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Bahia Florestal Maio de 2015 INFORMATIVO DIGITAL 1 Devolutiva “Mais Árvores Bahia” para comitê gestor de Teixeira de Freitas O programa ´Mais Árvores Bahia´ realiza o 2º workshop “Madeira para uso múl- tiplo – integração de pequenos produ- tores e processadores”, em Teixeira de Freitas (BA) para apresentar as ações previstas pelo pré-projeto para 2015 e o projeto a ser implanta- do para o período de 2016 a 2019. O público-al- vo dessa devolutiva (com data ainda a ser confirma- da) é o comitê gestor do programa naquela região, formado no 1º workshop realizado em 18 de mar- ço de 2015. Este pré-projeto para 2015 e o projeto para 2016-2019 foram construídos durante os dois dias de oficina (12 e 13 de maio de 2015), que o grupo responsável pelo programa ´Mais Árvores Bahia´ realizou na Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), em Salvador (BA). O Programa ´Mais Ár- vores Bahia´ é uma iniciativa da Associação Baia- na de Empresas de Base Florestal (ABAF) e do SEBRAE e uma série de parceiros ligados à agricul- tura, indústria e à qualificação de mão de obra. “Neste segundo workshop, o objetivo é pactu- ar essa agenda proposta para 2015 com o comitê gestor, além de apresentar o projeto para o perí- odo de 2016 a 2019”, explica Alex Brito - Geren- te Regional Sebrae/Extremo Sul da Bahia. “O pro- jeto busca incentivar o produtor rural a investir no plantio e manejo de florestas comerciais para usos múltiplos com tecnologia aplicada. Ao mes- mo tempo, o programa pretende comprometer os outros vértices produtivos: os processadores de madeira (serrarias, fábrica de móveis etc) e os usu- ários dos produtos finais de madeira (representa- dos pelas revendedoras de materiais de constru- ção e pelos sindicatos)”, explica Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF. “Este projeto será o pri- meiro do Brasil que vai unir esses elos”, acrescenta Sami Melo Castro, Analista da Indústria Sebrae/BA. OFICINA Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF abriu os trabalhos da oficina na FIEB fazendo uma breve explanação do setor de florestas plantadas, sobre o uso múltiplo da madeira e do programa ´Mais Árvores Bahia’. “A exemplo do programa do Governo da Bahia para fomentar o setor de plásti- co, lançado na Feiplastic, em São Paulo, estamos propondo o mesmo modelo para a verticalização do setor de madeira na Bahia. Este setor pode ser mais abrangente e inclusivo, pois tem uma gran- de diversidade de uso. Assim como cada shopping precisa ter suas lojas âncoras; assim como o setor de padaria e confeitaria tem um moinho de trigo que o abastece; assim como a Braskem é a ânco- ra do setor de plástico; pensamos que no setor de madeira, a âncora pode ser a Bahia Produtos de Madeira (BPM), dona da marca Lyptus, que está capacitada para isso. A empresa fornece tábuas e peças de eucalipto de alta qualidade – através de tratamento que recebem - que plenamente substi- tuem madeiras nobres como cedro, ipê, jacarandá, entre outros. Tudo isso pode ainda evitar o grande volume de importação que as lojas de material de construção e as indústrias da Bahia fazem do Pa- raná e Santa Catarina, por exemplo. A ideia é pro- duzir na Bahia toda a madeira que precisamos, ge- rando ainda mais emprego e renda, e ainda tendo condições de cobrir a demanda do mercado inter- nacional”, declarou. Presente no encontro, Guilherme Bonfim (Su- perintendente de Política do Agronegócio da Se- cretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Refor- ma Agrária, Pesca e Aquicultura da Bahia – Seagri/ BA) disse que este projeto pode ser defendido dentro da Seagri. “Todos os projetos interessantes para a agricultura no Estado devem ser defendidos pela Secretaria. Podemos pensar nos inventivos fis- cais todos e na legislação que vem sendo moder- nizada, além de envolver a Assembleia Legislativa, inclusive em outros Estados, para facilitar o trami- te aqui na Bahia. Estamos à disposição para fazer essa integração necessária com outras Secretarias, como o Inema, a Fazenda, entre outras”, declarou. O Superintendente de Desenvolvimento Agro- pecuário Seagri, Anttonio Almeida Junior, aprovou a ideia de trabalhar toda a cadeia produtiva, incluindo outros tipos de madeira. “Não podemos fazer revo- lução em todas as cadeias produtivas. E tampouco trabalhar sozinhos. Por isso essa integração que está sendo construída aqui é muito importante. É impor- tante a participação de outras secretarias, do Sebrae, da Faeb etc. Programas como esse vêm a somar com o novo foco da Seagri e significa mais renda no bol- so do produtor rural, mais receita dentro do Estado. A Bahia tem uma arrecadação per capita horrível e temos que reverter isso”, disse. Juliana Pires, Coordenadora Nacional da Cartei- ra de Madeira e Móveis do Sebrae Nacional, também participou e disse que o grupo está agindo certo em conversar sobre as demandas em comum e na bus- ca em trabalhar a cadeia produtiva. “Tudo isso, além desse planejamento a longo prazo, está totalmente alinhado com a proposta do Sebrae Nacional. O tra- balho de um grupo interfere positivamente em todo o setor. Isso não é teoria. É pratica que já vimos em outros exemplos positivos”, declarou. Para Oscar Artaza, do Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia, esse programa é interessan- te porque estimula o plantio de madeira e não ape- nas a exploração. “Vejo uma grande oportunidade porque a região do cacau tem grande vocação flo- restal. Vamos cuidar para que esse programa tam- bém venha a minimizar o desmatamento e preser- vação dos recursos hídricos que é um dos maiores patrimônios que o Brasil tem”. Wilson Andrade, Anttonio Almeida Jr e Oscar Artaza Guilherme Bonfim, Tatiana Sá, Wilson Andrade, Fernando Barreto e Andrea Sherer

