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E mais! Benchmarking 12 Raio-X Especial 9ª Edição - São Paulo - Junho 2013 Missão: LAS VEGAS Associação Pizzarias Unidas com apoio do SEBRAE-SP trazem as últimas novidades do inovador mercado de Pizza dos Estados Unidos Missionários que foram para Vegas contam o que aprenderam e como podem aplicar os conhecimentos adquiridos nas visitas. As notícias quentes do mercado Informativo Artigo Você faz Benchmarking? Saiba porque é tão importante saber o que a concorrência anda fazendo Apoio Apoio Gráfico empreendimento que fica afastado da Avenue Las Vegas Boulevard, atende clientes residentes da cidade de Las Vegas e oferece em seu cardápio dois tipos de pizzas, a Romana e a Napolitana. Cada tipo possui um forno específico que as assam em temperaturas diferenciadas, dando um sabor especial para cada tipo. O empreendedor contou como decidiu montar uma pizzaria, com modelo de negócio diferenciado e voltado para a população de Las Vegas. A terceira visita foi à Settebello Napoletana, pertencente à Associazione Verace Pizza Napoletana, que possui certificação de produto, garantindo que a pizza fornecida é identica a tradição pizza de Nápoles – Itália. O modelo de negócio é a la carte, abre especificamente no periodo norturno. A massa é bem fina e muito saborosa, o recheio é mínimo, diferenciando-se das demais pizzas americanas e brasileiras. O processo de preparação e ingredientes seguem exatamente o modelo e ingredientes de origem italiana, garantindo um produto muito próximo ao produzido e consumido em Nápoles, na Itália. O ponto alto das visitas ficou para o Restaurante e Pizzeria Boca do Brazil. Especializado em comida brasileira, atende não somente o público brasileiro residente em Las Vegas. A empresária brasileira, Angela falou sobre as diferenças legais relacionadas aos impostos, taxas, fiscalização e legislação trabalhista. O interessante ficou por conta do trabalho orientativo realizado pelos fiscais: na primeira visita apenas orientam o empreendedor quanto aos itens que necessitam ser cumpridos, estabelecem um prazo para ajuste e realizam novo contato para informar quando retornaram para checar o atendimento às exigênciais legais. Somente a partir deste momento é que os fiscais aplicam multas. A missão foi uma parceria entre a Associação Pizzarias Unidas e o Sebrae-SP. Os resultados não param, várias encontros e atividades estão sendo realizados pós-missão para que as informações sejam aproveitadas por todo o setor, de forma que tenhamos nossas empresas brasileiras preparadas para oferecer um produto de qualidade e um alto nível de gestão. Estabilidade da Gestante De forma rápida vamos abordar a questão em 3 momentos: con- tratação, gestação durante o pacto laboral e na rescisão contratual. Na fase inicial importante observar que o empregador não pode exigir exame de gravidez. Aconselhamos os empresários que seja feito uso do contrato de experiência para a contratação. No período de experiência, se a mulher estiver grávida ela não terá direito a estabilidade conforme item III da Súmula n. 244 do TST. O empresário deve tomar cuidado com as fraudes, muito comuns. Se houver trabalho sem registro o juiz do trabalho poderá descaracterizar o contrato de experiência e conceder a estabilidade por todo o período. Durante o pacto laboral se a funcionária engravidar ela terá estabilidade enquanto durar a gestação (art. 10, II, “b” do ADCT) e mais 210 dias, explico. A gestante poderá se afastar por 120 dias para dar a luz e receberá auxílio maternidade. O auxílio maternidade é pago pelo empregador e descontado da guia a ser recolhida ao INSS, portanto é importante fazer reserva financeira. Quando voltar a trabalhar a funcionária terá estabilidade por mais de 90 dias (agora trabalhando). Essa novena é assegurada pela convenção coletiva do Sinthoresp (cláusula 40). Por fim, na rescisão, é importante que seja feito o atestado médico demissional, quando o médico irá indagar pela gra- videz. Mais uma vez não é permitido exigir o exame de san- gue. Caso a gestante peça demissão ela perderá o direito a estabilidade, todavia aconselhamos ao empresário a fazer constar o fato por escrito, para evitar discussões. O que ocorre caso seja demitida e depois avise que esta grávida? Posso alegar que não sabia? Pouco importa se a empresa foi avisada ou não, é uma obrigação reintegrar ao trabalho. Se houve a demissão 2 situações podem surgir: reintegração ou indenização. Descobrindo a gestação da ex-funcionária deve comunicar a empresa (preferencialmente via telegrama) para ser re- admitida. Sendo ajuizada a ação preferencialmente deverá o empregador colocar o emprego a disposição da ex- funcionária, nas mesmas condições que era anteriormente, salvo se a ex-funcionária aceitar alteração. Os salários do período que ela ficou afastada deverão ser pagos pelo empregador, assim como FGTS e INSS. Não sendo possível a recontratação por culpa do empregador o empresário devera indenizar a empregada por todo período (salário + férias + FGTS + 1/3 salário). Analisando a questão financeiramente a recontratação é interessante, porque o empregador vai ter a mão de obra e no período do salário maternidade o custo será repassado. Porém, estamos lidando com pessoas e emoções, o que mui- tas vezes inviabiliza a recontratação. São nossas considerações. Aldamir Carvalho Monteiro Advogado e Consultor Jurídico Associação Pizzarias Unidas Argo Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela E.C.T.

Informativo - Pizzarias Unidas

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Page 1: Informativo - Pizzarias Unidas

E mais!

Benchmarking12

Raio-X Especial

9ª Edição - São Paulo - Junho 2013

Missão: LAS VEGASAssociação Pizzarias Unidas com apoio do SEBRAE-SP trazem as últimas novidades do inovador mercado de Pizza dos Estados Unidos

Missionários que foram para Vegas contam o que aprenderam e como

podem aplicar os conhecimentos adquiridos nas visitas.

