA PETROBRÁS

S.A.

RAFAEL BORGES RIBEIRO (UFU)

[email protected]

Fernanda Sousa Gabriel (UFU)

[email protected]

Karem Cristina de Sousa Ribeiro (UFU)

[email protected]

No processo de análise de investimentos há a necessidade de

relacionar os diversos tipos de riscos inerentes às expectativas de

retorno oferecidas pela empresa e exigidas pelos acionistas. Se

comparado a outros países, o mercado de capitaiss brasileiro possui

número reduzido de companhias abertas e emissões primárias de

ações, além de um cenário macroeconômico marcado por

instabilidade. Portanto, analisar as variáveis macroeconômicas em um

país historicamente marcado pela instabilidade da moeda, por altas

taxas de juros e a presença de inflação torna-se pré-requisito para

qualquer análise de investimento. O presente estudo visa analisar qual

a influência das principais variáveis macroeconômicas definidas pela

literatura, tais como risco país, inflação, taxa de juros e produto

interno bruto sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período

de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. No ano de 2011, a Petrobrás

S/A foi considerada pela agência PFC Energy e pela Financial Times

como a quinta maior empresa com valor de mercado dentre as

companhias de energia e gás do mundo, considerando que a empresa

se preocupa no desenvolvimento de ações que incorporam a

sustentabilidade. Diante todo esse contexto, justifica-se a seleção da

empresa para a realização do estudo. Em termos metodológicos, a

pesquisa é descritiva com abordagem quantitativa, através de estudos

estatísticos como a correlação, regressão e análises gráficas. Mediante

a metodologia empregada, não há indícios de que os efeitos das

variáveis macroeconômicas estudadas impactaram fortemente o

retorno das ações ordinárias no período de 2000 a 2011, como

afirmado pela literatura. Ressalta-se que entre os anos de 2002 e 2003

as variáveis macroeconômicas exerceram influências sobre o retorno

das ações de forma mais acentuada que no restante do período, devido

a fatos específicos, como as expectativas de mudança de governo.

Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se analisar a influência

de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da

Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros segmentos também

poderiam ser analisadas.

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

Page 2: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

2

Palavras-chaves: Petrobrás, Variáveis Macroeconômicas e Retorno

das ações

Page 3: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

3

1. Introdução

O mercado de valores consiste em um ambiente onde dois importantes personagens se

relacionam. De um lado, as empresas que buscam recursos para financiar investimentos e

expandir seus negócios e em troca comprometem-se a pagar juros a seus investidores. De

outro lado, têm-se os investidores que exigem uma taxa de retorno para compensar os

recursos próprios investidos na compra das ações de uma determinada empresa. Neste

contexto, os investidores tendem a escolher as ações a serem adquiridas com base nas suas

rentabilidades. A rentabilidade das ações por sua vez não depende exclusivamente do

desempenho econômico das empresas que as emite.

Características como o tamanho da empresa, setor econômico, movimentação do mercado

acionário, situação econômica do país e comportamento dos investidores (NELSON, 1976;

FAMA, 1990; GRÔPPO, 2004; CECHETTI, 2008) podem influenciar o desempenho

empresarial e consequentemente, a rentabilidade por ação. Neste ambiente, a análise do

contexto macroeconômico e as particularidades do mercado tornam-se importantes

ferramentas como forma de maximizar o retorno dos acionistas e garantir a sustentabilidade

das organizações. O presente trabalho optou por escolher a Petrobrás S.A para responder ao

seguinte problema de pesquisa: Qual a influência das principais variáveis

macroeconômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período de janeiro de

2000 a dezembro de 2011?

Criada em 1953, a empresa atua no segmento de energia e derivados de petróleo. Em relação

aos aspectos gerenciais, a Petrobrás adota práticas de governança corporativa que prima pela

transparência de suas ações, respeito aos investidores, sustentabilidade empresarial e

responsabilidade ao meio ambiente (PETROBRÁS, 2012). A partir do ano de 2001, a

empresa engajou-se a desenvolver ações de política ambiental como a implantação do projeto

Pégaso. Em 2004, a organização inaugurou a sua primeira usina aeólica em Macau-RN

visando à inovação de projetos de energias renováveis.

