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INFORMATIVO ANBIMA | 1 Ano II Nº 23 Outubro/2011 INFORMATIVO Foto: Leandro Viola para integrá-los e viabilizar negócios. “Acredito que não podemos medir esforços para fortalecer o papel da IIFA de promover a interlocução dos representantes de nossa indústria em todas as regiões, trocando e debatendo experiências e construindo uma agenda comum que nos ajude a estabelecer as bases para o crescimento global”, disse em discurso de posse em Estocolmo, na Suécia. Fundada em 1987, a IIFA reúne representantes de associações de fundos de investimento de mais de 40 países que possuíam, até o primeiro trimestre de 2011, patrimônio sob gestão de mais de US$ 25 trilhões. Eduardo Penido é eleito presidente da IIFA A IIFA (International Investment Funds Association) anunciou no dia 21 de setembro, durante a 25ª edição de sua conferência anual, a eleição de Eduardo Penido à presidência da entidade. Membro dos Comitês de Fundos de Ações e Multimercados da ANBIMA e sócio-diretor da Opportunity Gestora de Recursos, o brasileiro passa a ser o primeiro representante do país a ocupar o cargo. Atualmente, Penido é também presidente da FIAFIN (Federação Ibero-americana de Fundos de Investimento). “A eleição de Eduardo Penido para a IIFA mostra a relevância e visibilidade do mercado de fundos brasileiro. Atualmente, somos a 6ª maior indústria de fundos do mundo, com cerca de US$ 1,1 trilhão sob gestão, o que representa 4% do mercado global”, afirma o presidente da ANBIMA, Marcelo Giufrida. Entre as prioridades de Penido, durante os dois anos de mandato, está promover a redução das barreiras para o fluxo de investimento entre diferentes países. Para tanto, pretende incentivar a aproximação dos mercados Eduardo Penido, membro dos Comitês de Fundos de Ações e Multimercados da ANBIMA Na entrevista a seguir, o novo presidente da IIFA, Eduardo Penido, fala sobre os temas que abrangem a indústria de fundos atual e algumas das prioridades de seu mandato. Que aperfeiçoamentos a indústria de fundos mundial discute hoje? É notável o crescimento da indústria de fundos no mundo como o instrumento de poupança e investimento da população. Entre os fatores de sucesso, está a rapidez com que os agentes respondem aos desafios e a proatividade com que buscam os mecanismos de aumento de segurança e informação para o investidor. Estamos discutindo nos fóruns mundiais a melhoria dos mecanismos de avaliação de risco e liquidez e prevenção de desastres. Quanto à liquidez, o Brasil está avançado pelo êxito das medidas que possibilitam o fechamento dos fundos em momentos de crise. Merecem atenção, não só da indústria como dos reguladores, maneiras de aumentar a informação e segurança de produtos como Hedge Funds, ETFs e Money Market Funds.. Como atuar pela redução de barreiras para o fluxo de investimentos entre os países no momento em que os governos estão aumentando os mecanismos de controle? Existe hoje uma demanda por medidas que protejam os países dos efeitos do excesso de liquidez global. É uma tendência conjuntural. À medida que voltemos a uma situação de normalidade, precisaremos restabelecer um ambiente global que permita que os recursos sejam alocados onde são mais necessários. A interlocução do IIFA com os organismos internacionais nos permitirá discutir e propor formas de atender à demanda por regulação de maneira a evitar os excessos observados na crise, e que ajude a reestabelecer e preservar o livre fluxo de capitais e a integração dos mercados. A educação do investidor é uma das prioridades do seu mandato. Qual é a importância disso no cenário atual? Os produtos e serviços de investimento se diversificaram e sofisticaram. Essa é outra tendência global. Os investidores cada vez mais se preocupam em aplicar seus recursos para garantir um futuro seguro durante a aposentadoria. Precisamos ajudar os poupadores de todos os perfis a navegar pelo universo dos investimentos, com informações que os auxiliem a tomar decisões maduras. O diálogo com os representantes dos demais países é muito valioso, com a troca de experiências e discussão de ações conjuntas. ENTREVISTA

INFORMATIVO · 2016. 9. 24. · INFORMATIVO ANBIMA | 3 Começa o Planejamento Estratégico para 2012 A Associação já iniciou o processo de elaboração da agenda de iniciativas

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INFORMATIVO ANBIMA | 1

Ano II Nº 23 Outubro/2011

INFORMATIVO

Foto: Leandro Viola

para integrá-los e viabilizar negócios.

