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info TRIMESTRAL | JAN.FEV.MAR. 2006 • Nº 7 • 2 Magazine de informação da Ordem dos Engenheiros REGIÃO NORTE Secil de Engenharia Civil vai para Rui Furtado

INFO nº07

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Janeiro - Março 2006 Secil de Engenharia Civil vai para Rui Furtado

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infoTRIMESTRAL | JAN.FEV.MAR. 2006 • Nº 7 • €2 Magazine de informação

da Ordem dos EngenheirosREGIÃO NORTE

Secil de Engenharia Civilvai para Rui Furtado

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da Ordem dos EngenheirosREGIÃO NORTE

Secil de Engenharia Civilvai para Rui Furtado

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info

O prémio Secil de Engenharia Civil 2005, que é o destaque destenúmero da INFO, é um dos vários prémios que têm vindo adistinguir alguns engenheiros da região Norte.Estes prémios são a expressão do reconhecimento, nacional einternacional, do mérito e da excelência dos engenheiros que, nanossa região, investigam, ensinam, projectam ou implementamsoluções de Engenharia orientadas à satisfação das necessidadesda comunidade.Haverá, pois, que potenciar estes eventos, utilizando-os comoveículos privilegiados de divulgação da boa qualidade daEngenharia que aqui se desenvolve.A excelência do desempenho destes engenheiros deve impor aoEstado e à Ordem uma séria reflexão sobre a intervenção que lhescabe ter na promoção das boas práticas de Engenharia.Do Estado seria legítimo esperarmos equilíbrio e parcimónia nolicenciamento de escolas de Engenharia, eventualmente coragempara impor a reorganização da oferta existente, exigência naqualificação profissional dos seus Quadros Técnicos, rigor e justiçana contratação dos serviços de Engenharia e atenção na definiçãodo enquadramento legal do exercício da actividade.Da Ordem dos Engenheiros esperar-se-á atenção permanente àevolução do mercado, participação activa no debate associado àdefinição do enquadramento legal do exercício da actividade,intervenção atenta em matéria de deontologia e disciplina e apromoção e divulgação de um serviço de qualificação profissionaleficiente e justo, assente em regras claras e conhecidas de todos,capaz de ser reconhecido pelo mercado como elementodiferenciador do potencial de intervenção de cada um. Incorporarno sistema os colegas que mais se distinguem no exercício da suaprofissão seria, com certeza, a forma mais célere de dar avisibilidade necessária ao sistema.Num momento em que estamos ainda longe de alcançar osdesideratos referidos, o mérito dos colegas galardoados temredobrado valor, devendo por isso ser-lhes reconhecido.

Gerardo Saraiva de MenezesPresidente do Conselho Directivo da Região Norte

índice4 8Noticias

Destaque

Entrevista 1613Disciplina

25Perfil Jovem28

Vida Associativa

26Parecer

29Engenharia no Mundo

31Agenda

Propriedade: Ordem dos Engenheiros – Região Norte.Director: Luís Ramos ([email protected].).Conselho Editorial: Gerardo Saraiva de Menezes, Luís Leite Ramos, FernandoAlmeida Santos, Maria Teresa Ponce Leão, António Machado e Moura, JoaquimFerreira Guedes, José Alberto Gonçalves, Aristides Guedes Coelho, Hipólito Camposde Sousa, José Ribeiro Pinto, Francisco Antunes Malcata, António FontainhasFernandes, João da Gama Amaral, Carlos Vaz Ribeiro, Fernando Junqueira Martins,Luís Martins Marinheiro, Eduardo Paiva Rodrigues, Paulo Pinto Rodrigues, AntónioRodrigues da Cruz, Maria da Conceição Baixinho.Redacção: Ana Ferreira (edição), Liliana Marques, Natércia Ribeiro e Sónia Resende.Paginação: Paulo Raimundo.Grafismo, Pré-impressão e Impressão: QuidNovi. Praceta D. Nuno Álvares Pereira, 20 4º DQ – 4450-218 Matosinhos. Tel.229388155.www.quidnovi.pt. [email protected]ção trimestral: Jan/Fev/Março – n.º 7/2006. Preço: 2,00 euros. Tiragem: 12500 exemplares. ICS: 113324. Depósito legal: 29 299/89.Contactos Ordem dos Engenheiros – Região NorteJorge Basílio, secretário-geral da Ordem dos Engenheiros – Região NorteSede: Rua Rodrigues Sampaio, 123 – 4000-425 Porto. Tel. 222 071 300. Fax.222002876. http://norte.ordemdosengenheiros.ptDelegação de Braga: Largo de S. Paulo, 13 – 4700-042 Braga. Tel. 253269080. Fax. 253269114.Delegação de Bragança: Av. Sá Carneiro, 155/1º/Fracção AL. Edifício Celas – 5300-252 Bragança. Tel. 273333808.Delegação de Viana do Castelo: Av. Luís de Camões, 28/1º/sala 1 – 4900-473 Viana do Castelo. Tel. 258823522.Delegação de Vila Real: Av. 1º de Maio, 74/1º dir. – 5000-651 Vila Real. Tel. 259378473.

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editorial

Ficha Técnica

Lazer30

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infoPágina 4 NOTÍCIAS

Saúde no ISEP

“Informática Aplicada à Saúde” foi otema da conferência realizada no dia23 de Novembro de 2005, noDepartamento de EngenhariaInformática do Instituto Superior deEngenharia do Porto (ISEP).A iniciativa contou com profissionaisprovenientes de várias áreas einstituições. Rui Gomes, director deInformática e Sistemas no HospitalSão Sebastião, explicou que são cada

vez mais os profissionais requisitadospara trabalhar ao nível dainformatização. Altamiro da CostaPereira, director do Serviço deBioestatística e Informática Médica daFMUP, apesar de encontrardesvantagens no uso de sistemasinformáticos, considera que nestesmeios “há um fácil acesso àinformação, o que facilita bastante otrabalho dos médicos”.

Por sua vez, Carlos Ribeiro,coordenador do Gabinete deInformática da AdministraçãoRegional de Saúde do Norte, deu aconhecer números do sector da Saúdeno Norte de Portugal. Segundo essesdados, a cidade do Porto é de todas amais bem servida em número demédicos, apresentando 3,1 clínicospor 1000 habitantes. O distrito deVila Real é o que apresenta resultadosmais carenciados: 1,6 médicos por1000 habitantes. Contudo, Carlos

Ribeiro afirmou que os meios maisdesfavorecidos começam a sercompensados através datelemedicina.António Costa, do Departamento deEngenharia Informática do ISEP,marcou o final da conferência, dando aconhecer a criação de uma pós-graduação em Informática Aplicada àSaúde. O curso, numa fase inicial, terá15 vagas e será leccionado no ISEP.

Sessão de encerramento do 20ºaniversário do INESCno Porto

Daniel Bessa e Pedro Guedes deOliveira foram os convidados dasessão de encerramento dascomemorações dos 20 anos deactividade do INESC no Porto, asquais tiveram lugar no dia 16 deDezembro de 2005. No discurso de abertura, o presidentedo INESC Porto, José ManuelMendonça, manifestou o seucontentamento com o progresso doInstituto nos seus 20 anos deactividade no Porto: "Estas duasdécadas foram marcadas por umaatitude de inovação, abertura aoexterior e uma demonstração dacompetência e da capacidade deintervenção na sociedade de um certomodelo de organização da relaçãoUniversidade-empresa. O modeloINESC, sim, mas, sem quaisquercomplexos, um modelo INESC ‘àmoda do Porto’".O professor Pedro Guedes deOliveira, que foi presidente do INESCPorto desde a sua fundação até Julhode 2005, e o economista Daniel Bessaabordaram o papel que o INESC Portodesempenha no relacionamento daUniversidade com o tecido económicoe com as instituições, projectando osdesafios para os próximos anos. Pedro Guedes de Oliveira esclareceuque encarava a sessão não como oencerramento dos 20 anos do INESCPorto, mas como a abertura daterceira década. “Em certa medidatemos de nos reinventar paracontinuarmos a poder ser umaalavanca de mudança, atraindo emotivando os universitários, voltando

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Página 5info NOTÍCIAS

a pressionar para que a universidadecompreenda as ameaças que vaienfrentar e, perante elas, se inquiete,se movimente e se transforme”,alertou o ex-presidente do INESCPorto.Depois das palestras teve lugar ummomento musical, a cargo do grupoCamerata Senza Misura eConvidados, que homenageou PedroGuedes de Oliveira com a peça"Passacaglia IntrinsecamenteMutante", da autoria de CarlosGuedes. Visivelmente emocionado, oprofessor recebeu a partitura dasmãos do próprio compositor.

Engenheiros portugueses vão poderexercer profissão em Moçambique

Os engenheiros portugueses vãopoder exercer mais facilmente a suaactividade profissional emMoçambique, em resultado de umacordo estabelecido entre a Ordemdos Engenheiros (OE) portuguesa e asua congénere daquele país.

Assim, todos os engenheiros inscritos naOE portuguesa passam a poderinscrever-se directamente na associaçãode Moçambique, através de umadeclaração da entidade portuguesa, semterem de se submeter aos critérios deadmissão à Ordem local.

Mariano Gago no INESC Porto

No âmbito da Semana da Ciência eTecnologia, Mariano Gago, ministroda Ciência, Tecnologia e EnsinoSuperior, visitou, no dia 23 deNovembro de 2005, o Instituto deEngenharia de Sistemas eComputadores do Porto (INESC). Presente pela primeira vez nas novasinstalações do INESC Porto, nocampus da Faculdade de Engenhariado Porto, o ministro visitou todos os

departamentos e ouviu atentamenteexplicações acerca dos projectosdesenvolvidos. Segundo as palavras de MarianoGago, o INESC, que comemora 20anos de actividade no Porto, "é umagrande instituição de investigaçãonacional, uma referência na sua área.É assim desde há muitos anos e hojeespecializou-se, diversificou-se einternacionalizou-se. Ainternacionalização do INESC Portotalvez seja, nos últimos anos, umadas suas característicasfundamentais".No fim da visita, numa sessão expostaem inglês, o ministro dedicou algunsminutos a ouvir os estudantes de pós-graduação da instituição, oriundos devários países, que falaram dosobstáculos que tiveram de enfrentarpara a obtenção ou renovação de vistosjunto das embaixadas para poderemtrabalhar e estudar em Portugal.

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infoPágina 6 NOTÍCIAS

Novos membros da Academia da Engenharia

No dia 13 de Dezembro de 2005, aAcademia da Engenharia comemorou,no Centro Cultural de Belém, o seudécimo aniversário. Na cerimóniaforam admitidos novos membros. António Carmona Rodrigues,presidente da Câmara Municipal deLisboa, Carlos Alberto de Brito Pina,vice-presidente do LaboratórioNacional de Engenharia Civil (LNEC),Carlos Pimenta, professor catedráticoda Faculdade de Economia do Porto,João Bento, administrador da Brisa,Mariano Gago, ministro da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior, LuísAntónio Aires Barros, coordenadorcientífico da Universidade Técnica deLisboa, e Natércia Rego Cabral,presidente do Conselho Superior deObras Públicas e Transportes, sãoalguns dos novos membros.

IMOPPI reforça segurança dos alvarás

O Instituto dos Mercados de ObrasPúblicas e Particulares do Imobiliário(IMOPPI) começou a emitir, desdeJaneiro, os alvarás de construção comnovas características tipográficas queincorporam elementos adicionais desegurança. Os novos formulários serãoelaborados pela Imprensa Nacional –Casa da Moeda, assegurando todas asgarantias de segurança e fiabilidade.O procedimento de emissão e enviode alvarás também sofre alterações,passando os dados destinados àpersonalização de cada alvará a serenviados por via electrónica para a

INCM. As comunicações de dadospara a impressão dos alvarásrealizam-se através de uma ligaçãosegura (VPN - Virtual PrivateNetwork), criada entre as duasentidades.

