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INFOJUR 115 - ...2 Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007 INQUÉRITO Processo 2005.02.01.013262-9 – DJ de 16/06/2006, p. 149 Relator: Desembargador Federal SERGIO FELTRIN CORRÊA

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1ª Turma Especializada .......... 08

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&"'#()*2 Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

!"#$%&'()*+)%*(,!-.*INQUÉRITO

Processo 2005.02.01.013262-9 – DJ de 16/06/2006, p. 149

Relator: Desembargador Federal SERGIO FELTRIN CORRÊA

Autor: Ministério Público Federal

Indiciado: Délio da Costa Oliveira

PENAL. PROCESSUAL PENAL. FRAUDE NA CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DESERVIÇO. ENVOLVIMENTO DE PREFEITO E SERVIDORES MUNICIPAIS. COMPETÊNCIA PORPRERROGATIVA DE FORO. DESMEMBRAMENTO DOS AUTOS. ART. 80 DO CPP.

- Inquérito onde se apura eventual fraude na concessão de benefício de aposentadoria, a qual teria sidoperpetrada com documento, em tese, falso, emitido por prefeito de Guaratinga, município da Bahia.

- Hipótese de competência por prerrogativa de foro, de natureza absoluta, do TRF da 1ª Região.

- Ressalva do entendimento do Relator no sentido da possibilidade de separação de processos previstano art. 80 do CPP quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugardiferentes e, ainda, em observância ao exercício da ampla defesa do indiciado DÉLIO DA COSTA SILVEIRA.

POR MAIORIA, DECLINADA A COMPETÊNCIA PARA O TRF – 1ª REGIÃO

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tempo e de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivonúmero de acusados e para não lhes prolongar a prisãoprovisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputarconveniente a separação”.

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&"'#()* 3Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

/0& 1*2$%& '()*+,-. ,3-4-AÇÃO RESCISÓRIA

Processo 1999.02.01.045584-2 – DJ de 13/11/2006, p. 203

Relator: Juiz Federal Convocado MARCELO PEREIRA DA SILVA

Autor: Instituto Nacional do Seguro Social

Réu: A. C.

AÇÃO RESCISÓRIA. VIOLAÇÃO A LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI. ATO JUDICIAL QUE DECLARA LÍQUIDAA SENTENÇA. NULIDADE. IUDICIUM RESCISSORIUM DESCABIDO.

1 - A declaração de liquidez dos cálculos do contador, proferida na vigência da Lei 8.898/94 - queextinguiu a modalidade de liquidação por cálculo da Contadoria do Juízo -, é processualmente incabívele inócua, sendo, portanto, passível de nulidade, pois a partir da edição dessa lei, o executado deveriaser citado nos termos do art. 730 do CPC, utilizando-se da via dos embargos à execução paraeventual discussão sobre a inclusão de valores tidos como incabíveis na memória de cálculosapresentada pelo contador judicial.

2 - A entrada em vigor da Lei nº 11.232, de 22 de dezembro de 2005, que alterou o Código de ProcessoCivil, não trouxe nenhuma modificação na sistemática de liquidação do julgado estabelecida peloantigo art. 604, limitando-se à transposição topográfica de praticamente todas as disposições contidasno mesmo para o novel art. 475-B.

3 - É descabido na hipótese em tela, o juízo rescisório, porque pela reforma da Lei nº 8.898/94 aliquidação do julgado independe de sentença, devendo, atualmente seguir as determinaçõesintroduzidas pela Lei nº 11.232/05.

4 - Juízo rescindente julgado procedente para anular a decisão rescindenda e determinar oprosseguimento da liquidação do julgado segundo as disposições processuais em vigor.

POR UNANIMIDADE, JULGADA PROCEDENTE A RESCISÓRIA

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50& 1*2$%& '()*+,-. ,3-4-EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOSINFRINGENTES NA APELAÇÃO CÍVEL

Processo 2000.02.01.059811-6 – DJ de 18/8/2006, p.208

Relator: Juiz Federal Convocado JOSÉ NEIVA

Embargante: União Federal / Fazenda Nacional

Embargado: C. P. C. E. Ltda e outros

DIREITO PROCESSUAL CIVIL – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EFEITOS MODIFICATIVOS –PREQUESTIONAMENTO

1 - O voto condutor enfrentou o tema referente à prescrição e adotou como razões de decidir a r.jurisprudência consolidada do STJ. Ao apreciar os Eresp 435.835/SC, sessão de 24/03/2004, emque foi relator o Min. José Delgado, decidiu no sentido de que “nos tributos sujeitos a lançamento porhomologação o prazo prescricional para se pleitear a compensação ou restituição do crédito tributáriosomente se opera quando decorridos cinco anos da ocorrência do fato gerador, acrescidos de maiscinco anos, contados a partir da homologação tácita.