InformatIvo DIgItal - ABAF · 2017-01-04 · SEBRAE e uma série de parceiros ligados à agricul-tura, indústria e à qualificação de mão de obra. “Neste segundo workshop, o

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Bahia FlorestalMaio de 2015

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Devolutiva “Mais Árvores Bahia” para comitê gestor de Teixeira de Freitas

O programa ´Mais Árvores Bahia ́realiza o 2º workshop “Madeira para uso múl-tiplo – integração de pequenos produ-tores e processadores”, em Teixeira de

Freitas (BA) para apresentar as ações previstas pelo pré-projeto para 2015 e o projeto a ser implanta-do para o período de 2016 a 2019. O público-al-vo dessa devolutiva (com data ainda a ser confirma-da) é o comitê gestor do programa naquela região, formado no 1º workshop realizado em 18 de mar-ço de 2015.

Este pré-projeto para 2015 e o projeto para 2016-2019 foram construídos durante os dois dias de oficina (12 e 13 de maio de 2015), que o grupo responsável pelo programa ´Mais Árvores Bahia´ realizou na Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), em Salvador (BA). O Programa ´Mais Ár-vores Bahia´ é uma iniciativa da Associação Baia-na de Empresas de Base Florestal (ABAF) e do SEBRAE e uma série de parceiros ligados à agricul-tura, indústria e à qualificação de mão de obra.

“Neste segundo workshop, o objetivo é pactu-ar essa agenda proposta para 2015 com o comitê gestor, além de apresentar o projeto para o perí-odo de 2016 a 2019”, explica Alex Brito - Geren-te Regional Sebrae/Extremo Sul da Bahia. “O pro-jeto busca incentivar o produtor rural a investir no plantio e manejo de florestas comerciais para usos múltiplos com tecnologia aplicada. Ao mes-mo tempo, o programa pretende comprometer os outros vértices produtivos: os processadores de madeira (serrarias, fábrica de móveis etc) e os usu-ários dos produtos finais de madeira (representa-dos pelas revendedoras de materiais de constru-ção e pelos sindicatos)”, explica Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF. “Este projeto será o pri-meiro do Brasil que vai unir esses elos”, acrescenta Sami Melo Castro, Analista da Indústria Sebrae/BA.

