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“Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca.” www.ampasul.com.br / [email protected] Rodovia MS 306 km 108 Cx. Postal 134 CEP 79560-000 Chapadão do Sul – MS Fone/Fax: (67) 3562-3498 / 3562-4563 1 PROGRAMA FITOSSANITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO DE 06 DE MARÇO A 04 DE ABRIL DE 2016 INFORMATIVO Nº 129

INFORMATIVO Nº 129€¦ · Foto 9. Aspecto farináceos na face inferior da folha do baixeiro do algodoeiro ocasionado por Ramularia aréola. Até o momento não foi identificado

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Page 1: INFORMATIVO Nº 129€¦ · Foto 9. Aspecto farináceos na face inferior da folha do baixeiro do algodoeiro ocasionado por Ramularia aréola. Até o momento não foi identificado

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PROGRAMA FITOSSANITÁRIO

DE MATO GROSSO DO SUL RELATÓRIO DE 06 DE MARÇO A 04 DE ABRIL DE 2016

INFORMATIVO

Nº 129

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Núcleo 1 – Chapadão do Sul

Eng.° Agr. ° Danilo Suniga de Moraes

O algodão safra se desenvolve bem no município de Chapadão do Sul. Boa parte das lavouras está com 120

DAE (dias após a emergência). As condições de clima têm favorecido a cultura, incluindo as últimas precipitações que

ocorreram no final do mês de março - no momento as lavouras não apresentam sintomas de estresse hídrico pois

ainda tem umidade no solo. Graças ao sistema radicular das plantas estarem bem desenvolvidos, a capacidade de

absorção em profundidade tem sido possível na maioria das áreas. O preparo de solo adequado e com uma boa

estruturação do solo evita camadas compactadas que poderiam prejudicar o desenvolvimento das raízes até a água

disponível nas camadas mais profundas de solo.

Foto 1 e 2. Algodão safra no município de Chapadão do Sul – MS.

Em plena fase reprodutiva, o algodão requer cuidados específicos neste momento pois o eventual ataque de

pragas que possam causar perdas de estruturas ou danos às mesmas é crítico. Foi constatado o ataque de percevejo

marrom (Euschistus heros), em vários talhões na região. Esta praga se dispersa a partir das áreas de soja, e como a

colheita da oleaginosa finalizou no mês de março a praga que não foi controlada no final do ciclo se distribuiu para a

cultura de algodão causando problemas. Este percevejo tem o hábito de picar as maçãs em busca de alimento

causando danos irreversíveis, pois podem deformá-las ou inocular microrganismos que levam a podridões de maçãs,

ou prejudicar diretamente a formação da fibra. Uma boa forma de controle desta praga é o manejo de bordadura,

mediante a identificação da presença da praga e sua abrangência, assim é possível atuar de forma rápida e efetuar o

controle localizado para que não ocorra a disseminação da mesma em todo o talhão.

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Foto 3; 4 e 5. Percevejo marrom na cultura do algodoeiro.

Foto 6 e 7. Controle do percevejo marrom na bordadura.

As lagartas do gênero Spodoptera também estão sendo um problema frequente durante esta fase de

florescimento e frutificação, inclusive com presença contínua nas cultivares Bt de primeira geração (que expressam

proteínas Cry1), demandando o uso de produtos químicos para controle das mesmas. Muitos destes têm

apresentado resultados pouco satisfatórios já que a praga nesta fase tem hábito de se alimentar no interior de flores

e botões florais o que dificulta atingir o inseto. Os produtos e a tecnologia de aplicação utilizados muitas vezes não

alcançam o alvo, o dano provocado é direto, ou seja, queda de estruturas reprodutivas. Neste aspecto, é importante

monitorar corretamente as infestações iniciais e controlar as lagartas ainda pequenas; na eventualidade delas terem

crescido é preciso atentar para o fato da necessidade de escolher produtos capazes de controlá-la, com ótima

tecnologia de aplicação (gotas pequenas e boa deposição) feita em horários mais favoráveis.

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Foto 8. Lagartas Spodopteras atacando a flor do algodoeiro.

