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boletim informativo do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira
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Enfermeiros a CITEnfermeiros a CITEnfermeiros a CIT NESTA
ED IÇÃO :
Agenda Sindical 1
Enfermeiros a
CIT
3
Festa de Natal
do SERAM 2012
5
Alterações
impostas pela Lei
do OE 2013
6
Alterações ao
RCTFP
8
Providência Cau-
telar: Regula-
mento Interno
do SESARAM,
EPE.
10
Editorial 2
N . º 2 6 M A R Ç O 2 0 1 3 B O L E T I M S I N D I C A L
INFOSERAM
AGENDA SINDICALAGENDA SINDICALAGENDA SINDICAL
3 – Reunião do Conselho Nacional da CGTP
4 – Plenário de Sindicatos (CGTP)
8 – Reunião do FNOPE 9 – Reunião com os Enfermeiros do Atalaia (formas de intervenção para restituição dos salários)
15 – Reunião com a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública
25 Janeiro – Reunião com os Enfermei-
2 – Manifestação Nacional no movimento “Que se lixe a TROIKA”
12 – Reunião Geral com os Enfermeiros a CIT do SESA-RAM
26 – Assembleia Geral do SERAM
8 – Cimeira da Frente Comum de Sindicatos da Administração pública
16 – Manifestação Nacional na RAM convocada pela CGTP
P Á G I N A 2
Enfermeiro Juan Carvalho,
Presidente do SERAM.
No final do primeiro tri-mestre de 2013 os indica-dores que vão surgindo, já permitem aferir que as medidas adotadas pelo governo no orçamento de estado para 2013, no sen-tido de reduzir o défice apresentam um desajusta-mento entre as previsões e os resultados alcança-dos, o que significa mais uma vez que o Ministro das Finanças / Governo erraram nos objetivos pré definidos. O relatório das previsões de inverno da Comissão Europeia dedicado a Por-tugal, confirma o progres-sivo empobrecimento, o aumento do desemprego,
podendo chegar aos 18%, assim como a quebra ain-da mais acentuada nas receitas da segurança social e na cobrança dos impostos. O governo paulatinamen-te vai adiando a comuni-cação ao País, sobre os cortes de 4 mil milhões de euros que pretende fazer nas funções sociais do estado. Mantendo um discurso dicotómico de que os trabalhadores da adminis-tração pública são uns privilegiados, o que o governo pretende é colo-car em causa os direitos laborais de todos os tra-balhadores e simultanea-
mente diminuir as designa-das funções sociais do estado, prosseguindo uma política de um estado mínimo. Não é demais recordar que os enfermeiros desde a primeira hora têm sido prejudicados por esta sucessão de políticas. A ultima progressão na car-reira ocorreu entre 2003 e 2005, data a partir da qual e até dezembro de 2007 todos os trabalhado-res do setor público foram sujeitos a congela-mentos nas suas carreiras. A partir de janeiro de 2008 entra em vigor a lei matriz dos vínculos, car-reiras e remunerações,
que os enfermeiros têm de se congregar para encon-trar as soluções para os diversos problemas com que nos defrontamos. Cada vez mais será difícil existir um quadro geral regulamentador. É em tor-no de iniciativas institucio-nais que cada vez mais os enfermeiros terão de des-cobrir as soluções para os seus problemas, como acontece com a revaloriza-ção dos Contratos Indivi-duais de Trabalho para os 1201,48 €.
Outro foco de grande injustiça é a existência de uma remuneração pouco diferenciada entre quem agora inicia a profissão e quem já trabalha há 22, 25 ou 27 anos, assim como a diferenciação dos enfer-meiros que adquiriram competências especializa-
das.
Os enfermeiros com Contrato de Trabalho em Funções Publicas que tra-balham desde 2004 têm já os 10 pontos necessários para mudar de posiciona-mento remuneratório. Não foram reposiciona-dos porque os sucessivos orçamentos de estado mantêm o congelamento de todas as progressões e promoções.
Outros grupos profissio-nais estão a resolver com iniciativas nacionais e ins-titucionais, o que por via dos descongelamentos ou revisão de carreiras criou injustiças nos seus estatu-tos.