“Acredito que não podemos medir esforços para fortalecer o papel da IIFA de promover a interlocução dos representantes de nossa indústria em todas as regiões, trocando e debatendo experiências e construindo uma agenda comum que nos ajude a estabelecer as bases para o crescimento global”, disse em discurso de posse em Estocolmo, na Suécia.

Fundada em 1987, a IIFA reúne representantes de associações de fundos de investimento de mais de 40 países que possuíam, até o primeiro trimestre de 2011, patrimônio sob gestão de mais de US$ 25 trilhões. ■

Eduardo Penido é eleito presidente da IIFAA IIFA (International Investment Funds Association) anunciou no dia 21 de setembro, durante a 25ª edição de sua conferência anual, a eleição de Eduardo Penido à presidência da entidade. Membro dos Comitês de Fundos de Ações e Multimercados da ANBIMA e sócio-diretor da Opportunity Gestora de Recursos, o brasileiro passa a ser o primeiro representante do país a ocupar o cargo. Atualmente, Penido é também presidente da FIAFIN (Federação Ibero-americana de Fundos de Investimento).

“A eleição de Eduardo Penido para a IIFA mostra a relevância e visibilidade do mercado de fundos brasileiro. Atualmente, somos a 6ª maior indústria de fundos do mundo, com cerca de US$ 1,1 trilhão sob gestão, o que representa 4% do mercado global”, afirma o presidente da ANBIMA, Marcelo Giufrida.

Entre as prioridades de Penido, durante os dois anos de mandato, está promover a redução das barreiras para o fluxo de investimento entre diferentes países. Para tanto, pretende incentivar a aproximação dos mercados

Eduardo Penido, membro dos Comitês de Fundos de Ações e Multimercados da ANBIMA

Na entrevista a seguir, o novo presidente da IIFA, Eduardo Penido, fala sobre os temas que abrangem a indústria de fundos atual e algumas das prioridades de seu mandato.

► Que aperfeiçoamentos a indústria de fundos mundial discute hoje?

É notável o crescimento da indústria de fundos no mundo como o instrumento de poupança e investimento da população. Entre os fatores de sucesso, está a rapidez com que os agentes respondem aos desafios e a proatividade com que buscam os mecanismos de aumento de segurança e informação para o investidor. Estamos discutindo nos fóruns mundiais a melhoria dos mecanismos de avaliação de risco e liquidez e prevenção de desastres. Quanto à liquidez, o Brasil está avançado pelo êxito das medidas que possibilitam o fechamento dos fundos em momentos de crise. Merecem atenção, não só da indústria como dos reguladores, maneiras de aumentar a informação e segurança de produtos como Hedge Funds, ETFs e Money Market Funds..

► Como atuar pela redução de barreiras para o fluxo de investimentos entre os países no momento em que os governos estão aumentando os mecanismos de controle?

Existe hoje uma demanda por medidas que protejam os países dos efeitos do excesso de liquidez global. É uma tendência conjuntural. À medida que voltemos a uma situação de normalidade, precisaremos restabelecer um ambiente global que permita que os recursos sejam alocados onde são mais necessários. A interlocução do IIFA com os organismos internacionais nos permitirá discutir e propor formas de atender à demanda por regulação de maneira a evitar os excessos observados na crise, e que ajude a reestabelecer e preservar o livre fluxo de capitais e a integração dos mercados.