Oficina Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF

abriu os trabalhos da oficina na FIEB fazendo uma breve explanação do setor de florestas plantadas, sobre o uso múltiplo da madeira e do programa ´Mais Árvores Bahia’. “A exemplo do programa do Governo da Bahia para fomentar o setor de plásti-co, lançado na Feiplastic, em São Paulo, estamos propondo o mesmo modelo para a verticalização do setor de madeira na Bahia. Este setor pode ser mais abrangente e inclusivo, pois tem uma gran-de diversidade de uso. Assim como cada shopping precisa ter suas lojas âncoras; assim como o setor de padaria e confeitaria tem um moinho de trigo que o abastece; assim como a Braskem é a ânco-ra do setor de plástico; pensamos que no setor de madeira, a âncora pode ser a Bahia Produtos de Madeira (BPM), dona da marca Lyptus, que está capacitada para isso. A empresa fornece tábuas e peças de eucalipto de alta qualidade – através de tratamento que recebem - que plenamente substi-tuem madeiras nobres como cedro, ipê, jacarandá, entre outros. Tudo isso pode ainda evitar o grande volume de importação que as lojas de material de construção e as indústrias da Bahia fazem do Pa-raná e Santa Catarina, por exemplo. A ideia é pro-duzir na Bahia toda a madeira que precisamos, ge-rando ainda mais emprego e renda, e ainda tendo condições de cobrir a demanda do mercado inter-nacional”, declarou.

Presente no encontro, Guilherme Bonfim (Su-perintendente de Política do Agronegócio da Se-cretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Refor-ma Agrária, Pesca e Aquicultura da Bahia – Seagri/BA) disse que este projeto pode ser defendido dentro da Seagri. “Todos os projetos interessantes para a agricultura no Estado devem ser defendidos pela Secretaria. Podemos pensar nos inventivos fis-

cais todos e na legislação que vem sendo moder-nizada, além de envolver a Assembleia Legislativa, inclusive em outros Estados, para facilitar o trami-te aqui na Bahia. Estamos à disposição para fazer essa integração necessária com outras Secretarias, como o Inema, a Fazenda, entre outras”, declarou.

O Superintendente de Desenvolvimento Agro-pecuário Seagri, Anttonio Almeida Junior, aprovou a ideia de trabalhar toda a cadeia produtiva, incluindo outros tipos de madeira. “Não podemos fazer revo-lução em todas as cadeias produtivas. E tampouco trabalhar sozinhos. Por isso essa integração que está sendo construída aqui é muito importante. É impor-tante a participação de outras secretarias, do Sebrae, da Faeb etc. Programas como esse vêm a somar com o novo foco da Seagri e significa mais renda no bol-so do produtor rural, mais receita dentro do Estado. A Bahia tem uma arrecadação per capita horrível e temos que reverter isso”, disse.

Juliana Pires, Coordenadora Nacional da Cartei-ra de Madeira e Móveis do Sebrae Nacional, também participou e disse que o grupo está agindo certo em conversar sobre as demandas em comum e na bus-ca em trabalhar a cadeia produtiva. “Tudo isso, além desse planejamento a longo prazo, está totalmente alinhado com a proposta do Sebrae Nacional. O tra-balho de um grupo interfere positivamente em todo o setor. Isso não é teoria. É pratica que já vimos em outros exemplos positivos”, declarou.

Para Oscar Artaza, do Fórum Florestal do Sul e Extremo Sul da Bahia, esse programa é interessan-te porque estimula o plantio de madeira e não ape-nas a exploração. “Vejo uma grande oportunidade porque a região do cacau tem grande vocação flo-restal. Vamos cuidar para que esse programa tam-bém venha a minimizar o desmatamento e preser-vação dos recursos hídricos que é um dos maiores patrimônios que o Brasil tem”.

