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UNAFISCO ASSOCIAÇÃO TEM SENTENÇA FAVORÁVEL NA ‘AÇÃO DO ABATE-TETO’ Pág. 3 Pág. 7 Ação da correção monetária dos valores decorrentes de exercícios anteriores é estendida aos novos associados Pág. 4 Licença-prêmio e reconhecimento de tempo de serviço: Unafisco solicita reunião no MPOG Pág. 8 Saiba como prosseguem as ações da Gifa 45% e 95%, do reajuste de 10% e de exercícios anteriores Págs. 4, 5 e 6 Conheça detalhes das ações prestes a serem sentenciadas infoJUR - nº 3 - maio de 2010 CONQUIST A UNAFISCO - Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil

infoJUR - nº 3 (maio/2010)

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UNAFISCO ASSOCIAÇÃO TEMSENTENÇA FAVORÁVEL NA‘AÇÃO DO ABATE-TETO’

Pág. 3

Pág. 7

Ação da correção monetária dos valoresdecorrentes de exercícios anteriores éestendida aos novos associados Pág. 4

Licença-prêmio e reconhecimento detempo de serviço: Unafisco solicitareunião no MPOG

Pág. 8

Saiba como prosseguem as ações daGifa 45% e 95%, do reajuste de 10% ede exercícios anteriores Págs. 4, 5 e 6

Conheça detalhes das açõesprestes a serem sentenciadas

infoJUR - nº 3 - maio de 2010

CONQUISTA

UNAFISCO - Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil

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infoJUR

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2 - infoJUR

Aviso ao leitorO conteúdo jurídico destaedição está atualizado até

1º de junho de 2010.A atualização das notícias será

publicada em nosso site:www.unafiscoassociacao.org.br

DIRETORIA

PresidenteÉdison Staibano Gonçalves Manso - Deain/SP

1º Vice-PresidentePaulo Fernandes Bouças - Aposentado/RJ

2º Vice-PresidenteIldebrando Zoldan - Aposentado - SP

Secretário-GeralLuiz Fernando Hornstein - Direp/SP

1º SecretárioArmando Domingos B. Sampaio - Defis/RJ

Diretor de Finanças e ContabilidadeNarayan de Souza Duque - Defis/SPDiretor Adjunto de Finanças eContabilidadeJosé Ricardo Alves Pinto - ALF - Cumbica/SP

Diretor de AdministraçãoFrancisco Ettore Giannico Júnior -Aposentado/SP

Diretor de Assuntos JurídicosValmir da Cruz - DRF - SPDiretor Adjunto de Assuntos JurídicosKleber Cabral - Deain/SP

Diretor de Defesa Profissional e EstudosTécnicosJairo Luís Soares Tenório - Defis/SP

Diretor de Comunicação SocialRoberto Prates D’ Aquino - Deinf/RJDiretor Adjunto de Comunicação SocialAlcebíades Ferreira Filho - DRF/Sacat - MG

Diretor de Assuntos de Aposentadoria,Proventos e PensõesJosé Carlos Nogueira Ribeiro - Aposentado/SCDiretora Adjunta de Assuntos deAposentadoria, Proventos e PensõesIcléa Camargo Lima - Aposentada/SP

Diretora de Eventos Associativos,Recreativos e CulturaisNélia Cruvinel Resende - Aposentada/GO

Diretor de Convênios e ServiçosCarlos Alberto R. G. Pacheco - Inspetoria/MG

Diretor de Coordenação dasRepresentações RegionaisAmilton Paulo Lemos - Aposentado/PR

1ª Diretora SuplenteAparecida Bernadete Donadon Faria -Aposentada - São José do Rio Preto/SP

2º Diretor SuplenteWagner Teixeira Vaz - DRF - Itajaí/SC

CONSELHO FISCALEfetivos:Jorge do Carmo Sant’Anna - Defis/SPJosé Aloísio Barroso Nunes - Aposentado/CEFrancisco Paulo Favilla - Aposentado/RJ

Suplentes:Osmário Mendonça de Paula - Aposentado/GOOsvaldino Messias de Aragão - Aposentado/RJWilson Meira - Aposentado/DF

EDITORIAL

Grande abraço,

Temos o prazer de lhe entregar esta terceira edição doinfoJUR, uma publicação feita sob medida para nossosassociados de todo o País, que aborda os principaisassuntos jurídicos de interesse da Classe. Através dele,você está sendo informado sobre o andamento de grandeparte de nossas ações judiciais em curso.Acompanhando o desenvolvimento da UnafiscoAssociação, que está de cara nova por causa dacrescente atuação da entidade em âmbito nacional, esteinfoJUR passou por uma necessária repaginação.

Desenvolvemos um novo projeto gráfico, que torna aleitura mais agradável, com novas cores e imagens paraaproximar o conteúdo do leitor. O aperfeiçoamento denossos veículos de informação faz parte da estruturaçãonacional da entidade. Estamos conscientes de que quantomais estruturada estiver a entidade, mais apta e capazestará na busca dos interesses dos associados.

A nova diretoria, que acaba de ser empossada, aexemplo da anterior, deposita grande importância nas açõesjurídicas como estratégia de defesa de nossas prerrogativasfuncionais, na manutenção de nossos direitos e naconquista dos interesses gerais dos Auditores Fiscais. Porisso, pretende destinar parcela significativa de nossosrecursos orçamentários ao depto. jurídico. Buscaremos,como nunca, o aperfeiçoamento do setor.

Precisamos tornar o suporte jurídico mais próximo do dia-a-dia de nossosassociados, seja emque lugar estiver noPaís. Esse é nossocompromisso para aatual gestão de trêsanos que ora se inicia.

De cara nova e repaginada

PresidenteÉdison StaibanoValmir da Cruz

Diretor Jurídico

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infoJUR - 3

infoJUR CAPA

Unafisco Associação tem sentença favorável para impedir abate-teto sobre pensãoquando cumulada com remuneração ou provento

AO 2009.61.00.024074-0 - 3ª Vara Federal - SP

A juíza da 3ª Vara Cível Federal de São Paulo, Ma-ria Lucia Lencastre Ursaia, julgou procedente o pedi-do da Unafisco Associação Nacional, nos autos daação ordinária nº 2009.61.00.024074-0, reconhecen-do o direito a seus associados – filiados até 8/11/2009 – de ter afastado “o desconto a título de ‘abate-teto’, incidente sobre os proventos ou remuneração,quando percebidos conjuntamente com pensão”.

Em sua ilustre decisão, a juíza afirmou:“Conforme posicionamento do Tribunal de Contas da

União – TCU, o benefício da pensão decorrente daSeguridade Social do servidor público, na forma defini-da pela CF e pela Lei nº 8.112/90, obser-va o regime contributivo, vale dizer, oservidor contribui mediante descontomensal para a seguridade social, que,no futuro, arcará com o desembolso de-corrente do pagamento da pensão de seubeneficiário. O fato gerador da pensão éa morte do segurado”.

A ação se originou do pedido de al-guns associados que percebiam remu-neração ou provento, e em decorrênciade falecimento de cônjuge ou compa-nheiro passaram a receber a pensão. Somados, es-ses valores sofriam a incidência do abate-teto, quan-do, na verdade, a Constituição Federal, ao tratar doassunto, ficou omissa neste particular.

A Associaçãoafirmou que o aba-te-teto não era ca-bível à espé-cie, já que talinstituto visaapenas quedeterminadoservidor, ativoou aposenta-do, não ga-nhe, individualmen-te, mais do que o máximo per-mitido constitucionalmente, em virtude de re-

munerações por ele próprio obti-das. No caso em comento, a Adminis-tração tem aplicado o abate-teto parabenefícios recebidos de origens dis-tintas, o que implica em ofensa ao prin-cípio da legalidade.

Tanto o Tribunal de Contas da Uniãoquanto o Conselho Nacional de Justiçajá se posicionaram favoravelmente àtese, e agora o poder judiciário reco-nheceu o mesmo direito para os Audi-tores Fiscais da Receita Federal doBrasil - associados à Unafisco Associ-

ação Nacional. Isso é, de fato, uma grande vitória paraos Auditores Fiscais, afirmou o diretor jurídico interinoda entidade.