Para os enfermeiros tam-bém é possível.
no setor publico.
È neste contexto que em 2009 o governo de então após um prolongado pro-cesso negocial com os sindicatos, impõe um novo modelo do estatuto de carreira para os enfer-meiros. É a partir desta base, (decreto-lei 247 e 248 de 22 de setembro de 2009) que todos temos de contribuir para recons-truir o caminho entretan-to devastado.
Confrontados com uma progressiva diminuição dos rendimentos, assim como a redução do valor do trabalho extraordiná-rio e das horas suplemen-tares, as injustiças cres-cem diariamente num contexto de profundas e constantes alterações.
É em torno do SERAM
I N F O S E R A M
“ ” Propriedade e Redação
Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira
Direção
Juan Carvalho Janine Rodrigues João Macedo Helena Vieira Mário Castro
Revisão
Joel Pereira
Coordenação Helena Vieira
Janine Rodrigues João Macedo Mário Castro
Periodicidade
Trimestral
Tiragem 1300 exemplares
Impressão
Eco do Funchal Distribuição Gratuita
A todos os sócios
Ficha Técnica ... o Ministro das Finanças / Governo
erraram nos objetivos pré definidos.
EditorialEditorialEditorial Compreender para intervir e mobilizarCompreender para intervir e mobilizarCompreender para intervir e mobilizar
P Á G I N A 3 B O L E T I M S I N D I C A L
Desde a transformação do Ser-
viço Regional de Saúde numa
entidade Pública Empresarial,
através do Decreto Legislativo
Regional n.º 9/2003/M,
todos os profissionais contrata-
dos para os Centros de Sáude e
Hospitais da Região passaram a
ser admitidos através de Contra-
tos Individuais de Trabalho
(CIT), regendo-se pelo Código
do Trabalho.
Contudo, com a intenção de
minimizar as diferenças contra-
tuais dos enfermeiros a CIT dos
restantes, (ainda funcionários
públicos), estava previsto no
mesmo decreto legislativo no
artigo n.º39 que “até à efectiva
conclusão dos procedimentos de
contratação colectiva, aplicar-se-ão
as condições de prestação de traba-
lho vigentes na Administração Públi-
ca, ficando a celebração dos contra-
tos individuais de trabalho
sujeita aos seguintes parâ-
metros:
a) As categorias e carreiras
do pessoal são análogas às
existentes no Serviço Nacio-
nal de Saúde…”
Por este facto o Sindicato
dos Enfermeiros da
Região Autónoma da
Madeira (SERAM) sempre
defendeu que os enfermeiros a
CIT admitidos no SRS-EPE em
2003 e 2004, deveriam ter sido
promovidos à luz da anterior
carreira de enfermagem para a
categoria de graduado em 2009
e 2010. Contudo, este nunca foi
o entendimento da administra-
ção do SESARAM-EPE.
No entanto com o apoio do
sindicato alguns sócios do
SERAM que se consideraram
lesados, avançaram para proces-
sos contenciosos que ainda
aguardam um desfecho.
Em 2008, com a aprovação da
lei 12A/2008 e consequente
aprovação do Regime de Con-
trato de Funções Públicas, assim
como com as sucessivas revi-
sões destes diplomas as diferen-
ças laborais entre os enfermei-
ros a CIT e os enfermeiros em
RCTFP foram-se desvanecendo,
contribuindo também a aplicação
do Decreto-Lei n.º 62/79 a todos
os enfermeiros independente-
mente do vinculo, isto é, a remu-
neração dos suplementos, horas
extraordinárias assim como as
regras de compensa-
ção de feriados são
iguais nos dois regi-
mes.
A carreira única para
enfermeiros a CIT e a
RCTFP, sempre foi
um objetivo dos sindi-
catos aquando da
negociação da Carrei-
ra de Enfermagem.
Contudo, o Ministério
da Saúde e Secretaria
de Estado da Adminis-
tração Pública, consi-
derou haver impedi-
mentos legais para
este objetivo ser atin-
gido.