Novos materiais de construção

A manutenção de temperaturasconstantes e a poupança de energiasão algumas das vantagens da novatecnologia desenvolvida em parceriapela Micropolis e pela Universidadedo Minho.O desenvolvimento de cápsulasmicroscópicas com a capacidade dese agarrarem aos tecidos para queestes fiquem impermeáveis àtemperatura está na origem doprocesso agora aplicado aos materiaisde construção. Os Phase Change Materials (PCM)têm a capacidade de absorver oulibertar grandes quantidades deenergia de acordo com o seu estadofísico. A equipa de investigadoresconseguiu que as micropcm,utilizadas em argamassa de gesso,alcançassem uma consistênciaadequada. De momento, os efeitos térmicoscontinuam a ser testados nesteprojecto piloto.

Inquérito nacional

A Ordem dos Engenheiros (OE) levoua cabo,entre Abril e Setembro de2005, um inquérito nacional que tevecomo objectivo determinar o perfildos seus membros e das suasnecessidades. A maior percentagem

dos inquiridos reside na região deLisboa (44,1%), tem entre 40 e 49anos (30,3%), apenas possuilicenciatura (77,3%) e está ligada àconstrução civil (32,5%).Um dos pontos a ter em atenção é abaixa percentagem de desempregoentre os associados deste organismo,com 1,5%, enquanto que com 70,1%situa-se o trabalhador por conta deoutrem no sector privado e com28,1% o trabalhador por conta deoutrem no sector público.15,4% dos inquiridos têm comoprincipal área de actividade oprojecto, logo a seguir, com 14%, aadministração ou gestão. Quanto aoexercício de segundas actividades amaior percentagem é de respostasnão dadas e 21,2% referem a área deprojecto. Outros dados a ter em consideraçãosão os valores relacionados com aimportância de ser membro destaassociação (5,9 numa escala de 1 a10, em que 1 significa “nadaimportante” e 10 “muitoimportante”), sendo que o motivocom quase maioria da percentagemfoi a imposição profissional (49,2%). A OE irá publicar em livro osresultados deste inquérito.

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Um estádio de emoções

Estádio Municipal de Braga

infoPágina 8 DESTAQUE

Uma pedreira deu lugar em Braga a um dos estádiosconstruídos para receber em Portugal o Campeonato daEuropa de Futebol em 2004. Para a maioria dosportugueses é considerado como o mais inovador e maisbonito dos estádios. A Secil foi mais longe e considerou oprojecto da autoria do arquitecto Souto Moura a melhorobra arquitectónica do ano de 2004. No ano seguinte,distinguiu o projecto de estrutura do engenheiro RuiFurtado, que coordenou a equipa da AFAconsult, com oPrémio Secil Engenharia Civil. Pela primeira vez, a mesmaobra foi contemplada com as duas categorias do prémiobienal Secil, o que traduz a sua imponência emcomparação com outros estádios e obras em geralconstruídas nos dois últimos anos em Portugal.Trinta mil lugares, mais de 50 mil horas de trabalho e 15

milhões de euros de construção são alguns números queretratam a grande dimensão do Estádio Municipal deBraga. Um projecto que desde o início colocou desafiosconstantes aos intervenientes. O primeiro foi “encaixar” oestádio numa pedreira. Rui Furtado, Carlos Quinaz, coordenador-geral do processo,e Renato Bastos, responsável pela acompanhamento dacobertura, em entrevista, falaram do projecto, dasalterações, das maiores dificuldades e tentaram identificarqual foi o maior desafio da construção. A este encontroapenas faltaram dois intervenientes que também

Para Rui Furtado (à direita), Carlos Quinaz (ao centro) e Renato Bastos (à esquerda) o Estádio Municipal deBraga é, até agora, a construção das suas vidas.

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Textos de Ana Ferreira . Fotos de Alfredo Pinto

info Página 9DESTAQUE

assumiram um papel muito importante no desenrolar daobra, Rui Oliveira e Pedro Moás.O Estádio de Braga “foi um desafio do princípio até aofim”, começou por confessar Rui Furtado, explicando que,“quando o arquitecto Souto Moura teve a ideia do estádioencravado na montanha, tive inicialmente um raciocíniomuito típico de engenheiro: vamos fazer isto direitinho,com estudos técnicos. Mas, muito rapidamente, percebique não podia ser nada daquilo, porque todo o processotinha de ser feito de uma forma completamente diferentepor causa dos prazos e, portanto, logo aí foi preciso terum raciocínio de gestão de risco muito concreto. Oprimeiro foi que tínhamos de escavar 17 000 metroscúbicos de saibro e rocha num prazo curto. A empreitadada escavação tinha de arrancar antes de termos todas asgarantias”. Carlos Quinaz concorda que, primeiro, o maior desafio foi aescavação. “Eram números a que não estávamoshabituados, por um lado era preciso rapidez, por outro umgrande cuidado, pois a mínima falha da escavação podiacomprometer as aspirações que se tinham para aqueleespaço”, justifica o engenheiro, que ainda complementa:“Em determinada fase havia vários projectos de grandedimensão a decorrer ao mesmo tempo com a obra. Porexemplo, quando começou a escavação, teve de se lançaruma empreitada de contenção à posteriori, pois ninguémsuspeitava que viessem a aparecer alguns imprevistos. Seolhar para as duas grandes paredes laterais do estádio elasestão todas estabelecidas artificialmente, tendo cabos portodo o lado. Em simultâneo estava a decorrer o processo deelevação do estádio, que em boa verdade era um projectoúnico”. Por sua vez, a cobertura foi o grande e o único desafio deRenato Bastos. Uma empreitada de grau de exigênciamáximo, visto ser o elemento mais visível, composto porcabos “full locked coil” aos pares, afastados 3,75m entre si,sobre os quais se apoiam duas lajes de betão que cobremas duas bancadas do estádio. “Lembro-me de um episódio no início da cobertura, quandofiz com o engenheiro Pedro Pacheco os primeiros desenhose a primeira conta de merceeiro e de termos ficamosassustados. A partir de aí foram só facilidades. A primeiraconta é a prior”, recorda o engenheiro. Antes de pôr as mãos à obra, a equipa sabia que o primeiropasso a dar era fazer um projecto de uma cobertura únicano mundo, o que de facto foi conseguido não só pelo seuvão de 202m, mas também pelos cabos serem livres nazona central.Para se erguer a cobertura foram realizados ensaios emtúnel de vento, em três países, a quatro escalas diferentes,nos quais estiveram envolvidas muitas entidades, comoexplica Renato Bastos: “É um exemplo de que não seconsegue, apenas recorrendo a computadores, prever edimensionar aquele tipo. Temos que voltar aos modelos

físicos, aos ensaios em modelo reduzido de túnel de ventoe estudar o comportamento das peças em modelo reduzidocomo se fazia no século XX”. A seguir à cobertura, a bancada poente foi o elemento maiscomplexo, por diversos problemas colocados: montantesancorados em rocha e em saibro, funcionamento deconjunto da estrutura com o solo, compatibilização dofuncionamento estrutural das estruturas com rigidezesmuito distintas e fundações sobre banquetas instáveis. Asdificuldades foram, porém, ultrapassadas com as soluçõesque pareceram à equipa ser as mais adequadas.Como decorreram vários projectos de grande dimensão em

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Estádio Municipal de Braga

infoPágina 10 DESTAQUE

simultâneo, não se pode apontar um desafio único, massim vários, cujas decisões eram sempre condicionadas. “Naverdade é um projecto de risco do princípio até ao fim.Estávamos sempre conscientes que podíamos voltar paratrás”, reconhece Rui Furtado.Outro factor a destacar na construção do estádio de Bragafoi a relação de cumplicidade entre Engenharia eArquitectura que existiu em todas as fases deste processode risco e que foi sendo descoberta e aproveitada. “Paramim, o maior fascínio de todo o processo foi a interligaçãofortíssima, que resulta também da sobriedade do arquitectoSouto Moura do ponto de vista da arquitectura, que,portanto, toma decisões por sensibilidade”, refere RuiFurtado, que faz questão de salientar que “tem de haveruma confiança e uma amizade muito grandes, porquenormalmente os arquitectos mentem aos engenheiros e osengenheiros mentem aos arquitectos. Todos os riscosforam compreendidos e assumidos duplamente”. CarlosQuinaz acrescenta que “qualquer desenho, qualquerdimensão, qualquer peça foram discutidos com oarquitecto, o que é um processo pouco habitual”. “O diferente e o bonito” deste processo, para o coordenadorda equipa da AFAconsult, foi trabalhar como uma verdadeira

equipa, o que é raro hoje em dia. “Aquele projecto teve denascer como uma coisa una, e, portanto, a concepção de tudoo que fazíamos envolvia todas as especialidades, unindo-setoda a gente.” Os três engenheiros apontam que talvez essetenha sido o maior desafio na construção do estádio.Como reconheceram, foram muitas as dificuldades e aszangas, mas todos estavam unidos por um objectivo comum:construir um estádio “com transcendências”, como diz emtom de graça Rui Furtado. O engenheiro comentaentusiasticamente que se espantou com a capacidade deunião por parte de todos, salientando que “houve um factorhumano enorme na construção do estádio. Essa parte paramim é a que difere este projecto dos outros todos. Todos osprojectos têm dificuldade técnicas, maiores ou menores, eeste também tem muitas e diferentes, mas o que lá está não éresultado de uma competência técnica fantástica, é mais doque isso. É resultado de um objectivo comum”.Por todos estes motivos, para o coordenador da equipa daAFAconsult esta é a obra da sua vida, até ao momento,tendo-lhe deixado marcas muito profundas. Aguarda agoraum próximo desafio, mas os três engenheiros sãounânimes na afirmação: “Não vai haver um segundoestádio!”.

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info Página 11DESTAQUE

“A engenharia civil é uma das áreas em que osportugueses se distinguem, onde a sua contribuição érelevante para a Humanidade. Tal como a Arquitectura.Dois domínios que elegemos para desempenhar a parteque nos cabe nessa tarefa. E que, no momento em que seassinalam 10 anos sobre a criação do Prémio Secil deEngenharia Civil, simbolicamente se evidenciam a suaenorme complementariedade, ao ser corporizada namesma obra, o novo Estádio de Braga, a atribuição desteprémio, depois de ter sido eleita para o Prémio Secil deArquitectura em 2004”, salientou o presidente doConselho de Administração da Secil, Pedro QueirozPereira, na cerimónia de entrega dos prémios Secil 2005,realizada no Centro Cultural de Belém, a 11 de Janeiro de2006.Este prémio tem como objectivo incentivar e promover oreconhecimento público da qualidade de obras efectuadaspor portugueses, recorrendo ao cimento, o material que éo cerne da actividade da Secil.Artur Ravara, presidente do júri do Prémio SecilEngenharia, justificou a decisão de atribuição desteprémio ao Estádio de Braga por se distinguir “peladiversidade e complexidade dos problemas postos aosseus autores, em particular no que diz respeito àcobertura e à bancada poente”. O presidente do júriacrescentou: “A obra premiada constitui uma soluçãorelevante, em íntima ligação com a sua expressãoarquitectónica, contribuindo para a prossecução dos seusprincipais objectivos – rigor, leveza e simplicidadeformal”.Em resposta, o coordenador do projecto vencedor, RuiFurtado, afirmou que os anos da construção do Estádio deBraga “foram os quatro anos mais intensos da minhavida. Foi um projecto com risco, rigor e exigência semlimites. É uma história de paixão e ainda hoje me arrepioquando o visito. Esta obra tinha, sobretudo, que encantar,era esse o nosso objectivo”.Curiosamente, no ano de 2003, o prémio foi entregue àRegião Norte, nas mãos de João Pires da Fonseca, peloseu trabalho no Viaduto da Avenida Marginal do Parqueda Cidade do Porto.Além da Secil promover dois prémios bienais que sedestinam à Arquitectura (nos anos pares) e à EngenhariaCivil (nos anos ímpares), atribui os prémios anuaisUniversidades de Arquitectura e de Engenharia Civil.Este ano o Prémio Secil Universidades 2005 deEngenharia Civil destinou-se a três trabalhos:um da Faculdade de Engenharia da Universidade doPorto, referente a um projecto de execução de um

pavilhão de Verão para a Serpentine Gallery em Londres,cuja estrutura é executada em madeira lamelada colada;o segundo do Instituto Superior Técnico, dizendo respeitoa modelação e a análise do comportamento sísmico deum edifício característico em termos estruturais (tipo“galioleiro“), no qual se implementa uma solução dereforço sísmico recorrendo a dissipadores viscosos;e o terceiro para a Universidade da Beira Interior,apresentando a análise estrutural da Igreja de Norte-Dame du Raincy, evidenciando o estudo da cobertura. “Pude contactar com a qualidade de todos os trabalhos aconcurso, sendo este prémio um estímulo a estes jovensque vão passar a integrar este mundo pluridisciplinar daEngenharia. Começam agora uma vida aliciante, mascheia de responsabilidades“, afirmou José Manuel FerreiraLemos, presidente do júri deste prémio.A cerimónia de entrega dos prémios Secil contou com apresença do ministro das Obras Públicas e dosTransportes, Mário Lino Correia, do “pai” dos prémiosSecil, Mário Valadas, do bastonário da Ordem dosEngenheiros, Fernando Santo, da presidente da Ordemdos Arquitectos, Helena Roseta, e do presidente do JúriPrémio Secil Universidades Arquitectura, Samuel Torresde Carvalho.