Em 2005, devido ao bom desempenho da empresa no que tange aos critérios de índice

ambiental, social e de governança, a agência Goldman Sachs, classificou a Petrobrás como

uma das seis melhores empresas de energia para investimento sustentável do mundo

(BM&FBOVESPA). No ano de 2006, a empresa tornou-se auto-suficiente na produção de

petróleo e no ano de 2009 iniciou a extração nas bacias do pré-sal. Em 2011, devido a uma

sólida política de investimentos a Petrobrás S/A foi consagrada como a quinta maior empresa

em valor de mercado do mundo pela Financial Times (2011). Ainda em 2011, a PFC Energy

classificou a Petrobrás S.A como a quinta maior empresa do ramo de energia e gás do mundo

(PFC Energy, 2011). Frente a este contexto, o presente estudo justifica-se visando investigar

empiricamente qual a influência das principais variáveis macroeconômicas definidas pela

literatura, tais como risco-país, inflação, taxa de juros e produto interno bruto sobre o retorno

das ações da Petrobrás S.A. no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. Parte-se da

hipótese de que as variáveis macroeconômicas influenciam sistematicamente no

comportamento das ações.

O trabalho está dividido em quatro seções, sendo a primeira parte composta pela revisão

bibliográfica da literatura pertinente a este trabalho. Na segunda seção são apresentados os

procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa. A terceira seção consiste na análise dos

Page 4: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

4

resultados obtidos. Finalmente, na última seção são feitas as considerações finais sobre a

pesquisa e as sugestões para trabalhos futuros.

2. Referencial Teórico

O processo de gestão e avaliação de empresas está relacionado a eventos futuros que afetarão

o valor dos empreendimentos. Com o objetivo de maximizar a riqueza dos acionistas, os

gestores financeiros tomam decisões que envolvem a ausência de certeza. Para cada decisão

tomada existem expectativas relacionadas à ocorrência dos eventos. Nesse sentido é avaliado

se há a possibilidade de mensurar os, surgindo os termos risco e incerteza.

Kassai et al (2005) define que,

Quando todas as ocorrências possíveis, ou estados futuros, de certa variável são

conhecidas e encontram-se sujeitas a uma distribuição de probabilidade também

conhecida, ou que pode ser calculada com algum grau de imprecisão, diz se que

existe risco. Quando essa distribuição de probabilidade não pode ser avaliada, diz se

que há incerteza.

As probabilidades de retorno de um investimento estão associadas a diversos fatores, tais

como os riscos de um empreendimento, riscos legais, de imagem e de crédito. No entanto, o

retorno de um investimento também está associado a fatores macroeconômicos influenciados

por decisões políticas e econômicas, tais como a estabilidade da moeda e a inflação

(NELSON, 1976; FAMA, 1990; GRÔPPO, 2004; CECHETTI, 2008).

A identificação dos fatores macroeconômicos que influenciam o retorno das ações ainda é um

desafio para acadêmicos e profissionais que atuam no mercado acionário (FISCHER, 1984;

GRÔPPO, 2004; MOHAMMAD, 2009; CALLADO et al, 2010). Para Ibrahim e Aziz (2003),

as variáveis macroeconômicas têm a capacidade de influenciar sistematicamente o retorno das

ações. Dentre as variáveis macroeconômicas que têm sido relacionadas ao retorno das ações

podem-se destacar (CALLADO et al, 2010): taxa de juros, taxa de câmbio, inflação, produção

industrial, saldo da balança comercial.

Diversos estudos foram realizados com o objetivo de verificar qual a influência das variáveis

macroeconômicas sobre o preço das ações de uma empresa (NELSON, 1976; CHEN, ROLL e

ROSS, 1986; CHEN, 1991; CHATRATH e SANVICENT, 2002; ALI e AHMED, 2008;

GAY, 2008). Em 2006, Shabaz, pesquisou a associação entre o preço das ações e as variáveis

macroeconômicas da China, Índia, Brasil e Rússia. Para realizar o estudo, o autor comparou o

valor do petróleo, a taxa de câmbio, além de outros valores, com o preço de diversas ações.

Shabaz (2006) obteve resultados insignificantes, mas concluiu que no caso de países em

desenvolvimento, os fatores econômicos internos teriam uma influência maior do que os

fatores externos utilizados na pesquisa.

Para Silva Júnior, Menezes e Fernandez (2011) o cenário de investimentos brasileiro adquiriu

credibilidade mundial e influencia o comportamento das variáveis macroeconômicas e da sua

dinâmica de atuação. No que tange a inflação, as pesquisas de Nelson (1976) verificaram uma

relação negativa entre a inflação mensal e o retorno das ações americanas no período pós-

guerra, entre 1953 a 1974. Chatrath e Sanvicente (2002) também concluíram haver uma

associação negativa entre as duas variáveis.