Assim a Carreira de
Enfermagem culminou
em dois Decretos Lei
paralelos e muito
semelhantes o n.º 247
(CTFP) e o n.º248
(CIT) de 2009. Até à queda do
anterior governo os sindicatos,
negociaram (sem ter alcançado
pleno acordo, como está escrito
“...este é o
momento de
começarmos a
trabalhar em
conjunto em
medidas de
pressionar a
administração do
SESARAM e a
Secretaria dos
Assuntos Sociais à
justa reposição de
todos os
enfermeiros a CIT
no 1º
posicionamento
remuneratório
(1201,48€) da
Carreira de
Enfermagem.”
Enfermeiros a CITEnfermeiros a CITEnfermeiros a CIT
P Á G I N A 4
I N F O S E R A M
em ata) a tabela salarial e a
Avaliação de Desempenho
para os enfermeiros a
RCTFP. Esta tabela salarial
e este sistema de avaliação
seriam sempre o ponto de
partida para a negociação
de um acordo coletivo de
trabalho para os enfermei-
ros a CIT.
Tendo em conta que o
reposicionamento dos
Enfermeiros em RCTFP
para a 1ª posição da tabela
salarial da nova carreira
decorreu de forma faseada,
concluindo-se apenas em
Janeiro de 2013, este é o
momento de começarmos
a trabalhar em conjunto
medidas a fim de pressio-
nar a administração do
SESARAM e a Secretaria
dos Assuntos Sociais de
modo a colocar todos os
enfermeiros a CIT equipa-
rados ao 1º posicionamen-
to remuneratório
(1201,48€) da Carreira de
Enfermagem.
Temos consciência que é
uma luta difícil no momen-
to em que atravessamos,
mas possível, ainda mais,
quando já temos exem-
plos de Hospitais em Por-
tugal Continental que já
efetuaram este reposicio-
namento.
Assim, no dia 12 de Mar-
ço, o sindicato convocou
todos os enfermeiros a
CIT para uma reunião na
sede do mesmo.
Esta reunião foi muito
participada e após discus-
são e debate sobre as
problemas que assolam a
profissão e sobre tudo os
problemas laborais dos
enfermeiros a CIT, foi
aprovada uma resolução,
com o objetivos de ser
enviada à Secretaria dos
Assuntos Sociais e ao
Conselho de Administra-
ção do SESARAM, EPE,
onde se exige a atualiza-
ção salarial para o posi-
cionamento 15 (1201,48
€) de acordo com a gre-
lha salarial em vigor para
Carreira de Enfermagem.
Continuaremos a acom-
panhar o desenvolvimen-
to desta matéria, para
pôr fim à injusta dis-
criminação salarial dos
Enfermeiros.
“...foi aprovada uma
resolução, com o
objetivos de ser
enviada à Secretaria
dos Assuntos Sociais
e ao Conselho de
Administração do
SESARAM, EPE, onde
se exige a
atualização salarial
para o
posicionamento 15
(1201,48 €) de
acordo com a grelha
salarial em vigor
para Carreira de
Enfermagem.”
P Á G I N A 5 B O L E T I M S I N D I C A L
Como tem sido tradição, ao longo dos anos da existência deste sindicato, no dia 15 de Dezembro de 2012, decorreu uma vez mais a festa de Natal, onde todos os filhos dos sócios acompanhados pelos seus pais convive-
ram, enquanto assistiram ao magnífico espetáculo do Circo Mundial na praia Formosa. Foi com grande satisfa-ção, que constatamos a alegria das crianças dos sócios durante este even-to.
São momentos como este, que nos movem para continuar a fazer mais e melhor. Continua-mos a contar com a cola-boração de todos os colegas para a concretiza-ção e sucesso desta festa.
“Foi com grande
satisfação, que
constatamos a
alegria das
crianças dos
sócios durante
este evento.”
Festa de Natal do SERAM 2012Festa de Natal do SERAM 2012Festa de Natal do SERAM 2012
P Á G I N A 6
“...sempre que
haja uma
sucessão de
faltas por doença
com duração
superior a 3 dias
haverá perda da
remuneração
base diária ...”
