Informativo Online n° 10

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    InformATIVOonlineSeo Sindical do ANDES-SN na UFSC

    Florianpolis, 11 de junho de 2012 - N 10

    Veja neste nmero:Greve Nacional nas Federais: chegou a hora da deciso na UFSCAssembleia na UFSC, em 05 de junho, discutiu a mobilizao para a greveAlgumas reflexes sobre a pauta da greve: a malha salarialAlgumas perguntas e respostas sobre as propostas de carreira docente federal em negociaoLderes governistas afirmam que MP 568 ser corrigida

    GREVE NACIONAL NAS FEDERAISCHEGOU A HORA DA DECISO NA UFSCIniciada em 17 de maio, a greve nacional dos docentes das IFES atingiu, na ltima semana, 51 instituies(ver relao no quadro abaixo). Nesta segunda-feira, tem incio a greve nacional dos servidores tcnico-administrativos e, na quarta-feira, ser a vez dos professores e tcnico-administrativos dos institutosfederais de educao, da base do SINASEFE, iniciarem tambm greve nacional. Em diversas universidadesos estudantes tambm deflagraram greves contra as precrias condies resultantes da expansopromovida pelo REUNI. Esses vigorosos movimentos, por meio de suas pautas de reivindicaes, expressamuma luta unificada por mais recursos para a educao, em defesa de uma expanso de qualidade,contratao de docentes e tcnico-administrativos, com planos de carreira que valorizem aindissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso, com remunerao digna para os que trabalham

    nestas instituies.Est em disputa a parcela do oramento da unio que ser destinada educao em 2013, cujas definiesocorrem nesta poca do ano. No tocante s carreiras e reposies salariais, o prazo de envio de projetos-de-lei ao Congresso Nacional 31 de agosto, quando tambm dever estar definida a quantidade de cargose de vagas para contratao de pessoal e outros recursos. O governo efetuou um corte de 55 bilhes nooramento de 2012 e, em audincia com o ANDES-SN, no ltimo dia 5, o Ministro da Educao, AlozioMercadante, anunciou que as negociaes haviam sido suspensas porque o governo est avaliando osdesdobramentos da crise financeira internacional. Isso dever implicar em mais contenes de despesasnas polticas pblicas, dentre elas as educacionais e as de pesquisa. A fora da greve, porem, fez com que ogoverno anunciasse a retomada das conversaes nesta tera-feira, 12 de junho.

    Portanto, o momento da luta agora e ele no pode ser desperdiado, sob pena de enfrentarmos, em2013, condies mais precrias do que as atualmente existentes nas universidades pblicas. As grevestrazem transtornos, que so passageiros, mas deixar de realiza-las pode trazer transtornos que tendem aser duradouros.

    Dirigimo-nos aos professores da UFSC, conclamando-os a assumirem sua participao na greve nacional eaos demais segmentos para que, unida e mobilizada, a comunidade universitria da UFSC contribua paraeste momento histrico de defesa da universidade pblica, gratuita e de qualidade. O debate dever seintensificar nesta semana, em reunies nas unidades e em assembleias. A manifestao aqui apresentadafoi definida em assembleia realizada no dia 05 de junho, a qual indicou outra assembleia para decisosobre a adeso dos professores greve, na prxima segunda-feira, 18/06, s 15 horas, no Hall do CFH .

    Comisso de Mobilizao (Seo Sindical do ANDES-SN na UFSC, DCE, APG e ANEL)

    Instituies em greve, conforme o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN, em 07/06/2012.Universidades Federais: do Amazonas, do Acre, de Roraima, de Rondnia, Rural da Amaznia, do Par, doOeste do Par, do Amap, do Maranho, do Piau, Rural do Semi-rido, da Paraba, de Campina Grande, de