As notícias quentes do mercado

Informativo

ArtigoVocê faz Benchmarking?Saiba porque é tão importante saber o que a concorrência anda fazendo

Apoio Apoio Gráfico

empreendimento que fica afastado da Avenue Las Vegas Boulevard, atende clientes residentes da cidade de Las Vegas e oferece em seu cardápio dois tipos de pizzas, a Romana e a Napolitana. Cada tipo possui um forno específico que as assam em temperaturas diferenciadas, dando um sabor especial para cada tipo. O empreendedor contou como decidiu montar uma pizzaria, com modelo de negócio diferenciado e voltado para a população de Las Vegas.

A terceira visita foi à Settebello Napoletana, pertencente à Associazione Verace Pizza Napoletana, que possui certificação de produto, garantindo que a pizza fornecida é identica a tradição pizza de Nápoles – Itália. O modelo de negócio é a la carte, abre especificamente no periodo norturno. A massa é bem fina e muito saborosa, o recheio é mínimo, diferenciando-se das demais pizzas americanas e brasileiras. O processo de preparação e ingredientes seguem exatamente o modelo e ingredientes de origem italiana, garantindo um produto muito próximo ao produzido e consumido em Nápoles, na Itália.

O ponto alto das visitas ficou para o Restaurante e Pizzeria Boca do Brazil. Especializado em comida brasileira, atende não somente o público brasileiro residente em Las Vegas. A empresária brasileira, Angela falou sobre as diferenças legais relacionadas aos impostos, taxas, fiscalização e legislação trabalhista. O interessante ficou por conta do trabalho orientativo realizado pelos fiscais: na primeira visita apenas orientam o empreendedor quanto aos itens que necessitam ser cumpridos, estabelecem um prazo para ajuste e realizam novo contato para informar quando retornaram para checar o atendimento às exigênciais legais. Somente a partir deste momento é que os fiscais aplicam multas.

A missão foi uma parceria entre a Associação Pizzarias Unidas e o Sebrae-SP. Os resultados não param, várias encontros e atividades estão sendo realizados pós-missão para que as informações sejam aproveitadas por todo o setor, de forma que tenhamos nossas empresas brasileiras preparadas para oferecer um produto de qualidade e um alto nível de gestão.

Estabilidade da Gestante

De forma rápida vamos abordar a questão em 3 momentos: con-tratação, gestação durante o pacto laboral e na rescisão contratual.

Na fase inicial importante observar que o empregador não pode exigir exame de gravidez. Aconselhamos os empresários que seja feito uso do contrato de experiência para a contratação.

No período de experiência, se a mulher estiver grávida ela não terá direito a estabilidade conforme item III da Súmula n. 244 do TST.

O empresário deve tomar cuidado com as fraudes, muito comuns. Se houver trabalho sem registro o juiz do trabalho poderá descaracterizar o contrato de experiência e conceder a estabilidade por todo o período.

Durante o pacto laboral se a funcionária engravidar ela terá estabilidade enquanto durar a gestação (art. 10, II, “b” do ADCT) e mais 210 dias, explico.

A gestante poderá se afastar por 120 dias para dar a luz e receberá auxílio maternidade.

O auxílio maternidade é pago pelo empregador e descontado da guia a ser recolhida ao INSS, portanto é importante fazer reserva financeira. Quando voltar a trabalhar a funcionária terá estabilidade por mais de 90 dias (agora trabalhando). Essa novena é assegurada pela convenção coletiva do Sinthoresp (cláusula 40).

Por fim, na rescisão, é importante que seja feito o atestado médico demissional, quando o médico irá indagar pela gra-videz. Mais uma vez não é permitido exigir o exame de san-gue.

Caso a gestante peça demissão ela perderá o direito a estabilidade, todavia aconselhamos ao empresário a fazer constar o fato por escrito, para evitar discussões.

O que ocorre caso seja demitida e depois avise que esta grávida? Posso alegar que não sabia? Pouco importa se a empresa foi avisada ou não, é uma obrigação reintegrar ao trabalho.

Se houve a demissão 2 situações podem surgir: reintegração ou indenização.

Descobrindo a gestação da ex-funcionária deve comunicar a empresa (preferencialmente via telegrama) para ser re-admitida. Sendo ajuizada a ação preferencialmente deverá o empregador colocar o emprego a disposição da ex- funcionária, nas mesmas condições que era anteriormente, salvo se a ex-funcionária aceitar alteração.

Os salários do período que ela ficou afastada deverão ser pagos pelo empregador, assim como FGTS e INSS.

Não sendo possível a recontratação por culpa do empregador o empresário devera indenizar a empregada por todo período (salário + férias + FGTS + 1/3 salário).

Analisando a questão financeiramente a recontratação é interessante, porque o empregador vai ter a mão de obra e no período do salário maternidade o custo será repassado.

Porém, estamos lidando com pessoas e emoções, o que mui-tas vezes inviabiliza a recontratação.

São nossas considerações.

Aldamir Carvalho MonteiroAdvogado e Consultor JurídicoAssociação Pizzarias Unidas

Artigo

Fechamento autorizado. Pode ser aberto pela E.C.T.

Page 2: Informativo - Pizzarias Unidas

Prezados,

O que acontece em Las Vegas, acaba em Pizza...

Uma mistura de dois velhos ditados, o americano que na intenção de não sofrer uma crise de consciência não perde tempo e usa o pretexto pra se divertir e movimentar a economia. O outro, o ditado brasileiro que expressa um dos piores sentimentos: impunidade. Porém, há sempre oportunidades para mudar os hábitos. Como?!

Quando se tem uma experiência como a que tivemos pela segunda vez na visita ao mercado americano, aí sim se entende e se inveja, no bom sentido, os grandes resultados de um país que vive a favor do empreendedorismo e à valorização do empresário. Nossa obrigação é de fazer algo que mude nossa realidade, hoje de empresários

tratados como criminosos por algumas autoridades, baseando-se em leis ultrapassadas e somadas aos impostos escorchantes.

A oportunidade de mudar chegou, nossa missão hoje é de buscar cada vez mais informações e promover encontros que darão outro sentido ao ditado brasileiro.