► A educação do investidor é uma das prioridades do seu mandato. Qual é a importância disso no cenário atual?

Os produtos e serviços de investimento se diversificaram e sofisticaram. Essa é outra tendência global. Os investidores cada vez mais se preocupam em aplicar seus recursos para garantir um futuro seguro durante a aposentadoria. Precisamos ajudar os poupadores de todos os perfis a navegar pelo universo dos investimentos, com informações que os auxiliem a tomar decisões maduras. O diálogo com os representantes dos demais países é muito valioso, com a troca de experiências e discussão de ações conjuntas.

EntrEvista

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2 | INFORMATIVO ANBIMA

EntEnda

as EMissÕEs nO nMrFPara emitir papéis com o selo do Novo Mercado, a instituição coordenadora precisará submeter a oferta previamente para registro na ANBIMA, e ser aderente ao Código de Ofertas Públicas da entidade.Seguem abaixo as principais características das emissões para possuírem o selo:

► Oferta distribuída publicamente;► Participação mínima de dez investidores, com no máximo 20% da oferta cada um;► Valor unitário de R$ 1.000,00 para cada título ou valor mobiliário;► Avaliação de risco de crédito (rating) atualizada anualmente;► Remuneração por taxa de juros prefixada, índices de preço ou outras taxas de juros de três ou de seis meses;► Possuir formador de mercado durante pelo menos os primeiros 12 meses após a emissão;► Divulgação periódica de relatórios elaborados por analistas de investimento, ao menos durante os primeiros 12 meses;► Negociar em mercado de bolsa de valores e/ou de balcão organizado, prioritariamente com a utilização de mecanismos que permitam o direito de interferência de preços por terceiros;► Obrigação de recompra do título ou valor mobiliário pelo emissor, a pedido do investidor, em caso de descumprimento dos requisitos do Código ou em caso de venda/transferência do controle do acionário da empresa emissora ou da sociedade que detenha o poder de controle.

Assembleia aprova Código do Novo Mercado de Renda Fixa

A ANBIMA lançou no dia 3 de outubro o Código de Regulação e Melhores Práticas para o Novo Mercado de Renda Fixa. O conjunto de regras, aprovado na Assembleia Extraordinária da Associação realizada no dia 30 de setembro, contém as normas de autorregulação que devem caracterizar as emissões de títulos e valores mobiliários privados realizadas no âmbito do Novo Mercado.

A iniciativa faz parte de um conjunto amplo de propostas apresentado pela Associação

no início deste ano com o objetivo de contribuir para a criação de fontes de financiamento de longo prazo para a economia brasileira. Discutidas ao longo de 2010, as propostas foram resultado de vasto debate com os associados da ANBIMA e instituições do setor público e privado, como o Ministério da Fazenda, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o Banco Central, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a BM&FBovespa e a Cetip.

Além da criação do Código, a ANBIMA ainda apresentou

sugestões que incluem iniciativas nas áreas tributária, de

infraestrutura de mercado e de geração de liquidez no mercado

secundário de títulos. “O lançamento do Código insere-se em

um quadro amplo de iniciativas, como a criação de fundos de

geração e apoio à liquidez e o incentivo ao uso de plataformas

eletrônicas de negociação de ativos. O objetivo é estimular um

ambiente propício para o desenvolvimento do mercado de dívida

corporativa de longo prazo”, diz o presidente da Associação,

Marcelo Giufrida.

“O mercado de capitais doméstico

pode fornecer parte importante

das necessidades de recursos

que o Brasil vai precisar nos

próximos anos para manter um

ritmo de crescimento de forma

sustentada”, completa Giufrida.