Prémio Secil 2005

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Este texto é um segundo, é aquilo que agora vejo, passadosdois anos depois da obra.Escrever deve ser um projecto, não é contar episódios,emoções, factos; é fixar um “olhar” num sítio – “é obraprópria nossa” (1).Escrever sobre o Projecto de Engenharia do Estádio não éfalar da gravidade, da anulação dos momentos, da tracção eda compressão.Escrever não é falar da “empatia” entre duas disciplinas, aArquitectura e a Engenharia, que foram sempre uma só,mas de um projecto de “vida” e não sobre a vida de umprojecto.Durante três anos engenheiros e arquitectos propuseram-sealterar o lugar de uma pedreira, para que aquele sítio, queera para nós o “mundo” todo, pudesse ficar melhor.Durante dias e noites, semanas, fins-de-semana,

Estádio Municipal de Braga

infoPágina 12 DESTAQUE

desenhámos maquetas, viajámos, ensaiámos, confirmámose anulou-se a gravidade. Dias e noites trabalhámos àtracção e à compressão para que esta obra pudesse existir.Hoje, quando vemos os exercícios de desenho das criançasnas escolas, representando o Estádio, pensamos queaquele sítio é mais “lugar” e as pedras que insistem emmexer-se e teimam em não calar-se ficaram domesticadas.Como dizia o Poeta (1) “é preciso outorgar a natureza àsnossas violações”. Hoje, com a colaboração da Engenharia,com aquele betão natural, saído do corte artificial da pedra,pensamos que aquele mundo ali ficou mais natural – “éobra própria nossa” (1)

Eduardo Souto Moura, Porto, 16 de Maio de 2005

(1) Herberto Hélder

Engenharia e Arquitectura: as duas faces da mesma moeda

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Rui Furtado: “Acho que a Engenharia existe para contribuirpara algo que é mais do que a própria Engenharia”

Rui Furtado, engenheiro civil

info Página 13ENTREVISTA

Rui Furtado, o senhor engenheiro civilO edifício da Sede da Vodafone no Parque das Nações, oPavilhão de Portugal na Expo’98, a Casa da Música e váriosprojectos internacionais integram o vasto currículo doengenheiro Rui Furtado, membro associado da AFAconsult,sediada no Porto. Vários prémios já fazem parte do seupercurso. Soma-se agora o Secil de Engenharia Civil 2005. É chegado o momento de passar os olhos pelo estado daEngenharia Civil em Portugal.

Iniciou carreira, em 1982, como projectista de estruturas. Quando acabei o curso, fui para a EFANOR, na altura estava aconstruir três fábricas. Logo no início, tive a sorte de começar atrabalhar numa coisa que é muito importante: fazer projecto efiscalização ao mesmo tempo. É importantíssimo para oprojecto a experiência da obra. Uma pessoa percebe o que estáa fazer e para que é que aquilo serve. Depois a empresa faliu eeu e o meu sócio formámos a AFA. Logo começámos com doisprojectos: a Escola Superior de Biotecnologia e o Continente deMatosinhos. Dentro da empresa fiz um pouco de tudo, a nívelde projecto e de fiscalização.

A partir de então a Engenharia passou a ser uma necessidade?Convenço-me cada vez mais que podia ter sido qualquer coisa.Nunca vi na Engenharia uma vocação. Sinto que gosto muitodaquilo que faço, mas que gostaria de qualquer coisa quefizesse. Perguntaram-me uma vez se gostaria de ter sidoarquitecto e respondi que não. Não porque não goste, poisfascina-me, mas acima de tudo não sinto ter as característicasnecessárias. Adoro a Arquitectura vendo-a como engenheiro. Agestão e a performance das empresas também penso que mefascina.

Quais são as suas principais motivações? Uma das mais importantes motivações é conseguir manter unaesta equipa, que fomos formando ao longo dos anos, edesenvolver-se permanentemente. É uma das minhas grandesmotivações como pessoa. Acho que temos uma equipafantástica, com muito boas características. Do ponto de vista doprojecto, tenho uma perspectiva abrangente: acho que aEngenharia existe para contribuir para algo que é mais do que aprópria Engenharia. Quando fazemos Engenharia, temos depensar para que é que aquilo serve e qual o objectivo da nossacontribuição. Isto é um pouco a filosofia que tenhodesenvolvido ao longo dos tempos e daí que reconheça naArquitectura uma componente muito importante. Isto nocampo dos edifícios, onde tenho mais experiência. Sobre aspontes também tenho uma perspectiva, que é muito discutida epolémica e normalmente os engenheiros ficam zangadoscomigo. Tem a ver com o facto de que cada um deve fazer oque sabe fazer. A maior parte do que vemos é feito e desenhado

por engenheiros, mas estes não nasceram necessariamentepara desenhar. Os engenheiros são bons para calcular, parainventar, mas para o resultado final não serão as pessoasmais indicadas para fazê-lo. Esta é uma das discussões quetenho relativamente às pontes. Acho que há génios naEngenharia, como Edgar Cardoso. Qualquer ponte dele foimagistralmente desenhada. É melhor do que 90% dosarquitectos, mas a média dos engenheiros não têm essafelicidade. Acho que há lugar para uma colaboração muito interessantecom os arquitectos. Temos, aqui para o Douro, os projectosdas duas novas travessias sobre o rio, em colaboração com oarquitecto Siza Vieira, nos quais a contribuição dele emtermos de desenho e de integração é absolutamentefantástica.

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Texto de Ana Ferreira • Fotos de Alfredo Pinto

infoPágina 14 ENTREVISTA

Está de acordo com a opinião de que se atribui maisimportância à Arquitectura do que à Engenharia?Isso é uma evidência, mas não me choca nada, porque oreconhecimento público é das coisas que as pessoasentendem e a beleza entende-se. Os grandes engenheiros quesão conhecidos não o são devido à sua faceta de engenheiro,mas pela de arquitecto. É evidente que os arquitectos mexem muito mais com o nossodia-a-dia, sobretudo na cidade. É normal que até os Media seinteressem mais pela Arquitectura. Acho que isso resulta deuma realidade contra a qual não se pode fazer muito.

Qual é a sua opinião sobre o trabalho dos engenheiros nosdias de hoje?O que é facto é que os engenheiros por não serem conhecidosestão sujeitos a uma pressão, especialmente em termos dehonorários, que a maioria das vezes não lhes permite fazer otrabalho com a qualidade que todos gostariam. Mas issotambém se nota na Arquitectura. Esse é um aspecto que deveser regulamentado, de uma forma mais eficaz, porque asconsequências deste regime são péssimas para a profissão epara os resultados. O problema já não se coloca na questão do estímulo. Hoje emdia, os honorários são tão apertados que as pessoas têm defazer aquilo com pouco dinheiro e depressa e “depressa e bemnão há quem”. Esse é um dos grandes problemas queencontro neste momento em Portugal.Há outros problemas em relação à profissão de Engenharia emPortugal: o mercado, a crise económica reflecte-se em maisconsequências na profissão e os desafios que se colocam sãopequenos. Mas, se formos buscar o historial da nossaprofissão, descobrimos que o facto do nosso mercado serpequeno, e que esteve parado muito anos, levou a que seperdesse a tradição de uma classe de grande Engenharia queexistiu há 40 ou 50 anos atrás. Por exemplo, em relação aoscomboios. Por outro lado, sendo um mercado pequeno e poucocompetitivo, limita-nos muito. A Expo’98 foi uma lufada de arfresco. Não só em termos de Engenharia, mas também dearquitectura, pois permitiu abrir perspectivas que depois foramsendo desenvolvidas.

Quanto ao Decreto 73/73?Acho muito importante numa perspectiva cívica e civil. Épreciso realmente atribuir responsabilidades às pessoas. Hojeem dia há uma série de profissões que não existiam em 1973 eque têm de ser regulamentadas, mas também achoimportantes muitas outras leis e enquadramentos dasprofissões para defesa desta actividade e da sociedade.Considero que é importante o decreto, mas numa certa alturatornou-se uma peça de batalha entre a Ordem dos Engenheirose a Ordem dos Arquitectos. Se o mercado for maduro, é opróprio que exige que um projecto seja de um arquitecto.

Outro factor muito importante, é que deve ser definido por leia atribuição de responsabilidades a cada interveniente doprocesso de construção.

Considera que actualmente a formação curricular académicacoaduna-se com as exigências profissionais?Não é só um problema da Engenharia. Os programascurriculares coadunam-se com as necessidades actuais. Achoque do ponto de vista de conhecimentos técnicos são bastantebons, mas o problema é de formação de base, da formaçãointrínseca das pessoas. Acho que se perdeu por completo, queexistia e que hoje não existe de maneira nenhuma, aresponsabilização e a exigência. As pessoas não estãohabituadas a exigir delas e a serem responsabilizadas e é umproblema geral que vem desde a escola primária. As pessoasnão estão habitadas a viver com a arbitrariedade. A vida nemsempre é como nós gostamos e temos de saber viver comisso. Os miúdos não estão habituados a ser contrariados, aexigir-se deles. Há uma política de facilitismo total. E isso foitrazido para as faculdades, o que me parece muito mau. Atéporque o mundo que está aí é de uma concorrência globaldesenfreada, com gente que está habitada a passar por tudo.Se os nosso jovens vão tentar concorrer dentro desteambiente, não auguro grandes sucessos.

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Dia Nacional do Engenheiro em Bragança

O recanto nordeste transmontano deBragança recebeu nos dias 18 e de 19 deNovembro mais de 250 engenheiros emcomemoração do Dia Nacional doEngenheiro 2005. Obedecendo a um esquema dealternância entre as três regiões do país,no ano de 2005 coube à Ordem dosEngenheiros-Região Norte (OERN)apresentar a proposta de local paraacolher o encontro, a qual foi aceitepelo Conselho Directivo Nacional(CDN). Aliás, sabe-se já que a edição dopróximo ano realizar-se-á no Algarve.Como explicou Gerardo Saraiva deMenezes, presidente do ConselhoDirectivo da Ordem dos Engenheiros -Região Norte (CDOERN): “O facto doDia Nacional se realizar este ano emBragança é resultado de uma propostada direcção da OERN. A nossa ideia édescentralizar as acções da Ordem,chegar aos sítios mais afastados, ondeas coisas são mais difíceis, as pessoastêm mais imaginação e maiscapacidade de superação dasdificuldades. Bragança é uma cidade dereferência e um bom exemplo de comono interior, apesar das dificuldades edas costas voltadas dos centros dedecisão, se conseguem fazer coisasbonitas e promover aquilo que éintrinsecamente nosso”.Gerardo Saraiva afirmou ainda que oDia Nacional – tendo dado início àscomemorações na véspera – , “servepara distinguir colegas com currículosmais relevantes e para os mais novosque apresentam melhores trabalhos nosestágios. É um dia fundamentalmentede convívio, embora também tenhaintegrada nas comemorações umaassembleia magna, na qual

normalmente se discutem assuntos deinteresse para a Ordem. Os colegaspodem livremente colocar os temas queentendam.”A recepção, realizada a 18 de Novembrode 2005 nos Paços do Concelho, deuinício à programação do Dia Nacional doEngenheiro. Esta contou com a presençade Conceição Baixinho, delegada distritalda OE, e de Jorge Nunes, presidente daCâmara Municipal de Bragança, os quaisderam as boas-vindas aos engenheiroscom a apresentação de um vídeo sobreBragança. Conceição Baixinho consideraque às vezes Bragança parece seresquecida por estar distante e que esteencontro “além de contribuir para oturismo da região, é importante para osengenheiros aqui sediados porque dá umsinal de descentralização, um sinal daimportância da nossa região”. Por sua vez, Jorge Nunes considera que“é uma atitude positiva com a Ordem aolhar para o território no seu todo,percebendo que também temengenheiros em Bragança, ao contráriodaquilo que acontece muitas vezes como Governo que pensa que Bragança não

faz parte do território nacional. Nestaperspectiva a Ordem marcou a suadiferença, estando na capital de distritomais afastada de Lisboa. Isso é positivo,porque permite aos seus associadosconhecerem uma parte do território, queé a mais bonita do país em termosambientais e patrimoniais. Para nós éuma oportunidade para promover oterritório, o conhecimento da economia,da actividade, da Arquitectura e daEngenharia desta cidade”. O presidente reforça a ideia de que “oGoverno esqueceu-se de Bragança hádécadas. Esta é uma boa forma deconhecer Bragança. Uma parte dosparticipantes no encontro não conheceBragança e seguramente vai ficarimpressionada pela positivarelativamente a esta parte do país. E,com esse melhor conhecimento,também podem ajudar a influenciar anível político. Temos consciência de queas grandes decisões também se fazemcom o pequeno trabalho, como umtrabalho de formigas”. Após a cerimónia na Câmara Municipalde Bragança, as actividades integraram

