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INFORMAÇÕES DE JARDINES DE LA REINA Quando se fala de Cuba, imagina-se apenas uma grande ilha no mar do Caribe, mas o arquipélago cubano é composto por muito mais, são aproximadamente 4195 ilhas. Famosa por ser um dos últimos bastiões do socialismo no planeta e calo nos sapatos do Tio San, políticas à parte, Cuba é acima de tudo um lugar privilegiado pela natureza. Seus mares já foram palco de histórias de piratas, tentativas de invasão e fuga de refugiados. Mas nas últimas décadas, porém, os mares de Cuba estão sendo invadidos por um grupo que não tem nada a ver com política: mergulhadores. O Parque Nacional Jardim de la Reina é o maior do país como uma extensão marítima em torno de 2 170 km². Consiste no arquipélago do mesmo nome e das águas que o rodeiam. É o maior reduto virgem de vida marinha cubana. O arquipélago Jardines de la Reina é um dos quatro que existem em Cuba, e terceiro na extensão mais natural deles. Com uma frente de cerca de 150 km foi nomeado Jardins da Rainha por Cristóvão Colombo em homenagem à rainha da Espanha e é composta por um arquipélago de ilhotas estreitas e relativamente pequeno, a maioria deles localizados na borda da plataforma ilha entre 30 e 80 km ao sul das províncias de Ciego de Ávila e Camagüey, que são formados principalmente por bosques de mangue, complexos de vegetação e pequenas tiras de dunas baixas.

INFORMAÇÕES DE JARDINES DE LA REINA - … · O Parque Nacional Jardim de la Reina é o maior do país como uma extensão marítima em torno de 2 170 km². Consiste no arquipélago

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INFORMAÇÕES DE JARDINES DE LA REINA

Quando se fala de Cuba, imagina-se apenas uma grande ilha no mar do Caribe, mas o arquipélago cubano é composto por muito mais, são aproximadamente 4195 ilhas. Famosa por ser um dos últimos bastiões do socialismo no planeta e calo nos sapatos do Tio San, políticas à parte, Cuba é acima de tudo um lugar privilegiado pela natureza. Seus mares já foram palco de histórias de piratas, tentativas de invasão e fuga de refugiados. Mas nas últimas décadas, porém, os mares de Cuba estão sendo invadidos por um grupo que não tem nada a ver com política: mergulhadores. O Parque Nacional Jardim de la Reina é o maior do país como uma extensão marítima em torno de 2 170 km². Consiste no arquipélago do mesmo nome e das águas que o rodeiam. É o maior reduto virgem de vida marinha cubana.

O arquipélago Jardines de la Reina é um dos quatro que existem em Cuba, e terceiro na extensão mais natural deles. Com uma frente de cerca de 150 km foi nomeado Jardins da Rainha por Cristóvão Colombo em homenagem à rainha da Espanha e é composta por um arquipélago de ilhotas estreitas e relativamente pequeno, a maioria deles localizados na borda da plataforma ilha entre 30 e 80 km ao sul das províncias de Ciego de Ávila e Camagüey, que são formados principalmente por bosques de mangue, complexos de vegetação e pequenas tiras de dunas baixas.

O fundo do mar do Parque Nacional se destaca não só pelo seu tamanho, mas por ser o mais conservado e diversificado no Caribe, a abundância de corais, gorgônias, algas, esponjas, moluscos, crustáceos, tartarugas e peixes de grande porte, dão um alto valor estético, educacional e científico. É o local de desova das 4 principais espécies de tartarugas marinhas em Cuba e apresenta as principais populações de conchas (Strombus gigas) no país.

O destaque deste parque está em determinadas populações que têm as maiores densidades de biomassa de Cuba e possivelmente das ilhas do Caribe. Populações de tartarugas e conchas

também estão presentes e consideradas de grande importância. A presença de grandes

cardumes de espécimes de peixes e outras águas mais profundas é uma constante neste parque, entre eles estão os tubarões: cabeçudo (Falciformis Carcharinus), brincalhão

(Carcharinus perezi) e o tubarão-baleia (Rhincodon typus) também estão presentes pargos (Lutjanus cyanopterus), bonefish (Albula vulpes), o sável (Megalpos atlanticus), pampo (Trachinotus falcatus), além de grande porte como garoupas Arigua (Mycteroperca venenosas), garoupa Gag (Mycteroperca bonaci) e arruela (Epinephelus itajara).