Ainda que positiva, a Unafisco Associação precisa-rá embargar de declaração da decisão,pois, embora requerida para seus asso-ciados em âmbito nacional, a juíza aca-tou o pedido da União, de modo a deli-mitar a abrangência apenas àqueles as-sociados que, na data da propositura daação, tinham domicílio no âmbito da com-petência do órgão prolator, ou seja, emSão Paulo (conforme artigo 2º da Lei nº9.494/97, incluído pela MP 2.180-35, emtramitação). A União havia assim requeri-do, alegando prejuízo para a sua defesa.

Se não obtiver êxito nos embargosdeclaratórios, a Unafisco Associação en-trará, em seguida, com uma segundaação, visando acobertar o direito a to-dos os seus associados, inclusive osfiliados após aquela data.

Tanto o Tribunal deContas da União

quanto o ConselhoNacional deJustiça já se

posicionaramfavoravelmente

à tese

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4 - infoJUR

infoJUR

Ação da correção monetária dos valores decorrentes de exercíciosanteriores é estendida aos novos associados

O juiz federal PauloBueno de Azevedo, da1ª Vara Federal Cível de

São Paulo, conce-deu aos associadosda Unafisco Associ-

ação Nacional, filia-dos até 1º/12/2005, o

direito de ter corrigidos to-dos os pagamentos recebi-

dos nos últimos cinco anos atítulo de exercícios anteriores.

Haverá a devida atualização mo-netária sobre tais créditos utilizando como índice o INPCe juros moratórios, a partir da decisão administrativa quereconheceu cada crédito.

Quando não eram pagos no próprio exercício (ano-calendário), esses valores ocorriam posteriormente, atítulo de exercícios anteriores, sem nenhuma forma deatualização monetária, mesmo que se passasse maisde uma década.

Embora a sentença represente ganho real, a UnafiscoAssociação embargou de declaração diante da contrarie-

dade apresentada na decisão. Isso ocorre porque o juiz,ao fundamentar as razões do seu convencimento, menci-onou que a correção monetária é devida desde o mo-mento em que os créditos foram regularmente constituí-dos. No entanto, ao conceder o direito, informou apenasque a correção se desse a partir da decisão administrati-va em que reconheceu cada crédito, não considerando opretendido pela Associação, que requereu também quea correção ocorresse desde o momento em que o crédi-to fosse constituído - e não quando efetivamente passoua integrar a esfera patrimonial dos autores.

O juiz federal acolheu em parte os embargos daUnafisco Associação para declarar que o crédito é devi-do desde a sua constituição (fato gerador do direito), alémde estender a sua ação a futuros associados que venhama se filiar à Unafisco. Provavelmente, a União recorrerádessa decisão, o que poderá impedir o cumprimento àmesma neste momento.

É importante destacar que a Súmula nº 38 da Advoca-cia-Geral da União reconhece a correção monetária des-ses pagamentos e, nesse sentido, a entidade propôs umanova ação judicial em 2008, buscando assegurar o mes-mo direito aos novos associados.

Gdat: Pagamento dos precatórios foi alterado

AO 2005.61.00.029652-0 - 1ª Vara Federal - SP

Mais associados da Unafisco Associação queoptaram por realizar a execução da Gdat (Gratifica-ção por Desempenho de Atividade Tributária) coma entidade serão inscritos no precatório ainda esteano. Por uma questão de segurança, a lista dosassociados beneficiados não será disponibilizadapara o público, mas poderá ser consultada no de-partamento jurídico da Associação a partir de julhodeste ano.

Os inscritos neste precatório de 2010 receberão aGdat no início do próximo ano, a depender da deter-minação do Tesouro Nacional.

Isso porque, neste ano de 2010, a Secretaria doTesouro Nacional enviou a todos os Tribunais Regio-nais Federais um novo cronograma de pagamentodos precatórios orçamentários incluídos na propostaorçamentária de 2010, assim compreendidos os au-tuados até o dia 1º de julho de 2009.

Diferente de anos anteriores, quando o pagamen-to era efetuado entre os meses de fevereiro e março,desta vez a União estipulou como datas prováveisde disponibilidade dos depósitos o mês de abril para

precatórios de natureza alimentar, e o de junho paraos de natureza comum.

Cumpre ainda esclarecer que, por força da MP449 de dez/2008 (Lei nº 11.941/2009), que incluiu oart.16-A na Lei nº 10.887/2004, foi retido na fonte opercentual de 11% (onze por cento) a título de contri-buição para o PSS (Plano de Seguridade do Servi-dor Público), quando foram realizados os pagamen-tos daqueles precatórios.

Ocorre que, na referida tributação, não foram con-sideradas as variáveis que impedem ou reduzem aexação (aposentadoria, período dos cálculos,percentual, natureza das parcelas), conforme enten-dimento firmado pelo Superior Tribunal Justiça (STJ).

A Unafisco Associação estará encaminhando aseus associados que receberam os atrasados daGdat nos anos de 2009 e 2010 com a entidade umcontrato de honorários e procuração para que o es-critório Silveira e Hubner venha ajuizar uma ação pararestituir os valores indevidamente retidos a título decontribuição do Plano de Seguridade do ServidorPúblico.

NOTÍCIAS

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Qualquer Auditor Fiscal que venha a associar-se à Unafisco Associação passará, auto-maticamente, a fazer parte das ações da Gifa, reajuste de 10% e correção monetária pro-veniente dos pagamentos realizados a título de exercícios anteriores, por força dadecisão dos respectivos juízes, prolatada em sentença.

infoJUR - 5

Ação do reajuste de 10%, Gifa 45% e 95% e as primeiras da GAT continuam no TRF3

federal Johonsom Di Salvo, da 1ª Turma para julgamento.A segunda ação, também já em 2ª instância, (nº2007.61.00.006222-0, da 15ª Vara Federal de São Paulo),está para ter proferido seu julgamento pelo desembargadorfederal Luiz Stefanini, da 5ª Turma do TRF3.

Caso o recurso da União seja improvido, o que signi-fica confirmar o direito dos associados da Unafisco Asso-ciação, um futuro recurso da mesma junto ao STJ só po-deria ser recebido no efeito devolutivo, segundo especi-fica o §2º do artigo 542 do Código de Processo Civil.Isso significa que os associadosainda poderão ter o valor decada uma delas imple-mentado em seus contra-cheques, a depender do va-lor que percebiam antes datransformação da remunera-ção em subsídio.

É importante lembrar que aUnião ainda poderá socorrer-sede outros meios para evitar essaantecipação do pagamento.

A Unafisco Associaçãoaguarda ansiosamentepelo julgamento destasações no TRF3.

Novos associados serão beneficiados com quatro ações: Gifa 45% e 95%; reajuste de 10%;e correção monetária decorrente de verbas pagas a título de exercícios anteriores

infoJUR NOTÍCIAS

Duas das principais ações promovidas pela UnafiscoAssociação continuam no TRF3, aguardando julgamentodo recurso de apelação da União.

Na ação da Gifa 45%, o recurso encontra-se, desde 3/8/2009, no gabinete do desembargador Luiz Stefanini, a quemse espera a prolação da decisão neste recurso. Já o recur-so de apelação da ação da Gifa 95% encontra-se atualmen-te no gabinete do juiz convocado, Márcio Mesquita. Ape-nas a título de lembrança, nessa ação a Unafisco Associa-ção conseguiu a tutela antecipada para imediataimplementação do reajuste em folha de pagamento, no fimde fevereiro de 2007. Em seguida, a União interpôs agravode instrumento, requerendo a suspensão da decisãoantecipatória de tutela. A desembargadora relatora do agra-vo acatou a solicitação. Em seguida, obteve-se a sentençaprocedente, mas por força do reexame obrigatório, e dian-te do recurso de apelação apresentado pela União, essadecisão só produzirá efeitos após confirmação daqueleTribunal.

Já o recurso de apelação da União na ação do reajustedos 10% está, desde 13/5/2009, concluso à desem-bargadora federal Vesna Kolmar para julgamento. Essa açãoprovém da Lei nº 10.910 de 2004, que conferiu aos antigosTécnicos da Receita Federal – atuais Analistas Tributários –o reajuste linear no percentual de 10% na tabela de seusvencimentos. O reajuste dado pela lei em questão não foiconcedido, de forma igualitária, aos Auditores Fiscais. AUnafisco teve vitória na ação em 1ª instância.

