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INFUCAPI ANO X NUMERO 61 - MANAUS - AM - Janeiro de 2012 - ISSN 2175-1518 Publicacao Bimestral da FUCAPI | Distribuicao Gratuita TV Digital: Ginga sem certificação pode comprometer interatividade do sistema, alerta técnico da FUCAPI Design da FUCAPI coleciona prêmios e leva arte para as ruas (P.04) Middleware deve passar por órgão certificador acreditado pelo Inmetro para evitar problemas com os aplicativos (P.03) Alessandro Teixeira conheceu os projetos da fundação nas áreas educacional, tecnológica, ino- vação e sustentabilidade. Roteiro incluiu visita ao Núcleo de Design Tropical . (P.06) Secretário-Executivo do MDIC e comitiva visitam a FUCAPI FUCAPI capacita para o manuseio de tucumã (P.05)

Informativo Fucapi - Ed.61 - 2012

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Page 1: Informativo Fucapi - Ed.61 - 2012

INFUCAPIANO X NUMERO 61 - MANAUS - AM - Janeiro de 2012 - ISSN 2175-1518

Publicacao Bimestral da FUCAPI | Distribuicao Gratuita

TV Digital: Ginga sem certificação pode comprometer interatividade do sistema, alerta técnico da FUCAPI

Design da FUCAPI coleciona prêmios e leva arte para as ruas (P.04)

Middleware deve passar por órgão certificador acreditado pelo Inmetro para evitar problemas com os aplicativos (P.03)

Alessandro Teixeira conheceu os projetos da fundação nas áreas educacional, tecnológica, ino-vação e sustentabilidade. Roteiro incluiu visita ao Núcleo de Design Tropical . (P.06)

Secretário-Executivo do MDIC e comitivavisitam a FUCAPI

FUCAPI capacita para o manuseio de tucumã (P.05)

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EditorialInFucapi é uma publicação da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação

Tecnológica - FUCAPIwww.fucapi.br

Av. Gov. Danilo de Mator Areosa, 381Distrito Industrial - CEP.: 69075-351

Manaus - AM

Diretora-PresidenteISA ASSEF DOS SANTOS

Diretor de TecnologiaEVANDRO VIEIRALVES

Diretor de EducaçãoNIOMAR PIMENTA

Jornalista Resposável Renato Moraes - DRT 1132/MTB-RN

Projeto Gráfico e DiagramaçãoOsvaldo Relder

Anna Carolina Azulay Refkalefsky

Estagiário de JornalismoMarcos Caminha

Colaborou nessa ediçãoGuajarino de Araújo Filho

Fotos: Arquivo FUCAPI

www.fucapi.br/[email protected]

Tel.: 2127-3287/3290/3238

Expediente

Trinta anos não são 30 diasVinte e seis de feve-reiro. Criada exata-mente nessa data, exatos 30 anos atrás, inspirada em um Polo Industrial que crescia e sofisticava suas atividades, difícil ima-ginar a trajetória que

a FUCAPI, viria a percorrer. Isso tudo graças aos colaboradores que por aqui passaram e que ainda fazem parte desse desafio.

Nascida Fundação Centro de Análise da Pro-dução Industrial, representou um encontro de demandas entre uma crescente expectativa local, motivada pela necessidade de criar com-petências para interagir com as empresashigh tech, e a percepção, pelos órgãos envol-vidos na análise técnica de projetos para a concessão do incentivo da ZFM, de que nem sempre o viés dessa análise contemplava os interesses do desenvolvimento local.

Aqui encontramos profissionais das mais diversas áreas do conhecimento, desde oriun-dos da direção de empresas de grande porte do Polo Industrial até o meio acadêmico. Vol-tando um pouco no tempo, a FUCAPI recrutouegressos de graduações em áreas tecnológi-cas, principalmente das engenharias elétrica e mecânica, além da computação, compon-do equipes com um misto de experiência e juventude. Nascida com identidade forte, logo valorizou a chamada “prata da casa”, caso de colaboradores que ingressaram na fundação na qualidade de estagiários e hoje ocupam cargos de liderança.

