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Informativo nº 1

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Page 1: Informativo nº 1

APOSENTADORIA ESPECIAL

Professores podem requerer direitos se sujeitos à ação

de agentes nocivos à saúde ou à integridade física Os professores da UFSC que atuaram

— ou ainda atuam — sujeitos à ação de agentes

nocivos à saúde ou à integridade física podem, a

partir de agora, requerer a aposentadoria especial,

aos 25 anos ininterruptos de exposição, ou à con-

versão de tempo especial em comum, para fins de

aposentadoria. A decisão recente do Supremo

Tribunal Federal, expressa no Mandado de Injun-

ção nº 880, impetrado pelo ANDES – Sindicato

Nacional e diversas outras entidades sindicais

representativas do funcionalismo federal, concer-

ne ao conjunto dos servidores federais. O Manda-

do de Injunção se justificava em razão da longa

espera: o legislador postergou indefinidamente a

regulamentação do direito dos servidores federais

à aposentadoria especial.

Foi definido pelo STF que, enquanto

perdurar a omissão legislativa mencionada, os

servidores federais poderão exercer o direito pre-

visto no artigo 40, § 4º, da Constituição (de apo-

sentadoria especial), através da aplicação da

mesma regra válida para os trabalhadores do

setor privado, segurados do Regime Geral de

Previdência Social – INSS.

Na atual visão do STF sobre os Manda-

dos de Injunção, entretanto, estes instrumentos

processuais são destinados apenas a suprir lacu-

nas legislativas necessárias ao efetivo exercício

de um determinado direito, não se constituindo em

meio capaz de obrigar o Poder Público – naquele

processo - a cumprir a norma legal colocada no

lugar desta lacuna.

Desse modo, os docentes e demais

servidores federais tiveram reconhecido pelo STF

que, em relação aos períodos de trabalho posteri-

ores a 11.12.1990 (edição da Lei nº 8.112/1990) e

nas hipóteses de comprovada exposição a agen-

tes nocivos à saúde ou à integridade física, cabe

invocar a aplicação do artigo 57 da Lei nº

8.213/1991, mas que a efetiva aplicação deste

direito - em cada caso concreto devidamente

comprovado- depende de pedido a ser formulado

junto ao órgão público respectivo.

A partir destes elementos, a Assessoria

Jurídica da Seção Sindical (um dos Escritórios de

Advocacia que subscreveu o Mandado de Injun-

ção nº 880) produziu uma Cartilha de Perguntas e

Respostas, que estará disponível no sítio da Se-

ção Sindical na internet, preparada a partir de uma

interpretação que busca tratar esse direito em

sentido amplo, uma vez que o governo pretende

restringi-lo.

REQUERIMENTOS ADMINISTRATIVOS PRÉ-

VIOS

Para que os docentes possam apresen-

tar os respectivos requerimentos prévios e prepa-

rar as bases para eventual ação judicial (se ne-

cessária) – a Seção Sindical do ANDES junto à

UFSC está disponibilizando para os associados,

em sua sede, nos horários de atendimento jurídi-

co, modelos de requerimento administrativo adap-

tados a situações funcionais peculiares.

Após obter o modelo de requerimento

aplicável ao caso, o interessado deve protocolizá-

lo, devidamente preenchido, junto ao órgão de

recursos humanos respectivo, mantendo consigo

a fotocópia do comprovante do protocolo. Passa-

dos mais de 30 (trinta) dias sem resposta, ou caso

seu pedido tenha sido indeferido antes deste pra-

zo, o professor deve solicitar, ao referido órgão de

recursos humanos, fotocópia integral do processo

administrativo que lhe diz respeito, entregando-a à

Seção Sindical para fins de ajuizamento da medi-

da judicial respectiva.

São quatro modelos para atender as seguintes

situações:

1- Docente em atividade que solicitará

apenas a averbação do(s) período(s) em que

atuou sujeito à ação de agentes nocivos à saúde

e/ou à integridade física, com o respectivo acrésci-

mo de 40 %, se do sexo masculino, ou de 20 % se

do sexo feminino, ou o reconhecimento de que já

completou mais de 25 anos ininterruptos nesta

condição, bem como o pagamento do abono de

permanência respectivo, sem, contudo, gerar a

imediata aposentadoria.

