12
Encontro Preparatório para a II Reunião Temática Debate: “Qual o perfil do Cirurgião-Dentista a FOUSP pretende formar?” Editorial Centro de Diagnóstico Oral Estudo sobre metabolis- mo recebe incentivo Elective Studies em visita à FOUSP Alunos participam de algumas atividades e da rotina da faculdade durante uma semana Grupos da ECA serão recebidos no anfite- atro uma vez por mês Bolsa do programa PVE (Pesquisador Visitante do Exterior) é aprovada INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.3 P.4 P.2 P.10 P.8 Jullyanna Salles Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge Apresentações Musicais Docentes e alunos discutem reestruturação da grade curricular p. 11 CAPE completa 25 anos O Centro de Atendimento a Pacientes Especiais é referência no meio odontológico P.7 Saiba mais sobre a especificidade da área e os atendimentos realizados

INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

Encontro Preparatório para a II Reunião TemáticaDebate: “Qual o perfil do Cirurgião-Dentista a FOUSP pretende formar?”

Editorial

Centro de Diagnóstico Oral Estudo sobre metabolis-mo recebe incentivo

Elective Studies em visita à FOUSPAlunos participam de algumas atividades e da rotina da faculdade durante uma semana

Grupos da ECA serão recebidos no anfite-atro uma vez por mês

Bolsa do programa PVE (Pesquisador Visitante do Exterior) é aprovada

INFOUSPPublicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição no 24 | Julho-Setembro/ 2014

P.3 P.4P.2

P.10P.8

Jullyanna Salles

Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge

Apresentações Musicais

Docentes e alunos discutem reestruturação da grade curricular p. 11

CAPE completa 25 anos

O Centro de Atendimento a Pacientes Especiais é referência no meio odontológico

P.7

Saiba mais sobre a especificidade da área e os atendimentos realizados

Page 2: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

“Mestre não é aquele que ensina, é quem de repente aprende.”

Grande Sertão: VeredasGuimarães Rosa

A pauta da Universidade é ampla e profunda, seus atores docentes, servidores e alunos devem, minimamente, estar conscientes de seus direitos e deveres.

Vivemos um quarto da história acadêmica em que as eventuais divergências de opiniões, administrativas ou ideoló-gicas, não podem ofuscar a perspectiva da manutenção de nossa autonomia, nossa produção de pesquisa, a excelência na graduação e o reconhecimento internacional, como uma das universidades de respeito mundial.

Nossa centenária Faculdade de Odontologia, uma das 7 co-irmãs fundadoras da Universidade de São Paulo, neste ano comemorando 80 anos, com um ideário pautado desde sua fundação, pela busca da excelência nas ciências, na formação de lideranças intelectuais nos seus mais variados segmentos, vive, nos dias atuais, um momento crítico, no limite de esgarçamento do tecido social interno, vitimada pelo grau de intolerância conflituosa movida pela ocasião da política nacional e a insatisfação mundial do viver e se compreender. Justamente agora é que devemos buscar soluções dos problemas no interior de nossos quadros acadêmicos.

Não podemos e não temos o direito de subestimar os danos de uma paralisação de mais de 100 dias, em que há prejuízos do ensino, do atendimento clínico, à pesquisa, à administração e o maior dos efeitos nocivos: à imagem da própria Universidade de São Paulo.

Chegamos ao limite em que a imagem da USP não pode se confundir com a incompetência, inabilidade do laissez faire. Não se pode querer premiar o ócio e a farsa, a despeito do direito constitucional da greve, que todos devem respeitar.

O que aqui se faz necessário esclarecer são as implicações malévolas que traz a longevidade da greve e suas consequências em detrimento da sua discussão e mérito.

Vivemos momentos de inflexão, próximos da ruptura, em que todos sofreremos as consequências de alguma forma, no retorno ao nosso dia a dia.

A cada nação e indivíduo chega o momento de decidir. Devemos ponderar quais sequelas podem advir do grau de into-lerância. Devemos exercitar a paciência e o diálogo, temos o dever de nos recriarmos nas relações sociais, procurando desen-volver novos paradigmas de relacionamento, de respeito e dignidade no trabalho, o que honra o cidadão perante a sociedade.

Ainda em 30 de agosto, por iniciativa da Comissão de Graduação e da Diretoria, o corpo docente da Faculdade reuniu-se com representantes aca-dêmicos, quando foi discutido “Qual Cirurgião Dentista a Faculdade de Odontologia deseja formar”, em encontro preparatório para a II Reunião Temática sobre a Reestruturação Curricular, a realizar-se em outubro deste ano. Foi a primeira reunião em 50 anos que tratou do tema tão relevante para o futuro, não só da nossa Faculdade, como para toda a odontologia.

