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Inglaterra

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6/8/2011: Levantamento e sublevação dos imigrantes e da juventude operária na Inglaterra

QUEIMAMOS TOTTENHAM, MAS PARA TRIUNFAR HÁ QUE INCENDIAR O PALÁCIO DE BUCKINGHAM E EXPROPRIAR SEM PAGAMENTO A

CITY DE LONDRES, AS TRANSNACIONAIS E A TODOS OS BANQUEIROS

OS ÚNICOS VÂNDALOS SÃO OS PIRATAS DO IMPERIALISMO INGLÊS E SEUS SÓCIOS, OS CARNICEIROS IMPERIALISTAS YANQUIS

A revolta e o motim dos explorados de Tottenham, como os combates do Chile, estão em cima da nova onda do tsunami da crise capitalista, extensão e aprofundamento do crac de 2008.

Em 6 de agosto estalou uma

enorme revolta da juventude operária e de desempregados de Tottenham depois do assassinato por parte da polícia do jovem Mark Duggan. Rapidamente estendeu-se como uma trilha de pólvora pelos bairros operários de Londres, Liverpool e demais cidades de toda Inglaterra. A juventude operária estalou espontaneamente destruindo tudo ao seu caminho, fazendo arder edifícios públicos, locais comerciais, grandes lojas, patrulhas de policia, e até depósitos de algumas transnacionais como a Sony.

Durante 4 dias e 4 noites, desenvolveu-se uma fenomenal revolta da juventude operária e imigrante na Inglaterra que concentrou a atenção de toda a burguesia e os explorados do mundo.

O “ajuste”, a “redução de despesas” e o “sangue, suor e lágrimas”, que prometeram para a classe operária os tories e trabalhistas, demonstraram não ser outra coisa que a destruição das aposentadorias, emprego, saúde,

educação, o seguro desemprego, etc.

Os que chamaram a que a classe operária pague a crise com “sangue, suor e lágrimas” hoje se lamentam horrorizados, ante o motim da juventude explorada.

Em 30 de junho enormes marchas pacíficas impulsionadas pelos sindicatos, e apoiados por toda a esquerda inglesa, peticionavam “parar o ajuste e o ataque”, e que este seja com “menos sangue” e “menos lágrimas”.

Os capitalistas, os banqueiros e os parasitas da City de Londres falam de guerra contra a classe operária inglesa. As direções reformistas dos sindicatos ingleses só clamam que se modere o ataque.

Os herdeiros do Pirata Morgan, os parasitas do banco inglês e seus partidos, Cameron e seus capangas, e demais bufões da Rainha e as transnacionais inglesas, saqueiam o cobre do Chile, o estanho, níquel, lítio e os hidrocarbonetos da Bolívia e de todo o planeta, o ouro e as pedras

preciosas da África, o cacau e demais fontes de matérias prima, tudo para suas transnacionais; deram golpes contra-revolucionários; aspergiram com napalm e fósforo a povos inteiros. E depois falam de “paz e ordem”, enquanto dão “punição exemplares contra os sublevados!

Hoje, ante a classe operária inglesa, aplicam os mesmos ataques, ajustes e liquidação de conquistas que impulsionam em todo mundo colonial e semicolonial, ao que oprimem associados às diferentes potências imperialistas.

Assim, enquanto 300.000 trabalhadores marchavam em Londres, em junho passado, sob a direção da burocracia dos sindicatos, ficavam por fora dessa ação as reivindicações e as demandas de trabalho, moradia e saúde digna, das camadas mais exploradas da juventude operária inglesa. Insistimos, com os sindicatos nas mãos da burocracia da TUC, servente da burguesia inglesa ao interior da classe operária, não têm local nas faixas cada vez mais amplas da classe

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operária, como a juventude operária, os trabalhadores imigrantes e precarizados, que são atacados pelo governo tory de Cameron, como ontem fez o trabalhista Gordon Brown.

Enquanto, o SWP e o resto da esquerda inglesa chamavam, desde uma reunião feita faz semanas atrás com os partidos “anticapitalistas” de toda Europa, que os governos imperialistas deviam “tomar medidas keynesianas”. Chamavam a não seguir o “caminho de ferro” da Thatcher da década de 80. Alertavam à burguesia que sem um plano de obras públicas, investimento estatal em planos sociais, etc., se sublevariam os explorados.

Ao levantar o programa de “moderar o ajuste” e por um “plano keynesiano” buscando o “estado de bem-estar” perdido, a esquerda auto-intitulada socialista e “anticapitalista” se colocam, na Inglaterra e em toda Europa, como os continuadores não de Marx senão de Roosevelt e Keyness.

Esta gente não compreendeu nem lhe interessa compreender que os Estados imperialistas estão quebrados, que seu programa constitui uma piada de mau gosto, já que os Estados europeus, como todos os Estados imperialistas, já foram saqueados pelos banqueiros e o capital financeiro, que cobrou todas as suas perdas e lançou aos Estados toda sua quebra para que a paguem as massas.

Há que ser um verdadeiro traidor do proletariado para suplicar-lhe clemência aos exploradores e aos banqueiros, quando estes já se puseram no bolso a abrangência de suas perdas, e longe de “obras públicas” só podem, se não querem perder seus lucros, redobrar o saque a todos os bolsos dos trabalhadores da Inglaterra e toda Europa.

Muitos “senhores” da aristocracia operária branca dos social-imperialistas e demais lacaios do imperialismo de todo o mundo dirão que os jovens operários de Tottenham “são vândalos”. Da mesma maneira tratavam aos jovens de Paris nas revoltas das cités de 2006.

Pois não. Trata-se da juventude operária e dos desempregados, deixados a sua sorte pelas burocracias operárias das trade unions e dos partidos social-imperialistas.

Lamentavelmente para estes lacaios do imperialismo, os explorados querem comer. Qualquer faísca acende o fogo. Os ramos estão secos, como na Tunísia, como na China que está

povoando de revoltas dos explorados. A rebelião da juventude de Londres enfrenta diretamente às forças de repressão e a tudo o que tem a ver com o que os escravos não podem consumir.

De que se lamentam então os senhores lacaios dos capitalistas e da burocracia dos sindicatos? Não aplaudiam eles que na década de 89, na Alemanha do leste, operários se virassem, derrubando o muro de Berlim, para a Alemanha ocidental, para poder consumir o que as gôndolas repletas dos países imperialistas ofereciam ante o desabastecimento imposto pela burocracia stalinista devinda em nova classe dominante nos ex Estados operários?

E agora de que se queixam os social-imperialistas, capangas da burguesia e suas forças de choque repressivas, quando a juventude operária, os imigrantes e os desempregados em Londres e Liverpool atacam as gôndolas que lhes estão negadas?

Ontem foram os estudantes que, em Londres, queimavam o local dos Tories, demonstrando como se luta e em que linguagem fala a revolta na Inglaterra quando aumentavam as quotas das universidades. É como se o fogo da juventude operária e estudantil quisesse incendiar este sistema pestilente imperialista, que está em falência.

POR UM PROGRAMA PARA UNIR AS FILAS OPERÁRIAS,

DERROTAR AO REGIME TATCHERISTA DOS TORIES-

TRABALHISTAS-LIBERAIS, AO GOVERNO DE CAMERON, A

COROA ASSASSINA E DEMAIS GOVERNOS CONTRA-

REVOLUCIONÁRIOS DAS POTÊNCIAS IMPERIALISTAS

EUROPÉIAS!