Outra ação para a qual o Judiciário vem conferindo vitó-ria à Associação é a da GAT – Incorporação ao vencimentobásico. Atualmente, o recurso de apelação da União, apre-sentado na 1ª ação (2006.61.00.006982-9, da 12ª Vara Fe-deral de São Paulo), está no gabinete do desembargador

Acompanhe nas páginas seguintes detalhessobre cada uma dessas quatro ações.

GIFA 45%GIFA 95%

REAJUSTE DE 10%EXERCÍCIOS ANTERIORES

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infoJUR

A Gifa - Gratificação de Incremento da Fiscalização eArrecadação foi uma gratificação criada com a Lei 10.910/2004 que, desde a sua edição, conferia aos aposenta-dos e pensionistas um pagamento inferior àquele reali-zado aos ativos. A Unafisco Associação entrou com aprimeira ação, Gifa 45%, que foi distribuída em 16 demarço de 2006. O juiz concedeu a tutela antecipada àUnafisco, para que a União fizesse a implementação ime-diata na folha de seus associados.

No entanto, a União apresentou um agravo de instru-mento e conseguiu a suspensão dessa decisão em 1ºde maio de 2006. Um mês depois, o juiz proferiu senten-ça procedente nos pedidos da Associação, confirman-

Gifa 45%AO 2006.61.00.005779-7 - 13ª Vara Cível Federal - SP

O reajuste de 10% também surgiu com a lei 10.910/2004, que conferiu um reajuste linear de 10% aos atuaisAnalistas Tributários, deixando de conferir aos AuditoresFiscais, que estão dispostos na mesma carreira e namesma lei 10.593/2002, direito igualitário. Já a ação dacorreção monetária objetiva aos associados que tenhampercebido, nos últimos cinco anos da sua propositura,verbas no contracheque sob o título “exercícios anterio-res”, que esse valor passe a ser corrigido, já que a Admi-nistração não vinha precedendo dessa forma.

AO 2006.61.00.017646-4 - 15ª Vara Cível Federal - SP

Reajuste de 10%

do a tutela anteriormente conseguida - tudo em favor dosAssociados. Em seguida, o governo editou a MedidaProvisória 302/2006, a qual majorou o percentual da Gifapara 95%.

Atualmente, aguarda-se o julgamento do Recursode Apelação da União. A ação beneficia Auditores Fis-cais aposentados e pensionistas – filiados atuais e fu-turos – em âmbito nacional. O recurso de apelaçãochegou ao TRF3 em abril/2008, momento em que foidistribuído ao gabinete do des. federal Baptista Perei-ra. Em 3/8/2009, o processo foi redistribuído ao gabi-nete do des. federal Luiz Stefanini, do qual se esperaprolatar decisão neste recurso.

AO 2006.61.00.017709-2 - 13ª Vara Cível Federal - SP

Gifa 95%

Como houve majoração da Gifa, de 45% para 95%, aUnafisco Associação Nacional interpôs uma segundaação, desta vez objetivando que seus associados apo-sentados e pensionistas percebessem de forma iguali-tária aos ativos, a Gifa de 95%. Nesta ação, o juiz che-gou a conceder a tutela antecipada à Associação, ga-rantindo aos Auditores Fiscais aposentados e pensio-nistas de todo o Brasil (filiados atuais e futuros) opercentual de 95%.

A decisão ficou em vigor por três meses. A Uniãoapresentou um agravo de instrumento - que foi negado -e a sentença, posteriormente, veio a confirmar o direitodos associados, já anteriormente conferido em anteci-pação de tutela.

Entretanto, a União apresentou recurso de apelaçãodessa decisão e o juiz, ao acolher o recurso, recebeu-o no “duplo efeito” (ou seja, no efeito suspensivo – quan-do se suspendem os efeitos da decisão recorrida – e

no efeito devolutivo – normal a todos os recursos, quecorresponde, de fato, a uma devolução, ao Tribunal, detoda a matéria já discutida em primeira instância). Se orecurso tivesse sido recebido somente no efeitodevolutivo, já se daria, de pronto, continuidade ao paga-mento das diferenças da Gifa.

A Associação recorreu dessa decisão e o Tribunaldeferiu o pedido de tutela recursal. Nesse momento, aUnião, tentando impedir que fosse restabelecido o pa-gamento, apresentou uma medida cautelar e obteve doTribunal a suspensão da decisão proferida, que benefi-ciava os filiados da Associação. Ainda nessa medidacautelar, a Unafisco agravou de forma regimental que estásendo revista pelo pleno do Tribunal.

No que tange ao recurso de apelação recebido noTRF3, em 12/3/2008, atualmente encontra-se no gabine-te do juiz convocado, Márcio Mesquita, de quem se es-pera a prolação da decisão neste recurso.

NOTÍCIAS

10%

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infoJUR - 7

Exercícios anterioresAO 2005.61.00.029652-0 - 1ª Vara Cível Federal - SP

Esta ação pleiteia o rea-juste no pagamento de cré-ditos decorrentes de exer-cícios anteriores que já fo-ram reconhecidos como de-vidos pela Administração,corrigidos pelo índice doINPC/IBGE desde a data desua constituição e acresci-dos de juros de mora de 1%ao mês. Este é o objeto daação que foi proposta em 1º

de dezembro de 2005 pela Unafisco Associação.Pelas regras vigentes, os valores a receber da Admi-

nistração que não forem pagos no próprio ano-calendáriosão lançados no rito determinado de “exercícios anterio-res” e pagos sem nenhuma forma de atualização monetá-ria, ainda que o pagamento demore dez anos ou mais.

A Associação sustenta que a tramitação do procedimentoadministrativo para pagamento de exercícios anteriores temsido tão delongada, por depender de atos praticados con-

juntamente pelo Ministério da Fazenda e o MPOG (Ministé-rio do Planejamento, Orçamento e Gestão) que acaba im-plicando diversas ilegalidades como, por exemplo, o ex-cesso de prazo para efetivo pagamento e arbitrariedadesna ordem de pagamento. Ademais, com a demora no pa-gamento e a ausência de atualização monetária dos valo-res devidos, os servidores acabam sendo prejudicadoscom a corrosão do valor real do montante devido pela União,em decorrência da inflação.

Essa ação foi distribuída em 1º/12/2005 e estendida afuturos associados que venham a fazer parte da entidade.Cumpre lembrar que a Unafisco já havia distribuído umasegunda ação com este mesmo objeto, visando asseguraro reajuste a associados que haviam se filiado após apropositura desta primeira ação. Essa ação foi distribuídaprimeiramente para a 15ª Vara Cível Federal de SP, remeti-da posteriormente para a 1ª Vara Cível Federal (processonº 2008.61.00.026436-2). Atualmente, o processo encontra-se para conclusão com o juiz daquela vara, que provavel-mente a declarará extinta, posto que a primeira faz as ve-zes desta, estendida a novos filiados da Unafisco.

Em 24 de março, a Unafisco Associação Nacional en-caminhou ofício nº 420/2010 à coordenadora-geral de Ela-boração, Sistematização e Aplicação de Normas do Minis-tério da Fazenda, Lylian Beatriz de Oliveira Comelli, questi-onando se os entendimentos trazidos nos pareceres 1.654/2009 e 1.467/2009, ambos emitidos pela Consultoria Jurídi-ca daquele Ministério, estariam sendo ratificados perantetodos os órgãos de recursos humanos do Ministério daFazenda.

O primeiro parecer (nº 1.654/2009) trata da conversãoda licença-prêmio em pecúnia. Do entendimento daquelaConsultoria, depreende-se que os períodos adquiridos até15 de outubro de 1996, não usufruídos e nem computadospara fins de aposentadoria, fossem pagos em pecúnia en-quanto o servidor estivesse vivo.

O STJ editou recentemente a Resolução nº 48, de 25de fevereiro de 2009, para aplicar, no âmbito do Conselhoe da Justiça Federal de primeiro e segundo graus, o se-guinte entendimento: a) os períodos de licença-prêmio jáadquiridos e não gozados pelo servidor que vier a falecerserão convertidos em pecúnia, em favor de seusbeneficiários da pensão; b) também serão convertidos empecúnia, por ocasião da aposentadoria do servidor, osperíodos de licença-prêmio já adquiridos e não usufruídosou contados em dobro.