Em meio a essa fusão de conceitos abstratos concretizou-se uma instituição ímpar, a única desse porte na Amazônia brasileira a conjugartecnologia e inovação com a mesma ênfase. O bom conceito que desfrutamos na educação formal foi construído com o comprometimen-to de todos, numa jornada que iniciou com o ensino técnico, avançou até a educação superior, e segue avançando com a pesquisa e a pós-graduação.

O pioneirismo da FUCAPI é contabilizado em áreas como design, propriedade intelectual, aferição e calibração, além da realização deatividades de desenvolvimento tecnológico que em muito precederam a existência dos recursos obrigatórios para P&D oriundos da Lei de Informática. Essa, aliás, é uma forte característica institucional: ao se transformar em Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica, em 1987, mantendo a sigla FUCAPI, antecipamos em quase 20

anos a importância que seria assumida pela inovação no cenário econômico.

Hoje, é com orgulho que vemos a FUCAPI reconhecida em muitos fóruns pelo Brasil, além de bem sucedidas parcerias internacio-nais, mas sempre atuando a partir do foco nas prioridades locais. Na qualidade de instituição privada, que sobrevive dos serviços prestados, executar atividades relevantes para o desen-volvimento regional e, ao mesmo tempo, manter a sustentabilidade econômica, é um grande desafio, enfrentado com bem sucedida determinação por mais de 4,5 mil profissionais que passaram por esta fundação ao longo desses anos.

É uma história que nos orgulha. O aprendiza-do foi grande; a trajetória é única. É difícil até mesmo comparar as atividades de hoje com as do já distante ano de criação. Mas queremos - e podemos - fazer mais.

Para isso, a FUCAPI tem buscado uma atu-ação responsável, cooperativa; investido na formação de recursos humanos; valorizado o domínio e aplicação de tecnologias; proposto e participado de atividades que sequer seriam cogitadas no planejamento de instituições privadas, uma vez que nem sempre permitem acesso a recursos, mas são entendidas pelainstituição como essenciais para o fortaleci-mento das capacidades locais.

Sem exageros, é uma instituição ímpar, que alia serviços técnicos especializados e educa-ção formal em vários níveis, no ambiente datecnologia e inovação. Uma solução inteli-gente e, ao mesmo tempo, difícil de executar. Talvez, no máximo, outras duas instituições do país tenham perfil semelhante, ambas no eixo Sul-Sudeste. Uma instituição de tecnologia desse porte, numa região carente de conheci-mento… O que era pioneirismo virou missão: a de formar pessoas e gerar desenvolvimento em forma de soluções tecnológicas em prol do bem comum.

Tivera alguém caminhado esse caminho – com os mesmos calçados -, então poderia melhor compreender a importância da maior de nos-sas conquistas: permanecer forte e ativa, após 30 anos. Afinal, 30 anos não são 30 dias.

A todos os colaboradores e instituições par-ceiras da FUCAPI, nossos votos de agrade-cimento. Inovar, formar pessoas, pesquisar, compartilhar as dificuldades e vencer desafios foram verbos conjugados em comum durante esses 30 anos.

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Isa Assef dos Santos

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Assim como os brinquedos, eletroeletrônicos e uma série de outros produtos, o GINGA, middleware utilizado pelo Sistema Brasileiro de TV Digital, precisa passar por um órgão de certificação acreditado pelo Instituto Nacio-nal de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para evitar eventuais problemas no funcionamento de aplicações disponibilizadas pelas emissoras de TV. O alerta é do gerente de projetos do Centro Geral de Desenvolvimen-to Tecnológico (CGDT) da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FuCApI), Ricardo Salles.

Segundo ele, a interatividade é um dos prin-cipais diferenciais do sistema brasileiro sobre os demais (japonês, americano e europeu). Ricardo Salles explica que um dos problemas que atrasaram todo o processo de especifica-ção do GINGA foi a questão do pagamento de royalties a uma empresa privada, a SuN, deten-tora dos sistemas utilizados na especificação do middleware. Agora, o governo, por meio de um novo processo produtivo Básico (ppB) dos televisores, pressiona para que as TV´s produ-zidas no país já saiam de fábrica com a incor-poração da capacidade de executar aplicações interativas radiodifundidas através do GINGA.

Em função desse atraso, não há garantia que os fabricantes do middleware tenham desen-volvido todas as especificações que podem garantir o perfeito funcionamento do sistema.

