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INFORME EPIDEMIOLÓGICO CIEVS – PARANÁ Semana Epidemiológica 40/2014 CENTRO DE INFORMAÇÕES E RESPOSTAS ESTRATÉGICAS DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CIEVS DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE AGRAVOS ESTRATÉGICOS SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ

Informe Semana 40

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INFORME EPIDEMIOLÓGICOCIEVS – PARANÁ

Semana Epidemiológica 40/2014

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EVENTOS ESTADUAISSemanas Epidemiológicas 40/2014

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DENGUE• Local de ocorrência: Paraná• Data da informação: 03/10/2014• Origem da informação: Sala de Situação da Dengue-PR/SVS/SESA

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:Foram notificados, da semana epidemiológica (SE) 31/2014 (primeirasemana de agosto) a semana 40/2014, 3.463 casos suspeitos dedengue no Paraná, com 168 confirmados em laboratório, sendo 155casos autóctones e 13 importados. 1.571 foram descartados.

Quanto à classificação final (Tabela 1), dos 3.463 notificados, 167foram confirmados como Dengue e 01 como Dengue com Sinais deAlarme (DSA). Não houve óbitos no período.

A incidência da doença no Estado é de 1,52 casos por 100.000 hab.(168/10.997.462hab.), considerada baixa (abaixo de 100casos/100.000 hab.) pelo Ministério da Saúde.

No período da SE 31/2014 a 40/2014, dos 399 municípios do Paraná,45 (11,3%) tiveram ocorrência de caso(s) autóctone(s) comincidência variando de 1.040,27 a 0,26 casos por 100.000 habitantes.Os municípios da maior para a menor incidência são: Paranapoema,Itaúna do Sul, Uraí, Diamante do Norte e Jataizinho. Os municípioscom maior número de casos notificados são Londrina (885), Guaíra(225) e Paranapoema (153). Os municípios com maior número decasos confirmados são: Paranapoema (31), Itauna do Sul (07) eLondrina (12) casos.

• Local de ocorrência: Paraná• Data da informação: 06/10/2014• Origem da informação: SVS/DVVZI/CEVA/ Coordenação do ProgramaEstadual de Controle da Raiva.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Caso de raiva animal em três herbívoros (bovinos) nos municípios deCândido de Abreu, Arapoti e Turvo, referentes à semana epidemiológica(SE) 40, com resultados positivos pela Imunofluorescência Direta,diagnóstico realizado pelo CDME/ADAPAR.

A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefaliteprogressiva aguda e letal.

A transmissão se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animalinfectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pelaarranhadura e lambedura de mucosas.

O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atingeo sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central.A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, ondetambém se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animaisenfermos.

RAIVA ANIMAL

Todos os mamíferos são suscetíveis a infecção pelo vírus da raiva. A imunidade éconferida por meio de vacinação, acompanhada ou não de soro; dessa maneira,pessoas que se expuseram a animais suspeitos de raiva devem receber o esquemaprofilático, assim como indivíduos que, em função de suas profissões, se mantémconstantemente expostos.

Em relação à fonte de infecção, didaticamente, pode-se subdividir a transmissãourbana e rural em quatro ciclos epidemiológicos: – ciclo aéreo, que envolve osmorcegos; – ciclo rural, representado pelos animais de produção; – ciclo urbano,relacionado aos cães e gatos; – ciclo silvestre terrestre, que engloba os saguis,cachorros do mato, raposas, guaxinim, entre outros animais selvagens (Figura 1).

Os casos de raiva em animais de produção (bovinos, equinos e outros), devem sernotificados imediatamente às autoridades da agricultura para o desencadeamentodas ações de controle: indicação de vacinação nos rebanhos, captura e controle demorcegos hematófagos e educação sanitária.

(Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7ª ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. Caderno 13).

Cândido de AbreuArapotiTurvo

Fonte: http://pt.wikipedia.org

EVENTOS NACIONAISSemanas Epidemiológicas 40/2014

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SARAMPOLocal de ocorrência: Fortaleza – CearáData da informação: 28/09/2014Fonte da informação: Secretaria de Estado da Saúde do Ceará e ProMED-mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

O estado do Ceará relatou que, de janeiro até o início de setembro de 2014, houve 370casos confirmados de sarampo, 142 deles na capital eo restante em outras 20 cidades. Ataxa de incidência da doença chegou a mais de 300 por 100.000 habitantes em algunsmunicípios. Não foram registradas mortes por complicações da doença. Esses númerosrepresentam 92%dos casos registrados no Brasil no período.

De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), de05/09/2014, os demais casos foram relatados nos estados de Pernambuco (24) e SãoPaulo (7).

No Ceará, a cidade de Massapê (272 km de Fortaleza) registrou 92 casos da doença, comuma taxa de incidência de 246,6; Uruburetama (127 km da capital) teve 61 casos e umataxa de incidência de 300,7 por 100.000 habitantes. Os estatísticos referem que 98 casossuspeitos ainda estão sendo investigados em 11 municípios do Ceará.

De acordo com o relatório, as faixas etárias mais afetadas pelo sarampo foram criançasentre 6 meses e um ano (63 casos), adultos entre 20 e 29 anos (75 casos) e jovens de 15 a19 anos (54 casos). Só na capital, os bebês foram responsáveis por 44% dos casos, já queo calendário de vacinação não indica a vacinação até o primeiro ano de vida.

O vírus do sarampo pertence ao gênero Morbillivirus, famíliaParamyxoviridae. O único reservatório é o homem. É transmitidodiretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas,expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa forma detransmissão é responsável pela elevada transmissibilidade da doença.Pode haver contágio por dispersão de gotículas com partículas viraisno ar, em ambientes fechados como escolas, creches e clínicas. Operíodo de incubação é geralmente de 10 dias (de 7 a 18 dias), desdea data da exposição até o aparecimento da febre e cerca de 14 diasaté o início do exantema.

O período de transmissão é de 4 a 6 dias antes do aparecimento doexantema, até 4 dias após. Há maior transmissibilidade de 2 diasantes até 2 após o início do exantema. A gravidade varia segundo ascondições socioeconômicas, apresentando evolução severa empopulações carentes, desnutridos, pacientes vivendo em moradiassuperpopulosas, imunodeprimidos ou com tratamento deimunossupressão. As complicações mais comuns são pneumonia,otite, doenças diarreicas e neurológicas.

Fonte: www.google.com.br

CHIKUNGUNYA• Local de ocorrência: Brasil• Data da informação: 02/10/2014• Origem da informação: Ministério da Saúde

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:Até 27/09/14, o Ministério da Saúde confirmou, por meio de exames laboratoriais, 79 casosde Febre Chikungunya no Brasil. Deste total, 38 são importados de pessoas que viajarampara países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhasdo Caribe e Guiana Francesa.

Os outros 41 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional parapaíses onde ocorre a transmissão. Destes casos autóctones, oito foram registrados nomunicípio de Oiapoque (AP) e 33 no município de Feira de Santana (BA).

A febre Chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida pormosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o AedesAlbopictus os principais vetores. Seus sintomas - febre alta, dor muscular e nas articulações,cefaleia e exantema – costumam durar de três a 10 dias, e sua letalidade, segundo aOrganização Pan-Americana de Saúde, é menor que nos casos de dengue.

Em 2010, quando o Brasil registrou três casos importados (contraídos no exterior) dadoença, o Ministério da Saúde passou a acompanhar e monitorar continuamente a situaçãodo vírus causador da Febre Chikungunya. Até então, o sistema de vigilância só haviadetectado casos suspeitos em viajantes, sendo que todos foram descartados após osexames de laboratório. Até o momento não existe um tratamento específico paraChikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a febre (paracetamol) e asdores articulares (antiinflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetilsalicílico (AAS)devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que devebeber líquidos em abundância.

Para evitar a transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d ́água está bem fechada; não acumular vasilhames noquintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e colocar areia nos pratos dos vasos deplanta, entre outras iniciativas deste tipo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sidoidentificado em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissãoautóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março de 2014,na República Dominicana e Haiti – até então, só África e Ásia tinham circulação do vírus.

Fonte: MS

FEBRE DO NILO OCIDENTAL (WNF) • Local de ocorrência: Piauí• Data da informação: 06/10/2014• Origem da informação: ProMED-mail e MS.

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Um agricultor de 52 anos de idade pode ser o primeiro humanodiagnosticado com Febre do Nilo Ocidental no Brasil, de acordo com aSecretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi). A vítima foi hospitalizadapor 20 dias em um Hospital em Teresina.

De acordo com a Sesapi, um teste inicial confirmou que o paciente foiinfectado com este vírus. Foi solicitado novo exame para confirmar aetiologia da doença.

Em 26/09, especialistas do Ministério da Saúde e do Instituto EvandroChagas, estavam em Teresina e confirmaram o caso.

Segundo a Sesapi, o agricultor está paralisado, com sintomas de febre alta,tremores, dor de cabeça, meningite e diarreia.