Por suposto que os revolucionários fazemos nossas estas ações espontâneas e desesperadas dos explorados. Trata-se de dar-lhes uma direção e um programa certeiro para triunfar. Trata-se de elevar a revolta e o motim desesperado a insurreição, mostrando-lhe com clareza aos sublevados onde está o maior de seus inimigos: os chefes das transnacionais. Trata-se de mostrar que o caminho para triunfar não é outro que o de lutar pela derrota das burocracias dos sindicatos, que impedem a unidade das filas operárias, as que se têm dessincronizado. Ficaram por um lado os jovens e operários que hoje e amanhã não comem. Por outro lado estão os trabalhadores

estatais, a quem se está arrancando todas suas conquistas. E na vereda em frente às necessidades da maioria da classe operária, estão os interesses da aristocracia e da burocracia operária, que para salvar seus privilégios garantem que se afundem as camadas mais exploradas do proletariado.

Há que terminar com os guardas dos cárceres do proletariado! Eles são os que têm encurralado à maioria da juventude operária e os imigrantes, para que, isolados, sejam saqueados pelos capitalistas.

Assim, o caminho para expropriar ao banqueiro e às transnacionais, para derrotar aos seus governos e à monarquia assassina inglesa, é conquistar a unidade das filas operárias sob um programa e uma estratégia para triunfar. Isso é o que precisam e merecem os heróicos combates atuais.

Chegou a hora de unir as filas operárias, de unir aos imigrantes, aos que foram reduzidos em campos de concentração em Londres, em bairros quase sem água nem gás, como estão na África, América Latina, Ásia e Oriente Médio!

A hora da unidade das filas operárias chegou! Isso se conseguirá sobre a base de expulsar das organizações de luta das massas todas as direções colaboracionistas que impedem que lutemos como na Grécia, Egito, Tunísia ou Líbia.

Chegou a hora de unir as filas operárias com um programa em base aos interesses das camadas mais exploradas! Há que derrotar, no movimento operário inglês, o programa de “trabalho inglês para os ingleses”, que é o verdadeiro programa das aristocracias e burocracias operárias, serventes da City de Londres! As transnacionais fazem fabulosas fortunas super explorando e saqueando a classe operária e os povos oprimidos do mundo. Das moedas que caem aos banqueiros de sacar sangue, suor e lágrimas aos operários africanos, latinos americanos e da Ásia, é que vive um punhado de traidores da direção dos sindicatos que a sua vez garantem que passe o ataque contra a própria classe operária inglesa.

Essa enorme luta da juventude rebelde inglesa merece uma direção e um programa para triunfar: Abaixo a burocracia social-imperialista da TUC, servente dos interesses da rainha e dos banqueiros!

A juventude operária e os imigrantes não podem ficar isolados

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em sua luta! Querem parar o vandalismo, senhores “educados”, que muito “corretos” tomam o chá das 5 o‟clock? Pois devemos superar a luta da revolta e o motim, sobre vossas cabeças: Greve geral revolucionária! Abaixo a rainha, os tories, o partido trabalhista e seus lacaios da TUC e todo o regime thatcherista!Igual trabalho igual salário para todos os trabalhadores imigrantes! Basta de desemprego!

Os banqueiros atiraram-nos suas perdas. A solução está em ir por seus lucros, que nos arrebataram ao custo da fome e a miséria dos trabalhadores e o povo pobre. Há que expropriar sem pagamento aos banqueiros! Há que impor que todas as mãos que estão prontas a trabalhar entrem na produção já, distribuindo as horas de trabalho entre todas as mãos disponíveis! Que a perda seja deles!

A juventude não pode estar nem em um dia mais desempregada e sem escola! 4 horas de estudo e 4 horas de trabalho, para a juventude operária, pagas pela patronal e o Estado!

Aumento do orçamento da saúde e educação em base a remoção do orçamento militar e impostos progressivos aos super lucros das transnacionais que saqueiam o ouro, o petróleo e os minerais do mundo!

Expropriemos as transnacionais que saqueiam ao mundo colonial e semicolonial!

Cameron e seus sócios, os trabalhistas, lançaram uma brutal repressão. Pensam transformar Londres e Liverpool em uma Bagdá ocupada por suas tropas e seu exército assassino.

Pela dissolução da polícia assassina dos banqueiros e as transnacionais! Desprocessamento de todos os lutadores operários e populares! Ponhamos em pé comitês de desempregados, da juventude operária, de imigrantes, comitês de fábrica e empresa, por colégios e faculdades! Por comitês de autodefesa contra o ataque da polícia assassina e das bandas fascistas, que já ameaçam com o brandir do cassetete sobre a cabeça e os ossos dos que lutam!

Pela dissolução e destruição da casta de oficiais assassina do exército da rainha e do príncipe!

O aliado da classe operária inglesa não é o Partido Trabalhista, tão assassino e esfomeador de sua própria classe operária e da classe operária mundial como os Tories. O combate por recuperar a TUC e

todos os sindicatos ingleses para a classe operária não só deve partir de expulsar à burocracia dos sindicatos, senão de separar já definitivamente ao partido trabalhista dos mesmos.

Fora da TUC os políticos das transnacionais e os banqueiros! Eles não têm o que fazer nas organizações operárias!

Os aliados da classe operária inglesa são os explorados que combatem nas ruas e praças da Grécia, Espanha e toda Europa. Os que encabeçam revoluções no Norte da África e Oriente Médio. Há que paralisar a máquina de guerra assassina dos piratas ingleses! Os operários portuários, do transporte, das ferrovias têm a possibilidade de fazê-lo, como ontem o faziam seus irmãos de classe em Oakland contra Bush e suas guerras imperialistas.

O que merecem os exploradores e saqueadores da classe operária inglesa e dos povos oprimidos do mundo é bem mais que uma queima feita por jovens desesperados e sem saída dos comércios onde já não podem consumir. Merecem uma greve geral revolucionária, a unidade das filas operárias, já que aos exploradores há que lhes pôr o pé no peito para que se ajoelhem, para conseguir até a mais mínima das demandas para os explorados.

Eles querem “sangue, suor e lágrimas”. A juventude sublevada começou-lhe a dar sua medicina. Trata-se de que sua luta seja tomada por toda a classe operária inglesa, já que o que exigem é o mesmo que precisa todo o proletariado desse país.

Abaixo Maastricht! Uma só luta generalizada de

todos os indignados de Londres,

Grécia e Espanha! Abaixo o parlamento Europeu e todos seus serventes! Há que pôr em pé um parlamento operário de todas as organizações operárias da Europa, África e Oriente Médio!

A REVOLTA COMEÇOU, QUE VIVA A REVOLTA! QUE AVANCE

A INSURREIÇÃO!

Que tremam os exploradores! Que se levante a classe operária! Este é o momento de parar o ataque, para unir as filas operárias, de impor a demanda de trabalho e salário digno para todos, de impedir o ataque às aposentadorias e a educação. Com uma greve geral, no momento da revolta da juventude, toda a classe operária encontrasse a melhor oportunidade de sair com as suas reivindicações e elevar a revolta ao início de uma insurreição vitoriosa.