Embora tal resolução venha parcialmente solucionar a

discussão, ficou omissa no que tange tratar do pagamentoda licença-prêmio quando o servidor ainda estiver em vida.Nesse sentido, o parecer em comento, além de ratificar osditames daquela Resolução, também veio solucionar aomissão trazida na norma.

A Unafisco Associação encaminhou ofício ao Ministériodo Planejamento solicitando o caráter vinculativo e imedia-to deste entendimento, já que a Coordenação de Recur-sos Humanos do Ministério da Fazenda, na condição deórgão seccional do Sistema de Pessoal Civil (Sipec), ain-da não foi orientada e está subordinada à Secretaria deRecursos Humanos do Ministério do Planejamento, órgãocentral do Sipec para tanto.

Cumpre salientar que a Unafisco Associação possuiem curso uma ação judicial com este mesmo objeto,porém mais abrangente, já que defendemos que o perí-odo de licenças-prêmio deve ser computado até 10/12/1997, momento em que houve a conversão da MP 1.522,de 15/10/1996 (reeditada pela MP-1.595-14, de 10/11/1997), na Lei nº 9.527.

A Unafisco Associação requereu, na oportunidade, umareunião com a coordenadora para tratar pessoalmente des-ses dois assuntos. A entidade esclarece ainda que as duasações judiciais propostas para o mesmo direito já se encon-tram nas mãos do juiz para a prolação da sentença em 1ªinstância. Mais informações na página seguinte.

Licença-prêmio e reconhecimento de tempo de serviço:Unafisco Associação solicita reunião no MPOG

infoJUR NOTÍCIAS

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Terceira ação da GAT - Incorporação ao vencimento básico.Conheça um pouco das outras ações já em curso.

AO 2009.61.00.006725-1 - 12ª Vara Cível Federal - SP

infoJUR

Dado o êxito das duas ações anteriores, a UnafiscoAssociação já ajuizou a sua terceira ação da incorporaçãoda GAT (nº 2009.61.00.006725-1), a fim de beneficiar osassociados filiados à entidade após 30/3/2007. Tal ação foidistribuída na 12ª Vara Cível Federal de São Paulo – o mes-mo juízo que proferiu a sentença favorável da primeira açãoe limitou seus efeitos aos associados até a data da senten-ça – razão pela qual se espera que esta ação seja igual-mente bem-sucedida. Essa ação já aguarda pela decisãodo juízo de 1ª instância.

Nessa ação, a Unafisco Associação Nacional solicitaque sua decisão seja estendida a futuros associados. Casoisso não ocorra, certamente entrará com a sua quarta ação,com o mesmo objeto, tendente a abranger os filiados àentidade após aquela data.

Certifique-se da sua data de filiação e verifique em qualação da GAT você se encontra!

Proposta a sua primeira ação em 29 de março de 2006(AO 2006.61.00.006982-9 em trâmite na 12ª Vara Cível Fe-deral – SP para filiados até 16/1/2007), a Associação plei-teou o pagamento aos Auditores Fiscais da Receita Fede-ral ativos, aposentados e respectivos pensionistas, sob arubrica de vencimento básico da gratificação de atividadetributária (GAT) instituída pela lei 10.910/2004. Assim, faziaincidir sobre ela todas as demais parcelas remuneratóriasque incidam ou venham a incidir sobre o vencimento bási-co, com efeitos retroativos a 15 de julho de 2004. Em outraspalavras, o que se pretende é que a GAT te-nha reconhecida sua natureza de vencimen-to, para que possam ser calculados sobreela adicionais como anuênios, gratifica-ções e outros.

Em 13 de dezembro de 2006, ameritíssima juíza da 12° Vara FederalCível proferiu sentença favorável, re-conhecendo que a GAT possui cará-ter de vencimento básico e deter-minando a incorporação da gratifi-cação ao vencimento básico paratodos seus efeitos, inclusive para oscálculos dos demais adicionais e gratificações. A sentençadeterminou que seus efeitos se aplicassem aos associa-dos filiados até 16 de janeiro de 2007, data do julgamentodos embargos de declaração referentes à sentença. Aimplementação do benefício em folha de pagamento foi

8 - infoJUR

SAIBA DETALHES DAS AÇÕES PRESTES A SEREM SENTENCIADAS

obstada pela Advocacia-Geral da União (AGU), que nãoreconheceu a força executória da sentença e emitiu pare-cer negativo quanto ao tema. A Associação peticionou àjuíza da 12° vara federal cível requerendo que fosse determi-nado o imediato cumprimento da sentença, porém orecurso de apelação da União federal foi recebido no du-plo efeito (devolutivo e suspensivo), o que suspende osefeitos da sentença procedente até a confirmação do méri-to pelo Tribunal.

No dia 21 de março desse ano a Unafisco Associaçãointerpôs agravo de instrumento (autos n° 2007.03.00.025597-3) com o intuito de reformar a decisão que recebeu a ape-lação da União no efeito suspensivo, a fim de que a senten-ça possa ter efeitos imediatos e não seja necessário aguar-dar a confirmação do Tribunal. Em 4 de maio de 2007, odesembargador relator indeferiu, em decisão monocrática,o pedido de tutela antecipada para reverter o efeitosuspensivo da apelação. O próximo passo será o julga-mento do mérito do agravo de instrumento pelos trêsdesembargadores componentes da 2ª Turma julgadora doTribunal Regional Federal da 3° Região.

Ainda aguarda-se decisão do recurso de apelação, pro-movido pela União, para que, sendo mantida a sentençade 1º grau, a decisão possa ter eficácia imediata, repercu-

tindo, inclusive, nos contracheques deparcela significativa dos associados,que passariam, com o benefício, a re-ceber Parcela Complementar de Sub-sídio (PCS).

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AO 2007.61.00.006222-0 - 15ª Vara Cível Federal - SP

Conversão da licença-prêmio em pecúniaAO 2007.61.00.025289-6 - 26ª Vara Cível Federal – SP

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A segunda ação com o mesmo objeto abrange associ-ados filiados à entidade após 16 de janeiro de 2007.

Proposta em 29 de março de 2007, o processo não foidistribuído por prevenção, para a mesma vara do proces-so anterior, ficando aos cuidados da 15° Vara Federal Cívelde São Paulo/SP. Distribuída a ação, a tutela antecipadafoi indeferida em 1º/2/2008. Tão logo intimada de talindeferimento, a Unafisco Associação protocolizou, juntoao TRF-3ª Região, agravo de instrumento que, entretanto,foi convertido em agravo retido. Em 27/11/2008 houve sen-tença procedente, reconhecendo que a GAT possui cará-ter de vencimento básico e determinando a incorporaçãoda gratificação ao vencimento básico para todos seus efei-tos, inclusive para os cálculos dos demais adicionais egratificações. A sentença foi plenamente procedente, mas

limitou a sua abrangênciaaos associados até a data dapropositura da ação (29/3/2007).

A União, inconformada, já ape-lou da sentença de primeiro grau,em 25/2/2009, que foi recebida noefeito suspensivo, o que fará comque a implementação em folha (ago-ra na forma de PCS) só venha aocorrer após a confirmação da de-cisão pelo Tribunal Regional Fede-ral da 3ª Região.

Redutor de pensão - Reposição ao erárioAlguns pensionistas da Unafisco Associação pro-

curaram a entidade em meados de junho de 2009 parainformar que haviam recebido uma correspondência daGRA da 8ª RF determinando, com fulcro na EC-41/2003,a redução nas suas pensões e consequente reposi-ção ao erário daqueles valores percebidosindevidamente.

De imediato, a Unafisco orientou seus associados afazer um pedido de reconsideração daquela decisãojunto à GRA. Diante do indeferimento daqueles pleitos,ingressou com um mandado de segurança (nº2009.61.00.014179-7), objetivando anular aquela deci-são administrativa ou que tais descontos só ocorres-sem após cumpridos os princípios do contraditório eampla defesa em processo administrativo ou, ainda,em caso de condenação, que os descontos não serealizassem com valores excedentes à décima parteda pensão. A Unafisco Associação fundamentou seupedido com fulcro em Súmula da AGU que especifica:

“não estão sujeitos à repetição os valores recebidos deboa-fé pelo servidor público, em decorrência de errôneaou inadequada interpretação da lei por parte da Adminis-tração Pública”.

