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Enfermeiros a CIT Enfermeiros a CIT Enfermeiros a CIT NESTA EDIÇÃO: Agenda Sindical 1 Enfermeiros a CIT 3 Festa de Natal do SERAM 2012 5 Alterações impostas pela Lei do OE 2013 6 Alterações ao RCTFP 8 Providência Cau- telar: Regula- mento Interno do SESARAM, EPE. 10 Editorial 2 N.º26 MARÇO 2013 BOLETIM SINDICAL INFOSERAM AGENDA SINDICAL AGENDA SINDICAL AGENDA SINDICAL 3 – Reunião do Conselho Nacional da CGTP 4 – Plenário de Sindicatos (CGTP) 8 – Reunião do FNOPE 9 – Reunião com os Enfermeiros do Atalaia (formas de intervenção para restituição dos salários) 15 – Reunião com a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública 25 Janeiro – Reunião com os Enfermei- 2 – Manifestação Nacional no movimento “Que se lixe a TROIKA” 12 – Reunião Geral com os Enfermeiros a CIT do SESA- RAM 26 – Assembleia Geral do SERAM 8 Cimeira da Frente Comum de Sindicatos da Administração pública 16 – Manifestação Nacional na RAM convocada pela CGTP

Infoseram Março 2013

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boletim informativo do Sindicato dos Enfermeiros da Madeira

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Enfermeiros a CITEnfermeiros a CITEnfermeiros a CIT NESTA

ED IÇÃO :

Agenda Sindical 1

Enfermeiros a

CIT

3

Festa de Natal

do SERAM 2012

5

Alterações

impostas pela Lei

do OE 2013

6

Alterações ao

RCTFP

8

Providência Cau-

telar: Regula-

mento Interno

do SESARAM,

EPE.

10

Editorial 2

N . º 2 6 M A R Ç O 2 0 1 3 B O L E T I M S I N D I C A L

INFOSERAM

AGENDA SINDICALAGENDA SINDICALAGENDA SINDICAL

3 – Reunião do Conselho Nacional da CGTP

4 – Plenário de Sindicatos (CGTP)

8 – Reunião do FNOPE 9 – Reunião com os Enfermeiros do Atalaia (formas de intervenção para restituição dos salários)

15 – Reunião com a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública

25 Janeiro – Reunião com os Enfermei-

2 – Manifestação Nacional no movimento “Que se lixe a TROIKA”

12 – Reunião Geral com os Enfermeiros a CIT do SESA-RAM

26 – Assembleia Geral do SERAM

8 – Cimeira da Frente Comum de Sindicatos da Administração pública

16 – Manifestação Nacional na RAM convocada pela CGTP

P Á G I N A 2

Enfermeiro Juan Carvalho,

Presidente do SERAM.

No final do primeiro tri-mestre de 2013 os indica-dores que vão surgindo, já permitem aferir que as medidas adotadas pelo governo no orçamento de estado para 2013, no sen-tido de reduzir o défice apresentam um desajusta-mento entre as previsões e os resultados alcança-dos, o que significa mais uma vez que o Ministro das Finanças / Governo erraram nos objetivos pré definidos. O relatório das previsões de inverno da Comissão Europeia dedicado a Por-tugal, confirma o progres-sivo empobrecimento, o aumento do desemprego,

podendo chegar aos 18%, assim como a quebra ain-da mais acentuada nas receitas da segurança social e na cobrança dos impostos. O governo paulatinamen-te vai adiando a comuni-cação ao País, sobre os cortes de 4 mil milhões de euros que pretende fazer nas funções sociais do estado. Mantendo um discurso dicotómico de que os trabalhadores da adminis-tração pública são uns privilegiados, o que o governo pretende é colo-car em causa os direitos laborais de todos os tra-balhadores e simultanea-

mente diminuir as designa-das funções sociais do estado, prosseguindo uma política de um estado mínimo. Não é demais recordar que os enfermeiros desde a primeira hora têm sido prejudicados por esta sucessão de políticas. A ultima progressão na car-reira ocorreu entre 2003 e 2005, data a partir da qual e até dezembro de 2007 todos os trabalhado-res do setor público foram sujeitos a congela-mentos nas suas carreiras. A partir de janeiro de 2008 entra em vigor a lei matriz dos vínculos, car-reiras e remunerações,

que os enfermeiros têm de se congregar para encon-trar as soluções para os diversos problemas com que nos defrontamos. Cada vez mais será difícil existir um quadro geral regulamentador. É em tor-no de iniciativas institucio-nais que cada vez mais os enfermeiros terão de des-cobrir as soluções para os seus problemas, como acontece com a revaloriza-ção dos Contratos Indivi-duais de Trabalho para os 1201,48 €.