Este é o caminho que há que impor, ou senão a burguesia passará à contra-ofensiva com tudo… e os operários que amanhã saiam a brigar por seus direitos serão tratados como “vândalos” na justiça contra-revolucionária da rainha.

A juventude operária e os imigrantes combatentes de Tottenham não podem ficar isolados. Sua luta é a de toda a classe operária inglesa, européia e mundial.

Um enorme susto deu-se a burguesia inglesa. A resposta contra-revolucionária que prepara é proporcional ao susto das classes possuidoras ante esta ação espontânea de massas. A mesma ficou dessincronizada do resto da classe operária por traição das direções da TUC.

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Em março de 2010, operários imigrantes, empurrados pela primeira onda de lutas na Grécia, repudiando que seus irmãos de classe morriam como cães cruzando o Mediterrâneo ou baleados em Ceuta e Melilla para entrar na Europa, lançaram um apelo a toda a classe operária européia a unir sua luta e suas reivindicações. Eles representam 30/40% de toda a classe operária européia.

Suas reivindicações foram desatendidas por responsabilidade absoluta das direções traidoras dos sindicatos e da esquerda servente de Maastricht. Depois veio um brutal ataque dos capitalistas sobre toda a classe operária européia.

As transnacionais e seus porta-vozes, os conservadores e os trabalhistas, dizem que querem que volte a “paz”. Então, deixem de explorar aos trabalhadores e de colocar em guetos de fome e miséria à juventude operária! Se quiserem que a juventude de Tottenham não seja “violenta”, deixem de matá-los de fome e com a sua polícia assassina! Se não gostam do fogo, deixem de aspergir com napalm e fósforo aos países de onde provem os operários imigrantes! Se são tão “pacifistas” e “educados”, deixem de sustentar aos governos contra-revolucionários que massacram e entregam os povos do mundo! Se têm tanta “honra e boa conduta”, deixem de roubar os bilhões de dólares que expropriaram para salvar a bancarrota que seus bancos provocaram! Deixem de tratar os operários de cor em Tottenham e em toda Inglaterra como tratam -a cacetada e a tiros - a todos os operários que exploram, tal qual escravos, na África desde o norte até o sul!

Nada disto farão estas bandas de novos piratas Morgan! Os piratas ingleses, junto aos ianques, saqueiam o petróleo e toda a riqueza do mundo colonial e semicolonial e escravizam, em campos de concentração, às centenas de milhões de operários na China! Então, como não vão roubar também o trabalho, a saúde e a educação da classe operária inglesa? Os trotskistas afirmamos que a revolta, o motim e a sublevação dos explorados é sagrada. Estes estão em seu direito. É autodefesa em um campo de concentração de centenas de milhares de jovens operários imigrantes e juventude inglesa desempregada.

Os trotskistas afirmamos o que liquida e destrói a pequena propriedade é o banqueiro, é a transnacional imperialista e não as

MOTIM E REVOLTA À LUZ DO COMBATE DA JUVENTUDE OPERÁRIA INGLESA

No século XIX o “Ludismo”, uma das primeiras correntes

políticas da classe operária nascida na Inglaterra, lutava queimando máquinas porque não terminava de identificar o seu real inimigo, dando conta da imaturidade que ainda persistia no proletariado. Assim o definia Marx “Foram necessários muito tempo e muita experiência para que os operários chegassem a distinguir entre as máquinas em si e o emprego que lhes dava o capital e a dirigir seus tiros não contra os instrumentos materiais de produção senão contra a forma social em que se aplicavam” (O Capital, tomo I). Mas no século XXI, após anos e anos de experiência acumulada pelo proletariado, hoje a juventude operária inglesa acendeu fogo tudo o que não pode consumir, não já por imaturidade, senão por traição da direção que a classe operária tem a sua frente.

Na Inglaterra imperialista, o motim e a revolta da juventude operária não cai como “um raio de um céu sereno”. Já os estudantes em sua luta pela educação, no ano passado, incendiaram o local central dos “Tories”; meses atrás irrompeu uma importante greve estatal contra o ataque do governo de Cameron. Se estes combates aparecem de maneira dessincronizada, da revolta e o motim que protagonizam a juventude operária, isso se deve à burocracia da TUC e às correntes reformistas que são inimigas de unir as filas operárias para varrer o governo de Cameron e a coroa britânica.

As direções traidoras da classe operária não só dessincronizam o combate revolucionário do Norte da África com o da Grécia e Espanha, ao que a sua vez dividem do resto da Europa; senão que ao interior mesmo da Inglaterra, essas mesmas direções, dessincronizam à cada passo a luta da classe operária inglesa que tenta se pôr de pé contra o ataque dos capitalistas.

Por isso, as enormes jornadas de combate do 7,8, 9 e 10 de agosto do setor mais explorado do proletariado, não deixam de ter, sob as atuais condições de traição da TUC e os partidos reformistas social-imperialistas que falam em nome do “socialismo”, um caráter defensivo. Trata-se de uma revolta espontânea de “forças elementares” que não consegue identificar com clareza a seus inimigos, e pôr em pé organismos de classe que possam orientar essas enormes forças dos explorados sob um programa de luta que não fique na impotência.

A situação da juventude operária de Londres e de toda a Inglaterra é o resultado direto da traição da aristocracia e burocracia operária social-imperialista cujo programa foi, ante o começo da crise mundial “Trabalho inglês para os ingleses”, deixando a mercê o ataque do governo e da Coroa aos operários imigrantes, o coração do proletariado inglês e europeu. Por isso neste verdadeiro Motim, se expressou também um setor dos explorados que já nem sequer entra no processo produtivo embora seja esporadicamente e é condenado a formar uma “subclasse” de desempregados crônicos, que é o reflexo direto da decomposição extrema do sistema imperialista.

O motim e a revolta na Inglaterra demonstram que se rompeu a paz entre as classes e que entramos em um processo de guerra civil. Trotsky manifestava-o desta maneira em seu discurso na Academia Militar de Moscou no ano de 1924 “A guerra civil constitui uma etapa determinada da luta de classes quando esta, ao romper os enquadramentos da legalidade, chega a se situar no plano de um confronto público e, em certa medida físico, das forças de oposição.”

Por isso, contraditoriamente, este verdadeiro motim e revolta que hoje é cercado pela direção da TUC para que fique a mercê da repressão selvagem do Estado imperialista Inglês, podem ser as formas desesperadas e violentas nas que pode estar preparando um combate superior por parte do proletariado. Lenin afirmava sobre a Revolução Russa de 1905 que “Não decorreu ainda tanto tempo desde que a única manifestação da luta do povo contra a autocracia eram as revoltas, isto é os distúrbios inconscientes e desorganizados, espontâneos e às vezes selvagens. Mas o movimento operário, que é o movimento da classe mais avançada não demorou em sair dessa fase inicial”. Para mais adiante propor que: “As revoltas deram passo às greves organizadas e às manifestações políticas contra a autocracia”.

A isso apostamos os trotskistas internacionalistas e por isso levantamos um programa para que o Motim e a revolta se transformem em revolução e insurreição.

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massas sublevadas, que desatam todo seu ódio contra o consumo que lhe é negado, sobretudo o mais elementar deles, que é comer.

