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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Niterói e Itaboraí Setembro de 2014 Mais de 10 mil pessoas participam de ato em defesa da Petrobrás 2.000 Metalúrgicos de Niterói Mais de dez mil trabalhadores se reuniram no centro do Rio para um grande ato em Defesa do Pré-sal, da Petro- brás e do Brasil que teve a participação do ex-presidente Lula. Cerca de dois mil metalúrgicos de Niterói atraves- saram a Baía de Guanabara para se juntar ao grande mo- vimento na Cinelândia. Os metalúrgicos de Niterói fizeram uma belíssima passeata coordenada pelo Sindicato em defesa dos em- pregos. Mais uma vez, os metalúrgicos fizeram história. A diretoria do Sindicato agradece e parabeniza os tra- balhadores que participaram do ato para defender seus empregos. Numa identificação clara de sensibilização, funcionários de diversos estaleiros como: Eisa Petro Um (Mauá), Vard, Enaval, Aliança e UTC demonstraram que os investimentos realizados pelo atual governo de- vem continuar na região. Saudamos os trabalhadores que não participaram, pois negociamos com as empresas que entendem da mesma forma, fizemos nossa manifestação sem prejudicar ninguém. São as obras que sustentam nos- sos empregos e nossas milhares de famílias. Com palavras de ordem: A “Petrobrás e o Pré-sal é nos- so!”, “Metalúrgicos unidos, jamais serão vencidos!”, os trabalhadores ganharam o apoio da população nas ruas. “Estamos aqui defendendo o futuro da indústria naval brasileira. Os empresários dependem da nossa mão de obra, dependem de nós trabalhadores. A gente quer e vai lutar para defender os nossos direitos. Somos os metalúr- gicos de Niterói. Sempre à frente das lutas. Vamos defen- der o pré-sal”, Edson Rocha, presidente. O presidente Lula também falou aos trabalhadores. “Companheiros funcionários da Petrobrás, companhei- ros engenheiros, metalúrgicos, faxineiros, terceirizados, todos nós temos que ter orgulho de vestir a camisa da Petrobrás. Temos que andar de cabeça erguida. Duvida- ram do que éramos capazes quando assumimos o gover- no. Hoje, o resultado está aí para o desespero de muitos. Havia gente que queria que a Petrobrás esmilinguisse. Eles queriam entregar a Petrobrás. Graças a Deus, aos trabalhadores, aos movimentos sindicais e aos movimen- tos sociais se mobilizaram e isso não aconteceu. Somos capazes de extrair e refinar o petróleo e construir navios. O Brasil não vai regredir. O Brasil vai continuar avançan- do”, disse Lula. www.metalurgicosniteroi.com www.facebook.com/metalurgicosniteroi Brasa - O Estaleiro Brasa não participou da reunião para organização do ato. Lembramos a esta empresa que os financiamentos para o setor e as obras que estão sendo construídas no Brasil são frutos de conquistas dos trabalhadores que lutaram para reerguer a indústria na- val brasileira e continuam lutando para mantê-la. Não vamos permitir novamente em nosso país empresários que só querem usufruir dos benefícios temporários.

Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias ... · CEP: 24020-220 Telefone: (21) 2622-1983 – 2719-5623 Email: [email protected] Jornal. Resp. e Diagramação:

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Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Niterói e ItaboraíSetembro de 2014

Mais de 10 mil pessoas participam de ato em defesa da Petrobrás

2.000 Metalúrgicos de NiteróiMais de dez mil trabalhadores se reuniram no centro do

Rio para um grande ato em Defesa do Pré-sal, da Petro-brás e do Brasil que teve a participação do ex-presidente Lula. Cerca de dois mil metalúrgicos de Niterói atraves-saram a Baía de Guanabara para se juntar ao grande mo-vimento na Cinelândia.

