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O Festival Nordestino de Teatro não se preocupa somente com as apresentações dos espetáculos tea- trais, mas também tem o interesse de fazer com que os moradores e visitantes da cidade possam desper- tar sua criatividade e realizar a sua própria produ- ção cultural. Para tanto, a organização do Festival montou uma série de oficinas e palestras que fazem parte do projeto “Formação em Rede-Arte e Cultura”. O projeto não alcança somente a cidade de Gua- ramiranga. Durante o festival, as cidades de Aratu- ba, Baturité, Palmácia e Redenção também recebe- ram cursos e palestras relacionados a teatro. E Guaramiranga, estão sendo oferecidos alguns cursos como Cenografia, Iluminação para Teatro e Camareira para Teatro, que se iniciaram na última semana do mês de agosto, antes mesmo do início do Festival. Outra atividade realizada no projeto foi a Resi- dência Teatral realizada pela Cia. Pã de Teatro com grupos do Maciço de Baturité. As atividades da com- panhia basearam-se na troca de experiências. O gru- po trouxe para a cidade o relato e a apresentação de algumas de suas performances e intervenções. Uma das atrizes do grupo, Luiza Torres, contribuiu com um momento em que falou sobre a sua performan- ce-intervenção “VADIA”, a qual também apresentou em uma das noites do FNT. Além disso, a Cia. Pã de Teatro também trouxe a experiência do projeto “Cidade Noiada”, que busca fazer uma investigação dos comportamentos sociais, políticos e estéticos que envolvem o espaço urbano. Segundo o diretor da companhia, Karlo Kardozo, a intenção do projeto é “abrir um diálogo com a cida- de, dialogar com as pessoas, alterar o seu espaço cotidiano.” Ao fim da programação de oficinas e cursos, a vontade de produzir para o teatro não deve acabar também. O que fica é a certeza de que todo esse aprendizado será permanente e se converterá numa produção cultural cada vez maior na cidade de Gua- ramiranga e nas demais cidades visitadas pelo pro- jeto “Formação em Rede-Arte e Cultura”. Um espaço para formação Oficinas e palestras sobre produção teatral são realizadas no Festival Nordestino de Teatro para moradores e visitantes das cidades do Maciço de Baturité FOTO: SOL COELHO Beija-Flor XVII FNT - Nº6 I 10 de setembro de 2010 Informativo do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga

Informativo Beija-flor - 2010 - #6

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Ediçao #6 do informativo do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, publicado no dia 10 de setembro de 2010.

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Page 1: Informativo Beija-flor - 2010 - #6

O Festival Nordestino de Teatro não se preocupa somente com as apresentações dos espetáculos tea-trais, mas também tem o interesse de fazer com que os moradores e visitantes da cidade possam desper-tar sua criatividade e realizar a sua própria produ-ção cultural. Para tanto, a organização do Festival montou uma série de oficinas e palestras que fazem parte do projeto “Formação em Rede-Arte e Cultura”.

O projeto não alcança somente a cidade de Gua-ramiranga. Durante o festival, as cidades de Aratu-ba, Baturité, Palmácia e Redenção também recebe-ram cursos e palestras relacionados a teatro.

E Guaramiranga, estão sendo oferecidos alguns cursos como Cenografia, Iluminação para Teatro e Camareira para Teatro, que se iniciaram na última semana do mês de agosto, antes mesmo do início do Festival.

Outra atividade realizada no projeto foi a Resi-dência Teatral realizada pela Cia. Pã de Teatro com grupos do Maciço de Baturité. As atividades da com-panhia basearam-se na troca de experiências. O gru-

po trouxe para a cidade o relato e a apresentação de algumas de suas performances e intervenções. Uma das atrizes do grupo, Luiza Torres, contribuiu com um momento em que falou sobre a sua performan-ce-intervenção “VADIA”, a qual também apresentou em uma das noites do FNT.

Além disso, a Cia. Pã de Teatro também trouxe a experiência do projeto “Cidade Noiada”, que busca fazer uma investigação dos comportamentos sociais, políticos e estéticos que envolvem o espaço urbano. Segundo o diretor da companhia, Karlo Kardozo, a intenção do projeto é “abrir um diálogo com a cida-de, dialogar com as pessoas, alterar o seu espaço cotidiano.”

Ao fim da programação de oficinas e cursos, a vontade de produzir para o teatro não deve acabar também. O que fica é a certeza de que todo esse aprendizado será permanente e se converterá numa produção cultural cada vez maior na cidade de Gua-ramiranga e nas demais cidades visitadas pelo pro-jeto “Formação em Rede-Arte e Cultura”.