Alterações impostas pela Lei OE 2013Alterações impostas pela Lei OE 2013Alterações impostas pela Lei OE 2013 A recente lei do Orça-mento de Estado 2013 e a lei nº 66/2012, veio trazer algumas altera-ções à gestão de Recursos Humanos, nomeadamente a fatí-dica suspensão do pagamento de sub-sídio de férias ou equivalente:
- Durante a vigência do Programa Apoio e Estabilidade Financeira, como medida excecio-nal de estabilidade orçamental é suspenso o pagamento do subsí-dio de férias ou quais-quer prestações cor-respondentes ao 14º
mês às pessoas a que se refere o nº9 do arti-go 27º da LOE/2013 cuja remuneração base mensal seja superior a €1100.
- As pessoas a que se refere o nº 9 do artigo 27ºda LOE/2013 cuja remuneração base mensal seja igual ou superior a €600 e não exceda o valor de €1100, ficam sujeitas a uma redução no subsí-dio de férias ou nas prestações correspon-dentes ao 14º mês, auferindo o montante calculado nos seguintes ter- mos:
A alteração do regi-me de faltas por doença (RCTFP) (artigo 76º - alteração ao artigo 29º do Decre-to Lei nº 100/99, de 31 de Março):
- Nas situações de falta por doença dos RCTFP, deixa de ser possível a recuperação do venci-mento de exercício nos termos atualmente pre-vistos no artigo 29º do Decreto-Lei nº100/99.
- As faltas por motivo de doença, devidamente comprovadas, determi-nam a perda integral da remuneração base diá-ria (100%), sempre que
I N F O S E R A M
haja uma ausência até 3 dias (1, 2 ou 3 dias).
- Para além disso, sem-pre que haja uma suces-são de faltas por doença com duração superior a 3 dias haverá perda da remuneração base diá-ria nos 3 primeiros dias de incapacidade tempo-rária e 10% da remune-ração base diária nos 27 dias restantes, até ao máximo de 30 dias de incapacidade temporá-ria, por ano.
- A partir do 31ºdia de incapacidade temporária o trabalhador recebe a remuneração base diá-ria por inteiro.
- O disposto no número anterior não se aplica nos casos de internamento hospita-lar, faltas por motivo de cirurgia ambulató-ria e de doença por tuberculose, bem como às dadas por deficientes, quando decorrentes da pró-pria deficiência.
- As faltas por doença descontam na antigui-dade para efeitos de carreira nos casos em que ultrapassem 30 dias seguidos ou inter-polados no mesmo ano civil.
- A contagem dos
períodos de 3 e 27 dias é interrompida sempre que se verifique um novo ciclo de doença.
A proibição de valo-rizações remunera-tórias Continua veda-da a prática de quais-quer atos que consubs-tanciem valorizações remuneratórias dos trabalhadores em RCTFP ou em CIT se abrangidos por entida-des excluídas do âmbi-to da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, designadamente os resultantes dos seguin-tes atos:
P Á G I N A 7 B O L E T I M S I N D I C A L
- Alterações de posicio-namento remuneratório, progressões, promoções, nomeações ou gradua-ções em categoria ou posto superior ao detido;
- Atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecu-niárias de natureza afim;
- Abertura de procedi-mentos concursais para categorias superiores de carreiras pluricategoriais, gerais ou especiais, ou, no caso das carreiras não
revistas e subsistentes, incluindo carreiras e cor-pos especiais, para as res-petivas categorias de acesso, incluindo procedi-mentos internos de sele-ção para mudança de nível ou escalão. Alterações nas ajudas de custo, só havendo direito ao abono de aju-das de custo nas desloca-ções diárias que se reali-zem para além de 20 km do domicílio necessário e nas deslocações por dias
sucessivos que se reali-zem para além de 50 km do mesmo domicílio. O pagamento do trabalho extraordinário - aplicável do SNS, durante a vigên-cia do PAEF, como medi-da excecional de estabili-dade orçamental, todos os acréscimos ao valor da retribuição horária refe-rentes a pagamento de trabalho extraordinário prestado pelos trabalha-dores, são realizados nos seguintes termos:
“...a idade de
aposentação e o
tempo de serviço
estabelecidos no
nº1 do artigo 37º
do Estatuto da
Aposentação
passam a ser de
65 anos e de 15
anos,
respetivamente.”