Outro foco de grande injustiça é a existência de uma remuneração pouco diferenciada entre quem agora inicia a profissão e quem já trabalha há 22, 25 ou 27 anos, assim como a diferenciação dos enfer-meiros que adquiriram competências especializa-

das.

Os enfermeiros com Contrato de Trabalho em Funções Publicas que tra-balham desde 2004 têm já os 10 pontos necessários para mudar de posiciona-mento remuneratório. Não foram reposiciona-dos porque os sucessivos orçamentos de estado mantêm o congelamento de todas as progressões e promoções.

Outros grupos profissio-nais estão a resolver com iniciativas nacionais e ins-titucionais, o que por via dos descongelamentos ou revisão de carreiras criou injustiças nos seus estatu-tos.

Para os enfermeiros tam-bém é possível.

no setor publico.

È neste contexto que em 2009 o governo de então após um prolongado pro-cesso negocial com os sindicatos, impõe um novo modelo do estatuto de carreira para os enfer-meiros. É a partir desta base, (decreto-lei 247 e 248 de 22 de setembro de 2009) que todos temos de contribuir para recons-truir o caminho entretan-to devastado.

Confrontados com uma progressiva diminuição dos rendimentos, assim como a redução do valor do trabalho extraordiná-rio e das horas suplemen-tares, as injustiças cres-cem diariamente num contexto de profundas e constantes alterações.

É em torno do SERAM

I N F O S E R A M

“ ” Propriedade e Redação

Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira

Direção

Juan Carvalho Janine Rodrigues João Macedo Helena Vieira Mário Castro

Revisão

Joel Pereira

Coordenação Helena Vieira

Janine Rodrigues João Macedo Mário Castro

Periodicidade

Trimestral

Tiragem 1300 exemplares

Impressão

Eco do Funchal Distribuição Gratuita

A todos os sócios

Ficha Técnica ... o Ministro das Finanças / Governo

erraram nos objetivos pré definidos.

EditorialEditorialEditorial Compreender para intervir e mobilizarCompreender para intervir e mobilizarCompreender para intervir e mobilizar

P Á G I N A 3 B O L E T I M S I N D I C A L

Desde a transformação do Ser-

viço Regional de Saúde numa

entidade Pública Empresarial,

através do Decreto Legislativo

Regional n.º 9/2003/M,

todos os profissionais contrata-

dos para os Centros de Sáude e

Hospitais da Região passaram a

ser admitidos através de Contra-

tos Individuais de Trabalho

(CIT), regendo-se pelo Código

do Trabalho.

Contudo, com a intenção de

minimizar as diferenças contra-

tuais dos enfermeiros a CIT dos

restantes, (ainda funcionários

públicos), estava previsto no

mesmo decreto legislativo no

artigo n.º39 que “até à efectiva

conclusão dos procedimentos de

contratação colectiva, aplicar-se-ão

as condições de prestação de traba-

lho vigentes na Administração Públi-

ca, ficando a celebração dos contra-

tos individuais de trabalho

sujeita aos seguintes parâ-

metros:

a) As categorias e carreiras

do pessoal são análogas às

existentes no Serviço Nacio-

nal de Saúde…”

Por este facto o Sindicato

dos Enfermeiros da

Região Autónoma da

Madeira (SERAM) sempre

defendeu que os enfermeiros a

CIT admitidos no SRS-EPE em

2003 e 2004, deveriam ter sido

promovidos à luz da anterior

carreira de enfermagem para a

categoria de graduado em 2009

e 2010. Contudo, este nunca foi

o entendimento da administra-

ção do SESARAM-EPE.

No entanto com o apoio do

sindicato alguns sócios do

SERAM que se consideraram

lesados, avançaram para proces-

sos contenciosos que ainda

aguardam um desfecho.