O paciente trabalhava como agricultor em uma fazenda na área rural deItainopolis, no sul do Piauí. Quando começou a ter sintomas, foi para aunidade de saúde na cidade onde morava e depois enviado para o Hospitalde Emergência, em Teresina, onde foi diagnosticado com encefalite.

O agricultor tem contato direto com animais. Os técnicos da Sesapicoletaram mosquitos e amostras de sangue de animais na área onde eletrabalhava para exames. Ao ser picado por mosquitos infectados os sereshumanos contraem a doença. Em geral, mamíferos, incluindo cavalos, sãohospedeiros para o vírus do Nilo Ocidental. Embora sejam suscetíveis àinfecção pelo vírus, podendo desenvolver doença neurológica grave, suasviremias não são de amplitude suficiente para infectar mosquitos vetores.As aves são hospedeiros amplificadores.

Não há nenhum tratamento [específica] nem uma vacina para humanos.Para os casos graves, a internação é necessária devido à necessidade deterapia intensiva, reposição de líquidos por via intravenosa, a gestão dasvias aéreas, prevenção de infecções secundárias, entre outrasconsiderações. O tratamento é sintomático, apenas tratar os sintomas queo paciente está sofrendo.

Fonte: www.google.com.br

EVENTOS INTERNACIONAISSemanas Epidemiológicas 40/2014

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EBOLA (EVD)• Local de ocorrência: África Ocidental• Data da informação: 03/10/2014• Origem da informação: Organização Mundial da Saúde

(WHO) e Centro de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC)

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

A Figura 1 mostra o número total de casos confirmados eprováveis de doença do vírus Ebola (EVD) nos três paísesde alta transmissão (Guiné, Libéria e Serra Leoa), relatadosem cada semana epidemiológica entre 30 de Dezembro de2013 (início da semana epidemiológica 1) e 28 desetembro de 2014 (fim do semana epidemiológica 39).

Pela segunda semana consecutiva o número total denovos casos registrados caiu. No entanto, os casos EVD sãosubrelatados em vários locais-chave. A transmissãocontinua persistente e generalizada na Guiné, Libéria eSerra Leoa, com forte evidência de aumentar a incidênciade casos em vários distritos.

A epidemia continua com tendência alta em Serra Leoa eprovavelmente também na Libéria. Por outro lado, asituação na Guiné parece ser mais estável, embora devaser salientado que, no contexto de um surto de EVD, umpadrão estável de transmissão continua a ser de grandeinteresse, e pode mudar rapidamente.

Ebola é transmitido através do contato direto com fluidoscorporais de uma pessoa doente ou a exposição a objetos,tais como agulhas que tenham sido contaminados. Adoença tem um período médio de incubação de 8-10 dias(variando de 2 a 21 dias); o CDC recomenda omonitoramento exposta pessoas para os sintomas umcompleto 21 dias. As pessoas não são contagiosas após aexposição a menos que desenvolvam sintomas.

http://google.com.br

EBOLA (EVD) - continuaçãoGuiné

Relatórios da Guiné mostram uma ligeira queda no número de novos casosnotificados em relação a cada uma das últimas cinco semanas (figura 2).Esta queda é atribuída principalmente a uma queda no número de novoscasos notificados no distrito Macenta, que apresentava um aumento nasúltimos cinco semanas.

A transmissão é persistente na Gueckedou, região em que o surto originou-se, em que foi relatado entre cinco a 20 casos novos ao longo das últimas10 semanas. Houve um ligeiro aumento no número de novos casosregistrados na capital, Conakry, com 27 confirmados nesta semana. DistritoBeyla, que faz fronteira com a Costa do Marfim, já registrou seu primeirocaso confirmado.

Libéria

Esta semana, cinco novos casos confirmados foram notificados emMonrovia.

Um grande número de novos casos suspeitos (e mortes entre os casossuspeitos) foi relatado na Libéria durante a semana passada. É muitoprovável que uma proporção substancial desses casos suspeitos seja decasos genuínos de EVD e que a queda relatada nos casos confirmadosreflita atrasos na divulgação de resultados laboratoriais e os dados devigilância clínica.

As localidades de Bong, Grand Bassa, Margibi e Nimba continuam arelatar um elevado número de novos casos. Tem havido pouca mudançano número deles em Lofa, que faz fronteira Gueckedou na Guiné, nasúltimas três semanas. 38 casos confirmados e prováveis nesta semana.

EBOLA (EVD) - continuaçãoSerra Leoa

A situação na Serra Leoa continua a deteriorar-se, com um aumento no númerode novos casos notificados confirmados nas últimas seis semanas. Os distritosvizinhos de Port Loko, Bombali e Moyamba, que estão ao lado da capital,Freetown, já foram colocados em quarentena depois de um surto de novos casosnas últimas quatro semanas. Tonkolili também registrou um aumento no númerode casos novos esta semana. Por outro lado, um número muito baixo de novoscasos foram relatados em Kailahun e Kenema nas últimas duas semanas. Essasáreas tinahm anteriormente altos níveis de transmissão. Outras investigaçõesserão necessárias para confirmar se esta queda é genuína, ou resultado desubnotificação, o que parece mais provável.

Senegal

No Senegal, houve um caso da doença, mas até agora não houve mortes oumais casos suspeitos atribuíveis ao Ebola. Todos os contatos já completaram21 dias de monitoramento, sem mais casos relatados de EVD. O últimoconfirmado no país foi relatado em 28 de agosto.

*O país que completar 42 dias de monitoramento (2 períodos de incubação× 21 dias) sem novos casos, o surto será considerado encerrado.

Estados Unidos

O CDC confirmou em 30 de setembro de 2014, o primeiro caso de Eboladiagnosticado nos Estados Unidos, em uma pessoa que havia viajado daÁfrica Ocidental para Dallas, Texas. O paciente não apresentava sintomasquando deixou a África Ocidental, mas apresentou sintomasaproximadamente cinco dias após a sua chegada nos Estados Unidos. Oinício dos sintomas foi em 24 de setembro, procurou atendimento médicoem 26 de setembro, e foi internado em 28 setembro.

Na última década, os Estados Unidos tiveram cinco casos importados defebre hemorrágica viral (VHF), doenças semelhante ao Ebola (1 Marburg e 4Lassa). Nenhum resultou em qualquer tipo de transmissão no país.

Total de casos: 20Total de óbitos: 8Casos confirmados laboratorialmente: 19

Total de casos: 1Total de óbitos: 0Casos confirmados laboratorialmente: 1Total de casos: 1Total de óbitos: 0Casos confirmados laboratorialmente: 1Total de casos: 2Total de óbitos: 0Casos confirmados laboratorialmente: 2

Tabela 3 - Casos e óbitos de Ebola na Nigeria, Senegal e Estados Unidos em 28 setembro de 2014

Países com transmissão localizada

Países com casos importados

Total do Senegal e Estados Unidos

Estados Unidos

Senegal

Nigeria

Nigéria

Na Nigéria, houve um total de 20 casos e oito óbitos. Todos os contatos (891) jácompletaram 21 dias de seguimento (362 contatos em Lagos, 529 contatos emPort Harcourt), sem mais casos de EVD relatados. O último caso confirmado emLagos foi relatado em 5 de setembro. O último caso confirmado em Port Harcourtfoi relatado em 1 de Setembro.

EBOLA (EVD) - continuaçãoProfissionais de saúdeO elevado número de infecções EVD em trabalhadores de saúdecontinua a ser uma causa de grande preocupação. 377 já foraminfectadas com o EVD desde 28 de setembro, com 216 óbitos(tabela 2).

Distribuição geográfica e distritos RECÉM afectadosA Figura 5 mostra a localização dos processos em todo os países comtransmissão generalizada e intensa de EVD. O número acumulado decasos até 28/09 é mostrado nos círculos cinza, e o número de casos queocorreram nos 21 dias nos círculos vermelhos. Dez distritos em queforam confirmados casos anteriores relataram nenhum caso durante os21 dias anteriores ao final de 28 de Setembro (nove distritos na Guiné,um em Serra Leoa). Na Guiné, houve um caso confirmado relatado nodistrito Beyla recém-afetados, na fronteira com a Côte d'Ivoire. NaLibéria, a zona previamente não infectada de Grand Kru, perto dafronteira com a Costa do Marfim, informou agora seis casosconfirmados de EVD.

Centros de tratamento de EbolaNa Libéria, cerca de 1.500 leitos são necessários além dos que estão emvigor ou prestes a ser posto em prática; em Serra Leoa, são necessáriosum adicional de 450 leitos.

VigilânciaNa Guiné os esforços de rastreio de contatos precisam ser reforçadosnos distritos de Dalaba e Forecariah. Na Libéria, rastreamento decontatos diários foi de menos 90%, em média, durante a semana, a 28de Setembro, nos distritos de Grand Cap Monte, Grand Gedeh, GrandKru, Rio Ghee, Margibi, Maryland, e Rivercess. Em Serra Leoa, menos de90% dos contatos foram rastreados a cada dia, em média, durante asemana, a 28 de setembro no distrito de Kailahun e da capital,Freetown. Em outros lugares, a taxa de sucesso foi de 90%, porém hácontatos para os casos que não são relatados.