“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética, o que mais me

preocupa é o silêncio dos bons.”Martin Luther King

Editorial

2editorialJu

llyan

na S

alles

Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge

Page 3: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

3 notícias

Programa Elective Studies em visita à FOUSP

n

Em 4 de agosto, dez alu-nos estrangeiros vieram à FOUSP através do pro-

grama Elective Studies. Durante uma semana, participaram de ati-vidades programadas para conhe-cer a estrutura física da faculdade, alguns dos projetos de extensão, método de aulas, conteúdos espe-cíficos e até mesmo um pouco da cultura paulistana.

Cinco dos graduandos são da Queen Mary University of London, Ankit Patel, Gajen Raveendran, Hartej Singh Matharu, Humza Umar e Man Ting Chan. Da Uni-versidade do Porto, de Portugal, vieram Andre Ilidio de Araujo, João Pedro Almeida Paquete e José Pedro Vasconcelos Soares. Miriam Lizeth Galván Tenorio veio do Instituto Tecnológico y de Estudios Superiores de Monterrey, do México e, por últi-mo, Mandy Chan, da King’s College.

No primeiro dia, os estudantes foram recebidos pelo Diretor, Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge e pela presidente da Comissão de Relações Internacionais, Profa. Dra. Ana Cecília Correa Aranha. Em seguida, a docente apresentou aos visitantes toda a estrutura física da FOUSP e, à tarde, lecionou uma aula sobre a aplicação de laser

em odontologia. Na terça-feira (5 de agosto), foi realizada uma visita ao MAC (Museu de Arte Contemporânea da USP) próximo ao parque Ibirapuera.

Até o fim da semana, os estudan-tes se familiarizaram com o projeto Envelhecer Sorrindo e participaram de atividades como monitorias na clínica de emergência e no CAPE (Centro de Atendimento a Pacien-tes Especiais). Além disso, ao longo da estada, os discentes assistiram a diferentes aulas. Princípios de ra-diologia digital para prática odon-tológica, tomografia computado-rizada de feixe cônico aplicado à odontologia e anatomia e escultura dental foram algumas delas.

Uma das alunas, Mandy Chan, está no fim da graduação em Londres, na Inglaterra, e se diz muito satisfeita com a expe-riência. O que mais lhe chamou a atenção foi o tratamento espe-cializado promovido nas clínicas da FOUSP, baseado no desenvol-vimento da aplicação de lasers, no aprofundamento para atender aos pacientes com necessidades especiais e idosos.

Parte dos visitantes com a Profa. Dra. Ana Cecília Correa Aranha

A aluna Mandy acompanhou atendimento do CAPE

Este último caso foi citado pela estudante com muito entusiasmo uma vez que, no hospital universi-tário de sua faculdade, sempre sen-tiu necessidade de dar uma aten-ção diferenciada aos mais velhos, mas não conseguia em virtude da demanda de atendimentos. “Nós não temos acesso a isso na minha escola. Aqui vocês contrataram fi-sioterapeutas e psicólogos, tem um time que programa atividades e te-rapias, isso é muito bom. Eu sinto que poderia dedicar mais tempo aos pacientes idosos e aprender um pouco com eles”, ela afirma.

Por fim, a discente se pronun-cia impressionada com o ensino de laser na graduação. Segundo ela, essa tecnologia é somente utilizada em seu país por professores ou pós--graduandos e, mesmo assim, não apresenta a diversidade de aplica-ções que viu na USP.Alunos conhecem as clínicas de atendimento

Page 4: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

4notícias

25 anos de dedicação aos pacientes especiais

O CAPE, Centro de Aten-dimento a Pacientes Es-peciais foi idealizado há

25 anos, com o intuito de prover tratamento odontológico às pesso-as que possuíssem o vírus da AIDS. A medida foi necessária frente a preocupação criada acerca da do-ença. Assim que surgiu pouco se sabia sobre o contágio, além de ser relativamente fácil e transmitido através de fluídos, como saliva e sangue. Muitos cirurgiões-dentis-tas sentiam-se inseguros em aten-der pacientes soro-positivos dian-te das incertezas da transmissão do vírus. Foi neste cenário que o Prof. Dr. Ney Soares de Araújo, do Departamento de Estomatolo-gia e, na época, Vice-Diretor da FOUSP planejou o centro.

A princípio, a estrutura conta-va com apenas cinco consultórios odontológicos e cinco docentes dispostos a prestar atendimento. Entre eles, estava a Profa. Dra. Marina Helena Cury Gallottini, hoje coordenadora do CAPE. So-bre o início, ela diz “No primeiro mês vinham poucos pacientes. No segundo e terceiro já tinha até lis-ta de espera. Depois realmente foi um absurdo a demanda de pessoas com HIV”. Como era oferecida uma assistência especializada, inte-ressados com outras necessidades especiais como paralisia cerebral, síndrome de down, doenças sistê-micas, autoimunes e transplanta-dos de órgãos começaram a buscar tratamento no local.

Atualmente o CAPE conta com mais de sessenta cirurgiões-dentistas voluntários. Após a matrícula em um programa de atualização, eles passam um ano recebendo informações teóricas e prestando atendimento. Ao fim desse período, ganham um certificado da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão.

Os inscritos vem de outras cida-des, estados e até países. O que há de comum entre eles é o interesse em obter experiência e informações desta área específica. Após um ano, o profissional pode optar por sair, mas, segundo os registros, grande parte prefere permanecer.

É normal encontrar cirurgiões-dentistas que estão no projeto há mais de dez anos. O número de pacientes tratados, por mês, fica entre oitocentos e mil. O centro tem demanda e capacidade para funcionar de segunda à sexta, em período integral.

O CAPE, além de possuir um importante papel social, funcio-na também como um formador e multiplicador de ideias.

A Profa. Dra. Marina Gallotti-ni destaca algumas das vantagens em trabalhar com esses pacientes: “ O dentista aprende a pensar de forma diferente, como um pro-fissional da saúde realmente tem que pensar. Estabelece hipóteses diagnósticas, solicitando e inter-pretando exames. O CAPE pro-porciona essa oportunidade de aprender a se virar dentro do ins-trumental que você tem de lite-ratura e habilidade, aumentando sua experiência clínica”.

A docente também faz outra observação interessante: “Temos que pensar que, hoje em dia, a população brasileira está envelhe-cendo. Com isso e com o avanço da medicina, muitas doenças que antes não eram nem tratadas, se tornaram manejáveis. Nos con-sultórios, espera-se atender pes-soas cada vez mais complexas do ponto de vista de saúde”.

Os pacientes das clínicas não se beneficiam somente com um trata-mento imediato. Lá, encontrarão um profissional disposto a estudar a sua doença de base, o que é fun-damental para que seu acompa-nhamento seja seguro e eficiente.

O CAPE é essencial para a população e cumpre o dever de retorno social e científico que as universidades públicas possuem. É através dele que se torna possí-vel promover e criar conhecimen-to para que o desenvolvimento da odontologia seja constante e signi-ficativo para a sociedade. n

Page 5: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

5 notícias

Universidade de Hiroshima incentiva integração

Evento está em sua 38ª edição

A JOCAPE (Jornada Odon-tológica do Centro de Atendimento a Paciente

Especiais) foi idealizada a fim de promover uma disseminação de aprendizado clínico e acadêmico adquirido. A troca de conhecimen-to no tratamento de doenças espe-cíficas é fundamental para o contí-nuo aperfeiçoamento desse tipo de atendimento especializado.

Normalmente, um acadêmi-co estrangeiro é convidado para o evento. A coordenadora do centro,

Jornada Odontológica do CAPE com data marcadaProfa. Dra. Marina Gallottini ex-plica a necessidade que os profis-sionais sentem em garantir que os procedimentos adotados estão atu-alizados e equilibrados com o que é aplicado fora do Brasil: “ É para saber como é que nós estamos em relação ao mundo”, destaca.

Em 2014, o evento ocorrerá em 25 de novembro, em período integral. O acadêmico internacional que compa-

recerá é o Prof. Dr. Andrés Pinto, docente da Case Western Reserve Uni-versity School of Dental Medicine, de Cleveland, nos EUA. Atualmente, integra o Departamento de Medi-cina Oral e Maxilofacial e fará uma apresentação no período da manhã.

Além disso, serão realizadas ou-tras palestras com temas como “In-terpretação de Exames Laborato-riais”, “Casos Clínicos Interativos”, e “Administração em Odontologia Hospitalar”. A JOCAPE é gratuita e atrai cerca de 200 pessoas por ano.

O vice-reitor da Universida-de de Hiroshima, Prof. Dr. Tetsuji Okamoto es-

teve na FOUSP em 28 de agosto a fim de buscar parcerias para in-tercâmbios de graduação e pesqui-sa. Recebido pelo Prof. Dr. Celso Augusto Lemos Júnior do Depar-tamento de Estomatologia e pela Profa. Dra. Ana Cecília Correa

Aranha, presidente da Comissão de Relações Internacionais, pode co-nhecer as instalações da Faculdade e conheceu melhor o sistema de en-sino e pesquisa aqui aplicado.

No período da tarde, o Prof. Dr. Okamoto realizou uma pales-tra aberta para professores e alunos. Após apresentar a estrutura da Uni-versidade de Hiroshima, o docente

fez uma breve explicação sobre os estudos de cultura de células tronco realizadas no Japão. Ao fim, incenti-vou o intercâmbio entre as duas uni-versidades certo de que os resultados serão positivos para ambos os lados, além de esclarecer dúvidas sobre como se adaptar à língua e o tem-po mínimo indicado para aproveitar uma experiência como essa.

O rganizado pelo Centro Acadêmico XXV de Janei-ro, o CUBO (Congresso

Universitário Brasileiro de Odon-tologia), é realizado desde 1975 e já foi incorporado ao calendário aca-dêmico. Este ano ocorrerá nos dias 24, 25 e 26 de setembro.