Em 2008, com a aprovação da

lei 12A/2008 e consequente

aprovação do Regime de Con-

trato de Funções Públicas, assim

como com as sucessivas revi-

sões destes diplomas as diferen-

ças laborais entre os enfermei-

ros a CIT e os enfermeiros em

RCTFP foram-se desvanecendo,

contribuindo também a aplicação

do Decreto-Lei n.º 62/79 a todos

os enfermeiros independente-

mente do vinculo, isto é, a remu-

neração dos suplementos, horas

extraordinárias assim como as

regras de compensa-

ção de feriados são

iguais nos dois regi-

mes.

A carreira única para

enfermeiros a CIT e a

RCTFP, sempre foi

um objetivo dos sindi-

catos aquando da

negociação da Carrei-

ra de Enfermagem.

Contudo, o Ministério

da Saúde e Secretaria

de Estado da Adminis-

tração Pública, consi-

derou haver impedi-

mentos legais para

este objetivo ser atin-

gido.

Assim a Carreira de

Enfermagem culminou

em dois Decretos Lei

paralelos e muito

semelhantes o n.º 247

(CTFP) e o n.º248

(CIT) de 2009. Até à queda do

anterior governo os sindicatos,

negociaram (sem ter alcançado

pleno acordo, como está escrito

“...este é o

momento de

começarmos a

trabalhar em

conjunto em

medidas de

pressionar a

administração do

SESARAM e a

Secretaria dos

Assuntos Sociais à

justa reposição de

todos os

enfermeiros a CIT

no 1º

posicionamento

remuneratório

(1201,48€) da

Carreira de

Enfermagem.”

Enfermeiros a CITEnfermeiros a CITEnfermeiros a CIT

P Á G I N A 4

I N F O S E R A M

em ata) a tabela salarial e a

Avaliação de Desempenho

para os enfermeiros a

RCTFP. Esta tabela salarial

e este sistema de avaliação

seriam sempre o ponto de

partida para a negociação

de um acordo coletivo de

trabalho para os enfermei-

ros a CIT.

Tendo em conta que o

reposicionamento dos

Enfermeiros em RCTFP

para a 1ª posição da tabela

salarial da nova carreira

decorreu de forma faseada,

concluindo-se apenas em

Janeiro de 2013, este é o

momento de começarmos

a trabalhar em conjunto

medidas a fim de pressio-

nar a administração do

SESARAM e a Secretaria

dos Assuntos Sociais de

modo a colocar todos os

enfermeiros a CIT equipa-

rados ao 1º posicionamen-

to remuneratório

(1201,48€) da Carreira de

Enfermagem.

Temos consciência que é

uma luta difícil no momen-

to em que atravessamos,

mas possível, ainda mais,

quando já temos exem-

plos de Hospitais em Por-

tugal Continental que já

efetuaram este reposicio-

namento.

Assim, no dia 12 de Mar-

ço, o sindicato convocou

todos os enfermeiros a

CIT para uma reunião na

sede do mesmo.

Esta reunião foi muito

participada e após discus-

são e debate sobre as

problemas que assolam a

profissão e sobre tudo os

problemas laborais dos

enfermeiros a CIT, foi

aprovada uma resolução,

com o objetivos de ser

enviada à Secretaria dos

Assuntos Sociais e ao

Conselho de Administra-

ção do SESARAM, EPE,

onde se exige a atualiza-

ção salarial para o posi-

cionamento 15 (1201,48

€) de acordo com a gre-

lha salarial em vigor para

Carreira de Enfermagem.

Continuaremos a acom-

panhar o desenvolvimen-

to desta matéria, para

pôr fim à injusta dis-

criminação salarial dos

Enfermeiros.

“...foi aprovada uma

resolução, com o

objetivos de ser

enviada à Secretaria

dos Assuntos Sociais

e ao Conselho de

Administração do

SESARAM, EPE, onde

se exige a

atualização salarial

para o

posicionamento 15

(1201,48 €) de

acordo com a grelha

salarial em vigor

para Carreira de

Enfermagem.”

P Á G I N A 5 B O L E T I M S I N D I C A L

Como tem sido tradição, ao longo dos anos da existência deste sindicato, no dia 15 de Dezembro de 2012, decorreu uma vez mais a festa de Natal, onde todos os filhos dos sócios acompanhados pelos seus pais convive-

ram, enquanto assistiram ao magnífico espetáculo do Circo Mundial na praia Formosa. Foi com grande satisfa-ção, que constatamos a alegria das crianças dos sócios durante este even-to.

São momentos como este, que nos movem para continuar a fazer mais e melhor. Continua-mos a contar com a cola-boração de todos os colegas para a concretiza-ção e sucesso desta festa.

“Foi com grande

satisfação, que

constatamos a

alegria das

crianças dos

sócios durante

este evento.”

Festa de Natal do SERAM 2012Festa de Natal do SERAM 2012Festa de Natal do SERAM 2012

P Á G I N A 6

“...sempre que

haja uma

sucessão de

faltas por doença

com duração

superior a 3 dias

haverá perda da

remuneração

base diária ...”

Alterações impostas pela Lei OE 2013Alterações impostas pela Lei OE 2013Alterações impostas pela Lei OE 2013 A recente lei do Orça-mento de Estado 2013 e a lei nº 66/2012, veio trazer algumas altera-ções à gestão de Recursos Humanos, nomeadamente a fatí-dica suspensão do pagamento de sub-sídio de férias ou equivalente:

- Durante a vigência do Programa Apoio e Estabilidade Financeira, como medida excecio-nal de estabilidade orçamental é suspenso o pagamento do subsí-dio de férias ou quais-quer prestações cor-respondentes ao 14º

mês às pessoas a que se refere o nº9 do arti-go 27º da LOE/2013 cuja remuneração base mensal seja superior a €1100.

- As pessoas a que se refere o nº 9 do artigo 27ºda LOE/2013 cuja remuneração base mensal seja igual ou superior a €600 e não exceda o valor de €1100, ficam sujeitas a uma redução no subsí-dio de férias ou nas prestações correspon-dentes ao 14º mês, auferindo o montante calculado nos seguintes ter- mos:

A alteração do regi-me de faltas por doença (RCTFP) (artigo 76º - alteração ao artigo 29º do Decre-to Lei nº 100/99, de 31 de Março):

- Nas situações de falta por doença dos RCTFP, deixa de ser possível a recuperação do venci-mento de exercício nos termos atualmente pre-vistos no artigo 29º do Decreto-Lei nº100/99.

- As faltas por motivo de doença, devidamente comprovadas, determi-nam a perda integral da remuneração base diá-ria (100%), sempre que

I N F O S E R A M

haja uma ausência até 3 dias (1, 2 ou 3 dias).

- Para além disso, sem-pre que haja uma suces-são de faltas por doença com duração superior a 3 dias haverá perda da remuneração base diá-ria nos 3 primeiros dias de incapacidade tempo-rária e 10% da remune-ração base diária nos 27 dias restantes, até ao máximo de 30 dias de incapacidade temporá-ria, por ano.

- A partir do 31ºdia de incapacidade temporária o trabalhador recebe a remuneração base diá-ria por inteiro.

- O disposto no número anterior não se aplica nos casos de internamento hospita-lar, faltas por motivo de cirurgia ambulató-ria e de doença por tuberculose, bem como às dadas por deficientes, quando decorrentes da pró-pria deficiência.

- As faltas por doença descontam na antigui-dade para efeitos de carreira nos casos em que ultrapassem 30 dias seguidos ou inter-polados no mesmo ano civil.

- A contagem dos

períodos de 3 e 27 dias é interrompida sempre que se verifique um novo ciclo de doença.

A proibição de valo-rizações remunera-tórias Continua veda-da a prática de quais-quer atos que consubs-tanciem valorizações remuneratórias dos trabalhadores em RCTFP ou em CIT se abrangidos por entida-des excluídas do âmbi-to da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, designadamente os resultantes dos seguin-tes atos:

P Á G I N A 7 B O L E T I M S I N D I C A L

- Alterações de posicio-namento remuneratório, progressões, promoções, nomeações ou gradua-ções em categoria ou posto superior ao detido;

- Atribuição de prémios de desempenho ou outras prestações pecu-niárias de natureza afim;