Além de impressionante variedade de vida marinha, a flora e fauna acima da superfície são fascinantes. Comumente avistará águias, pelicanos, fragatas, colhereiros, e muitos tipos diferentes de garça. O único mamífero é o "Jutia", enquanto répteis são representados por uma grande população de iguanas. A flora é principalmente constituída de palmeiras, diferentes formas de pinheiros do Caribe, uvas do mar e de mangues sempre presentes.

Jardins do Parque Nacional Rainha é uma das regiões mais atraentes em Cuba para a conservação, juntamente com o desenvolvimento sustentável e de impacto baixo, devido à sua biodiversidade, estado de conservação, beleza, tamanho e fragilidade alta dos seus ecossistemas. A preservação incentivada por medidas de protecionismo do governo Cubano é o segredo desse milagre. Também contribuem para a conservação do lugar a distância da costa, a ausência de população local e o ciclo das marés que descarregam várias vezes ao dia uma profusão de nutrientes que abastecem e garantem a base de uma riquíssima cadeia alimentar.

Sem a intervenção humana, não existem detritos de nenhuma natureza. Nos mergulhos, nota-se que a natureza não foi tocada pelo homem. Aqui estão catalogadas mais de 165 espécies de invertebrados marinhos, 60 de esponjas, 77 de corais, 167 espécies de peixes na zona recifal e mais de 58 nas regiões de mangue. O número de peixes supera em muito que se vê em outras regiões de CUBA, algo surpreendente, mesmo comparado com outras regiões de proteção marinha do mundo.

Um dos sinais mais evidentes da saúde dos recifes e grande atrativo para os mergulhadores é a enorme quantidade de tubarões de diversas espécies, sempre os primeiros a sucumbir quando há desequilíbrio do eco-sistema, fazendo deste destino um dos melhores lugares do mundo para o mergulho e para mergulhos inesquecíveis com os tubarões!

JARDINES DE LA REINA – TORTUGA. Hotel flutuante no meio do banco de corais, com três lanchas rápidas que nos levam aos melhores pontos, com no máximo 8 mergulhadores na água por ponto, uma exclusividade que só se encontra em Jardines.

Comida de primeiro mundo na ilha do Fidel. O La Tortuga oferece 07 cabines, cada uma com, WC e ar condicionado. Formada por cubanos, mas dirigido por dois gerentes italianos, o resort flutuante tem também uma boa comunicação com o mundo exterior, incluindo um telefone via satélite e internet. Capacidade: 02 Duplos

cama de casal, 04 triplos 3 camas (01 beliche + 01 cama) , 02 quádruplos (04 camas (02 beliches).

Além dos belos mergulhos, a simpatia dos Cubanos é uma atração à parte. O povo de Cuba tem vários pontos em comum com o Brasil: a miscigenação de raças, a musicalidade e a alegria, e um

outro local que é parada obrigatória é Havana, se possível ficar uns dois ou 3 dias. A cidade de Havana é o capital da república de Cuba e foi fundada em 1515. Por séculos, foi parada obrigatória para frotas de embarcações. No início do século XVI, as frotas armadas em seus galeões saiam de Sevilha principal cidade espanhola na época, para coletar prata, esmeraldas, ouro, tabaco e outros tesouros exóticos do mundo novo. Foi assim que Havana se

transformou no ponto principal do império espanhol nos Américas, e jóia da coroa.

Viajar para Cuba é uma experiência diferente. O país é, digamos assim, uma relíquia ideológica: continua comunista quando nem a União Soviética existe mais. Mas seu comunismo é tropical e latino e o governo tem tolerado atividades particulares, o que gera uma economia informal em grande parte alimentada pelos dólares dos turistas. Não é nenhum segredo: Cuba é hoje o país do semi-clandestino. Todo mundo que tem um velho carro é um pouco motorista de táxi, todo mundo é meio dono de pensão, sempre disposto a alugar sua própria casa a estrangeiros, existem restaurantes que são particulares (os paladares), e assim se vai levando... Independente de apreciar ou não o regime cubano, é difícil não reconhecer que Havana é uma cidade “muy hermosa” e, apesar das dificuldades por que passa o país, causadas pelo embargo econômico norte-americano, também é muito alegre.