Às horas extra processa-das no mês de Janeiro referentes ao ano ante-rior, aplicam-se as regras v i g e n t e s a t é d i a 31.12.2012.
E no que se refere à apo-sentação, a idade de aposentação e o tempo de serviço estabelecidos no nº1 do artigo 37º do Estatuto da Aposentação passam a ser de 65 anos
e de 15 anos, respectiva-mente.
Períodos de Trabalho
Trabalho Normal
Trabalho Extraordinário
Trabalho diurno em dias úteis
R (a) 1,125 R – Primeira hora
1,25 R – Horas seguintes
Trabalho noturno em dias úteis
1,25 R 1,375 R – Primeira hora
1,50 R – Horas seguintes
Trabalho diurno aos sába-dos depois das 13 horas, domingos, feriados e dias
de descanso semanal
1,25 R 1,375 R – Primeira hora
1,50 R – Horas seguintes
Trabalho noturno aos sábados depois das 20
horas, domingos, feriados e dias de descanso semanal
1,50 R 1,675 R – Primeira hora
1,75 R – Horas seguintes
(a) O valor R corresponde ao valor hora calculado para a hora de trabalho normal diurno em dias úteis, com base nos termos legais, e apenas para efeitos do cálculo dos suplementos.
P Á G I N A 8
-
I N F O S E R A M
“Se não houver
prejuízo grave
para a entidade
empregadora, os
cônjuges, pessoas
que vivam em
união de facto ou
em economia
comum que
trabalhem no
mesmo órgão ou
serviço devem
gozar férias em
período idêntico.”
A 31 de Dezembro de
2012, foi publicada a Lei
66/2012 que veio proceder
a alterações de diversos
diplomas legais, de entre
os quais o que aprova o
Regime de Contrato de
Trabalho em Funções
Públicas.
Principais alterações:
Art 8ª.– A (Feriados)
1- É aplicável aos traba-
lhadores que exercem
funções públicas nas
modalidades de
nomeação e de con-
trato, o regime de
feriados estabelecido
no Código do Trabalho,
sem prejuízo de lei especial.
Art 8.º- B (Trabalhador
Estudante) Sem prejuízo
de lei especial, é aplicável
aos trabalhadores que
exercem funções públicas,
o regime do trabalhador-
estudante estabelecido no
Código do Trabalho.
Art. 164.º Nos casos de
prestação de trabalho
extraordinário em dia de des-
canso semanal obrigatório
motivado pela falta imprevista
do trabalhador que deveria
ocupar o posto de trabalho
no turno seguinte, quando a
sua duração não ultrapassar
duas horas, o trabalhador
tem direito a um descanso
compensatório de duração
igual ao período de
trabalho extraordiná-
rio prestado nesse
dia, a gozar num
dos três dias
seguintes. (Na falta
de acordo, o dia
ou serviço devem
gozar férias em perío-
do idêntico.
6 – … é extensível aos
trabalhadores cujo cônjuge,
bem como a pessoa que viva
em união de facto ou econo-
mia comum …seja também
trabalhador em funções
públicas e tenha, por força
da lei ou pela natureza do
serviço, de gozar férias num
determinado período do
ano.
8- Os dias de férias podem
ser gozados em meios dias,
o gozo de metade do perío-
do de férias vencido no ano
anterior com o vencido no
ano em causa, mediante acor-
do.
Art. 176.º(Marcação do
período de férias)
Se não houver prejuízo grave
para a entidade empregadora,
os cônjuges, pessoas que
vivam em união de facto ou
em economia comum que
trabalhem no mesmo órgão
Art. 175.º (Ano do
gozo de Férias)
1 – As férias são gozadas
no ano civil em que se ven-
cem
2 – As férias podem ser goza-
das até 30 de Abril do ano
civil seguinte, em acumulação
ou não com férias vencidas
no início deste, por acordo
entre entidade empregadora
pública e trabalhador ou sem-
pre que este as pretenda
gozar com familiar residente
no estrageiro.