Wilson Andrade, Anttonio Almeida Jr e Oscar Artaza Guilherme Bonfim, Tatiana Sá, Wilson Andrade, Fernando Barreto e Andrea Sherer

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Parceria entre Governo do Estado da Bahia, MST, Esalq-USP e Fibria, iniciada em 2012, celebra conquista dos assentados e segue na consolidação do Centro de Formação local.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entregaram em 30/04 as escrituras da Fazenda Colatina, localizada na BR 101, Km 832, no município de Prado (BA), para as 272 famílias assentadas na área. A Fazenda Co-latina possui aproximadamente 4 mil hectares e integra o projeto “Assentamentos Sustentáveis com Agroflorestas e Biodiversidade”, desenvol-vido em parceria entre Governo do Estado da Bahia, Movimento dos Trabalhadores Sem-Ter-ra (MST), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e a Fibria.

A aquisição da fazenda Colati-na foi conduzida de acordo com o Decreto 433/92, com a venda da propriedade ofertada pela Fi-bria. O Incra foi responsável pela regularização fundiária das ter-ras de trabalhadores rurais as-sentados e acampados. A área já conta com apoio de equipes es-pecializadas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), que atuam na re-

gião desde 2011. O Incra vistoriou o imóvel pela primeira vez em maio de 2013, quando a Fazen-da Colatina pertencia à Fibria.

O projeto de Assentamentos Sustentáveis visa dar às famílias do MST acampados na área aces-so à formação técnica, educacional e organizacio-nal para a produção de alimentos com base nos princípios agroflorestais e agroecológicos e na or-ganização social. Com uma escola já em opera-ção no assentamento, o projeto conta com mais de 300 pessoas formadas nos últimos dois anos em curso técnico de Agrofloresta e alfabetização de adulto. Além disso, com apoio do projeto, em 2014 os assentados conseguiram arrecadar R$ 2 milhões com a venda de produtos agrícolas.

O histórico processo de desenvolvimento ru-

ral brasileiro, a luta pela Reforma Agrária no Ex-tremo Sul da Bahia e a ocupação de seis fazen-das da Fibria, pelo Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST), desencadeou um diálogo entre a empresa e as famílias acampadas, intermediado pela Esalq/USP, com o decisivo apoio do Gover-no da Bahia e do Governo Federal.

Esse diálogo definiu a elaboração do Projeto Assentamentos Sustentáveis, voltado à organiza-ção e implantação de assentamentos que pro-duzam alimentos tendo por base os princípios agroflorestais e agroecológicos e a construção de um Centro de Formação local no qual tan-to as famílias acampadas quanto as comunida-des do entorno possam ter acesso a formação profissionalizante, técnica, educacional e orga-

nizacional com base nos fun-damentos da agroecologia, dos sistemas agroflorestais e da or-ganização social.

O Projeto Assentamentos Sustentáveis conta com um cen-tro de formação voltado à edu-cação socioambiental, tendo a agroecologia, os sistemas agro-florestais e a participação como eixos estruturantes, um cami-nho para que os sujeitos sociais do extremo sul da Bahia contri-buam para a construção de so-ciedades sustentáveis.

BSC/Copener lança projeto Música na Escola

Utilizar a música como ferramenta de trans-formação social. Esta é uma das razões que levaram a BSC/Copener a criar o pro-jeto Música na Escola, que acontece no

Cejab (Centro Educacional José de Araújo Batista), em Aramari, e envolve 50 estudantes locais. O lan-çamento oficial foi no dia 29 de abril e contou com a apresentação de 14 alunos liderados pelo profes-sor Mickey Santos, do Laboratório Musical, parcei-ro da BSC/Copener e da prefeitura no projeto. Eles emocionaram o público com as interpretações de Asa Branca, de Humberto Teixeira, e Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos, de Ro-berto Carlos.

“A música é uma linguagem universal que toca o coração de pessoas de todas as idades, em to-dos os lugares. Por isso, pela mú-sica, estas crianças e adolescentes podem desenvolver seus talen-tos e estabelecer um mecanismo a mais de conexão com o mundo”, destaca Sabrina de Branco, geren-

te de Relações Institucionais e Responsabilidade So-cial da BSC/Copener.

“Além do aspecto educacional, o projeto é im-portante culturalmente, pois estimula os estudantes a conhecerem composições tradicionais que fazem parte da história do povo brasileiro. Com isso, eles ampliam seus horizontes e se colocam em contato com um universo de novas informações, habilida-des e possibilidades, contribuindo para o processo de aprendizado”, diz Sabrina.