Afirmamos que ainda se queimou pouco, e que a revolta e o motim deve ser elevado à reivindicação de trabalho e salário e a que a crise a paguem realmente os banqueiros e os capitalistas, atacando sua propriedade, conquistando trabalho, salário, saúde e educação digna para todos.

Afirmamos que há que desenvolver e estender as barricadas, e organizar aos sublevados de Londres em Tottenham com uma reivindicação imediata, que não pode ser outro que o que levantam a juventude e a classe operária chilena: expropriação das transnacionais e dos banqueiros para poder comer. O caminho mais curto para isso, como ontem fizeram os estudantes com o local dos tories, é queimar Buckingham, com os tories, os trabalhistas e a monarquia assassina dentro.

OS COMBATES DE LONDRES: UM BRILHO DA REVOLUÇÃO DO

NORTE DA ÁFRICA E ORIENTE MÉDIO QUE CHEGA A EUROPA

Em Misarrata (Líbia), como

assim também na Síria, a revolução e a contra-revolução se vêem a cara. No Egito e na Tunísia, com frases doces e envolturas pseudodemocráticas tenta-se arrebatar as conquistas das revoluções que varreram com as autocracias sustentadas pelo imperialismo na região.

Os combates do Magreb estendem-se pelo Mediterráneo para a Europa, chegando a Grécia, com greves gerais, e a Espanha com ações nas ruas. Agora, estes combates passaram a boas mãos nas ruas de Londres. Essas forças há que as organizar e as centralizar a nível europeu e em cada país.

Abaixo a V República Francesa! Fora a Merkel, a chakal da Europa! Fora monarquia assassina de Buckingham e dos borbons da Espanha! Eles impuseram e impõem a mais feroz ditadura dos banqueiros e do grande capital.

Um punhado de parasitas, que vivem de cortar cupões sem trabalhar nem produzir bem algum, estão levando à civilização humana à barbárie e à decadência total. Depois assustam-se quando “a barbárie” dos explorados se

subleva, entregando a eles nem sequer o 5% do dano que eles lhe provocam à classe operária mundial.

Para os marxistas revolucionários, a “barbárie” sublevada longe de ser barbárie, são as forças liberadas dos explorados. De triunfar, conseguirão educação de nível, pública, gratuita e de qualidade para toda a juventude inglesa, trabalho digno para todos, uma saúde onde não se morram em partos clandestinos as jovens operárias de Londres, Liverpool e todas as cidades inglesas.

É a barbárie capitalista que deve morrer. A “barbárie” sublevada, isto é, a civilização, merece transformar-se em insurreição e revolução. Essa é a hora que chegou. A faísca da Tunísia incendeia o Norte da África e Oriente Médio; agora, apesar e na contramão das direções traidoras da classe operária, tenta novamente incendiar a Europa.

À ditadura do capital derrocará a ditadura do proletariado, para que sejam eles, os explorados, os que paguem a crise que eles provocaram.

A JUVENTUDE OPERÁRIA INGLESA REBELA-SE CONTRA SEU MARTÍRIO ACENDENDO FOGO AO QUE NÃO PODE CONSUMIR

O CAPITAL FINANCEIRO PARASITÁRIO DESTRÓI TODA A RIQUEZA DA SOCIEDADE HUMANA, E CONSUMIU PARA SEU BENEFÍCIO O QUE AINDA NÃO

PRODUZIU O TRABALHO HUMANO

Cruzando os oceanos,

vemos como se afundam as bolsas de Wall Street e de Tókio. O superdéficit dos EUA, com um pacto do Obama com o Tea Party, farão novamente pagar às massas norte-americanas, com bilhões de dólares de redução da despesa pública em saúde, educação, seguro desemprego, etc.

A burocracia sindical da AFL-CIO e a esquerda norte-americana, que chamaram a apoiar Obama contra os “fascistas” do Tea Party, se encontraram com que foi Obama, apoiado pelo Tea Party, o que arrasou um novo saque às massas norte-americanas. É que EUA deve lhe fazer pagar sua crise, a crise de Wall Street e os super bancos, a sua própria classe operária, à classe operária mundial, aos povos oprimidos do mundo e, como questão não menos importante, ao resto das potências imperialistas.

Europa encontra-se em crash generalizado e com um

Maastricht “sustentado com arame”. Uma segunda ronda de queda das bolsas e depreciação de moedas e valores acompanham a recessão que se aprofunda nos países imperialistas, como aconteceu em 2008-2009.

A burguesia consegue uma suposta saída dessa crise, com o capital financeiro parasitando e especulando mil vezes mais que

nas condições que produziram o estalido da crise mundial em 2007-08.

A taxa de lucro só foi recuperada de forma fictícia, emitindo dólares sem respaldo em bens produzidos e com novos empréstimos endividando ao mundo semicolonial, a China de forma particular, com novas

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especulações em commodities e novas borbulhas.

Tal como o cão que morde a cauda, os super bancos e a oligarquia financeira mundial do Bundesbank, a City de Londres, as bolsas de Tokio, Paris, Madri e Nova York, para sair de sua crise de 2008-2009 voltaram a recrear um círculo especulativo, incrementado de forma fictícia, os valores das commodities, minerais e petróleo, como assim também de ramos de alta tecnologia, a onde foram enormes massas de capitais acumuladas em empresas fantasmas, que só possuem um notebook em uma garagem. Tal é o caso de Facebook, que foi elevada a um valor fictício de 7.500 milhões de dólares. Isto é o que estala nestes dias com crash nas bolsas, ameaça de cessação de pagamentos de potências imperialistas, desvalorização das moedas, etc.

Os que falavam de um “novo mundo” que dava local à “emergência de novas potências”, não fazem e não farão mais que se romper o nariz com as rochas da crise econômica mundial. O “boom” brasileiro, chinês ou da Índia não foi mais que um boom especulativo, financeiro e de alto investimento em créditos, que alimentaram novas borbulhas imobiliárias, financeiras, etc., aos que hoje lhe corresponde uma brutal fuga de capitais. Não casualmente estes capitais vão de novo ao “local seguro”, que são os bônus do tesouro dos EUA, quando este é o país mais endividado e em crise do planeta.

É que a queda da taxa de lucro e os benefícios que o capitalismo já se devorou sem os ter produzido, são o que subjacente na profundidade dos estalidos das bolsas e a recessão das potências imperialistas, que ameaça já com se transformar em depressão aberta, ou bem, se é combinada com processos inflacionários, em estagflação, produto do afundamento do valor das moedas.

Esta nova maré da crise mundial está demonstrando que ali onde os bens não foram criados pelo trabalho humano, não há bolsa de valores, super bancos, estados ou deus que os possam criar. Estamos ante A Crise, e não “uma crise mais” do sistema capitalista.

O mercado está encolhendo. Sobram potências imperialistas. A catástrofe de Maastricht já está aqui. Países inteiros da Europa já vão à ruína. EUA, o imperialismo dominante, onde está o foco da

crise, irradia e devolve a todo mundo. Este ao manejar o dólar, a moeda dos intercâmbios e transações comerciais e financeiras mundiais, faz usura inclusive com os países imperialistas quebrados que tem déficit, como Espanha, Grécia, Itália, Portugal e agora França, comprando, com seus super bancos, os bônus desvalorizado da dívida dos estados europeus a um 60% ou 80% e depois os cobrando a vencimento a um 100% de seu valor nominal.