3- Pode ainda ser acumulado
Alterações ao RCTFPAlterações ao RCTFPAlterações ao RCTFP
P Á G I N A 9 B O L E T I M S I N D I C A L
seguidos ou interpolados,
por exclusiva iniciativa do
trabalhador.
Art. 212.º (Trabalho
extraordinário)
Nota: (No caso dos enfer-
meiros aplica-se a lei 62/79
alterada agora pelo orça-
mento de estado)
Art. 127.º - A
(Adaptabilidade)
1- A entidade empregadora
pública e o trabalhador
podem, por acordo, definir
o período normal de tra-
balho em termos médios.
2- O acordo pode prever o
aumento do período de tra-
balho diário até duas horas e
que a duração do trabalho
semanal possa atingir 45
horas, só não se contando
nestas o trabalho extraordi-
nário prestado por motivo
de força maior.
3- Em semana cuja duração
do trabalho seja inferior a 35
horas, a redução pode ser
até duas horas diárias ou,
sendo acordada, em dias ou
meios dias, sem prejuízo do
direito a subsídio de refei-
ção.
4- O acordo é celebrado
por escrito, mediante pro-
posta escrita da entidade
empregadora pública, presu-
mindo-se a aceitação por par-
te do trabalhador que a ela
não se oponha, por escrito,
nos 14 dias seguintes ao
conhecimento da mesma.
Art. 127.º - B
(Adaptabilidade grupal)
1 a) A entidade empregadora
pública possa aplicar o regime
ao conjunto de trabalhado-
res…caso, pelo menos, 60%
dos trabalhadores dessa
estrutura sejam por ele abran-
gidos mediante filiação em
associação sindical celebrante
do instrumento de regula-
mentação coletiva de traba-
lho…
2- Caso a proposta seja aceite
por, pelo menos, 75% dos
trabalhadores , a entidade
empregadora pública pode
aplicar o mesmo regime ao
conjunto de trabalhadores
dessa estrutura.
4- O regime de adaptabilidade
não se aplica a trabalhador
abrangido por acordo coletivo
de trabalho que disponha de
modo contrário a esse regi-
me.
Art. 127.º - C (Banco de
horas)
1- Por instrumento de regula-
mentação colectiva de traba-
lho, pode ser instituído um
regime de banco de horas, em
que a organização do tempo
de trabalho obedeça ao dis-
posto nos números seguintes.
2- O período normal de tra-
balho pode ser aumentado
até 3 horas diárias e pode
atingir 50 horas semanais,
tendo o acréscimo por limite
200 horas por ano.
3 – O limite anual pode ser
afastado por instrumento de
regulamentação coletiva de
trabalho, caso a utilização do
regime tenha por objetivo
evitar a redução no número
de trabalhadores, só podendo
esse limite ser aplicado
durante um período até 12
meses.
4—O instrumento de regula-
mentação colectiva deve
regular:
a) A compensação do traba-
lho prestado em acréscimo,
que pode ser feita mediante,
pelo menos, uma das seguin-
tes modalidades:
i) Redução equivalente do
tempo de trabalho;
ii) Alargamento do período
de férias;
iii) Pagamento em dinheiro;
b) A antecedência com que a
entidade empregadora deve
comunicar ao trabalhador a
necessidade de prestação de
trabalho;
“O trabalho
extraordinário e
o pagamento de
feriados, no
caso dos
enfermeiros
aplica-se a lei
62/79 alterada
pelo orçamento
de estado
(tabela
publicada na
pág. 7)”
P Á G I N A 1 0
-
4- O instrumento de regula-
mentação coletiva deve
regular:
a) A compensação do tra-
balho prestado em acres-
cimo, que pode ser feita
mediante, pelo menos,
uma das seguintes moda-
lidades:
i) Redução equivalente
do tempo de trabalho
ii) Alargamento do período
de férias
iii) Pagamento em dinheiro
b) A antecedência com que a
entidade empregadora deve
comunicar ao trabalhador a
necessidade de prestação de
trabalho;
c) O período em que irá ter
lugar a redução de trabalho
para compensar o trabalho
prestado, por iniciativa do
trabalhador ou entidade
pública empregadora, assim
como a antecedência com
que qualquer um deles deve
informar o outro da utiliza-
ção da redução.
