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Sebrae/SC atua em parceria com a Baesa em vá- rios projetos nos municípios que estão no entorno da Usina Hidrelétrica Barra Grande, desenvolvendo trabalhos que trazem benefícios para toda comu- nidade e contribuem para o crescimento da região. Conheça algumas histórias e veja como essa parceria pode mudar vidas. Informativo PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE PROJETOS DESENVOLVIDOS PELO SEBRAE/SC ANITA GARIBALDI/SC Apicultura Identidade visual Cooperanita PAS - Programa Alimentos Seguros CERRO NEGRO/SC Apicultura Identidade Visual do município PAS - Programa Alimentos Seguros CAMPO BELO DO SUL/SC Artesanato Leite ESMERALDA/RS Projeto Nogueira-Pecã PINHAL DA SERRA/RS Roteiro turístico educacional UHE Barra Grande O

Informativo Sebrae Baesa

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Informativo sobre os projetos realizados em parceria entre o Sebrae/SC e Baesa

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Page 1: Informativo Sebrae Baesa

Sebrae/SC atua em parceria com a Baesa em vá-rios projetos nos municípios que estão no entorno da Usina Hidrelétrica Barra Grande, desenvolvendo trabalhos que trazem benefícios para toda comu-

nidade e contribuem para o crescimento da região. Conheça algumas histórias e veja como essa parceria pode mudar vidas.

InformativoPROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE

PROJETOS DESENVOLVIDOS

PELO SEBRAE/SC

ANITA GARIBALDI/SC• Apicultura• Identidade visual Cooperanita• PAS - Programa Alimentos Seguros

CERRO NEGRO/SC• Apicultura• Identidade Visual do município• PAS - Programa Alimentos Seguros

CAMPO BELO DO SUL/SC• Artesanato• Leite

ESMERALDA/RS• Projeto Nogueira-Pecã

PINHAL DA SERRA/RS• Roteiro turístico educacional

UHE Barra Grande

O

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undada em 2010, a Cooperativa Agropecuária dos Agricultores Familiares de Anita Garibaldi e Região dos Lagos (Cooperani-

ta) atua nos municípios de Anita Garibaldi, Cerro Negro, Capão Alto e Abdon Batista com o objetivo de melhorar as condições socioeconômicas dos agricultores familia-res. O principal foco do trabalho é o cultivo

de sementes crioulas, especialmente arroz, feijão e milho.

baixa produtividade da atividade apícola em Anita Garibaldi (SC) motivou a realização do projeto de Apicultura nas comunidades Capela São Paulo, São Sebastião e Reas-

sentamento Santa Catarina. Desde março de 2012, 16 produtores locais participam do projeto, resultado de uma parceria entre o Sebrae-SC, Epagri, Secretaria Municipal de Agricultura, lideranças locais e sindicatos. A primeira etapa do projeto foi o diagnóstico nas pro-priedades. A falta de conhecimento dos apicultores locais sobre as novas técnicas de produção fazia com que a pro-dução média por caixa ao ano fosse de 6,84 kg – muito abaixo da média estadual, de 25 kg caixa/ano. Eram 479 caixas em produção, mas nem todas tinham colmeias pa-dronizadas. Assim, a atividade não era economicamente viável, nem gerava complemento da renda familiar. Com o diagnóstico em mãos, foi desenvolvido um pla-no de ação para ser implementado junto aos produtores, durante a vigência do projeto. O consultor responsável foi o técnico Neuri Riboli.

PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE

Anita Garibaldi

Cooperando para o desenvolvimento

F

Apicultura produz doces resultados

Uma parceria com o Centro Agroveterinário da Univer-sidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Lages, está promovendo a pesquisa e o desenvolvimento dessas sementes, com o objetivo de multiplicar a produção. O Sebrae-SC realizou junto à coopera-tiva um projeto para o desenvolvimento de sua indentidade visual, de modo a favorecer a padronização e comercialização dos pro-dutos dos cooperados. O consultor Fernando Laske utilizou os símbolos e as caracterís-ticas da serra catarinense para embasar a criação da marca grá� ca e da identidade visual da Cooperanita. Já se podem colher bons frutos desse trabalho: a Cooperanita está � rmando uma parceria com 11 agroindústrias de Anita Garibaldi que produzem queijo, embutidos, massas e pães. Cada agroindústria irá as-sinar um contrato de comodato para sua regularização, preservando os direitos pre-videnciários dos agricultores e tornando a

José Marcelo Mota e Claudionor de Macedo com a marca da Cooperanita desenvolvida pelo Sebrae

O cultivo de sementes crioulas é o foco da Cooperanita

Cooperanita responsável por emitir as notas � scais e cuidar dos aspectos legais do ne-gócio. “Esse trabalho de desenvolvimento da identidade visual é de grande importân-cia para esse processo, pois irá fortalecer a imagem da cooperativa e criar uma unidade entre as agroindústrias, que irão utilizar, to-das, a marca da Cooperanita”, diz o coope-rado Claudionor de Macedo. Macedo também destaca a colaboração do Sebrae/SC nos avanços da Cooperanita, que auxiliou em conquistas importantes, como vendas garantidas para o Programa de Aquisi-ção de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), o que só foi obtido por meio do trabalho con-junto da cooperativa e todos seus parceiros. Através desses projetos, a Cooperanita começa a se � rmar como uma instituição im-portante para o desenvolvimento da região.

A1) Planejamento de melhorias e investi-

mentos a curto, médio e longo prazos em todas as propriedades.

2) Todos os produtores já estão com os api-ários construídos de acordo com locais e modelos de construção preconizados pelas consultorias.

3) Em parceria com o Desenvolvimento Re-gional Sustentável (DRS), Banco Brasil e Baesa, foram entregues aos apicultores locais: 750 colmeias novas em acordo com o padrão da ABNT; 16 novos ma-cacões; 400 kg de cera alveolada e 16 fumegadores. Os equipamentos visam a melhorar a atividade apícola.

4) Povoamento das novas colmeias: 400 colmeias novas já foram povoadas, adquiridas por meio da parceria com a Baesa e o Banco do Brasil. Os produtores foram capacitados e receberam orienta-ções técnicas para executar essa ação. O povoamento das caixas com enxames foi feito através da transferência das antigas colmeias, da multiplicação de enxames e da captura de enxames na natureza.

Resultados positivos alcançados com a intervenção do Sebrae-SC:

5) Todos os produtores foram capacitados e orientados a fazer manejos de primavera e de inverno em suas colmeias. Esses ma-nejos são: limpeza dos apiários, alimen-tação nos períodos de inverno, troca de favos velhos, uso correto de sobrecaixas nos períodos de safra e colocação de cera nos quadros.

6) Multiplicação de enxames: os apicultores foram incentivados e orientados a multi-plicar seus enxames, com o objetivo de povoar mais rapidamente suas colmeias. Esse processo de criação de novas famí-lias de abelhas foi muito bem aceito pelos produtores. Até o momento, foram multi-plicadas em torno de 120 colmeias, mas até o � nal do projeto esse número deve chegar a 200 novos enxames, conforme o planejamento para a safra 2012/2013.

7) Todos os produtores foram treinados em Boas Práticas de Manipulação de Alimen-tos e higienização de equipamentos

de extração.

arroz, feijão e milho.

O cultivo de sementes

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m complementação ao projeto de Apicultura realizado no município, o Sebrae-SC aplicou na Associa-ção de Apicultores de Anita

Garibaldi (SC) o Programa Alimentos Se-guros (PAS). A entidade já tem acompanha-mento técnico na parte operacional da api-cultura, no que tange a materiais e produtos apícolas para a produção de mel. A necessi-dade de pro� ssionalização das equipes que trabalham na Casa de Mel – onde o produto é extraído e encaminhado a entrepostos para

história do agricultor Francisco Iradi Mota ilustra bem a transfor-mação cultural e a mudança de vida experimentada pelos mem-

bros da Associação dos Agricultores Fa-miliares Ecologistas de Anita Garibaldi (AAFEAG) após a adoção da agricultura orgânica. Sua família plantava milho, feijão e fumo da forma tradicional: preocupação com quantidade, e não com a qualidade; excesso de trabalho e uso de veneno nas lavouras. Os resultados não eram satisfa-tórios – doenças, gastos com tratamentos médicos e lucro muito baixo. Após uma sa-fra que rendeu signi� cativamente pouco, sr. Francisco decidiu mudar de vida (“pela dor, e não por amor”, como ele diz) e transferiu--se para o interior de Anita Garibaldi. Lá, há cerca de 15 anos, ele conheceu a produção orgânica, sem o uso de químicos e possibili-tando mais tempo para cuidar da sua saúde. Hoje, seu Francisco e outros produtores orgânicos do município são associados da AAFEAG, que tornou-se o braço orgânico da Cooperanita. Plantam suas hortas orgânicas certi� cadas pela Rede EcoVida e comercia-lizam seus produtos na feira no centro da cidade aos sábados pela manhã - são oito agricultores, que utilizam quatro boxes para a venda de orgânicos. Eles também vendem seus produtos nos bairros, utilizando uma Kombi que também expõe pães, bolachas, pinhão e laranja. Cada agricultor lucra cer-ca de R$1.400 por mês com as vendas na

Anita Garibaldi

Inspeção Federal – levou à implementação do PAS. Primeiro, a consultora Regiane Quadro utilizou ma-teriais do PAS no treinamento de Boas Práticas, quando os participantes receberam capacitação sobre manejo de campo, manejo com as abelhas, melgueiras e caixas e sobre a utilização do caderno de campo. Em seguida, na Casa de Mel, os apicultores foram orientados sobre a manipulação segura dos produtos derivados

das colmeias, de modo a garantir a seguran-ça e a inocuidade dos produtos. Aprenderam sobre a utilização das instalações e equipa-mentos, comportamentos higiênicos de uso, comportamento pessoal, controle de higiene das mãos e cronograma de higiene.

cidade; também há vendas através de pro-gramas governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), que geram um bom comple-mento de renda. Além disso, os agricultores adquiriram o hábito saudável de consumir as hortaliças que produzem. A consulto-ra do Sebrae-SC Regiane Quadro realizou um trei-namento com os associados da AAFEAG, inclusive com o sr. Francis-co. Ele e os demais produtores participa-ram do treinamento de Segurança dos Ali-mentos pelo Programa Alimentos Seguros (PAS) e receberam todas as informações necessárias para sua implementação nas hortas. Regiane realizou visitas de casa em casa para promover adequações nas pro-priedades, de modo a obterem-se hortaliças de melhor qualidade e segurança sanitária. A metodologia PAS Campo foi adotada por esses agricultores. Os produtores foram orientados sobre higiene e saúde pessoal, comportamento, higienização das mãos, controle de higiene ambiental, controle na produção de orgânicos, uso adequado da água de irrigação e consumo, controle na colheita e layout adequado de produção. Fo-ram orientados sobre o uso de um caderno

de campo, onde se descrevem todas as ati-vidades de manejo e produção - aplicação de adubos orgânicos, cuidados no manejo de pragas e doenças, controle na higiene e manipulação de alimentos. Agora o seu Francisco sabe que várias iniciativas devem ser colocadas em prática, como o cuidado para não haver contamina-ção da água e a necessidade de construir uma casa para lavagem das hortaliças. Re-giane sugeriu fazerem uma análise da água no Instituto Federal, que tem parceria com a Cooperanita - ação que o seu Francisco vai acatar prontamente, “a� nal, sempre se deve olhar para frente”, como ele diz.

PAS garante alimentos seguros

Produtos orgânicos que contam histórias

Curso Boas Práticas ministrado por Regiane QuadroE

A

Srº Francisco é produtor de hortaliças e associado AAFEAG, braço orgânico da Cooperanita

PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE 3

as hortaliças que

AAFEAG, inclusive com o sr. Francis-

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Usina Hidrelétrica Barra Grande já foi motivo de muita polêmica entre os produtores rurais de Cerro Negro e região. “Quan-

do a construção da obra foi anunciada, muitos agricultores tinham medo do que po-deria acontecer”, diz Ivanor Barbosa Mota, da Secretaria Municipal da Agricultura. Se-gundo ele, muitos viam a usina como um “monstro”, mas hoje a enxergam como uma propulsora do desenvolvimento regional. Mota aponta que a Baesa não foi a única responsável pelo recente desenvolvimento de Cerro Negro – a união da comunidade e parcerias com instituições como o Senar, a Votorantim, A AMURES e o Sebrae-SC tam-bém são relevantes para o município e suas agroindústrias. Apoio, parcerias e ideias são recursos valiosos que vão além do in-vestimento � nanceiro. “Eles têm ambição, querem desenvolver suas propriedades e produzir com qualidade, e isso só é alavan-cado com união, associativismo e coopera-tivismo”, a� rma Ivanor. Para ele, a identida-de visual desenvolvida pelo Sebrae-SC foi o carro-chefe do crescimento econômico, pois criou um elemento de união entre as agroindústrias, que agora se identi� cam, todas, sob a marca Cerro Negro. O principal desa� o apontado por Mota é organizar a cadeia produtiva local e for-talecer as associações, de modo a possi-

Cerro Negro

bilitar que os agricultores “avancem com as próprias pernas”. Ele avalia que hoje já existem condições para uma boa produ-ção e comercialização, baseada no preço justo pago aos produtores familiares pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) - por lei, pelo menos 30% da merenda escolar deve vir da agricultura familiar; em Cerro Negro esse percentual já foi superado.

Criando uma marca para Cerro NegroO projeto que resultou em uma identidade visual para promover os negócios e o tu-rismo no município de Cerro Negro iniciou com um objetivo muito mais especí� co: o Sebrae-SC iria criar marcas e rótulos para quatro associações do município – Clube das Mães, Associação dos Reassentados,

Mudançasque vieram para melhorar a vida de todos

AIvanor e a carroça que inspirou a criação da marca Cerro Negro

Associação dos Moradores Produtores da Comunidade do Sagrado e a associação dos apicultores -, impactando diretamente 65 famílias. Essas associações represen-tam produtores de mel, pães, bolachas e de produtos derivados de frutas e semen-tes nativas como butiá, laranja, bergamota, � go, caqui e pinhão. Após conversas entre o Sebrae-SC e a Prefeitura Municipal de Cerro Negro, o pro-jeto cresceu e passou a buscar uma mar-ca guarda-chuva que pudesse representar todos os projetos do município e, também, ajudar na divulgação turística da localida-de. O consultor Fernando Laske elaborou o conceito da carreta de bois, que remete à tradição agrícola do município, e utilizou como símbolo uma carroça repleta de � o-res, em referência à “Fórmula 1 da Roça”, que é realizada durante a Festa da Agricltu-ra Familiar de Cerro Negro – o maior evento do município. Além da carroça ser utilizada na marca, foi sugerido o seu uso como gôn-dola de produtos, � oreira e sinalização para indicar as agroindústrias e propriedades que participam do projeto. Segundo Ivanor Barbosa Mota, da Se-cretaria de Agricultura de Cerro Negro, o desenvolvimento da identidade visual “é estratégico e de extrema importância para a região e para as famílias de agricultores que trabalham nas agroindústrias”.

PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE 4

Estudo de símbolosÁgua, serra, araucária, taipa, tropeiro, cultura gaúcha, gralha azul, pinhão e frio, elementos que representam a Serra Catarinense e foram estudados durante o desenvolvimento da identidade visual de Cerro Negro.

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diagnóstico realizado em maio de 2012 pelo projeto de Api-cultura na comunidade São Roque, em Cerro Negro, foi

muito similar à situação encontrada no início do projeto em Anita Garibaldi: nas 10 pro-priedades visitadas, a produção média por caixa ao ano era de apenas 11 kg, muito bai-xa se comparada à média estadual de 25 kg por caixa/ano. Eram 89 caixas em produção,

Cerro Negro

mas nem todas tinham colmeias padroniza-das. Desse modo, a atividade apícola não era economicamente viável para o complemento da renda familiar. A partir desse diagnóstico, foi desenvol-vido um plano de ação para ser implementa-do junto aos produtores durante a vigência do projeto. Entre as ações esteve a elabo-ração de um projeto para que os apiculto-res se habilitassem ao edital da Baesa – o

1) Realizadas várias reuniões de planejamento e avaliação dos trabalhos com todas as famílias dos participantes do projeto. Esse planejamento foi construído a curto, médio e longo prazos, com o objetivo de traçar metas de melhorias na atividade apícola de cada propriedadae.

2) Os produtores foram informados sobre as melhorias que serão implementadas em suas propriedades. Essa capacitação surgiu de uma necessidade levantada por eles durante o planejamento realizado cole-tivamente. O objetivo dessas capacitações é “aprender fazendo”.

3) Suporte técnico na construção da casa de extração de mel, com recursos liberados pela Baesa. Essa iniciativa também surgiu a partir da necessidade do grupo de melhorar suas condições de trabalho e manter a qualidade do mel.

Resultados já alcançados após a intervenção do Sebrae-SC em Cerro Negro:

Trabalho e união como na colméia

Segurança na produção de alimentos

Oque resultou na captação de recursos para a construção da Casa de Mel. O projeto foi promovido pelo Sebrae--SC em parceria com Epa-gri, Secretaria Municipal de Agricultura, lideranças locais e sindicatos e foi executado pelo consultor Sérgio Pundek.

4) Foi construído um total de 20 novos apiários nas propriedades dos bene� ciados. Esses apiários foram projetados conforme as ne-cessidades das abelhas e do produtor.

5) O número de colmeias povoadas aumentou em 30%, de 89 para 116. Esse aumento se deu pelo incentivo técnico - processos de multiplicação arti� cial e captura de enxames da natureza -, já que o local é próprio para essa ativida-de. A meta do grupo, até o � nal da safra 2012/2013, é aumentar em 100% o número de caixas povoadas.

6) Todos os produtores receberam consultoria técnica de melhoramento no manejo em suas propriedades. Foi realizado em seus apiários o manejo de inverno, que é o preparo das colmeias para esse período frio sem alimento; após o inverno, foi realizado o manejo de primavera, que é o preparo para a safra.

Mulheres na capacitação de Boas Práticas de Fabricação

PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE 5

Aula prática sobre

técnicas de apicultura

Rótulo desenvolvido pelo Sebrae

6)

Aula prática sobre

técnicas de apicultura

Mulheres na capacitação de Boas Práticas de Fabricação

Associação de Mães da co-munidade do Sagrado foi a entidade bene� ciada pelo Pro-grama Alimentos Seguros (PAS)

em Cerro Negro. As participantes da as-sociação, que trabalham com pani� cação e confeitaria, fazem parte do projeto UHE Bar-ra Grande e estão construindo uma agroin-dústria. Embora tenham sido capacitadas na fabricação de produtos de pani� cação, as associadas não eram capacitadas em Segurança dos Alimentos quanto ao contro-le higiênico-sanitário. Como uma das capa-citações exigidas para uma agroindústria é a de Boas Práticas de Fabricação, o PAS foi implementado com esse foco.

A O treinamento orientou as associadas sobre a manipulação segura dos produtos e proporcionou a pro� ssionalização dos co-laboradores. Elas aprenderam os cuidados necessários de controle higiênico-sanitário na produção de pães e biscoitos, de acordo com normas técnicas da ANVISA. Nas ati-

vidades práticas foram usados elementos da cozinha já construída e utilizada, como orientação à organização do estoque e equipamentos, a higienização dos utensí-lios, o cuidado com o uniforme, controle de visitantes, higiene de alimentos e cozimen-tos e produção higiênica.

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Barra do Imigrante é uma comunidade de reassentados no interior de Campo Belo do Sul, onde cerca de 20 mulhe-

res se reúnem todas as quarta-feiras para conversar e trocar ideias, enquanto tomam chimarrão. Essa organização espontânea de mulheres buscava atividades que pudessem proporcionar reconhecimento social e sus-tentabilidade econômica. Assim, buscaram no Sebrae-SC possibilidades de capacitação para viabilizar esse desejo. O trabalho do Sebrae-SC começou com a visita da consultora Marisa Pundek, que fez o diagnóstico inicial e identi� cou as ne-cessidades do grupo. Em maio de 2012, as artesãs participaram de uma missão técnica à Feira do Empreendedor do Sebrae, onde tiveram o primeiro contato com a consultora Rosana Fuhrmann, posteriormente contrata-da para trabalhar com o grupo. Ela buscou um conceito que orientasse o trabalho de ar-tesanato dessas mulheres. Ao analisar suas habilidades, percebeu que elas estão acostu-

comunidade Barra do Imi-grante também está receben-do a intervenção do Sebrae-SC na área de produção leiteira.