O mesmo fazia o banco Morgan e o Citibank com a dívida dos países latino americanos na década de 80, que as tinham em seus cofres totalmente desvalorizados a um 20% de seu valor, para depois, com esses bônus, adquirir a preço de arremate todas as empresas estatais e riquezas da América Latina.

EUA transformou ao mundo em seu mercado interno, tanto em sociedade como em disputa com o resto das potências imperialistas. Seu “super déficit”, em última instância, está baseado na confiança de que pagará suas dívidas. Mas mesmo assim, a recessão já ameaça os EUA com uma depressão.

A maioria de suas transnacionais e seu capital financeiro medem-se pelos super lucros que estes sacam no mundo inteiro. A relocalização das transnacionais e o capital financeiro norte-americano no planeta já não pode resolver seu super déficit. Só poderá atirar às massas e ao mundo inteiro.

Assim, na crise, a potência dominante faz valer sua supremacia bem mais que no ciclo de ascensão. Impõe-lhe a França e Alemanha que invistam rapidamente na Itália e Espanha se querem salvar a Maastricht. Estas obedeceram, e isso é a única contra tendência aos valores derrubados nas bolsas na “quinta-feira, sexta-feira, segunda-feira e terça-feira negra” dos primeiros dias de agosto.

EUA obriga a França e Alemanha a seguir pagando a crise e a ruína das potências imperialistas da Europa do sul, para cobrar-se, como já dissemos, os títulos da dívida que comprou totalmente desvalorizado e que se valorizam aos 100% quando o Bundesbank e Alemanha põem a prata. As tensões já são insustentáveis. A Merkel e a burguesia imperialista alemã já tem posto o grito no céu de que desvalorize Grécia e se vá de Maastricht. Alemanha quer cobrar ela a dívida que tem a Grécia.

A esquerda mundial seguirá falando de “a decadência norte-americana” em momentos em que esta potência imperialista lhe atira mais e mais a crise ao mundo. Querem fazer-lhe achar ao planeta que o “democrático” Obama é o presidente de um imperialismo em decadência e retrocesso, quando este já mostrou seus dentes votando a redução de despesas, como o fazem seus sócios os conservadores de Londres, atacando novamente às massas. O carniceiro imperialista Obama é o que está lhe atirando sua crise e desmembrando Maastricht, é quem está resolvendo sua crise emitindo mais de 2,8 bilhões de dólares em

moeda falsa, sem respaldo na produção real, com a máquina impressora da reserva federal, para lhe atirar inflação ao mundo.

Hoje o sistema capitalista paralisou as máquinas e a produção instalada na maioria das potências imperialistas. Milhões de explorados ficaram por fora do processo produtivo e em desemprego crônico. Ontem, no surgimento do capitalismo a princípios do século XIX, eram operários

ainda imaturos os que queimavam e paralisavam as máquinas para terminar com sua exploração. Hoje são os capitalistas os que pararam a maioria da capacidade instalada para a produção dos bens no planeta.

A produção deve passar a outras mãos.

O capitalismo não encontra saída, e não o fará sem reduzir a um “Tottenham”, isto é, campos de concentração generalizados, à amplíssima maioria da classe operária mundial. Só assim dará novos saltos no investimento para produzir forças destrutivas, isto é, armas para a guerra. Sem novas guerras, sem fascismo, sem novas potências vassalas, deslocadas do mercado mundial, o capitalismo não poderá sobreviver e afundará à civilização na barbárie se a revolução proletária não o deter.

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NO MEIO DO CRASH MUNDIAL E A BANCARROTA CAPITALISTA

IMPERIALISTA, A ESQUERDA REFORMISTA BUSCA

DESESPERADA UM “IMPERIALISMO DEMOCRÁTICO COM UM PLANO KEYNESIANO”

Na crise da década de 30,

começava o esgotamento e a queda da taxa de lucro do imperialismo norte-americano. É que apesar de seu enorme mercado interno, este já lhe impunha um limite absoluto a sua altíssima taxa de produtividade, o mesmo que o domínio da Inglaterra do planeta. EUA precisava dominar o mundo.

O Plano Rooselvet, isto é, o New Deal dos anos 30, significava que o imperialismo norte-americano, para ganhar tempo antes de ir à guerra, devia depurar seu próprio capital financeiro, totalmente depreciado.

Os banqueiros atiravam-se dos edifícios de Wall Street,

lamentando suas perdas. Era um sistema purgando a si mesmo e ao mesmo tempo se concentrando.

As finanças do Estado não foram sustentar banqueiros, senão que impulsionaram que estes bancos se concentrem em super bancos (como os que vemos agora) e orientou, naquele momento, o crédito para plano de obras públicas para reativar o mercado interno e restituir a taxa de lucro à burguesia norte-americana, sobre a base de uma brutal escravatura, desocupação e saque ao salário da classe operária norte-americana. É que jamais teve plano keynesiano, sem operários escravos.

O plano Keynesiano de Roosevelt era a expressão de um imperialismo riquíssimo, com superabundância de capital, credor de toda Europa e sem o suficiente mercado para explorar. Este plano keynesiano, que hoje sente falta toda a esquerda mundial, foi a conseqüência daquelas condições da década de 30 de um imperialismo que se preparava para dominar o mundo com a guerra.

O super déficit e bancarrota dos Estados imperialistas de hoje deixará como choronas de funerais à esquerda reformista mundial, que suplica por novos planos “keynesianos” a estados quebrados por lhes pagar as super perdas aos super bancos das potências imperialistas.

A esquerda reformista do Fórum Social Mundial chama por “planos keynesianos”, de obras públicas. Por isso, a revolução socialista está por fora de sua visão. “Há que ter salário de miséria e perda de conquista para manter o emprego”. Este é o verdadeiro plano rooseveltiano e keynesiano que os traidores da esquerda reformista quer lhe impor ao proletariado mundial!

São os continuadores do stalinismo e sua política de coexistência pacífica em Yalta à saída da guerra. Este traiu a revolução européia desarmando ao proletariado das potências imperialistas, para que não se faça do poder nem na Inglaterra, nem França nem na Itália, onde a

DECLARAÇÃO DO WORKERS INTERNATIONAL VANGUARD LEAGUE DA ÁFRICA DO SUL

SOBRE O LEVANTAMENTO DA JUVENTUDE NA INGLATERRA O brutal assassinato de Marck Duggan, por parte da polícia, em 4 de agosto em Tottenham é o fato com que acendeu-se um levantamento da juventude desempregada e estudantil através de toda a Inglaterra. Bem como cresceu a natureza parasitária do capitalismo, também o fez o tamanho e a brutalidade das forças repressivas do Estado. O recorte em massa de 82 mil milhões de libras lançado pelo Partido Trabalhista e hoje continuado pelos Democratas Liberais e os Conservadores, junto à grande desocupação e depreciação dos salários reais, são os fatores objetivos que conduziram a esta explosão da juventude. Já faz muito tempo que a classe operária está preparada para combater ao regime capitalista imperialista Britânico, mas os dirigentes traidores dentro do movimento operário mantiveram à classe operária organizada fora das ruas –organizaram ocasionalmente marchas de um dia para libertar um pouco a pressão das massas-. Na desorganização deliberada da resistência, a „esquerda‟, o SWP, The Militant (Allan Woods), Workers Power, WRP, Socialist Fight, etc. jogaram o maior papel contra-revolucionário. De fato, vêm fazendo isto faz anos e desta vez, os imperialistas pensaram que podiam contar com seus serviços, uma vez mais. De fato, eles vão seguir jogando o papel mais perigoso de salvar ao sistema por um meio de deixar isolados e conter os levantamentos atuais da juventude.