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a inauguração da exposição fotográfica“100 obras de engenharia civil noséculo XX em Portugal” no CentroCultural Municipal e uma sessão-debatesob o tema “O papel dos engenheirosna gestão municipal” realizada à noiteno Hotel Turismo São Lázaro.Jorge Nunes e Leitão Borges, ambosengenheiros e presidentes das câmarasde Bragança e Resende,respectivamente, e o engenheiroJoaquim Poças Martins, docente daFaculdade de Engenharia daUniversidade do Porto, foram ospalestrantes dessa sessão, que foimoderada pelo engenheiro Hipólito deSousa, membro do Colégio deEngenharia Civil da OERN.Foi unânime a opinião dosintervenientes quanto às grandesresponsabilidades e exigências dosengenheiros nos munícipios. “Tenhovisto os engenheiros a fazer maisadvocacia e menos engenharia doponto de vista legislativo nacional. Temde se lidar com processos complexosde construção de obras”, afirmou JorgeNunes, o qual ainda reforçou que temdefendido junto da AssociaçãoNacional dos Municípios a elaboraçãode um código de procedimentosautárquicos. Leitão Borges referiu aexistência dos 256 procedimentos naadministração pública para que oempreendimento de obra públicaesteja correcto do ponto de vista legale os 280 diplomas que se relacionamcom o acto de projectar uma obra,concluindo que “não temos outraalternativa se não reforçar o nossograu de formação”.Foi também consensual a ideia de quea Ordem dos Engenheiros (OE) deviater um papel mais interventivo e nessesentido o bastonário expressou a suavontade de realizar em 2006 oprimeiro encontro de engenheiros quetrabalham em câmaras municipais.

Sessão solene no teatro municipal

A visita ao Parque Natural deMontesinho ou a visita ao centrohistórico de Bragança marcaram oarranque da programação do dia 19 deNovembro. A tarde ficou marcada pelaassembleia magna, na qual se debateramos problemas da Ordem, e pela sessãosolene decorridas no Teatro Municipal.Após os discursos de Conceição Baixinhoe de Gerardo Saraiva de Menezes,realizou-se durante a sessão solene aentrega de prémios aos melhoresestágios de 2005 por especialidade.Queirós Saldanha foi o estágiário, emrepresentação dos seus colegasvencedores, que agradeceu o prémio.Este jovem, licenciado pela Universidadede Trás-os-Montes em Engenharia Civil,não foi o único da Região Norte a serchamado como melhor estagiário de2005, em diferentes áreas: SandraMonteiro (agronómica), Nuno Patrão,(electrotécnia), Ana Ferrer (geográfica),Nuno Martins (geológica e de minas),

Rui Simões (mecânica) e Jorge Silva(metalúrgica e materiais). Após um momento musical, ospresentes aplaudiram as homenagensaos engenheiros com mais de 50 anosde inscrição na OE e aos engenheirosoutorgados com o nível de qualificaçãoprofissional de membro sénior e com otítulo de especialista, aos engenheirosoutorgados com o nível de qualificaçãoprofissional de membro conselheiro. Asessão ainda ficou marcada pelaconferência proferida por ÂngeloLudgero Marques sobre “A Engenhariano Futuro da Economia”, um tema queclassificou como complicado, visto asempresas portuguesas estaremobrigadas a tomar rumos rápidos a nívelde mercados e de tecnologia. Asempresas têm de viver em mudançaspermanentes e ter estruturas flexíveis,sendo que o “papel dos engenheiros é ode garantir o desenvolvimento técnico etecnológico das empresas”, referiu. Alémdisso, na sua opinião tem de existir umamaior proximidade entre as escolas e asempresas: “Apostar na formação emEngenharia no ensino superior, inserir os

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alunos nas empresas, sendo necessáriohaver quadros internos capazes de osreceber”. Ludgero Marques aindaafirmou que “a Engenharia vai ter futuroem Portugal, onde a indústria vai ter umpapel importante a nível económico etecnológico. Para isso, é preciso apostarna formação dos alunos e no fomentodas empresas, que passa pelainternacionalização e pelodesenvolvimento técnico e tecnológico”. A sessão foi encerrada com o

lançamento do livro “A Importância daEngenharia na Competitividade – XVCongresso da OE” e o discurso dobastonário. Para Fernando Santo há umdesânimo actual dos engenheiros, masfez questão de lembrar que, se por umlado, “quando o país se desenvolve mal,os engenheiros estão mal”, por outrolado, “não há nada no país que se possadesenvolver sem a Engenharia”. Quantoao facto deste encontro ter sido realizadoem Bragança comentou: “Às vezes até seexerce mais Engenharia fora das grandescidades, pois essas têm quase tudoresolvido. Um cidadão de Bragançaprovavelmente percebe melhor o papelde Engenharia do que alguém que estáno meio de uma cidade e que está a falarao telemóvel, que abre a torneira e temágua, e não se lembra que por detrás detudo aqui há uma actividade deEngenharia que foi desenvolvida. Todasestas benfeitorias a que temos acesso, esobretudo os jovens, não fazem umacorrelação entre o ter e o não ter”. A programação do Dia Nacional doEngenheiro 2005 chegou ao fim com umjantar-convívio no Hotel Turismo SãoLázaro.

Tertúlias científicasAlguns temas científicos que marcam aagenda da actualidade têm sidodebatidos em ambiente tertuliano noTeatro de Vila Real, com o apoio doscolégios da Região Norte de EngenhariaAgronómica e do Ambiente da Ordemdos Engenheiros. Este ciclo de debatestem envolvido a comunidade e osprofissionais do sector na discussão detemas que preocupam os cidadãos nodomínio da gestão da água, da qualidadedo ar e da gestão de resíduos dediferente proveniência. Esta iniciativatem como epicentro os centros deinvestigação da Universidade de Trás-

os-Montes e Alto Douro (UTAD), emparticular, os Centros de EstudosTecnológicos, do Ambiente e da Vida(CETAV) e o Centro de Estudos deGestão dos Ecossistemas (CEGE),tendo merecido também o apoio daFundação para a Ciência e Tecnologia.O painel que integra os temas destastertúlias científicas é constituído pornomes de reconhecido mérito nopanorama científico nacional. O debatedo primeiro tema sobre a águadecorreu no dia 2 de Novembro eestiveram presentes os professoresAdriano Bordalo e Sá, da Universidadedo Porto, e Rui Cortes, da UTAD, e oadministrador da empresa Águas deTrás-os-Montes Alexandre Chaves,estando a moderação a cargo docoordenador do Colégio Regional,Fontaínhas Fernandes. No dia 28 deNovembro decorreu a discussão dosegundo tema sobre a problemáticados resíduos com a participação daprofessora Graça Martinho, daUniversidade Nova de Lisboa, de PauloPraç,a da empresa Resíduos doNordeste e do engenheiro PauloNoronha, da Associação deMunicípios. A terceira tertúlia abordoua questão do ar, integrando o painelCarlos Borrego, professor daUniversidade de Aveiro, e Pedro Mata,com a moderação da investigadora daUTAD, Margarida Correia Marques.

OERN na Concreta

A Ordem dos Engenheiros - RegiãoNorte (OERN) participou na Concreta,realizada entre os dias 26 e 30 deOutubro de 2005, na Exponor, em Leçada Palmeira.Organizada pela Exponor – FeiraInternacional do Porto, em colaboraçãocom a APCMC – Associação Portuguesa

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dos Comerciantes de Materiais deConstrução, a Concreta é uma das feirasmais representativas que se realizam emPortugal. Foram muitos os profissionaisque se deslocaram ao evento paraconhecerem as novas mostras dossectores da Construção, Obras Públicas,Ambiente, Mecânica, entre outrasvertentes de Engenharia. De acordo com o engenheiro Machado eMoura são várias as razões da OERN emparticipar na feira, realçando que,“perante um evento de tal importância,existe a oportunidade de contactar comos meios e profissionais de maiorreputação”.Este é já um local privilegiado para olançamento de novos produtos eserviços e, dado o elevado número devisitantes, Machado e Moura afirma que“é sempre uma boa ocasião para aOERN dar a conhecer as suasactividades”. Além disso, é possívelconhecer “publicações e opreenchimento de impressos paraeventuais candidaturas para a OERN”. Durante a Concreta esteve patente umprograma de actividades paralelasdividido pelos diferentes dias. No dia 26

realizou-se o Dia do Comerciante comuma discussão sobre os “AspectosPráticos da Aplicação da Directiva sobreProdutos da Construção e asOportunidades e os Desafios daReabilitação”. No dia seguinte tiveramlugar seminários subordinados aostemas “Conflitos em Direito dasEmpreitadas” e “Estacas-Pranchas deAço em Obras Portuárias”. Já no dia 28deu-se destaque à conferência sobre“Domótica – Gestão Inteligente deEspaços e Eficiência na Engenharia deEdifícios”.Por fim, no dia 29 realizou-se umseminário que teve como tema“Conhecer Antes de Intervir: Inspecçõese Ensaios com Vista à ReabilitaçãoEstrutural de Edifícios Antigos”.

XV Congresso de Zootecnia

De 2 a 5 de Novembro realizou-se, naUniversidade de Trás-os-Montes e AltoDouro (UTAD), o XV Congresso e o IIbero-americano de Zootecnia. A

responsabilidade desta iniciativa foi daAssociação Portuguesa de EngenheirosZootécnicos e mereceu o apoio daOrdem dos Engenheiros (OE). O temacentral deste encontro foi ainvestigação e o desenvolvimento emciência animal, tendo sido repartidopor 15 sessões temáticas, em queestiveram presentes oradoresconvidados de reconhecidascompetências científicas e técnicas.Este congresso integrou ainda as IIIJornadas Internacionais de Cuniculturae diversos workshops sobre assuntosda actualidade, designadamente“Segurança Alimentar”, “Diagnósticoda Gestação em Ruminantes”,“Zootecnia nos trópicos” e “NovasTecnologias em MelhoramentoAnimal”.No último dia de trabalhos, o ColégioRegional de Engenharia Agronómica daOE apoiou uma sessão que analisou oensino e a empregabilidade no sectoragrário. Durante esta sessão oengenheiro Fontaínhas Fernandes,coordenador do colégio, traçou umaperspectiva sobre a Reforma de Bolonhae as suas implicações nos cursos dosector agrário, tendo apontado algumaspistas de ordenamento do ensino nosector agrário em Portugal. Foianalisado este assunto no espaço ibero-americano, contando com a presençana discussão de representantes deuniversidades brasileiras e dopresidente da Associação Brasileira deZootecnistas. Esta sessão reuniudocentes, investigadores e agentesempregadores da área, tendo estadopresentes representantes de diversasempresas privadas e de instituiçõescom interesse na ciência animal, que sedebruçaram sobre as questões daempregabilidade. Durante o congressoforam estabelecidos alguns protocolosde cooperação celebrados entre a UTADe as empresas do sector, uma iniciativa

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que foi estimulada pela APEZ.