Doze produtores de leite ligados à Associa-ção dos Reassentados de Campo Belo do Sul (Arcasul) participam do projeto. As primeiras visitas foram realizadas pelo consultor Sér-gio Pundek, que recolheu dados das proprie-dades e fez o diagnóstico com o inventário

Campo Belo do Sul

madas com a lida da roça; assim, partiu para as memórias da infância, as lembranças visuais que trazem sensações e remetem a referências artesanais. Nesse contexto, fo-ram resgatadas lembranças dos colchões de palha de milho, dos tentos, das gotas e dos bicos de crochê. A partir desses referenciais, a consultora orientou o grupo na análise do seu contexto atual, da suas lidas diárias na lavoura. Encontraram-se a palha de milho nos galpões, a habilidade do tento na casa

leiteiro. Em seguida, o técnico Tiago Pavan também começou a trabalhar com o projeto, ambos pretendem enfrentar o principal pro-blema dos criadores de gado leiteiro no local: a alimentação dos animais. Para resolver a questão, está sendo rea-lizada a análise dos solos; a partir dos resul-tados, serão realizadas as correções, implan-tadas pastagens de maior valor forrageiro, introduzidas técnicas de manejo como o cor-

reto piqueteamento das áreas, acompa-nhamento técnico e a implementação de ferramentas para controles � nanceiros. O grupo já adquiriu um botijão e doses de sêmen para seu pro-grama de inseminação arti� cial; os equipa-mentos já foram com-prados e os insemina-dores, capacitados.

Mulheres e o artesanato que realiza sonhos

Leite para alimentar um futuro promissor

A

A

O grupo de mulheres trabalhando

A marca desenvolvida pelo Sebrae para o projeto de artesanato da Barra do Imigrante

O melhoramento das pastagens é um dos principais desa� os do projeto

de várias mulheres, o crochê como habilidade de outras participantes do grupo; assim, foram resgatando memórias e buscando habilida-des com o objetivo de desenvolver, a partir desses elementos, produtos com utilidade para apresentar ao mercado. Segundo Rita Souto Pereira, líder das artesãs, o trabalho da consultora Rosana Fuhrmann inicialmente “assustou um pou-co o grupo”, pois seu nível de exigência era muito alto e a cobrança, grande; mas, com o tempo, as mulheres viram que es-tavam aprendendo e, com isso, as peças produzidas por elas tiveram grande ganho de qualidade. Hoje o grupo produz sacolas com tecidos reciclados, peças de crochê, colchas, tapetes e cobertores, além de pro-dutos com palha de milho e trama de tento. O lançamento desses produtos será realiza-do em Florianópolis durante a Vitrine Sebrae Aroma, Sabor & Arte Catarina.

PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE 6

de várias mulheres, o crochê como habilidade de

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nergia & Água” é o nome do primeiro roteiro tu-rístico educacional de Pinhal da Serra (RS),

criado a partir da construção da Usina Hi-drelétrica Barra Grande e devido às opor-tunidades que devem surgir com a explora-ção sustentável do seu lago. Implementado pelo Sebrae-SC por meio do consultor Otto Walter Schmiedt, o roteiro é uma opção para professores e alunos da região viven-ciarem e aprenderem mais sobre a geração

Pinhal da Serra

de energia hidrelétrica, utilizando a Usina Barra Grande como escola, e conhecerem os demais usos da água no meio rural. Além de proporcionar conhecimentos sobre a geração de energia e a água, o ro-teiro convida os turistas a ampliarem a visita para vivenciar a produção de frutas e hortali-ças, o processamento desses produtos, o ar-tesanato típico e cuidados ambientais, além de admirar cachoeiras, riachos e as belas paisagens rurais de Pinhal da Serra. O roteiro apresenta nove atrações:

1) Usina Hidrelétrica Barra Grande 2) Pomar de maçãs Canaã do Juverci 3) Restaurante São Cristovão 4) Pesque Pague Recanto do Pinhal 5) Vinhedo Stuani 6) Moinho localidade de Santo Antônio 7) Sítio Celso Cardoso 8) Sítio das Carovas 9) Casa do Artesanato

O Sebrae-SC também desenvolveu a identidade visual do roteiro, através do tra-balho do consultor Fernando Laske. O de-senho da marca contempla a água, agora abundante na região devido ao lago da re-presa e responsável pela geração de energia elétrica. O símbolo tem como conceito uma roda d’água de forma abstrata. Seu desenho representa uma roda d’água girando, turbina da usina, movimento do rio, água e energia � uindo. As cores escolhidas para o desenho da marca são azul e amarelo. O azul é rela-cionado à água do lago, mas também ao frio e à geada, comuns nos Campos de Cima da Serra. O amarelo é relacionado à energia, ao sol e à terra.