O NMRF (Novo Mercado de

Renda Fixa) consiste em um

ambiente autorregulado, de

adesão voluntária, caracterizado

por regras que têm como

objetivo garantir a qualidade

das emissões e transações. ■

Código possibilita a primeira emissão no ambiente de alta governança

REGULAçãO

Marcelo Giufrida, presidente da Associação, acredita que o mercado de capitais doméstico pode fornecer grande parte das necessidades de recursos para manter o crescimento do Brasil

Foto: Leandro Viola

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INFORMATIVO ANBIMA | 3

Começa o Planejamento Estratégico para 2012A Associação já iniciou o processo de

elaboração da agenda de iniciativas

para o ano de 2012. Nesta primeira

etapa, os Comitês e a diretoria

discutem as prioridades e projetos

que atendam o objetivo de contribuir

para o desenvolvimento do mercado

financeiro e de capitais. Ao mesmo

tempo, os associados também

participam desse processo, por meio

de pesquisa realizada anualmente,

enviando sugestões para a agenda do

próximo ano e avaliando a atuação da

ANBIMA em 2011.

No workshop, que acontece em

dezembro, os diretores da Associação

debatem todas essas propostas e

validam os temas mais importantes

que comporão a agenda estratégica

de 2012 da ANBIMA. Ainda no

workshop, é traçado o Plano de

Ação que contém as iniciativas para alcançar as metas propostas.

Em janeiro, a Associação divulga, por meio de seus veículos de comunicação, o conteúdo da agenda estratégica.

Por enquanto, além da definição do planejamento do ano seguinte, os Comitês estão realizando, desde o início de outubro, um balanço dos resultados atingidos em 2011. ■

Best divulgará os mercados brasileiros na Ásia A atual edição do Best (Brazil: Excellence in Securities Transactions) começará suas apresentações pela Ásia em dezembro.

Os eventos serão realizados no Japão, na Coreia do Sul e em Hong Kong nos dias 6, 8 e 13 de dezembro, respectivamente. A delegação do Best levará aos participantes dos encontros informações sobre a infraestrutura e regulação da economia e dos

mercados brasileiros. Serão realizadas ainda reuniões paralelas (road shows) promovidas pelas instituições financeiras locais junto a seus clientes.

A delegação contará com a participação do Banco Central, CVM (Comissão de Valores Mobiliários), Ministério da Fazenda, STN (Secretaria do Tesouro Nacional) e BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico), além dos

patrocinadores ANBIMA, BM&FBovespa,

Cetip e Febraban (Federação Brasileira

de Bancos) e apoio da BRAiN (Brasil

Investimentos & Negócios).

Os associados que tiverem interesse em

saber mais sobre o Best podem entrar em

contato com Tatiana Itikawa pelo e-mail

tatiana.itikawa@anbima com.br ou pelo

telefone (11) 3471-5288. ■

Contrato padrão para operações compromissadas está disponívelA Associação divulgou em setembro o modelo de contrato para operações compromissadas. Após processo de

audiência pública envolvendo os associados, o documento foi aprimorado e aprovado. O objetivo é estabelecer

um padrão que ofereça suporte jurídico às operações compromissadas, sobretudo para as de longo prazo,

conferindo mais segurança ao mercado.

Para mais informações entrar em contato pelo e-mail [email protected].

Parceria com Kofia abre canal de relacionamento com mercado coreano Como parte das iniciativas de promover a inserção internacional dos mercados brasileiros, a ANBIMA

estabeleceu parceria com a Kofia (Korea Financial Investment Association). Desta forma, a entidade abre

um canal de relacionamento com a Coreia do Sul com o objetivo de trocar experiências sobre os respectivos

mercados e arcabouços regulatórios.

REPRESENTAçãO

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Seminário discute desenvolvimento do mercado de renda fixa e derivativos de balcãoA ANBIMA recebeu cerca de 250 pessoas na 4ª edição de seu Seminário sobre Renda Fixa e Derivativos de Balcão para debater as tendências e recentes aprimoramentos destes segmentos. O evento foi realizado no dia 6 de outubro, em São Paulo.