O bicudo do algodoeiro tem sido encontrado mais em baixa intensidade em alguns pontos de bordadura,

contrastando com o que ocorria nos anos anteriores. O empenho dos produtores para a contenção e controle da

praga tem sido muito bom, e a adoção de tecnologias de pulverização UBV (Ultra Baixo Volume) especifica para o

controle do bicudo tem aumentado no município. Neste aspecto relacionado ao sucesso que vem sendo obtido,

ficou a lição da importância do controle da praga na safra e na entressafra para diminuir os problemas na safra

seguinte, sempre lembrando que “lugar de planta de algodão é somente na lavoura de algodão”. Nesta safra 2016,

uma das grandes vitórias conseguidas no combate de bicudo foi a interrupção dos fluxos de insetos de lavouras de

soja em colheita que continham plantas de algodão infestadas com esta praga. Cabe lembrar que esta é uma fase

crítica da praga nas lavouras, de altíssimo risco, e também é o momento que antecede surtos populacionais. Por isso

cabe intensificar reuniões do Grupo de Trabalho Regional para as atualizações de medidas de combate a serem

adotadas localmente.

O algodão safrinha (segunda safra) está iniciando a fase reprodutiva e o manejo de herbicidas na fase

anterior foi um problema para alguns produtores. Estes não conseguiram realizar o manejo devido às intensas

chuvas ocorridas e algum descuido, ficando assim alguns talhões com sobras de plantas daninhas em estágio

avançado de desenvolvimento. Agora muitos produtores estão optando por realizar o manejo através do uso da

capina manual. As plantas do algodão safrinha apresentam uma suscetibilidade maior a veranicos, comparada ao

algodão safra, nos períodos onde a ocorrência de chuvas é menor como tem sido nestes últimos dias, pois seu

sistema radicular não se desenvolveu tão bem como o do algodão safra.

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Núcleo 2 – Costa Rica e Alcinópolis

Eng.° Agr. ° Robson Carlos dos Santos

No período deste relatório, as precipitações foram irregulares no Núcleo de Costa Rica e Alcinópolis. Os

algodoais semeados na modalidade safra também já estão na fase reprodutiva, compreendida pela fase de botões

florais, flores e maçãs. No geral, as lavouras da região apresentam um bom desenvolvimento e um bom potencial

produtivo até o momento, os primeiros talhões semeados na região estão com aproximadamente 117 DAE (dias após

emergência).

Com o desenvolvimento da cultura, a maioria das lavouras semeadas com algodão safra já fecharam ou estão

prestes a fechar as entrelinhas. Nesta fase ocorre uma diminuição da aeração e irradiação solar, esses fatores

associado a elevada umidade relativa do ar, forma um ambiente com um microclima favorável para a proliferação de

fungos e bactérias.

Com relação ao controle de doenças, a maioria das

propriedades já realizaram entre quatro e sete aplicações de fungicidas

para o controle da mancha de ramulária (Ramularia areola). De forma

geral as intensidades de doenças como Ramularia areola (mancha-de-

ramulária) e Corynespora sp. (mancha-alvo) são consideradas baixas até

o momento, se comparada com a mesma época no ano anterior.

Foto 9. Aspecto farináceos na face inferior da folha do baixeiro do algodoeiro ocasionado por Ramularia aréola.

Até o momento não foi identificado focos de apodrecimento de maçãs na região, mas é importante ficar em

alerta, pois tem-se observado um aumento significativo nos índices de levantamentos a campo do percevejo-marrom-

da-soja (Euschistus heros). Atualmente a podridão das

maçãs, está associada a mais 170 espécies de

microrganismos, sendo os principais agentes: Colletotrichum

gossypii; Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides;

Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum; Ramularia

areola, Botryodiplodia theobromae e Fusarium spp..

Foto 10. Euchistus heros na maçã do algodoeiro.

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Outra praga que merece atenção especial, principalmente nesta fase é o bicudo do algodoeiro, na região todos

os produtores estão empenhados no controle e combate deste inseto, nesta semana os monitores da Ampasul

realizaram monitoramento de botões florais nas bordaduras na maioria das propriedades da região, e em algumas

delas foi constatado a presença da praga. Nesta ocasião, os responsáveis técnicos das áreas foram contatados e

orientados a realizar as medidas cabíveis para o controle da praga, como sugere o Programa Fitossanitário da

AMPASUL e o combinado no Grupo de Trabalho Regional.

