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momento de intervir.
O PS tem responsabilidades
acrescidas neste momento
de agonia social, quer pela
sua história, quer pela sua
definição, quer pelo que ide-
ologicamente representa.
Que tipo de Estado e Socie-
dade defendemos?
Que tipo de regulação eco-
nómica?
Que tipo de União Europeia?
A resolução dos desafios
que se nos apresentam esta-
rá nas respostas que forem
sendo encontradas e nas
prioridades que definamos.
É hora de acção colectiva,
firme, inequívoca e ideologi-
camente sustentada.
O capitalismo neoliberal,
será o fim?
“Por uma Terra sem
amos, a Internacional”.
As estrofes do hino do PS.
Recitamo-lo, cantamo-lo,
mas estaremos, de facto, a
defendê-lo?
A análise da actual crise Eu-
ropeia revela que se trata de
uma crise dos mercados
financeiros, originada pelos
próprios, com consequên-
cias sociais de uma gravidade
quase sem precedentes.
Temos assistido ao colapso
da sociedade Grega, às difi-
culdades da Irlanda e questi-
onamo-nos sobre o que
acontecerá ao resto dos
PIIGS.
Austeridade, parece ser a
palavra de ordem. Não há
alternativa, explicam-nos.
Será, verdadeiramente, as-
sim?
A teia da especulação assu-
miu proporções mundiais
devido ao efeito da desregu-
lação dos mercados. O capi-
tal, apátrida e sem rosto,
actuou, envolveu, condicio-
nou, jogou, mandou. Passeia-
se de mãos dadas com a
“mão” que insiste em per-
manecer invisível.´
Cremos que é chegado o
Decorreu no dia 18 de Feve-
reiro a II Convenção autár-
quica da FAUL, no Hotel
Altis. A sessão, presidida
pelo camarada Eduardo
Quinta Nova, iniciou-se com
a intervenção do camarada
Rosa do Egipto. De seguida,
foram expostas as estraté-
gias de reorganização terri-
torial adoptadas em Lisboa e
na Amadora pelos camara-
das António Costa e Joa-
quim Raposo, respectiva-
mente. Os camaradas Mar-
cos Perestrello e António
José seguro encerraram a
sessão.
As principais conclusões
foram: necessidade de alte-
ração da lei eleitoral e neces-
sidade de criação de uma
estrutura representativa da
AML directamente eleita
pelos cidadãos. Ambiciona-se
a possibilidade de uma efecti-
va gestão territorial regional,
supramunicipal, que gira
áreas como o abastecimento
de água e transportes.
Editorial
N E S T A
E D I Ç Ã O :
A Reforma
administrativa e
territorial
2
A Parede
funde-se?
2
Dados do
Concelho
2
A auditoria à
dívida pública
3
Dados de
Portugal
3
Agenda da
Secção
4
Notícias curtas 4
II Convenção do PS FAUL
P A R T I D O
S O C I A L I S T A P A R E D E DIZERES NA PAREDE F E V E R E I R O 2 0 1 2 V O L U M E 1 , E D I Ç Ã O 1 P O N T O S D E I N -
T E R E S S E E S P E -
C I A I S :
A Crise Europeia
e a auditoria à
dívida
Reforma
administrativa e
territorial
Informa
TG
P Á G I N A 2
“Levemos o mar a
todas as
freguesias de
Cascais”
Que Concelho
de Cascais?
A Parede funde-se?
Dados do Concelho de Cascais
A reforma Administrativa e Territorial Há muito que o PS defen-
de uma reestruturação da
organização territorial. À
época, chamou-se regiona-
lização. Em conexão, tam-
bém há muito, defende
uma alteração à Lei eleito-
ral.
Temos, neste momento, a
oportunidade de defender
uma maior coerência terri-
torial, maior descentraliza-
ção de competências e
reforço do poder local.
O PSD/PP enfrenta gran-
des obstáculos internos,
manifestos na posição da
ANAFRE.
O PS deve tomar a dianteira,
sem hesitação.