Encontros deViticultura e Enologia

“Viticultura e Enologia” foi o tema doencontro realizado na Universidade deTrás-os-Montes e Alto Douro nos dias18 e 19 de Novembro. O evento contoucom o apoio do Colégio de EngenhariaAgronómica da Ordem doEngenheiros-Região Norte, tendoestado presentes de cerca de 300profissionais do sector agrário, emparticular, da Enologia e da Viticultura.O programa deste encontro integrouum vasto conjunto de comunicaçõesdistribuídas por diversas sessões, ondeforam equacionados os principaistemas da actualidade, designadamentesobre o domínio da melhoria e daimplementação de novas técnicas nosector vitivinícola, a evolução daviticultura numa perspectiva deresponsabilidade ambiental, aproblemática dos vinhos em diferentesregiões e os processos enológicos. Aexperiência empresarial, o marketing, aanálise de projectos de investigaçãoem curso, a inovação e a aplicação denovas tecnologias foram outras dasquestões que mereceram apreocupação dos participantes.

Ruído na Invicta

No dia 30 de Novembro de 2005realizou-se, na sede da Ordem dosEngenheiros - Região Norte (OERN), o IICiclo de Palestras Estado do Ambientena Região Norte subordinado ao tema“O Ruído – Instrumentos de Gestão”. O objectivo do encontro foi discutiraspectos relevantes sobre o ruído, bemcomo a sua exposição em locais dedestaque da cidade do Porto. Além da

presença de profissionais de renome,fizeram parte da assistência muitosestudantes. O engenheiro Pedro Pombeiro, chefe deDivisão do Gabinete de Ambiente daCâmara Municipal do Porto (CMP),abordou a implementação doregulamento geral de ruído no Municípiodo Porto.Por sua vez, Rui Calejo, do Laboratóriode Acústica da Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto (FEUP),apresentou algumas soluções paracombater a poluição do ruído e deu aconhecer, através de mapas de ruído,artérias que contam com decibéisdesproporcionados em pleno centro daCidade Invicta. Para que os presentes sentissem deperto o ruído que se faz sentir na Via deCintura Interna (VCI), na Avenida daBoavista e no Bairro de São Tomé o somdas colunas e do microfone foi elevadode forma substancial. A VCI foi a zona aregistar valores mais altos, entre 80 e 85decibéis, quando o máximo aceitável éde 65. Já o Bairro de São Tomé registouvalores entre 40 e 45 decibéis.Luís Conde, do Laboratório de Acústica eVibrações Lda, versando sobre “AAplicação de Mapas de Ruído em Planosde Pormenor”, explicou que existem“mapas de conflitos”, ou seja, o som nãoé o mesmo durante as 24 horas, sendo opanorama diferente de dia e à noite.Realçou ainda que os mapas de ruído

são uma ferramenta poderosa a ter emconta no Plano Director Municipal(PDM). Quanto aos desafios da Refer, oengenheiro João Sarmento adiantou queaté 2008 serão tomadas medidas deredução de ruído para os grandes eixosferroviários.

Delegação de Bragacomemora 2ºaniversário

A Delegação de Braga da Ordem dosEngenheiros (OE) comemorou osegundo ano de abertura da sua sededistrital de Braga, no dia 5 de Dezembrode 2005. Na pequena cerimónia decomemoração homenageou-se JoséVieira, o primeiro delegado distrital,tendo-se colocado uma fotografia desteprofessor e engenheiro na sala dereuniões.Para a cerimónia foram convidados osmembros do Conselho Directivo daRegião Norte da Ordem dos Engenheiros(CDRN), delegados de Braga e a equipade trabalho que foi responsável peloprojecto de construção do edifício,destacando-se os engenheiros AlbertoFernandes e Luís Macedo. O delegado distrital, o engenheiro PauloRodrigues, abriu a cerimónia, enaltecendo o excelente trabalho que foidesenvolvido por José Vieira, o delegadode então. Após o descerramento dabandeira da OE, seguiu-se umaintervenção de José Vieira, quecomplementou as palavras do actualdelegado distrital, focando dificuldades eas actividades desenvolvidas na época, emostrou-se particularmente satisfeitopelo resultado do esforço que a delegação fez na altura para que o actualprojecto fosse conseguido.

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No final desta intervenção, PauloRodrigues ofereceu uma salva de prataem nome da delegação distrital.Houve ainda lugar para uma pequenaintervenção do presidente do CDRNdaOrdem, Gerardo Saraiva de Menezes,que leu uma carta do engenheiroFernando Almeida Santos e depoiselogiou o trabalho do homenageado.A cerimónia prosseguiu com um jantarvolante.

3º Encontro deEngenharia Civil Nortede Portugal – Galiza

Desde 2001, o Colégio Regional deEngenharia Civil da Região Norte daOrdem dos Engenheiros e o Colégio deCaminos, Canales y Puertos da Galiza –Demarcacion de Galícia têm vindo aorganizar eventos intitulados “Encontrosde Engenharia Civil Norte de Portugal-Galiza”, sobre temas actuais de interesseestratégico para o desenvolvimentobilateral, e, em geral, com enfoques queultrapassam a estrita dimensão regional.Estes encontros, que traduzem oempenhamento do Conselho Regionaldo Colégio e da Direcção da RegiãoNorte da Ordem dos Engenheiros nodebate e desenho de soluções que visemo desenvolvimento integrado desta euro-região, têm contado com a presença de

políticos, quadros de topo daadministração pública, decisores degrandes empresas e concessionárias,bem como de investigadores e docentesuniversitários.A sua realização tem ocorridoalternadamente no Norte de Portugal ena Galiza, com um formato que assentaem conferências de oradoresconvidados, portugueses e espanhóis,complementadas com períodos dediscussão. Para além das sessões detrabalho, um complemento socialcuidado tem contribuído para fomentar aaproximação e a troca de experiênciasbilaterais.Em 2006, cabe ao Colégio Regionalportuguês a responsabilidade deorganizar o encontro. Com o tema “aágua”, este encontro decorrerá no Porto,na Fundação Cupertino de Miranda, a 25e 26 de Maio.No âmbito da organização deste evento,teve lugar no passado dia 13 de Janeiro,em Viana do Castelo, mais uma reuniãodas comissões científica e organizadora.Falar da relevância do tema é quasedesnecessário, numa altura em que se

generaliza a consciência social de que aágua, nas suas várias formas, é umrecurso, cuja gestão racional vai serdecisiva no futuro.Mas nos planos estratégicos, dearticulação bilateral e técnico, há muito adiscutir sobre a água, possibilidades deutilização, gestão racional e riscos.Assim, este terceiro encontro elegeucomo temas principais: “Água e aEnergia”, “Água Como Recurso”,incluindo águas superficiais esubterrâneas, estuários, problemas desegurança e reservas, “FenómenosExtremos e Poluição” e “Regimes deUtilização da Água”. Sobre cada um destes temas existirãoconferências de especialistas deambos os países, bem como umespaço para discussão em mesas-redondas alargadas, fazendo desteevento um momento de excelênciapara a reflexão de todos quantos, deuma forma ou de outra, estãoenvolvidos nesta problemática ousimplesmente se preocupam com ostemas vitais do desenvolvimento danossa comunidade.

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Reorganização e reestruturação das infocomunicações e infra-estruturasinformáticas da OERN

À medida que as novas tecnologiassão implementadas para aumentar acompetitividade dos serviços enegócios, e, por conseguinte, paradesenvolver a actividade dosorganismos, a infra-estrutura de info-comunicações, composta porelementos de rede, sistemas eaplicações, constitui-se num pontoestratégico para essedesenvolvimento, obrigando a umaconstante monitorização e controlodos recursos, no sentido de evitarquaisquer tipo de falhas que possamsurgir e afectar a produtividade darede e, consequentemente, dosserviços fornecidos aos clientes e donegócio.Atento a esta realidade, o ConselhoDirectivo da Ordem dos Engenheiros-Região Norte (OERN) tomou adecisão de submeter a uma auditoriaas infra-estruturas existentes:sistemas, comunicações, plataformascomputacionais, aplicações,telecomunicações e a cablagemestruturada.Esta auditoria, além de incluir asinfra-estruturas e as plataformascomputacionais existentes na sede doPorto, foi alargada para as infra-estruturas de informática e detelecomunicações existentes nasdelegações distritais.Com as conclusões da auditoriaconcluída em Março de 2005, eperante a não uniformidade e nãonormalização do parqueinformático/comunicações/HW/SW/Gestão dos Sistemas encontradas,

decidiu-se que os equipamentos e ossistemas de infocomunicaçõesexistentes deveriam ser reorganizadasà luz da tecnologia mais avançada,que se encontra no mercado aodispor dos utilizadores.Desta tomada de decisão resultaramas seguintes acções concretas:1 – Foi adquirida uma solução globalde cablagem estruturada, servidor decomunicações de voz e equipamentode dados (switching), centralizadasnuma sala técnica, com as seguintescaracterísticas:Cablagem estruturada para voz edados nos cinco pisos do edifício,com um total de 44 tomadas duplas(88 pontos de rede);Servidor de comunicações de voz,com capacidade para seis acessosbásicos, 24 extensões digitais, 12extensões analógicas e interface GSMpara dois cartões. Integra pré-

atendimento, voice-mail, música emespera. Este equipamento é modularcom capacidade de crescimento atéàs 230 extensões. Tem a possibilidadede suportar a tecnologia VoIP,equipamentos de comutação dedados (switching) com capacidade de48 portas e possibilidade de futuraexpansão para interligação deservidores a Gigabit.Esta solução foi acompanhada pelamigração das linhas de voz existentes(duas linhas analógicas) para doisacessos básicos, permitindo quatrocanais de comunicação simultâneosatravés da rede fixa.2 – Foi igualmente efectuado uminvestimento para uniformização dainfra-estrutura informática a nível dehardware e software (SistemaOperativo e Office), fundamental paraa reorganização dos processosinformáticos existentes;

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3 – Foi criada uma estruturaorganizacional de gestão dossistemas de informação;4 – Foram reconfiguradas todas asplataformas computacionais e decomunicações existentes numa redeVPN – IP nas delegações distritais,permitindo uma gestão global ecentralizada na sede do Porto;5 – No sentido de dotar a OERN deuma solução corporativa de antivírus,foi estabelecida uma parceria com aPanda Software, resultando numasolução de licenciamento a médioprazo;6 – Foi celebrado um protocolo entrea OERN e a PANDA SW_Eurocasima,que, além de negociar as condiçõesespeciais de aquisição do SWantivírus Panda para todos osassociados da OERN, permite umauniformização e difusão de um únicoantivírus eficiente com novaTecnologia TRUPREVEN, para todasas plataformas computacionais nasede e nas delegações distritais;7 – Foi implementada uma soluçãocentralizada de distribuição deactualizações de SW e os updates do

antivírus.(Windows Server UpdateServices).Esta implementação constitui umamelhoria em termos de segurançainformática e de facilidade nocontrolo das actualizações existentesem toda a rede informática, de formacentralizada;8 – Foi ainda implementada umasolução de gestão remota dos postosde trabalho existentes nas delegaçõesdistritais, com base na rede VPNRDIS existente, que permite ocontrolo centralizado a partir da sede;9 – Foi implementado umprocedimento de backup/restore, quepermite garantir a máxima segurançana recuperação dos dadosconfidenciais;10 – Foi feita uma integraçãocompleta na aplicação de gestão dosmovimentos associativos da RegiãoNorte, no sentido de torná-la maisadaptada às regras estabelecidas noregulamento da OE;11 – Foi automatizado todo oprocesso de envelopagem eendereçamento do mailing-postal,com a aquisição de doisequipamentos que vieram aumentar aeficiência e a racionalização dosrecursos humanos que eramatribuídos a este trabalho;12 – Foi registada a marcaengenheiros.pt, propriedade daOERN;13 – Foi registado o domínio ern.pt,assim como a marca oern.ptpropriedade da OERN.