Page 5: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

5

Contradizendo-se aos estudos mencionados anteriormente, Chen, Roll e Ross (1986)

verificaram que variáveis macroeconômicas como PIB Industrial, variação no risco premium,

taxa de juros, e inflação em períodos de alta volatilidade tiveram um impacto significante no

preço das ações. De forma semelhante, Ali e Ahmed (2008), usando o teste DF-GLS, que

retira a tendência linear de uma população, verificaram uma associação entre o crescimento

econômico do país e o preço das ações empresariais.

Em relação ao risco-país, Rogers, Ribeiro e Securato (2006) afirmam que este produz um

efeito incontestável sobre o mercado de capitais e que aumentos nesse indicador demonstram

a desconfiança dos agentes em relação à situação social, política e econômica.

O presente estudo optou por escolher, com base na literatura, quatro variáveis econômicas

para verificar suas influencias no retorno das ações da Petrobrás S.A, a saber, o risco país,

inflação, taxa de juros e produto interno bruto. Abaixo uma breve definição das mesmas:

Risco-País Taxa Selic Inflação Produto Interno

Bruto (PIB)

- O risco país é um índice

denominado Emerging

Markets Bond Index Plus

(EMBI+) e mensura o risco

geral de um país (BACEN,

2012).

- Corresponde a uma junção

de todos os riscos a que um

investidor está vulnerável

(STANKOVIC E

PETROVIC, 2009).

- Investidores tendem a

acreditar que países em

desenvolvimento são mais

suscetíveis a esse risco.

Assim, exigem um maior

retorno sobre os

investimentos, conhecido

como risco país premium

(SABAL, 2008).

- Corresponde à taxa

obtida no Selic (Sistema

Especial de Liquidação e

Custódia).

- As taxas de juros

correspondem,

fundamentalmente, às

condições instantâneas de

liquidez no mercado

monetário (oferta versus

demanda de recursos)

(BACEN, 2012).

- Corresponde à medida

na qual os preços de

produtos e serviços

aumentam em um

determinado período

(CECHETTI, 2008).

- Reduz o poder de

compra dos

consumidores, à medida

que desvaloriza a moeda.

- No presente estudo a

taxa escolhida para

representar a inflação foi

o IGP-M– Índice Geral de

Preços.

- Reflete o valor dos

bens e serviços finais

produzidos em uma

economia durante um

determinado período.

- O crescimento do PIB

aumenta o valor

adicionado de bens e

serviços proporcionado

pelas empresas que,

por conseguinte, pode

aumentar os lucros e os

preços das ações,

contribuindo para o

crescimento

macroeconômico.

(ROGERS, RIBEIRO

e SECURATO, 2006)

Fonte: (ROGERS, RIBEIRO e SECURATO, 2006; CECHETTI, 2008; SABAL, 2008; STANKOVIC E

PETROVIC, 2009; BACEN, 2012)

TABELA 1 – Variáveis Macroeconômicas

3. Metodologia

A abordagem metodológica utilizada nesta pesquisa foi descritiva. Segundo Gil (2008) a

“pesquisa descritiva visa descrever as características de uma população, fenômeno ou

experiência”. Em relação ao método de tratamento dos dados foi utilizada a abordagem

quantitativa mediante ferramentas estatísticas como correlação, regressão e análises gráficas.

Page 6: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

6

Os dados do mercado de ações foram obtidos a partir do banco de dados Economática. Os

dados relativos às séries históricas brasileiras, como PIB, risco-país, taxa de juros Selic e

Inflação foram obtidas junto ao Economist Intelligence Unit´s CountryData (ECONOMIST

INTELLIGENCE UNIT, 2012), Instituto Assaf (2012) e IPEA (2012). Foram tomadas para

análise as séries temporais mensais as variáveis compreendidas entre Janeiro de 2000 à

Dezembro de 2011.

O período da análise justifica-se pelo fato de que em 2000 houve a quebra de monopólio da

exploração de petróleo no Brasil. Em 2010 houve uma expansão no volume de lançamento de

ações primárias pela Petrobrás S/A.