2 - Docente já aposentado, cujo objetivo

seja rever o ato de aposentadoria mediante o

reconhecimento de que atuou pelo mínimo de 25

anos ininterruptos sujeito a essas condições, ou a

conversão dos períodos de trabalho exercidos sob

tais condições, com o devido acréscimo legal,

bem como a revisão da data em que teria direito

ao abono de permanência, com eventual paga-

mento de valores remanescentes.

3 - Docente ainda em atividade, cujo

objetivo seja ver concedida a aposentadoria espe-

cial, mediante o reconhecimento de que atuou

pelo mínimo 25 anos ininterruptos sujeitos às

condições nocivas, bem como a revisão da data

em que teria implementado o direito ao abono de

permanência, com eventual pagamento de valores

remanescentes.

4 - Docente ainda em atividade cujo

objetivo seja ver averbados os períodos laborais

prestados nessas condições específicas, inferio-

res a 25 anos, com o acréscimo previsto em lei, e

concedida a aposentadoria respectiva, bem como

a revisão da data em que teria implementado o

direito ao abono de permanência, com eventual

pagamento de valores remanescentes.

Aos pensionistas que poderão pedir a

correção da pensão, e de acordo com a situação

do instituidor da pensão, recomenda-se que pro-

curem, diretamente, orientação jurídica específica.

informATIVO. Publicação periódica da Seção

Sindical do ANDES -Sindicato Nacional na UFSC,.

Diretoria e Conselho Fiscal provisórios

Presidente: Maria Terezinha Silveira Paulilo

Vice-Presidente: Lauro Francisco Mattei

Secretário Geral: Marco Antonio Castelli

Primeira Secretária: Vânia Maria Manfroi

Tesoureiro Geral: Hermetes Reis Araújo

Primeiro Tesoureiro: Roberto Melo

Diretor de Divulgação e Imprensa: Sílvio Paulo Boto-

Diretor de Promoções Sociais, Culturais e Científicas:

João José Piacentini

Diretor de Assuntos de Aposentadoria: Hamilton

Carvalho de Abreu

Conselho Fiscal:

Titulares: Joaquim Nestor Braga de Moraes, Valmir

Martins e Edmundo Vegini.

Suplentes: Armi Maria Cardoso e Valeska N. Gui-

marães.

Endereço: Rua Lauro Linhares 2055, Ed.

Max Flora, Torre Max, 4º andar, sala 409.

Trindade,

Florianópolis. CEP 88036-003

Telefone: (48)3364 1990

Email: [email protected]

Site: http://sindicato.ufsc.br

informATIVO Publicação Periódica da Seção Sindical do ANDES - Sindicato Nacional na UFSC Florianópolis, 19 de abril de 2010. Nº 01

EDITORIAL

Reorganização da Seção Sindical do

ANDES-SN na UFSC

Este é o primeiro número do informA-

TIVO, uma publicação periódica da Seção

Sindical do ANDES – Sindicato Nacional dos

Docentes das Instituições de Ensino Superior

- na UFSC que, desde novembro de 2009,

encontra-se em processo de reorganização.

Ele divulgará notícias de interesse dos profes-

sores, informações relativas às atividades

sindicais, ao andamento de processos jurídi-

cos e encontra-se aberto para artigos de auto-

ria dos sindicalizados.

A reorganização da seção sindical

foi aprovada por unanimidade por 73 profes-

sores que participaram de uma assembleia

convocada pela Secretaria Regional Sul do

ANDES-SN e realizada no dia 05 de novem-

bro de 2009. A convocação da Assembleia foi

motivada por uma carta de sindicalizados na

UFSC dirigida ao Presidente do ANDES-SN,

Professor Ciro Correia, com o seguinte teor:

Nós, abaixo-assinados, professores

da Universidade Federal de Santa Catarina,

diante da irregular transformação da APUFSC

– Seção Sindical em sindicato de base esta-

dual promovida no dia 29 de outubro de 2009,

vimos manifestar nossa disposição em perma-

necermos sindicalizados no Sindicato Nacio-

nal dos Docentes das Instituições de Ensino

Superior, ANDES-SN e, também, em envidar-

mos todos os esforços necessários para a

reorganização da seção sindical nesta institui-

ção universitária.