Embora fique a beira-mar, Havana não tem praias; quem quiser dar um mergulho tem que ir até Santa Maria del Mar (perto de Havana) ou a Varadero. Mais do que em qualquer outro lugar de Cuba, o assédio sobre os estrangeiros de qualquer sexo é constante. É de Varadero e especialmente de Havana que partem os vôos para as outras localidades. HISTÓRIA

Cuba foi descoberta por Cristóvão Colombo em sua primeira viagem (1492), mas foi só em 1512 que os espanhóis tomaram posse da ilha. Quando as colônias americanas da Espanha conquistaram independência, Cuba continuou ligada à metrópole. Em 1895 uma formidável

insurreição aconteceu que durou até 1899, ano em que os Estados Unidos tomaram partido, e forçaram a Espanha a renunciar seu domínio dobre Cuba. Porém não obtiveram e independência imediatamente e ficaram anos sob os cuidados dos Estados Unidos. Em 1902 o primeiro presidente escolhido foi Estrada Palma. Em 1906, explodiu a guerra civil. Estrada Palma renunciou e os Estados Unidos assumiram o governo da ilha até 1909 quando, com a situação já sob controle, o novo presidente, Jose Miguel Gómez começou a exercer suas funções. Vários anos de batalhas e revoltas internas se seguiram, até 1940, quando o coronel Fulgêncio Batista foi escolhido presidente, e ficou no poder até 1944, quando foi eleito Ramon Graú San Martín.

Em 1948, assumiu o poder, por meio de eleições, Carlos Prío Socarrás, deposto em 1952 por um golpe de estado planejado por Batista, que ficou no poder até 1959, quando foi tirado pela revolução comunista de Fidel Castro, que se tornou cabeça do governo, nomeando Osvaldo Dorticós como presidente da República.

O novo regime causou a oposição dos Estados Unidos e de outros países americanos, que excluíram Cuba da Organização dos Estados Americanos e tentaram bloquear a economia. Essa situação se estendeu até julho de 1975 quando, de acordo com o novo acordo, os países americanos tinham liberdade de retomar suas relações com Cuba. Em 1976, uma nova Constituição foi promulgada, na qual, entre outras medidas, as posições de presidente da Republica e primeiro ministro foram eliminadas, substituídas pela de Presidente do Conselho de Estado, nomeado para o mesmo, Fidel Castro que, portanto assumiu a sede do estado e do partido comunista

A Grande Havana é uma área metropolitana que se estende por toda a costa e inclui e capital e vários municípios: Marianao, Regla, Guanabacoa, San Muguel del Padrón, Casablanca e Cojimar, entre outros. Devido à localização privilegiada, a atual capital de Cuba, era no passado uma importante parada na rota do ouro entre a Espanha e a América, sujeita a ataques piratas. A fim de proteger a cidade destes, foi construído um sistema de defesa no século XVII, com a fortaleza de La Fuerza, el Morro y la Punta. No final do século XVIII já tinha uma dúzia de vilarejos e pequenas praças que formavam 6 km de fortificação, sendo o núcleo principal da população, conhecida como Havana Antiga e declarada “Patrimônio da Humanidade”, pela UNESCO.

A cidade conserva as características do período colonial e possui inúmeras construções históricas valiosas e monumentos construídos nos séculos XVI e XVII. Plaza de Armas é o mais antigo e majestoso cenário da cidade. Possui dois museus, fundamentais para os que querem conhecer a arte e a historia dessa peculiar cidade grande: a Museu Municipal e o Museu de Arte Colonial, na Plaza de la Catedral, conhecida no século XVI como Plaza Ciénaga, e de onde se pode admirar a catedral em estilo barroco de San Crastóbal, entre outras coisas. A principal via comercial da cidade é a rua Obispo. Um dos símbolos da cidade é a Giraldilla, uma estátua de bronze de 2 metros que segura em suas mãos a cruz de Caravaca, localizada na

fortaleza La Fuerza. Quando visitar a Plaza Vieja é imprescindível conhecer a casa Jaruco Count, atualmente Fundo Cubano de Herança Cultural, com inúmeras galerias de arte, e a casa das irmãs Cárdenas, atual centro da sociedade filarmônica da cidade.

Entre a segunda metade do século XVII e o início do século XIX apareceram novos lugares, como o primeiro passeio de Havana, conhecida como "Alameda de Paula". Outros pontos são a Plaza de la Catedral, considerada o cenário arquitetônico melhor conservado da América Latina, e a Plaza de la Revolución. No centro de Havana pode-se admirar a beleza do Paseo del Prado e o Capitólio, onde fica o “km 0” (quilometro zero), de onde são calculadas todas as distâncias da ilha.