Aspectos a considerar:
1) Organização do território
2) Alteração à Lei eleitoral
3) Sector empresarial local
No Concelho de Cascais,
sempre nos batemos pela
redução da assimetria litoral/
interior. Levemos o mar a
todas as freguesias.
Quanto à Lei eleitoral, pode-
rão harmonizar-se os executi-
vos Camarários de acordo
com a célebre expressão
“quem ganha governa, ou é
obrigado a negociar”. Este
mecanismo, semelhante ao
das Juntas de Freguesia, per-
mite uma maior responsabi-
lização do executivo e dos
partidos. Note-se, contudo,
que existe a ideia de possibi-
litar o acesso ao executivo
de pessoas não sufragadas.
Este facto poderá introduzir
grandes perversidades no
sistema democrático.
Quanto ao sector empresa-
rial local, com uma efectiva
alteração de competências
próprias das autarquias será
obrigatório repensá-lo à luz
das novas entidades de ges-
tão autárquica.
inconsistências quando
comparados como o rela-
tório do INE, nomeada-
mente no que se refere ao
total da população. O fac-
to deve-se, provavelmente,
à distribuição da população
que a CMC apresenta por
freguesia. Assumem como
cômputo total o somató-
rio dos habitantes por
freguesia, faltando 1316
habitantes, comparativa-
O concelho de Cascais
apresenta uma popu-
lação de 206.429 ha-
bitantes, sendo o
concelho mais popu-
loso a seguir a Lisboa
e Sintra. No que se
refere a detentores
de licenciatura, man-
temos o terceiro lugar, a
seguir a Lisboa e Oeiras.
Os resultados apresenta-
dos pela CMC apresentam
mente com os dados do
INE. De qualquer forma,
estima-se que a freguesia
mais populosa seja S.Dom
de Rana com 56.812 habi-
tantes, seguida por Alcabi-
deche (42.143); Cascais
(35.288); Estoril (26.179);
Carcavelos (23.028) e Pare-
de (21.663).
O concelho de Cascais, des-
de 2001, cresceu, em popu-
lação, cerca de 20%.
É uma freguesia de mar,
com tradição “curativa”
devido às propriedades do
iodo da Praia da Parede,
afamada pelos Hospitais de
Sant’Ana e (antigo) José de
Almeida.
Recentemente, foram des-
cobertas pegadas de dinos-
sauro na Praia das Avencas,
já anteriormente protegida
devido ao elevado interesse
ambiental (ZIBA).
A freguesia da Parede esta-
belece fronteira a Norte
com S.Dom de Rana; a Po-
ente com o Estoril e a Nas-
cente com Carcavelos.
A Freguesia de Parede,
tem 3.56Km2 e aloja
21.663 habitantes, com
uma densidade de
6084.3hab/Km2.
Desagregou-se da Fregue-
sia de S.Dom. de Rana em
1953 e elevou-se a Vila em
1999.
D I Z E R E S N A P A R E D E
A Crise Europeia e a auditoria à dívida
P Á G I N A 3 V O L U M E 1 , E D I Ç Ã O 1
Numa explicação clara e sem
ambiguidades, num ambiente
informal de conversa, mais que
de prelecção; a camarada Ana
Benavente classifica o actual
momento como uma crise da
Democracia, mais enraizada na
política do que na economia.
Descreve a política actual co-
mo “a nova barbárie, que se
consolida no
medo, desespe-
rança e solidão
dos povos”.
Alertou que de-
mos a democra-
cia como conquistada, mas que
a pouco e pouco a direita ga-
nha espaço e condiciona o
modo de pensar da sociedade,
sendo um exemplo a reiterada
noção de “falta de alternativa”
e “inevitabilidade” de austeri-
dade. Explicando os objectivos
da auditoria cidadã à dívida,
clarificou os conceitos de dívida
legítima, dívida ilegítima e dívida
odiosa.
Expressou preocupação sobre a
distância que existe entre o eleitor
e o eleito, focando a necessidade
de atenção para novas formas de
participação cívica que estão a nas-
cer.
Definindo-se como Democrata e
Humanista lembrou que a origem
do PS se radica na liberdade e soli-
dariedade. Referindo-se ao panora-
ma nacional, europeu e mundial,
pergunta: “onde está o PS?”