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    Pernambuco, Rural de Pernambuco, de Alagoas, de Sergipe, do Recncavo da Bahia, do Vale do SoFrancisco, da Bahia, do Tringulo Mineiro, de Uberlndia, de Viosa, de Lavras, de Ouro Preto, de So JooDel Rey, dos Vales Jequitinhonha e Mucuri, de Juiz de Fora, de Alfenas, do Esprito Santo, de Braslia,Federal de Gois (Catalo e Jata), do Tocantins, do Mato Grosso, de Grande Dourados, do Estado do Rio deJaneiro, Rural do Rio de Janeiro, Fluminense, do Rio de Janeiro, de So Paulo, do ABC, do Paran,

    Tecnolgica do Paran, de Integrao Latino Americana, do Rio Grande, do Pampa, de Santa Maria.Instituies isoladas: Instituto Federal do Piau, CEFET- MG, Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais eCEFET-RJ.

    Assembleia na UFSC, em 05 de junho, discutiu a mobilizao para a greve

    Foi realizada, na tarde do dia 05 de junho, uma assembleia, no auditrio do CFH, conforme divulgao feitaem nmeros anteriores deste informativo. Convocada pela comisso de mobilizao, composta pela SeoSindical do ANDES-SN na UFSC, pelo DCE, pela APG e pela ANEL, a reunio contou com a participao dequarenta professores, quarenta e nove estudantes, de graduao e de ps-graduao, e, ainda com

    representantes da ADESC, Associao que congrega os professores do sistema ACAFE, que se manifestaramem solidariedade greve nacional dos docentes das IFES. Participou, ainda, como convidado, o ProfessorFabiano Abranches Silva Dalto, da Universidade Federal do Paran e diretor da APUFPR-Seo Sindical, quefez a exposio inicial do evento.

    Em sua fala, o Prof. Fabiano relatou a exitosa experincia da Apufpr na congregao e participao dosprofessores daquela universidade nas atividades sindicais. Houve um investimento na modernizao emelhoria dos sistemas de comunicao da entidade, que adotou um jornalismo investigativo voltado paraos problemas da universidade, sobretudo os resultantes da expanso feita pelo REUNI, editando, entreoutros materiais, um informativo chamado De olho na UFPR (ver em:

    http://www.apufpr.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=34&Itemid=32). Outro foco de atuao tem sido as condies de trabalho dos docentes, principalmente em relao aos

    efeitos do excesso de trabalho, como tambm as prticas de assdio moral a que esto sujeitos osprofessores, em particular aqueles em estgio probatrio. Os professores da UFPR unificaram-se em tornode uma pauta de reivindicaes interna, que combinada com a pauta nacional, e realizaram, em 2011,uma greve local. A experincia, segundo o expositor, tem sido a de se conseguir enfrentar e superar muitasdas consequncias deletrias do REUNI e de os professores daquela instituio estarem muito conscientese mobilizados, no aceitando mais o produtivismo como norma e seus efeitos desumanizantes no trabalho.Relatou, ainda, como conseguiram, na greve atual, uma grande unidade entre professores, estudantes etcnico-administrativos, setores que se encontram bastante mobilizados.

    Houve uma segunda exposio, do Professor Alberto Franke, da diretoria da Seo Sindical do ANDES-SN naUFSC, com apresentao de dados sobre a defasagem salarial dos professores, o decrscimo relativo, nossucessivos oramentos da unio, das despesas com pessoal e prestou vrios esclarecimentos em relao proposta de carreira elaborada pelo ANDES-SN.

    O conjunto das falas convergiu para a importncia e necessidade dos professores da UFSC aderirem aomovimento paredista, principalmente a partir da entrada em greve dos servidores tcnico-administrativosno dia 11 de junho. Foi levado em considerao pelos presentes o fato de o Conselho de Representantes daApufsc ter convocado assembleia de seus scios para o dia 14 para saber se eles aprovam ou no umindicativo de greve, ainda sem apresentar qualquer indicao de data.