Os participantes da Assembleia

buscavam exercer o direito de permanecerem

sindicalizados no único sindicato que repre-

senta oficialmente, em todo o território nacio-

nal, os docentes das instituições de ensino

superior do setor público, conforme despacho

do Ministro do Trabalho (DOU, 05/06/09).

Todos os colegas da UFSC que assim o de-

sejarem, então, podem usar o mesmo direito,

sem com isto desrespeitar o direito daqueles

que queiram trilhar outros caminhos. Trata-se,

portanto, não da criação de outra entidade

sindical na UFSC, mas da permanência na

mesma que já possuíamos. Foram, na oportu-

nidade, eleitos uma Diretoria e um Conselho

Fiscal provisórios. Seguiu-se um processo de

recadastramento da sindicalização que che-

gou, ao final do ano, a cem sindicalizados.

Foram realizadas mais duas assem-

bleias dos sindicalizados no ANDES-SN. Uma

no dia 3 de dezembro de 2009 e outra no dia

25 de março de 2010. Na primeira foi reafir-

mado o Regimento da Seção Sindical e discu-

tida e aprovada uma contribuição da seção

sindical ao 29º Congresso do ANDES-SN. A

segunda teve pauta única que tratava de mo-

dificação no Regimento, em cumprimento à

sentença, de primeira instância, da Juíza Ro-

sana Basilone Leite Furlan na Reclamação

Trabalhista RT-08160-2009-035-12-00-1, que

proibiu o ANDES-SN de se utilizar da sigla

APUFSC, na reorganização de sua seção

sindical na UFSC.

Ao longo desses cinco meses, a

diretoria da Seção Sindical viu-se envolvida

resolvendo questões burocráticas como regis-

tros em cartório, obtenção de CNPJ conta

bancária, sede, contrato com a assessoria

jurídica e contratação de funcionário, sem o

que não se poderia garantir um funcionamen-

to condizente com as necessidades dos pro-

fessores. Tudo isso teve de ser feito com

parcos recursos financeiros, o que contribuiu

para atrasar a solução desses trâmites.

Hoje, finalmente, podemos nos diri-

gir ao conjunto dos colegas da UFSC para

informar, com satisfação, que estamos com

uma sede em funcionamento desde o dia 12

de abril, embora fora do campus, mas de

muito fácil acesso (ver endereço no Expedien-

te). O horário de atendimento é das 12h às

18h de segunda à sexta-feira, pois contamos,

por enquanto, com apenas uma funcionária, a

Franciele. O objetivo do horário corrido é per-

mitir que os professores possam ser atendi-

dos também no horário do almoço. O plantão

dos advogados é às segundas-feiras, das 14h

às 18h, e visando um melhor atendimento aos

associados, a estagiária de Direito, Flora, está

atendendo todas as tardes, das 14h às 18h.

É uma satisfação informar, igual-

mente, que a seção sindical continua asses-

sorada pelo mesmo escritório que já conduzia

as ações jurídicas dos professores, coletivas e

individuais. (ver matéria nas páginas 2 e 3).

Foi esse escritório que conquistou judicial-

mente a não devolução, por parte dos profes-

sores, dos valores já recebidos da URP (ver

matéria na página 4).

O recadastramento de sua sindicali-

zação, caso seja esse seu desejo, poderá ser

feito na sede, ou com qualquer diretor ou até

com outro associado. Nossa perspectiva con-

tinua sendo a reconquista da unidade do mo-

vimento docente na UFSC, com representa-

ção nacional.

A DIRETORIA

Page 2: Informativo nº 1

O Escritório de Advocacia “Silva, Locks Filho, Palanowski

& Goulart” continua assessorando a Seção Sindical

em todos os processos A reorganização da Seção Sindical

do ANDES – Sindicato Nacional na UFSC,

aprovada em 5 de novembro de 2009, tem por

objetivo dar continuidade à representação dos

interesses dos professores desta Universida-

de. Dentre as atribuições da Seção Sindical do

ANDES-SN sempre esteve – e continuará

estando – a representação judicial dos interes-

ses dos docentes da UFSC, razão pela qual

gostaríamos de levar ao conhecimento dos

professores as providências adotadas, de

modo a tranqüilizá-los quanto aos processos

judiciais em curso.