Workshops, palestras, debates, hands on e apresentações de ligas interdisciplinares são algumas das

atividades que compõem o con-gresso. Para isso, serão utilizadas todas as salas de aula (laranja, azul, lilás, amarela e verde), além do anfiteatro Myaki Issáo e dos la-boratórios laranja e azul.

A ênfase da edição do evento em 2014 será o estudo e a aplicação das novas tecnologias e o trabalho interdisciplinar em diversas áreas da odontologia e da saúde. n

n

n

Page 6: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

Material do Biobanco de dentes armazenado sob refrigeração

Banco de Dentes continua a se expandir

6notícias

OProf. Dr. José Carlos Pettorossi Imparato ingressou na faculda-

de em 1984 e, como precisava de dentes humanos para estudar ana-tomia, começou a armazená-los. Naquela época era normal que

n

cada aluno tivesse uma coleção particular destes órgãos.

Ainda estudando, o docente planejava montar um arquivo para catalogar os mais extraídos e se aprofundar em pesquisas dessa área. Em 1992, sua tese de mestrado foi sobre o tema: “A Organização e Funcionalidade de um Banco de Dentes Humanos”.

O docente afirma que, na busca de aspectos jurídicos, se surpreendeu com a ausência de uma legislação específica para um banco, apesar do comércio deste órgão ser muito praticado. Ao de-senvolver sua dissertação, não en-controu, na literatura, muito con-teúdo sobre o assunto. Foi assim que a USP acabou por se tornar a pioneira neste tipo de estrutura.

A princípio, o material seria utilizado para três principais pro-

pósitos: estudo, pesquisa e restau-ração biológica. O último já não é praticado. Segundo o Prof. Dr. Imparato, outras técnicas foram desenvolvidas e atendem melhor aos resultados. Todavia, os dois primeiros não só foram concluí-

dos como se ampliam a cada dia. Hoje, a universidade doa dentes para os alunos. Além disso, a tra-tativa dada ao assunto conscien-tiozou os professores que, atu-almente, já pedem um número menor de peças aos estudantes.

É muito importante que todas as universidades criem e incen-tivem a ampliação de um banco de dentes, uma vez que, caso a instituição exija este tipo de ma-terial dos seus alunos sem prestar qualquer tipo de apoio, ela acaba por impulsionar a prática de um comércio ilegal e antiético. Banco ou Biobanco?

A FOUSP possui as duas estru-turas. O que as diferencia são os dados do dente doado. Quando se possui a procedência do doador e suas informações, como idade, gênero e as condições em que ele foi extraído, o material é encami-

nhado ao Biobanco de dentes, e será utilizado, principalmente, para pesquisa. Quando, no en-tanto, a peça doada possui origem desconhecida, ela é armazenada no banco e usada, na maioria das vezes, para o ensino.

De onde vem?Os dentes do banco e do

biobanco chegam de diferen-tes formas. A grande maioria dos dentes extraídos nas clí-nicas da FOUSP é, mediante autorização do paciente, enca-minhada para armazenamen-

to, junto às doações enviados por correio ou entregues pessoalmen-te na unidade. Além disso, uma vez por mês, o funcionário Nei Soares de Oliveira recolhe dentes de três UBS (Unidade Básica de Saúde) do município de Barueri.

Atualmente, o Biobanco pos-sui cerca de 100 doadores e 243 dentes. Enquanto o Banco conta com mais de 20 mil peças e um número indefinido de doadores.

COMO DOAR?

Os interessados em con-tribuir, podem trazer o material pessoalmente ou ainda, enviá-lo por correio.

Endereço: Av. Professor Lineu Prestes, 2227. Cidade Universitária – São Paulo – SP CEP: 05508-000

Dentes sem dados do doador vão para o banco

Jullyanna Salles

Jullyanna Salles

Page 7: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

7 notícias

Em 27 de agosto, a FOUSP re-cebeu o grupo musical Maria Fumaça, composto por Alice

Oliveira, Sarah Alencar e Priscila Ri-beiro. A apresentação durou cerca de uma hora e nela foram tocadas mú-sicas caipiras clássicas como “O Cio da Terra” de Milton Nascimento e “Arreuni” de Chico Maranhão.

Uma breve explicação sobre o contexto social e histórico da canção era dada entre as execuções, familia-

Grupo musical Maria Fumaça encanta a FOUSP

O trio feminino Maria Fumaça interpreta músicas típicas caipiras

n

Em 17 de setembro foi a vez do grupo de choro João de Barro subir aos palcos na FOUSP.

Uma vez por mês, uma ban-da (das quase 40 do LAMUC), escolhido pelo Prof. Dr. Michael Alpert fará uma apresentação no Anfiteatro Myaki Issáo. O ideal é que gêneros variados de músi-ca sejam trazidos. O evento ocor-re durante o horário de almoço, inicia-se às 12h30 e tem duração aproximada de uma hora. As pró-ximas datas já agendadas são 29 de outubro e 26 de novembro.