    Ao final, foram aprovados encaminhamentos: divulgao de um pequeno manifesto conclamando osprofessores da UFSC decidirem pela adeso greve, reunies nas unidades e uma nova assembleia no dia18 de junho, segunda-feira, as 15h, no hall do CFH, para que seja possvel aprovar a deflagrao de greve eaprovar iniciativas para a obteno de maior unio dos professores da UFSC

    http://www.apufpr.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=34&Itemid=32http://www.apufpr.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=34&Itemid=32http://www.apufpr.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=34&Itemid=32http://www.apufpr.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=34&Itemid=32http://www.apufpr.org.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=34&Itemid=32
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    Algumas reflexes sobre a pauta da greve: a malha salarial

    Vrias pessoas aqui da UFSC e, inclusive o Proifes, tem argumentado que a proposta do ANDES para novamalha salarial para a reestruturao da carreira impossvel de ser conquistada porque o oramento daunio no suportaria tal malha. Ou seja, no seria uma proposta sria.

    Com intuito de lanar um pouco de luz apresentamos alguns argumentos no sentido da viabilidade e denecessidade de reestruturao da carreira com nova matriz salarial.

    Figura 1 Oramento da Unio executado em 2011. Fonte: http://www.camara.gov.br

    V-se que em 2011 o governo gastou com pagamentos de juros e amortizao da dvida R$ 708 bilhes epara 2012, comprometeu-se em aumentar estes gastos 2,14 p.p.; enquanto com educao desembolsou2,99% em 2011 e projeta para 2012 3,18% (Figura 2). A pergunta que fica: neste oramento no cabe nossa

    proposta? O ANDES no dispe de um estudo sobre o impacto desta proposta, visto que desde 2005 ogoverno no fornece mais os dados sobre a folha dos docentes.

    Nas figuras 3 e 4 percebe-se que os gastos com funcionalismo so um dos mais baixos da histria recente eque eles mostram a opo poltica dos ltimos governos em privilegiar o sistema financeiro. As figuras 5 e 6expem os resultados, na nossa malha salarial, das mexidas que foram realizadas nos ltimos anos quesempre privilegiavam alguns segmentos da carreira em detrimento de outros. Percebe-se, pela figura 5, adefasagem salarial quando comparamos com 1995. Para quem tiver interesse o DIEESE fez um estudocompleto para todas as classes e regime de trabalho no qual aponta a defasagem salarial; EvoluoSalarial dos Docentes da Carreira de Magistrio Superior (CMS) Acesse:www.andes.org.br

    http://www.andes.org.br/http://www.andes.org.br/http://www.andes.org.br/http://www.andes.org.br/
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    Figura 2 Projeto de Lei oramentria para 2012. Fonte:http://www.camara.gov.br

    Figura 3 Relao gasto com funcionalismo com receita corrente lquida. Fonte: www.divida-auditoriacidada.org.br

    http://www.camara.gov.br/http://www.camara.gov.br/http://www.camara.gov.br/http://www.divida-auditoriacidada.org.br/http://www.divida-auditoriacidada.org.br/http://www.divida-auditoriacidada.org.br/http://www.divida-auditoriacidada.org.br/http://www.divida-auditoriacidada.org.br/http://www.camara.gov.br/
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    Figura 4 Relao gasto com funcionalismo com PIB. Fonte:www.divida-auditoriacidada.org.br

    Figura 5 - Valor real dos salrios das carreiras do magistrio superior, em regime de DE, (classesselecionadas) no perodo dejan/1995aabr/2012.Fonte: Ministrio do Planejamento.