• Local de ocorrência: República Democrática do Congo (RDC)• Data da informação: 29/09/2014• Origem da informação: Centro de Prevenção e Controle das Doenças

(CDC) e Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC);

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:O Ministério da Saúde da República Democrática do Congo informou àOrganização Mundial de Saúde do surto de EVD na província deEquateur.

O surto foi atribuído a um caso índice de uma gestante da VilaIkanamongo de infectada depois de preparar carne de caça, comevolução a óbito em 11 de agosto.

Casos de Ebola foram confirmados em Lokolia, Boende e Watshikengo.Uma equipe de especialistas nacionais e internacionais forammobilizados para trabalhar com as equipes de resposta local. Há doiscentros de tratamento na área afetada dirigido por Médicos semFronterias(MSF): uma unidade com 10 camas em Boende, e uma unidadede 40 leitos em Lokolia.

As espécies que causam este surto é vírus Ebola Zaire e a estirpe Kikwit1995 foi encontrada em 99% homóloga portanto, diferente do vírusEbola cepa Zaire circulando na África Ocidental.

CDC recomenda que os viajantes à RDC devem se proteger, evitando ocontacto com sangue e fluidos corporais de pessoas que doentes.Embora os casos relatados restrinjam-se à província de Equateur, todosos viajantes a RDC devem estar atentos uma eventual propagação para ointerior do país.

Ebola é uma doença rara e mortal, causada por infecção com um dosvírus ebola (Ebola, Sudão, Bundibugyo, ou vírus Taï Floresta). Étransmitida pelo contato direto (através da pele quebrada ou mucosas)com sangue ou fluidos corporais de uma pessoa doente (urina, saliva,fezes, vômito, e sêmen). Ele também é transmitido pelo contato diretocom objetos (como agulhas) que foram contaminados com fluidoscorporais infectados ou animais infectados.

EBOLA (EVD)

Os sintomas do Ebola incluem febre, dor de cabeça intensa, doresmusculares, vômitos, diarréia, dor de estômago e hemorragiainexplicada ou hematomas.

Os viajantes podem estar infectados se entrarem em contato comsangue ou fluidos corporais de alguém que está doente ou morreu deEbola. As pessoas também podem ficar doentes com Ebola se entraremem contato com a vida selvagem infectado ou carne crua ou mal cozida(carne de caça) de um animal infectado. Os profissionais de saúde e dafamília e amigos em contato próximo com pacientes Ebola estão emrisco de ficar doente, porque eles podem entrar em contato com sangueou fluidos corporais infectados.

EBOLA (EVD)• Local de ocorrência: Espanha• Data da informação: 06/10/2014• Origem da informação: ProMED-mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Autoridades de saúde espanholas notificaram o primeiro caso de Ebolacontraído fora da África.

A paciente infectada é uma das profissionais de saúde (enfermeira) queatenderam os últimos casos repatriados que deram entrada no HospitalCarlos III, em Alcorcón, (Província de Madri) onde ela trabalha.

Ela fez parte da equipe que tratou o padre espanhol Manuel Garcia Viejo, de69 anos, que foi a óbito no dia 25 de setembro, depois de contrair ebola emSerra Leoa, onde trabalhava em um centro médico da Ordem Hospitalar deSão João de Deus. Outro padre espanhol, Miguel Pajares, de 75 anos, foi aóbito em 12 de agosto, após contrair o vírus na Libéria. Ele foi o primeiroeuropeu repatriado com o vírus. Chegou a ser tratado com o soroexperimental americano ZMapp, mas não resistiu.

A enfermeira foi hospitalizada em isolamento na manhã do dia06/outubro/2014 com sintomas de febre alta e há 2 testes confirmando adoença. Seu marido e os 3 profissionais de saúde que a atenderam no dia 5de outubro/2014 estão sob protocolo de prevenção e terão a temperaturamedida duas vezes diariamente por 21 dias. O protocolo também é aplicadoa 30 funcionários do hospital Carlos III, em Madri, que, da mesma forma quea enfermeira, atenderam os dois religiosos espanhóis no mesmo centromédico.

FEBRE HEMORRÁGICA MARBURG (Marburg HF)• Local de ocorrência: Uganda• Data da informação: 02/10/2014• Origem da informação: ProMED-mail e Forbes.com

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Em 30 de setembro, o Ministério da Saúde de Uganda notificouo óbito de um profissional de saúde (técnico de radiologia) porfebre hemorrágica de Marburg. Trata-se de um homem com30 anos de idade, residente em Kampala, capital de Uganda.

O início dos sintomas foi em 17 de setembro. O pacientedeixou o local de trabalho, Hospital Mengo, e viajou paraMpigi,Centro de Saúde IV, a cerca de 20 milhas (33 km) dedistância, seu antigo local de trabalho. O óbito ocorreu em 28de setembro.

Total de contatos: 80, dos quais 38 são profissionais de saúdedo Hospital Mengo, incluindo o irmão do caso índice, e 22profissionais de saúde de Mpigi, Centro de Saúde IV. Os outros20 contatos são moradores do distrito de Kasese.

Uganda já foi atingida por vários focos de Marburg e Ebola nopassado, mas conteve os surtos rapidamente, limitando os

óbitos.A pior ocorrência de febre hemorrágica ocorreu em 2000,quando 425 pessoas contraíram Ebola e mais da metade delasmorreu.

A febre hemorrágica Marburg é uma doença humana muitorara. No entanto, quando ocorre tem o potencial de seespalhar para outras pessoas, especialmente a equipe desaúde e membros da família que cuidam do pacienteinfectado. Aumentar a conscientização nas comunidades eentre os prestadores de saúde sobre sintomas clínicos depacientes com a doença, portanto, é fundamental. Melhorar autilização de ferramentas de diagnóstico é outra prioridade.

Não se sabe ao certo como o vírus Marburg é transmitido deseu hospedeiro animal para o ser humano. No entanto, ainvestigação de dois casos em turistas que visitaram Ugandaem 2008, indicou que a mais provável via de infecção é ocontato desprotegido com fezes de morcegos infectados ouaerossóis.

A taxa de letalidade por febrehemorrágica de Marburg varia entre23-90%.

(Fonte: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)

Após a passagem inicial do vírus do animal hospedeiro para oshumanos, a transmissão ocorre através do contato pessoa-a-pessoa(contato direto com gotículas de fluidos corporais de pessoasinfectadas ou contato com equipamentos e outros objetoscontaminados com sangue ou tecidos infecciosa).

Após um período de incubação de 5-10 dias, o início dos sintomas ésúbito e marcado por febre, calafrios, dor de cabeça e mialgia. Porvolta do quinto dia após o início dos sintomas, uma erupçãomaculopapular mais proeminente no tronco (peito, costas, estômago)pode ocorrer. Náuseas, vômitos, dor no peito, dor de garganta, dorabdominal e diarreia podem aparecer. Os sintomas tornam-se cadavez mais graves e podem incluir icterícia, inflamação do pâncreas,perda de peso acentuada, delírio, choque, insuficiência hepática,hemorragia massiva, e disfunção de múltiplos órgãos. Muitos dossinais e sintomas de febre hemorrágica de Marburg são semelhantesaos de outras doenças infecciosas, como a malária ou a febre tifóide.O diagnóstico clínico da doença pode ser difícil, especialmente seapenas um único caso estiver envolvido.

FEBRE HEMORRÁGICA MARBURG (continuação)• Local de ocorrência: Global• Data da informação: 02/10/2014• Origem da informação: Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC)

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:Febre hemorrágica Marburg (Marburg HF) é uma febre hemorrágica rara, mas grave, queafeta seres humanos e primatas não-humanos. Marburg HF é causada por vírus da família defilovírus, a qual pertence o Ebola.

O primeiro surto desta doença ocorreu em Marburg, na Alemanha, e em Belgrado, ex-Iugoslávia, em 1967, levando ao reconhecimento inicial da doença. O surto foi associado como trabalho em laboratório, utilizando macacos verdes africanos (_Cercopithecus aethiops_)importados de Uganda.

Os estudos ecológicos estão em andamento para identificar o reservatório natural de ambosMarburg e Ebola indicam evidências de que os morcegos estão envolvidos, mas ainda hámuito trabalho a ser feito para descrever definitivamente o ciclo de transmissão natural.Macacos são suscetíveis à infecção, mas não são considerados hospedeiros reservatóriosplausíveis, pois praticamente todos os animais infectados morrem muito rapidamente parasustentar a sobrevivência do vírus. A infecção de seres humanos ocorre esporadicamente.

O reservatório do vírus Marburg tem sido apontado como o morcego Africano, Rousettusaegyptiacus. Morcegos frugívoros infectados com o vírus Marburg não apresentam sinais dedoença. São residentes em cavernas em toda a África.

A doença normalmente aparece em surtos esporádicos em toda a África. Casos confirmadosem laboratório têm sido relatados em Uganda, Zimbábue, República Democrática do Congo,Quênia, Angola e África do Sul. É possível que, casos isolados esporádicos ocorram e passemdespercebidas.