Dessa forma, explica Ricardo, os fabricantes do GINGA estão adaptando as especificações do sistema não às normas técnicas, mas ao perfil de interatividade disponibilizado pelas emissoras.

“A questão é simples. Não há como um fa-bricante certificar seu próprio produto. Isso tem que ser feito por um órgão certificador acreditado pelo Inmetro”, reforça o técnico. para Ricardo Salles, a FuCApI atende plena-mente a essas condições, pois tem técnicos e pesquisadores com experiência em TV Digital, além de um sistema de laboratórios acreditado pelo Inmetro para a certificação de uma série de produtos, que vão de brinquedos a eletroe-letrônicos.

No final de fevereiro, o Ministério das Co-municações publicou o cronograma para a implantação obrigatória do middleware Ginga nos aparelhos de TV fabricados no Brasil. O cronograma representou uma pequena vitória por parte dos fabricantes, que garantiram o adiamento da obrigatoriedade do Ginga para o ano que vem.

Segundo o cronograma, a implantação do middleware é opcional em 2012. A partir de janeiro de 2013, no entanto, 75% das TVs fabri-cadas no país têm que vir com o programa. Somente em 2014, ano de Copa do Mundo, é que 90% dos aparelhos devem incluir o Ginga.

A FUCAPI, que tem tradição e experiência no desenvolvimento de hardware e middleware com indústrias do setor de áudio e vídeo do polo Industrial de Manaus e de todo o Brasil, atende aos requisitos para a certificação do Ginga. A instituição dispõe de técnicos e pes-quisadores com experiência em TV Digital, além de um sistema de laboratórios creden-ciado pelo Inmetro para a certificação de uma série de produtos, que vão de brinquedos a eletroeletrônicos.

“Participamos de várias reuniões do setor, no Brasil e no exterior. Estamos atuando desde 2007 na uIT – união Internacional de Teleco-municações, que é uma das agências espe-cializadas da ONU (Organização das Nações Unidas), com sede em Genebra na Suíça. Neste período realizamos e apresentamos várias Contribuições que resultaram na Recomen-dação H.761 Nested Context Language (NCL) and Ginga-NCL for IPTV services. Foi primeira Recomendação aprovada na UIT com especifi-cações de tecnologia brasileira na área de dis-tribuição de conteúdo”, explica o engenheiro Ademir Lourenço, também da FuCApI, que chefiou algumas das delegações brasileiras em reuniões na UIT.

A Recomendação H.761 diz respeito à especifi-cação da linguagem a ser utilizada pelo Ginga em aplicações interativas em sistemas IPTV. As reuniões estão sendo realizadas para padro-nizar um sistema de transmissão de TV Digital sobre o protocolo Ip (Internet protocol), atra-vés de ligações de banda larga.”

Ainda em relação à certificação, Ricardo Salles afirma não há garantia hoje que os fabricantes do Ginga tenham desenvolvido todas as espe-cificações para o perfeito funcionamento do sistema. “Esta é uma preocupação da FuCApI, que participa do processo de especificação e implantação do Sistema Brasileiro de TV Digital desde 2003”, completa.

O sinal digital está hoje presente em 457 cida-des (45,4% da população), de acordo com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital .

GINGA sem certificação é risco para a interatividade

FUCAPI apta para certificar o middleware

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O curso de Design da faculdade FUCAPI ganha destaque com três premiações em nível nacio-nal e regional e leva o talento dos alunos em forma de arte às ruas de Manaus. No final do ano passado, um grupo de 18 alunos, coorde-nados pela professora Brunna Rocha, desen-volveu o projeto “Muros Vivos” para dar vida às ruas do Centro.

Em parceria com a ManausCult, eles pintaram um painel na rua Governador Vitório, entre a rua Bernardo Ramos e a avenida 7 de Setem-bro, em frente à Praça Dom Pedro II. “As pin-turas em muros no centro da cidade dialogam com as pessoas, contam uma história e partici-pam da vida da cidade e o projeto Muros Vivos teve como objetivo pensar a cultura e o espa-ço público através da arte e do design com o intuito de valorizar a cidade e seu espaço atra-vés da expressão gráfica”, ressalta Brunna.