A juíza da 20ª Vara Cível Federal de São Paulo de-feriu em parte o pedido de antecipação de tutela re-querido pela Unafisco Associação, de modo a impedirque pensionistas vinculados à Gerência Regional da8ª RF não fossem obrigados a repor ao erário um valorpercebido de boa-fé, a título de redutor de pensão,por erro da Administração.

A Unafisco Associação embargou dessa decisãoque, embora favorável, deixou de esclarecer se eradevido ou não o reembolso do valor que já havia sidodescontado dos associados. O juízo informou queesses atrasados serão analisados posteriormente,na prolação da sentença. O processo se encontrapendente de tal decisão.

Trata-se de uma ação cujo objetivo é garantir o direito àconversão da licença-prêmio em pecúnia aos aposenta-dos e pensionistas do cargo de Auditor Fiscal da ReceitaFederal do Brasil. A ação reivindica, ainda, a possibilidadede opção, para os ativos, entre a conversão em pecúnia eo gozo da licença-prêmio por meio do afastamento remu-nerado. Pede-se, também, que seja computado, na conta-gem do tempo, o período do Programa de Formação naEscola de Administração Fazendária (Esaf). Para todas as

situações descritas acima, o termo final para aquisição dalicença-prêmio é 11 de dezembro de 1997.

A ação foi proposta em 3/9/2007. O pedido de tutelaantecipada foi indeferido em 17/9/2007. A Associação in-terpôs Agravo de Instrumento, requerendo a antecipaçãode tutela ao Tribunal, o qual foi convertido em retido. Porora aguarda-se pela prolação de sentença, que já seencontra nas mãos do juiz.

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Reconhecimento de tempo de serviço

Nesta ação de suma importância, aUnafisco Associação, em nome deseus filiados, vem requerer em juízoo reconhecimento, como tempo deserviço público, do tempo de serviçoprestado em sociedades de econo-mia mista, empresas públicas,autarquias, fundações públicas e ór-gãos da Administração direta e indire-ta estadual e federal, para todos osefeitos jurídicos. Principalmente, parafins de contagem de tempo para aqui-sição da aposentadoria com paridade

AO 2008.61.00.008254-5 - 24ª Vara Cível Federal – SP

Tendo em vista as diretrizes da Emenda Constitu-cional 45 (Reforma do Judiciário), que deu nova reda-ção ao artigo 114 da Constituição Federal, a Justiçado Trabalho passou a ser competente para proces-sar e julgar as ações referentes às relações de traba-lho, abrangidos também os entes da AdministraçãoPública Direta e Indireta da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos municípios.

Em observância a tal regra, a Unafisco Associaçãoprotocolizou, na Justiça do Trabalho, ação judicial sobo nº 02637200805802002 (58ª Vara do Trabalho deSP), com o objetivo de manutenção das verbas tra-balhistas suprimidas pelo artigo 2º-C, incisos IX aoXI, da Medida Provisória 440/08 - convertida na Lei11.890/08 - que instituiu o subsídio para os AuditoresFiscais. Segundo a nova sistemática, ficaram os Audi-tores privados da percepção de adicionais de insalu-bridade, periculosidade, por atividade penosa, traba-lho noturno e pela prestação de serviço extraordiná-rio, o que representa grande injustiça para aqueles

associados que possuem condições especiais detrabalho e, portanto, precisam ser devidamente inde-nizados por isso.

Ainda houve um pedido alternativo neste caso, porparte da Associação, de modo que se garanta, judici-almente, o impedimento da Administração em aplicarsanções remuneratórias e disciplinares se seusfiliados se negarem a praticar as atividades excepci-onais já elencadas, sem a devida contrapartidaremuneratória.

A ação foi distribuída em 2/12/2008. Foi designadaaudiência para o dia 11/5/2009, quando, então, o juizse declarou incompetente para julgar a causa, reme-tendo-se os autos para a Justiça Federal. Os autos fo-ram distribuídos naquela Justiça, no dia 20/7/2009, sobo nº 2009.61.00.016562-5, em curso na 2ª Vara Federalde São Paulo e, atualmente, encontra-se com vistaspara a União. Em 1º/2/2010, o juiz chamou os autos àconclusão para a prolação da sentença.

2009.61.00.016562-5 - 2ª Vara Cível Federal – SP

e integralidade, bem como percepção de anuênios,quinquênios e demais parcelas pro rata temporis, a inte-grarem a remuneração. O fundamento de tal ação judici-al se baseia no fato de que qualquer tempo de serviçona Administração Direta ou Indireta da União, Estados,Distrito Federal e/ou dos municípios é tempo de serviçopúblico e, como tal, deve ser considerado pela União,nos termos da Lei 8.112/90.

A petição inicial foi protocolizada em 7/4/2008. Pos-teriormente, a União Federal apresentou contestação.Após protocolizada a réplica, deve-se aguardar aprolação de sentença de primeiro grau.

Não incidência do PSS sobre adicionaisEm 15/9/2009, a Unafisco Associação distribuiu em juízo

a ação ordinária de nº 2009.61.00.020692-5, atualmente emtrâmite na 23ª Vara Cível Federal de São Paulo, pretenden-do que seja declarada a não incidência da contribuiçãoprevidenciária sobre os adicionais de periculosidade, insa-lubridade, noturno e por atividade penosa.

Nessa mesma ação, a Unafisco requereu que fossemrestituídos os indébitos tributários dos últimos dez anos, aserem apurados em liquidação de sentença. A ação bus-cará o direito no período de 5 anos anteriores à transforma-ção da remuneração em subsídio, momento em que o re-cebimento desses adicionais foi suprimido. Atualmente, oprocesso está concluso para a prolação da sentença.

Subsídio: duas das cinco ações propostas pela Associação estão prestes a ser julgadasEm primeira instância, duas das cinco ações propostas para corrigir algumas distorções com o subsídio já estão

nas mãos do juiz para a prolação da sentença. São elas: manutenção integral das rubricas decorrentes de decisõesjudiciais transitas em julgado e supressão dos direitos sociais. Conheça cada uma delas a seguir.

Supressão dos adicionais - direitos sociais

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Nessa ação, a Unafisco Associação pretende queo judiciário determine à União que proceda à manuten-ção integral das rubricas de decisões judiciais transita-das em julgado em favor de todos os seus associa-dos, de modo que se proceda ao seu lançamento eefetivo pagamento isolada e cumulativamente com apercepção do subsídio e sem qualquer absorção,acrescido de juros e correção monetária.

A ação foi distribuída em maio/2009, momento emque o juiz, ao analisar o pedido de antecipação detutela da Unafisco, indeferiu o mesmo, por entenderque inexiste direito adquirido à imutabilidade do re-gime remuneratório.

Instada a se manifestar, a União apresentou con-testação em 4/08/2009, restando agora a prolação dasentença de mérito, considerando que o processo jáestá nas mãos do juiz desde 20/10/2009.

AO 2009.61.00.011033-8 - 26ª Vara Cível Federal - SP

Coisa julgada face ao subsídio

Com a transformação da remuneração dos Audito-res Fiscais em subsídio, algumas verbas remuneratóriasconsideradas como direito adquirido do Auditor Fiscalforam incorporadas a sua remuneração. Para recupe-rar essas parcelas, tais como o benefício do art.184 daLei nº 1.711/52, anuênios, DAS incorporados e etc., aUnafisco Associação propôs uma medida judicial, pro-cesso nº 2009.61.00.018725-6, em trâmite perante a 14ªVara Federal Cível de São Paulo.

Na ocasião, juntou cópia de um parecer do ex-Ministro Carlos Velloso em que subsidia a tese de-fendida pela Associação, a qual sustenta que tais par-celas são de caráter pessoal e devem ser preserva-das pela condição de direito adquirido e não ineren-tes ao cargos. O juiz ainda analisa os pressupostosprocessuais da ação. O próximo passo será a cita-ção da União para contestar o feito.