- Abertura de procedi-mentos concursais para categorias superiores de carreiras pluricategoriais, gerais ou especiais, ou, no caso das carreiras não

revistas e subsistentes, incluindo carreiras e cor-pos especiais, para as res-petivas categorias de acesso, incluindo procedi-mentos internos de sele-ção para mudança de nível ou escalão. Alterações nas ajudas de custo, só havendo direito ao abono de aju-das de custo nas desloca-ções diárias que se reali-zem para além de 20 km do domicílio necessário e nas deslocações por dias

sucessivos que se reali-zem para além de 50 km do mesmo domicílio. O pagamento do trabalho extraordinário - aplicável do SNS, durante a vigên-cia do PAEF, como medi-da excecional de estabili-dade orçamental, todos os acréscimos ao valor da retribuição horária refe-rentes a pagamento de trabalho extraordinário prestado pelos trabalha-dores, são realizados nos seguintes termos:

“...a idade de

aposentação e o

tempo de serviço

estabelecidos no

nº1 do artigo 37º

do Estatuto da

Aposentação

passam a ser de

65 anos e de 15

anos,

respetivamente.”

Às horas extra processa-das no mês de Janeiro referentes ao ano ante-rior, aplicam-se as regras v i g e n t e s a t é d i a 31.12.2012.

E no que se refere à apo-sentação, a idade de aposentação e o tempo de serviço estabelecidos no nº1 do artigo 37º do Estatuto da Aposentação passam a ser de 65 anos

e de 15 anos, respectiva-mente.

Períodos de Trabalho

Trabalho Normal

Trabalho Extraordinário

Trabalho diurno em dias úteis

R (a) 1,125 R – Primeira hora

1,25 R – Horas seguintes

Trabalho noturno em dias úteis

1,25 R 1,375 R – Primeira hora

1,50 R – Horas seguintes

Trabalho diurno aos sába-dos depois das 13 horas, domingos, feriados e dias

de descanso semanal

1,25 R 1,375 R – Primeira hora

1,50 R – Horas seguintes

Trabalho noturno aos sábados depois das 20

horas, domingos, feriados e dias de descanso semanal

1,50 R 1,675 R – Primeira hora

1,75 R – Horas seguintes

(a) O valor R corresponde ao valor hora calculado para a hora de trabalho normal diurno em dias úteis, com base nos termos legais, e apenas para efeitos do cálculo dos suplementos.

P Á G I N A 8

-

I N F O S E R A M

“Se não houver

prejuízo grave

para a entidade

empregadora, os

cônjuges, pessoas

que vivam em

união de facto ou

em economia

comum que

trabalhem no

mesmo órgão ou

serviço devem

gozar férias em

período idêntico.”

A 31 de Dezembro de

2012, foi publicada a Lei

66/2012 que veio proceder

a alterações de diversos

diplomas legais, de entre

os quais o que aprova o

Regime de Contrato de

Trabalho em Funções

Públicas.

Principais alterações:

Art 8ª.– A (Feriados)

1- É aplicável aos traba-

lhadores que exercem

funções públicas nas

modalidades de

nomeação e de con-

trato, o regime de

feriados estabelecido

no Código do Trabalho,

sem prejuízo de lei especial.

Art 8.º- B (Trabalhador

Estudante) Sem prejuízo

de lei especial, é aplicável

aos trabalhadores que

exercem funções públicas,

o regime do trabalhador-

estudante estabelecido no

Código do Trabalho.

Art. 164.º Nos casos de

prestação de trabalho

extraordinário em dia de des-

canso semanal obrigatório

motivado pela falta imprevista

do trabalhador que deveria

ocupar o posto de trabalho

no turno seguinte, quando a

sua duração não ultrapassar

duas horas, o trabalhador

tem direito a um descanso

compensatório de duração

igual ao período de

trabalho extraordiná-

rio prestado nesse

dia, a gozar num

dos três dias

seguintes. (Na falta

de acordo, o dia

ou serviço devem

gozar férias em perío-

do idêntico.

6 – … é extensível aos

trabalhadores cujo cônjuge,

bem como a pessoa que viva

em união de facto ou econo-

mia comum …seja também

trabalhador em funções

públicas e tenha, por força

da lei ou pela natureza do

serviço, de gozar férias num

determinado período do

ano.

8- Os dias de férias podem

ser gozados em meios dias,

o gozo de metade do perío-

do de férias vencido no ano

anterior com o vencido no

ano em causa, mediante acor-

do.