Sobretudo nos últimos 10 (dez) anos,

foram ajuizados pelo ANDES – Sindicato Naci-

onal, através da sua Seção Sindical na UFSC,

centenas de processos judiciais em favor dos

docentes desta Universidade, alguns mediante

a coleta de procurações outorgadas pelos

professores em favor dos advogados que com

ele (Sindicato) mantinham contrato de asses-

soria jurídica, outros mediante a atuação da

entidade na qualidade de substituta processu-

al dos docentes, sob a responsabilidade técni-

ca dos mesmos profissionais.

Para melhor entender estes proces-

sos podemos separá-los em dois grupos dis-

tintos:

a) processos coletivos, e

b) processos individuais ou plúrimos.

Nos primeiros, o ANDES-SN substi-

tui processualmente os docentes, o que tornou

desnecessária a outorga de procurações es-

pecíficas por parte dos professores, sendo

inequívoco que a condição sine qua non para

que tais processos pudessem ser originalmen-

te protocolizados e seguissem seu trâmite

normal, gerando efeitos no mundo jurídico, foi

exatamente o fato de o ANDES-SN estar

constituído como sindicato, usufruindo, assim,

da prerrogativa prevista no artigo 8º, III, da

Constituição Federal, que assim define:

“Art. 8º - (...)

III - ao sindicato cabe a defesa dos

direitos e interesses coletivos ou individuais da

categoria, inclusive em questões judiciais ou

administrativas;”

Não restam dúvidas, portanto, de

que os processos coletivos até aqui ajuizados

pelo ANDES–SN, através da sua Seção Sindi-

cal junto à UFSC, somente puderam ser con-

duzidos desta forma porque o ANDES-SN

neles compareceu como autor das demandas,

exercendo a prerrogativa de substituto proces-

sual da categoria, na forma do dispositivo

constitucional. A mera presença da Seção

Sindical naqueles autos não lhe conferia tal

condição por ser apenas uma Seção da enti-

dade nacional, esta sim um Sindicato para fins

constitucionais.

É imperioso, desta forma, que o AN-

DES-SN permaneça com seu trabalho à frente

das ações coletivas, acompanhando os referi-

dos feitos (por meio de seus advogados) até

os respectivos desfechos, o que demanda que

nenhuma outra entidade sindical venha a atu-

ar naqueles processos (buscando desqualifi-

car o ANDES-SN como legítimo substituto

processual naqueles feitos). Uma vez levada a

questão ao Poder Judiciário, por certo haveria,

sem demora, a determinação, por exemplo,

de suspender a tramitação dos referidos pro-

cessos, até que as entidades em litígio resol-

vessem seus conflitos ou até que o próprio

Poder Judiciário o fizesse. Os reflexos negati-

vos para os docentes da UFSC, assim, seriam

enormes, sendo nossa obrigação evitá-los a

todo custo.

Quanto aos processos individuais

(um só docente como autor) ou plúrimos

(diversos docentes como autores), também

eram de responsabilidade da Seção Sindical

do ANDES-SN, ainda que o seu ajuizamento

houvesse se dado (como é típico de tais de-

mandas) mediante procurações outorgadas

diretamente pelos docentes em favor dos ad-

vogados da Seção Sindical do ANDES-SN.

Isso implica dizer que, ainda que tais proces-

sos fossem organizados pela Seção Sindical

do ANDES-SN, eles rigorosamente espelham

uma relação profissional direta entre o docen-

te (autor daquela ação) e o advogado que

para tanto foi constituído, de modo que estes

docentes possuem a prerrogativa de manter

estes mesmos profissionais à frente destas

demandas - para o que nenhuma providência

judicial ou contratual seria necessária – ou

constituir novos profissionais para a responsa-

bilização técnica pelas demandas, se assim

julgarem conveniente, caso em que lhes cabe-

ria respeitar eventuais contratos de honorá-

rios de êxito celebrados entre as partes.