2 -Deseja a embargante modificar o julgado, sendo a via inadequada.

3 - Para fins de pré-questionamento, basta que a questão tenha sido debatida e enfrentada no corpodo acórdão, sendo desnecessária a indicação de dispositivo legal ou constitucional (STF, RTJ152/243; STJ, Corte Especial, RSTJ 127/36; ver ainda: RSTJ 110/187).

4 - Embargos de declaração conhecidos e desprovidos.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO AOS EMBARGOS.

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60& 1*2$%& '()*+,-. ,3-4-EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO CÍVEL

Processo 2000.51.01.014856-3 – DJ de 17/11/2006, p. 194

Relator: Desembargador Federal BENEDITO GONÇALVES

Embargante: Caixa Econômica Federal

Embargado: N. A. A.

EMBARGOS INFRINGENTES. CEF. SAQUE INDEVIDO. CAIXA ELETRÔNICO. CONTA-CORRENTE.RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. DANO MORAL CONFIGURADO.PRECEDENTES DESTA CORTE. RECURSO NÃO PROVIDO.

- O Banco tem com o autor-embargado um contrato de adesão e, por força deste, franqueia-lhe o usodas máquinas eletrônicas, no sentido de prestação de um serviço, restando indiscutível a falta decuidado com que procedeu a CEF com o patrimônio alheio e da negligência com o cliente, que se viu,temporariamente, impotente para resolver o problema vivenciado em suas dependências.

- O dano moral encontra-se configurado, pois resultante do constrangimento, angústia e afliçãosofridos pelo embargado que, à época dos fatos, já contava com 67 anos, ao constatar, em caixaeletrônico, o desaparecimento de valores de sua conta-corrente, sem que a CEF lhe apresentasse,de imediato, qualquer solução. É inegável que a honra não pode ser traduzida em moeda, mas o quese busca, na verdade, é a reparação pelo vexame sofrido, não se podendo esquecer a naturezapunitiva dessa reparação que deve ser sentida pelo ofensor. Não só a Constituição Federal de 1988é expressa em admiti-lo, nos incisos V e X do art. 5º, bem como em sede, especificamente, de direitosdo consumidor, nos incisos VI e VII, do art. 6º, da Lei nº 8.078/90.

- Precedentes desta Corte.

- Embargos infringentes não providos.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.

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“DIREITO CIVIL E DO CONSUMIDOR.REPARAÇÃO MORAL DECORRENTE DESAQUES INDEVIDOS NA CONTA-CORRENTE.INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.

I - Não tendo a Caixa Econômica Federaldemonstrado a licitude dos saques questionados,impõe-se sua responsabilização na reparação dodano moral, porquanto nas relações consumeristasé admissível a inversão do ônus da prova, tal comodeterminado nestes autos.II - Recurso parcialmente provido, para reduzir ovalor da reparação em danos morais, de forma aadequá-lo a dano perpetrado e não se configurarem ganho indevido.”

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-Dhge)\).*k%()O"'<()23-*1$(+$,(#()\)P*+(%&'_G*3*<M('9(#&') N*#*'(+) N2P5!5GX@!Ptm2.“RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOMATERIAL E MORAL. CAIXA ECONÔMICAFEDERAL. SAQUE INDEVIDO EM CONTAPOUPANÇA. RELAÇÃO DE CONSUMO.CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.- Considerando que os bancos, como prestadores deserviço, submetem-se ao Código de Defesa doConsumidor, ex vi do disposto no § 2º do artigo 3º dareferida Lei 8078, de 1990, há que se concluir pelainversão do ônus da prova, com fulcro no art. 6º III,do CDC, competindo à CEF afastar suaresponsabilidade, eis que nos termos do art. 14 damesma Lei a responsabilidade contratual do banco éobjetiva, cabendo ao mesmo indenizar seus clientes.- Considerando a dificuldade de comprovação porparte do autor de que não teria efetuado o saque