Os metalúrgicos de Niterói fizeram uma belíssima passeata coordenada pelo Sindicato em defesa dos em-pregos. Mais uma vez, os metalúrgicos fizeram história. A diretoria do Sindicato agradece e parabeniza os tra-balhadores que participaram do ato para defender seus empregos. Numa identificação clara de sensibilização, funcionários de diversos estaleiros como: Eisa Petro Um (Mauá), Vard, Enaval, Aliança e UTC demonstraram que os investimentos realizados pelo atual governo de-vem continuar na região. Saudamos os trabalhadores que não participaram, pois negociamos com as empresas que entendem da mesma forma, fizemos nossa manifestação sem prejudicar ninguém. São as obras que sustentam nos-sos empregos e nossas milhares de famílias.

Com palavras de ordem: A “Petrobrás e o Pré-sal é nos-so!”, “Metalúrgicos unidos, jamais serão vencidos!”, os trabalhadores ganharam o apoio da população nas ruas.

“Estamos aqui defendendo o futuro da indústria naval brasileira. Os empresários dependem da nossa mão de obra, dependem de nós trabalhadores. A gente quer e vai lutar para defender os nossos direitos. Somos os metalúr-gicos de Niterói. Sempre à frente das lutas. Vamos defen-der o pré-sal”, Edson Rocha, presidente.

O presidente Lula também falou aos trabalhadores.“Companheiros funcionários da Petrobrás, companhei-

ros engenheiros, metalúrgicos, faxineiros, terceirizados, todos nós temos que ter orgulho de vestir a camisa da Petrobrás. Temos que andar de cabeça erguida. Duvida-ram do que éramos capazes quando assumimos o gover-no. Hoje, o resultado está aí para o desespero de muitos. Havia gente que queria que a Petrobrás esmilinguisse. Eles queriam entregar a Petrobrás. Graças a Deus, aos trabalhadores, aos movimentos sindicais e aos movimen-tos sociais se mobilizaram e isso não aconteceu. Somos capazes de extrair e refinar o petróleo e construir navios. O Brasil não vai regredir. O Brasil vai continuar avançan-do”, disse Lula.

www.metalurgicosniteroi.com www.facebook.com/metalurgicosniteroi

Brasa - O Estaleiro Brasa não participou da reunião para organização do ato. Lembramos a esta empresa que os financiamentos para o setor e as obras que estão sendo construídas no Brasil são frutos de conquistas dos trabalhadores que lutaram para reerguer a indústria na-val brasileira e continuam lutando para mantê-la. Não vamos permitir novamente em nosso país empresários que só querem usufruir dos benefícios temporários.

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2 JORNAL DO METALÚRGICO Setembro de 2014

Expediente:

Boletim Informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Niterói e ItaboraíEnd: Trav. Cadete Xavier Leal, nº 31, centro – Niterói RJCEP: 24020-220 Telefone: (21) 2622-1983 – 2719-5623 Email: [email protected]

Jornal. Resp. e Diagramação:Willian Chaves Mtb.12704/[email protected]

Demissões nos estaleiros

preocupamEstaleiros de Niterói estão atuando na

contramão da economia brasileira, que gerou 632.224 novos empregos formais no mesmo período. O crescimento das demissões nos últimos dois meses alar-maram o Sindicato. O ramo metalúrgico, assim como a base da CNM/CUT, apre-sentou leve redução do emprego, porém pelo terceiro mês consecutivo houve fe-chamento de postos de trabalho.

Em Niterói, cerca um mil trabalhado-res perderam seus empregos. Situação que inspira cuidados é a do Estaleiro Eisa Ilha, no Rio de Janeiro. A empresa faz parte do Grupo Sinergy que também con-trola o Estaleiro Eisa Petro Um, em Ni-terói, responsável pelo maior número de contratados.

Preocupado com esta alta nas demis-sões, o Sindicato dos Metalúrgicos de Ni-terói, através do presidente Edson Rocha, se reuniu em agosto com o Presidente da Transpetro, Sérgio Machado, acompa-nhado do presidente nacional da CUT, Vagner Freitas. A Transpetro é a principal contratante de serviços dos estaleiros.