A partir de agora temos que dizer que tudo acabou em pizza, quando o resultado for bem sucedido, quando a produtividade for valorizada, quando o acordo for honrado, quando o corrupto for punido, quando ganharmos o dinheiro com nosso trabalho pagando impostos e os tendo como retorno.

Neste próximo dia da Pizza em 10 e 11 de Julho a Associação Pizzarias Unidas promoverá o ConPizza 2013, um congresso internacional no Expo Center Norte, no pavilhão amarelo-“mussarela”, com muito conteúdo, reunindo as maiores empresas do se-tor, os profissionais mais requisitados domercado brasileiro, discussão entre os maiores empresários de pizzaria, a produção de pizzas e vários produ-tos diretos dos fornos pelos chef’s pizzaiolos mais renomados do Brasil, personalidades internacionais e muita, muita pizza.

Sendo assim tudo deve acabar em pizza. Agora só no bom sentido.

Carlos Cesar ZoppettiPresidentewww.pizzariasunidas.org.br

Editorial

02.Carta ao LeitorEditorial e Expediente

Índice

Direção de ConteúdoCarlos Zoppetti; Adilson Barboza; Geraldo Pereira dos Santos; e André Cotta

Redação e RevisãoBeatriz Minne Schauff (MTB 40406); Danielle Flöter (MTB 50856)

Layout e diagramaçãoBeta Design

ImpressãoGráfica Santa Inês / MD Papéis

Tiragem12.000 exemplares

2 11Benchmarking

Quem somos? Como se associar?

Associação Pizzarias Unidas

Rua Itápolis, 1468Pacaembu, São Paulo – SP

11 3666-9955

Acesse e conheça os benefícios de ser um

associado!

www.pizzariasunidas.org.br

Expediente

MissãoRepresentar, apoiar e fomentar as empresas que produzem e comercializam pizzas no Estado de São Paulo.

VisãoPizzarias Unidas, ser referência no setor de forma organizada com credibilidade no Estado de São Paulo.

Pizzarias Unidas

03.Raio-X EspecialO que a América ensinou

04 e 05.CapaO que aconteceu em Vegas...

08.EventoVem aí o Congresso da Pizza

11.BenchmarkingBenchmarking durante a Missão

Benchmarking nada mais é do que o nome dado ao processo de comparação de produto, serviços e práticas empresariais, sendo assim, um canal importante dentro da área de gestão empresarial. A prática tem por objetivo melhorar as funções e processos de uma determinada empresa, além de ser um importante aliado para vencer a concorrência, uma vez que o benchmarking analisa estratégias e possibilita ao outro criar e ter ideias em cima do que já é realizado. Durante a viagem foi observado o processo de benchmarking em diversos momentos, é o que nos relata abaixo Alexandre Martins, gerente do Sebrae-SP Escritório Regional Oeste, que integrou a missão internacional.

A missão para Las Vegas, estado de Nevada, EUA, para a principal feira feira mundial de pizzarias, foi uma ação importante para os empresários conhecerem as principais tendências do setor, como a prática do benchmarking.

A Pizza Expo reuniu as principais empresas da cadeia do setor, fabricantes de equipamentos, ferramentas, software etc. A feira com mais de 450 expositores, 80 palestras, workshops, seminários e 7,2 mil visitantes, é o maior evento mundial que concentra toda a cadeia de pizzaria, desde a indústria de fornecimento até as prestadoras de serviços que suportam as operações das pizzarias.

O evento gera um ambiente propício para o lançamento de novas tecnologias, confirmação de tendências, novos insumos e equipamentos e a rápida assimilação de novas ferramentas e práticas de gestão para o segmento. Durante os quatro dias de feira são lançadas as novas tendências e inovações do mercado gerando informação e conhecimento para os visitantes.

O grupo de empresários da missão participou da palestra e cerimônia de abertura da Feira Pizza Expo 2013, onde foi possível acompanhar a apresentação de quatro grandes especialista do setor e o organizador da feira, Pete Lachapelle, presidente da feira e publicitário da revista PIZZA TODAY.

A palestra inaugural da Feira “The million in One Club” abriu oficialmente os trabalhos do grande evento Expo Pizza no Las Vegas Convention Center, onde empresários brasileiros puderam ouvir quatro empreendedores do segmento de pizzaria: Tony Caputo, Tony Gemignani e Ray Mcconn, Mark Gold, com moderação de Lachapelle. Foram destacados o tamanho do mercado americano de pizza e as grandes tendências do setor, as principais estratégias vencedoras para o segmento. Ricardo Barros formulou uma pergunta aos debatedores sobre a questão do preço x qualidade

As visitas técnicas realizadas durante os dias de feira da missão, foram especialmente produtivas e permitiram ao empresário brasileiro conhecer na prática os ambientes (layout) de pizzarias, segmentação/diferenciação e nível de gestão.

Destacamos abaixo um resumo das visitas técnicas:

A Pizzaria Slice Of Vegas, localizada no Mandalay Bay, é uma pizzaria diferenciada por ter características de um bar, sendo esta uma tendência para o segmento de pizzaria.

A loja tem estilo bar, atendendo o cliente fast com a venda de pizza aos pedaços e salão divido para happy hour e jantar, ambos ambientes que remetem ao consumo de pizzas inteiras. O ambiente possui uma decoração moderna, com uma iluminação mediana (âmbar).

O cardápio exclusivo apresenta poucas opções de sabores, sendo esta uma das características mais encontradas nas pizzarias visitadas. O destaque foi uma solução interessante percebida nesta pizzaria, que é a utilização de uma lata decorada com opções de consumo de bebidas e sobremesas, sendo a principal funcionalidade desta lata, receber a assadeira de pizza, que suspende a pizza deixando a mesa livre para melhor acomodação de pratos e copos. Podendo esta ser uma boa prática ou tendência a ser adotada para o nosso mercado brasileiro. Outra característica diferenciada das pizzarias e restaurantes americanos a água é servida gratuitamente durante todo o serviço ou jantar.

A segunda visita técniva, a Due Forni Pizzeria,

Benchmarking durante a Missão

10.EventoPrimeira edição surpreende

10.Artigo SebraeQuando adversários se unem, todos ganham

12.ArtigoEstabilidade da Gestante

Page 3: Informativo - Pizzarias Unidas

Primeira Edição Surpreende

Evento10 3Raio-X Especial

Saladinha antes da pizza, site adaptado para celular, novas máquinas, novos equipamentos, sistemas de gestão... Não importa qual foi o aprendizado e o que vai ser aplicado aqui, todos os missionários voltaram ao Brasil com exemplos de qualidade para seguir.

Um dos principais pilares das missões lideradas pela Associação Pizzarias Unidas e pelo SEBRAE-SP, é o compartilhamento de conhecimento. Por isso, os trezes empresários que foram até Las Vegas, contam aqui o que mais lhes chamou a atenção no evento, e o que de realmente aplicável eles trouxeram para os seus negócios.

O que a América ensinou

Fernando Mello, da Pizzaria PabloDecidi participar da missão para poder ter mais conhecimento do sistema americano. Tinha curiosidade em saber se os americanos são mais coração como os brasileiros ou apenas ligados à razão e aos números. O que mais me chamou a atenção foi a estrutura que Vegas proporciona para os turistas. É realmente de impressionar.O mercado americano, diferente do brasileiro, possui mais redes do que bandeira própria. Há mais “Pizza Hut”, por exemplo, do que pizzarias como a Bráz, em São Paulo. O que eles usam bastante é o sistema de cupons para descontos e agora eles estão fazendo descontos via internet, focando já nesse boom de marketing da internet pelos smartphones.Eu vou aplicar duas coisas que aprendi da feira: quanto à fabricação de pizza, estou importando uma máquina para abrir massa que é mais eficiente e de melhor qualidade do que as do Brasil, o que vai otimizar meus serviços na pizzaria. Outro fator que usarei é passar meu site e meu e-commerce para a plataforma mobile – site móvel ainda para o segundo semestre desse ano.

Ricardo Barros, da Pizzaria TomanikTenho por hábito já participar das feiras aqui no Brasil, busco novidades que possam ajudar e desenvolver minha pizzaria. A Feira Internacional para mim foi importante para sair do que já tenho noção aqui no Brasil e entender o olhar americano e suas inovações.Acredito que o mais marcante nesta viagem foi poder estar com mais donos de pizzarias, falando dos nossos negócios e discutindo o olhar de cada um sobre produtos, palestras, ações para melhoria de resultados. Compartilhar ideias foi bárbaro.Muitos aspectos que temos no mercado americano serão, em breve, os momentos do nosso mercado, como falta de mão de obra, custo alto de mão de obra, rotatividade alta, necessidade cada vez maior de estabelecer processos onde todos que chegam possam produzir de maneira igual, visão do marketing, relacionamento com cliente e com o nosso colaborador. O mercado americano de dez anos atrás é parecido com o nosso mercado hoje e tem se mantido algumas relações neste sentido. O aumento do consumo de refeições fora do lar é um aspecto importante, crescimento dos cartões de crédito nas operações e muitos outros merecem nossa atenção especial.As palestras trouxeram bons aspectos aplicáveis. Um que mais gostei é o de gravar os processos em vídeo, disponibilizar no Youtube e usar isto de maneira rotineira como manual de operações. É de fácil acesso e pode ser consultado de maneira simples e com maior resultado, pois a maioria dos nossos funcionários de cozinha tem dificuldade com leitura e uma imagem vale mais que mil palavras. Porcionamento é algo que vou tentar operacionalizar, pois um dos grandes aspectos disto seria a melhoria em relação ao custo.

da Hospitalidade Profissional, fei-ra líder no planeta e com a próxima edição para 18 a 22 de outubro de 2013 (www.host.fieramilano.it). Um dos destaques foi a realização do CONOTEL – Congresso Nacional de Ho-téis, com mais de 700 inscrições.E para 2014 teremos o Circuito da Pizza, que será integrado pelo ConPizza - Congresso Internacional da Pizza, pela confecção da maior pizza do Brasil e pelo Pavilhão da Pizza, com

fornecedores de todos os produtos e serviços.Enfim, é preciso colocar 2014 na agenda – a segunda edição será de 9 a 11 de abril. Acesse www.fhw.com.br, faça o seu credenciamento gratuito e venha buscar as suas soluções juntos aos nossos expositores.

Gina Remédio Carneiro, da Pizza da RoçaSempre busquei participar de feiras e eventos da área. Las Vegas me chamou a atenção por ser tradicional e a maior feira do mundo de pizzarias, ou seja, eu teria participado de qualquer maneira. Fiquei impressionada com a qualidade dos equipamentos que vimos de expositores, fabricantes, principalmente americanos, muitos dos quais não chegam ao Brasil por uma série de dificuldades. Por outro lado, a julgar pelas visitas técnicas que fizemos, e embora eles tenham uma farinha de altíssima qualidade, observei que nós, principalmente paulistanos, estamos muito bem tecnicamente, ou seja, fazemos pizzas e atendemos tão bem senão melhor do que eles. Quanto à fabricação de pizzas, nós brasileiros não deixamos nada a desejar aos americanos. A área que mais me impressionou foi a de máquinas e equipamentos.Algumas pequenas ideias eu já trouxe de lá, e inclusive já apliquei. Lancei no cardápio uma “saladinha americana”, pois observei que todas as pizzarias lá servem e é muito bem aceita. Estamos pensando em equipar nossa área de montagem com um balcão refrigerado fantástico que conhecemos. Além de prático e higiênico, proporciona a manutenção dos insumos sob refrigeração. Só não sabemos se terá a mesma qualidade, está ainda em fase de estudo de viabilidade.No que diz respeito à administração, me interessou bastante uma palestra sobre marketing com baixo custo e o que mais me chamou a atenção foi a importância que eles dão ao envolvimento com a comunidade, e o que isso pode representar em temos de marketing para a empresa.

A primeira edição da FOOD HOSPI-TALITY WORLD foi de 25 a 27 de março de 2013, quando apresentou um conceito vitorioso e testado na Europa para os setores de bares, restaurantes e hotelaria, para que os mais de 5.000 visi-tantes tivessem contato com a mais alta tecnologia existente no Brasil e no exterior e atualizassem os seus conhecimentos e seus fornecedores, bem como nos oito auditórios com cerca de 60 palestras se-toriais.É fruto da fusão de duas grandes feiras da Itália: a TUTTOFOOD - Exposição Internacional de Alimentos, de Confeitaria, de Orgânicos e de Bebidas, uma das três maiores do mundo e com a próxima edição para maio de 2015 (www.tuttofood.it), e a HOST - Salão Internacional

Quando adversários se unem todos saem ganhando

Apesar da crise que assombra a economia mundial desde 2008, com a quebra de bancos america-nos, como o Lehman Brothers, o Brasil tem tido desempenho razoável graça a fatores como crédito em expansão e políticas de transferência de renda, como o Bolsa-Família. O consumo vive momento positivo, com a inclusão de cerca de 30 milhões de pessoas no mercado, que chegam ávidas

por consumir bens e serviços aos quais não tinham acesso até pouco tempo atrás. Mais pessoas empregadas significa mais pessoas comendo fora do lar, em lanchonetes de fast-food, restaurantes por quilo e outros. Maior poder aquisitivo e mais informação estimulam a busca por experiências gastronômicas novas e até mais sofisticadas. Nesse cenário, as oportunidades de negócios, do topo à base da pirâmide, aumentam e atraem novos concorrentes, com níveis variados de competitividade ou comprometimento. É comum em mercados com excesso de oferta as empresas buscarem diferenciação por preço, seja achatando margens, seja reduzindo custos, seja fazendo as duas coisas. Essa estratégia pode ser bem sucedida no curto prazo, mas não é sustentável no longo prazo. Além de desgastar a imagem da marca (“A pizza do Guiseppe não tem mais aquele sabor”), sempre há o risco de alguém conseguir ser mais barato ainda do que você.Sun Tzu, em seu livro clássico tanto para exércitos quantos para empresas, diz que a suprema arte da guerra consiste em vencer o inimigo sem ter que lutar. Uma das formas de escapar dessa armadilha do preço e vencer a guerra pela lucratividade é entender que o negócio de food service tem a ver com experiência e não com comida. Pode parecer contraditório ou até absurdo, mas o cliente que vai a uma pizzaria não quer pizza. Obviamente, parto do principio que a qualidade da comida é questão resolvida, sobre a qual não é

necessário nos estendermos. Ele busca um modo divertido de passar a noite com os amigos numa típica cantina italiana, com direito a Funiculi Funicula, ou uma noite romântica com a namorada remetendo aos campos da Toscana, onde vai pedi-la em casamento.Para isso, ele espera um estacionamento ou, nos casos em que isso não seja possível, um manobrista na porta. Espera um ambiente bem decorado, que não significa luxuoso, um atendimento educado, cortês, num local limpo e arejado. Espera também facilidades para efetuar seus pedidos e fazer seu pagamento, com cartão de crédito ou débito.Podem parecer questões óbvias, até mesmo básicas, mas que não recebem, muitas vezes, a atenção adequada. É nos detalhes que se faz a diferença e encanta seu cliente a ponto de fazê-lo pagar até mesmo um pouco mais pela experiência proporcionada – por essa viagem imaginária à Italia, com todo seu charme, sua elegância e sua dolce vita. Pensemos agora na seguinte situação: o cliente chega ao restaurante, um ambiente aconchegante, bem iluminado e decorado e é recebido por garçons educados e atentos. Recebe talheres finos e guardanapos de linho para sua refeição que, por sinal, chega rapidamente. Em dado momento, ele decide ir ao banheiro. Lá chegando, encontra o piso encharcado, sem toalha descartável e sem sabonete líquido - ou de qualquer outro tipo. Qual será a impressão que esse cliente vai levar pra casa? A do guardanapo de linho ou a da falta de sabonete?Como ficar atento a todos os detalhes que envolvem a operação de um restaurante é humanamente impossível, a dedicação à gestão de pessoas é fundamental. Pode parece um clichê de administração, mas as pessoas são o ativo mais valioso de qualquer empresa. Se ela atuar no setor de serviços, mais ainda. Contratar, capacitar, motivar, remunerar são verbos que devem ser conjugados no imperativo afirmativo por todos aqueles que querem ser bem-sucedidos no setor.

Marcelo SinelliConsultor de marketing - Sebrae-SP

Artigo Sebrae

Page 4: Informativo - Pizzarias Unidas

Raio-X Especial4

Convite ConPizzaRonaldo Cesar de Souza, da Pizza da RoçaGosto muito do segmento em que atuamos e procuro incessantemente aprimorar meu negócio, dando um diferencial ao produto ou serviço. Isso me faz realizado pessoalmente também.Gostei bastante das máquinas e dos acessórios gerais. Há uma infinidade de itens que podem auxiliar desde o preparo até o serviço de mesa. O mercado americano tem muito a ensinar no profissionalismo e na visão das perspectivas, inovações no geral. Vou aplicar ao meu negócio as formas de divulgação, a busca por novos mercados, expansão e modernização.

Roney Moreira, da FornoflexMe tornei um dos missionários dessa viagem pela busca de informação sobre o mercado mundial. Gosto das divergentes visões empresariais durante uma missão e principalmente notar a capacidade que temos por simplesmente sermos empresários brasileiros.Acredito que se tivéssemos uma pequena parte do apoio que os pequenos empresários americanos têm, com certeza estaríamos em crescimento absoluto. O mercado internacional tem muito que nos ensinar nos quesitos organização, seriedade e respeito ao empreendedor. O que me deixou muito satisfeito nessa viagem foi notar que há possibilidade de expansão dos negócios brasileiros dentro do maior mercado consumido do mundo.

Geraldo P. dos Santos, da Pizzaria Bella BoccaResolvi participar da missão, porque seria uma oportunidade internacional de atualização de conhecimentos para o próprio business e também uma oportunidade de conhecer novos mercados. O que mais chamou atenção foi a dinâmica do mercado americano, a forma de negócios, de encarar o business que está por trás de tudo isso. Eles são realmente bem focados, algo bem profissional. Esse profissionalismo me marcou. Já em relação à pizza, eles não têm muito a ensinar. Em minha opinião, o mercado do Brasil tem sua própria criatividade e nesse ponto até ganhamos do mercado americano.

Carlos Zoppetti, da Pizza BariEm minha opinião eventos específicos do setor são a melhor maneira de se adquirir informações e entrar no processo de evolução empresarial. Usar como referencia uma situação que esta a frente então é unir o útil ao agradável.As coisas das quais me encantaram foram: o mercado de pizza no almoço não tira o volume da hora do jantar. A quantidade de equipamentos adequados para o uso específico, sem falar do preço e condições acessíveis. O comprometimento de funcionários em relação à empresa. Mesmo com a escassez de mão de obra há mais segurança por parte dos empresários. Há também uma relação mais humana entre empresários, gerentes e funcionários, até por conta da cultura de respeito entre as pessoas. As ações estratégicas dos estabelecimentos para aumentar as vendas fidelizando o cliente em cima dos dados que os softwares fornecem são ferramentas tão essenciais quanto à mussarela.Mas como dirigente da associação tive obrigação de ter uma segunda visão, foi a de invejar a organização e união de todas as partes do setor, donos de pizzarias, associações, indústrias, prestadores de serviços e governo em prol do desenvolvimento do mercado de pizzas.

Marco Amatti, da Mapa AssessoriaDecidi participar da missão, pois como um profissional da área há mais de 30 anos, estudo operações e mercado, além de ministrar cursos e palestras na área. Chamou-me muita atenção o tamanho do mercado gastronômico/turístico de Las Vegas. Com sua capacidade de atrair 39 milhões de turistas ao ano (8 vezes o número dos que visitam o Brasil inteiro!), isto define bastante o que observar por lá.O que pude notar é que o empresário dentro do mercado americano é tratado com importância pelo Estado. Há também uma preocupação com dados e estatísticas, por exemplo, simplicidade na tributação e taxas de meio pagamento. Em geral, tem muito que nos ensinar e mostrar no quesito Governo x Empresa. O empresário americano tem mais tempo também para ser empresário do que o brasileiro. Nós temos que enfrentar inúmeras questões de insegurança institucional e burocracia “selvagem” no dia a dia. Inclusive, em meu negócio já estou aplicando e difundindo as questões citadas acima, além de exemplos de marketing que pude observar durante toda a viagem.

Page 5: Informativo - Pizzarias Unidas

Vem aí o Congresso da Pizza

Evento8 5Raio-X Especial

Com a chegada da Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas ao Brasil, a pizza mais gostosa do mundo ainda tem muito o que aprender.Reunir empresários para discutir as reais necessidades desse mercado será o foco deste novo evento promovido pela Associação Pizzarias Unidas, que promete mudar a história e o rumo de quem vive de pizza. Saiba agora tudo sobre o CONPIZZA 2013.

Nos dias 10 e 11 de Julho, São Paulo receberá um novo evento. Promovido pela Associação Pizzarias Unidas, o CONPIZZA – Congresso Internacional da Pizza – promete reunir 1200 pessoas no Expo Center Norte, Pavilhão Amarelo, para debater, demonstrar e com-partilhar informações e conhecimento sobre o setor de Pizzarias. Haverá participação especial de palestrantes internacionais durante o congresso. Nomes como John Arena, um dos mais respeitados profissionais do mercado norte americano, professor da disciplina de “Pizza – História e prática em pizzarias” na Universidade de Las Vegas de Pizzarias e Pete Lachapelle, presidente da NAPO (Associação Norte Americana de Operadores de Pizzarias), editor e publisher da Revista Pizza Today (EUA) e organizador da feira Pizza Expo (em Las Vegas) estão confirmados para o grande evento.

Propositalmente marcado para começar no “Dia da Pizza”, o CONPIZZA vai ser o maior encontro de empresários de pizza que já foi realizado no Brasil. “Estamos fazendo um evento focado em nosso mercado. Já participamos de eventos do setor de alimentação, e isso sempre foi muito importante para disseminar conhecimento e novidades, mas agora, queremos falar única e exclusivamente de Pizza”, explica Carlos Zoppetti, presidente da Associação.

O evento tem essa relevância, pois o mercado de pizza no Brasil é extremamente promissor, porém, o empreendedor ainda tem muito a aprender para crescer. “É nossa principal missão disseminar conhecimento empresarial e administrativo, para que nossos homens de negócio da pizza possam crescer mais rápido, pois temos potencial e mercado para isso”, diz Adilson Barboza, diretor da Associação.

Com os principais eventos esportivos internacionais chegando ao Brasil, muitos turistas deverão lotar restaurantes e pizzarias em busca de conhecer a tão famosa pizza brasileira. Saborosa e artesanal, ela tem tudo para conquistar os paladares mais longínquos. “Mas

é preciso aprender a administrar e atender essa clientela com primazia”, ressalta Cláudio Tomanini, especialista em Marketing e Vendas e professor da FGV. “O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente. O estrangeiro, nem se fala, pois muitos já recebem em seus países de origem um atendimento exemplar”, completa. Ou seja, o desafio é triplo.

Para quem quer saber e aprender mais sobre todos esses desafios, o CONPIZZA é um excelente começo. Saiba mais sobre o evento.