em sua conta poupança, ligada à complexidade daprova negativa, e considerando, ainda, apossibilidade da instituição financeira produzirprova em sentido contrário, não resta dúvida deque a CEF é que teria condições de identificar omotivo que ensejou o encerramento da conta,devendo, assim, ser invertido o ônus da prova,nos termos do artigo 6Ú, VIII, do CDC.- Comprovado o dano, referente ao valordesaparecido, exsurge o dever da CEF de indenizá-lo por tal prejuízo, além de arcar com a indenizaçãopor danos morais.Recurso parcialmente provido.”

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&"'#()* 7Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

3 - Não obstante, deve prevalecer o direito subjetivodos Apelantes à inversão do ônus da prova a seufavor (art. 6º, VIII, da Lei 8.078/90), porquanto,se houve transferência indevida de valores da contade poupança, com utilização de cartão magnético,compete ao correntista tão-somente demonstrar amovimentação fraudulenta de sua conta, o que foifeito na espécie, devendo o banco, por sua vez,para elidir sua responsabilidade civil, comprovarque o fato derivou da culpa do cliente ou de forçamaior ou caso fortuito, prova esta que não foi feita.4 - Comprovados nos autos a abertura da contade poupança pelos Apelantes, bem como a existênciade saldo na referida conta, e o extravio do referidosaldo, resta configurado o nexo de causalidadeentre a conduta negligente da CEF e o danoprovocado ao cliente, o que gera a obrigação dereparar o dano patrimonial e moral.5 - O direito à indenização por dano moral foiexpressamente reconhecido na ConstituiçãoFederal de 1988 (art. 5º, V e X), que além de ínsitoà dignidade humana, é reconhecida como

fundamento da República Federativa do Brasil (art.1º, III).6 - O quantum indenizatório pelo dano moral foifixado segundo os critérios sugeridos pela doutrinae jurisprudência, os quais prevêem que a fixaçãode tal valor deve levar em conta as circunstânciasda causa, bem como a condição sócio-econômicado ofendido e do ofensor, de modo que não constituaenriquecimento sem causa da vítima, e sirvatambém para coibir que as atitudes negligentes elesivas venham a se repetir.7 - Apelação conhecida e provida, em parte, parareformar a sentença e, assim, condenar a CEF aopagamento da importância de R$5.000,00 (cincomil reais), a título de dano moral, e, a título dedano patrimonial, a importância de R$1.800,00(um mil, e oitocentos reais), tudo com correçãomonetária, pelos índices legais, a partir dessa data,e juros de mora de 6% (seis por cento) ao ano,desde a citação. Sem honorários advocatícios,diante da sucumbência recíproca, nem custasprocessuais.”

70& 1*2$%& '()*+,-. ,3-4-EMBARGOS INFRINGENTES EM APELAÇÃO CÍVEL

Processo 94.02.02366-6 – DJ de 17/11/2006, p. 197

Relator: Desembargador Federal RALDENIO BONIFACIO

Embargante: União Federal

Embargado: A. P. A. B.

PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS INFRINGENTES. DANO ESTÉTICO E DANO MORAL.POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. PRECEDENTES. NÃO PROVIMENTO DO RECURSO.

I - A União Federal interpôs Embargos Infringentes de acórdão que deu provimento a recurso adesivoe julgou procedente o pedido de indenização por dano estético.

II - O Colendo STJ firmou entendimento de que é possível a cumulação do dano estético com o danomoral.

III - Precedentes citados: (STJ – Resp. 619203/DF – 3ª Turma - Rel. Min. Carlos Alberto MenezesDireito – DJ de 20/03/2006 – p. 267) e (STJ – Resp. 116372/MG – 4ª Turma – Rel. Min. Sálvio deFigueiredo Teixeira – DJ de 02/02/1998 –p. 110).

IV- Embargos Infringentes não providos.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO AOS EMBARGOS INFRINGENTES.

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&"'#()*8 Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

/0& 89":-& '()*+,-. ,3-4-APELAÇÃO CRIMINAL

Processo 2000.50.01.011211-6 – DJ de 19/10/2006, p. 97

Relatora: Desembargadora Federal MARIA HELENA CISNE

Apelante: Ministério Público Federal

Apelado: I. V.