Art. 176.º(Marcação do

período de férias)

Se não houver prejuízo grave

para a entidade empregadora,

os cônjuges, pessoas que

vivam em união de facto ou

em economia comum que

trabalhem no mesmo órgão

Art. 175.º (Ano do

gozo de Férias)

1 – As férias são gozadas

no ano civil em que se ven-

cem

2 – As férias podem ser goza-

das até 30 de Abril do ano

civil seguinte, em acumulação

ou não com férias vencidas

no início deste, por acordo

entre entidade empregadora

pública e trabalhador ou sem-

pre que este as pretenda

gozar com familiar residente

no estrageiro.

3- Pode ainda ser acumulado

Alterações ao RCTFPAlterações ao RCTFPAlterações ao RCTFP

P Á G I N A 9 B O L E T I M S I N D I C A L

seguidos ou interpolados,

por exclusiva iniciativa do

trabalhador.

Art. 212.º (Trabalho

extraordinário)

Nota: (No caso dos enfer-

meiros aplica-se a lei 62/79

alterada agora pelo orça-

mento de estado)

Art. 127.º - A

(Adaptabilidade)

1- A entidade empregadora

pública e o trabalhador

podem, por acordo, definir

o período normal de tra-

balho em termos médios.

2- O acordo pode prever o

aumento do período de tra-

balho diário até duas horas e

que a duração do trabalho

semanal possa atingir 45

horas, só não se contando

nestas o trabalho extraordi-

nário prestado por motivo

de força maior.

3- Em semana cuja duração

do trabalho seja inferior a 35

horas, a redução pode ser

até duas horas diárias ou,

sendo acordada, em dias ou

meios dias, sem prejuízo do

direito a subsídio de refei-

ção.

4- O acordo é celebrado

por escrito, mediante pro-

posta escrita da entidade

empregadora pública, presu-

mindo-se a aceitação por par-

te do trabalhador que a ela

não se oponha, por escrito,

nos 14 dias seguintes ao

conhecimento da mesma.

Art. 127.º - B

(Adaptabilidade grupal)

1 a) A entidade empregadora

pública possa aplicar o regime

ao conjunto de trabalhado-

res…caso, pelo menos, 60%

dos trabalhadores dessa

estrutura sejam por ele abran-

gidos mediante filiação em

associação sindical celebrante

do instrumento de regula-

mentação coletiva de traba-

lho…

2- Caso a proposta seja aceite

por, pelo menos, 75% dos

trabalhadores , a entidade

empregadora pública pode

aplicar o mesmo regime ao

conjunto de trabalhadores

dessa estrutura.

4- O regime de adaptabilidade

não se aplica a trabalhador

abrangido por acordo coletivo

de trabalho que disponha de

modo contrário a esse regi-

me.

Art. 127.º - C (Banco de

horas)

1- Por instrumento de regula-

mentação colectiva de traba-

lho, pode ser instituído um

regime de banco de horas, em

que a organização do tempo

de trabalho obedeça ao dis-

posto nos números seguintes.

2- O período normal de tra-

balho pode ser aumentado

até 3 horas diárias e pode

atingir 50 horas semanais,

tendo o acréscimo por limite

200 horas por ano.

3 – O limite anual pode ser

afastado por instrumento de

regulamentação coletiva de

trabalho, caso a utilização do

regime tenha por objetivo

evitar a redução no número

de trabalhadores, só podendo

esse limite ser aplicado

durante um período até 12

meses.

4—O instrumento de regula-

mentação colectiva deve

regular:

a) A compensação do traba-

lho prestado em acréscimo,

que pode ser feita mediante,

pelo menos, uma das seguin-

tes modalidades:

i) Redução equivalente do

tempo de trabalho;

ii) Alargamento do período

de férias;

iii) Pagamento em dinheiro;

b) A antecedência com que a

entidade empregadora deve

comunicar ao trabalhador a

necessidade de prestação de

trabalho;

“O trabalho

extraordinário e

o pagamento de

feriados, no

caso dos

enfermeiros

aplica-se a lei

62/79 alterada

pelo orçamento

de estado

(tabela

publicada na

pág. 7)”

P Á G I N A 1 0

-

4- O instrumento de regula-

mentação coletiva deve

regular:

a) A compensação do tra-

balho prestado em acres-

cimo, que pode ser feita

mediante, pelo menos,

uma das seguintes moda-

lidades:

i) Redução equivalente

do tempo de trabalho

ii) Alargamento do período

de férias

iii) Pagamento em dinheiro

b) A antecedência com que a

entidade empregadora deve

comunicar ao trabalhador a

necessidade de prestação de

trabalho;

c) O período em que irá ter

lugar a redução de trabalho

para compensar o trabalho

prestado, por iniciativa do

trabalhador ou entidade

pública empregadora, assim

como a antecedência com

que qualquer um deles deve

informar o outro da utiliza-

ção da redução.