Art. 127.º - D (Banco de
horas individual)
1- O período de trabalho
normal pode ser aumentado
até duas horas diárias, e atin-
gir 45 horas semanais com
limite de 150 horas por ano.
2- O acordo é celebrado
entre a entidade pública
empregadora por escrito e
caso o trabalhador não se
oponha por escrito nos 14
dias seguintes presume-se a
sua aceitação.
Art. 127.º - E (Banco de
horas grupal)
- Caso a proposta de banco
de horas seja aceite por 75%
dos trabalhadores de uma
equipa, secção ou unidade
orgânica, a entidade emprega-
dora pode aplicar o mesmo
regime ao conjunto de traba-
lhadores dessa estrutura.
Providência Cautelar:Providência Cautelar:Providência Cautelar: Regulamento Interno do SESARAM, EPERegulamento Interno do SESARAM, EPERegulamento Interno do SESARAM, EPE Em sede de participação é reconheci-
da aos enfermeiros legitimidade para
entre
outras
maté-
rias,
de
serem
ouvi-
dos na elaboração e aplicação dos ins-
trumentos respeitantes à profissão em
particular e à saúde em geral, através
das suas organizações representativas.
Desde a sua criação que o SESARAM,
EPE assumiu nos seus estatutos que
no decorrer de 180 dias após
23/98 de 26 de maio estão
sujeitas a negociação coletiva.
Neste contexto o regulamento
interno do SESARAM publica-
do no JORAM em dezembro
de 2008 abriu caminho para à
margem dos estatutos das car-
reiras profissionais e outras
disposições legais regulamen-
tar matérias sujeitas a negocia-
ção coletiva.
Por não ter sido negociado
com os parceiros sociais, em
devido tempo, o SERAM inter-
pôs uma providência cautelar
seguida de ação principal
requerendo a suspensão I N F O S E R A M
a publicação dos mesmos, iria
apresentar às organizações sin-
dicais uma proposta de contra-
to coletivo de trabalho, até ao
presente nunca o fez e tem
procurado por via do regula-
mento interno aplicar matérias
sujeitas aos objetivos da nego-
ciação coletiva.
Com o estatuto de EPE o
SESARAM, desde a sua criação,
em maio de 2003, tem tenden-
cialmente procurado, através
dos sucessivos regulamentos
internos, dispor sobre matérias
que de acordo com a lei nº
P Á G I N A 1 1 B O L E T I M S I N D I C A L
da eficácia do regulamento
interno de 2008, processo
que ainda se encontra em
litígio nos tribunais. Sucede
que em setembro de 2012 o
SESARAM, EPE publica um
novo regulamento interno,
outra vez sem qualquer
audição ou negociação com
as associações representati-
vas dos trabalhadores.
Perante tão profunda displi-
cência, não resta outra
alternativa ao SERAM, que
não seja o recurso aos tri-
bunais, visto que o novo
regulamento interno do
SESARAM, E.P.E. tem pre-
ceitos que para os devidos
efeitos são do âmbito da
negociação coletiva e inte-
gram o conceito de legisla-
ção laboral, na medida em
que têm incidência direta:
Nas relações individuais e
coletivas de trabalho;
Na disciplina laboral dos
respetivos funcionários;
Na regulamentação:
- Das condições de traba-
lho;
- De vencimentos e demais
prestações de caráter remu-
neratório;
- Sobre a constituição,
modificação e extinção da
relação jurídica de emprego;
- De carreiras especiais e
seus respetivos vencimen-
tos;
- Das condições de higiene,
saúde e segurança no traba-
lho;
- Da formação e aperfeiçoa-
mento profissional;
- Do regime de recruta-
mento e seleção de pessoal;
Ora o SERAM, não nego-
ciou com o SESARAM,
E.P.E. o regulamento inter-
no, não participou em qual-
quer reunião ou negociação
coletiva, referente ao mes-
mo sobre as matérias supra
citadas. Com efeito, a ela-
boração do regulamento
interno e a sua respetiva
homologação não respeitou
os procedimentos e direitos
da negociação coletiva e de
participação, violando
alguns artigos da Lei n.º
23/98, de 26 de maio. Ao
que acresce a anulabilidade
do documento, a ilegalidade
de normas do regulamento
por conter disposições que
contariam várias Leis, inclu-
sive o Orçamento de Esta-
do para 2012.