“Em período eleitoral parece que mui-tos empresários começam a especular e acharcar o trabalhador. As dispensas são imotivadas. As obras permanecem e os contratos estão sendo pagos. Tudo não passa de especulações, más admnistra-ções das empresas e falta de planejamen-to. Estamos conversando com responsá-veis do setor em todo país para assegurar o empregos dos milhares de metalúrgicos de Niterói”, afirmou Edson Rocha.

Os estaleiros Vard, Mauá, Brasa e Enaval alteraram a opera-dora de plano de saúde que atende os trabalhadores. A direção do Sindicato espera que os novos planos ampliem os atendi-mentos e suas cobertura afim de melhorar a prestação de ser-viço aos trabalhadores e familiares com novas clínicas, maior cobertura de exames e mais médicos credenciados.

Os trabalhadores que enfrentarem problemas por conta de tro-ca de operadoras de plano de saúde tais como mal atendimen-to, exames negados, clínicas e médicos credenciados, devem contatar o Sindicato através dos site (www.metalúrgicosniteroi.com), Facebook (www.facebook.com.br/metalurgicosniteroi) ou na sede da entidade. Sugestões de médicos e clínicas para credenciamento também podem ser enviados.

Planos de Saúde

Imagem ilustrativa

O Sindicato identificou que algumas empresas descontam a contribuição assistencial dos trabalhadores e não re-passam à entidade. A maioria presta serviços no estaleiro Vard. A atitude, além de fe-rir a lei, configura crime de apropriação indébita. O fato mais agravante é que as con-tribuições são as responsáveis

por sustentar as atividades em defesa da categoria e a admi-nistração do sindicato, preju-dicando assim, a assistência ao trabalhador.

O Sindicato estuda as ma-neiras de cobrar judicialmen-te as contribuições já descon-tadas dos trabalhadores e não repassadas.

Contribuição assistencial descontada não é repassada

Funcionários da UTC participam de campeonato de futebol

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JORNAL DO METALÚRGICOSetembro de 2014 3

O Sindicato alerta às empresas que não estão apresentando os PPPs (Perfil Profissiográfico Previdenciário) dos tra-balhadores preenchidos para a necessidade de apresentar o formulário nas rescisões. Os em-pregados demitidos fi-cam prejudicados com a falta de documento que serve para concessão da aposentadoria a trabalha-dores expostos a riscos. Além do mais, alguns

funcionários residem em outras regiões do país e não possuem recursos para vir em busca do do-cumento posteriormente.

O Perfil Profissiográfi-co Previdenciário (PPP) é um formulário com cam-pos a serem preenchidos com todas as informa-ções relativas ao empre-gado, como por exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual está exposto, a intensi-dade e a concentração do

agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à empresa. O formulário deve ser pre-enchido pelas empresas que exercem atividades que exponham seus em-pregados a agentes no-civos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da con-cessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além disso, todos os em-pregadores e instituições que admitam trabalhado-res como empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de Con-

trole Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamen-tadora nº 9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, tam-bém devem preencher o PPP.

O PPP deve ser preen-chido para a comprova-ção da efetiva exposição dos empregados a agen-tes nocivos, para o co-nhecimento de todos os ambientes e para o con-trole da saúde ocupacio-nal de todos os trabalha-dores.

É importante que aque-les empregados que já possuem o documento guardem para futuramen-te servir de comprovação para aposentadoria.

O PPP é obrigatório. Fique atento!

Itaboraí está cotada para ser a sede de um condo-mínio industrial para a área naval e também da pri-meira fábrica na América do Sul dos motores a diesel Daihatsu, utilizados em plataformas marítimas e em-barcações. O investimento inicial, de US$ 6 milhões, prevê geração imediata de 300 empregos diretos.