Projectos a decorrer na OERN:

1 – Projecto-piloto em colaboração coma Multicert, para fornecimento de chavesde certificação digital dos documentos eassinaturas nos movimentos dedocumentos oficiais entre a OERN e osseus associados, assim como com as

organizações oficiais governamentais:câmaras, Certiel, Anacom, IPE, IEFP,IMOPPI, universidades, institutos,escolas profissionais, associaçõesprofissionais, etc;2 – Reorganização e redefinição do siteda OERN com as novas facilidades deserviço on-line entre a OERN e os seusassociados;3 – Reorganização de um novo e-mailserver com o domínio oenr.pt;4 – Implementação da Intranet;etc.

70 Anos de Ordem,inúmeras histórias…Participe!

Por ocasião do 70º aniversário da Ordemdos Engenheiros, o Conselho Directivoda Região Norte (CDRN) tencionapublicar uma brochura comemorativa, naqual historia os episódios mais notóriosda vida passada da Região Norte.Convida os colegas que desejemcolaborar na publicação a enviar umcurto artigo de uma página A4, sobrequalquer efeméride que considereminteressante divulgar, atinente aepisódios relevantes das actividades daRegião Norte. Para evitar duplicações, e poder fazeruma escolha criteriosa, os interessadosdevem comunicar ao CDRN, até ao dia31 de Março do ano corrente, um curtoresumo do artigo que propõem. Serãoavisados alguns dias depois da decisãodo Conselho e disporão de 30 dias pararedigir o artigo.Os resumos deverão ser enviados porcorreio para a Sede da Ordem dosEngenheiros – Região Norte, Rua deRodrigues Sampaio, 123 4000-425 Portoou por e-mail [email protected]

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info Página 25DISCIPLINA

Factos provados:1 - Que o arguido celebrou um contrato de prestação deserviços com a Câmara Municipal X (CMX), no qual secomprometeu a elaborar o “estudo da rede de distribuiçãode água e drenagem de águas residuais, incluindo ETAR,do lugar Y”, até à data de 15/6/ 2004.2 - Que o arguido não cumpriu o prazo acordado para aelaboração do estudo, uma vez que apenas entregou esteà CMX em 23/9/2004.3 - Que o arguido sugeriu e obteve da CMX umalargamento do âmbito do contrato de modo acontemplar uma solução mais completa e alargada para aresolução eficaz do problema do saneamento no local emcausa, mas, apesar de se ter apercebido que essealargamento tornaria muito difícil o cumprimento doprazo de entrega acordado, não solicitou, aquando daalteração do âmbito do contrato, uma nova definição dosprazos a cumprir, pensando que a CMX não o obrigaria acumprir o prazo constante do contrato.4 - Que o arguido reconheceu o seu erro ao não tersolicitado um alargamento do prazo.5 - Que, uma vez que o estudo acabou por ser entregue àCMX cerca de três meses depois do prazo acordado, nãoresultaram do incumprimento do contrato pelo arguidoconsequências ou prejuízos irreversíveis para a sua contra-parte no contrato ou do ponto de vista da defesa dointeresse público.6 - Que o arguido não tem antecedentes disciplinares eexerce a sua profissão há cerca de 30 anos.

Decisão:1 - Dos factos provados conclui-se que o arguido, ao nãocumprir o prazo de entrega do estudo que se obrigou aelaborar por contrato de prestação de serviços celebradocom a CMX, não prestou os seus serviços com diligência epontualidade, violando assim o dever deontológicoconsagrado no n.º 2 do artigo 87º do Estatuto da Ordemdos Engenheiros.2 - Por outro lado, ao aceitar subscrever o contrato com

um prazo de entrega que, pelo menos num juízo deprobabilidade, sabia de antemão não poder cumprir, oarguido violou o dever deontológico de não aceitartrabalhos que exijam mais tempo do aquele de que oengenheiro disponha, previsto no n.º 4 do artigo 88º doEstatuto da Ordem dos Engenheiros.3 - E violou aqueles deveres culposamente, visto que oarguido tinha a obrigação de conhecer aquelas normasdeontológicas e agiu com dolo eventual, uma vez querepresentou no seu espírito a possibilidade de nãocumprir aquele prazo e, apesar disso, não solicitou oalargamento do mesmo, possivelmente com receio de quea contraparte não lhe encomendasse o trabalho se o prazofosse mais longo. No fundo, o arguido convenceu-se que aCMX, em sintonia com o (mau) hábito que grassa nasociedade portuguesa de falta de pontualidade eincumprimento dos prazos, não o obrigaria a cumprir oprazo acordado.4 - Do exposto conclui-se que o arguido, ao violar, daforma descrita, os deveres deontológicos consagrados non.º 2 do artigo 87º e no n.º 4 do artigo 88º do Estatuto daOrdem dos Engenheiros, praticou, em concurso real, duasinfracções disciplinares, nos termos do disposto no artigo67º do mesmo Estatuto da Ordem dos Engenheiros.5 - Considerando as circunstâncias atenuantes (factosprovados nºs 5 e 6), mas tendo em conta as exigências deprevenção geral e de defesa do interesse públicoassociadas ao exercício da Engenharia que no caso sãoaltas, uma vez que urge fazer cessar o mau hábito de faltade pontualidade e incumprimento dos prazos quecampeia na nossa sociedade e é um dos factores queestão na origem da baixa produtividade da economiaportuguesa, decide-se, nos termos do disposto no Artigo71º do Estatuto da Ordem dos Engenheiros e no artigo 5ºdo Regulamento Disciplinar, pela aplicação ao arguido, emcúmulo jurídico pelas duas infracções disciplinarespraticadas, de uma pena de Censura Registada, previstana alínea b) do n.º 1 do Artigo 70º do Estatuto da Ordemdos Engenheiros.

Acórdão do Conselho Disciplinar da Região Norte da Ordem dos EngenheirosSínteseProcesso CDISN 10/2004

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infoPágina 26 PARECER

PARECER JURÍDICO

AssuntoA possibilidade de um funcionário público que presta serviço numa Câmara Municipal, na área de EngenhariaElectrotécnica, na qualidade de Técnico Responsável pela exploração de diversas instalações eléctricas, poder beneficiarda isenção de horário de trabalho e gozo de um dia de folga por semana, ou o pagamento de um suplemento de saláriopor cada instalação eléctrica

ParecerA um Engenheiro, funcionário público que presta serviço numa Câmara Municipal na área da Engenharia Electrotécnica,exercendo funções na área de projecto, consultoria, fiscalização, manutenção, exploração e apoio técnico, são aplicáveisos Decretos-Leis n.º 53-A/98, de 11 de Março, n.º 353-A/89, de 16 de Outubro, n.º 184/89, de 2 de Junho, e n.º 259/98, de18 de Agosto, pelo que, e à luz da legislação citada, não nos parece possível satisfazer as pretensões de regalias acimareferidas, formuladas por aquele engenheiro.

Poderá colocar-se a questão da aplicação ao engenheiro em causa do Estatuto do Técnico Responsável, previsto noDecreto Regulamentar n.º 31/83, de 18 de Abril, uma vez que não existe outro estatuto equivalente para as InstalaçõesEléctricas de Serviço Público e, nos termos do artigo 1º daquele Decreto Regulamentar, este diploma regulamenta apenasa actividade dos técnicos responsáveis no que diz respeito à elaboração de projectos e à execução e exploração deinstalações eléctricas de serviço particular. Porém, não existindo um estatuto especial para as Instalações Eléctricas deServiço Público, entendemos que será de aplicar o Estatuto existente, com as devidas adaptações. Assim sendo, será deaplicar ao caso sub judice o artigo 23º, n.º 1, do acima citado Decreto Regulamentar n.º 31/83, de 18 de Abril, na parte emque estabelece a obrigatoriedade de celebração de um contrato de prestação de serviços entre a entidade exploradora dainstalação eléctrica e o técnico responsável, obrigatoriedade essa que abrange também os técnicos que façam parte dosquadros da entidade exploradora, caso em que o contrato de prestação de serviços poderá constituir um complementodo seu contrato normal de trabalho, sem prejuízo da autonomia do técnico no que tange ao exercício daresponsabilidade técnica sobre a instalação eléctrica.

Em face do exposto entendemos que: 1 - A isenção de horário de trabalho e um dia de folga semanal ou o pagamento de um suplemento é impossível à luzdos Decretos-Leis n.º 53-A/98, de 11 de Março, n.º 353-A/89, de 16 de Outubro, n.º 184/89, de 2 de Junho, e n.º 259/98, de18 de Agosto, e como tal subscrevemos o douto parecer do Gabinete Jurídico da Câmara Municipal.2 - É de aplicar o Estatuto de Técnico Responsável previsto no Decreto Regulamentar n.º 31/83, de 18 de Abril,nomeadamente na parte em que diz ser obrigatória a celebração do contrato de prestação de serviços, sendo que, nocaso do técnico fazer parte do quadro da entidade exploradora, esse contrato de prestação de serviços poderá constituirum complemento do seu contrato normal de trabalho, sem prejuízo da autonomia do técnico no que tange ao exercícioda responsabilidade técnica sobre a instalação eléctrica.

Porto, 11 de Janeiro de 2006,(Dr. António Barreto Archer)

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Fernando Moisés Saldanha

infoPágina 28 PERFIL JOVEM

Melhor estagiário de Engenharia Civil de 2005

De nome completo Fernando Moisés Queirós Vilas BoasSaldanha, este engenheiro civil subiu ao palco do TeatroMunicipal de Bragança para agradecer o prémio de melhorestágio de 2005 por especialidade, distinção entregue a váriosestagiários inserida nas comemorações do Dia Nacional doEngenheiro 2005, que este ano decorreu nos dias 18 e de 19 deNovembro em Bragança. Confessou que um dos factos mais curiosos que testemunhourelacionados com esta cerimónia de entrega foi ouvir, sem sefazer notar, comentários em locais públicos sobre o prémioobtido. Foi curioso ouvir os outros falar de si e do seu prémio. Este jovem, natural de Mondim de Basto, foi premiado pelotrabalho, que realizou âmbito do estágio de admissão à OE,intitulado “Levantamento, análise e caracterização de umaempresa familiar de Construção Civil e Obras Públicas.Proposta de modernização – um caminho para a certificação”.O trabalho teve como objectivo apresentar uma proposta demodernização de uma empresa familiar, que lhe permitisseadquirir o know-how necessário para vingar face à concorrênciae à competitividade que caracterizam o mercado actual nosector da construção. O professor Eduardo Paiva Rodrigues, delegado da Ordem dosEngenheiros de Vila Real e docente na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), teve a seu cargo a orientação damonografia.Moisés Saldanha concluiu o curso na UTAD em Julho de 2003,e logo começou a trabalhar na empresa familiar Emiliano VilasBoas Saldanha & Filhos, Lda, para a qual realizou o trabalhofinal. Aí pretendia colocar em prática o que passou para papel,porém, devido a alguns impedimentos, a sua vontade não seconcretizou. Após um ano, saiu desta empresa familiar,iniciando uma nova etapa da sua vida, desta feita numaempresa em Vila Real de construção civil. Simultaneamente,desempenha funções profissionais numa empresa de projectosprópria.A trabalhar e a residir em Vila Real, este jovem aos 10 anos deidade sonhava em ser manobrador de máquinas, mas odestino quis que aos 27 anos estivesse a ganhar o primeiroprémio da sua carreira de engenheiro civil, profissão que hojeem dia era a única capaz de desempenhar. Não se imagina afazer outra coisa. Define Engenharia como “curso que nos dáuma formação ‘banda larga’. Permite-nos desenvolver qualqueractividade, mesmo a menos óbvia.”O engenheiro civil procura dar um valor acrescentado naempresa onde a exerce, tendo sempre como lema da actividade“vencer obstáculos, caminhando com objectivos sólidos eambiciosos”, admitindo que dinamismo e responsabilidadesão as palavras-chave para alcançar o sucesso.