QUEM SÃO OS CRIMINOSOS? Os principais criminosos são os bancos dos EUA e o do Reino Unido, e aliás toda a classe capitalista, os quais estão fazendo lucros inauditos de milhares de milhões de libras. São os que estão condenando a milhões de trabalhadores às baixas de salários, ao desemprego em massa, são os que estão multiplicando seus lucros sobre a custa dos estudantes, quem agora têm que pagar o triplo. A classe capitalista é a responsável por aumentar o custo de moradia a um nível que não tem relacionamento com seu valor real, são eles os que subiram os preços da gasolina e os alimentos muito mais de seu nível real, são eles os que se enriqueceram em massa com seu sistema de saúde privatizado. O Partido Trabalhista, os Liberais Democratas e os Conservadores são agentes destes criminosos capitalistas, quem está saqueando os cofres públicos e à classe operária abertamente durante séculos.

O CAMINHO A SEGUIR Enquanto organizam-se comitês de ação em cada área, unindo a operários imigrantes e locais, a questão imediata é a autodefesa contra as bandas da polícia. Ao mesmo tempo torna-se importante o chamado a que os comitês de fábrica se ponham em pé com a forma de comitês de ação operários. Enquanto a juventude é a faísca do levantamento, é o conjunto da classe operária o que tem de mobilizasse para levar a luta adiante. Os capitalistas são os que estão saqueando as massas – a resistência deve ser preparada para a ocupação de fábrica como parte da preparação para a greve geral-. Ao mesmo tempo, os operários e a juventude devem marchar aos escritórios sindicais para demandar a greve geral, não só contra os recortes, senão por trabalho para todos. Os trabalhadores devem mandar delegações a seus familiares que conformam a base do exército para chamá-los a que se lhes unam na defesa das massas. Estes são os primeiros passos da luta a seguir.

12/8/2011 WIVL DA ÁFRICA DO SUL

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burguesia estava dizimada e suas forças esgotadas.

O Exército Vermelho, com a burocracia stalinista à cabeça, deteve-se em Berlin para controlar a revolução no leste europeu. Os partidos comunistas chamaram à classe operária a desarmar-se para “reconstruir a Europa”.

Fez-se trabalhar os operários europeus como hoje trabalham em campos de concentração os operários chineses. Esse foi o plano Marshall, assim se reconstruiu a Europa.

Mas estas condições já não existem. Sem a destruição da Europa por uma nova guerra, o único que terá é uma circulação de bônus sem valor que ficaram em mãos dos Estados, parasitando e fazendo estalar a cada passo Maastricht, enquanto os banqueiros colocam nos bolso as arcas dos estados para cobrir suas perdas.

Por isso se calaram –e não dizem nenhuma palavra- do verdadeiro New Deal que é o que aplica a Merkel e o poderoso imperialismo alemão com sua altíssima taxa de produtividade. Ali, ante o estalido da crise mundial, sob a chantagem da desocupação, reduziu-se um terço do salário da classe operária. Enquanto, o governo subsidia à patronal, em base a reduzir a despesa do Estado, cobrindo-lhe outro terço do salário operário.

Esse “New Deal” significa que a burguesia imperialista alemã paga salários chineses e mantém sua produtividade, lucro e concorrência no mercado mundial, à custa da classe operária.

Mas isso é uma exceção, que inclusive durará pouco tempo ao primeiro estalido de Maastricht e à quebra em corrente das potências imperialistas européias.

Esperemos que a esquerda reformista, as choronas de funerais, chorem no seu e não no da classe operária européia e mundial. EUA, para sair de sua crise, seja com Obama ou com o Tea Party, aplica e aplicará o mesmo programa e o mesmo ataque às massas de todo mundo. O verso de “todos com o “democrático” Obama contra o “fascista” Tea Party” se desmorona ante a angústia e o desespero da classe operária mundial, e a norte-americana em particular.

A classe operária paga as traições de sua direção. Por isso, a classe operária, não consulta nem busca a estas direções para começar suas revoluções, como o vimos no Norte da África e Oriente Médio, quando se sublevam e começam a organizar seus combates como na Espanha, Inglaterra ou avança a greves

gerais revolucionárias como na Grécia.

Longe de um Roosevelt ou um Keyness, como suplica que surja a esquerda inglesa social-imperialista, que “imponha um plano de obras públicas”, o que virá é mais thatcherismo e fascismo contra os trabalhadores e as massas exploradas.

A esquerda social-imperialista, como ontem o stalinismo, busca a seus burgueses “progressistas”, “democráticos” e “rooseveltianos”, tão assassinos e saqueadores dos povos oprimidos, como os tacheristas, que é o garrote que hoje brande as transnacionais inglesas contra a classe operária.

A esquerda inglesa, depois das impressões do stalinismo, só prepara novas derrotas para a classe operária inglesa e européia. Com seus cantos de sereia, os partidos social-imperialistas querem fazer-lhe achar às classes operárias dos países centrais, que as revoluções operárias pelo pão, contra as autocracias, como as do Norte da África e Oriente Médio, são aptas só para os países coloniais e semicoloniais. Como se tivesse uma autocracia mais podre, contra-revolucionária, assassina e opressora que a monarquia inglesa, a V república francesa, a monarquia dos borbons e os regimes bonapartistas como o de Berlusconi na Itália! Se não é Cameron anunciando que mandará ao exército às ruas de Londres, da mesma forma que mandou a Khadafy a massacrar às massas de Líbia, ao Estado sionista de Israel a massacrar às massas palestinas, ou ontem à ITT a massacrar a heróica revolução chilena de 1973, entre outras tropelias contra-revolucionárias do imperialismo inglês?

Hoje, com suas câmeras dos senhores e dos comuns, e com sua justiça contra-revolucionária, quer julgar e castigar “exemplarmente” a meninos de 10 anos por tomar um pirulito de um quiosque, com penas de 9 e 10 anos de prisão. Já Basta! Libertem a todos os presos políticos! Abaixo as causas aos mais de 2000 jovens operários detidos por sublevasse contra a miséria! Tribunais operários e populares para julgar e castigar a todos os saqueadores burgueses, as transnacionais e os banqueiros da Inglaterra, que roubaram bilhões de euros e hoje querem sancionar com seus juízes cretinos e assassinos a meninos de 10 anos!