A escolha pela análise mensal das variáveis justifica-se porque a maioria das séries escolhidas

tem periodicidade mensal. Em outros casos, as variáveis com periodicidade inferior a um mês,

possuem pouca variabilidade, tais como a taxa de juros Selic (ROGERS, 2006). Vale lembrar

que esta pesquisa utilizou uma proxy do PIB, o PIB Industrial, porque o último apresenta

valores mensais para análise.

4. Análise dos resultados

O Risco Brasil sofreu diversas alterações da última década, principalmente nos anos de 2001,

2002 e 2009. Este resultado pode estar associado ao ataque terrorista nos USA em 2001, à

eleição presidencial brasileira em 2002 e a crise global financeira em 2008. Estes fatores

contribuíram para uma maior volatilidade no mercado e, consequentemente, influenciaram o

risco-país.

Year

Month

201120102009200820072006200520042003200220012000

janjanjanjanjanjanjanjanjanjanjanjan

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

-10,00%

-20,00%

-30,00%

-40,00%

60,00%

50,00%

40,00%

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

-10,00%

-20,00%

Re

torn

o d

as

Açõ

es

ON

EM

BI

+ R

isco

-Bra

sil

EMBI + Risco-Brasil

Retorno das Ações ON

Variação EMBI + Risco-Brasil versus Retorno das Ações ON

FIGURA 1 - Risco Brasil versus Variação Retorno das Ações ON

Page 7: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

7

Em 2002, a correlação entre o Risco Brasil e a variação dos retornos das ações ordinárias

(Tabela 2), mostra uma fraca correlação negativa (-0.23). Isto indica que enquanto o Risco

Brasil aumentava, o retorno das ações diminuía ou vice-versa.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

-0,36 -0,42 -0,23 -0,65 -0,49 -0,28 0,06 0,05 -0,31 0,48 -0,07 0,27

0,13 0,18 0,05 0,42 0,24 0,08 0,00 0,00 0,10 0,23 0,00 0,07

Correlação Variação Preço Ação ON

versus EMBI Brasil - Anual

Correlação Variação Preço Ação ON

versus EMBI Brasilde 2000 a 2011

R2 Retorno da Ação ON versus

EMBI Brasil - Anual

R2 Retorno da Ação ON versus EMBI

Brasil de 2000 a 2011

-0,06

0,00

Fonte: Autores

TABELA 2 - Risco Brasil versus Variação Retorno das Ações ON

O risco-país decresceu a partir do final de 2002 até atingir 403 pontos no ano de 2004. Nesse

período, a correlação entre o Risco Brasil e a variação dos retornos das ações ordinárias

mostra uma moderada correlação negativa. No que tange a análise de regressão, o índice

decresce de 0,13 (em 2000) para 0,05 (em 2002). Assim, em 2000, o Risco Brasil explicava

13% dos casos a variação do retorno das ações ordinárias da Petrobrás, mas em 2002

explicava somente 5% dos casos. Em 2003 têm-se os índices mais fortes de correlação (-0,65)

e a regressão mostra-se mais forte durante (+0,42). Neste caso, o risco-país explica em 42%

dos casos a variação do retorno das ações da Petrobrás.

No período de 2005 a 2007, o índice de correlação entre as variáveis aumenta, passando a ser

positivo no ano de 2007. Entretanto, no mesmo período o índice de regressão é insignificante.

Em 2008 o retorno das ações sofreu quedas consideráveis (gráfico 1), influenciadas pela crise

econômica e o coeficiente de correlação voltou a ser negativo (-0,31). Já o coeficiente de

regressão é de 0,10.

No ano de 2009, tabela 1, esta relação inverte-se e a correlação entre as variáveis torna-se

moderadamente positiva (+0,48). Novamente em 2010, o índice de correlação volta a ser

negativo (-0,07), mas positivo em 2011 (+0,27). Entretanto, o índice de regressão de 2009 a

2011 mostra-se insignificante.

Analisando os índices de correlação e regressão durante o período de 2000 a 2011, tem-se que

esses valores não são expressivos, com exceção ao período de 2002 a 2003, que há a mudança

de governo. Este resultado se contradiz com os estudos realizados por Erb, Campbell e

Viskanta (1995) que verificaram um índice de regressão negativo de 40% entre o risco-país e

retorno das ações.