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    110

    120

    Valorrealdosalrio(%)

    Magistrio Superior

    Aux.1 - grad Adj.1 - Dout Tit - Dout

    http://www.divida-auditoriacidada.org.br/http://www.divida-auditoriacidada.org.br/http://www.divida-auditoriacidada.org.br/http://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/evolu%C3%A7%C3%A3o%20salarial%20dos%20docentes.pdfhttp://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/evolu%C3%A7%C3%A3o%20salarial%20dos%20docentes.pdfhttp://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/evolu%C3%A7%C3%A3o%20salarial%20dos%20docentes.pdfhttp://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/Defasagem%20salarial%20docentes.xlsxhttp://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/Defasagem%20salarial%20docentes.xlsxhttp://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/Defasagem%20salarial%20docentes.xlsxhttp://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/Defasagem%20salarial%20docentes.xlsxhttp://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/Defasagem%20salarial%20docentes.xlsxhttp://c/Users/Paulo/AppData/Local/Microsoft/Windows/Temporary%20Internet%20Files/Content.IE5/N8T1JJUP/evolu%C3%A7%C3%A3o%20salarial%20dos%20docentes.pdfhttp://www.divida-auditoriacidada.org.br/
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    Figura 6 Malha salarial (R$) com vigncia a partir de maro de 2012 da carreira do Magistrio Superior,em regime de DE, para as classes com mestrado e doutorado.

    Algumas perguntas e respostas sobre as propostas de carreira docente federal em negociao

    PERGUNTA: Por que nas propostas apresentadas o ingresso d-se apenas no incio da carreira e noconforme a titulao?

    RESPOSTA: Por determinao constitucional. A partir da Constituio Federal de 1988, que estabeleceu, emseu Artigo 37, II, a obrigatoriedade de aprovao em concurso pblico para a investidura no cargo, oordenamento jurdico brasileiro define que tal investidura se d no incio da carreira. A carreira dosprofessores do ensino superior federal de 1987, portanto anterior atual Constituio. Ela faz parte doPUCRCE Plano nico de Classificao e Retribuio de Cargos e Empregos, no qual havia trs carreiras:Magistrio Superior, Magistrio de 1 e 2 graus e Pessoal Tcnico -Administrativo. Permanece no

    PUCRCE atualmente apenas o pessoal do magistrio superior. Em 2008 foi criada a Carreira do Magistriodo ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico - EBTT, em substituio carreira de 1 e 2 grau, que j adotou oingresso para todos no primeiro nvel.

    PERGUNTA: H, com isso, o risco de que os professores portadores do ttulo de doutor, que hoje ingressamcomo adjunto, nvel 1, passem a ingressar recebendo uma remunerao inferior a atual?

    RESPOSTA: A depender do governo, sim. Isso aconteceu quando da instituio da carreira de EBTT, emsubstituio carreira de 1 e 2 graus, pois os valores atribudos remunerao dos portadores de ttulode doutorado, e tambm para os com mestrado, no primeiro nvel da carreira, ficaram mais baixos queaqueles das classes anteriores de ingresso. Este fato resultou numa demanda que tanto o ANDES-SN, como

    o SINASEFE, tem encaminhado junto ao governo e s administraes das IFES, no sentido de haver apromoo dos novos ingressantes porquanto no ocorra a regulamentao da lei, pois, na ausncia deregulamentao, deve valer a regulamentao anterior. Portanto, faz parte das estratgias de luta em

    4.838

    4.950

    5.070

    5.184

    5.555

    5.700

    5.849

    6.025

    8.131

    7.627

    7.823

    8.023

    8.230

    11.132

    11.313

    11.533

    11.881

    12.225

    -

    2.000

    4.000

    6.000

    8.000

    10.000

    12.000

    14.000

    Salriototal(R$)

    Classes

    R$2.902

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    torno da nova carreira, o estabelecimento de critrios claros de estruturao da malha salarial, para queno ocorra este tipo de perda e, sim, ganhos.

    PERGUNTA: O Professor Titular faz parte da carreira? Ser ou no mantido?

    RESPOSTA: Professor Titular um cargo, concebido constitucionalmente como cargo isolado, isto , queno possui carreira. Sendo cargo, o ingresso d-se por meio de aprovao em concurso pblico e, dessemodo, no faz parte da carreira, podendo nele ingressar pessoas que fazem parte ou no da carreira, adepender de aprovao em concurso pblico. O professor da carreira que eventualmente for aprovado emconcurso, para ser investido no novo cargo, precisa ser exonerado do cargo anterior. Governo e PROIFESmantm, em suas propostas, o cargo de Titular, enquanto ANDES-SN e SINASEFE defendem, em suaspropostas, que haja um nico cargo e que a posio correspondente hoje ao cargo de Titular, venha a ser oltimo nvel da carreira.