Foram criados três mascotes para o Roteiro Energia & Água, representados por animais nativos dos Campos de Cima da Serra: Leão-Baio, Curucaca e Tatu. Simpáticos, sorridentes e sempre dispostos a esclarecer as dúvidas dos turistas, os “Bichos da Serra” servirão como chamariz para as crianças.

MASCOTES PARA O ROTEIRO

Um roteiro para conhecer as belezas da região dos lagos

tesanato típico e cuidados ambientais, além de admirar cachoeiras, riachos e as belas

A Usina Hidrelétrica Barra Grande

“E

PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE 7

Algumas atrações do roteiro

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Brasil produz apenas 25% das nozes pecã que consome. O fruto, conhecido por suas pro-priedades antioxidantes que

bene� ciam a saúde, é cultivado principal-mente no Rio Grande do Sul. No município de Esmeralda (RS), um projeto piloto iniciado há dois anos pela parceria entre o Sebrae-SC, a Prefeitura Municipal e a Bae-sa auxiliou 18 produtores da comunidade de Santa Terezi-nha a plantarem meio hectare de nogueiras pecã cada um, totalizando 5 mil metros quadra-dos de área plantada por produtor. O grupo de produtores fez duas visitas técnicas ao Viveiro Pitol, em Anta Gorda (RS), para negociar a compra de mudas e aprender técnicas de manejo. A compra das mudas e demais ações do projeto foram in-tegralmente � nanciadas pela Baesa; a Pre-feitura Municipal de Esmeralda arcou com os

Esmeralda

custos de transporte das visitas técnicas e fez o preparo do solo para receber as mudas. Hoje, as nogueiras de Es-meralda estão com um ano de vida e devem começar a produzir frutos

a partir do sexto ano. Sem bene� -ciamento, o quilo de noz pecã gera entre R$ 6,00 e R$ 7,00 de fatu-

ramento para o produtor – sendo que uma nogueira adulta produz, em média, 50 kg de fruto ao ano, podendo chegar a 100 kg. A ASSOCIAÇÃO

A participação do Sebrae-SC foi importante na criação da Associa-

ção Pró-Desenvolvimento de Santa Terezinha, que adquiriu status de orga-

nização não-governamental, e também na redação de projetos para o edital da Baesa, o que possibilitou a injeção de recursos que permitirão o desenvolvimento de todo esse território. O presidente da entidade, José

Ajadil da Costa Lima, diz que “O Sebrae foi importante na criação da associação, man-tendo os produtores informados sobre os benefícios que essa ação poderia trazer para a comunidade”. Hoje a Associação é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP.

Sementes que vão gerar belos frutos

O José Ajadil da Costa no seu pomar de nogueiras pecã

Informativo sobre o Projeto Desenvolvimento Sustentável dos Municípios Lindeiros ao Lago da Barragem UHE Barra grande / Supervisão: Altenir Agostini e Fernando Laske / Redação: Fernando Laske, Sérgio Pundek e Luiza Carreirão / Jornalista Responsável: Luiza Carreirão - Registro Pro� ssional: DRT/SC 2994 / Projeto Grá� co e Diagramação: Laske Design Grá� co Ltda.

PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DOS MUNICÍPIOS LINDEIRO AO LAGO DA BARRAGEM UHE BARRA GRANDE 8

EXPEDIENTE

Uma parceria que consolida a UHE Barra Grande como indutora do crescimento da região

UHE Barra Grande é uma obra grandiosa que tem o poten-cial de mudar toda uma região, gerando, além de energia elétrica, perspectiva de crescimento e desenvolvimento

de várias cidades e suas comunidades. É com satisfação que o Sebrae--SC vem realizando esse trabalho em conjunto com a Baesa Energética Barra Grande S.A. para auxiliar todas essas pessoas envolvidas com a barragem e seu lago, prestando consultorias a várias cooperativas, associações e agroindústrias, ajudando os agricultores a acreditarem que, com união e trabalho, é possível realizar seus sonhos.”Altenir Agostini - Coordenador Regional Planalto Serrano SEBRAE/SC

“A