PENAL. CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO. GESTÃO TEMERÁRIA. FATO PUNÍVEL APENAS NAFORMA DOLOSA. LIBERAÇÃO ANTECIPADA DE CRÉDITO PARA CLIENTE ESPECIAL. CHEQUE SEMPROVISÃO DE FUNDOS. PREJUÍZO PARA A INSTITUIÇÃO. SUPERVISOR SUBORDINADO ÀGERÊNCIA. AUSÊNCIA DE DOLO. CRIME PRÓPRIO. ART. 25, CAPUT, DA LEI Nº 7.492/86.PARTICIPAÇÃO ATÍPICA.

I - Se o crime de gestão temerária (art. 4o, parágrafo único, da Lei nº 7.494/86) somente é punido naforma dolosa, deve ser descartada a responsabilização criminal de funcionário que age de boa fé,embora de forma reconhecidamente negligente e contrária às normas internas do Banco, ao anteciparcrédito a cliente especial com base em uma relação de confiança.

II - Revela-se antecedente à análise do dolo, a questão da própria autoria delitiva, pois não se discuteterem os crimes previstos na Lei nº 7.492/86 a natureza de crime próprio, significando exigirem ascondutas típicas uma qualidade especial do sujeito ativo, expressamente prevista na lei.

III - Segundo os estritos termos do art. 25, caput, da Lei nº 7.492/86, não se pode responsabilizar ummero supervisor por crime contra o sistema financeiro, a não ser a nível de participação (art. 29 doCP), desde que o fato envolva a autoria por parte de um controlador, administrador diretor ou gerentecom poder de comando sobre a instituição financeira.

IV - A participação delitiva é conduta acessória que se agrega a um fato principal do autor. Portanto, sea conduta principal não constar da denúncia, resta atípica a participação.

V - Apelação a que se nega provimento.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO À APELAÇÃO.

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&"'#()* 9Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

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50& 89":-& '()*+,-. ,3-4-CARTA TESTEMUNHÁVEL

Processo: 2006.51.01.503339-9 – DJ de 14/10/2006, p. 229 e 230

Relator: Desembargador Federal MESSOD AZULAY NETO

Requerente: M. M. P.

Requerido: Ministério Público Federal

PENAL – CARTA TESTEMUNHÁVEL – RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO – RECURSOPREJUDICADO – FALTA DE OBJETO.

I - Não há nada a ser modificado na decisão, uma vez que a hipótese não se encontra dentre aselencadas no rol do artigo 581 CPP que “é taxativo, não comportando ampliação por analogia, porqueé exceptivo da regra da irrecorriblidade das interlocutórias.”

II - O recurso em sentido estrito do autor da decisão que não recebeu a apelação, não foi admitidopor falta de previsão legal uma vez que o inciso XV do artigo 581 do CPC, prevê a interposição derecurso em sentido estrito da decisão que “denegar a apelação ou a julgar deserta”, o que não foio caso.

III - O autor pretende, na verdade, é a reforma da decisão que determinou a suspensão do pagamentode seu benefício previdenciário. O benefício só era percebido por força de decisão judicial publicadaem 15.12.1999, prolatada no mandado de segurança impetrado pelo autor visando restabelecer obenefício suspenso administrativamente.

IV - Após recurso interposto pelo INSS, este Tribunal cassou a segurança concedida, reformando,assim, a decisão de 1ª instância que havia determinado o restabelecimento do benefício,reconhecendo a decadência da via processual eleita.

G*3*<M('9(#&') N*#*'(+) PXA2P4XE!PW!YfX“PENAL. GESTÃO TEMERÁRIA.

A figura típica do § único do art. 4º da Lei 7.492/86

é de perigo concreto, vez que, em seus dizeres,

inexiste conduta que presume juris et de jure de

perigo ao bem jurídico tutelado. Necessidade de

prova do perigo concreto ao sistema financeiro

nacional advindo do fato (contabilidade irregular

e desorganizada) tido por subsumido na figura

típica da gestão temerária. O disposto no art. 25

da Lei 7.492/86 não é norma de presunção absoluta

de responsabilidade penal. Elemento subjetivo do

tipo da gestão temerária é o dolo eventual. O só

atuar imprudente, impetuoso, não configura o delito

de gestão temerária. Apelações criminais dos Réus

providas para, reformada a r. sentença recorrida,

absolvê-los da imputação de gestão temerária, pelo

só fato da irregularidade e desorganização da

contabilidade de instituição financeira, com fulcro

nos incisos III e IV do art. 386 do CPP.”