Ao dispor sobre o acrésci-
mo remuneratório dos
órgãos do SESARAM, E.P.E.,
seus dirigentes e funcioná-
rios que salvo melhor
entendimento colidem com
o que está nos termos da
Lei do Orçamento de Esta-
do para 2012, a lei n. º 64-
B /2011, de 30 de dezembro
e também por inerência o
programa de ajustamento
económico e financeiro e o
orçamento da Região Autó-
noma da Madeira para 2012.
O regulamento interno tam-
bém contende com as dispo-
sições legais, mormente com
a carreira especial de enfer-
magem. Efetivamente, os
enfermeiros pese embora a
dicotomia criada nas suas
carreiras, encontram-se
abrangidos por uma carreira
especial, plasmada nos
seguintes diplomas: o
Decreto-Lei n.º 247/2009,
de 22 de setembro, que
estabelece o regime da car-
reira de enfermagem nas
entidades públicas empresa-
riais para os contratos indi-
viduais de trabalho e o
Decreto-Lei n.º 248/2009,
de 22 de setembro, que
estabelece o regime da car-
reira especial de enferma-
gem, na relação jurídica de
emprego constituída por um
contrato de trabalho em
funções públicas, ambos
com a entrada em vigor em
23 de setembro de 2009.
“...a elaboração
do regulamento
interno e a sua
respetiva
homologação não
respeitou os
procedimentos e
direitos da
negociação
coletiva e de
participação,
violando alguns
artigos da Lei n.º
23/98, de 26 de
maio.”
Morada: Rua de Santa Maria
86-88-90, 9050-040 Funchal
Tel: 291224942 Fax: 291227664 Correio electrónico: [email protected]
ESTAR SINDICALIZADO É MAIS
SEGURO!
O regulamento interno, conten-
de ainda, com o Decreto-Lei n.º
122/2010, de 11 de novembro,
que estabelece o número de
posições remuneratórias das
categorias da carreira especial
de enfermagem, identifica os
respetivos níveis da tabela
remuneratória única e a Porta-
ria n.º 242/2011, de 21 de
junho, que adapta o subsistema
de avaliação do desempenho
dos trabalhadores da Adminis-
tração Pública aos trabalhadores
integrados na carreira especial
de enfermagem.
Quanto aos concursos de
admissão, qualquer contratação
de enfermeiros no SESARAM,
EPE fora do seu regime legal é
por conseguinte ilegal, porque
viola as disposições normativas
que estabelecem os regimes a
aplicar à carreira de enferma-
gem, seu ingresso, acesso e
progressão.
O regulamento interno contém
ainda disposições que violam a
Lei n.º 12- A /2008, de 27 de
fevereiro, que estabelece os
regimes de vinculação de car-
reiras e remunerações dos tra-
balhadores que exercem fun-
ções públicas, (LVCR) e a Por-
taria que regulamenta a tramita-
ção dos procedimentos concur-
sais
Foi neste contexto, e após uma
cuidadosa análise da situação e
das disposições contidas no
atual regulamento interno, aten-
dendo á gravidade das mesmas
e as suas implicações que o
SERAM fundamentou e intentou
junto do Tribunal Administrati-
vo e Fiscal do Funchal uma pro-
vidência cautelar para suspen-
são da eficácia do regulamento
interno do SESARAM, EPE.
SERAM
O SERAM é um sindica-
to independente que se tem
dedicado à defesa dos direitos e
das condições de trabalho dos
enfermeiros da Região
Autónoma da Madeira desde
1959. Desta forma, o SERAM
tem representado os seus
sócios em iniciativas e organi-
zações, tal como na Comis-
são Negociadora Sindical de
Enfermeiros (CNESE);
participa no Fórum Nacional
das Organizações Profissio-
na i s de En fe rmagem
(FNOPE), participa no Con-
celho Económico e Social da
RAM e é membro honorário
da Ordem dos Enfermeiros.