Com o passar dos anos, grandes avenidas como a Malecón, a Reina a e Carlos III tornou possível o crescimento expansivo da cidade na parte oeste. A Malecón é atualmente uma grande avenida que se estende pela costa do bairro de Miramar, na outra margem do rio Almendrades. Foi construída para proteger a cidades das ondas causadas pelos ciclones. Termina no forte Chorrera, construída em 1695 para defender a cidade dos ataques piratas.

Entre o centro da cidade de Havana e a margem direita do rio Almendrades, surge Vedado. Essa colônia, que antes servia de perímetro de segurança em caso de ataques, é hoje um lugar onde os ricos de Havana constroem suas casas. Grandes hotéis, avenidas largas e uma arquitetura eclética, definem esse espaço. Aqui fica a Universidade de Havana, com uma área interna que possui o maior acervo de arte pré-colombiana da ilha. A Quinta Avenida, criada no século XX e uma das mais bonitas do país, liga Vedado, a zona de desenvolvimento litorâneo, com importantes centros financeiros, hotéis e infra-estruturas turísticas. Não se pode deixar

Havana sem parar por um momento no cemitério de Cristóvão Colombo e no bairro de Miramar, que possui ótimos calçadões cercados por magníficas mansões de embaixadas.

O Cañonazo Em Havana é preciso reservar uma noite ao menos para assistir ao Cañonazo. O ritual acontece na Fortaleza de la Cabana, no Castillo del Morro, do outro lado da baía. O local ainda é administrado por militares. Todas as noites, militares em trajes do século XVIII refazem o ritual que anunciava o fechamento da cidade.

Precisamente às 21h um tiro de canhão era disparado e uma barco fechava a entrada da baía com uma corrente. Atualmente a baía permanece aberta, mas o tiro continua sendo disparado. O espetáculo é bastante teatral e muito interessante por oferecer uma visão privilegiada de

Havana pela noite.

A alegria da música, rumbas, boleros ou salsa - presente por toda parte, e os imperdíveis drinques à base de rum conquistam os turistas. Além disso, o povo cubano é muito acolhedor e cultiva um carinho especial pelos brasileiros.

Carregada de memórias, Havana começa a recuperar a parte antiga da cidade. A área é

composta por casarões, palacetes e igrejas com fachadas em estilo pré-barroco, barroco, neoclássico, art nouveau, e art dèco.

Algumas ruas já exibem a beleza recuperada das edificações com recortes, curvas, arabesco, fazendo com que o turista compreenda um pouco da vida na cidade em seus vários períodos e com suas muitas influências culturais. Andar a pé em Havana é o jeito mais fácil de sentir a cidade no que ela tem de melhor: Sua gente. Caminhar pela área antiga de Havana é uma experiência imperdível. O percurso deverá incluir necessariamente a Plaza de Armas, a Plaza de a Catedral e a Plaza Vieja, onde se concentra a maior parte das edificações históricas.

Havana é uma cidade muito fácil para se deslocar de um ponto a outro, seja nos modernos táxis ou nos antigos carrões "rabo de peixe" dos anos 50, ainda em circulação pela cidade. Outras formas de locomoção cubana são os chamados “Coco Taxis”, espécie de triciclo motorizado com capacidade para dois passageiros.

Outra parte da história se revela nos museus da cidade. Para os amantes da bebida mais famosa da ilha, há o museu do Rum, onde é possível acompanhar a sua fabricação e, no final, passar pela tão esperada sala de degustação.

Próximo passo: o museu da Cidade, cujo acervo guarda peças da época da colonização hispânica da ilha. Erguido no final do século 18, era a moradia e o local de trabalho dos capitães espanhóis.

A rua em frente à entrada do museu conserva o calçamento original, que era de madeira, palco hoje de uma feira de livros. Um dos museus mais visitados da cidade é o da Revolução, guardião de objetos que marcaram a entrada de Fidel e Che na ilha, ato que levou à tomada do poder em 1959. Ali está o navio Granma, a bordo do qual os revolucionários navegaram do México a Cuba. Para continuar na trilha revolucionária, o rumo a ser seguido é o da “Plaza de la Revolución”, palco das manifestações no país e onde acontecem os longos discursos de Fidel Castro.

Ao redor da praça está o Memorial José Martí, considerado o pai das idéias revolucionárias da ilha, o Teatro Nacional, o monumento que ostenta a face de Che Guevara e um painel com a estampa de Fidel e os dizeres: "Cada Cubano un Ejército". Visitar a fábrica de charutos “Partagás” é um passeio interessante e, ao mesmo tempo, prático. Além de aprender como eles são feitos o visitante já pode sair com sua caixa debaixo do braço. Nas redondezas, clandestinos vendem charutos mais baratos. Não é recomendável comprá-los.