Da mesma forma que em Chapadão do Sul, cabe lembrar que esta é uma fase crítica da praga nas lavouras, de

altíssimo risco, e também é o momento que antecede surtos populacionais. Por isso cabe intensificar reuniões do

Grupo de Trabalho Regional para as atualizações de medidas de combate a serem adotadas localmente.

Foto 11 e 12. Presença de Larva do bicudo em botão floral (esquerda) e bicudo do algodoeiro na flor do algodão (direita).

Em relação ao complexo de lagartas, nas últimas semanas foi possível observar através dos monitoramentos

a campo que os índices de oviposições de Heliotinae aumentaram em relação às semanas anteriores. Este aumento

pode estar associado com a redução de precipitações no Núcleo e do ciclo natural da praga. Na região, o controle

químico com inseticidas para o controle de lagartas, é mais intenso em áreas consideradas como “refúgio”, ou seja,

áreas semeadas com cultivares que não expressam resistência ao complexo de lagartas. Também, nas cultivares que

apresentam tecnologia WideStrike e Bollgard l, em média, foi necessário realizar entre três e cinco aplicações de

inseticida para o controle de lagartas, sendo que a maior demanda dessas aplicações é principalmente por causa de

lagartas do gênero Spodoptera e Heliothinae. Helicoverpa armigera aparece criticamente em algumas áreas e

preocupa todos, principalmente pela não decretação da Emergência Fitossanitária no Estado até o momento. Os

estados da Federação mais importantes no cultivo do algodão já a adotaram, podendo fazer uso responsável das

tecnologias disponíveis.

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Foto 13; 14 e 15. Presença de oviposição de lagartas do gênero Helhiotinae e lagartas se alimentando do botão floral do algodão respectivamente.

O campo demonstrativo de cultivares do Núcleo 02 (CDN-02) foi semeado na modalidade de segunda safra, e

está localizado na fazenda Nova França na região do Baús, o campo está com aproximadamente 72 DAE (dias após

emergência), todas as cultivares estão na fase reprodutiva apresentando presença de flores fecundadas e/ou emitindo

as primeiras maçãs. No geral as dezesseis cultivares semeadas no campo demonstrativo apresentam um bom

desenvolvimento até o momento. Vale lembrar que o campo demonstrativo de cultivares está disponível para visitas,

desde que seja realizado um agendamento prévio com os monitores da Ampasul ou com a autorização do técnico

responsável da propriedade.

Foto 16. Campo demonstrativo do Núcleo 02.

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Núcleo 3 – Centro (São Gabriel do Oeste).

Eng.° Agr. ° Robson C. dos Santos

Na Região Central (São Gabriel do Oeste), não será semeado algodão na safra 2015/16.

Núcleo 4 – Sul (Sidrolândia e Aral Moreira).

Eng.° Agr. ° Danilo S. Moraes

Na Região Sul do Estado o algodão está em fase final de desenvolvimento no município de Sidrolândia e em

Aral Moreira a cultura foi colhida e já foi realizada a destruição de soqueiras. Maiores informações no próximo

informativo após a visita do engenheiro da Ampasul na região.

LEMBRETE: O Programa Fitossanitário do Algodão da AMPASUL oferece aos interessados treinamento de monitoramento de pragas e doenças do algodoeiro, mediante agendamento/planejamento prévio, sem custos e

pode ser feito na propriedade, com duração aproximada de 3 horas. A Equipe de Gestão do Programa entende ser uma ótima oportunidade para treinar equipes de campo contratadas e atualizar a equipe técnica já existente.

É permitida a reprodução ou divulgação, em outros órgãos de comunicação, deste informativo, desde que expressamente citada a fonte, ficando aquele que desatender a esta determinação sujeito às sanções previstas na Lei

nº 5.259/1967 (Lei de Imprensa)

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Redação: Eng.° Agr.° Danilo Suniga de Moraes (Coordenador Técnico da AMPASUL) e Eng.° Agr.° Robson Santos (Monitor Técnico da AMPASUL)