O curso de Design da FUCAPI vem contabili-zando conquista sobre conquista. Depois de receber nota 4, em um nível de 1 a 5, na ava-liação de conceito do Ministério da Educação (MEC), foi indicado pelo Guia do Estudante, da Editora Abril, como um dos melhores do Brasil.

Em janeiro, o estudante Ezequiel Freitas de Medeiros, do segundo período, venceu o con-curso “Sem Igual”, da Grendene, que escolheu o modelo mais criativo para uma edição limita-das das sandálias Ipanema. “Foi uma agradável surpresa. É o meu primeiro prêmio em nível nacional”, disse.

O design da FUCAPI deixou sua marca também nas tradições religiosas do povo amazonense.

A designer Lara Denys, formada pela Fundação na turma de 2010, foi a vencedora do concurso promovido pela Igreja Católica no final do ano passado para a criação de uma imagem de “Nossa Senhora da Amazônia”. Representada por uma mulher ribeirinha, a santa traz, no colo, um bebê com aparência cabocla.

Lara ainda ressalta que concluir o curso de de-sign na Faculdade FUCAPI foi somente o início de uma carreira promissora. “Valeu muito à pena ter cursado design na FUCAPI. Apesar da pouca experiência, os ensinamentos que lá adquiri me ajudaram a vencer o concurso e atualmente estou montando meu próprio negócio.”

A marca do Design FUCAPI também estará presente na próxima Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, evento coordenado no Amazonas pela Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (SECT). O mascote do evento foi escolhido por concurso em outubro do ano passado. O vencedor foi Vitor Belichar, tam-bém estudante da Fundação.

Desenvolvendo atividades como a produção de produtos e a materialização de ideias, o De-sign da FUCAPI tem conquistado, ao longo dos anos, uma extensa bagagem profissional. Por meio de projetos como o Design de Produtos e Interiores, conhecido como Design Tropical, a FUCAPI utiliza, de forma sustentável, recursos naturais como matérias-primas alternativas na fabricação de diversas peças que são comercia-lizadas em toda a região.

Entre os trabalhos desenvolvidos pela FUCAPI estão a criação de logomarcas conhecidas no mercado amazonense, como do Studio 5 e Fazendinha, e a ambientação de interiores de uma série de órgãos públicos e instituições privadas. Focada no desenvolvimento regional, a FUCAPI desenvolve, em parceria com órgãos de financiamento e outras instituições de pesquisa, projetos de Design em P&D, como o “Floresta Viva” e o “Aprorem”, onde é fabri-cada uma linha de camas utilizando madeira manejada e produtos com aproveitamento de madeira do município de Maués. Mais informa-ções pelo telefone: (92) 2127-3074

E com essa experiência bem sucedida de mais de 20 anos na área, a FUCAPI amplia sua gama de serviços na área com a oferta de um curso inédito de pós-graduação em Design de Moda. O curso terá uma carga horária de 390 horas, incluindo o Trabalho de Conclusão de Curso.

Design coleciona prêmios e leva arte às ruas de Manaus

Pioneirismo e foco na sustentabilidade

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Curso na FUCAPI capacita para manuseio de tucumã e frutas regionais

Os consumidores devem ficar atentos na hora da alimentação fora ou dentro do lar, para evitar as chamadas doenças transmitidas por alimentos (DTA), conforme alertam os espe-cialistas em ciências biológicas e tecnologia do alimento da Fundação Centro de Análise, Pes-quisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI) e da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Defensores do consumo de frutos regionais, como tucumã, açaí, castanha e pupunha os profissionais advertem sobre os cuidados ne-cessários para o manuseio, armazenamento e preparo destes e outros alimentos.

As dicas, que servem de alerta a consumidores e orientação aos comerciantes do segmento de alimentação, foram dadas pelos especialis-tas no 1º Curso de Capacitação em Boas Práti-cas na Manipulação de Alimentos, promovido pela FUCAPI em fevereiro. A capacitação, gratuita, reuniu cerca de 30 trabalhadores da área, como microempresários, feirantes, am-bulantes e comerciantes de tucumã in natura.

Aparentemente inofensivo, o ‘x-caboquinho’ do lanche da esquina ou mesmo o produto in natura, manuseado de maneira inadequada, pode representar riscos à saúde de quem compra o produto, afirma a professora do Curso Técnico de Biotecnologia da FUCAPI, Eneida Nascimento, doutora em Ciências Biológicas pela Universidade Federal Rural da Amazônia. “É preciso combater essa cultura de ‘o que não mata, engorda’, com muito es-clarecimento”, enfatiza.