Page 8: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

8

Year

Month

201120102009200820072006200520042003200220012000

janjanjanjanjanjanjanjanjanjanjanjan

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

-10,00%

-20,00%

-30,00%

-40,00%

6,00%

5,00%

4,00%

3,00%

2,00%

1,00%

0,00%

-1,00%

Re

torn

o d

as

Açõ

es

ON

Infl

açã

o -

IG

P-M

- (

% a

.m.)

Retorno das Ações ON

Inflação - IGP-M - (% a.m.)

Inflação e Variação do Retorno das Ações ON

FIGURA 2 - Inflação - IGP-M versus Variação Retorno das Ações ON

De acordo com tabela 3, em 2000 o índice de correlação entre a inflação e o retorno das ações

foi de +0,19. Em 2001 o índice de correlação passa a ser negativo -0,08, indicando que as

duas variáveis movem-se em sentidos. Em 2002 a correlação é moderada e negativa

indicando que as duas variáveis não estão relacionadas. Após 2005, o índice de correlação é

crescente até 2007.

Os anos de 2005 e 2007 apresentam uma peculiaridade quando comparado com os demais

períodos anuais. Em 2005, tabela 2, tem-se que o grau de correlação entre as variáveis é

negativamente forte (-0,73) e o grau de regressão é de 0,53 ou 53%, demonstrando que em

53% dos casos a variável inflação explica a variação do retorno das ações da Petrobrás. Em

2007, tem-se que o grau de correlação das variáveis é positivamente forte (-0,67) e o grau de

regressão é de 0,44. Isto demonstra que a variável inflação explica as mudanças no retorno

das ações da Petrobrás em44% dos casos.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

0,19 -0,08 -0,66 -0,36 -0,30 -0,73 0,37 0,67 -0,25 0,19 -0,20 0,21

0,04 0,01 0,00 0,13 0,09 0,53 0,14 0,44 0,06 0,04 0,04 0,05

Correlação Variação Preço Ação ON

versus Inflação - IGP M

Correlação Variação Preço Ação ON

versus Inflaçãode 2000 a 2011-0,08

R2 Retorno da Ação ON versus EMBI

Brasil Inflação - IGP M

R2 Retorno da Ação ON versus Inflação -

IGP M de 2000 a 20110,01

Fonte: Autores

TABELA 3- Inflação - IGP-M versus Variação Retorno das Ações ON

Page 9: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

9

Analisando todo o período, os índices de correlação e regressão entre a inflação e retorno das

ações são de -0,08 e 0,001, respectivamente. O índice de regressão indica que a inflação não

explica a variação do retorno das ações da Petrobrás no período estudado. Estes resultados são

corroborados pelas pesquisas de Nelson (1976), que identificaram uma relação negativa entre

a inflação mensal e o retorno das ações americanas no período pós-guerra, entre 1953 a 1974.

Year

Month

201120102009200820072006200520042003200220012000

janjanjanjanjanjanjanjanjanjanjanjan

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

-10,00%

-20,00%

-30,00%

-40,00%

2,25%

2,00%

1,75%

1,50%

1,25%

1,00%

0,75%

0,50%

Re

torn

o d

as

Açõ

es

ON

Ta

xa

de

ju

ros

- S

eli

c

Taxa de juros - Selic

Retorno das Ações ON

Taxa de Juros Selic versus Variação do Retorno das Ações ON

FI

GURA 3 - Taxa de Juros - Selic versus Variação Retorno das Ações ON

De acordo com o gráfico 3, no ano 2003 a Taxa Selic apresentou os valores mais altos de todo

o período (2000 a 2011). Analisando o índice de correlação entre a taxa e a variação retorno

das ações ordinárias em 2003 (Tabela 4) tem-se um grau negativo e relativamente forte entre

as variáveis (-0,42). Entretanto, nesse mesmo período, a variação da taxa Selic apenas explica

a variação do retorno das ações da Petrobrás em 18% dos casos.

Em 2000 (Tabela 4), o índice de correlação (+0.62) e o índice de regressão (+0,39) são

relativamente fortes e positivos. Nos anos de 2009 e 2010, o índice de correlação entre as

variáveis foi relativamente fraco e positivo (0.41 e 0,34, respectivamente). Além disso, o

índice de regressão também foi relativamente forte (+0.22). Em 2011, o índice de regressão

entre as variáveis é fraco (+0.23). Em contrapartida, o índice de correlação é negativo e

relativamente forte (-0.48). Apesar de índices de correlação mensais relativamente fortes entre

a taxa Selic e o retorno das ações durante o período analisado, os índices de regressão no

mesmo período mostram-se insignificantes (tabela 4).