O Prof. Dr. Igor Studart Me-deiros explica a relevância do pro-jeto e o que ele proporciona: “É um momento de convívio entre professores, alunos e funcionários ao prazer da boa música”.

LABITRON

n

A estrutura poderá ser utilizadas por várias dos departamentos, incentivando a interdisciplinaridade

O Laboratório de Cultivo de Células Tronco da FOUSP chega na reta

final de sua construção. Já é pos-sível conferir as instalações com os devidos acabamentos de pare-de e chão. O laboratório atende a padrões específicos de vedação e impermeabilização.

O projeto foi idealizado pela Profa. Dra. Andrea Mantesso Po-bocik no final de 2009. Foram in-vestidos cerca de R$ 372.000,00 para sua estruturação. A verba utilizada é proveniente da Facul-dade de Odontologia e da Reito-ria da Universidade de São Paulo.

A construção permitirá que o panorama que envolve células-tron-co e odontologia seja desenvolvido com mais qualidade, a partir de uma área apropriada para pesquisas e estudos. Há cerca de dez anos foi descoberto que este tipo de célula é encontrada também na polpa dos dentes. Sua aplicação poderá apri-morar trabalhos como restaurações

de tecidos dentários ou mesmo a elaboração de biodentes.

O laboratório contará com uma “sala limpa”, ambiente que exige cui-dados especiais de impermeabilização para biossegurança, além de controle constante de pressão do ar e tempera-tura. As especificações são atendidas segundo as normas da ANVISA e do Ministério da Saúde.

rizando os presentes com o cenário cultural envol-vido. O evento aconteceu graças a uma parceria da FOUSP com o LAMUC, o Laboratório de Música de Câmara da ECA.

O presidente da Co-missão de Cultura e Ex-

tensão, Prof. Dr. Igor Studart Medeiros explica que a unidade já buscava um maior envolvimento nas ações e eventos culturais promo-vidas na USP há um certo tempo.

Quando o Prof. Dr. Micha-el Alpert, coordenador do LA-MUC entrou em contato para sugerir a inclusão da FOUSP no roteiro de unidades que recebem apresentações, teve sua proposta prontamente acatada.

Jullyanna Salles

Jullyanna Salles

Page 8: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

8notícias

Conheça o trabalho do Centro de Diagnóstico Oral

Adisciplina de Estomatologia, ou “estudo da cavidade oral” é uma das especialidades da

odontologia e existe desde 1970. Até 2006 era chamada de Semiologia, quando sua nomenclatura mudou para Estomatologia Clínica. O Prof. Dr. Celso Augusto Lemos Júnior define: “Trabalhamos com pacientes com lesões orais desde aftas, doenças autoimunes até neoplasias malignas.

A disciplina compreende cerca de 40 pessoas entre professores, pós--graduandos, estagiários e alunos de graduação que realizam pesquisas nessa área. É necessário destacar o número de atendimentos relacio-nados diretamente ao câncer que são feitos no Centro de Diagnóstico Oral, nome que a clínica utiliza para diferenciação das demais, visto que funciona de forma independente da graduação. Os tratamentos são inin-terruptos, não parando nem mesmo nas férias de julho e janeiro. A Dis-ciplina também é responsável pela triagem da FOUSP, examinando cerca de 2500 casos por ano.

O Prof. Dr. Celso Lemos expli-ca que qualquer paciente, ao che-gar com um incômodo ou ferida na boca, será prontamente atendi-do. Caso haja indícios de doença, após o diagnóstico clínico, pode ser necessária a realização de um exame complementar como, por exemplo, a biópsia que compre-ende a remoção de um fragmen-to da lesão para que uma análise com o diagnóstico definitivo seja feito pelo Laboratório de Histo-

patologia da Disciplina de Pato-logia Bucal da própria faculdade. Enquanto nossos alunos cuidam do pós-operatório, aguardamos o laudo, que é entregue em um pra-zo de sete a catorze dias.

Grande parte das doenças diag-nosticadas são tratadas na própria Disciplina de Estomatologia ou na de Cirurgia. Conta-se também com o apoio da Divisão de Odontologia do Hospital Universitário da USP. Pacientes com lesões potencialmen-te malignas e lesões vasculares são tratados no LELO (Laboratório Es-pecial de Laser em Odontologia).

Aqueles diagnosticados com neoplasias malignas são envia-dos à assistente social da FOUSP, acompanhados de um relatório de-talhado da situação clínica e pela lâmina da biópsia. Em cerca de dez dias, a central de triagem on-cológica do Estado de São Paulo, entra em contato com o pacien-te para agendamento de consulta em um hospital público especiali-zado como o ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo), o HC (Hospital das Clínicas da FMUSP), o Hospital AC Camargo ou o Hospital Heliópolis.