Direito adquiridoAO 2009.61.00.018725-6 - 14ª Vara Cível Federal - SP

Medida Cautelar 2000.61.00.049389-3 - AO 2001.61.00.015988-2 - 1ª Vara Cível Federal – SP

VEJA O ANDAMENTO DE AÇÕES DA UNAFISCO ASSOCIAÇÃO TRAZIDAS NO ÚLTIMO INFOJUR

De 2000 a 2006: ilegalidade da subordinação dos Auditores Fiscaisaos Técnicos (atuais Analistas Tributários)

A carreira de Auditoria do Tesouro Nacional, que foi criada pelo Decreto-Lei 2.225 de 10/1/1985, era composta por um cargo de nívelsuperior - Auditor Fiscal do Tesouro Nacional, e por um cargo de nível médio, Técnico do Tesouro Nacional. Posteriormente, ocorreua reestruturação da carreira, que alterou seu nome para Auditoria da Receita Federal, e dos respectivos cargos para Auditor Fiscal daReceita Federal e Técnico da Receita Federal. O art. 2º do Decreto 3.611, de 27 de setembro de 2000, incumbia oTécnico da Receita Federal a auxiliar o Auditor Fiscal no desempenho de suas atribuições privativas, sob supervi-são do Auditor Fiscal.

Contrariando a hierarquia de cargos prevista na legislação, a Superintendência Regional da Receita Fe-deral na 8ª Região Fiscal (SP), à época, passou a conferir aos Técnicos (auxiliares de Auditores) cargos dechefia em diversas repartições, criando situações em que um Auditor Fiscal era chefiado por um Técnico,quebrando a hierarquia vertical estabelecida entre os cargos da mesma carreira. Tal fato infringia a compe-tência legal do Auditor Fiscal, sendo que a subordinação decorre de lei. Além disso, existem competênciasprivativas dos Auditores Fiscais que não podem ser afastadas e conduzem à hierarquia flagrante entre oscargos.

No intuito de impedir tal despautério, foi proposta medida cautelar preparatória inominada em 12/12/2000. Em 26 de março de 2001, foi deferida liminar para suspender quaisquer outras nomeações deTécnicos para cargos de confiança que implicassem subordinação dos Auditores Fiscais. Em 1º/10/2008 houve prolação pelo juiz de primeiro grau de sentença improcedente (contrária ao pretendido pelaAssociação), sob o argumento de que os cargos de confiança podem ser ocupados por qualquer dopovo, e o fato de ser ocupante do cargo de Técnico da Receita Federal não poderia ser critério impeditivo.O magistrado afirmou, ainda, que a hierarquia funcional não impediria a hierarquia administrativa decor-rente de cargo de confiança.

A Unafisco promoveu recurso de apelação, acrescentando aos argumentos iniciais, em resumo, que,se determinado setor é chefiado por um Técnico e nele está lotado um Auditor Fiscal, um dos dois estáem lugar errado. Ou o setor possui competências regimentais relacionadas às atividades privativas deAuditor Fiscal – e, nesse caso, não poderia ser chefiado por qualquer do povo – ou o Auditor Fiscal estáalocado em uma atividade que poderia estar sendo desempenhada pelo servidor de apoio, o que significadesvio de função e dano ao erário. Aguarda-se pelo julgamento do recurso de apelação da UnafiscoAssociação no Tribunal Regional Federal da 3ª Região.

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Indenização por ausência de revisão geral

A exemplo de outros temas, a Unafisco Associaçãotem em tramitação na Justiça duas ações que buscam aindenização de seus associados pela não aplicação daRevisão Geral Anual, que é prevista pela Constituição.

A primeira delas, que beneficia ativos, aposentadose pensionistas filiados até 16 de outubro de 2002, quan-do a demanda foi proposta, objetiva o pagamento deindenização aos associados com base nas remunera-ções que lhes deveriam ter sido pagas oportunamente(de 1999 a 2001), mas não o foram em virtude da morado Executivo em cumprir o disposto no art. 37, inciso X,da Constituição Federal.

A partir da Constituição vigente, as gestões federaisque se sucederam sempre procuraram garantir, median-te inúmeras leis, revisões anuais no seu percentual mí-nimo, de modo a cumprir o preceito constitucional, ain-da que tais reajustes não representassem efetivamenteas perdas causadas pela corrosão inflacionária proveni-ente de datas-base anteriores.

Com o advento do Plano Real e a promulgação da leinº 8.880/94, houve corte dos reajustes e a obrigatoriedadede concedê-lo anualmente começou a ser questionada.Contudo, a nova redação do art. 37, inciso X, da Constitui-ção Federal, alterado pela Emenda Constitucional nº 19,de 4/6/1998, tornou evidente a garantia de reajuste anualde vencimentos de servidores públicos.

Os associados deveriam ter seus vencimentos rea-justados anualmente desde a edição da Emenda Cons-titucional nº 19, sendo a primeira na data de aniversárioda sua primeira edição (junho de 1999), e as seguintes,nos meses de janeiro de cada ano subsequente. Po-rém, os servidores tiveram apenas um reajuste, para oexercício do ano de 2002, em percentual de 3,5%.

O Supremo Tribunal Federal já pronunciou-se sobrea questão e declarou que a ausência de revisão geralconfigura a omissão do Executivo quanto ao atendimen-to do artigo 37, inciso X da CF consoante ficou consig-nado na Ação Direta de Inconstitucionalidade – Adin2.061/DF, de 29 de junho de 2001. Em 16 de novembrode 2006, o pedido foi julgado procedente, de modo areconhecer o pagamento da indenização dos valoresreferentes ao reajuste devido aos seus vencimentos,calculados pela variação do INPC, no período de julhode 1999 a janeiro de 2001, sobre os quais deverão incidirjuros moratórios à razão de 6% (seis por cento) ao ano.

No dia 21 de setembro de 2007, o juiz recebeu aapelação da União no duplo efeito. A Unafisco Associa-ção apelou e o Tribunal, por unanimidade, deu provi-mento ao recurso. No entanto, no mérito, julgou impro-cedente a ação. A Unafisco embargou de declaração,mas a juíza se pronunciou informando que “não se pode

AO 2002.61.00.023927-4 - 24ª Vara Cível Federal – SP

responsabilizar o Executivo Federal pelo inadimplementoda obrigação imposta pela norma constitucional, ainda quereconhecida judicialmente a mora, já excluiu todas as de-mais alegações referentes á indenização, de forma quese torna desnecessário dispor novamente sobre elas”. AAssociação recorreu da decisão, apresentando no últi-mo dia 4 de maio de 2010 recursos especial e extraordi-nário que, por ora, aguardam seu processamento.

Saiba maisO Supremo Tribunal Federal tem adotado o instituto

da repercussão geral para padronizar procedimentos eentendimentos junto àquele Tribunal e demais órgãosdo Poder Judiciário, de forma a atender os objetivos dareforma constitucional e garantir a racionalidade dos tra-balhos e segurança dos jurisdicionados, destinatáriosmaiores da mudança que se opera.

Neste assunto específico, o STF já reconheceu arepercussão geral do assunto, nos autos do RecursoExtraordinário nº 565.089.

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Auxílio-alimentação de 2002 - Filiados até 28/5/2002, à época ativose lotados no Estado de SP (8ª Região Fiscal)

Mandado de Segurança nº 2002.61.00.011140-3 - 8ª Vara Cível Federal – SP

Duas ações em tramitação na Justiça, em nome daUnafisco Associação Nacional, tratam da questão doauxílio-alimentação. A primeira é um mandado de se-gurança com pedido de liminar cujo objeto é a corre-ção monetária da verba paga aos Auditores Fiscais daReceita Federal, fundamentado com base na naturezaindenizatória do auxílio-alimentação, tendo em vista ainsuficiência do valor creditado à épo-ca. A não aplicação da correção mone-tária da verba e o fenômeno da inflaçãoresultaram na redução do real valorindenizatório da verba e no não atendi-mento da finalidade da lei instituidora, ouseja: custeio da alimentação dos diasde trabalho.

Além disso, por meio de tal medidabusca-se o reconhecimento da ilegalida-de da portaria nº 21, de 24 de janeiro de2002, expedida pelo Ministro do Plane-jamento, Orçamento e Gestão, que es-tabeleceu valor diverso do originalmen-te fixado pela Portaria nº 2.082, de 17 de junho de 1994;e o ferimento ao princípio da irredutibilidade de venci-mentos dos servidores públicos, que é garantido pelaConstituição Federal, uma vez que a não correção doauxílio-alimentação implica a utilização crescente da pró-pria remuneração do Auditor Fiscal para poder alimen-tar-se.