O turista pode levar produtos ruins e ter problemas na saída do país, quando notas fiscais são solicitadas. No passeio por Havana o turista se depara com dois pontos que remetem à antiga presença dos EUA na ilha: o Capitólio Nacional, cópia do que existe em Washington, onde fica o “km 0” (quilometro zero), de onde são calculadas todas as distâncias da ilha e a Quinta Avenida, xará da avenida nova-iorquina. A diferença entre as duas é que, na cubana, no lugar das lojas de grife, estão as embaixadas estrangeiras.

Com o passar dos anos, grandes avenidas como a Malecón, a Reina a e Carlos III tornou possível o crescimento expansivo da cidade na parte oeste. A Malecón é atualmente uma grande avenida que se estende pela costa do bairro de Miramar, na outra margem do rio Almendrades. Foi construída para proteger a cidades das ondas causadas pelos ciclones. Termina no forte Chorrera, construída em 1695 para defender a cidade dos ataques piratas. Entre o centro da cidade de Havana e a margem direita do rio Almendrades, surge Vedado. Essa colônia, que antes servia de perímetro de segurança em caso de ataques, é hoje um lugar onde os ricos de Havana constroem suas casas. Grandes hotéis, avenidas largas e uma arquitetura eclética define esse espaço. Aqui fica a Universidade de Havana, com uma área interna que possui o maior acervo de arte pré-colombiana da ilha. A Quinta Avenida, criada no século XX e uma das mais bonitas do país, liga Vedado, a zona de desenvolvimento litorâneo, com importantes centros financeiros, hotéis e infra-estruturas turísticas. Não se pode deixar Havana sem parar por um momento no cemitério de Cristóvão Colombo e no bairro de Miramar, que possui ótimos calçadões cercados por magníficas mansões de embaixadas.

Muitos dos visitantes de outros países se concentram na Praça da Catedral, onde o templo do século 18 continua imponente, com sua fachada em pedra-sabão. Assim como no Brasil, em Cuba há quem freqüente a igreja católica e o culto de “Santeria”, religião nos moldes do candomblé. A mistura se revela nas velas coloridas nos pés dos santos nas igrejas. O único feriado religioso em Cuba é o Natal, dia 25 de dezembro,

implementado somente após a visita do papa João Paulo 2º à ilha, em 1998. Todos os outros são políticos e comemoram datas importantes da revolução. Como um país pode ser tão rico e ao mesmo tempo tão pobre? Tão velho e tão moderno?

Cuba é tudo isso junto. A cultura é a sua jóia, a pobreza vem do colapso sofrido pela economia com o fim da União Soviética --antigo parceiro comunista. Passaram-se 45 anos da Revolução Cubana, e as construções são as mesmas. Em contraste, está a modernidade dos avanços da

medicina, agricultura esportes e principalmente a educação. O cubano é feliz e musical. Sempre há em restaurantes e hotéis um grupo cantando e tocando e gente dançando. São 11 milhões de vozes e de músicos. Como um país pode ser tão rico e ao mesmo tempo tão pobre? Tão velho e tão moderno? A atmosfera nostálgica trazida pelos carros antigos e pela mistura das arquiteturas dos anos 20 aos anos 50 encanta em Havana. Para os turistas que não vivenciam restrições, Cuba parada no tempo foi uma dádiva. Sem contar com o presente que são as praias, as areias brancas, o azul do mar, os flamingos e os golfinhos.

Como ocorreu com o escritor Ernest Hemingway, é fácil se apaixonar pela ilha de Castro. Onipresente em toda a ilha como Che Guevara, o escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961) batiza roteiros turísticos e estimula ida a bares em Havana. Como se não bastasse, a casa onde ele morou, na cidade de San Francisco de Paula, a 12 km da capital, virou o museu mais visitado de Cuba, embora seja proibido entrar nele. Os visitantes ficam espiando, pelas janelas, a disposição dos móveis e dos objetos pessoais. A medida busca prevenir a deterioração dos objetos que pertenceram ao escritor. É lá que está o barco que o autor de "O Velho e o Mar" usava para pescar. O livro relata a luta de um velho pescador cubano com sua caça e lhe valeu o Prêmio

Pulitzer.