Estudo feito por alunos do curso de Biotec-nologia da instituição constatou a presença

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de coliformes fecais em 100% das amostras de tucumã em lascas coletadas em Manaus. “Foi o que motivou a FUCAPI a realizar essa capacitação”, diz a diretora da Escola FUCAPI, Rosanna Lacouth.

Segundo a nutricionista Fernanda Lemos, a falta de higiene é o principal fator que causa as doenças transmitidas através dos alimen-tos. “É comum encontrar em nossa cidade pessoas descascando o tucumã nas vias públi-cas em temperatura ambiente com a presença de poeira e fumaça sem um lugar adequado para a lavagem das mãos e acondicionamento do produto já processado, o que compromete a saúde da população”, explica.

O coordenador do curso Superior de Tecnolo-gia em Alimentos da UEA, Carlos Victor Bessa, convidado para ministrar parte do curso, aler-ta para os riscos da infecção alimentar. “Em 30 minutos, a pessoa sente os efeitos de uma infecção, que se manifesta através de sinto-mas como vômito, dores abdominais, diarréia, náuseas e febre, em alguns casos”, diz. Segun-do ele, os alimentos que mais causam perigo são ovos mal cozidos ou crus (especialmente usados no preparo de maionese caseira), carne vermelha, sobremesas, água, leite, en-tre outros. De acordo com Bessa, alimentos contaminados pela bactéria Clostridium botu-linun podem ocasionar um tipo de intoxicação alimentar fatal – o botulismo, que pode matar em até duas horas. Neste sentido, o cuidado deve ser na hora de consumir alimentos em conversa ou embutidos, onde não circulam oxigênio e a bactéria se reproduz.

Distribuído em uma área de 800m², o Centro Geral de Serviços Tecnológicos (CGST) da FUCAPI é composto por diversos laboratórios, como Eletroeletrônicos, de Segurança, Mecânicos, Químicos, Elétricos, Acústicos, entre outros, que realizam en-saios como segurança de brinquedos, de isqueiros, artigos escolares e artigos para festas.

Na área de Calibração, o CGST está apto para atuar nas grandezas eletricidade (corrente, tensão, resistência), tempo e frequência, mecânica, temperatura, pres-são, força e volume. Já a área de Laudo e Parecer Técnico conta com laboratórios re-conhecidos nacional e internacionalmente, bem como peritos de reconhecida experiên-cia, que avaliam áreas de eletroeletrônica, mecânica, química e análise de jornada de trabalho ininterrupta.

Por meio dos acordos de cooperação téc-nica, especialistas do setor participam de comissões para elaboração e revisão de normas e regulamentos específicos junto a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ao Instituto Nacional de Metrolo-gia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a Eletrobras. Além dessas atividades, o CGST realiza consultoria para avaliação de proje-tos submetidos a órgãos fomentadores, tais como FINEP e FAPEAM, bem como possui avaliadores especialistas que participam de processos de Avaliação de Laboratórios (Cgcre/Inmetro).

Na FUCAPI, o CGST é responsável pela gestão do projeto Selo Amazônico, que é desenvolvido em parceria com a Suframa e o Inmetro, que visa o monitoramento dos produtos quanto à legalidade, qualidade, segurança, requisitos ambientais, econômi-cos, sociais e procedência da matéria-prima.

Marcelo Steinhagen, coordenador do CGST

Nosso Negócio é...

Calibração, ensaios e laudos

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Secretário Executivo do MDIC visita a FUCAPI

Incubadora amplia capacidade de apoio ao empreenderismo

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Acompanhado pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIE-AM), Antonio Silva, e pelo presidente do Cen-tro da Indústria do Estado do Amazonas (CIE-AM), Maurício Loureiro, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, visitou a FUCAPI no dia 28 de fevereiro.