É importante relembrar que, para

acompanhar tecnicamente tanto o primeiro

grupo de processos (coletivos) quanto o se-

gundo (processos individuais ou plúrimos), a

Seção Sindical do ANDES-SN na UFSC havia

contratado, há quase 10 (dez) anos, o Escritó-

rio de Advocacia “Silva, Locks Filho, Palano-

wski & Goulart”, sediado em Florianópolis, do

qual fazem parte, dentre outros, os Drs. Luis

Fernando Silva, Marcio Locks Filho e Ana

Maria Rosa, que mais comumente vinham

prestando plantões para o atendimento dos

docentes.

Pois bem, à vista de tais fatos, o

ANDES-SN entendeu por bem enviar ao refe-

rido Escritório de Advocacia um oficio dando-

lhe conta de que o Sindicato Nacional perma-

necerá à frente dos processos coletivos ajui-

zados em seu nome nos últimos anos, bem

como continuará arcando com as despesas de

manutenção e organização necessárias à

normal tramitação dos processos individuais

ou plúrimos organizados naquele período pela

sua Seção Sindical junto à UFSC, para todos

os seus sindicalizados, questionando o referi-

do Escritório, ao final, do interesse de perma-

necer com a responsabilidade técnica por

todas estas demandas judiciais. Este, em 15

de março passado, respondeu positivamente,

afirmando sua decisão de manter o contrato

de assessoria jurídica originalmente celebrado

com o ANDES-SN, através da sua Seção Sin-

dical junto à UFSC, e permanecer com a res-

ponsabilidade técnica pelo acompanhamento

de todos os processos (coletivos, individuais

ou plúrimos) ajuizados nos últimos anos e nos

quais vinha atuando, afirmando ainda o com-

promisso de continuar empreendendo todos

os esforços no sentido do emprego de alta

qualidade técnica neste acompanhamento e

das medidas judiciais necessárias à máxima

aceleração das decisões judiciais que deles se

esperam.

Em resumo, é importante deixar cla-

ro, aos docentes, que os processos judiciais

em curso, originalmente ajuizados pelo AN-

DES – Sindicato Nacional, através da sua

Seção Sindical junto à UFSC - sejam aqueles

nos quais o Sindicato atua na qualidade de

substituto processual da categoria, sejam

aqueles em que foi apenas organizador de

demandas de caráter individual ou coletivo -

permanecerão sob sua inteira responsabilida-

de e dos profissionais que lhes prestam servi-

ços há vários anos, de modo que os professo-

res não precisam temer a ocorrência de qual-

quer solução de continuidade no qualificado

trabalho até aqui prestado por esses profissio-

nais.

A partir do dia 12 de abril deste ano,

os advogados começaram a atender os pro-

fessores na sede da seção sindical e o farão

todas as segundas-feiras, das 14h às 18h. Em

seus plantões, os advogados estarão prestan-

do informações sobre os processos em curso

e tratando de eventuais interesses no ajuiza-

mento de outros, ainda não ajuizados. Além

deste atendimento, uma estagiária de Direito

está trabalhando nos demais dias da semana,

também no mesmo horário, para melhor facili-

tar o atendimento de todos os colegas.

O portal da seção sindical disponibili-

zará, em breve, aos docentes, informações

atualizadas, ágeis e fidedignas sobre todos os

processos coletivos, individuais ou plúrimos

mantidos sob sua responsabilidade.

URP: primeira vitória após o corte

Professores não terão que devolver o que receberam –

a ação continua

A vitória obtida: recente acórdão profe-

rido pela 2ª Turma do Tribunal Regional do Tra-

balho de Santa Catarina acatou parcialmente o

Agravo de Petição que a seção sindical, por meio

de sua assessoria jurídica, interpôs reclamando a

nulidade da decisão da Juíza da 3ª Vara de Flori-

anópolis, proferida em 1994, a qual limitou o re-

cebimento da URP até dezembro de 1989, em

total ofensa à coisa julgada, uma vez que a ação

original teve seu trânsito em julgado. O voto do

Relator, aprovado pela Turma, declara que quan-

to à devolução de valores, já houve acolhimento

da preliminar de impossibilidade jurídica do pedi-

do, ficando, via de consequência, prejudicado

este pedido no seu mérito. Isto é, o TRT negou o

pedido da UFSC de devolução da URP já recebi-

da pelos professores. Vitória importante, porém

parcial, uma vez que a referida Turma não acatou

o pedido de nulidade da decisão de 1994 da Juí-

za da Terceira Vara.