Hemingway está presente em toda a Cuba. No chamado Circuito Hemingway e Cuba, os turistas percorrem todo o território do país desbravando as cidades onde o escritor esteve. A programação da rota inclui intervalos para a leitura de suas obras. Entre 1932 e 1939, antes de morar na casa de San

Francisco de Paula, o escritor viveu num quarto no quinto andar do hotel Ambos Mundos, em Havana Velha, onde escreveu o livro "Por Quem os Sinos Dobram". Transformado também em museu, esse quarto abriga roupas, fotos (algumas do escritor com Fidel), espelho, cama, máquina de escrever e algumas anotações dele, além de uma réplica de

seu barco. Da janela desse quarto, Hemingway podia observar o mar, os navios, os prédios antigos e a movimentação das ruas. O hotel “Ambos Mundos” está fechado para uma reforma prevista para acabar em agosto, (não se sabe de que ano). Conseqüentemente, o museu também não funciona até lá. Os lugares preferidos de Hemingway em Havana eram os bares e restaurantes La Bodeguita del Medio e El Floridita. Os dizeres "Meu mojito em La Bodeguita. Meu daiquiri em El Floridita" estão num quadro, assinado pelo escritor, no Bodeguita, que é simples e sempre cheio. Já no luxuoso El Floridita, uma estátua de Hemingway apóia o cotovelo de bronze no canto do balcão, lugar exato onde ele costumava ficar enquanto tomava seu daiquiri. COMIDA: A culinária cubana faz os brasileiros se sentirem em casa. Pelo menos para os que apreciam uma mandioca cozida, salada de pepino, carne de porco cozida e o arroz com feijão preto, preparados na mesma panela. Essa é a refeição do dia-a-dia cubano. De sobremesa, quem diria arroz-doce. O arroz com feijão lembra muito o nordestino baião-de-dois. A diferença é que o cubano é mais seco e solto. O segredo: usar pouca água para cozinhar o arroz. Nos restaurantes de comida cubana, uma refeição completa, como a descrita acima, sai por cerca de U$10 sem as bebidas.

Nos restaurantes de comida cubana, uma refeição completa, como a descrita acima, sai por cerca de US$ 6, sem as bebidas. Apesar de já ser possível encontrar restaurantes que oferecem carne bovina, esta não faz parte do cardápio cubano. As carnes mais consumidas ali são as de porco e de frango. Mas não é só de arroz e feijão que vive a gastronomia em Havana. Há restaurantes árabes, asiáticos, espanhóis e italianos. No restaurante Polinésio, que fica no hotel Tryp Habana Libre e cuja decoração transporta o comensal à região que batiza a casa, um prato com tiras de frango e legumes sai por US$ 15. O hall do hotel Tryp Habana Libre guarda um painel com fotos e a história da época em que Fidel e Che Guevara chegaram a Havana. Numa delas, os revolucionários estão sentados no chão do hall momentos após a tomada do hotel. No mesmo hall, hoje, ironicamente, há uma butique bem luxuosa.

Os "paladares", que funcionam em casas de famílias, já foram as melhores opções para comer na cidade, mas hoje têm preços parecidos com os dos restaurantes do governo. A não ser no caso dos pratos de frutos do mar, ainda baratos. Como prova da influência das novelas brasileiras em Cuba, o nome "paladar" foi inspirado em "Vale Tudo" (Globo).

Rum e refrigerante É possível beber Coca-Cola em Cuba, mas não é tão fácil assim. Nos restaurantes de Havana, a bebida geralmente é encontrada. A versão light é artigo raro. Já nas cidades praianas, como Varadero, e nas ilhas de Jardines del Rey, dificilmente se acha o refrigerante. Nesses lugares, bebe-se a cubana Tu - Cola. O rum é servido em todos os cantos. Os

coquetéis mais famosos da ilha, como o mojito, o daiquiri e a cuba libre, levam a bebida e estão em todos os cardápios. Vale passar no bar La Bodeguita del Medio para provar o mais famoso mojito de Cuba. O barman Eddi, que trabalha lá há 14 anos, faz cerca de 400 deles por dia. Apesar de o drinque custar U$ 10, o dobro dos outros lugares, a tradição justifica o preço. Já o daiquiri mais famoso é o servido no El Floridita, também em Havana Velha, e custa US$ 8. Para quem não dispensa cerveja, as

cubanas são muito boas. Experimente a Bucanero e a Cristal.

Se você gosta de mergulho, conhecer novas culturas, Cuba é sem duvida um lugar que não pode faltar em seu logbook e principalmente, na sua lembrança.

Abraços e bons mergulhos, www.viagememergulho.com.br