Em 5 de julho de 2002 foiconcedida medida liminardeterminando a correçãomonetária pelo INPC doIBGE desde a data da edi-ção da Portaria 2.082/94. Pos-teriormente, em 25 de abrilde 2003, o pedido foi julga-do inteiramente procedentecom a respectiva concessãoda segurança pleiteada, con-firmando-se a liminar inicial-mente deferida.

Basicamente, as deci-sões foram fundamentadasna premissa de que a atuali-zação monetária é recompo-sição em termos de expres-são nominal para manuten-ção do valor real da moeda,evitando a redução de salá-rios, preservação de indeni-

zações devidas, aferição da real expressão da basede cálculos de tributos, e, principalmente, na necessi-dade de atualização de verba destinada ao custeio dasnecessidades básicas, como é o caso do auxílio-ali-mentação. São beneficiários da sentença os associa-dos filiados até 28/5/2002, constantes da listagem no-minal incluída na petição inicial.

A União, inconformada, já está na ter-ceira tentativa de reverter a decisão deprimeira instância. Em 2003, entrou comum pedido de suspensão de segurança,diretamente à Presidência do Tribunal Re-gional Federal da 3ª Região (TRF-3), masnão obteve êxito. Houve recurso de ape-lação da ação (AGU), mas não foi recebi-do no efeito suspensivo. Ainda interpôsAgravo Regimental no Tribunal RegionalFederal da 3ª Região (TRF-3), que aindanão foi julgado.

Sendo assim, a sentença de primei-ro grau continua em vigor, de modo que os beneficia-dos com tal decisão judicial estão recebendo mensal-mente as verbas de auxílio-alimentação devidamentecorrigidas. Os autos do processo foram remetidos aoTribunal Regional Federal da 3ª Região no fim de 2005e, atualmente, encontram-se no gabinete do de-sembargador Peixoto Júnior para decisão.

Os beneficiados comtal decisão judicial

estão recebendomensalmente as

verbas de auxílio-alimentaçãodevidamentecorrigidas

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Auxílio-alimentação: saiba mais sobre o novo valorRecentemente, o ministro do Planejamento, Orçamento

e Gestão editou a Portaria nº 42, de 9 de fevereiro de 2010,alterando o valor do auxílio-alimentação pago aos servido-res da Administração Pública direta, autárquica e fundacionalpara R$ 304,00 com efeitos financeiros a partir de 1º defevereiro de 2010.

Nesse sentido, o valor que os associ-ados da Unafisco Associação recebem,por força da ação judicial proposta em2002, acabou por se apresentar inferi-or ao valor pago pelo governo. Issosignifica que os beneficiados pela re-ferida decisão judicial permaneceramcom o valor de R$ 293,00, enquantoaqueles que não faziam parte da ação pas-saram para R$ 304,00. Assim, a Associaçãocontatou a Administração no sentido de que fossepago, de forma igualitária aos beneficiários daquela ação,o importe de R$ 304,00.

Em reunião com a Cogep, em Brasília, a Associação foicientificada da sua concordância com o pagamento, mo-mento em que o chefe daquela Coordenação informou quehavia orientado todas as Digeps do País a procederem àalteração do valor na folha de pagamento de todos os as-

sociados, inclusive os que constaram do rol da ação. Emcontrapartida, em outra reunião com o coordenador-geralde Recursos Humanos do Ministério da Fazenda, a Asso-ciação lhe entregou um requerimento pedindo que o valordo auxílio fixado pela Portaria nº 2.082/94, para aqueles

que fazem parte da ação judicial de 2002, fosserevisto porque, no entender da Unafisco,

havendo a manutenção do cumprimentoda ordem judicial para fins de pagamen-

to ao auxílio-alimentação, esse valordeverá ficar em torno de R$ 357,20.

O chefe da Digep em SP, por exem-plo, já se posicionou favoravelmente à

concessão desse reajuste, nos autos doprocesso administrativo nº 10.880.007132/

2002-28, que foi encaminhado à Cogep paraanálise, motivo pelo qual se optou por não fazer

o pagamento dos R$ 304,00 neste momento, até quesobrevenha a decisão da Coordenação acerca do novovalor. Tudo isso, sem prejuízo do pagamento futuro dasdiferenças deste auxílio, conforme garantiu o chefe da Digepem SP.

O assunto continua em Brasília e foi encaminhado à Co-ordenação de Recursos Humanos para análise.

Auxílio-alimentação - Filiados até 23/1/2008 (Paraná)Mandado de Segurança nº 2008.70.00.001944-7 - 2ª Vara Federal do Paraná

Esta ação também visa corrigir o valor do auxílio-alimen-tação pago aos Auditores Fiscais a partir do percentual re-gistrado pelo INPC do IBGE no período de junho de 2001 adezembro de 2005.

Além disso, por meio dela também se pleiteia a dife-rença do auxílio-alimentação fixada pela Resolução 490/2005 do Conselho Federal de Justiça (CNJ) aos servidoresdo Judiciário - R$ 590,00 - inclusive com a correção mone-tária pelo INPC/IBGE, desde dezembro de 2005 até junhode 2007. A ação foi distribuída no dia 23 de janeiro de 2008,tendo sido negada a tutela antecipada requerida. O pro-cesso inicialmente visava beneficiar os Auditores Fiscaisde todo o País, mas, devido à impugnação ao valor dacausa ofertada pela União, foi apresentado rol de associa-

dos do Estado do Paraná, delimitando, portanto, o alcancedo pedido aos associados daquele Estado.

Na sentença, o juiz julgou os pedidos da Associaçãoimprocedentes, sob o argumento de que “a partir da edi-ção da Lei nº 9527/97, a estipulação do valor pago a títulode auxílio-alimentação deixou de guardar correspondên-cia exata com o valor de refeições. Desde 1997, portanto,o auxílio-alimentação deixou de ser uma indenização dovalor de uma refeição diária propriamente dita, e se trans-formou em uma verba para pagamento de despesas ge-rais com alimentação por parte do servidor”. A associaçãorecorreu da decisão, momento em que o TRF4 negou pro-vimento ao recurso, mantendo-se a decisão de 1ª instân-cia. A Unafisco Associação recorrerá ao STJ.

Auxílio-alimentação - Nova ação (Recife)AO 2009.83.00.004265-4 - 21ª Vara Federal de Recife - PE

Em razão da limitação ora temporal, ora geográfica dasações anteriores, e buscando estender o benefício a todosos filiados, a Unafisco Associação entrou com nova açãojudicial requerendo a correção monetária do auxílio-alimen-tação, dessa vez em Recife/PE, com pedido para todosos Auditores Fiscais do País.

O juiz indeferiu o pedido de tutela pleiteado pela Unafisco

Associação e, ao julgar a ação, entendeu pela sua impro-cedência, sob o argumento de que “a questão não compor-ta maiores digressões, uma vez que apenas ao Poder Exe-cutivo cumpre fixar ou majorar os valores devidos a título deauxílio alimentação. Não há direito subjetivo à preservaçãodo valor real da referida parcela”. A Unafisco interpôs recursode apelação, o qual se aguarda pelo julgamento.

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Reajuste de 15%

AO 2006.61.00.017472-8 - 26ª Vara Cível Federal – SP

Em 2005, o Se-nado Federal e aCâmara dos Depu-tados, por meiodas leis 11.169 e11.170, de 05/09/2005, concederammajoração l inearde 15% sobre aremuneração dosservidores civisvinculados às refe-ridas casas legis-

lativas federais, concedendo também efeito retroati-vo a 1/11/2004. No entanto, as demais carreiras doserviço público federal, incluindo a dos Auditores Fis-cais, não foram atingidas por essa revisão geral anualconcedida a todos os servidores do Legislativo.

Tal fato revelou manifesta desigualdade de tratamentoentre servidores públicos civis e violação da garantiaconstitucional da revisão geral anual, prevista no art.37, inciso X, da Constituição, o qual dispõe que as re-visões gerais sempre deverão ocorrer na mesma datae sem distinção de índices, para os servidores públi-cos civis do Executivo, Judiciário e Legislativo.