Marcelo Giufrida, presidente da ANBIMA, enfatizou que atualmente 44% do estoque de dívida no mercado brasileiro já é de títulos privados, porém ainda cabem esforços para aumentar essa fatia, diminuir a parcela de papéis indexados ao CDI e aumentar a poupança alocada no longo prazo. “Pensando nisso, decidimos ser proativos e criamos o Novo Mercado de Renda Fixa”, afirmou.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Cetip, Francisco Carlos Gomes, lembrou que o dinamismo do mercado secundário será fundamental para que se obtenha a poupança necessária para financiar os investimentos de prazos mais longos. “Mas isso não vai acontecer se mantivermos as mesmas formas de intermediação financeira que temos hoje. Será necessário mudar a maneira de atuar, o que não significa ter menores lucros”.

Ainda na abertura do seminário, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Aldo Mendes, ressaltou que uma das prioridades da autarquia é aumentar a transparência e a liquidez do mercado de títulos públicos e privados. Entre as medidas colocadas em prática com esse fim estão as melhorias realizadas no Selic e a publicação de um contrato padrão para operações compromissadas.

Contextualizando o momento macroeconômico mundial, o

diretor da ANBIMA Rodrigo Azevedo destacou que, passada

a incerteza com o período agudo da crise, o cenário de

estagnação internacional prolongada pode favorecer o

desenvolvimento do mercado de renda fixa privada no Brasil.

Entre os temas trazidos ao evento, estiveram produtos como a

Letra Financeira e o COE (Certificado de Operações Estruturadas),

que ainda aguarda regulamentação.

Os derivativos de crédito e a utilização ainda tímida das

plataformas eletrônicas para negociação de títulos de renda

fixa também movimentaram as discussões (veja na página 5).

O diretor da CVM Otavio Yazbek comentou os debates que

estão sendo travados atualmente nos fóruns globais, citando

entre eles a regulamentação do shadow bank system, ou

seja, tudo aquilo que não faz parte do sistema bancário

mas tem reflexos nele. “A crise de 2008 nasceu de questões

não bancárias [securitização], que ninguém pensava em

regulamentar”, disse.

O último painel, moderado pelo vice-presidente da Associação

Alfredo Moraes, apresentou ideias que ainda podem ser

implementadas e iniciativas já tomadas pelo Tesouro Nacional,

BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e

Social) e Banco Central para incentivar o desenvolvimento do

mercado secundário de papéis privados. ■

EVENTOFotos: Ricardo Rollo

Aldo Mendes, diretor de Política Monetária do Banco Central, Marcelo Giufrida, presidente da ANBIMA, e Francisco Carlos Gomes, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Cetip, abriram o Seminário

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INFORMATIVO ANBIMA | 5

Plataformas eletrônicas ► O presidente do Comitê de Assuntos de Tesouraria da ANBIMA, Pedro Lorenzini, moderou a mesa-redonda sobre “As Plataformas Eletrônicas e o Dinamismo do Mercado de Renda Fixa”. Segundo ele, o desenvolvimento dos ambientes eletrônicos de negociação será fundamental para acompanhar a expansão do mercado de capitais. “Nosso desafio nesse sentido é estruturar sistemas capazes de atender as necessidades dos diferentes participantes, considerando as vantagens e desvantagens dos diversos tipos de plataformas”.

Entre os grandes benefícios de utilizar sistemas eletrônicos, os debatedores citaram a maior transparência para os negócios, agilidade de execução, custos mais baixos em função do ganho de escala e aumento do controle por parte dos bancos e operadores. “Além disso, estimula a liquidez, porque traz novos players ao mercado”, afirmou o diretor de Renda Fixa, Câmbio e Derivativos da BM&FBovespa, Sergio Goldenstein.

O diretor executivo de Produtos, Comercial e Marketing da Cetip, Carlos Ratto, lembrou da importância de dar isonomia para o investidor estrangeiro, de forma a facilitar a internacionalização e ponderou: “não vamos acabar com o telefone, mas quanto mais conseguirmos criar mecanismos que incentivem os traders a colocarem preços, melhor”.