A ação continua: diante disso, a Asses-

soria Jurídica da Seção Sindical protocolizou

Recurso de Revista junto ao TST, no qual de-

monstra, mais uma vez, que aquela juíza não

detinha competência legal para adentrar ques-

tões de mérito anteriormente transitadas em jul-

gado. Ou seja, a ação visa demonstrar que a

referida decisão judicial promoveu profunda e

inconstitucional alteração da coisa julgada materi-

al, mediante mera e singela decisão de oficio,

sem que para tanto as partes houvessem sequer

requerido a intervenção do Poder Judiciário e

sem que a devedora (UFSC), ou sua representa-

ção judicial, houvessem jamais sequer contesta-

do.

Caso venha a ser reconhecida a proce-

dência da ação, isto implicará na anulação de

todos os atos praticados nos autos originais, res-

tabelecendo-se, por consequência, a plena eficá-

cia das decisões judiciais anteriormente proferi-

das. Trocando em miúdos, os professores não

apenas voltariam a receber a URP como teriam

direito à URP “cheia”, ou seja, aos valores inicial-

mente estipulados (e depois “cortados” pela deci-

são da juíza da Terceira Vara). E é sobre isso

que trata o Recurso de Revista encaminhado ao

TST. E é na eventual aceitação, pelo TST, da

ilegalidade do ato da referida juíza, que se en-

contra a possibilidade de haver restabelecimento

do pagamento da URP.

Breve recuperação histórica: a ação

trabalhista que resultou na conquista da URP

(26,05% referente ao reajuste não concedido em

fevereiro de 1989) foi ajuizada pelo nosso sindi-

cato, em setembro de 1989 (Ação nº 561/1989),

contra a UFSC. Em novembro daquele mesmo

ano, a 3a Vara do Trabalho de Florianópolis jul-

gou procedente o pedido. Em setembro de 1990,

ela teve seu trânsito em julgado. Em outubro de

1990 a Justiça do Trabalho fazia expedir o Man-

dado de Incorporação, intimando a UFSC a inclu-

ir, na folha de pagamento do mês em curso, o

reajuste salarial de 26,05%, em cumprimento à

decisão proferida e agendar os respectivos pre-

catórios para o pagamento dos valores vencidos.

Passados cerca de 3 anos da homolo-

gação da conta de liquidação, e mais de um ano

após o pagamento do Precatório principal, em

fevereiro de 1994, surge o despacho da juíza

Caetano, na mesma 3ª Vara, que entendeu que

a nova orientação jurisprudencial dada ao assun-

to pelo TST, mesmo após o trânsito em julgado

da sentença liquidada e da própria sentença de

homologação da respectiva conta de liquidação,

teria o poder de alterar tudo quanto até aquele

momento havia sido produzido nos autos. Como

conseqüência, os valores devidos pela UFSC e o

que já fora recebido pelos docentes foram refor-

mulados e, a partir da “nova decisão”, os profes-

sores não tinham mais direito a receber nada,

além da parte já paga, inclusive, obrigando al-

guns docentes a devolverem a “diferença paga a

mais, ou incorretamente” pela UFSC. Contra este

ato, o sindicato impetrou vários recursos e ações,

representados pelo então assessor Vitor Gevaer,

instrumentos jurídicos que não tiveram êxito.

Perdemos em todas as instâncias e estas deci-

sões também transitaram em julgado, em 2005.

Somente em 2006, já com nova as-

sessoria jurídica, o escritório Silva, Locks Filho,

Palanowski & Goulart, é que entramos com uma

ação judicial dita Arguição de Nulidade. É ela

que, por meio do Recurso de Revista, sobe ao

TST .