Art. 127.º - D (Banco de

horas individual)

1- O período de trabalho

normal pode ser aumentado

até duas horas diárias, e atin-

gir 45 horas semanais com

limite de 150 horas por ano.

2- O acordo é celebrado

entre a entidade pública

empregadora por escrito e

caso o trabalhador não se

oponha por escrito nos 14

dias seguintes presume-se a

sua aceitação.

Art. 127.º - E (Banco de

horas grupal)

- Caso a proposta de banco

de horas seja aceite por 75%

dos trabalhadores de uma

equipa, secção ou unidade

orgânica, a entidade emprega-

dora pode aplicar o mesmo

regime ao conjunto de traba-

lhadores dessa estrutura.

Providência Cautelar:Providência Cautelar:Providência Cautelar: Regulamento Interno do SESARAM, EPERegulamento Interno do SESARAM, EPERegulamento Interno do SESARAM, EPE Em sede de participação é reconheci-

da aos enfermeiros legitimidade para

entre

outras

maté-

rias,

de

serem

ouvi-

dos na elaboração e aplicação dos ins-

trumentos respeitantes à profissão em

particular e à saúde em geral, através

das suas organizações representativas.

Desde a sua criação que o SESARAM,

EPE assumiu nos seus estatutos que

no decorrer de 180 dias após

23/98 de 26 de maio estão

sujeitas a negociação coletiva.

Neste contexto o regulamento

interno do SESARAM publica-

do no JORAM em dezembro

de 2008 abriu caminho para à

margem dos estatutos das car-

reiras profissionais e outras

disposições legais regulamen-

tar matérias sujeitas a negocia-

ção coletiva.

Por não ter sido negociado

com os parceiros sociais, em

devido tempo, o SERAM inter-

pôs uma providência cautelar

seguida de ação principal

requerendo a suspensão I N F O S E R A M

a publicação dos mesmos, iria

apresentar às organizações sin-

dicais uma proposta de contra-

to coletivo de trabalho, até ao

presente nunca o fez e tem

procurado por via do regula-

mento interno aplicar matérias

sujeitas aos objetivos da nego-

ciação coletiva.

Com o estatuto de EPE o

SESARAM, desde a sua criação,

em maio de 2003, tem tenden-

cialmente procurado, através

dos sucessivos regulamentos

internos, dispor sobre matérias

que de acordo com a lei nº

P Á G I N A 1 1 B O L E T I M S I N D I C A L

da eficácia do regulamento

interno de 2008, processo

que ainda se encontra em

litígio nos tribunais. Sucede

que em setembro de 2012 o

SESARAM, EPE publica um

novo regulamento interno,

outra vez sem qualquer

audição ou negociação com

as associações representati-

vas dos trabalhadores.

Perante tão profunda displi-

cência, não resta outra

alternativa ao SERAM, que

não seja o recurso aos tri-

bunais, visto que o novo

regulamento interno do

SESARAM, E.P.E. tem pre-

ceitos que para os devidos

efeitos são do âmbito da

negociação coletiva e inte-

gram o conceito de legisla-

ção laboral, na medida em

que têm incidência direta:

Nas relações individuais e

coletivas de trabalho;

Na disciplina laboral dos

respetivos funcionários;

Na regulamentação:

- Das condições de traba-

lho;

- De vencimentos e demais

prestações de caráter remu-

neratório;

- Sobre a constituição,

modificação e extinção da

relação jurídica de emprego;

- De carreiras especiais e

seus respetivos vencimen-

tos;

- Das condições de higiene,

saúde e segurança no traba-

lho;

- Da formação e aperfeiçoa-

mento profissional;

- Do regime de recruta-

mento e seleção de pessoal;

Ora o SERAM, não nego-

ciou com o SESARAM,

E.P.E. o regulamento inter-

no, não participou em qual-

quer reunião ou negociação

coletiva, referente ao mes-

mo sobre as matérias supra

citadas. Com efeito, a ela-

boração do regulamento

interno e a sua respetiva

homologação não respeitou

os procedimentos e direitos

da negociação coletiva e de

participação, violando

alguns artigos da Lei n.º

23/98, de 26 de maio. Ao

que acresce a anulabilidade

do documento, a ilegalidade

de normas do regulamento

por conter disposições que

contariam várias Leis, inclu-

sive o Orçamento de Esta-

do para 2012.