Os pacientes atendidos no CDO da Estomatologia são, mui-tas vezes, encaminhados por servi-ços públicos ou privados externos a universidade Mesmo assim, em determinadas situações a Discipli-na de Estomatologia recebe casos mais complexos que não puderam ser solucionados em outros locais.

A Disciplina realiza cerca de 700 exames complementares ao ano, além de 2000 consultas. O Prof. Dr. Celso Lemos explica que o trabalho em conjunto com as de-mais Disciplinas (Patologia Bucal, Cirurgia e Lasers em Odontologia) enriquece a formação do aluno.

Com a recente mudança de es-trutura curricular, os estudantes lidam com a estomatologia em três momentos durante o curso. Assim, é possível realizar um treinamento contínuo com os alunos de forma que, ao término da graduação, conseguem adquirir habilidades para realizar biópsias com a indi-cação e segurança necessária.

Além disso, a disciplina oferece um curso de férias durante o mês de janeiro com 25 vagas por ano. Esta é a chance do estudante se dedicar por mais tempo e participar de discussões de caso com docentes e pós-graduan-dos. Em um grupo menor, o apren-dizado pode ser mais proveitoso e in-centivar projetos de pesquisa na área, valorizando o retorno à sociedade a partir da produção de conhecimento.

O curso já está em sua décima quinta edição e o ideal é que o alu-no de graduação interessado já te-nha cursado a primeira disciplina de estomatologia, mas caso existam vagas remanescentes, é aberta a to-dos os graduandos. Ao final, cada participante recebe um certificado com o total de horas realizadas, que serve como créditos de estágio. Nor-malmente, as inscrições são abertas em dezembro de cada ano. n

Page 9: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

9 notícias

Centro Acadêmico reestrutura seus Projetos Sociais

n

A Universidade de São Paulo é fundamentada a partir de um tripé, cujas partes

são Ensino, Pesquisa e Extensão. Esta última, refere-se a responsa-bilidade dos alunos e docentes em restituir à comunidade o que é in-vestido em sua estrutura. A forma mais tradicional dessa retribuição é o desenvolvimento da ciência, co-nhecimento e a aplicação destes na melhoria de vida da sociedade.

Além disso, é possível realizar atividades que procuram trazer be-nefícios diretos e imediatos à popu-lação. Seguindo essa linha, o Centro Acadêmico XXV de Janeiro orga-niza projetos sociais que tem como objetivo prover atendimento odon-tológico às comunidades carentes.

Em 2014, foram realizados dois eventos deste porte: os Projetos So-ciais Quilombo e Munhoz. Através de atividades de educação em saúde bucal, escovação supervisionada, aplicação de flúor e exodontias, procura-se incentivar a higiene oral em crianças. Dessa forma, é possí-vel desenvolver cultura baseada em cuidados com os dentes e a boca logo no início da vida. É assim que também busca-se a eliminação do agravamento de problemas odon-tológicos ligados essencialmente à falta de conhecimento, como, por exemplo, a prevenção de cáries.

Durante o segundo semestre, o Centro Acadêmico XXV de Janeiro adiou seus projetos sociais. Existe um processo bastante detalhado

para o acontecimento de cada um dos eventos, que exige uma grande organização para reunir documen-tos, tratar da locomoção dos alu-nos, definir datas que não atrapa-lhem o desenvolvimento da grade curricular da graduação e, por fim, conseguir autorização para a visita-ção de comunidades carentes.

Por esse motivo, os estudantes decidiram rever a forma em que os projetos são organizados, a fim de simplificar o processo, tornando-o mais simples e viável. O intuito é que no futuro, mais edições pos-sam ser realizadas por semestre, uma vez que a demanda de volun-tários é grande, assim como o nú-mero de comunidades que neces-sitam desse tipo de atendimento.

Nos dias 2, 3 e 4 de maio, cerca de quinze alunos foram até a cidade de Eldorado, a 140 km da capital paulista, para participar do evento. Como havia um grande número de alunos voluntários, foi realizado um sorteio para selecionar os participantes.

Além dos horários reservados para o atendimento odontológico, também foram programados momen-tos de confraternização como luais e conversas com

os membros da comu-nidade a fim de que seja feita uma troca de conhecimentos so-ciais entre os alunos e os pacientes. Os estu-dantes foram acompa-nhados pelo Prof. Dr. Antonio Carlos Frias, do Departamento de Odontologia Social.

Para a realização desse evento, foi necessária a divi-são em duas edições, a primeira no dia 31 de maio, e a segunda na semana seguinte, 7 de junho. Cerca de 350 crianças passaram por um tratamento em cada dia, contabilizando um número aproximado de 700 aten-dimentos. Foram 80 alunos voluntários, também divi-didos em duas turmas, 40 por edição.

Nos dois dias, um ônibus saiu da FOUSP às 7hs e re-tornou por volta das 19hs, contabilizando cerca de dez horas de atividades, descontando o tempo do trajeto.

munhozQuilombo

Arquivo

Arqu

ivo

Page 10: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

CAPES aprova PVE para estudo na FOUSP

10notícias

O PVE - Pesquisador Visi-tante do Exterior é um programa da CAPES (Co-

ordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) que visa apoiar financeiramente projetos de pesquisa que possam, com intercâm-bio acadêmico, impulsionar e expan-dir a ciência, tecnologia e inovação.