20% mais ricos têm rendimen-
tos seis vezes (6,1) superiores
aos dos 20% mais pobres. Ac-
tualmente, ocupamos a 4ª po-
sição na taxa de desemprego
mais elevada e somos o 2º país
em desemprego de longa-
duração; somos dos países
com maior taxa de pobreza
infantil (8º) e o 2º pior em taxa
de natalidade.
Dados nacionais, revelam que
houve um aumento de 243%
de declarações de falência, por
pessoas singulares e colectivas,
Como sabemos, ao abrigo do
acordo com a troika e a pre-
texto da austeridade, o actual
Governo está a destruir o
Estado Social, agindo contra a
coesão e a justiça social.
Sinais deste iniludível aumento
de desigualdade são alguns
indicadores de pobreza e ini-
quidade em Portugal, para os
quais se antevê um agravamen-
to.
Segundo a OCDE, Portugal é
um dos países mais desiguais
do mundo desenvolvido. Os
sendo a maior percenta-
gem referente às famílias
e, mais ainda, a taxa de
desemprego ronda os
14% (já superior à referi-
da pela OCDE). Porém,
curiosamente, a OCDE
descreve os trabalhado-
res Portugueses como os
que mais horas de traba-
lho têm por dia.
Esta realidade impele-nos
a reflectir e a agir.
O PS tem uma palavra a
dizer.
rado pela banca. O resgate é,
sem dúvida, para salvar a ban-
ca, mas o que fará ao país?” E
assim, a Coordenadora da
Secção iniciou o debate.
A sede da Parede encontrava-
se plena de militantes. Conver-
sou-se sobre o panorama soci-
al atendendo a perspectivas
ideológicas. A principal conclu-
são é que existem alternativas.
O debate encerrou com a actualida-
de da poesia de Zeca Afonso. Tro-
vador da Democracia Portuguesa.
No dia dos 25 anos da morte
de Zeca Afonso, a camarada
Ana Benavente foi apresentada
como não sendo “uma formiga
no carreiro”.
“O PS não tem por que se ini-
bir de denunciar os abusos
cometidos ao abrigo do memo-
rando da Troika. Afinal, o cená-
rio de inevitabilidade foi prepa-
Ana
Benavente
Sala Cheia na Secção
Dados de Portugal
“Para melhor
conhecer a
Iniciativa para
uma Auditoria
Cidadã à dívida:
http://
auditoriacidada.
info/
Av. da República, 1208, 1E
2775 Parede
Endereço electrónico:
Convidamos todos os militantes a
contribuírem para o Informa e para o
blogue da secção.
São veículos com vocação comunica-
cional diferente: o blogue destina-se a
comunicação externa, enquanto o In-
forma é interno.
Pretendemos fomentar o debate e
proporcionar espaços de reflexão
política.
Título do bloco da página de contracapa
P A R T I D O
S O C I A L I S T A P A R E D E
Agenda 16 de Março - Assembleia Geral de Militantes: Reforma Adminis-
trativa e Territorial do município.
28 de Março - A Saúde e o Estado Social. Impacto das reformas e
parcerias público-privadas. Com o camarada Manuel Pizarro.
Notícias breves
Redacção:
Secretariado da
Secção do PS
Parede.
Todos os artigos
de opinião serão
assinados pelo
autor.
Periodicidade
ordinária:
bimestral.
O texto contém
hiperligações pa-
ra documentos
de suporte,
assinalados com
Relatório preliminar de auditoria à Junta de Freguesia de Pare-
de aponta faltas graves.
Leonor Coutinho aceita “tarefas” na Câmara Municipal.
Escola Preparatória de Santo António em risco de fechar.
Pegadas de dinossauro na praia da Avencas.
AR reprova com votos do PSD/PP possibilidade de atenuar
discriminação de licenciados pré-Bolonha.
Manifesto “Somos solidários com o povo da Grécia”.
Derrapagem de 280 Milhões com parcerias público-privadas.
PS não quer falar com PSD sobre reorganização das freguesias.
SECÇÃO DE PAREDE
Informa