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&"'#()*10 Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

60& 89":-& '()*+,-. ,3-4-APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA

Processo 2003.51.01.021003-8 – DJ de 13/11/2006, p. 95

Relator: Juiz Federal Convocado ROGERIO TOBIAS DE CARVALHO

Apelante: União Federal / Fazenda Nacional

Apelado: N. L. S.

TRIBUTÁRIO E CONSTITUCIONAL - IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE - NÃO INCIDÊNCIA SOBREVERBA RECEBIDA A TÍTULO DE GRATIFICAÇÃO SOBRE FÉRIAS, GRATIFICAÇÃO POR LIBERALIDADE EFÉRIAS VENCIDAS E NÃO GOZADAS – NATUREZA INDENIZATÓRIA – APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 215 E125 DO STJ E 23 DESTE TRIBUNAL - COMPROVAÇÃO DA NECESSIDADE DE SERVIÇO -DESNECESSIDADE - SERVIDOR PÚBLICO – PRINCÍPIO DA IGUALDADE – ART.150, II DA CF.

1 - As indenizações recebidas a título de gratificação sobre férias, gratificação por liberalidade e fériasvencidas e não gozadas, bem como seu respectivo abono, em virtude de rescisão do contrato de

V - A suspensão do benefício do autor não decorre da decisão judicial ora atacada mas, sim, deacórdão transitado em julgado, proferido na AMS 2000.02.01.025321-6, publicado em 21.9.2005, querestaurou os efeitos da decisão administrativa do INSS, de suspensão dos proventos.

VI - Julgo prejudicado o recurso por falta de objeto.

POR UNANIMIDADE, JULGADA PREJUDICADA A CARTA TESTEMUNHÁVEL.

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&"'#()* 11Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

trabalho, não constituem acréscimo patrimonial, não se submetendo ao conceito de renda previstonos artigos 153, III, da C.F. e 43 do CTN. Precedentes do STJ e do TRF-2ª Região.

2 - A rescisão do contrato de trabalho, não importa se incentivada ou por iniciativa do empregador,constitui inegável dano para o empregado.

3 - “A indenização recebida pela adesão a programa de incentivo à demissão voluntária não estásujeita à incidência do imposto de renda” (Súmula nº 215 do STJ).

4 - “Não incide imposto de renda sobre a indenização recebida pela adesão ao programa dedesligamento voluntário”(Súmula nº 23 do TRF-2ªRegião).

5 - “O pagamento de férias não gozadas por necessidade de serviço não está sujeito à incidência deimposto de renda” (Súmula nº 125 do STJ).

6 - A necessidade de serviço como justificativa para não gozar dos benefícios em questão é presumida.

7 - A isenção da cobrança do imposto de renda sobre a verba indenizatória decorrente de fériasnão gozadas, conferida aos servidores da administração pública, autárquica e fundacional,afasta a injustificável cobrança do tributo sobre a indenização paga aos empregados do setorprivado.

8 - O nome atribuído à verba recebida por ocasião da rescisão do contrato de trabalho não tem ocondão de lhe alterar a natureza indenizatória.

9 - Apelação e remessa oficial improvidas.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO E À REMESSA NECESSÁRIA.

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&"'#()*12 Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

70& 89":-& '()*+,-. ,3-4-APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA

Processo 2000.02.01.067298-5 – DJ de 16/11/2006, p. 111 e 112

Relator: Desembargador Federal ALBERTO NOGUEIRA

Apelante: A. V. Ltda

Apelado: União Federal / Fazenda Nacional

MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUTÁRIO. COFINS. PIS. BASE DE CÁLCULO. CONCESSIONÁRIADE VEÍCULOS. VENDA POR CONSIGNAÇÃO INEXISTENTE.

O contrato de distribuição ou de concessão comercial não se assemelha à venda por consignação,porquanto o concessionário se obriga a comprar carros da concedente, passando a ter a propriedadee a posse dos mesmos, inclusive obrigando-se a ficar com os automóveis que não consegue revender.Na venda por consignação, ao revés, aquele que vende não é possuidor da coisa colocada à venda:é mero intermediário, ganhando comissão em caso de alienação do bem. Este também vem sendoo o entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.