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info Página 29ENGENHARIA NO MUNDO

Assinatura em Montrealde Quioto II

À medida que o aquecimento global sevai agravando, a temática ambiental temrecolhido crescente atenção dacomunidade mundial. Resultado destagradual consciencialização foi aconcepção, em Dezembro de 1997, doProtocolo de Quioto, assinado por 84países, que fixa metas para reduzir asemissões de gases para a atmosfera, queprovocam o aumento do efeito de estufano planeta.O Protocolo de Quioto nasceu danecessidade de tornar operacionais osobjectivos fixados pela Convenção dasNações Unidas Sobre as AlteraçõesClimáticas, criada em 1992, queestabelece que todos os países seencontram sujeitos aos compromissosgerais de resposta às alteraçõesclimáticas e à obrigatoriedade de uminventário das suas emissões de gasespoluentes. Aquando da sua redacção, foi definidoque o Protocolo de Quioto teria de sofrerum processo de assinatura por parte dospaíses interessados e de posteriorratificação. Contudo, este só poderiaentrar em vigor quando fosse ratificadopor 55 dos países industrializadosresponsáveis pela emissão de 55% dosgases responsáveis pelo efeito de estufana atmosfera. Depois de ter navegado em mares deincerteza e da sua morte ter mesmochegado a ser anunciada, 16 de Fevereirode 2005 ficou assinalado como a dataem que o protocolo entrou em vigor. A partir de então, o grande desafio doprotocolo colocou-se aos paísesdesenvolvidos que ficaram sujeitos a,durante o período de 2008 a 2012,reduzir os seus níveis de emissão degases responsáveis pelo efeito de estufapara a atmosfera em pelo menos 5% em

relação aos seus valores de 1990. Nesseâmbito, durante esses anos, Portugalnão pode ultrapassar em mais de 27% assuas emissões.Oito anos após ter sido assinado oProtocolo de Quioto, foi aprovado naConferência da ONU para as AlteraçõesClimáticas, que decorreu entre 28 deNovembro e 9 de Dezembro de 2005 emMontreal (Canadá), a próxima fase doprotocolo que obrigará ao reforço doscompromissos de redução de emissõesapós 2012. A luz verde a esta propostafez nascer “Quioto II”, como já foidesignado. De Montreal saiu também uma firmedecisão sobre o início de umacooperação internacional no combate àsalterações climáticas, que inclui osEstados Unidos da América. Após umbraço-de-ferro que já durava alguns anos,os EUA acabaram por aceitar participarem conversações sobre formas de lutacontra o aquecimento global, emboracontinuem a recusar uma calendarizaçãode uma eventual ratificação. Recorde-seque o maior contratempo para a entradaem vigor do Protocolo de Quioto surgiuem 2001, quando a administração deGeorge W. Bush decidiu que os EstadosUnidos da América não ratificavam oacordo – tendo sido o único do G8 –,alegando que isso iria ser prejudicial paraa economia do país.

Actualmente, 158 países ratificaram,aceitaram, aprovaram ou aderiram aoprotocolo.De acordo com o secretário de Estado doAmbiente, Humberto Rosa, que chefioua delegação portuguesa presente naConferência de Montreal, se Portugalcumprir integralmente o Plano Nacionalpara as Alterações Climáticas actual, teráainda assim um “défice de carbono desete milhões de toneladas anuais noperíodo de aplicação de Quioto”. Assim, para cumprir as metas, Portugalprevê investir, a nível interno, emprojectos de criação de centrais debiomassa e de biogás para produção deenergia eléctrica. Para além destasmedidas, Portugal pretende usufruir deum dos “mecanismos de flexibilidade”estabelecidos pelo Protocolo de Quiotopara que os países mais atrasadosconsigam cumprir a sua meta, oMecanismo de Desenvolvimento Limpo.Nesse âmbito, actualmente, Portugalencontra-se activo em duas redes paraprojectos de redução de emissões: a redeibero-americana, liderada por Espanha ecuja área de acção abrange a AméricaLatina e os dois países ibéricos, e a RedeClimática da Comunidade dos PaísesAfricanos de Língua Portuguesa. O Governo irá rever o Plano Nacionalpara as Alterações Climáticas (PNAC),aprovado em 2004, e admite aindaavançar, em 2006, com a criação da Taxade Carbono, que incidirá sobre asactividades sociais e económicas maispoluentes. A medida contribuirá parareforçar financeiramente o FundoPortuguês de Carbono, o que permitirácomprar licenças de emissões para fazerface às exigências do Protocolo deQuiotoApós a Convenção de Montreal, ossignatários do Protocolo de Quioto têmagora sete anos para negociar novasmetas e acordos que ajudem a travar ocrescente aquecimento global.

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Agostinho Peixoto, consultor/especialista em Turismo

infoPágina 30 LAZER

“Por Terras do AltoTâmega e Barroso… agastronomia assume opapel principal”

A Região de Turismo do Alto Tâmegae Barroso situa-se no Norte dePortugal – Trás-os-Montes ecompreende os municípios deBoticas, Chaves, Montalegre, Ribeirade Pena, Valpaços e Vila Pouca deAguiar, abrangendo uma área total de2.932 Kms2.A região faz fronteira a norte com aGaliza, a sul com o Douro, a este coma Terra Fria e Terra QuenteTransmontana e a oeste com os Valesdo Lima, Alto Cavado e Alto Ave.O Alto Tâmega caracteriza-se por seruma região com clima tipo atlântico,com elevada precipitação no Invernoe relativa humidade no Verão.A riqueza paisagística desta área é umexemplo pleno da integração dohomem com o meio, resultandonuma ocupação harmoniosa de todoeste território. Esta riqueza advém-lhedas imensas matas de carvalhos epinhal, das vinhas e dos olivais, desoutos e de lameiros ou pradosnaturais de composição variada.O património natural da região estáassociado à qualidade dos produtosregionais existentes, como comprovaa certificação de muitos produtos quepossuem características únicas equalidade incomparáveis. É desalientar o mel, a castanha, o vinho, oazeite, a carne barrosã, e o rico evariado fumeiro regional. No domínio da gastronomia, de certaforma interligado com os produtosanteriormente mencionados,designada como variada e original,salienta-se na famosa cozinha destaregião o diversificado fumeiro

acompanhado da palhada (vagens defeijão seco cozidas) ou dos milhos(milho cozinhado partido). Resulta desta abundância de fumeiro,por ocasião das festas pascais, o folar– pão de ovos recheado de enchidos.Não esquecendo as saborosas trutas eoutros peixes de rio, podemoscertamente finalizar este sem-número deiguarias com a doçaria tradicional e osfamosos de Chaves: pastéis de carne.A caça e a pesca assumem nesta região,também, uma importância social ecultural marcante. A perdiz, a lebre e ojavali são as espécies mais requisitadas,por assim dizer, no que concerne a caça.A truta é, na prática da pesca, a queapresenta maior relevância.Acresce o “vinho dos mortos” assimchamado porque só é engarrafadodepois de permanecer enterrado um oudois anos, ganhando assim qualidade. Como digestivo especial, destila-se a“aguardente de mel”, feita com base nafermentação dos favos de mel depois deespremidos.O verdadeiro ex-líbris de Chaves é ofamoso presunto, que acompanhadocom um bocado de pão centeio e umcopo de vinho da região proporcionauma boa refeição. Mas são igualmenteapetitosos os enchidos: as alheiras, osalpicão, as linguiças e as chouriças,tudo feito com a carne do porco, quedeve ser criado em casa e alimentadocom poucas rações para,posteriormente, se obterem produtosmais caseiros e genuínos. Quer o presunto, quer os enchidos sãosecos e curados ao fumo das lareiras esão ingredientes fundamentais para aconfecção do folar de Chaves, umaespecialidade culinária deste burgo, talcomo os pastéis de Chaves, uma espéciede folhados com carne picada no interior.Em Montalegre acomodamo-nos noescano, ao aconchego da lareira,regalados com presunto e chouriça

assada na brasa, regando e perfumandotoda a cena com grandes copázios devinho maduro transmontano. Coisa demerenda, porque, ao jantar ou à ceia,nada como um cozido à barrosã, queusa e abusa levar do melhor pernil,orelheira, chispe, naco de presunto,salpicão, chouriça, sangueira e chouriçode abóbora, gostosa gordura para ascouves, nabos e batatas da horta. E não falta à mesa a vitela barrosã, quedispensa adjectivações mas que, noimpulso, leva a que se faça eco dos quejuram ser esta a melhor carne do mundoe arredores, podendo apresentar-seassada, cozida, frita ou grelhada, semprevistosa e olorosa e descartando omínimo receio de defraudar os maisrequintados palatos. Com méritos reconhecidos por toda aregião, o cabrito e a vitela assados, oucozinhados em fornos de lenha,deleitam os paladares mais exigentes.Estes pratos poderão seracompanhados pelos milhos,escornados (com carne de vaca),esgravatados (com carne de galinha),esfuçados (com carne de porco), ricos(com todos os tipos de carne), ou porum excelente arroz de morcela, que nãodeve ficar malandro. O apreciador depratos de caça poderá ainda saborearvárias espécies venatórias, como ojavali, a lebre ou a perdiz, que deverãoser preparadas segundo as antigasreceitas. Aí, o acompanhamento faz-secom um excelente vinho verde.Os actos de comer e de beber marcamainda a identidade das festas cíclicas. E tudo isto pode ser saboreado nosexcelentes restaurantes, adegas etavernas que, com a amabilidade naturaldestas gentes transmontanas, nos abremas suas portas e nos indicam sempre umlugar à mesa.Se é normal ouvirmos por estas terras“Entre quem é”, permitam-me queacrescente “e que façam bom proveito”.

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info Página 31AGENDA

CONGRESSOS E SEMINÁRIOS

23 E 24 DE FEVEREIROLOCAL: AUDITÓRIO DA FEUPORGANIZAÇÃO: OERN, FEUP e APSET6º CONGRESSO INTERNACIONAL DESEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE DO TRABALHOOs temas a abordar reflectem as grandes questões que hoje secolocam à SHST, em particular na União Europeia e emPortugal. Para inscrições e programa, contactar:[email protected]

12 DE MAIO LOCAL: AUDITÓRIO DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA ORGANIZAÇÃO: ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PLANEADORES DO TERRITÓRIO (APPLA)2º CONGRESSO DE URBANISTAS PORTUGUESES

14 A 20 DE MAIOLOCAL: UNIVERSIDADE LUSÍADA, PORTOORGANIZAÇÃO: UNIVERSIDADE LUSÍADAIII JORNADAS LUSO-BRASILEIRAS DE DIREITODO AMBIENTE“DESERTIFICAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS SOLOS”Mais informações: http://ilda.por.ulusiada.pt/

26 E 27 DE OUTUBRO (DATA A CONFIRMAR)LOCAL: PORTOORGANIZAÇÃO: OERNII CONGRESSO NACIONAL DE CONSTRUÇÃOSUSTENTÁVEL

ENCONTROS

1 DE MARÇOLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUPCONFERÊNCIA “O DESAFIO DE CRIAR O PRÓPRIO NEGÓCIO”A sessão tem início às 15h.

7 A 10 DE MARÇOLOCAL: UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIORORGANIZAÇÃO: NÚCLEO DE ESTUDANTES DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR (NECUBI) EDEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL (DEC)6º CICLO DE CONFERÊNCIAS DE CIVILCom esta iniciativa, pretendem aprofundar a formação dosfuturos engenheiros civis licenciados na Universidade da Beira

Interior. Saliente-se também que estas conferências irão reunirum conjunto de palestrantes, vindos de algumas das maisimportantes universidades do país, cuja experiência científica eprofissional é de reconhecido mérito.

8 DE MARÇOLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUPSCHLUMBERGER - UMA DAS MAIORES EMPRE-SAS TECNOLÓGICAS MUNDIAIS - APRESENTA-SEA sessão tem início às 15h30.