Ao dispor sobre o acrésci-

mo remuneratório dos

órgãos do SESARAM, E.P.E.,

seus dirigentes e funcioná-

rios que salvo melhor

entendimento colidem com

o que está nos termos da

Lei do Orçamento de Esta-

do para 2012, a lei n. º 64-

B /2011, de 30 de dezembro

e também por inerência o

programa de ajustamento

económico e financeiro e o

orçamento da Região Autó-

noma da Madeira para 2012.

O regulamento interno tam-

bém contende com as dispo-

sições legais, mormente com

a carreira especial de enfer-

magem. Efetivamente, os

enfermeiros pese embora a

dicotomia criada nas suas

carreiras, encontram-se

abrangidos por uma carreira

especial, plasmada nos

seguintes diplomas: o

Decreto-Lei n.º 247/2009,

de 22 de setembro, que

estabelece o regime da car-

reira de enfermagem nas

entidades públicas empresa-

riais para os contratos indi-

viduais de trabalho e o

Decreto-Lei n.º 248/2009,

de 22 de setembro, que

estabelece o regime da car-

reira especial de enferma-

gem, na relação jurídica de

emprego constituída por um

contrato de trabalho em

funções públicas, ambos

com a entrada em vigor em

23 de setembro de 2009.

“...a elaboração

do regulamento

interno e a sua

respetiva

homologação não

respeitou os

procedimentos e

direitos da

negociação

coletiva e de

participação,

violando alguns

artigos da Lei n.º

23/98, de 26 de

maio.”

Morada: Rua de Santa Maria

86-88-90, 9050-040 Funchal

Tel: 291224942 Fax: 291227664 Correio electrónico: [email protected]

ESTAR SINDICALIZADO É MAIS

SEGURO!

O regulamento interno, conten-

de ainda, com o Decreto-Lei n.º

122/2010, de 11 de novembro,

que estabelece o número de

posições remuneratórias das

categorias da carreira especial

de enfermagem, identifica os

respetivos níveis da tabela

remuneratória única e a Porta-

ria n.º 242/2011, de 21 de

junho, que adapta o subsistema

de avaliação do desempenho

dos trabalhadores da Adminis-

tração Pública aos trabalhadores

integrados na carreira especial

de enfermagem.

Quanto aos concursos de

admissão, qualquer contratação

de enfermeiros no SESARAM,

EPE fora do seu regime legal é

por conseguinte ilegal, porque

viola as disposições normativas

que estabelecem os regimes a

aplicar à carreira de enferma-

gem, seu ingresso, acesso e

progressão.

O regulamento interno contém

ainda disposições que violam a

Lei n.º 12- A /2008, de 27 de

fevereiro, que estabelece os

regimes de vinculação de car-

reiras e remunerações dos tra-

balhadores que exercem fun-

ções públicas, (LVCR) e a Por-

taria que regulamenta a tramita-

ção dos procedimentos concur-

sais

Foi neste contexto, e após uma

cuidadosa análise da situação e

das disposições contidas no

atual regulamento interno, aten-

dendo á gravidade das mesmas

e as suas implicações que o

SERAM fundamentou e intentou

junto do Tribunal Administrati-

vo e Fiscal do Funchal uma pro-

vidência cautelar para suspen-

são da eficácia do regulamento

interno do SESARAM, EPE.

SERAM

O SERAM é um sindica-

to independente que se tem

dedicado à defesa dos direitos e

das condições de trabalho dos

enfermeiros da Região

Autónoma da Madeira desde

1959. Desta forma, o SERAM

tem representado os seus

sócios em iniciativas e organi-

zações, tal como na Comis-

são Negociadora Sindical de

Enfermeiros (CNESE);

participa no Fórum Nacional

das Organizações Profissio-

na i s de En fe rmagem

(FNOPE), participa no Con-

celho Económico e Social da

RAM e é membro honorário

da Ordem dos Enfermeiros.