COM AS REVOLTAS DA INGLATERRA E A OFENSIVA

REVOLUCIONÁRIA DA JUVENTUDE E AS MASSAS

CHILENAS, A CLASSE OPERÁRIA MUNDIAL APRESENTA

BATALHA AOS BANQUEIROS, QUE QUEREM LHE FAZER

PAGAR SUA CRISE COM SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS

Uma nova onda do tsunami

da crise mundial se levantou. Os combates da Inglaterra e do Chile estão também na crista dessa onda. A classe operária destes países, com seu combate, começam a fazer justiça contra duas dos maiores inimigos do proletariado na década de 80: a imperialista Thatcher e o carniceiro Pinochet. Viva a luta da classe operária inglesa e chilena, vanguarda dos explorados do mundo!

As massas, em luta política, estão aprendendo a combater contra o capitalismo em sua agonia. Ali onde a classe operária sofreu toda a crise sobre seus ombros, como nos EUA, e as direções a submeteram ao governo burguês imperialista de Obama, não pode desenvolver um combate ofensivo e sustentado.

O problema central é a crise da direção revolucionária do proletariado: a superabundância de direções traidoras, que tentam desfazer e desorganizar o que as massas constroem em sua luta. O Fórum Social Mundial busca com lupa pelo mundo a “imperialistas democráticos como Obama”. Ali onde há revoluções operárias que levam à destruição do Estado burguês, apresentam a panacéia de “Assembléia Constituinte” para desviar os auges revolucionários das massas.

Tal é o cinismo do FSM, que estes traidores do proletariado apóiam a raiva ao assassino Khadafy, agente do imperialismo, que junto da OTAN está em uma corrida de velocidade por ver quem acaba primeiro com as insurreições das massas na Líbia que começaram em Bengasi e ameaçam com chegar a Trípoli. Enquanto, o imperialismo mandou a generais khadafistas vestidos de “democratas”, como cavalos de Tróia, para controlar a retaguarda das massas insurrectas com o CNT agente da OTAN. Mesmo assim não podem derrotar a poderosa revolução desencadeada no Magreb.

As direções reformistas cada vez menos podem controlar as massas, que saem ao combate apesar e na contramão delas. Assim, nos processos revolucionários do Norte da África, novas ondas revolucionárias, como

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na Tunísia e Egito, tentam saldar contas com os governos de frente popular e a colaboração de classes com os que a burguesia e o imperialismo tentou expropriar a luta revolucionária das massas.

É que as massas não lhe dão alívio nem ao ataque do capital nem ao reformismo.

Ali onde o ciclo de expansão no mundo semicolonial destes anos, de forma fictícia, se manteve (em base à especulação financeira e um ciclo industrial, essencialmente de bens primários ou de exportação das transnacionais ao mercado mundial), como no Cone Sul, Chinesa ou Índia, a classe operária reivindicou sua parte do crescimento. Não aceitou a carestia da vida nem a perda de seu trabalho quando viu as imensas riquezas saqueadas de suas nações oprimidas.

Uma enorme onda de luta e resistência de massas, de revoltas e motins, começou na China. Em Kazajstán uma greve geral sacode esse país, como ontem em Kirguistán. Hoje no Chile, a classe operária marca o caminho do combate do proletariado mundial: expropriar às transnacionais e os banqueiros para ter saúde, educação e trabalho digno. Nas ruas de Santiago, a classe operária e a juventude revolucionária gritam “os policiais de vermelho são os verdadeiramente perigosos”, isto é, os traidores stalinistas e a socialdemocracia chilena, serventes do regime pinochetista.

Este é um programa para toda a classe operária mundial. Fora os que submetem desde dentro à classe operária mundial à burguesia! Eles também são nossos verdadeiros inimigos!

Este é o programa que precisam os amotinados e os combativos jovens de Tottenham e demais bairros operários de Londres, Liverpool, etc. da Inglaterra! Ali está a saída para unir as filas operárias e impor uma greve geral revolucionária e avançar a uma ofensiva contra a City de Londres e as transnacionais!

A CLASSE OPERÁRIA EUROPÉIA E INGLESA PRECISA DE UMA

NOVA DIREÇÃO REVOLUCIONÁRIA

INTERNACIONALISTA PARA COMBATER E TRIUNFAR

Tem saído à luz declarações

dos “socialistas” e “anticapitalistas” ingleses, como o SWP inglês, Workers Power, WRP, etc. que enchem de opróbrio ao marxismo revolucionário. Denunciam aos

famintos de atacar aos bombeiros e paramédicos, e de fazer saques. Enquanto condenam a repressão policial, chamam a que se imponha “moderação” nas mobilizações.

Não lhes cai a cara de vergonha! Para eles o problema está no “lumpem proletariado”. Para os trotskistas o problema está na

aristocracia e nas burocracias pagas pelo grande capital para dividir o movimento operário! A juventude operária desempregada não quer ser “lumpem”, quer trabalho digno, moradia e educação.

Estas direções reformistas que falam em nome do socialismo,

O PROGRAMA DO TROTSKISMO Para tornar independente às organizações operárias

do Partido Trabalhista servente da Coroa imperialista

Ante os agudos acontecimentos que hoje sacodem a Inglaterra e toda a Europa, o legado teórico e programático dos fundadores da IV Internacional mantém sua completa vigência. Quando a classe operária inglesa funda desde as Trade Union o Partido Trabalhista na década de 20, o marxismo revolucionário defendeu o direito do proletariado a ter seu partido, já que se tratava de defender o princípio elementar da democracia operária na contramão da ideologia burguesa e seus partidos patronais.

Mas isto não significava de jeito nenhum apoiar à direção desse partido, sustentada pela burocracia da TUC, que demonstrava ser tão pró-imperialista como a de qualquer partido patronal. Assim o propunha Trotsky desde a “Oposição de Esquerda” da III Internacional –nesse então já sob o comando da camarilha stalinista: “Não há saída nenhuma (para o proletariado) do lado dos paliativos e das meias medidas. A gangrena do capitalismo inglês arrasta inevitavelmente consigo a impotência das Trade Union. Só a revolução pode salvar à classe operária inglesa, e com ela a suas organizações. Para tomar o poder o proletariado tem de ter a sua cabeça um partido revolucionário. Para conseguir que as Trade Union possam cumprir seu papel ulterior, precisa se livrar dos servidores públicos conservadores, cretinos supersticiosos que esperam não se sabe que milagres “pacíficos”, e pura e simplesmente, enfim, dos agentes do grande capital, renegados como Thomas. Um partido operário, reformista e liberal não servirá mais que para extenuar as Trade Unions, paralisando a atividade das massas. O partido operário revolucionário, apoiado nas Trade Union, será o poderoso instrumento de seu saneamento e de seu vigoroso desenvolvimento.” (Onde vai a Inglaterra?, 1926) Os renegados do trotskismo, não deixando pedra sobre pedra destas lições revolucionárias, em nome de “defender o direito do proletariado a ter um partido operário”, não fizeram mais que submeter à direção social-imperialista do Partido Trabalhista. Os usurpadores do trotskismo longe de lutar por jogar a essa direção agente do capital financeiro inglês e a Coroa britânica e terminar com sua influência nas organizações operárias, durante anos, dedicaram-se a fazer-lhe “entrismo” ou localizaram-se à esquerda do Partido Trabalhista, para desta maneira conter todo processo da classe operária que tende a romper com essa direção anti-operária. Hoje é de vida ou morte para o proletariado e a juventude inglesa compreender estas lições já que só poderá avançar em seu combate se consegue se sacar encima ao Partido Trabalhista e a burocracia da TUC, tal como propõe o programa do trotskismo. Fora as mãos do Partido Trabalhista da TUC e das organizações operárias! Abaixo a burocracia da TUC! Para este combate, a classe operária precisa de uma direção revolucionária que possa lhe marcar as condições para que seu combate triunfe, um partido que como diria Trotsky em sua obra Onde vai a Inglaterra?: “... faça com o aprumo revolucionário que Cromwell insinuava à jovem burguesia inglesa. Já conhecemos a linguagem que Cromwell empregava com seus soldados puritanos: „Não quero vos enganar com ajuda das expressões equivocas empregadas em minhas instruções, nas que se fala de combater pelo rei e pelo parlamento. Se chegar a ocorrer que o rei se encontrasse nas filas do inimigo, eu descarregaria contra ele minha pistola, como contra qualquer, e se vossa consciência vos impede fazer outro tanto, vos aconselho que não vos alisteis baixo minhas ordens‟.”

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em suas vergonhosas declarações, afirmam que “no entanto, ali onde teve roubo de necessidades básicas como alimentos, roupa, etc. são inteiramente compreensíveis”. O cinismo não tem limites. Estes senhores socialistas “entendem” que as massas famintas busquem alimentos para comer. Eles “o entendem”, mas se negam a propor à classe operária que para que tenha pão, trabalho, salário, e derrotar o ataque dos tacheristas ingleses, há que começar a revolução, há que jogar às autocracias, há que destruir ao regime imperialista e avançar com a revolução socialista e a tomada do poder por parte do proletariado…E esta gente fala em nome do socialismo e chamam-se a si mesmas “anticapitalistas”!

Esta gente chama a que “os deputados trabalhistas apóiem as investigações locais das causas dos assassinatos dos jovens operários”. Isto é, deixam em mãos dos piratas imperialistas representantes dos banqueiros, os trabalhistas ingleses e seus juízes que “se faça justiça”.

Comitês operários e populares para julgar aos policiais assassinos? Comitês de autodefesa para enfrentar aos tories, que reprimem com sua polícia assassina à juventude operária? Nada disto se encontrará nas declarações destes serventes do imperialismo.

Por outra parte, chamam a “lutar contra o desemprego” desde as comissões da juventude dos sindicatos. Mas se a juventude operária é expulsa dos sindicatos quando está desempregada!

Inclusive há uma prova factual. Por que não estão as bandeiras dos sindicatos, a esquerda trabalhista e o SWP à cabeça das revoltas para lhe dar uma direção “correta”, para pegar não menos, senão bem mais aos banqueiros e ao capital financeiro? Não as há nem as terá, porque em última instância são todos serventes da coroa inglesa, e porque defendem a luta de “trabalho inglês para os ingleses” e comiseração e esmolas com os “pobres imigrantes”…que são os operários que fazem os trabalhos mais sujos, mais duros e terríveis na Inglaterra dos tories, os trabalhistas e a rainha.

Embora os “socialistas” da rainha neguem-no, Mark Duggan é um mártir da classe operária e os explorados do mundo. Os

“socialistas” da rainha jamais terão a honra de ter tido em suas filas.

A hora de uma nova direção revolucionária da classe operária inglesa e européia chegou. Os renegados do trotskismo estão a poucos passos do stalinismo buscando burgueses imperialistas vândalos e assassinos, mas “democráticos”, para submeter a eles à classe operária.

Gerações inteiras deram sua vida para pôr em pé ao trotskismo inglês. A degeneração da IV Internacional, em mãos do pablismo e os renegados do marxismo, transformou a esta tentativa em uma enorme derrota para o proletariado inglês, e que hoje se paga com desmoralização e corrupção de suas filas.

Durante décadas estiveram dentro do partido trabalhista. A seu lado não são mais que um adendo do mesmo, isto é, do partido da City de Londres e das transnacionais assassinas inglesas. O seguem e o seguirão, contra a classe operária, até a morte.

Chegou a hora de pôr em pé o combat e por refundar ao trotskismo inglês. Isto não será uma tarefa nacional tão só dos explorados desse país, senão uma tarefa de todos os revolucionários do planeta que decidam pôr em pé um comitê internacional pela refundação da IV Internacional.

A classe operária inglesa já não pode solucionar nem a mais mínima de suas demandas sem um combate junto à classe operária européia e mundial. As burocracias sindicais e as direções colaboracionistas submetem à classe operária aos exploradores país por país.

Os combates da Grécia, Espanha e agora de Londres põem o encaminhamento nas ruas de unificar um combate internacionalista e revolucionário da classe operária européia, para destruir Maastricht e não para o sustentar. Para levar às metrópoles da Europa o combate do norte da África e Oriente Médio. Que permita pôr ao proletariado dos países centrais, com o grito de guerra de “O inimigo está em casa”, à cabeça do combate dos explorados do mundo colonial e semicolonial.

A classe operária européia e mundial deve recuperar seu internacionalismo militante, se queira realmente romper o cerco que lhe tenderam e lhe tendem à cada passo as direções traidoras.

Esta é uma obrigação de todas as forças revolucionárias do

trotskismo internacionalista que quer que o proletariado, em sua contra ofensiva, inicie as primeiras revoluções operárias e socialistas no continente europeu.

Às “Cumbre dos Povos”, os “Marxismo 2010 e 2011” que organizam os partidos social-imperialistas para cotejar a burocratas sindicais “de esquerda” e a intelectuais burgueses; à unidade dos partidos “anticapitalistas” de palavra e keynesianos e rooselvetianos, serventes da burguesia nos fatos, há que contrapor a luta por uma conferência internacional das forças sãs do movimento trotskista e as organizações operárias revolucionárias.

Na juventude sublevada de Londres; nos combates de Misarrata e nas barricadas de Santiago; nas greves gerais da Grécia; nas praças dos indignados da Europa; nas revoltas e sublevações da martirizada classe operária chinesa e africana estão as forças para reagrupar as filas do proletariado internacional, para pôr em pé a refundação de seu partido mundial, a IV Internacional.

Abaixo a monarquia da Inglaterra opressora, com sua câmera de senhores e dos comuns!

Séculos atrás, a burguesia inglesa, com Cromnwel, povoava Londres com lanças que estavam fincadas as cabeças dos inquisidores. Ninguém na história lhe reclamará que foi “violenta” sua revolução contra a nobreza, a igreja e o feudalismo. Ninguém se queixará, então, se desta vez o proletariado enche de lanças com as cabeças ensartadas dos banqueiros e os parasitas da City de Londres, que levaram a Inglaterra, Europa e o mundo à ruína.

É que, ou são suas cabeças em nossas lanças, ou as nossas em suas baionetas. São eles, os exploradores, ou nós, os trabalhadores do mundo. No meio, um rio de traidores pagos defendendo seus benefícios e sustentando aos exploradores em sua bancarrota.

Por uma Inglaterra revolucionária operária, socialista e soviética! Pelos Estados Unidos Socialistas da Europa! Contra a ditadura do capital! Pela ditadura do proletariado! Para que a classe operária viva, o imperialismo deve morrer! A juventude sublevada de Londres acendeu a faísca. Que se incendeie Europa!

SECRETARIADO DE COORDENAÇÃO INTERNACIONAL