Para mais detalhes sobre o evento, acesse:www.conpizza.com.br

André Cotta, da Família PrestoParticipei da missão Las Vegas por ser um evento único, um dos maiores do mundo. Me atraiu bastante a qualidade do grupo de profissionais que iria participar e a troca de experiências que por consequência seria muito boa também. Durante a viagem, o que mais me despertou a atenção foi o profissionalismo e a estrutura da feira, o padrão americano de se organizar um evento deste porte é sensacional. Por isso, acredito inclusive, que o mercado brasileiro tem muito a aprender com o americano, por exemplo, no setor de marketing e produção principalmente. Já em meu restaurante vou começar a colocar em prática, o que vimos na feira, como estratégias de RH, principalmente motivacional e de compensação. Além disso, irei estabelecer premiação de funcionários, promoções no cardápio, tudo para estimular assim, mais clientes satisfeitos em meu estabelecimento.

Cristiane Rosa, da Pizzaria BiazziniA escolha de participar dessa viagem foi motivada pelo fato de querermos sempre ampliar nossa visão do mercado, buscar novas realidades, informações, além do resultado positivo da missão anterior que o grupo realizou. O que mais se destacou aos meus olhos, foi certificar que o nosso mercado está consolidado, e aqui no Brasil estamos evoluindo, sem deixar a desejar para ninguém, somos um grande mercado. Outra coisa que me chamou muita atenção foi a atitude, a conduta, o profissionalismo e a troca de experiências de todos os missionários presentes na viagem.Acredito também que o mercado americano tem sim a colaborar conosco, como por exemplo, estratégias em relação a foco, especificação de tipos de produtos, otimização das opções de cardápio. Ter uma identidade de fato construída em cima de uma especialização de produto e obter sucesso.Já estou aplicando na minha pizzaria a redução de opções de sabores do cardápio e estratégias de marketing apresentadas, como baixo custo (tema abordado em uma das palestras da feira).

Emeri Stavale, da Pizzaria Smart PizzaAceitei o convite para esta missão, pois era uma oportunidade única para ver o que estava acontecendo internacionalmente em termos de equipamentos, visitas técnicas, e claro, compartilhar informações e experiências com os missionários presentes.O que me chamou atenção nesta viagem foi o fato do grupo ter se entrosado muito bem, uma empatia, bom relacionamento, tinha sintonia´, além da alta qualidade das palestras que presenciamos.Os aprendizados foram inúmeros. Algo que me despertou interesse foi o sistema de porcionamento dos insumos na hora do preparo da pizza e como os americanos têm uma melhor organização e estrutura para montar uma feira, isso realmente me deixou impressionada. Já estou aplicando estratégias de marketing ensinadas durante a feira, como por exemplo, mídias sociais e o porcionamento. Quanto ao RH estamos também lidando melhor com nossos funcionários e renovando os pontos necessários, tudo com consistência e qualidade.

Paulo Stavale, da Pizzaria Smart PizzaQueria participar desta missão, pois já tinha conhecimento dessa feira de Las Vegas e me interessava muito poder fazer parte dessa viagem. O que me chamou mais a atenção, assim como para muitos missionários, foi o profissionalismo da feira, a forma como ela foi organizada e planejada, isso realmente me deixou impressionado.O mercado americano tem muito a ensinar em vários pontos, por exemplo, no setor tecnológico, na produção mesmo das pizzas, equipamentos, mesmo os fornecedores, afinal não é a toa que se tornou o maior mercado de pizza do mundo, ou seja, ainda estamos atrás deles em muitas questões. Pretendo colocar em prática muitos dos aprendizados vistos nas palestras, como melhorias na área de marketing, estreitando mais o relacionamento com os clientes via mídias sociais. Utilizarei também, novas metodologias apresentadas, para porcionamento dos ingredientes e armazenamento.

Valmor Friedrich, da Pizzaria KadaloraEntendo que o empreendedor tem que buscar sempre fazer algo novo, diferente, e esta missão representava a possibilidade de aprender, e conhecer coisas novas, novos processos.O que mais me despertou a atenção foi a objetividade do mercado americano em desenvolver e expor seu produto, focado na praticidade, sem o uso de subterfúgios e chamarizes não pertinentes ao que está sendo exposto.Eles têm uma visão muito prática das coisas e situações, e são muito organizados. Isso nos leva a um questionamento em vários processos que hoje realizamos e que podem ser modificados e se tornar mais efetivos em um futuro próximo.As palestras foram muito interessantes e consegui tirar dali varias sugestões e novas idéias para aplicar na Kadalora.

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O que acontece em Vegas...Vem direto para o Brasil!

A missão da Associação Pizzaria Unidas, em conjunto com o Sebrae-SP, por meio do Escritório Regional Capital Oeste, levou à 29ª International Pizza Expo, nos EUA, 13 empresários de pizza do Brasil. O objetivo e os ganhos da visita você vai acompanhar agora.

Conhecida como uma das cidades mais animadas e agitadas do mundo, Las Vegas, no estado de Nevada, nos Estados Unidos, foi palco de um grande encontro internacional do mercado de pizzas, a 29ª International Pizza Expo, que aconteceu no Las Vegas Convention Center dias 18, 19, 20 e 21 de março de 2013.

A famosa expressão tipicamente usada por quem viaja até lá: “O que acontece em Vegas... Fica em Vegas” jamais poderia ser usada neste contexto, uma vez que os empresários brasileiros que estiveram na feira tinham como objetivo principal trazer de volta ao Brasil todo o aprendizado que pudessem sobre o jeito americano de produzir e vender. “Sabemos que o brasileiro faz uma pizza mais artesanal e bastante saborosa, porém os americanos entendem muito de tecnologia e produtividade, lições valiosas que pudemos aprender assistindo de perto ao evento”, diz Carlos Zoppetti, Presidente da Associação Pizzarias Unidas e proprietário da Pizza Bari, em São Paulo.