8 DE MARÇOLOCAL: UNIVERSIDADE LUSÍADA, PORTO –AUDITÓRIO 2ORGANIZAÇÃO: UNIVERSIDADE LUSÍADACOLÓQUIO SOBRE A APLICAÇÃO DO PROTO-COLO DE QUIOTO E ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

8 DE MARÇOLOCAL: ANFITEATRO B032 – FEUPORGANIZAÇÃO: FEUPHOMENAGEM AO ENGENHEIRO NOEL VIEIRA“UMA VISÃO SOBRE O SECTOR DE SERVIÇOSDE ENGENHARIA”Conferência promovida pelo Departamento de EngenhariaMecânica e Gestão Industrial da Faculdade de Engenharia daUniversidade do Porto, às 18h, com o objectivo de homenageareste distinto profissional, cujo empenho e carisma marcaram adocência, que exerceu nesta instituição e cujo profissionalismoé reconhecido por todos da sua área. Antigo membro daComissão de Admissão da Ordem dos Engenheiros, participouem projectos como o Metro do Porto, a Rede de Gás NaturalPORTGAS, para além de projectos de remodelação e amplia-ção. Foi um dos sócios fundadores da FASE – Estudos eProjectos, SA.

10 DE MARÇOLOCAL: PORTO ORGANIZAÇÃO: OERNASSEMBLEIA REGIONAL NORTE DA ORDEMDOS ENGENHEIROS

20 E 21 DE MARÇOLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: FEUP2.º ENCONTRO SOBRE PATOLOGIA EREABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS - PATORREB 2006Depois do sucesso do 1º Encontro, a Faculdade de Engenhariada Universidade do Porto volta a promover mais um EncontroSobre Patologia e Reabilitação de Edifícios, com o patrocínio decerca de 20 Instituições e Empresas, estando já constituídauma Comissão Científica com 25 personalidades pertencentes

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infoPágina 32 AGENDA

a várias universidades e laboratórios portugueses e espanhóis.Este encontro pretende contribuir de forma clara e estratégicano futuro da reabilitação através da clarificação de estratégiasnacionais e internacionais, divulgação de tecnologias de diag-nóstico entre outras. Mais informações: http://www.fe.up.pt

22 DE MARÇOLOCAL: SALA DE CONFERÊNCIAS,UNIVERSIDADE DE COIMBRAORGANIZAÇÃO: UNIVERSIDADE DE COIMBRAPALESTRA “AS ENERGIAS DO PRESENTE E FUTU-RO“ PROFERIDA POR CARLOS VARANDASA sessão tem início às 14h30.

29 DE MARÇOLOCAL: FEUPORGANIZAÇÃO: NET – BIC E FEUPCONFERÊNCIA “EMPREENDEDORISMO E CRIAÇÃO DE EMPRESAS DE BASETECNOLÓGICA“ Esta conferência pretende sensibilizar toda a população acadé-mica no sentido da dinamização do empreendedorismo atra-vés da promoção do próprio emprego, pela criação da sua pró-pria empresa, desde a ideia até à empresa.Mais informações: http://www.fe.up.ptA sessão tem início às 15h.

31 DE MARÇO LOCAL: ANFITEATRO DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA DA UNIVERSIDADE DE LISBOAORGANIZAÇÃO: CENTRO DE DESIGN E TECNOLOGIA DE MATERIAIS (CDTM)WORKSHOP “REVESTIMENTOS RUMO AO FUTURO”O CDTM promove, no próximo dia 31 de Março, a partir das9h, no Anfiteatro do Departamento de Engenharia Mecânica,uma workshop subordinada ao tema “Revestimentos Rumo aoFuturo”. Esta iniciativa pretende dar a conhecer as evoluçõesmais recentes na elaboração de formulações, ensaio e caracteri-zação de superfícies de tintas, vernizes e revestimentos porpintura, acentuando uma perspectiva ecológica deste sector daindústria dos produtos químicos.

ABRILLOCAL: AmaranteORGANIZAÇÃO: OERN2º DIA REGIONAL NORTE DO ENGENHEIRO

2 A 4 DE ABRILORGANIZAÇÃO: DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVILLOCAL: CAMPUS DE AZURÉM, GUIMARÃESSIMPÓSIO INTERNACIONAL SOBRE POLÍMEROSE BETÃO - ISPIC 2006O Departamento de Engenharia Civil da Universidade doMinho vai realizar um Simpósio Internacional sobre Polímerose Betão (International Symposium Polymers in Concrete -ISPIC’06) na Escola de Engenharia da Universidade do Minho,em Guimarães. Este simpósio tem como objectivo potenciar apartilha de experiências entre técnicos e investigadores acercados mais recentes desenvolvimentos na área.Mais informações: http://www.civil.uminho.pt/ispic2006

5 A 7 DE ABRIL LOCAL: PALMA DE MAIORCAORGANIZAÇÃO: EUROPEAN ASSOCIATION FORTHE DEVELOPMENT OF RENEWABLE ENERGY,ENVIRONMENT AND POWER QUALITY(EA4EPQ) E UNIVERSITY OF THE BALEARICISLANDCONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIASRENOVÁVEIS E QUALIDADE DO PODERIQREPQ’06O objectivo principal desta conferência, a ter lugar em Palmade Maiorca nos dias 5, 6 e 7 de Abril de 2006, é debater osdesenvolvimentos recentes em matéria de energias renováveise qualidade das energias.Mais informações: http://www.icrepq.com

18 A 20 DE ABRIL DE 2007 LOCAL: AUDITÓRIO, SALA DE ACTOS E SALA DO SENADO DA UNIVERSIDADE DE LISBOAORGANIZAÇÃO: UNIVERSIDADE DE LISBOA9ª CONFERÊNCIA NACIONAL DO AMBIENTE“UM FUTURO SUSTENTÁVEL – AMBIENTE,SOCIEDADE E DESENVOLVIMENTO”

21 A 23 DE ABRILLOCAL: Ponte de LimaORGANIZAÇÃO: OERNENGINEERS TROPHY – ENGENHARIA GLOBALA 1ª edição do ENGINEER´S TROPHY é uma prova dedesporto aventura – actividades base a orientação, canoagem,btt, obstáculos, muita estratégia e outras surpresas – comequipas mistas de 4 elementos em representação deEmpresas/Instituições e Universidades, as quais deverão incluirum mínimo de 3 elementos membros da Ordem e, caso assimo desejem, um elemento não membro.Dia 1 - 21 de Abril de 2006 (sexta-feira)Tarde: Recepção das equipas Jantar: Quinta de Pentieiros

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info Página 33AGENDA

Noite: Reunião de Chefes de EquipaDia 2 - 22 de Abril (sábado)Manhã: 1ª Etapa - “TRIETAPA” Almoço: Ponte de LimaTarde: 2ª Etapa - “ETAPA ESPECIAL” Jantar: Jantar-convívio – Quinta de PentieirosDia 3 - 23 de Abril (domingo)Manhã: 3ª Etapa - “TEAMBUILDING” Almoço: Almoço de encerramento

25 E 26 DE MAIOLOCAL: FUNDAÇÃO CUPERTINO MIRANDAORGANIZAÇÃO: OERN E COLEGIO DE CAMI-NOS, CANALES Y PUERTOS JERÓNIMO PUERTAS3º ENCONTRO DE ENGENHARIA CIVIL NORTEDE PORTUGAL – GALIZAMais informações em: http://www.oern.pt/3encontrocivil

FORMAÇÃO

9 A 24 DE FEVEREIROLOCAL: VILA REALORGANIZAÇÃO: OERNCURSO DE PROJECTISTA DE REDES DE GÁSO curso é de 48h e será realizado entre 18h30 e as 22h30. Opreço é de ? 350,00.

6 A 17 MARÇOLOCAL: VILA REALORGANIZAÇÃO: OERNCURSO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS -CONCEPÇÃO E PROJECTOO curso é de 40h e será realizado entre 18h30 e as 22h30. Opreço é de ? 320,00

13 A 20 MARÇOLOCAL: BRAGAORGANIZAÇÃO: OERN CURSO DE PROJECTO DE AQUECIMENTOCENTRAL E PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTESANITÁRIA O curso é de 48h e será realizado entre 18h30 e as 22h30. Opreço é de ? 200,00.

18 E 25 MARÇOLOCAL: SEDE DA OERN NO PORTOORGANIZAÇÃO: OERN26º CURSO DE ÉTICA E DEONTOLOGIAPROFISSIONALA duração destes cursos é de 10 horas, a funcionar das 10h30às 13h e das 14h30 às 17h.O número de participantes por curso é limitado, sendo asinscrições consideradas por ordem de recepção na Ordem dosEngenheiros – Região Norte.Para efectuar a inscrição deverá enviar a ficha de inscrição eproceder ao pagamento de ? 25,00 (inclui: documentação)Mais informações em: www.norte.ordemdosengenheiros.pt

20 DE MARÇO A 7 DE ABRIL LOCAL: PORTOORGANIZAÇÃO: OERNCURSO DE PROJECTISTA DE SISTEMAS SOLARESTÉRMICOS O curso é de 48h e será realizado entre 18h30 e as 22h30. Opreço é de ? 510,00.

CULTURA E LAZER

9 DE MARÇOLOCAL: PORTOORGANIZAÇÃO: OERNTERTÚLIA DE ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL O evento tem início às 21h.

12 A 26 DE MAIOLOCAL: PORTOORGANIZAÇÃO: OERNEXPOSIÇÃO DE PINTURA DE TAVEIRA DA CRUZ “O ÚLTIMO DOS IMPRESSIONISTAS”Artista plástico de carreira, nasceu em Vila Real mas cedo emi-grou para Espanha onde frequentou vários ateliers livres econheceu alguns mestres de pintura. Entretanto, regressou aPortugal onde continua a dedicar-se à pintura. Encontra-serepresentado no Museu da Fundação Eng. António de Almeidae no Museu João Mário, em Alenquer, entre outros.Actualmente possui o seu atelier em Vila Nova de Gaia.

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infoPágina 34 EDITAL

Ordem dos EngenheirosRegião Norte

Rua de Rodrigues Sampaio, 123 -4000-425 PortoTelefones: 222 071 300/222 002 [email protected]

CONCURSO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJECTO DE ENGENHARIA E ARQUITECTURA DA “REMODELAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DA SEDE DA REGIÃO NORTE

DA ORDEM DOS ENGENHEIROS”

Entidade adjudicante: Ordem dos Engenheiros – Região Norte, Rua de Rodrigues Sampaio, 123 – 4000-425 Porto

Designação do concurso: Concurso limitado por prévia qualificação - Remodelação das Instalações da Sede da RegiãoNorte da Ordem dos Engenheiros

Objecto do Concurso: Selecção da melhor proposta de solução, a nível de Estudo Prévio, para a elaboração do projectode Engenharia e Arquitectura da “Remodelação das Instalações da Sede da Região Norte da Ordem dos Engenheiros”,sita na Rua de Rodrigues Sampaio, 123, Porto.

Prazo para recepção de candidatura: 27 de Março de 2006

Condições de participação: O concurso é aberto exclusivamente a equipas projectistas constituídas por profissionaisindependentes e a empresas em nome individual ou societárias, habilitadas a exercerem a actividade de estudos emprojectos de Engenharia e Arquitectura, na União Europeia, desde que não se encontrem em qualquer situação deimpedimento legal para concorrerem. As responsabilidades dos projectos só podem ser subscritas por Engenheiros ouArquitectos. Não poderão concorrer nem colaborar, a qualquer título, com um concorrente: os membros do ConselhoDirectivo da Região Norte da Ordem dos Engenheiros; os membros do Júri e eventuais consultores do mesmo; osassessores e funcionários da entidade promotora; os sócios e colaboradores permanentes dos anterioresintervenientes; o cônjuge, parente ou afim em linha directa ou até 2º grau da linha colateral dos anteriormente referidos.

Critérios de adjudicação: (1) Qualidade da solução de Engenharia e Arquitectura, entendida nas seguintes componentes:integração e articulação da proposta com o edifício existente; articulação com o programa preliminar; coerência dasolução pragmática e funcional; currícula técnicos dos concorrentes, respectivos currícula de coordenadores deprojecto e restantes membros da equipa de projecto, bem como experiência de trabalho em equipa; exequibilidade dasolução numa perspectiva equilibrada entre custo e qualidade; metodologia de trabalho a adoptar; (2) preço; (3) prazos.

Prémio a atribuir: 1º. Classificado – adjudicação dos trabalhos; 2º. Classificado – 2500 ?; 3º. Classificado – 1500 ?.

Informações: http://norte.ordemdosengenheiros.pt/Rua de Rodrigues Sampaio, 123 -4000-425 Porto, Telefones: 222 071 300/222 002 [email protected]

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