O Prof. Dr. Fernando Neves Nogueira, do Departamento de Biomateriais e Biologia Oral con-seguiu, em agosto, a aprovação no programa, interessado em continu-ar e aprofundar o estudo iniciado para sua tese de livre-docência. O programa abrange um pacote de financiamento e não um apoio pontual. O docente estrangeiro que acompanhará o projeto é o Prof. Dr. Rui Carvalho, da Universidade de Coimbra, de Portugal, que passará 45 dias por semestre na FOUSP, durante os próximos três anos.

Além disso, serão concedidas duas bolsas para estudantes de doutora-do e mais duas para pós-doutorado, o que incentiva a internacionaliza-ção e enriquece o estudo.

O Projeto

A pesquisa que aprovou o PVE da CAPES é bastante inovadora. O Prof. Dr. Fernando Neves Nogueira, que trabalha com metabolismo de glândulas salivares, tinha interesse em aplicar a técnica de análise que o Prof. Dr. Rui Carvalho, um bioquí-mico, já utilizava em outros tecidos como coração, cérebro e fígado.

O intuito era, tendo já estudado uma visão geral do metabolismo da glicose na glândula para a tese de livre-docência, seguir então vias mais específicas e detalhadas como ciclo de Krebs e metabolismo de gorduras.

O docente da FOUSP investiga o que acontece nas glândulas em re-

pouso quando um metabolismo está alterado por algumas doenças: “A gente perfunde uma glicose diferen-ciada (um isotopo como o carbono 13), no animal e vê o quanto é in-corporada na glândula e depois todos os produtos que ela gera. O carbono será marcado e conseguiremos ras-treá-lo dentro do metabolismo, atra-vés de uma ressonância magnética. Assim, será possível fazer um mapa e então entender a via”. A princípio, as patologias analisadas serão a diabetes melito e a insuficiência renal crônica.

Segundo o Prof. Dr. Fernando, a ideia para iniciar o programa é realizar um treinamento com os alunos interessados, a fim de que eles aprendam, com o Prof. Dr. Rui Carvalho, a perfundir os animais. Concluída essa fase, o grupo terá um grande número de amostras, para realizar as suas análises com o auxílio do docente visitante.

n

Odontologia do sono cresce no meio acadêmico

Níveis de qualidade de vida podem ser abala-dos quando são consi-

derados distúrbios do sono. Entre eles, a Síndrome da Apnéia Obs-trutiva do Sono (SAOS) é um dos mais comuns e frequentes. Logo, é normal que a ciência busque se aprofundar nesse ramo específico.

Nos últimos anos observa-se um crescente aumento de teses e pesquisas relacionadas diretamente à disturbios do sono. Somente na FOUSP destacam-se duas de douto-

rado, uma em 2006, do aluno Edu-ardo Rollo Duarte e outra em 2010 de Ricardo Jun Furuyama, orien-tadas pela Profa. Dra. Maria Luiza Moreira Arantes Frigerio Além dis-so, foram feitas três dissertações de mestrado que envolvem a área, uma em 2010, por Danilo Chucralla Chaccur; outra em 2011, de Thiago Carôso Fróes e uma última em 2012 pela estudante Isabele Trigueiro de Araújo Creazzola. São trabalhos do Departamento de Prótese que, des-de 2005, busca se aperfeiçoar.

O cirurgião-dentista é capaz de diagnosticar e atender pacientes com SAOS. Fazendo uso de aparelhos in-traorais de avanço mandibular, a do-ença pode ser tratada e o profissional tem a chance de aprender e ajudar a desenvolver a medicina do ramo.

Profissionais já imaginam a “Odontologia do Sono” como uma especialidade no futuro, considerando o aumento de in-teresse dos cirurgiões dentistas e a demanda de atendimentos, que tende ao crescimento.

n

Page 11: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

11 notícias

Encontro preparatório para a II Reunião Temática

AReunião Temática busca debater tópicos relevantes a estrutura do curso. Em 10

de maio deste ano, a reestruturação curricular foi o principal tema a ser considerado pelos participantes. Em outubro, haverá mais uma edição e, portanto, foi sugerido que antes dela fosse realizado um encontro de docentes e alunos que teria como objetivo, aumentar a discussão e a exposição de ideias para tornar a próxima reunião mais proveitosa.