Foram treze empresários do ramo de pizzas que fize-ram parte do que foi chamado de “Missão Internacional Pizza Expo 2013”, uma parceria Pizzarias Unidas com Sebrae-SP - Escritório Regional Capital Oeste: Ronaldo Cesar de Souza e Gina Remédio Carneiro (Pizza na Roça, São Paulo e Poços de Caldas), Emeri Di Biaggio Stavale e Paulo Sérgio Stavale (Smart Pizza, Tamboré e Alphaville), Ricardo Barros (Tomanik Pizzas), Fernando Mello (Pizzaria Pablo), André Cotta (Família Presto), Valmor Friedrich (Kadalora Pizzaria), Cristiane Pereira (Biazzini Pizzas), Geraldo Pereira (Pizzaria BellaBocca), Carlos Zoppetti (Pizza Bari / APUESP), Marco Antonio Pancotte Amatti (Mapa Assessoria), Roney Moreira (IBF – Fornoflex), Alexandre Martins (Sebrae-SP - Escritório Regional Capital Oeste).

A missão começou dia 17 de março, um domingo, quando todos os viajantes da pizza brasileira se reuniram no famoso hotel Luxor, que tem formato de esfinge, para a primeira visita técnica à “Slice of Vegas” (Pedaço de Vegas). Com um conceito de lanchonete e bar americano oferecendo as pizzas em pedaços, a

“Slice of Vegas” vende mais pizzas no almoço do que no jantar. À noite, é mais comum a venda de pizzas inteiras. “Este é muito o perfil do mercado americano que vende pedaços de pizza e prolifera-se em sistema de redes”, diz Geraldo Pereira, da Bella Bocca.

As palestras e apresentações durante a feira abor-daram todos os desafios de qualquer empresário, em um verdadeiro banho de aprendizado e foco no sucesso do negócio: como melhorar a comunicação interna; por que assar diferentes sabores em diferentes fornos; como abrir uma segunda unidade do seu estabelecimento – e porque é tão difícil; como controlar o uso de porções e evitar o desperdício; como produzir a cerveja dentro do próprio estabelecimento; como treinar jovens funcionários e fazê-los ter mais produtividade e engajamento; como investir em estratégias de marketing sem gastar muito. “Estar em meio a pessoas da mesma área comercial e num even-to de tamanha magnitude foi muito interessante para a troca de experiências”, diz Gina Remédio Carneiro, da Pizza na Roça. Gina se disse impressionada com a qualidade e tecnologia dos equipamentos expostos na feira.

O clube do milhão

Quem não sonha em chegar ao milhão de faturamento? E em apenas um ano, só com muita competência e pensamento estratégico. Pois foi assim que os nossos empresários vivenciaram o primeiro dia de evento, na segunda-feira, 18 de março, em uma conferência fechada, exclusiva para convidados: aprendendo a chegar ao milhão, com o painel de abertura intitulado “The Million in One Club” (O clube do milhão em um). Liderado pelo presidente da Expo Pizza, Pete Lachapelle, o painel durou a manhã inteira e tomou parte da tarde. Não é à toa que os americanos podem ensinar a chegar ao milhão, pois o perfil do empresário nos EUA é de um profissional extremamente focado. “Eles possuem uma ‘fome’ contínua por melhorias e são criativos”, comenta Ronaldo Cesar de Souza, da Pizza na Roça.

Mas não são somente os EUA que possuem exemplos de sucesso nos negócios. John Arena, um dos mais respeitados profissionais do mercado norte americano de Pizzarias, jurado na competição de melhor pizzaiolo americano de 2013, Professor da disciplina de “Pizza – História e prática em pizzarias” na Universidade de Las Vegas (sim, eles têm uma matéria somente dedicada a Pizzas na faculdade!) e co-proprietário do estabelecimento “Metro Pizza”, contou histórias de sucesso aos missionários. Como a de um aluno oriental de John, que após investir 150 mil dólares em uma pizzaria, negociou-a com um grande grupo por dois milhões de dólares, tornando-se CEO da “Brick Oven New York Pizzeria”.

Abaixo à obesidade infantil

O mercado de pizzas americano, apesar de ser extremamente lucrativo, com enorme quantidade de redes de fastfood de pizza, e produto quase obrigatório nas escolas e shoppings de todo o país, vive um momento de grandes restrições. “Eles estão encarando um momento em que a preocupação com a alimentação infantil cresceu muito, e a pizza teve que passar por modificações para ser mais aceita no menu das crianças e adolescentes”, explica André Cotta, da Família Presto.

Como as escolas americanas servem almoço, já que os alunos estudam em período quase integral, a pizza faz parte de todos os cardápios. Mas agora, o peperoni – antes campeão de vendas nos EUA – dá lugar a vegetais, queijos mais leves e produtos sem glúten.

São desafios que vêm junto com a mudança de com-

portamento do consumidor, agora mais preocupado com a saúde. Assim, o comportamento de compra do consumidor também mudou, e por isso os americanos são tão eficazes nas vendas. Eles sabem da importância da visão do empresário, que deve se esforçar em entender e satisfazer as necessidades do cliente em primeiro lugar. Para isso, não há nada mais eficiente do que entender o seu comportamento.

As plataformas móveis já são ferramentas aproveitadas e exploradas pelas pizzarias americanas. “Todos compram cupons por meio de internet pelo celular. É preciso estar presente nos dispositivos móveis, pois os brasileiros também cada vez mais aces-sam a internet pelo celular”, alerta Adilson Barboza, administrador da Associação Pizzarias Unidas. “Para o segundo semestre deste ano já pretendo passar meu e-commerce para a plataforma mobile por meio de site móvel”, diz Fernando Mello, empresário que vai sem dúvida sair na frente em vendas e reconhecimento do consumidor. “Hoje, todo consumidor é móvel”, completa Carlos Zoppetti.

Um show de gestão, operação, novos negócios, inovações tecnológicas e relacionamento que ainda será amplamente explorado e compartilhado com todos os interessados, por meio de palestras que acontecerão em eventos específicos nas unidades do Sebrae-SP. “Todos os associados presentes na missão Vegas já se comprometeram a continuar compartilhando o conhecimento adquirido”, diz Zoppetti. “Este é o nosso objetivo principal: fomentar, desenvolver e gerar relacionamento dentro do mercado de pizza, para que ele seja sempre melhor”. Por isso, o que aconteceu em Vegas, definitivamen-te, não fica em Vegas.