Um espaço para formação Oficinas e palestras sobre produção teatral são realizadas no Festival Nordestino de Teatro para moradores e visitantes das cidades do Maciço de Baturité

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Beija-FlorXVII FNT - Nº6 I 10 de setembro de 2010

Informativo do Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga

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Apresentada todas as noites do Festival Nordesti-no de Teatro, a TV Beija-Flor faz um grande sucesso entre os moradores e os que passam pela cidade no período. O programa vai ao ar às 18h30, num telão montado na praça do Teatro e divulgando o Festival e outros atrativos de Guaramiranga e já se tornou uma das atrações do FNT.

Exibida pela primeira vez em 1995, a TV Beija--Flor era produzida por pessoas de fora da cidade. Hoje, a responsável por sua produção é a Escola de Comunicação da Serra (Ecos). A Ecos foi criada em 2005, e desenvolve, para crianças e adolescentes de Guaramiranga, atividades ligadas à comunicação. São realizadas durante todo o ano oficinas de audio-visual, fotografia, jornalismo comunitário e de cultu-ra digital, mídias virtuais e novas tecnologias.

Um dos frutos da Escola é a TV Ecos, que é exibi-da em telões, todas as quintas-feiras, em vários pon-tos da cidade. Durante o FNT, ela passa a fazer parte da TV Beija-Flor. O movimento aumenta na cidade, e, com isso, a TV ganha mais visibilidade.

O ritmo durante o FNT é mais intenso, pois os programas são exibidos diariamente. “O cansaço é bem maior”, desabafa João Lucas, de 13 anos, apre-sentador do programa. Ele faz parte da Escola há 4 anos. No início era repórter do quadro “O Bicho”. Foi somente em 2010 que passou a ser âncora da TV Ecos.

A experiência como repórter e apresentador dos programas fez despertar em João Lucas a vontade de continuar na carreira. “Antes eu não queria, mas quando eu comecei a me envolver com comunica-ção, com jornalismo, eu gostei. Pretendo continuar”, contou ele.

Na produção do programa estão trabalhando cer-ca de 15 pessoas, entre alunos e colaboradores da Ecos e profissionais vindos de fora. “Quando surgiu

O projeto Palco Giratório surgiu em 1998 por iniciativa do Sesc (Serviço Social do Co-mércio) e todo ano seleciona 16 grupos que circulam em todo o Brasil, “em todas as unidades do Sesc e em certos festivais”, explica Gisele Teixeira, técnica de cultura do Sesc. “Eles vão rodando, dando oficinas, fa-zendo bate-papos com o públi-co, se apresentando em muitos lugares diferentes, (...) fazendo um intercâmbio muito grande com a população, tanto o pú-blico em geral como a comuni-dade artística”, completa ela.

Cada curador de cada regio-nal do Sesc recebe propostas de grupos. Tais propostas pas-sam por um processo de avalia-ção e, se aprovadas, serão leva-das a uma curadoria nacional e defendidas pelos curadores que as aprovaram. A escolha não é feita por estado de origem, mas pela qualidade do espetáculo e o processo de análise das pro-postas dura dez dias. Esse ano foi selecionado o espetáculo cearense Encantrago, do grupo Expressões Humanas em par-ceria com Teatro Vitrine.

Não é a primeira vez que o Festival Nordestino de Teatro faz parte do calendário do mês de setembro do Palco Giratório. Todo ano, a gerente de cultura, Dane de Jade, tenta encaixar no circuito do Ceará uma pas-sada pelo Festival. Geralmente dois grupos passam por Gua-ramiranga, mas o número va-ria de acordo com o restante do calendário, e depende também dos grupos que já estejam pas-sando pelo estado no período.

O espetáculo de dança Con-ceição, do Grupo Experimental de Dança, foi exibido na noite de segunda. “É uma pequena revolução num festival que é quase unicamente de Teatro. Traz um pouco de inovação nas artes cênicas, porque o palco giratório é um projeto não só de teatro mas de artes cênicas em geral, teatro de rua, dança...”, afirma Gisele.

Amanhã é a vez da peça Mi Muñequita, às 20 horas, no Teatro Municipal Raquel de Queiroz. O espetáculo está em cartaz há 4 anos no Uruguai e esta é a sua primeira adapta-ção para a língua portuguesa.

Teatro mambembe aporta no XVII FNT

TV Beija-Flor: Ecos Teatrais

O Festival Nordestino de Teatro abre espaço para o projeto Palco Giratório. O espetáculo Conceição foi exibido na segunda e Mi Muñequita será exibido amanhã

Informar enquanto as pessoas estão na fila do Teatro: é esse o objetivo da TV Beija-Flor, que mostra diariamente as principais notícias do FNT. Para isso, conta com os jovens

alunos da Escola de Comunicação da Serra

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Ainda resta muito preconcei-to em relação à produção teatral nordestina. Normalmente, só reconhecemos os espetáculos de outras regiões, com atores super famosos. O Festival Nordestino de Teatro traz a oportunidade de descobrir que o teatro está bas-tante presente no Nordeste, com uma infinidade de espetáculos montados que prezam pela quali-dade técnica e interpretativa.