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A gratificação especial recebida pela Autora, frutoda liberalidade da empresa para aqual trabalhava, tem cunho indenizatório,já que visou contemplar sua ex-funcionáriacom valores superiores aos determinadospor lei, de forma a indenizá-la pela perdado vínculo empregatício, não se enquadrando noconceito de renda formulado pelo art. 43, I, do CTN.”

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&"'#()* 13Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

“MANDADO DE SEGURANÇA. TRIBUTÁRIO.COFINS. PIS. LEI COMPLEMENTAR Nº 70/91.MP Nº 1.212/95. ART. 195, I, CF/88. CABÍVELREVOGAÇÃO DE LEI COMPLEMENTAR PORLEI ORDINÁRIA. EQUIVALÊNCIA ENTRE“FATURAMENTO” E “RECEITA BRUTA”.INEXISTÊNCIA DE HIERARQUIA ENTRE A LEICOMPLEMENTAR E A ORDINÁRIA. EMPRESAINTERMEDIADORA ENTRE MONTADORA ECONCESSIONÁRIA NO SETOR DE VENDA/DISTRIBUIÇÃO DE VEICULOS AUTOMO-TORES. PRINCÍPIO DA NAO CUMULA-TIVIDADE RESPEITADOS. VENDA PORCONSIGNAÇÃO INEXISTENTE.- A Constituição Federal não impôs exigênciaformal (art. 195, inciso I) para a instituição daCOFINS. - Inexiste hierarquia entre leicomplementar e lei ordinária ou medida provisóriaque tem força de lei, mas, tão-somente, campos deatuação diversos.- A lei complementar disciplina matéria que lhe foireservada pela Constituição. Quando fora de seucampo de atuação específico, determinado peloconstituinte, é perfeitamente modificável por meiode lei ordinária.- O PIS e a COFINS podem, legitimamente, sofreralteração da sua base de cálculo e alíquota atravésde medida provisória, que tem força de lei, e porlei ordinária.- É cabível a derrogação ou ab-rogação da LeiComplementar nº 70/91 pela Lei 9.718/98, cujoart. 3º, aliás, só tratou de estabelecer

equivalência entre os conceitos de ‘faturamento’e ‘receita bruta’.- A Constituição Federal só estabeleceu anecessidade de lei complementar para instituiçãode outras fontes destinadas à Seguridade Social,que não as previstas no próprio art. 195, e no seuart. 239 recepcionou o PIS que tem destinaçãoespecífica e para o qual não há necessidade de leicomplementar para alteração de alíquotas e basede cálculo, posto que não foi estabelecido atravésda competência residual prevista no art. 195, § 4º.- A jurisprudência vem se firmando no sentido dainaplicabilidade do princípio da nãocumulatividade, tanto nos casos do PIS, quanto daCOFINS, porque são fontes de custeio socialcriadas na própria Constituição, em sedes distintase com finalidades diversas.- O contrato de distribuição ou de concessãocomercial não se assemelha à venda porconsignação. O concessionário se obriga acomprar carros da concedente, passando a ter apropriedade e a posse dos mesmos, inclusiveobrigando-se a ficar com os automóveis que nãoconsegue revender. Na venda por consignação, aorevés, “aquele que vende não é possuidor da coisacolocada à venda; é apenas mero intermediário,ganhando comissão em caso de alienação do bem”.- Apelação improvida.”

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Processo 2000.51.01.015808-8 – DJ de 13/11/2006, p. 271

Relator: Desembargador Federal CRUZ NETTO

Apelante: A. M. A. S.

Apelado: União Federal

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. REQUERIMENTO DE REVISÃO DE PENSÃO JÁ EXTINTA PORFALECIMENTO DA TITULAR. ILEGITIMIDADE ATIVA AD CAUSAM.

1 - A autora requereu o recebimento das diferenças apuradas na pensão estatutária que sua falecidamãe vinha recebendo.