    PERGUNTA: O que mais define a Constituio Federal relativamente carreira?

    RESPOSTA: Plano de carreira e piso salarial (artigo 206, nos incisos V e VIII e no pargrafo nico)V - valorizao dos profissionais da educao escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, comingresso exclusivamente por concurso pblico de provas e ttulos, aos das redes pblicas.VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educao escolar pblica, nos termos de leifederal.Pargrafo nico. A lei dispor sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educaobsica e sobre a fixao de prazo para a elaborao ou adequao de seus planos de carreira, no mbito daUnio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios.

    PERGUNTA: Como definir o valor do piso?

    RESPOSTA: Os sindicatos no Brasil, em suas lutas por pisos salariais, tm adotado como reivindicao, osalrio Mnimo do Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Socioeconmicos - DIEESE, cujo valorde maio de 2012 de R$ 2.383,28, pois se trata de rgo de assessoria tcnica dos sindicatos, que apura osvalores da cesta bsica e dos demais itens das despesas familiares para calcular quanto deve ser o mnimopara sustentar uma famlia. Na luta pelo estabelecimento do piso do magistrio da educao bsica, asentidades reivindicaram o salrio mnimo do DIEESE, mas o valor estabelecido em lei foi mais baixo e, em2012, est em R$ 1.451,00. Essas entidades mantm a reivindicao do valor do DIEESE.

    PERGUNTA: H acordo sobre a definio em lei de um piso para a carreira?

    RESPOSTA: No e o governo no tem intenso de institu-lo.

    PERGUNTA: Porque o governo e o PROIFES mantm a estrutura de classes e nveis, com a mesma descriode hoje (Auxiliar, Assistente, Adjunto e Associado) e o ANDES-SN e o SINASEFE prope apenas nveis?

    RESPOSTA: As classes so hoje relacionadas graduao (Auxiliar), mestrado (Assistente) e doutorado(Adjunto) para o ingresso e a de Associado, para a promoo dos portadores de ttulo de doutorado. Asdiferenciaes de posicionamento relativamente titulao no mais se daro verticalmente e simhorizontalmente, j que todos tero de ingressar no incio da carreira. A nomenclatura utilizada at hojeadvm da estrutura da ctedra, na qual o catedrtico tinha assistentes e auxiliares, o que j no existe hbom tempo. Entendendo dessa forma, o ANDES-SN e o SINASEFE propem que haja apenas nveis. Ogoverno e tambm o PROIFES mantm as classes, principalmente por defenderem determinadas exignciaspara a promoo para a Classe de Associado, como, por exemplo, a participao em cursos de ps-graduao.

    PERGUNTA: No estaria o ANDES-SN, por meio da malha salarial apresentada reivindicando valores muitoelevados e, portanto, impossvel de serem atendidos pelo governo?

    http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1
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    RESPOSTA: A malha salarial proposta pelo ANDES-SN tem como ponto de partida, como j mencionado, osalrio mnimo do DIEESE (R$ 2.383,28), para o professor graduado, em regime de 20 horas semanais. proposta a recuperao do que foi retirado em 2008, isto , a volta do pagamento dos incentivos detitulao em percentuais relativos ao vencimento para graduao e como parte integrante do vencimento.