Com base nestes e em outros argumentos, a Asso-ciação propôs, em 1º de agosto de 2006, uma açãocondenatória cujo objeto é a extensão, aos nossos as-sociados, do reajuste linear do percentual de 15% con-cedido aos servidores do Poder Legislativo. A açãoteve indeferido o pedido de tutela antecipada. Em 8/1/2009, foi proferida sentença de mérito improcedentecontra a Associação, sob o fundamento de que não setratou, no caso, de uma revisão geral, mas apenassetorial, para as carreiras do Legislativo Federal.

Inconformada com a decisão, a Associação já propôsrecurso de apelação com o objetivo de reformar a sen-tença de primeiro grau, uma vez que o descumprimentoda norma constitucional está justamente no fato do reajus-te ter sido restrito aos servidores do Legislativo, de formalinear, e não ter sido decorrente de reestruturação de car-reiras ou qualquer outra estratégia muitas vezes utilizadapara se atribuir reajustes diferenciados.

Contrarrazões de apelação da União Federal apre-sentadas, o referido recurso aguarda remessa para oTribunal Regional Federal da 3ª Região, paraprocessamento e julgamento, desde 27/2/2009. Atu-almente, encontra-se no gabinete do relator desem-bargador Johonsom Di Salvo.

Reajuste de 13,23%

AO 2007.61.00.000852-3 - 13ª Vara Cível Federal – SP

Em 2003, foram editadas as leis 10.697 e 10.689 para reajustaros vencimentos das carreiras civis do serviço público federal, de-terminando o reajuste de 1%, mais abono de R$ 59,87. Com isso,algumas carreiras sofreram reajustes equivalentes ao percentual de13,23%, ao contrário dos Auditores Fiscais, que receberam o rea-juste de 1,5%.

O art. 37, inciso X da Constituição Federal, bem como a lei 10.331,de 18/12/2001, determinam que a revisão geral anual de todos osservidores públicos civis deverá ocorrer na mesma data e semdistinção de índices, o que não aconteceu.

Por esta razão, em janeiro de 2007 a Unafisco Associação en-trou com uma ação condenatória cujo objeto é garantir o direito dereajuste de vencimentos dos associados da entidade no percentualequivalente ao maior reajuste concedido, qual seja, de 13,23%,mantendo a unicidade dos índices percentuais aplicados à revisãogeral anual dos servidores civis, conforme assegurado pela Cons-tituição Federal.

Em maio de 2007, a ação teve indeferido o pedido de tutelaantecipada. Os autos ainda aguardam pela prolação da sentença.

Page 16: infoJUR - nº 3 (maio/2010)

Informativo jurídico da Unafisco - Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil - Jornalista Responsável: Julio Scarparo (MTB-SP 45.245) -Edição e Diagramação: Marcelo Salgado (MTB-RJ 25.612) - Fotos e Artes: banco de imagens SXC - Tiragem: 12 mil exemplares - Endereço: Av. Ipiranga, 1.267, 13ºandar, República - São Paulo/SP - CEP 01039-907 E-mail: [email protected] - Telefone: (11) 3228-4766 - Site: www.unafiscoassociacao.org.br.

infoJUR

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infoJURGLOSSÁRIO DE TERMOS JURÍDICOS

Ação ordinária: ação que faz parte doprocedimento comum. É o que se apli-ca a todas as causas, a menos que hajadisposição em contrário no Código deProcesso Civil ou em lei especial.

Ação declaratória: aquela que visadeclaração judicial da existência ouinexistência de relação jurídica, ou à de-claração da autenticidade ou falsidadede documento.

Acórdão: resolução ou decisão toma-da coletivamente pelos tribunais.

Agravo: recurso contra decisão inter-locutória ou contra despacho de juiz oumembro de tribunal agindo singular-mente.

Agravo de instrumento: recurso inter-posto a tribunal competente para modi-ficar ou reformar decisão interlocutóriado juiz de instância inferior.

Agravo regimental: recurso ao plená-rio ou a um contra despacho de minis-tro. Cabe quando a decisão do ministronegar um recurso apresentado.

Agravo retido: recurso de decisão in-terlocutória que, a requerimento doagravante, fica retido nos autos, a fimde que dele conheça o Tribunal, preli-minarmente, por ocasião do julgamen-to da apelação.

Apelação: recurso interposto contrauma sentença. Tem por finalidade obtersua reforma parcial ou total.

Apensados: relativo a apensamento,que é a anexação de autos de um pro-cesso em outro ou outros, mantendo-se,porém, os números das folhas do princi-pal e os das folhas do apensado. Difereda juntada, em que os documentos pas-sam a integrar o processo, adotando anumeração sequencial deste.

Contrarrazões: resposta a um recurso,efetuada pela parte contrária.

Decisão interlocutória: decisão pro-ferida pelo juiz entre o início e o fim doprocesso. Ocorre no curso do processopara solucionar questões incidentes.

Efeito devolutivo: significa que a ma-téria está sendo devolvida ao poder judi-ciário para reexame. Este efeito é ine-rente a todos recursos.

Efeito suspensivo: suspensão dos efei-tos da decisão de um juiz ou tribunal, atéa decisão final sobre um recurso.

Embargos de declaração: pedido quese faz ao juiz ou tribunal que emitiu adecisão, sentença ou acórdão para queele esclareça obscuridades, contradi-ções ou omissões contidas neste.

Liminar: medida tomada com a finali-dade de resguardar direitos. A liminar sedá por ordem judicial, antes da discus-são do feito.

Mandado de segurança: garantia cons-titucional para a proteção de um direitolíquido e certo, que se expressa medi-ante uma ação de natureza cível e su-mária.

Medida cautelar: providência de caráterurgente, tomada pelo juiz, mediantepostulação do interessado, antes ou nocurso de um processo, objetivando asse-gurar a eficácia ou o resultado útil da deci-são e o mérito nela proferida. É o pedidopara antecipar os efeitos da decisão, an-tes do seu julgamento. É concedida quan-do a demora da decisão possa causar pre-juízos (periculum in mora).

Medida cautelar inibitória: visa inibir,mediante proibição judicial e outras me-didas, a eficácia de decisão judicial pro-ferida anteriormente.

Medida cautelar inominada: açãocautelar a que o Código de ProcessoCivil não atribui nome.

Medida incidental: questão acessóriaque aparece em feito ou ação judicial(diz-se também processual).

Mérito: questão fundamental que cons-titui o objeto da ação; essência de umacausa que deu origem ao processo.

Mérito recursal: questão fundamentalque constitui o objeto do recurso.

Prolatação da sentença: ato de profe-rir; promulgar (sentença).

Rito: conjunto de formalidades que de-vem ser observadas para que um atopossa ser considerado válido ou para aexecução de determinada diligência.

Rito ordinário: aquele que não é es-pecial - que segue os procedimentosnormais.

Segurança: é o objeto do mandado desegurança, ou seja, a correção de atoou omissão de autoridade, desde queofensivo de direito líquido e certo.

Sentença: decisão judicial de 1º grauque coloca fim ao processo, decidindoou não o mérito de uma causa.

Sucumbência: princípio pelo qual o ven-cido na ação paga ao vencedor as des-pesas por este antecipadas, bem comoos honorários advocatícios.

Suspensão de segurança: criada peloart. 4º da Lei 4.348/64, é a medida utili-zada por pessoas jurídicas de direito pú-blico com o intuito de suspender os efei-tos de liminares ou sentenças em man-dado de segurança, para evitar gravelesão à ordem, saúde, segurança e eco-nomia pública.

Trânsito em julgado: expressão usa-da para uma decisão (sentença ouacórdão) de que não se pode mais re-correr, seja porque já passou por todosos recursos possíveis, seja porque o pra-zo para recorrer terminou. Nesse caso,dá-se o trânsito em julgado, e a decisãopode ser executada.

Tutela: é o que se pretende com oajuizamento de uma ação. É a “prote-ção” do direito.

Tutela antecipada: possibilidade do juizantecipar, total ou parcialmente, os efei-tos do pedido, a requerimento da parte,desde que, existindo prova inequívoca,se convença da verossimilhança da ale-gação e haja fundado receio de danoirreparável ou de difícil reparação; ou fi-que caracterizado o abuso do direito dedefesa ou o manifesto propósito pro-telatório do réu.