Em 30 de agosto esse Encon-tro Preparatório foi realizado, com a abertura pelo diretor, Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge, que ressaltou a importância da melhora contúnua e por isso, o fundamental debate constante. Em seguida, sete docen-tes tiveram dez minutos cada para apresentar os presentes as opiniões

e sugestões de seus departamentos. Foram eles os professores doutores Fernando Neves Nogueira, José Be-nedito Dias Lemos, Margareth Oda, Mário Sérgio Soares, Ana Estela Ha-ddad, Roberto Chaib Stegun e Dal-

ton Luiz de Paula Ramos. O tema principal era baseado na questão “Qual o tipo de cirurgião-dentista a FOUSP pretende formar?”. Além disso, a discente Luiza Dotti, falou brevemente dos problemas que iden-

tifica nos métodos de aulas apontan-do exemplos de algumas disciplinas que os resolveram de forma eficiente.

Na segunda parte do encontro, foi promovida uma plenária coorde-nada pelo Prof. Dr. Manoel Eduardo

de Lima Machado, presidente da Comissão de Graduação. Neste momento, todos os presentes puderam discutir aspectos pon-tuais como a duração do curso, método de aplicação de inova-ções e estrutura de núcleos. A plenária foi bastante eficaz para engrandecer o debate, uma vez que houve grande participação

dos docentes e alunos envolvidos.A II Reunião Temática aconte-

cerá em 18 de Outubro, quando um relatório sobre o Encontro Pre-paratório já terá sido elaborado pela Comissão de Graduação.

Foram cerca de 80 participantes, entre alunos e docentes

n

Jullyanna Salles

A última homenagem a um de seus diretores

OProf. Dr. Edmir Matson faleceu em 10 de setembro de 2014. O docente gra-

duou-se pela FOUSP em 1964 e pós graduou-se em 1967, sendo contrata-do como professor assistente doutor do Departamento de Dentística em 1972.

Em outubro de 1976, obteve tí-tulo de Livre Docente e, em 1989, foi aprovado para cargo de Professor Titular do Departamento de Dentís-tica. Foi Diretor da FOUSP em duas gestões: 1993-1996 e 2001-2003, ano em que se aposentou.

Desempenhou inúmeros pa-péis fundamentais para o ensino da

Odontologia, quer na FOUSP, como nas entidades representativas de clas-se, APCD, entre outras.

Na Faculdade de Odontologia, também se destacou em atividades administrativas, como membro da comissão de orçamento e patrimô-nio, membro da comissão especial para estudo de cursos extracurricula-res, membro da comissão julgadora de licitações, presidente da comissão de informática – quando criou o Serviço de Informática da unidade, presidente da comissão de pesquisa, além de membro nato do conselho de Departamento de Dentística.

Foi membro curador da Funda-ção para o Desenvolvimento Cien-tífico e Tecnológico da Odontolo-gia, além de Diretor Presidente no mandato de 1998-2002.

Sua produção científica foi ex-tensa entre publicações de mais de cem artigos completos em perió-dicos nacionais e internacionais, além de cinco livros publicados.

Participou em mais de uma cen-tena de bancas entre Mestrado e Doutorado, tendo sido orientador de mais de cinquenta mestrandos e doutorandos pela Faculdade de Odontologia da USP. n

Page 12: INFOUSP - Faculdade de Odontologia · 2017. 10. 25. · INFOUSP Publicação da Faculdade de Odontologia da USP Ano IX | edição n o 24 | Julho-Setembro/ 2014 P.2 P.3 P.4 P.8 P.10

12notícias

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - Reitor: Prof. Dr. Marco Antonio Zago. Vice Reitor: Prof. Dr. Vahan Agopyan.

FACULDADE DE ODONTOLOGIA - Diretor: Prof. Dr. Waldyr Antônio Jorge. Vice Diretor: Prof. Dr. Giorgio de Micheli.

Assessoria de Comunicação: Anna Leticia Fogaça Gomes Acquaviva. Texto e diagramação: Jullyanna Salles (estagiária). Tiragem: Mil exemplares.

Mensagem da Profa. Dra. Sunao Taga Tamaki, esposa do Prof. Dr. Tadachi Tamaki, à comunidade.

Feira das Profissões é marcada pela diversidade

A8ª Feira de Profissões da USP foi realizada entre 7 e 9 de agosto. Com uma

estimativa de 47 mil visitantes, teve, inclusive, lotações pontuais.

Neste ano, o evento foi orga-nizado no Parque de Ciência e Tecnologia, um espaço da Pró--Reitoria de Cultura e Exten-são Universitária. O stand da FOUSP foi montado com vo-luntários e contou com a presen-ça de sete docentes, nove alunos

da graduação e um funcionário da Comissão de Cultura e Extensão Universitária. As mais frequentes dúvidas dos vestibulandos se ba-

seavam na estrutura da grade cur-ricular do curso e das condições do mercado de trabalho para os cirurgiões-dentistas.

Os interessados em fazer gra-duação em odontologia vinham de diversos estados do Brasil, destacando-se os estudantes do interior de São Paulo, que esta-vam em grande número. Além disso, foi possível notar uma equivalência entre alunos de co-légios particulares e públicos.Voluntários esclarecem dúvidas dos vestibulandos

Arquivo

n