Casos de Marburg HF ocorreram fora da África, mas não são freqüentes. Em 2008, um turistaholandês desenvolveu Marburg HF depois de visitar Uganda, e morreu em seguida. Tambémem 2008, um viajante americano desenvolveu a doença adquirida em Uganda e se recuperou.Ambos os viajantes tinham visitado uma caverna habitada por morcegos frugívoros em umparque nacional.

Ao lado, mapa mostrando surtos anteriores de febre hemorrágica de Marburg. Locais e anosde surto são: Marburg 1967, Frankfurt 1967, Belgrado 1967, Durba 1998-2000, Kitaka Mina de2007, Kitum Caverna 1987, Nairobi 1980, Maramagambo Floresta (2) de 2008, Kabale 2012,Uige de 2005, Johannesburg 1975.

(Fonte: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)

• Local de ocorrência: África, Ásia• Data da informação: 28/09/2014• Origem da informação: ProMED-mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Gana (Região Leste)Foram registrados 49 casos de cólera, de agosto a setembro de 2014, com duasmorte, em um Hospital da região leste de Gana. Segundo a Direção Municipal dosServiços de Saúde, os dois pacientes que morreram buscaram assistência tardia.Em face disso, orientaram a população a proucrar atendimento precoce paraprevenir a forma mais grave da doença.

Gana (Região Oeste)Em 25/09/14, autoridade regional de Saúde de Gana revelou que os casos decólera na região estão aumentando de forma constante.; Até agora 120 casosforam registrados em nove distritos, com uma morte. Os moradotres foramalertados para garantir a higiene pessoal e manter condições sanitárias adequadaspara evitar a infecção.

Cólera - Nigéria (estado de Borno)Cerca de 6 pessoas podem ter morrido na terça-feira (23/09), como resultado deum suposto surto de cólera nos campos de reassentamento em Maiduguri. Mais de58.000 pessoas foram deslocadas internamente de Bama, Konduga, Damboa,Dikwa e Marte depois dos últimos ataques de Boko Haram no Estado. O presidentedo Estado Nacional refere que 30 pessoas, incluindo crianças, foram afetadas elevadas para o hospital de referência estadual para tratamento, no entanto, 6foram a óbito.Outros 24 pacientes encontram-se hospitalizados. As instalações dos camposafetados foram fumigados pelo Estado Agência de Proteção Ambiental Borno(BOSEPA) para impedir a propagação da cólera nos acampamentos.

Cólera - Nepal (Katmandu)O V. cholerae O1 O1, sorotipo Ogawa continuou a ser detectado em pacientes comgastroenterite aguda desde 10 de julho de 2014, em Katmandu. Cinco amostras defezes deram positivas para este agente entre 10-20 julho de 2014. Mais 14 casosde diarreia adicionais (entre 23 julho - 26 setembro de 2014), associados com_Vibrio cholerae_ O1, sorotipo Ogawa, foram encontrados. Destes, 57 por centoeram do sexo masculino. A média de idade foi de 35,5 anos. Todos os pacientesforam tratados e se recuperaram sem intercorrências.

CÓLERA

http://en.wikipedia.org/wiki/Nepal

http://en.wikipedia.org/wiki/Ghana

RAIVA HUMANA• Local de ocorrência: Missouri, Estados Unidos da América• Data da informação: 30/09/2014• Origem da informação: ProMED-mail /ABC 17 News

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

O Departamento de Saúde e Missouri notificou um caso da raiva humanaque evoluiu a óbito no dia 26 de setembro. Trata-se de um residente emCole County, que foi hospitalizado com dor de garganta severa, tremores,dificuldade para engolir e alucinações, após duas semanas de evolução dossintomas.

Os testes laboratoriais foram realizados pelo Centro para Controle ePrevenção de Doenças (CDC). O Departamento de Saúde de Missouri estáinvestigando o caso.

A raiva é uma infecção viral aguda que é transmitida aos seres humanos ououtros mamíferos normalmente através da saliva de uma mordida de umanimal infectado. Raramente é contraída através de feridas na pele oucontato com mucosas. Tem sido sugerido que a transmissão por via aérea épossível em cavernas onde há concentrações de morcegos.Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva. Guaxinins, gambás,raposas, morcegos, cães, coiotes e gatos são os prováveis suspeitos. Outrosanimais como lontras e doninhas também são de alto risco. Mamíferoscomo coelhos, esquilos, roedores e gambás raramente são infectados.

Inicialmente, como em muitas doenças, os sintomas da raiva sãoinespecíficos: febre, dor de cabeça e mal-estar. No local da lesão, podehaver alguma dor e desconforto. Os sintomas, em seguida, evoluem para:confusão, delírio, alucinações e comportamento anormal.

Embora em todo o mundo estima-se que existam mais de 69 mil mortes porraiva anualmente, casos de raiva humana são extremamente raros nosEstados Unidos, que, em média, registra menos de cinco casos dadoença/ano.

Fonte: http://www.mapsofworld.com/usa/states/missouri/maps/missouri-location-map.jpg

A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefaliteprogressiva aguda e letal.

A profilaxia da raiva em pessoas agredidas previne a ocorrência de novoscasos. Assim, o esquema profilático adequado em tempo oportuno é de sumaimportância para evitar a ocorrência de raiva humana. Toda pessoa comhistórico de exposição deve procurar assistência médica e, conformeavaliação, receber vacinação ou sorovacinação.

(Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7ª ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. Caderno13).

RAIVA• Local de ocorrência: Índia• Data da informação: 30/09/2014• Origem da informação: ProMED-mail/Deccan Chronicle

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Neste ano, quatro pessoas foram a óbito por raiva em Coimbatore, na Índia,após serem agredidas por cães infectados. A cidade, que também conhecidacomo Kovai é a maior cidade em termos de aglomeração urbana do estadoindiano de Tamil Nadu, Chennai e a décima sexta maior aglomeração urbana daÍndia. Cerca de 30 a 40 casos de mordidas de cães são tratados diariamente epelo menos 9.000 pessoas, que sofreram mordidas de cães, foram tratadas nosnove primeiros meses deste ano. Em 2013, cinco óbitos por raiva canina foramregistrados no local.

A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva doanimal infectado, principalmente pela mordedura e, mais raramente, pelaarranhadura e lambedura de mucosas. O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e,posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para váriosórgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela salivadas pessoas ou animais enfermos.

Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 diasantes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda aevolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7dias após a apresentação dos sintomas.Todos os mamíferos são suscetíveis a infecção pelo vírus da raiva. Aimunidade e conferida por meio de vacinação, acompanhada ou não porsoro; dessa maneira, pessoas que se expuseram a animais suspeitos deraiva devem receber o esquema profilático, assim como indivíduos que,em função de suas profissões, se mantém constantemente expostos.

(Fonte: Guia de vigilância epidemiológica / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,Departamento de Vigilância Epidemiológica. – 7ª ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.Caderno13).

Fonte: http://dd508hmafkqws.cloudfront.net/sites/default/files/styles/article_node_view/public/dogs_0.JPG

Fonte: www.google.com.br

• Local de ocorrência: Alemanha• Data da informação: 30/09/2014• Origem da informação: ProMED mail

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Na Alemanha, houve 60 casos de suspeita da doença do legionário, cujodiagnóstico foi confirmado em 30, descartado em 20, e ainda eminvestigação os outros 10 casos. O caso mais recente data de 15 desetembro de 2014. Não houve casos novos nas últimas 2 semanas.

A investigação sobre possíveis fontes do surto de legionelose em Juelich,Alemanha, identificaram que uma usina em Weisweiler mostra altasconcentrações de _Legionella_ na água de resfriamento. Outras plantas derefrigeração que testaram positivas para _Legionella_ incluem a do Centrode Investigação em Juelich, bem como as plantas de refrigeração emmetalurgia e processamento de plásticos. As torres de resfriamento estãoagora fora de serviço. Se estes resultados têm relação causal com o atualsurto em Juelich está sob investigação. A _Legionella_ Isolado da usinaforam enviadas para um laboratório especializado em Dresden para umacomparação com a isolada de pacientes de Juelich.

Juelich é uma cidade no distrito de Dueren, no estado federal da Renânia doNorte-Vestfália, Alemanha.

A legionelose ou doença do legionário, é uma forma rara de pneumoniaatípica decorrente da infecção pela bactéria Legionella pneumophila. Sãobactérias que vivem na água, como rios e lagos de água doce. A primeiraepidemia relatada desta doença ocorreu em uma fábrica de embalagens decarne em Minnesota, nos Estados Unidos, no ano de 1957. No entanto, foireconhecida apenas quando causou pneumonia epidêmica em membros daLegião Norte-americana que participava de uma convenção da na Filadélfia,em 1976. Foi averiguado que o agente etiológico da doença do legionário sereproduziu no sistema de climatização do hotel, propagando-se através dascondutas de ventilação, contaminando as pessoas ali presentes quando asmesmas inalavam as partículas suspensas no ar contendo a bactéria.

LEGIONELOSE

http://google.com.br

O período de incubação da bactéria varia de 2 a 10 dias após o contágio. Asmanifestações clínicas iniciais compreendem: febre elevada; calafrios; cefaleia;prostração; dores nas articulações; dores musculares. Com a evolução do quadro, opaciente passa a apresentar falta de ar e dificuldade para respirar, tosse produtiva e dortorácica, além de diarreia. Com menor frequência pode ser observada confusão mental.O diagnóstico é basicamente por meio de exames laboratoriais, como cultura ouimunofluorescência.

O tratamento envolve o uso de antibióticos, sendo a azitromicina o tratamento deeleição, além das quinolonas. Nos quadros mais avançados, pode ser utilizadaazitromicina ou levofloxacina.

A prevenção é feita identificando-se ocasionais focos de infecção, por meio darealização de controles regulares dos sistemas de ventilação de grandes edifícios, locaiscomprovadamente ideais para o desenvolvimento da bactéria em questão e, caso sejaconfirmada a contaminação do local, proceder a esterilização adequada. Além disso, adesinfecção periódica de aparelhos de ar condicionado, sistemas de ventilação oucondensadores de vapor previne o desenvolvimento de colônias de Legionellapneumophila.

ENCEFALITE AGUDA• Local de ocorrência: Índia• Data da informação: 30/09/2014• Origem da informação: ProMED-mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Um surto de síndrome de encefalite aguda (AES) no distrito de Araria, estado de Bihar, já causou oito óbitos em crianças nas últimas seis semanas.

O surto causou mais de 130 óbitos em crianças e afetou mais de 700 em Muzaffarpur e seus distritos adjacentes, no norte de Bihar, de maio a junho deste ano.

Todas os óbitos devido a AES foram registrados no distrito entre 12 de Agosto e 24 de setembro. Não há nenhuma informação de qualquer outra criança afetada peladoença depois desse período.

A faixa etária das ocorrências varia de 1-7 anos e todos residiam em áreas rurais de Araria.

AES tornou-se um fenômeno anual durante a temporada de verão pré-monção nos distritos de Bihar norte. Cientistas e pesquisadores ainda não identificaram acausa da doença. A taxa de letalidade foi de 26%, e o tratamento é sintomático.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Bihar

Fonte: https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQI9QRKvSGiF8SfwkrJzklObGiXU5ZlAx_S17rdYkJkWnvRpfPtaw

Estados da ÍndiaFonte: http://2.bp.blogspot.com/-RwOwEKfsiLU/T5k9YUedhqI/AAAAAAAAAo0/tZs377IQ9lw/s440/india-map.jpg

• Local de ocorrência: Estados Unidos da América (EUA) e Canadá• Data da informação: 06/10/2014• Origem da informação: Centros para Controle e Prevenção de

Doenças (CDC) e ProMED mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Em setembro/14, os EUA informaram à Organização Mundial daSaúde/Organização Mundial da Pan-Americana da Saúde (OMS/OPAS)um surto de doença respiratória grave, associado ao Enterovirus D68(EV-D68). A última atualização do CDC, informa que o número de casosconfirmados em crianças norteamericanas é de 538 em 43 estados e noDistrito de Columbia.

Até agora, todos os casos envolveram crianças, com exceção de umadulto. A maioria apresenta sintomas como coriza, embora umapequena percentagem tenha desenvolvido dificuldades respiratóriasgraves, especialmente pacientes com história de doença respiratóriacomo a asma.

Além disso, O CDC está trabalhando em conjunto com o Departamentode Saúde Pública e Meio Ambiente (CDPHE) e Hospital Infantil Coloradopara investigar um grupo de nove pacientes pediátricos hospitalizadoscom doença neurológica aguda de etiologia indeterminada. A doença écaracterizada por fraqueza muscular focal e alterações da substânciacinzenta da medula espinhal na ressonância magnética. Estas doençastêm ocorrido desde 1 de agosto de 2014, coincidindo com o aumento dedoenças respiratórias entre as crianças no Colorado.

As autoridades de saúde local e o CDC estão investigando eventualligação entre surtos virais concomitantes. Foi emitido um alerta nacionalpara os médicos que se deparem com sintomas semelhantes.

Os sintomas foram precedidos por doença respiratória e das testagensde 8 das 9 crianças que adoeceram, 4 deram positivas para o EV-D68, 4também positivaram para rinovírus ou outros enterovírus. Todasconfirmaram vacinação contra poliomielite.

Até 06/10/2014, 12 casos de paralisia parcial por doença respiratóriaviral foram confirmados nos EUA.

ENTEROVÍRUS D68 E DOENÇA SEMELHANTE À POLIO

http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos

http://google.com.br

Atualmente, não existem vacinasdisponíveis ou tratamentos específicospara EV-D68 e o tratamento clínico éfavorável. Os sintomas podem incluirfebre, coriza, espirros, tosse e doresmusculares. Os indivíduos com condiçõespreexistentes, como asma ou outrasdoenças respiratórias, podem serparticularmente propensos a infecçõesgraves da EV-D68 e ter dificuldade emrespirar ou dispnéia. Infecções porenterovírus geralmente não são fatais,mas podem ser graves, especialmente emcrianças com asma ou outras doençasrespiratórias subjacentes.

• Local de ocorrência: Américas e Índia• Data da informação: 05/10/2014• Origem da informação: ProMED mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Os casos notificados de febre Chikungunya nas Américas, por país outerritório com transmissão autóctone - 2013-2014, estão sistematizados nastabela das páginas subsequentes.

Depois dos relatos de casos suspeitos de Chikungunya em uma vila no blocoThuraiyur, distrito Tiruchirappalli, Tamil Nadu, na Índia, que atingiu 7pessoas, pelo menos 40 moradores de Merpanaikadu, uma aldeia interior, nafronteira dos distritos Pudukottai e Thanjavur, na Índia, apresentaramsintomas de infecção pelo vírus chikungunya ao longo dos últimos dias.Equipes de saúde especiais deslocaram-se para o local e mantêm a situaçãosob controle.

O vírus Chikungunya é endêmico na Índia, com focos dispersos de infecçõesem várias localidades do país no ano passado (2013). Não está claro se osdiagnósticos de infecção pelo vírus chikungunya são baseadasexclusivamente nos sintomas clínicas ou se foram diagnosticadoslaboratorialmente.

A Chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada de mosquitosinfectados, como Aedes aegypti e Aedes albopictus. Ela pode causar febrealta, juntar e dor muscular e dor de cabeça. Raramente formas graves dadoença podem ocorrer com manifestações atípicas. Mortes relacionadas ainfecção por CHIKV são incomuns, mas a dor articular pode durar meses ouanos e pode se tornar uma causa de dor crônica e incapacidade. Não hátratamento específico para a infecção por chikungunya, nem vacina parapreveni-la. Enquanto se aguarda o desenvolvimento de uma nova vacina, aúnica forma eficaz de prevenção é proteger os indivíduos contra picadas demosquito.

Vários países da União Européia (França, Grécia, Itália, Holanda, Espanha eSuíça) notificaram casos importados de infecção por chikungunya empacientes com histórico de viagem para as áreas afetadas.

CHIKUNGUNYA

https://www.google.com.br

CHIKUNGUNYA• Local de ocorrência: Américas• Data da informação: 03/10/2014• Origem da informação: Centro de Prevenção e Controle das Doenças (CDC)

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:Mosquitos vetores: Aedes aegypti e Aedes albopictus, são os vectores primários.Ambos são mosquitos diurnos que picam hospedeiros animais. Os seres humanossão o hospedeiro primário do vírus chikungunya durante períodos epidêmicos .

Achados clínicos:• A maioria das pessoas infectadas se tornam sintomáticas.• Período de incubação geralmente 3-7 dias (variação de 1-12 dias) .• Início agudo de febre e poliartralgia são os achados clínicos primários.• Sintomas comuns são geralmente simétricos e muitas vezes ocorrem em mãose pés; podem ser severos e debilitantes.• Outros sintomas: cefaléia, mialgia, artrite, conjuntivite, náuseas, vômitos,exantema maculopapular• Linfopenia, trombocitopenia, creatinina elevada, e níveis elevados dastransaminases hepáticas são os resultados laboratoriais clínicos mais comuns.

Evolução clínica e resultados:• Os sintomas agudos normalmente desaparecem dentro de 7-10 dias.• Complicações raras incluem uveíte, retinite, miocardite, hepatite, nefrite,lesões bolhosas da pele, hemorragia, meningoencefalite, mielite, Síndrome deGuillain-Barré, e paralisia de nervos cranianos.• Pessoas em risco para a doença grave incluem recém-nascidos expostosdurante o parto, idosos e pessoas com condições médicas subjacentes (porexemplo, hipertensão, diabetes ou doença cardiovascular)• Alguns pacientes podem ter recaídas dos sintomas reumatológicos (porexemplo, poliartralgia, poliartrite, tenossinovite) nos meses após a doença aguda• Estudos relatam proporções variáveis de pacientes com dores articularespersistentes por meses ou anos

Aedes aegypti e Aedes albopictus Fonte: CDC

CHIKUNGUNYA (continuação)

CHIKUNGUNYA (continuação)

NOVO CORONAVÍRUS (MERS-CoV) • Local de ocorrência: Arábia Saudita• Data da informação: 05/09/2014• Origem da informação: Ministério da Saúde do Reino

da Arábia Saudita (MOH) e Promed mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Até 05 de outubro de 2014, houve um total de756 casos confirmados laboratorialmente de infecçãopelo MERS-CoV, incluindo 322 mortes 427 casosrecuperados, e 7 processos actualmente em curso, naArábia Saudita.

As duas mortes mais recentes são de um homem deRiyadh, com 56 anos de idade, que não era trabalhadorde saúde e tinha história de comorbidades preexistentes;e de outro homem residente em Taif, com 40 anos deidade, trabalhador de saúde, com história decomorbidades preexistentes.

Com as mortes recém relatadas acima, a taxa deletalidade é agora de 42,6% (322 mortes em cada 756laboratório relatou MERS-CoV casos de infecçãorelatados pela Arábia Saudita confirmados).

Fonte: MOH

NOVO CORONAVÍRUS (MERS-CoV)• Local de ocorrência: Global• Data da informação: 02/10/2014• Origem da informação: Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC)

e Organização Mundial da Saúde (WHO)

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:Em 29/09/14 o Departamento de Saúde da Áustria relatou o primeiro caso confirmado deinfecção pelo MERS-CoV, em um cidadão do Reino da Arábia Saudita que chegourecentemente ao país. Trata-se de uma mulher saudita, de 29 anos de idade, que viajouem 22 de setembro a Viena, Áustria, em um vôo de Doha, no Catar. O caso foi sintomáticocom uma infecção respiratória e febre antes da chegada na Áustria. A paciente foi isoladaem um centro médico em Viena e está em condição estável. Não há histórico de exposiçãoa camelos ou seus produtos, nem de internação hospitalar prévia, ou contato com pessoadoente. O rastreamento de contatos está em andamento. Até agora, dois contatospróximos apresentaram sintomas respiratórios superiores e estão internados no hospital.Os resultados laboratoriais desses contatos estão pendentes.

Desde a última avaliação de risco do ECDC, de 21 de agosto a 30 de setembro de 2014, 31casos adicionais foram relatados na Arábia Saudita. Destes, 19 são casos retrospectivoscom data de início anterior a 03 de junho de 2014 relatados em 18 de setembro de 2014.

No geral, 887 casos confirmados por laboratório de MERS-CoV foram relatados àsautoridades de saúde pública em todo o mundo, incluindo 352 óbitos (Figura 1). A maioriados casos ocorreram no Oriente Médio (Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Qatar,Jordânia, Omã, Kuwait, Egito, Iêmen, Líbano e Irã) (Tabela 1). Todos os casos notificadosfora do Oriente Médio tiveram história de viagem recente ao Oriente Médio ou contatocom um caso que tinha viajado do Oriente Médio (Figura 2).

O período de peregrinação a Hajj na Arábia Saudita está ocorrendo entre 1 e 6 deOutubro.

O número de casos notificados nos últimos meses diminuiu na Arábia Saudita, o queprovavelmente reflete diminuição da transmissão do vírus na comunidade em relação aoano anterior. No entanto, o conselho de saúde do curso geral, inclusive evitando águacontaminada, carne mal cozida e frutas cruas e vegetais não ser que recém descascadas elavadas, continuam a ser importantes para quem viaja no Oriente Médio.

A fonte do vírus permanece desconhecida, mas o padrão de transmissão aponta para umreservatório animal no Oriente Médio a partir do qual os seres humanos são infectadosesporadicamente através de transmissão zoonótica.

INFLUENZA AVIÁRIA A(H5N1) EM HUMANOS• Local de ocorrência: Egito• Data da informação: 01/10/2014• Origem da informação: ProMED-mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

O Ministério da Saúde Egípcio anunciou um casohumano de gripe aviária H5N1 em uma criança de 3meses em Giza. O início dos sintomas foi em22/9/2014, apresentando febre, dor de garganta,tosse e vômitos. A criança ficou internada por trêsdias e foi liberada. Apresentavahistória de exposiçãoa aves mortas. Foi confirmada laboratorialmente parao vírus da gripe aviária - Influenza A (H5N1) e tratadacom Tamiflu. Este é o quinto caso de gripe aviáriahumana H5N1 em 2014 no Egito. Outros casos: sexofeminino, 56 anos, internado em estado crítico;criança, 4 anos, condição estavel; sexo feminino, 86anos, internado em estado grave e sexo masculino,34 anos, evoluiu a óbito.

A gripe aviária em humanos

A gripe aviária é uma doença infecciosa das aves quepode ser transmitida para as pessoas, mas é difícil dese transmitir de pessoa para pessoa. O exemplo maisconhecido é o de aves com vírus influenza A subtipoH5N1 circulando em aves de capoeira em partes daÁsia e nordeste da África, que causaram doençashumanas e mortes desde 1997.

Outros subtipos de gripe aviária, incluindo o H7N7 eH9N2, também podem ser infectar as pessoas.

Quase todas as pessoas com infecção pelo vírus H5N1tiveram contato próximo com aves infectadas ouambientes contaminados pelo H5N1. Quando aspessoas se tornam infectadas, a taxa de mortalidadeé de cerca de 60%.

Porque as aves desempenham um papel importante como fonte de alimento e sustento em muitos paísesafetados pelo vírus da gripe aviária, a OMS e os parceiros do setor da saúde dos animais estão trabalhando nainterface humano-animal para identificar e reduzir riscos para a saúde animal e saúde pública dentro decontextos nacionais.

(Fonte: Organização Mundial da Saúde)

FEBRE DO NILO OCIDENTAL (WNF) • Local de ocorrência: Europa• Data da informação: 03/10/2014• Origem da informação: Centro Europeu de Prevenção e Controle das

Doenças (ECDC)

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A Febre do Nilo Ocidental (WNF) é uma doença transmitida por ummosquito que causa sintomas neurológicos graves em uma pequenaproporção de pessoas infectadas. Durante o período de transmissãojunho a novembro, o ECDC monitora a situação nos Estados Unidos,União Européia (UE) e países vizinhos, a fim de informar as autoridadessobre a segurança do sangue de áreas afetadas e identificar mudançassignificativas na epidemiologia da doença.

Durante a última semana, 13 novos casos humanos foram notificadospelos Estados-Membros da UE. Itália relatou cinco novos casosconfirmados, Romênia cinco e, Hungria três prováveis . Nos paísesvizinhos, Israel informou sete novos casos.

Em 2014, 68 casos humanos de febre do Nilo Ocidental foram relatadosna UE e 109 casos em países vizinhos.

A Itália relatou 18 casos nas seguintes províncias: Bologna (4), Parma (1), Cremona (2), Modena (2), Reggio nell'Emilia (1), Verona (1), Pavia (3), Mantova (1), Lodi(2) e Piacenza (1). Romênia relatou 22 casos nos distritos de Mures (2), Olt (5), Constança (1), Ialomita (1), Bucareste (1), Dambovita (1), Dolj (3), Galati (1), Giurgiu(1), Teleorman (2), Sibiu (1), Braila (1), Iasi (1) e Valcea (1). Hungria registrou 11 casos nas seguintes áreas: Budapeste (4), Csongrad County (2), Pest County (1),Jasz-Nagykun-Szolnok município (1), Bekes município (1), Hajdu-Bihar County (1) e Bacs-Kiskun município (1). Áustria relatou um caso autóctone de febre do NiloOcidental em Viena. Na Grécia, 15 casos humanos foram notificados desde o início de 2014 período de transmissão nas seguintes prefeituras: Ática (2), Ileia (6),Rodopi (4) e Xanthi (3).

Nos países vizinhos, treze casos foram relatados pela Bósnia e Herzegovina, na República Srpska, nos seguintes municípios: Banja Luka (4), Trebinje (1), Novi Grad(1), Kljuc (1), Krupa na Uni, (1), formando Mrkonjic (1), Gornji Ribnik (1), Teslic (1), Laktasi (1) e Prijedor (1). Sérvia relatou 58 casos de febre do Nilo Ocidental nasseguintes regiões: City of Belgrade (27), Juzno-Backi distrito (5), zona Nisavski (1), Kolubarski (4), Sremski (6), Juzno-Banatski (11), Podunavski (3), Raski (1). Rússiareportou 29 casos nas seguintes oblasts: Saratovskaya (9), Samara (6), Volgogradskaya (5), Astrakhanskaya (3), Belgorodskaya (1), Altayskiy Kray (1), Chelyabinskaya(1) e Voronezhskaya (3). Israel registrou nove casos de febre do Nilo Ocidental da seguinteáreas: Distrito Central (1), distrito de Tel Aviv (3), distrito de Haifa (2),Jerusalém (1) e no distrito do Norte (2).