    A proposta : Aperfeioamento, 7,5%; Especializao, 18%; Mestrado, 37,5% e Doutorado, 75%. Conformeo piso do DIEESE, o primeiro nvel, em 20 horas, para o docente portador de ttulo de doutor, seria, ento,de R$ 4.170,74. Para 40 horas, tem-se o dobro, R$ 8.341,48 e, ainda pela proposta, a remunerao em DE,seria acrescida de 55%, e o ingresso para portador do ttulo de doutor neste regime, seria de R$ 12.929,29.A proposta que haja treze nveis, com o incremento de 5% a cada nvel, e, ento, o teto, em DE, seria deR$ 23.219,15. Entende-se que esses valores correspondem necessria valorizao dos professores edevem assim ser expressas, ainda que no necessariamente se obtenha xito, sendo muito importante quese garanta, em primeiro lugar, regras claras de estruturao da malha salarial, o que hoje inexiste.

    PERGUNTA: No seria mais vivel reivindicar a equiparao com os valores da carreira de Cincia eTecnologia?

    RESPOSTA: Como visto anteriormente, o mais importante se conquistar regras claras de definio dosvalores do vencimento bsico, dos incentivos de titulao, dos regimes de trabalho e percentuais depassagem de nvel, questes que esto absolutamente indefinidas hoje, inclusive na carreira de C&T, o quefaz com que o governo possa atribuir valores aleatoriamente, dependendo daquilo que ele queira valorizara cada momento, ou desvalorizar, o que invariavelmente sempre inclui os aposentados, no seu permanenteexerccio de conteno de despesas. A carreira de pesquisador em C&T, diferentemente da de professor,conta com uma gratificao de produtividade, que varia de 80 a 100 pontos. Tomando-se os valoresmximos, tem-se para portadores do ttulo de doutor, o ingresso no valor de R$ 9.968,87 e o teto de R$14.175,82(http://www.servidor.gov.br/publicacao/tabela_remuneracao/tab_remuneracao/tab_rem_11/tab_57_2011.pdf), e, como reivindica o ANDES-SN, treze nveis na carreira. Verifica-se, no caso, que a diferena entrepiso e teto de 42%, enquanto que, na proposta do ANDES-SN, essa diferena de 80%. Os valoresremuneratrios dessa carreira podem nos ser alguma referncia para a negociao, para a agitao, pois acomparao mostra a desvalorizao atual do professor, mas para que tenhamos conquistas duradouras, importante que se garanta as regras de estruturao da carreira.Deve-se ressaltar que os valores da carreira dos pesquisadores da C&T esto totalmente defasados. Ou

    seja, no houve reajuste ou recuperao das perdas inflacionrias desde 2009. Veja o termo do acordo de

    2011:http://portal.andes.org.br/imprensa/noticias/imp-ult-20344471.pdf

    Lderes governistas afirmam que MP 568 ser corrigidaQuem participou da audincia pblica realizada na tarde dessa tera-feira (5), na Cmara dos Deputados,para debater a Medida Provisria 568/12, surpreendeu-se com uma situao, no mnimo, esdrxula.Leiamais>>

    Seo Sindical do ANDES-SN na UFSCRua Lauro Linhares 2055, Ed. Max Flora, Torre Max, 4 andar, sala 409. Trindade,Florianpolis. CEP 88036-003Telefone: (48)3364 1990Email:[email protected]

    http://portal.andes.org.br/imprensa/noticias/imp-ult-20344471.pdfhttp://portal.andes.org.br/imprensa/noticias/imp-ult-20344471.pdfhttp://portal.andes.org.br/imprensa/noticias/imp-ult-20344471.pdfhttps://docs.google.com/open?id=0Bzz4VZkJH1bsSHZNcFVxb01UdUkhttps://docs.google.com/open?id=0Bzz4VZkJH1bsSHZNcFVxb01UdUkhttps://docs.google.com/open?id=0Bzz4VZkJH1bsSHZNcFVxb01UdUkhttps://docs.google.com/open?id=0Bzz4VZkJH1bsSHZNcFVxb01UdUkmailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://docs.google.com/open?id=0Bzz4VZkJH1bsSHZNcFVxb01UdUkhttps://docs.google.com/open?id=0Bzz4VZkJH1bsSHZNcFVxb01UdUkhttp://portal.andes.org.br/imprensa/noticias/imp-ult-20344471.pdf