No Festival Nordestino de Te-atro temos a chance de prestigiar o quão boa é a produção teatral do nosso Estado e da nossa re-gião. No evento podemos assistir, inclusive, a espetáculos nordesti-nos reconhecidos na cena nacio-nal e internacional, alguns deles trazendo importantes prêmios na bagagem.

Além disso, o FNT ainda dá a chance para que espetáculos de grupos mais novos possam ser apreciados pelo público e pela crítica, abrindo portas para uma nova geração da produção teatral. Nós devemos aprender a prestigiar e a valorizar ainda mais as produções artísticas do Ceará e do Nordeste. A déci-ma sétima edição do FNT é um sintoma de que, com a iniciativa certa, o Teatro nordestino pode alçar grandes voos. Vivemos um momento em que é necessário valorizar a arte e essa é a nossa grande oportunidade de estimu-lar, tanto como público quan-to como artistas, o gosto pelo Teatro.

Informativo Beija-flor XVII FNT

Expediente: Liga Experimental de

ComunicaçãoUniversidade Federal do

Ceará

Profa. Glícia Pontes,Gleydson Moreira, Iane Lara, Joaquim Sobreira, Mariana Freire e

Ranniery Melo

[email protected] / @ligaufc

a Ecos (2005), a gente assumiu a TV Beija-Flor, mas nós recebemos sempre a ajuda de voluntários, jor-nalistas e pessoas da área de audiovisual”, afirma Cláudio Amaro, diretor da TV Beija-Flor.

Na equipe que veio de fora dar apoio à produção da TV Beija-Flor estão as estudantes de Jornalismo (UFC) Fernanda Valéria e Jéssica Colaço. Elas estão trabalhando como roteiristas e assistentes de pro-dução, além de auxiliar os repórteres nas gravações.

Sobre a experiência, Jéssica, que pretende ser telejornalista, disse que está sendo muito inte-ressante. “Está sendo muito legal. Tanto pela experiência de traba-lhar com telejornalismo, pois es-tamos ganhando prática, quanto por poder trabalhar com pessoas diferentes”, disse ela.

Apesar das dificuldades do tra-balho com o audiovisual, João Lu-cas diz que gosta muito do traba-lho conjunto: “Nós temos o apoio da equipe, aprendemos muitas coisas com o tempo”, afirma.

A comunicação é um importan-te meio de fortalecer a cultura e ajudar na formação das crianças e adolescentes. Por isso, a TV Ecos, assim como a TV Beija-Flor, pos-sui tanta relevância. Além de in-formar, forma cidadãos.

Editorial

Page 3: Informativo Beija-flor - 2010 - #6

FOTO: SOL COELHO

@agua2010

14h

18h

20h30

Sala do Mosteiro

Praça do Artesanato

Teatro MunicipalRachel de Queiroz

Praça do Artesanato

TeatrinhoRachel de Queiroz

Teatro MunicipalRachel de Queiroz

DIA 1O/09 (SEXTA-FEIRA)

10h Ciclo de Debates sobre os espetáculosMostra Nordeste

Sala do Mosteiro

VIII Encontro de Artistas Pesquisadores

FNT Para Crianças: Teatro InfantilEspetáculo: As estripulias do Macaco Simão

Grupo: Circo Tupiniquim (CE)Classificação: Livre

Mostra NordesteEspetáculo: Milagre Brasileiro

Grupo: Coletivo de Teatro Alfenim (PB)Classificação: 14 anos

19h

Palco CearáEspetáculo: Papoula

Grupo: Cia Artes Cínicas de Teatro – Tauá (CE)Classificação: Livre

21hMostra Nordeste

Espetáculo: Pai e FilhoGrupo: Pequena Companhia de Teatro (MA)

Classificação: 18 anos

23h Música no FNTProjeto A Outra Banda da Serra – AGUA (CE)

Praça do Teatro1h Música no FNTDJ FaBinho Vieira

Praça do Artesanato0hEspetáculo: A Gente Canta Padilha

Grupo: GIPECIT /UFBA (BA)Classificação: 14 anos

PATROCÍNIO APOIO CULTURAL PARCEIROS PROMOÇÃO APOIO INSTITUCIONAL REALIZAÇÃO

AGRADECIMENTO À SECRETARIA DA CULTURA DO ESTADO DA BAHIA

FNT em cena

Programe-se