SARAMPOLocal de ocorrência: Atualização - Paquistão, Alemanha, Síria, Austrália.Data da informação: 28/09/2014Fonte da informação: ProMED-mail

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PAQUISTÃO: Das 22 equipes especiais do Programa Ampliado de Vacinação (PAV)criadas para cobrir as áreas atingidas pelas enchentes devastadoras no Paquistão,16 reportaram terem tratado 9.343 casos de sarampo no distrito de Multan, até24/09/14.ALEMANHA: Um novo Centro de Acolhimento de Refugiados em Karlsruhe foifechado após o diagnóstico de um caso de infecção por vírus do sarampo, apenas10 dias após a sua abertura. Um porta-voz do Departamento de Saúde do Distritoafirmou que a reabertura do local só será realizada quando não forem identificadosmais casos da doença. Anteriormente, um caso tinha sido identificado emKarlsruhe, mas não houve disseminação como resultado da vacinação intensificadano local. O novo Centro permanecerá sob vigilância e a vacinação abrangente dosmoradores será concluída. Na semana passada, um pouco mais de 300 pessoaschegaram em Karlsruhe em busca de asilo. Até 01/09/14, mais de 4.800 pessoas játinham chegado em Karlsruhe.SÍRIA: Pelo menos 15 crianças morreram em Idlib, na Síria, durante um programade vacinação contra o sarampo, após receberem um relaxante muscular –atracúrio– adicionada à vacina no lugar do diluente. Atracúrio é frequentemente usadoantes de cirurgias e sua dose é determinada pelo peso do paciente. As criançasmais jovens foram mais severamente afetadas devido ao seu tamanho. As quemorreram tinham menos de 2 anos de idade, enquanto outras 50 crianças maisvelhas se recuperaram, disse um porta-voz da Organização Mundial de Saúde(OMS), que está ajudando a determinar a causa exata das mortes. O assunto foipassado para um tribunal local na Síria para investigar se o incidente foi um erroinvoluntário ou um ato criminoso. Cerca de 20.000 crianças foram vacinadas naprovíncia de Idlib, quando a campanha começou no dia 15/09/14, sendo canceladano dia seguinte, quando a primeira morte foram relatada. O sarampo é umaameaça particular para crianças que estão vivendo em campos de refugiados oucondições insalubres. Mais de 5 milhões delas estão nessas condições depois de 4anos de combates na Síria. Idlib, local deste incidente, é cotrolada por gruposrebeldes moderados que se opõem tanto ao ditador da Síria, Bashar al-Assad, comoà organização extremista Estado Islâmico no Iraque (ISIS), de acordo com orelatório da UNICEF.

AUSTRÁLIA OCIDENTAL: O sarampoestá sendo diagnosticado à taxa deum caso por semana semana naAustrália Ocidental (WA) neste ano,representando o maior número decasos em 15 anos. 39 casos foramrelatados até agora em 2014, emcomparação com 14 no ano passado(2013) e 6 casos em 2012. É o maiorregistro desde 1998, quando foramnotificados 50 casos. As autoridadessanitárias iniciaram uma vacinação emmassa de 1,8 milhões de crianças. Foiemitido alerta aos médicos eproporcionado atualizações sobre avacinação, especialmente para osjovens adultos. O Departamento deSaúde local disse que mais da metadedos casos de 2014 foram em crianças,a maioria não vacinadas. 44% foramem adultos entre 20 e 40 anos queforam vacinados ou tiveram apenasuma dose quando crianças.https://www.google.com.br

• Local de ocorrência: Flórida - EUA• Data da informação: 28/09/2014• Origem da informação: ProMED-Mail

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De acordo com informação do Departamento de Saúde da Flórida, de 26/09/14, DuvalCounty, situado no nordeste da Flórida, registrou a quarta morte no Estado decorrentede infecção com a bactéria _Vibrio vulnificus. Além deste caso fatal, os municípios deHillsborough e Pinellas relataram recentemente casos de vibriose, elevando o total denotificações no estado de 21. Os outros casos fatais de 2014 foram relatados nosmunicípios de Dixie, Lee e Sarasota. Em 2013, o Estado da Flórida relatou 41 casos dadoença e 11 mortes.

As pessoas podem se infectar com Vibrio vulnificus por ingestão de frutos do mar:mariscos crus e principalmente ostras. A bactéria é freqüentemente isolada em ostrase outros mariscos em águas quentes do litoral durante os meses de verão. Uma vezque é encontrada naturalmente em águas marinhas quentes, as pessoas com feridasabertas podem ser expostas ao Vibrio vulnificus através do contato direto com a águado mar. Não há nenhuma evidência de transmissão de pessoa para pessoa.

Indivíduos saudáveis normalmente desenvolvem uma doença leve; no entanto podeser um problema sério para as pessoas que têm o sistema imunológico enfraquecido,particularmente aqueles com doença hepática crônica. A bactéria pode invadir acorrente sanguínea, causando uma doença grave e com risco de vida, com sintomascomo febre, calafrios, diminuição da pressão arterial (choque séptico) e lesõesvesiculares na pele, apresentando uma letalidade aproximadamente de 50%.

VIBRIO VULNIFICUS

http://pt.wikipeia.org/wiki/Florida

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• Local de ocorrência: Estados Unidos da América (EUA) e Canadá• Data da informação: 27/09/2014• Origem da informação: Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e

ProMED mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

O número de casos de enterovírus D68 continua a aumentar em nos Estados Unidose no Canadá, permanecendo uma condição relativamente benigna, confinada abebês e crianças. No entanto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)emitiu, em 26/09/14, um alerta aos médicos sobre alguns casos de uma doençasemelhante à poliomielite e relatou que o enterovírus D68 havia sido detectado em4 das 8 crianças diagnosticadas, cujos estados ainda precisam ser esclarecidos.

Em resposta ao pedido feito em 27/09 pela ProMED ao Canadá, para obterinformações sobre possíveis manifestações neurológicas relacionadas aoenterovírus D68 (EV-D68), foi relatado que entre os oito casos confirmados porlaboratório da doença detectados em British Columbia (BC), havia dois indivíduoscom sintomas de paralisia, uma criança com idade entre 5-10 anos e um adultojovem com idade entre 15-20 anos. Ambos do sexo masculino, previamente hígidos,com início dos sintomas no final de agosto/2014. São residentes em cidadesdistantes não havendo ligação epidemiológica entre as situações. Ainda não foiobservado um aumento geral de doença respiratória grave nos centros deatendimento de BC, fato atribuído principalmente à greve de professores queterminou recentemente e provocou a paralisação das atividades escolares.

A criança em questão apresentou história de 5 dias de febre, tosse, coriza econgestão. Os membros da família, adultos e crianças, apresentaram sintomasgripais semelhantes. Dois dias antes da internação, teve dor de cabeça e dor degarganta irradiando para o ombro esquerdo, agravada pela tosse. Desenvolveuinício súbito de fraqueza do braço esquerdo. Na admissão identificou-se BraçoEsquerdo com paralisia flácida e arreflexia sem quaisquer resultados sensoriais.Exame do LCR mostrou leucócitos elevados que consistem em uma mistura deneutrófilos e linfócitos com ligeira predominância deste último, glicose normal eproteína elevada (0,5 g/L). CSF foi negativo para RNA de enterovírus, mas o swab denasofaringe foi positivo para o enterovírus/rinovírus, posteriormente confirmadocomo EV-D68. Sorologia IgM positiva para Mycoplasma pneumoniae mas swabnasofaríngeo foi PCR-negativo. Não houve melhora dos sintomas neurológicosdurante o curso de 9 dias no hospital. A criança recebeu alta com acompanhamentoambulatorial. Não há relato de nenhuma melhora neurológica quase um mês após aadmissão.

ENTEROVÍRUS D68

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O jovem adulto tinha históricoprévio de herpes zoster esintomas respiratórios nosúltimos 2-3 meses. Para oepisódio atual, acordou comcerta fraqueza no braço eprocurou o hospital com históriade um dia de sintomas de gripe,incluindo febre baixa, doresgeneralizadas e fadiga. Não háoutros membros da família comsintomas gripais.O paciente deteriorou-se rapidamente ao longo das 24 horas que se seguiram, comdificuldade em respirar, necessitando de intubação e ventilação mecânica. EspécimeCSF mostrou leucócitos elevados que consistem em uma mistura de neutrófilos elinfócito, glicose normal e proteína elevada (0,63 g/L). CSF foi negativo paraenterovírus e VZV, mas aspirado traqueal foi positivo para o enterovírus/rinovírus,confirmado posteriormente como EV-D68. Quase um mês após a internação, opaciente ainda precisa de ajuda com ventilação.

A detecção de EV-D68 a partir de amostras respiratórias em associação comcomplicações neurológicas não prova causalidade particularmente na ausência dedetecção de vírus no líquor. É possível que outras etiologias estejam presentes.