2 - A mãe da autora faleceu em 27/03/98, sendo que desde 14/09/78, data do óbito do marido dela(pai da autora), ela vinha recebendo uma pensão paga pelo Ministério dos Transportes, inexistindonos autos qualquer prova de que até a data de seu falecimento tenha requerido, administrativa oujudicialmente, a revisão de seu benefício, que, por sinal, foi suspenso em agosto de 1997. Em

&"'#()*14 Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

<0& 89":-& '()*+,-. ,3-4-APELAÇÃO CÍVEL

Processo 1998.51.01.024203-0 – DJ de 17/11/2006, p. 235

Relator: Desembargador Federal FERNANDO MARQUES

Apelante: I. A. P. e outro

Apelado: União Federal

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO DA IMPRENSA NACIONAL.TRANSFERÊNCIA PARA O QUADRO DE PESSOAL DO INSS E DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA.APOSENTADORIA. PERCEPÇÃO DA GRATIFICAÇÃO DE PRODUTIVIDADE. PRINCÍPIO DA ISONOMIA.IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA Nº 339/STF.

- Servidores da Imprensa Nacional que por ocasião da desativação da representação no Rio deJaneiro foram transferidos para outros órgãos, deixaram de ser submetidos a Lei nº 5.462/1968, quedispõe sobre a parte suplementar da produção dos servidores do Departamento de Imprensa Nacional.

- A situação jurídica dos autores difere dos paradigmas indicados, pois estes continuaram vinculadosao Departamento de Imprensa Nacional, sendo submetidos ao regime de produtividade de que trataa Lei nº 5462/68, enquanto os autores, aos serem transferidos para outro órgão, passaram a integrarcategoria diversa e pertencer ao Plano de Classificação de Cargos (Lei 5645/70), perdendo, portanto,o vínculo com órgão de origem, não mais se submetendo ao regime de produtividade.

5/7/2000, ou seja, mais de dois anos após o óbito de sua mãe, a autora ingressou com a presenteação pleiteando, em nome próprio, o direito que entende que sua mãe teria, ou seja, orestabelecimento do benefício e o recebimento das diferenças apuradas na pensão estatutáriainstituída pelo falecido marido desta.

3 - Como bem ressaltado na sentença, “na qualidade de única filha e herdeira da pensionista falecida,carece a autora de legitimidade para pleitear em nome próprio direito da falecida. Só o teria seauferisse o benefício originado da mesma pensão, a qual lhe produziria efeitos reflexos. Não é ocaso.”

4 - Não sendo, pois, a autora beneficiária da pensão por morte de sua mãe, não tem legitimidadepara pleitear a revisão do valor daquele benefício.

5 - Apelação improvida.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.

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&"'#()* 15Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

- A pretensão encontra, ainda, o óbice previsto na Súmula nº 339/STF: “Não cabe ao Poder Judiciário,que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento deisonomia”.

Recurso improvido.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO.

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“Indispensável, portanto, para que os autoresfossem contemplados com a gratificação deprodutividade: que o cargo por eles ocupado tivesseconteúdo ocupacional igual ou assemelhado ao dosparadigmas e que mantivessem o mesmo vínculocom o ente público.Dessa forma, não poderia o Juízo, a pretexto deisonomia, estender aos Autores o pagamento devantagem concedida exclusivamente aos servidoresda Imprensa Nacional, vez que não há previsãolegal para tanto.Ademais, a pretensão encontra, ainda, o óbiceprevisto na Súmula nº 339/STF: Não cabe ao PoderJudiciário, que não tem função legislativa,aumentar vencimentos de servidores públicos sobfundamento de isonomia.”

=0& 89":-& '()*+,-. ,3-4-APELAÇÃO CÍVEL

Processo 1991.51.01.041495-8 – DJ de 13/11/2006, p.p. 291 e 292

Relator: Desembargador Federal REIS FRIEDE

Apelante: União Federal

Apelado: J. I. P. S. Ltda

CONGELAMENTO VALOR MENSALIDADES ESCOLARES. MAJORAÇÃO. ACORDO ENTREINSTITUIÇÃO DE ENSINO E PAIS DOS ALUNOS. LIBERDADE DE CONTRATAR. HONORÁRIOSADVOCATÍCIOS. APLICAÇÃO DO ART. 20, § 4º, DO CPC.

I - Assevera a Parte Autora-Apelada ter recebido ameaça de autuação, por parte da SUNAB, por ter procedidoà revisão das mensalidades escolares, quando a Medida Provisória n.º 183/90 impedida a prática de tal ato.