Produtos ► Os participantes do painel “Inovação”, moderado pela presidente do Comitê de Produtos de Tesouraria da ANBIMA, Angela Zago, comentaram sobre a Letra Financeira, criada em 2010, e o COE (Certificado de Operações Estruturadas), que aguarda regulamentação.

Os derivativos de balcão também foram citados como exemplos de produtos bem regulados, porém com questões tributárias que poderiam ser aperfeiçoadas.

Os participantes do painel mencionaram ainda os derivativos de crédito, regulamentados em 2002, como instrumento fundamental para liquidez, que precisa se desenvolver no Brasil. “Este derivativo acaba forçando uma padronização maior, importante para o mercado primário e secundário. É o elo que faltava para desenvolvermos um ciclo virtuoso no mercado de crédito”, avalia Fábio Jacob, diretor de Renda Fixa e Estruturação do Credit Suisse.

Da esq. para a dir.: Alexandre Aoude, diretor executivo do Itaú BBA; Fabio Jacob, diretor de Renda Fixa e Estruturação do Credit Suisse; Tiago Lessa, sócio do Pinheiro Neto Advogados; e Angela Zago, presidente do Comitê de Produtos de Tesouraria da ANBIMA

Da esq. para a dir.: Luiz Felipe Brandão, gerente de Produtos Eletrônicos da Icap; Sergio Goldenstein, diretor de Renda Fixa, Câmbio e Derivativos da BM&FBovespa; Carlos Ratto, diretor executivo de Produtos, Comercial e Marketing da Cetip; Paulo Corchaki, diretor de Gestão de Recursos do Itaú Unibanco Asset Management; e Pedro Lorenzini, presidente do Comitê de Assuntos de Tesouraria da ANBIMA

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6 | INFORMATIVO ANBIMA

Carlos Ratto, diretor executivo de Produtos, Comercial e Marketing da Cetip, debateu sobre o tema plataformas eletrônicas em painel

Tablets no estande da Cetip entreteram os presentes

Rodrigo Azevedo, diretor da ANBIMA, conduziu painel sobre macroeconomia

Cerca de 250 pessoas compareceram ao evento realizado em São Paulo

Alberto Kiraly, vice-presidente da ANBIMA, falou sobre o Novo Mercado de Renda Fixa

Otávio Yazbek, diretor da CVM, e Flavio Figueiredo, do Citibank de Nova York, palestraram no evento

EVENTO

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INFORMATIVO ANBIMA | 7

Aldo Mendes, diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Kaufman, superintendente geral da ANBIMA, Marcelo Giufrida, presidente, e Rodrigo Azevedo, diretor da Associação

Pedro Lorenzini, presidente do Comitê de Assuntos de Tesouraria da ANBIMA e diretor executivo de Tesouraria do Citibank, coordenou mesa-redonda sobre plataformas eletrônicas

Paulo Valle, subsecretário da Dívida Pública do Tesouro Nacional, apresentou ações do governo para estimular o mercado secundário

Selmo Aronovich, superintendente da área Financeira do BNDES, João Henrique Simão, chefe do Departamento de Operações de Mercado Aberto do Banco Central, e Alfredo Moraes, vice-presidente da ANBIMA

Alexandre Aoude, diretor executivo do Itaú BBA, Tiago Themudo Lessa, sócio do Pinheiro Neto Advogados, Angela Zago, presidente do Comitê de Produtos de Tesouraria da ANBIMA e superintendente de Estruturação e Gestão de Produtos do Votorantim e Fabio Jacob, diretor de Renda Fixa e Estruturação do Credit Suisse

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8 | INFORMATIVO ANBIMA

INFORMATIVO

Publicação mensal da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais dirigida a seus associados

Rio de JaneiRo: Avenida República do Chile, 230 13º andar CEP 20031-170 + 21 3814 3800

São Paulo: Av. das Nações Unidas, 8501 21º andar CEP 05425-070 + 11 3471 4200

PReSidente: Marcelo Giufrida

Vice-PReSidenteS: Alberto Kiraly, Alfredo Moraes, Demosthenes Pinho Neto, Denise Pavarina, José Olympio Pereira, Marcio Hamilton Ferreira, Pedro Guerra e Sergio Cutolo

diRetoReS: Alan Dain Gandelman, Celso Portásio, José Carlos de Oliveira, José Hugo Laloni, Luciane Ribeiro, Luiz Fernando Figueiredo, Márcio Appel, Marcos Roberto Vansconcelos, Pedro Augusto Bastos, Regis de Abreu Filho, Rodrigo Azevedo, Saša Markus e Valdecyr Gomes

comitê executiVo: Luiz Kaufman (Superintendente Geral), Euridson Sá (Representação), José Carlos Doherty (Supervisão de Mercado), André Mello (Produtos e Serviços), Rogério Buldo (Gestão e Tecnologia) e Ana Claudia Leoni (Comunicação Institucional)

www.anbima.com.br

ACONTECE

IOF nos derivativos cambiaisEstá disponível no site (na

área de Informações Técnicas,

em Publicações), o Informe

de Legislação 003/2011 que

sintetiza os principais tópicos

tratados em Decreto n° 7.563,

divulgado em setembro, sobre

a incidência de cobrança do

IOF (Imposto sobre Operações

Financeiras) nos contratos de

derivativos cambiais.

O Informe traz explicações

sobre alterações no arcabouço

regulatório dos mercados

financeiro e de capitais.

Anuário de Fundos 2012A ANBIMA iniciará a apuração das informações do Anuário de Fundos ANBIMA/FGV 2012 neste mês.

No início de novembro será enviado por e-mail um questionário qualitativo aos representantes das instituições associadas e aderentes ao Código de Fundos de Investimento, solicitando informações sobre os produtos comercializados, perfis da instituição e estrutura organizacional.

Mais informações pelo e-mail

[email protected].

Brasil no SibosAs oportunidades de investimentos no país e a vocação em tornar-se um centro de negócios regional foram questões debatidas no painel “Brazil: the future starts here” (Brasil: o futuro começa aqui) no Sibos, maior evento global da indústria financeira.

O vice-presidente da ANBIMA Pedro Guerra foi um dos participantes do painel representando a Associação e a BRAiN (Brasil Investimentos & Negócios).

O evento aconteceu em Toronto, no Canadá, entre os dias 19 e 23 de

setembro.

LegislaçãoO subsecretário da Receita

Municipal de São Paulo, Ronílson

Bezerra, esteve no dia 3 de outubro

na ANBIMA para ministrar palestra

sobre as recentes mudanças na

legislação municipal, em relação

à Nota Fiscal Eletrônica Paulistana

(NFS-e).

Dentre os destaques estavam

a obrigatoriedade da emissão

das NFS-e pelos tomadores/

intermediários de serviços sediados

na cidade de São Paulo, incluindo

os bancos e outras instituições

financeiras que atuam no mercado

de capitais.

Seminário AmecA Amec (Associação de Investidores do Mercado de Capitais) promove, no dia 30 de novembro, em São Paulo, o seminário “Mercado Brasil: A Retomada da Agenda Positiva”.

As inscrições podem ser realizadas pelo site (www.amecbrasil.com.br).

Filiações e AdesõesFiliou-se à ANBIMA, em outubro, a WRSk Gestão de Recursos. No mesmo mês, aderiram ao Código de Fundos de Investimento a Multinvest Capital, Itajuí Gestão de Investimentos, Value Assessoria e Consultoria e Capital Gestão de Investimentos.

Pedro Guerra, vice-presidente da ANBIMA, foi um dos palestrantes no Sibos

Foto

: Lea

ndro

Vio

la