Este resultado é corroborado pelas pesquisas de Chen, Roll e Ross (1986), que obtiveram um

resultado insignificante no retorno das ações quando estudadas em relação às taxas de juros

do mercado.

Page 10: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

10

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

0,62 -0,27 0,11 -0,42 0,25 0,11 0,05 -0,39 -0,41 0,34 0,40 -0,48

0,39 0,07 0,01 0,18 0,06 0,01 0,00 0,15 0,17 0,11 0,16 0,23

Correlação Variação Preço Ação ON

versus Taxa de Juros Selic

Correlação Variação Preço Ação ON

versus Taxa de Juros Selic de 2000 a 20110,09

R2 Retorno da Ação ON versus Taxa de

Juros Selic de 2000 a 2011

R2 Retorno da Ação ON versus Taxa de

Juros Selic de 2000 a 20110,01

Fonte: Autores

TABELA 4 - Taxa de Juros - Selic versus Variação Retorno das Ações ON

Analisando o gráfico 4, tem-se que os valores do PIB Industrial (uma proxy do PIB Nacional)

são bastante dispersos durante o período de 2000 a 2011 - apesar de ter assumido valores

positivos durante a maior parte do período.

Year

Month

201120102009200820072006200520042003200220012000

janjanjanjanjanjanjanjanjanjanjanjan

30,00%

20,00%

10,00%

0,00%

-10,00%

-20,00%

-30,00%

-40,00%

10,00%

5,00%

0,00%

-5,00%

-10,00%

Re

torn

o d

as

Açõ

es

ON

PIB

- V

ari

açã

o

PIB - Variação

Retorno das Ações ON

Variação do PIB e Retorno das Ações ON

FIGURA 4 – PIB Industrial versus Variação Retorno das Ações ON

No período de 2000 a 2002, tabela 5, os índices de correlação entre as o PIB Industrial e

retorno das ações ordinárias mostram-se fracas e negativas, indicando que as baixo grau de

relacionamento linear entre as variáveis.

Page 11: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

11

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

-0,14 -0,11 -0,03 0,61 0,04 -0,03 0,00 0,64 -0,53 -0,44 0,20 -0,05

0,02 0,01 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,41 0,28 0,19 0,04 0,00

Correlação Variação Preço Ação ON

versus PIB

Correlação Variação Preço Ação ON

versus PIB de 2000 a 2011-0,15

R2 Retorno da Ação ON versus PIB -

Anual

R2 Retorno da Ação ON versus PIB

de 2000 a 20110,02

Fonte: Autores

TABELA 5 – PIB Industrial versus Variação Retorno das Ações ON

Nos demais anos do período, a correlação entre as variáveis alterna-se entre períodos aonde a

correlação é relativamente forte, positiva ou negativa. Em 2007, o índice de correlação era

forte e positivo. No mesmo ano, pelo índice de regressão tem-se que o PIB Industrial explica

a variação do retorno das ações ordinárias da Petrobrás em 41% dos casos.

No que tange a avaliação do período geral dos índices de correlação e regressão para o

período tem-se que esses valores não são expressivos. De 2000 a 2011, o índice de correlação

foi de -0,15 e o índice de regressão (que explica a variação do Retorno das ações em relação à

variação do PIB Industrial) foi de apenas 0,02.

5. Considerações finais

No Brasil, o mercado de capitais possui número reduzido de companhias abertas e emissões

primárias de ações, além de um cenário macroeconômico marcado por instabilidade. Baseado

nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo identificar qual a influência das

principais variáveis macroeconômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período

de janeiro de 2000 a dezembro de 2011.

Acontecimentos importantes marcaram o período analisado, tais como o atentado aos Estados

Unidos em 2001, as eleições presidenciais brasileiras em 2002 e a crise global financeira em

2008. Todos esses acontecimentos definiram as políticas e cenários macroeconômicos

brasileiros.

Mediante a análise dos dados estatísticos obtidos foi possível inferir que as variáveis

macroeconômicas tais como risco-país, inflação, taxa de juros e produto interno bruto não

exerceram forte influência sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período de janeiro

de 2000 a dezembro de 2011, com exceção dos períodos mencionados.

Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se analisar a influência de outras variáveis

econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás e a utilização de outras técnicas mais

estatisticamente robustas. Adicionalmente, empresas de outros segmentos também poderiam

ser analisadas com o intuito de confirmar ou refutar os dados obtidos neste trabalho.