Recebido pelo diretor-presidente em exercício, Evandro Vieiralves, o secretário assistiu a uma apresentação do trabalho desenvolvido pela FUCAPI nas áreas Educacional e Tecnológica, com destaque nas áreas de Tecnologias da In-formação e Comunicação, Tecnologias Ambien-tais, Tecnologia Industrial Básica, Tecnologia de Produtos e Tecnologias de Gestão. Atento a cada detalhe, Teixeira mostrou-se especialmen-te interessado no Selo Amazônico, programa idealizado pela Suframa e executado pela FU-CAPI para certificação de produtos regionais.

O secretário conheceu, ainda, a atuação da FUCAPI na área educacional, caracterizada pela parceria com a indústria em uma série de pro-jetos de capacitação e formação de recursos humanos. A fundação tem, hoje, mais de 5,6 mil alunos nas área de Ensino Médio, Médio Técnico, Graduação, Pós-gradução e Extensão (cursos profissionalizantes e de idiomas).

Sempre envolvida com a formação de uma cultura empreendedora na região, a FUCAPI ampliará o escopo de atuação de sua Incu-badora com a construção de nova estrutura física, passando a apoiar também empresas de Biotecnologia/Produtos Naturais e Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), além de sua área de interesse original, o Design. Des-sa forma, será amplificada a capacidade de atendimento da Incubadora, intensificando o esforço de desenvolvimento de empreendi-mentos mais competitivos, o que é realizado por meio da oferta de orientação empresarial e tecnológica.

A FUCAPI iniciou em 31 de outubro de 2011 a construção de uma nova estrutura com inves-timentos superiores a R$ 2 milhões. Segundo Euler Guimarães, coordenador da Incubadora, a nova unidade tem como objetivo hospedar, orientar e fortalecer micro e pequenas empre-sas de base tecnológica. “A Incubadora atua no fortalecimento de empresas nascentes

Da Sala do Conselho da FUCAPI, Alessandro Teixeira seguiu para a Fábrica de Software, que oferece soluções sob medida para clientes de médio e grande porte, utilizando padrões e metodologia de desenvolvimento fundamen-tada nos principais modelos de mercado. Em seguida, visitou o Núcleo de Design Tropical, onde conheceu toda a metodologia de criação e o processo de produção, desde o recebimen-

com vistas ao aperfeiçoamento e crescimento em curto prazo, o que reforça a geração de mão-de-obra especializada, colocação de pro-dutos com alto valor agregado no mercado, gerando maior competitividade empresarial pra empresas locais e, até mesmo, permitindo que se insiram em contexto nacional e inter-nacional”.

Atualmente, a Incubadora abriga empresas de Design que trabalham com projetos de identi-dade visual, desenvolvimento de embalagens, web design, jogos eletrônicos, engenharia de produtos, desenvolvimento de aplicativos para dispositivos móveis, atividades gerais de design e marketing e design de produtos sus-tentáveis. Além disso, abriga o Laboratório de Experiências Digitais (LED/FUCAPI), que tem o intuito de orientar e instruir alunos do curso de Design, devidamente selecionados, que rece-bem auxílio de bolsa de estudo em técnicas utilizadas nas diversas fases do processo de Design.

to da matéria-prima até a confecção das peças. O secretário ficou impressionado com o bom gosto e a riqueza de detalhes do material pro-duzido na Fundação, principalmente em função da característica de sustentabilidade do pro-jeto, que utiliza resíduos florestais e madeiras certificadas na confecção dos móveis e objetos de decoração.

Um dos projetos desenvolvidos pelo LED é o Portal FUCAPI. De acordo com o coordenador, a construção da nova estrutura da Incuba-dora firma o compromisso da FUCAPI com o desenvolvimento regional. “A obra da nova infraestrutura da Incubadora contribui com o surgimento de empresas competitivas e pro-fissionais com grande potencial de geração de riqueza e empregos”, explica Euler. O novo prédio terá três andares e está sendo construído próximo ao Núcleo de Estudos e Pesquisas em Inovação (NEPI/FUCAPI), onde ocupará uma área de 1.350 m2 e a previsão para conclusão da obra está estimada para o final do primeiro semestre de 2012. Euler tam-bém explica que o potencial de geração de em-pregos por parte das empresas incubadas é de uma média de três funcionários por empresa, o que totalizará 60 pessoas no caso de ocupação máxima da Incubadora. Além disso, a equipe do LED e de gestão da Incubadora apresenta mais 10 postos de trabalho.

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