Os detalhes iniciais foram acertados pelo prefeito Helil Cardozo e o presidente do Sindicato Nacio-nal da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha.

Uma agenda já está acertada para que o prefeito mostre aos empresários da construção naval uma área onde poderão ser instalados o condomínio e a fábrica de motores. A área para ser instalada a fábrica poderá chegar a 20 mil m².

No futuro condomínio industrial, estaleiros cons-truirão módulos para embarcações e plataformas.

Os motores Daihatsu são fabricados atualmente no Japão, Finlândia e Suécia. Na fábrica a ser instalada, a mão de obra será local.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Ita-boraí, através da subsede de Itaboraí, vai acom-panhar todas as etapas de contratações para ga-rantir que todos os direitos sejam assegurados aos trabalhadores e os pisos salariais respeitados.

Os trabalhadores deverão se inscrever no Sistema Nacional de Emprego (Sine), da Secretaria Munici-pal de Trabalho e Renda, que na oportunidade divul-gará os requisitos necessários para os candidatos a uma vaga.

Novos empreendimentos do setor naval vão gerar 300 empregos em Itaboraí

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4 JORNAL DO METALÚRGICO Setembro de 2014

Compromisso assinado: Contrato Coletivo Nacional do

setor naval vai garantir direitos iguais

Foi assinado o termo de compromisso que garan-te a construção, no período de seis meses, do Con-trato Coletivo Nacional de Trabalho do Setor Naval. O compromisso foi assumido pelos presidentes da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, e do Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval), Ariovaldo Santana da Rocha, na abertura do Seminário do Setor Naval.

No ato de assinatura estavam presentes, além de Cayres e Ariovaldo, o coordenador do setor naval da Confederação e Presidente do Sindicato dos Metalúr-gicos de Niterói, Edson Rocha, e Sérgio Novais, se-cretário de administração da Confederação Nacional dos Químicos da CUT (CNQ), entidade que também representa os petroleiros no país.

O presidente do Sinaval, ao resgatar o histórico do setor, lembrou que a indústria naval só foi recuperada a partir do governo Lula e hoje, com o pré-sal e o projeto em curso, continua tendo boas perspectivas de crescimento. “A CNM teve papel importante para que, logo no início do primeiro mandato do governo Lula, o projeto do setor naval fosse abraçado, tendo à frente a então ministra Dilma Rousseff (na época, ela comandava o Ministério das Minas e Energia). Hoje chegamos a 81 mil empregos (70 mil diretos), 387 obras e R$ 110 bilhões destinados à produção do setor”, afirmou, elogiando também a participação da Confederação no Conselho do Fundo da Marinha

Mercante, onde são discutidas as políticas para o segmento.

Já Paulo Cayres ressaltou que o diálogo nunca pode ser menosprezado nas relações entre capital e trabalho e que foi por meio dele que a indústria naval foi recuperada no país. “Agora, via pré-sal, temos a oportunidade de avançar ainda mais e, por isso, chegou a hora de garantirmos direitos iguais para os metalúrgicos do setor em todo Brasil, por meio do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho”, assinalou o presidente da CNM/CUT.

Segundo Edson Rocha, não há sentido que os tra-balhadores tenham direitos tão diferentes se as em-presas do setor são as mesmas em todo o país. “Por isso, chegou o momento de unificar as cláusulas num contrato nacional, porque as condições de trabalho são as mesmas de 20 anos atrás”, afirmou. Edson tem representado a CNM/CUT no Conselho do Fundo da Marinha Mercante.

Ainda durante o seminário que aconteceu em São Bernardo do Campo, os metalúrgicos aprovaram em linhas gerais de suas propostas para o Contrato Cole-tivo Nacional de Trabalho e um plano de ação até o próximo encontro, quando as propostas – depois de debatida em cada sindicato – deverão ser aprovadas para a negociação com o Sinaval.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CNM/CUT