Page 12: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

12

Referências

CALLADO, A.A.C; CALLADO, A.L.C.; MÖLLER, H.D.; LEITÃO, C.R.S. Relações entre os Retornos das

Ações e Variáveis Macroeconômicas: um Estudo entre Empresas do Setor de Alimentos e Bebidas através de

Modelos APT. In: CONGRESSO SOBER, v. 5, n. 1, jan/jun 2010.

CECCHETTI, S.G. Measuring the Macroeconomic Risks Posed by Asset Price Booms. NBER Chapters, in:

Asset Prices and Monetary Policy, pages 9-43 National Bureau of Economic Research, Inc, 2008.

CHATRATH, A. e SANVICENTE, A.Z. Inflation, output, and stock prices: Evidence from Brazil. Journal of

Applied Business Research. 18, 1, 61-76, 2002.

CHEN, N.; RICHARD, R. e ROSS, E. Economic Forces and the Stock Market. Journal of Business, 46, 529-

554, 1986.

ERB, C.; HARVEY, C.R.; VISKANTA, T.E. Country Risk and Global Equity Selection. Journal of Portfolio

Management, 1995, pp. 74-83.

ECONOMIST INTELLIGENCE UNIT. Countries Analysis. Disponível em: <http://www.eiu.com> Acesso

em: 03 de Março de 2012.

FAMA, E.F. Stock Returns, Expected Returns, and Real Activity. Journal of Finance, 1990, pp. 1089-108.

FISCHER, S.; MERTON, R.C. Macroeconomics and finance: The role of the stock market. Carnegie-

Rochester Conference Series on Public Policy. Elsevier, vol. 21, pages 57-108, January, 1984.

GRÔPPO, G. S. Causalidade das variáveis macroeconômicas sobre o Ibovespa. Piracicaba: Escola Superior de

Agricultura Luiz de Queiroz Dissertação - Universidade de São Paulo, 2004. (Dissertação de Mestrado).

IBRAHIM, M.; AZIS, H. Macroeconomic variables and the Malaysian equity market: A view through rolling

subsamples. Journal of Economic Studies, Emerald Group Publishing, vol. 30(1), pages 6-27, January, 2008.

IPEA. Séries Mensais de Contas Nacionais. Disponível em http://<www.ipeadata.gov.br>. Acesso em: 06 de

Abril de 2012.

JPMORGAN. Tradeable Index Strategies: Emerging Markets. Disponível em http://<www.jpmorgan.com>.

Acesso em: 06 de Abril de 2012.

KASSAI, J. et al. Retorno de Investimento: Abordagem Matemática e Contábil do Lucro Empresarial. 3ª ed.

São Paulo: Atlas 2005.

Page 13: INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE … · 2016-08-11 · de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros

XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social: As Contribuições da Engenharia de Produção

Bento Gonçalves, RS, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2012.

13

NELSON, C.R. Inflation and Rates of Return on Common Stocks. The Journal of Finance. Vol XXX, n 2. May,

1976.

OGUNMUYIWA, M. S.; ONABANJO, O. An Econometric Analysis of the Impact of Macroecomomic

Variables on Stock Market Movement in Nigeria. Asian. Journal of Business Management 3(1): 72-78, 2011.

PETROBRÁS. Óleo Brasileiro S/A: Centro de Negócios. Disponível em <https://www.petrobras.com.br>.

Acesso em 06 de Abril de 2012.

ROGERS, P. Governança Corporativa, Mercado de Capitais e Crescimento Econômico no Brasil. Uberlândia:

Faculdade de Gestão e Negócios - Universidade Federal de Uberlândia (FAGEN/UFU), 2006. (Dissertação de

Mestrado).

ROGERS, P., RIBEIRO, K.C.S. e SECURATO, J.R. Governança Corporativa, Mercado de Capitais e

Crescimento Econômico no Brasil. In: XXX Encontro DA Associação Nacional de Pós-Graduação em

Administração (ENANPAD), 2006, Salvador. Anais ... Rio de Janeiro: ANPAD, 2006.

SILVA JR., J.C.A., MENEZES, G. e FERNANDEZ, R.N. Uma Análise VAR das Relações entre o Mercado

de Ações e as Variáveis Macroeconômicas para o Brasil. Revista Economia e Desenvolvimento, n.23, 2011.