Atualmente, não existem vacinas disponíveis ou tratamentos específicos para EV-D68 e o tratamento clínico é favorável. Os sintomas podem incluir febre, coriza,espirros, tosse e dores musculares. Os indivíduos com condições preexistentes,como asma ou outras doenças respiratórias, podem ser particularmente propensosa infecções graves da EV-D68 e ter dificuldade em respirar ou dispnéia. Infecçõespor enterovírus geralmente não são fatais, mas podem ser graves, especialmenteem crianças com asma ou outras doenças respiratórias subjacentes.

LISTERIOSE• Local de ocorrência: Dinamarca - Syddanmark• Data da informação: 28/09/2014• Origem da informação: ProMED-mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:Três pessoas morreram em decorrência de infecção por Listeria, adquirida de sopade aspargos no Hospital Universitário de Odense. As mortes são o resultado de umnovo surto da doença que não está relacionado com outro evento atribuído àcarne de rullepølse, uma iguaria típica da Dinamarca que consiste em um pedaçode barriga de porco, que começa por ser alisado e polvilhado com ervasaromáticas e outros temperos, sendo depois enrolado e que já custou 16 vidas. Acepa identificada na sopa de aspargos é completamente diferente da identificadano surto por ingestão de rullepølse.

O surto de sopa de aspargos atingiu 5 pacientes nos últimos 6 meses. Três foram aóbito, com a morte mais recente registrada em abril/2014. Recente verificação doServiço Alimentar e Veterinário (Foedevarestyrelsen) dinamarquês encontrouvestígios de Listeria em 3 sopas nos Hospitais Universitário de Odense eSvendborg. Também foi encontrada em almôndegas servidas com as sopas.

A listeriose é uma doença causada pela ingestão de alimentos contaminados coma bactéria Listeria monocytogenes, um bacilo gram-positivo. Pode ser encontradaem uma variedade de alimentos crus, bem como em alimentos a base de leite nãopasteurizado. O processo de fabricação da sopa espargos, se cozida atemperaturas mais elevadas do que 65°C, deve eliminar a Listeria, em qualquerum dos seus ingredientes. No entanto, a bactéria pode contaminar os alimentosdepois do cozimento e, ao contrário de muitas outras bactérias de origemalimentar, pode se multiplicar em temperaturas de refrigeração (entre 2-3°C). Se asopa previamente refrigerada for reaquecida suficientemente antes de servir, aListeria não sobrevive. Presumivelmente, neste caso, a sopa de aspargos foiservida fria ou insuficientemente reaquecida para pacientes hospitalizados, muitosdos quais altamente susceptíveis ao desenvolvimento de listeriose.

Entre os animais, a listeriose possui vários hospedeiros, domésticos e silvestres. Aespécie doméstica mais suscetível é a ovina, seguida em importância pela caprinae bovina. Nos ruminantes, manifesta-se clinicamente por encefalite, mortalidadeneonatal e septicemia. A forma clínica mais comum é a encefalite, com letalidadevariando de 3 a mais de 30% em ovinos e caprinos. Em bovinos, o curso daencefalite é mais crônico com sobrevivência de 4 a 14 dias.

A Listeria monocytogenes está mundialmente difundida no ambiente, entre avegetação, fontes de água e solo e diferentes espécies de animais, como avese mamíferos, bem como no homem. Tanto os bovinos, como os ovinos eoutras espécies de animais eliminam o agente etiológico nas fezes.

A incidência da doença em humanos, entretanto, é baixa e, em países emdesenvolvimento, pouco conhecida. Os principais grupos de risco incluemmulheres grávidas, fetos, neonatos, idosos e imunodeprimidos.

No início da infecção, a doença assemelha-se a uma gripe comum,acompanhada de febre e dores musculares. Quando atinge o sistemanervoso, pode ocorrer dor de cabeça, confusão mental, perda de equilíbrio econvulsões.

As fontes de infecção, tanto para o ser humano quanto para os animais sãoinúmeras. Há casos descritos na literatura de surtos originados por consumode leite, carne e verduras contaminadas por fezes de animais listéricos.

Recomendações para controle: higiene ambiental, dos animais e pessoal; nãoutilizar leite de animais doentes e controle de roedores. Quanto à preparaçãodos alimentos, cozinhar bem os produtos de origem animal; higienizar osvegetais consumidos crus; manter separado as carnes cruas de outrosalimentos; não consumir leite cru; lavar bem os utensílios para preparação dealimentos.

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FEBRE HEMORRÁGICA DE CRIMEIA-CONGO

Sintomas: febre súbita, dores abdominais, vômitos, diarreia, aparecimento dehematomas e hemorragias nas mucosas.

Taxa de mortalidade: varia entre os dois e 50 por cento.

Ocorrência: Crimeia, Rússia, Bósnia-Herzegovina, Albânia, Bulgária, Iraque,Paquistão, China, África tropical e do Sul.

Período de incubação: habitualmente de um a três dias, ou até doze dias.

Transmissibilidade: altamente contagiosa. Uma vez infectadas, as carcaças podemtransmitir o vírus durante toda a sua vida.

FEBRE HEMORRÁGICA CRIMEIA – CONGO (CCHF) • Local de ocorrência: Paquistão• Data da informação: 21/09/2014• Origem da informação: ProMED-mail

COMENTÁRIOS ADICIONAIS:

Foram registrados 4 casos suspeitos e um confirmado de febre hemorrágicada Crimeia-Congo (CCHF) nos últimos 10 dias em um hospital de Rawalpindi,província de Punjab, no Paquistão. O registro desses casos tem alertado asautoridades de saúde para um possível pico de CCHF por ocasião do EidulAzha, que é um festival islâmico celebrado pelos muçulmanos, em que ocorreo sacrifício de animais que são trazidos para a cidade em massa.

O paciente positivo para o CCHF é uma mulher de 20 anos que estáatualmente em tratamento no hospital. Todos os pacientes são moradores deTehsil Talagang no Distrito Chakwal e tem histórico de manejo dos animais.

A CCHF foi primeiro descrita na Criméia, em 1944, e identificado em 1956 noCongo. No Paquistão, foi relatada a primeira vez em 1976, mas o número decasos mostra um aumento desde 2000, com 50-60 pacientes reportadosanualmente. Cerca de 50 casos da doença já foram notificados em diferentespartes do país em 2014, no entanto, ainda não foram adotadas medidas deprecaução para evitar um possível pico de CCHF.

Pessoas com CCHF sofrem de hemorragias e sintomas semelhantes aos dagripe. Segundo a OMS, o vírus é transmitido por carrapatos _Hyalomma_ spp.ou pelo contato com sangue humano infectado ou sangue e tecidos deanimais durante e imediatamente após o abate. A maioria dos casos ocorremem pessoas envolvidas na indústria do gado, como trabalhadores agrícolas,trabalhadores de matadouros, e veterinários. Exposição em instalações decuidados de saúde também ocorrem, sendo necessária a utilização deequipamentos de proteção pessoal. A duração do período de incubaçãodepende do modo de aquisição do vírus. Após a infecção por uma picada decarrapato, o período de incubação é geralmente 1-3 dias, com um máximo de9 dias.

O Vírus CCHF pode ser responsável por surtos graves em humanos, mas não épatogênico para ruminantes, seu hospedeiro amplificador. Não há vacinadisponível tanto para pessoas como para animais. Até 30% dos pacientesinfectados com CCHF morrem, mas o prognóstico é favorável para os 70%restantes.

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A CCHF é causada por um Nairovirus da família Bunyaviridae transmitido ao homem pelapicada do carrapato _Hyalomma_ encontrado na pele de animais, incluindo caprinos eovinos ou pelo contato direto com o sangue de um animal ou pessoa infectada. A taxa deletalidade varia 2-50 por cento. Os carrapatos Hyalomma spp apresentam faixas marronse brancas nas patas. A OMS relata que existem cerca de 30 espécies de Hyalomma e queo vírus CCHF é endêmico em toda a África, nos Bálcãs, no Oriente Médio e no sul da Ásia.

Fontes utilizadas na pesquisa• MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia de Vigilância Epidemiológica. 7ed. Brasília: 2009• Site consultado: <http://portal.saude.gov.br/>• Site consultado: <http://www.cdc.gov/>• Site consultado: <http://www.ecdc.europa.eu/en/Pages/home.aspx/>• Site consultado: <http://www.defesacivil.pr.gov.br/>• Site consultado: <http://www.promedmail.org/>• Site consultado: <http://www.healthmap.org/>• Site consultado: <http://new.paho.org/bra/>• Site consultado: <http://www.gamapserver.who.int/>• Site consultado: <http://www.who.int/en/>• Site consultado: <http://www.oie.int/>• Site consultado: <http://www.phac-aspc.gc.ca/>• Site consultado: <http://www.clicrbs.com.br/> • Site consultado: <http://www.ecdc.europa.eu/> • Site consultado: <http://www.keelpno.gr • Site consultado: <http://www.usda.gov/>• Site consultado: <http://www.pt.euronews.com />• Site consultado: <http://www.usno.navy.mil/jtwxbr/>• Site consultado: < http://www.cidrap.umn.edu/infectious-disease-topics/h7n9-avian-

influenza#literature/>

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