Para participar do projeto, os alunos devem fre-quentar a escola regularmente. Os encontros, com quatro horas de duração, são semanais, em turno al-ternado ao das aulas. Durante as atividades, o pro-fessor dedica atenção exclusiva a cada grupo, com-posto por aprendizes de violino, violão e percussão.

Mickey explica que o objetivo central do projeto não é formar profissionais. “Inicialmente, o que preten-demos é musicalizar os alunos e despertar neles o pra-zer pela música. Estamos dando a oportunidade para

que descubram seu talento”, disse.“Quero agradecer à Copener

por contemplar Aramari com este projeto que contribui para a for-mação dos nossos estudantes”, disse o secretário de Educação Márcio Vila Flor. “Este é um proje-to extremamente importante para nós”, afirmou. “Os projetos sociais tornam a escola mais atraente e despertam o entusiasmo na juven-tude, permitindo que ela saia da rotina”, acrescentou Edvalda Ma-ria, diretora do Cejab.

Entrega da Fazenda Colatina para famílias assentadas

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Ferbasa fomenta produção de mel

em Campo FormosoA Ferbasa investe, no município de Cam-

po Formoso, na construção da Casa do Mel, entreposto localizado na comunidade Limo-eiro em um terreno de propriedade da Com-panhia cedido em regime de comodato à Cooperativa Agrícola e Pesqueira de Campo Formoso (COAPICAF), com o objetivo de pro-mover o desenvolvimento socioeconômico da região.

Com extensão territorial de 1.304,11 m², sendo 309,26 m² de área construída, a estru-tura física da Casa do Mel contará com sala de recepção para acolhimento das melgueiras (que será separada do local de manipulação), banheiros externos, espaço para processa-mento do mel (podendo ser subdividido), área de envase e local de armazenagem do produto final, a ser comercializado de forma fracionada, em sachê e também em recipien-tes de maior porte (baldes e tambores).

Apesar do entreposto do mel estar situa-do em Campo Formoso, a COAPICAF possui ramificações em várias outras localidades do entorno. Atualmente, 10 associações de apicultores trabalham em parceria com a Cooperativa que assiste a mais de 400 pro-dutores distribuídos nos seguintes municí-pios: Andorinha, Antônio Gonçalves, Caen, Caldeirão Grande, Campo Formoso, Fila-délfia, Jacobina, Jaguarari, Miguel Calmon, Pindobaçu, Ponto Novo, Saúde e Senhor do Bonfim, onde também estão localizadas as 5.530 colmeias.

Somente em 2014, mesmo com o agra-vante do período de estiagem prolongado, o grupo produziu mais de 30 toneladas de mel. Segundo Maria Anita Souza, presidente da COAPICAF, com o entreposto a capacida-de de produção será ainda maior, estima-se que o dobro. Além disso, o empreendimento viabilizará a liberação do S.I.F (Serviço de Ins-peção Federal do Ministério da Agricultura), certificação que garante condições adequa-das no processo de fabricação de produtos de origem animal, inclusive no quesito higi-ênico-sanitário, assegurando que o produto pode ser comercializado sem riscos à saúde.

Adequações estruturais e logísticas que atendem pré-requisitos para certificações, aumento da produtividade, fomento da comercialização do produto a nível interna-cional, capacitações, programa de estágio para alunos de escolas técnico-agrícolas e acolhimento de novos produtores, são al-guns benefícios e oportunidades que serão viabilizados com a chegada da Casa do Mel. Sem contar que esse entreposto será o pri-meiro de todo território do Piemonte Norte do Itapicuru, posicionando Campo Formoso como o maior polo de produção de mel da região. A previsão é que a Casa do Mel esteja em pleno funcionamento já no segundo se-mestre de 2015.

“A Casa do Mel dará autonomia e inde-pendência aos produtores, permitindo que eles fomentem o crescimento sustentável da região. Por isso, é uma satisfação estarmos colaborando com um projeto de tamanha magnitude”, concluiu Mariana Amado, co-ordenadora de Comunicação e Responsabi-lidade Social da Ferbasa.