&"'#()*16 Infojur no 115 - 1º a 15 de Março/2007

II - Há de se destacar, todavia, que a Autora-Apelada firmou com os pais de seus alunos acordo paraa majoração das mensalidades escolares com o propósito de preservar a continuidade das atividadesdo estabelecimento de ensino.

III - Em sendo assim, não se trata de disposição unilateral do estabelecimento de ensino, mas, emverdade, de negócio bilateral, sobre o qual incide o princípio da liberdade de contratar.

IV - Nos casos em que for vencida a Fazenda Pública, nas causas em que não houver propriamentecondenação, nas causas de pequeno valor e nas execuções, embargadas ou não, o art. 20, § 4º,do CPC determina que o julgador proceda, para a fixação da verba honorária, à apreciaçãoeqüitativa, observados o trabalho e o tempo exigidos do profissional, bem como a natureza dacausa.

V - In casu, legítima a fixação da verba honorária, em favor da Parte Autora, em 10%, consoante oscritérios trazidos pelo art. 20, § 4º, do CPC.

VI - Remessa Necessária e Apelação da União Federal improvidas.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO À REMESSA NECESSÁRIA E À APELAÇÃO.

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seu artigo 3o, o entendimento segundo o qualdevem ser instaladas comissões de negociaçõescom o fito de realizar conciliações entre os paise os colégios, no caso das propostas previstasno artigo 1o não atenderem à comunidadeescolar.Consoante o artigo 4o da mesma MedidaProvisória, a Secretaria de Direito Econômicodo Ministério da Justiça é que é o órgão competentepara requerer comprovação documental referentea qualquer cláusula contratual, restando patentea ausência de competência da SUNAB paranotificar e realizar qualquer espécie deintervenção nos estabelecimentos de ensino, umavez que a referida Medida Provisória, ao disporespecificamente sobre o valor total anual dasmensalidades escolares, prevalece sobre a LeiDelegada n º 04.62.Tendo sido formalizados termos de acordo deprestação de serviços educacionais entre oestabelecimento de ensino e alguns pais de alunos,injustificada a atuação da SUNAB na hipótese.Recurso improvido.”

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>0& 89":-& '()*+,-. ,3-4-APELAÇÃO CÍVEL

Processo 1990.51.01.000490-9 – DJ de 10/11/2006, p. 290

Relator: Juiz Federal Convocado GUILHERME CALMOM DA NOGUEIRA DA GAMA

Apelante: Instituto Nacional do Seguro Social

Apelado: E. T.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AÇÃO DE POSSEVELHA. TERCEIROS OCUPANTES. RÉU FALECIDO. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. DEVIDOPROCESSO LEGAL, CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA.

1 - Trata-se de recurso interposto contra sentença que, nos autos da Ação de Reintegração de Posse,indeferiu o requerimento do Apelante no sentido da expedição de mandado de reintegração de possee, concomitantemente, decretou a extinção da “execução”.

2 - Tendo a ação de reintegração de posse sido proposta ainda no mês de dezembro de 1989,realmente se mostra totalmente dissociado dos fatos relatados na petição inicial qualquer eventorelacionado a terceiras pessoas (que não figuram como partes na relação processual) que atualmenteocupem a área, sem que haja qualquer referência à cessão da posse ou situação análoga do Réuem favor de terceiro.

3 - Os interditos possessórios são remédios jurídicos e processuais para resolver situaçõesemergenciais (ainda que no campo das ações de força velha), mas, por óbvio, não podem se perpetuarno tempo para o fim de permitir toda e qualquer providência concreta em relação ao atual ocupante.

4 - Até com base nos princípios constitucionais do devido processo legal, contraditório e ampladefesa, não podem pessoas estranhas à lide serem atingidas por qualquer providência tomadanestes autos, especialmente porque sequer tiveram possibilidade de serem cientificadas daexistência de uma ação possessória desde o ano de 1989.

5 - Revela-se correta a solução dada pela juíza sentenciante ao considerar que a efetiva pretensão doApelante era manter eternizado o processo em questão para permitir a adoção de providênciasconcretas contra qualquer pessoa que estivesse no local objeto da demanda.

6 - Apelação improvida.

POR UNANIMIDADE, NEGADO PROVIMENTO À APELAÇÃO.

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