A Veracel Celulose comemora a marca de mais de quatro milhões de mudas de espécies na-tivas plantadas desde 1994, quando a em-presa implantou o Programa Mata Atlântica

- PMA. Há 21 anos, o plantio de mudas de 207 espé-cies de árvores nativas está ajudando na restauração de mais de cinco mil hectares em áreas de Mata Atlân-tica, promovendo a formação de corredores ecológi-cos que servem para a circulação da fauna e flora, ga-rantindo a manutenção da biodiversidade.

Os quase seis mil hectares restaurados ficam em Belmonte, Eunápolis, Itabela, Itagimirim, Porto Segu-ro, Santa Cruz Cabrália, municípios da área de abran-gência da Veracel. Estas áreas fazem parte dos 105 mil hectares de área destinada para preservação do bio-ma Mata Atlântica que a empresa possui na região, en-tre elas os 6.063 hectares da RPPN Estação Veracel.

“Anualmente, antes de iniciar o processo de res-tauração, avaliamos imagens de satélite destacando áreas de pasto ou aquelas que estão em estágio ini-

cial de regeneração que, depois de restauradas, po-dem conectar fragmentos de Mata Atlântica, bus-cando ganho ambiental”, explicou o especialista em Planejamento Florestal da Veracel, Humberto Amoe-do. A escolha das áreas a serem restauradas leva em consideração principalmente a formação dos corre-dores ecológicos e está alinha às diretrizes do Corre-dor Central da Mata Atlântica, proposto pela Conser-vação Internacional.

Estes 5.500 ha restaurados já conectaram mais de 65 mil há em áreas públicas de terceiros e da Veracel dentro do bioma da Mata Atlântica na região Sul da Bahia.

De acordo com a engenheira Ihanny Lima, res-ponsável pela execução do PMA, o programa restaura áreas de mata de três formas diferentes: com o plan-tio efetivo de mudas nativas, com o enriquecimento de mudas ou ainda, pela proteção física das áreas de preservação ambiental e o monitoramento da regene-ração natural.

Programa Mata Atlântica da Veracel completa 21 anos de restauração e

conservação no Sul da Bahia

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institutO EcOfuturOO Instituto Ecofuturo é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que tem a

Suzano Papel e Celulose como sua principal mantenedora. Realiza a articulação entre a sociedade civil, o poder público e o setor privado buscando contribuir para a expansão da consciência socioambiental, por meio do compartilhamento de conhecimentos, práticas de cuidado e mensuração de impactos.

Acredita que é a partir da integração do homem com a natureza, do entendimento de sua relação com o todo, que intenção se transforma em ação, em atitude, para mudar o presente e o futuro para melhor! Está nas ações locais, no pedaço de chão de cada um, a chave para a sustentabilidade e o cuidado com to-das as vidas.

Fundado em 1999, vem incentivando ações transformadoras, atuando com projetos que contribuem para o fortalecimento das práticas de leitura e escrita como atividade individual e social, e pela conserva-ção do meio ambiente por meio do desenvolvimento de projetos para áreas de reserva florestal que, fun-damentados no modelo bem sucedido de gestão do Parque das Neblinas, estabelecem estratégias de edu-cação ambiental, restauração, pesquisa, manejo florestal e envolvimento comunitário.

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05 de Junhodia Mundial do Meio aMbiente

As florestas são, sem dúvidas, umas das maiores riquezas naturais de nosso planeta. E, pensando na preservação das florestas nativas e no potencial desenvolvimentista - ambiental, social e econômico - das florestas plantadas, a ABAF vem trabalhando para fortalecer este setor.

A novidade em 2015 é a criação do programa 'Mais Árvores Bahia' que tem por objetivo a inclusão e formação de pequenos e médios produtores e processadores de madeira para uso múltiplo.

associação baiana das empresas de base Florestal - abaFhttp://issuu.com/abaf_2014

av. Professor Magalhães neto, 1752 - ed. lena empresarial, sala 207 - Pituba, 41810-012 Salvador, ba

www.abaf.org.br/ [email protected] 3342.6102

aSSociadoS: