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CLEITON FARIA DE OLIVEIRA – ADVOGADO OAB/MG nº 64.681 _____________________________________________________________ ____________ EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA DA COMARCA DE XXXX-XX. Inicial de Embargos a Execução por Título Extrajudicial Distribuição por dependência aos autos de nº : XXXXXXX Embargante : XXXXXXXXXXXXX Embargado : XXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXX , brasileiro, casado, desempregado, portador do CPF nº XXXXXXX e do RG nº XXXXXXXXX SSP/MG, com endereço na Rua XXXXXXXXXXX, por seu advogado e procurador que esta subscreve (XXXXXXXXXXX – instrumento de procuração já anexado aos autos de execução), vem mui respeitosamente à presença de V.Exa., interpor os presentes EMBARGOS POR TÍTULO EXTRAJUDIAL na forma e no prazo legal, a execução que lhes move AGROCREDI , pelos motivos de fato é de direito a seguir expostos: I = DO CABIMENTOS DOS EMBARGOS

Inicial de Embargos à Execução - Cédula Rural

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CLEITON FARIA DE OLIVEIRA – ADVOGADOOAB/MG nº 64.681

_________________________________________________________________________EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITODA XXX VARA DA COMARCA DE XXXX-XX.

Inicial de Embargos a Execução por Título Extrajudicial

Distribuição por dependência aos autos de nº : XXXXXXX

Embargante : XXXXXXXXXXXXX

Embargado : XXXXXXXXXXXXX

XXXXXXXXXXXXXXX, brasileiro, casado, desempregado, portador do CPF nº XXXXXXX e do RG nº XXXXXXXXX SSP/MG, com endereço na Rua XXXXXXXXXXX, por seu advogado e procurador que esta subscreve (XXXXXXXXXXX – instrumento de procuração já anexado aos autos de execução), vem mui respeitosamente à presença de V.Exa., interpor os presentes EMBARGOS POR TÍTULO EXTRAJUDIAL na forma e no prazo legal, a execução que lhes move AGROCREDI, pelos motivos de fato é de direito a seguir expostos:

I = DO CABIMENTOS DOS EMBARGOS

Verificando o processo de execução de execução em apenso, verifica-se que o embargante foi citado para a ação executiva em 17 de XXX de 200X, vencendo-se o prazo para embargos em XX de agosto de 20XX, razão pela qual, tempestivo a presente ação incidental.

Desnecessário a segurança do juízo, tendo em vista as novas disposições processuais referente aos embargos à execução por título extrajudicial.

II = DOS FUNDAMENTOS DOS EMBARGOS

QUESTÃO DE ORDEM PÚBLICA

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_________________________________________________________________________

NULIDADE DO TÍTULO EXECUTADO

ORIGEM ILÍCITA

OS FATOS ORIGINÁRIOS DO TÍTULO

De acordo com a regra processual do artigo 745, inciso V do CPC, nos embargos o Embargante poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento.

Assim o Embargante vem ao Judiciário requerer a declaração de nulidade do título executado, pois a origem da suposta dívida é ilícita, conforme demonstraremos abaixo.

As operações envolvendo o Embargante é o embargado são de longas datas iniciando desde o ano de 2000.

O Embargante possuía junto ao embargado uma conta corrente que possuía o número XXXXXXXX, da qual era co-titular seu irmão XXXXXXX, conforme se verifica nos extratos bancários anexos.

Tendo em vista que o embargado efetuou a cobrança de encargos indevidos na mencionada conta corrente, tais como juros sobre juros sem previsão contratual, débitos de tarifas e lançamentos de débitos sem origem, o Embargante acabou ficando com saldo devedor na conta corrente noticiada, sendo que por imposição do embargado acabou-se efetuando um suposto financiamento rural para cobrir o saldo negativo da conta corrente.

Conforme se verifica no extrato bancário anexo, foi apresentado unilateralmente pelo embargado um saldo devedor em XX de março de 20XX na importância de R$XXXXXXXX, no qual estava inserido juros abusivos de cheque especial da conta corrente nº XXXXXXXXX bem como uma cédula rural que foi firmada para cobrir referido saldo devedor.

O Embargante não consegui quitar a dívida originaria da conta corrente nº XXXXXX, razão pela qual, em virtude do Embargante e seu irmão não possuírem bens penhoráveis para quitar as dívidas anteriores, o

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_________________________________________________________________________embargado exigiu que a mãe destes assumisse como avalista no título ora executado.

Foi aberto, assim, uma nova conta corrente junto ao embargado, a qual recebeu o número XXXXXX, na qual aparece como avalista sua mãe XXXXXXX.

Nesta conta nº XXXX, foram incluídas além de dívidas indevidas referente às operações da conta nº XXXXX, inúmeros lançamentos indevidos e sem previsão contratual, os quais originaram uma cédula rural para quitar as operações anteriores.

Em XX de janeiro de 2.0XX, o Embargante celebrou com o embargado uma “Cédula Rural Pignoratícia e Hipotecária” no valor de R$XXXXXX (XXXXXXX), nº Bacen XXXX, com vencimento para XX de XXX de 2.0XX, para cobrir os saldos devedores das contas nº XXXX e XXXXXXXXX.

Posteriormente em data de XX de setembro de 2.0XX, foi efetuado entre as partes um “Aditivo de Titulo de Crédito Rural”, nº XXX, prorrogando o vencimento da cédula acima para a data de XX de janeiro de 2.0XX, tendo a dívida naquela oportunidade apresentado o saldo devedor de R$XXXXXXX.

Antes do vencimento da cédula em XX de janeiro de 2.0XX, a família do autor acabou vendendo uma parte de terras, para quitação da dívida junto ao requerido.

O Embargante procurou o embargado expondo sua situação financeira/econômica, e para quitação total da dívida, efetuou o pagamento da importância de R$XXXXXXXX (XXXXXXX), a qual foi debitado em sua conta corrente conforme extrato anexo.

Contudo, no dia XX de março de 2.0XX, o Embargante recebeu carta cobrança do embargado o qual alegou que existia uma dívida vencida desde XX de janeiro de 2.0XX e que tomaria providências “judiciais” para regularização. Doc. anexo.

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_________________________________________________________________________Em data de XX de abril de 2.0XX, o autor recebeu

correspondência do SERASA informando que o requerido havia pedido a inclusão de seu nome e CPF de um débito na importância de R$XXXXXX, ocorrido em XX de agosto de 2.0XX, referente ao financiamento.

O autor assim, foi cadastrado junto ao SERASA na importância de R$XXXX, conforme documento em anexo.

O Embargante não é devedor do requerido, sendo que na data de ocorrência que consta na correspondência do SERASA, ou seja, XX de agosto de 2.0XX, a dívida havia sido prorrogada para XX de janeiro de 2.0XX, conforme “Aditivo de Título de Credito Rural” anexo, firmado em XX de setembro de 2.0XX.

Necessário observar que o Embargante nunca teve acesso ao dinheiro da cédula rural pignoratícia e hipotecária executada na importância de R$XXXXXXXXXX(XXXXXXXXX).

A dívida executada no processo em apenso não é oriunda de crédito rural, pois em nenhum momento fomentou qualquer operação agropecuária do Embargante.

Tanto isto é verdade, que no processo executivo não consta qualquer documento que comprove a liberação da importância de R$XXXXXX.

Do mesmo modo, não foi juntado nos autos de execução A CONTA GRÁFICA QUE DEVE SER MANTIDA JUNTO A OPERAÇÃO DE CRÉDITO RURAL.

Na verdade o que houve foi uma mera operação contábil, onde nenhum tostão foi liberado em favor do mutuário.

A cédula rural foi firmada para cobrir dívidas já existentes, a chamada operação mata-mata.

Porém, o crédito rural possui regras próprias, não sendo admitido no direito pátrio à simulação deste tipo de operação.

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_________________________________________________________________________Preceitua o artigo 122 do Código Civil que :

“São lícitas em geral, todas as condições que não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesa se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes”

No caso presente, como e cediço, o mutuário (Embargante) se encontra completamente a mercê da entidade bancária que dita as regras e impede, literalmente, qualquer discussão a respeito do serviço da dívida, o que é público e notório e independe de qualquer prova – artigo 334, inciso I do C.P.C.

O que houve no caso presente foi uma SIMULAÇÃO DE EMPRÉSTIMO RURAL, onde somente o banco-embargado se beneficiou, haja vista sua condição de supremacia conferida pela sua posição econômica.

De acordo com o que preceitua o artigo 167 do Código Civil são nulos os atos jurídicos quando praticados em simulação.

VILSON RODRIGUES ALVES, na obra “Responsabilidade Civil dos Estabelecimentos Bancários”, 1ª edição, 1996, página 859, cita o entendimento de nossos Tribunais, conforme RT 711/187:

“53. Créditos Rural e Industrial

CÉDULA DE CRÉDITO RURAL – Execução – Desvio de finalidade provocado pelo banco credor – Quitação de cédulas anteriores englobando parcelas abusivas – Devedor que não dispôs do numerário – Responsabilidade integral do banco pela fraude à lei – Título descaracterizado.

Ementa oficial : Desvio de finalidade provocado pelo Banco do Brasil e em seu integral favor, pois implicou a quitação de cédulas anteriores, englobanco parcelas abusivas.

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Numerário do qual não dispôs o devedor, posto mera operação contábil, deixando-o sem recursos para financiar a safra.

Responsabilidade integral do Banco pela fraude à lei, assim como frustação da finalidade essencial do empréstimo.

Título descaracterizado. Embargos procedentes.

(Ap. nº 193.221.447 – 9ª C. – j. 5.4.94 – Rel. Juiz Breno Moreira Mussi)

Ao longo do Acórdão acima citado, se destaca o voto proferido pelo Ilustre Relator Dr. Breno Moreira Mussi:

“...Na lição de Pontes, na simulação “quer-se o que não aparece: não se quer o que aparece”. E o que o Banco quis, no caso concreto, e que não apareceu, foi burla a lei, abusando da supremacia conferida pela sua posição econômica. Pretender acoimar torpeza na submissão do mutuário – e, com isto, impossibilitar defesa (arts. 104 e 105 CCv) – é desconhecer normas elementares em relações desse tipo. Nesta linha de raciocínio, não se pode cogitar de simulação inocente – art. 103 CC -, como quis o Banco. Pelo contrário. O que não existiu foi inocência, e sim malícia provocada pela supremacia do Banco em relação à figura dos mutuários.

Se é nula a cláusula absolutamente potestativa, como se apresenta a do inadimplemento, não se pode validá-la mediante o artifício da novação, pois o art. 1.007 CC impede a manobra.

Sendo assim, acredito que a circunstância precede, por ordem lógica, o restante da matéria discutida no apelo.

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Diante do exposto, como a nulidade do título é prejudicial em relação aos demais pontos focados, acolho os embargos, dando-os por procedentes na sua integridade, nos termos dos dispositivos já mencionados, aliados aos arts. 745; 741, II; 618 I e 586, estes do CPC”

De acordo com o preceito do artigo 618 do C.P.C., que é nula a execução: I - se o título executivo não for líquido, certo e exigível (art. 586);”

Assim, lembrando-se sempre do brocado “NULLA EXECUTIO SINE TITULO”, deverá ser julgado procedente os embargos para anular o título executado, tendo em vista a simulação ocorrida.

2 - OUTRAS RAZÕES DE DEFESA

“Ad argumentum”, caso não acolhida a nulidade do título executado, pelo princípio da eventualidade, aduz o Embargante, ainda o seguinte:

COBRANÇA ABUSIVAILIQUIDEZ DO TÍTULO

Os juros e encargos exigidos pelo embargado nas operações realizadas com o Embargante são abusivos , pois além de estarem fora dos parâmetros legais, são exigidos de forma capitalizada (e sempre foram), comportamento esse que fere a Súmula 121 do Supremo Tribunal Federal e artigo 253 do Código Comercial.

Imperiosa é a aplicação do disposto no artigo 406 do Código Civil sobre o contrato existente entre as partes.

O Decreto 22.636/1933, denominado Lei de Usura e em seu artigo 1º dispõe :

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_________________________________________________________________________“É vedado e será punido nos termos desta lei, estipularem quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal ( Código Civil, art. 1.062)”.

Veja Excelência a situação privilegiada vivenciada pelas instituições financeiras no país sob o aparente manto da legalidade exigem juros acima da Lei de Usura, cobram acessórios sem explicar como se chegou ao montante, cobram IOF ( também inexigível), capitalizam juros, tendo como supedâneo os contratos mencionados na execução que possuem cláusulas leoninas e de adesão.

O Poder Judiciário não pode dar guarida ao enriquecimento ilícito pretendido pelas instituições financeiras.

Como e sabido, a comissão de permanência não encontra amparo na legislação, nem mesmo na Lei nº 4.595/64, sendo vedada expressamente pelo Decreto 2.283/86.

Vejamos o que diz a SÚMULA 30 DO STJ:

“A comissão de permanência e a correção monetária são inacumuláveis”

Já a SÚMULA 121 DO STF:

“É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada”

O Egrégio Tribunal de Alçada deste Estado de Minas Gerais, no julgamento da Apelação nº 50.360-1 da Comarca de Juiz de Fora, em que foi relator o iminente juiz Páris Pena, assim se manifestou:

“Quadro demonstrativo de débito do mutuário, apresentado de modo sucinto, não tem representativade formal para embasar execução, visto ser a especificação minuciosa das parcelas cobradas, condição indispensável para o exame da legitimidade da execução”

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_________________________________________________________________________ Conforme ensinamento do mestre HUMBERTO THEODORO JÚNIOR, em sua obra “Processo de Execução”, fls.,11, temos que :

“O processo de execução não é predisposto para a discussão do mérito, ele se contenta com o título executório”

São pressupostos específicos da execução, o título executivo e o inadimplemento do devedor, conforme artigos 580 e 583 do CPC, acrescentando o legislador que a cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título líquido, certo e exigível e não vemos no processo de execução, qualquer certeza e liquidez, afetando assim os pressupostos exigidos por lei.

O embargado não sabe o valor que pretende receber dos executados, bem como não sabe a data de vencimento da obrigação, conforme documentos anexos, pois:

a) no dia XX de abril de 20XX, através do SERASA efetuou a cobrança do Embargante da importância de R$XXXX;

b) na mesma correspondência declarou que a ocorrência seria do dia XX/XX/XX;

c) efetuou a negativação do CPF do Embargante junto aos órgãos restritivo ao crédito na importância de R$XXXXXXXXX com data de ocorrência de XX/XX/XX;

d) posteriormente ajuíza uma execução na importância de R$XXXX em XX de junho de 20XX.

Exa : Qual o valor líquido supostamente devido?

Além do mais, não pode o exeqüente efetuar a capitalização mensal dos juros, pois existe norma legal que determina a capitalização anual, sendo que tratando-se de crédito rural os juros moratórios devem ser de 1%(um por cento) ano conforme determina o artigo 5º do Decreto-Lei nº 167/67 e não conforme constou na cédula executada.

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Por outro lado, a taxa de juros remuneratórios é claramente abusiva, pois fere frontalmente os objetivos do crédito rural que é o fomento da atividade agrícola, devendo ser reduzida o percentual de 2,10% mensais equivalente a 28,324% ao ano.

Considerando pelo fato do título tratar- se de cédula de crédito rural, tendo sua previsão no Decreto- lei nº 167/67, mister que se verifique a disposição contida no parágrafo único, do art. 5º, do referido Decreto, que assim preceitua:

“Em caso de mora, a taxa de juros constante da cédula será elevável de 1% (um por cento) ao ano” (g.n). Deste modo, se algum encargo de inadimplência fosse possível cobrar, estaria este restrito a elevação da taxa de juros remuneratórios.

A disposição legal acima é bem clara quando limita os juros no caso de mora, não podendo ser cobrado acima do percentual de 1% AO ANO. A melhor tradução dos juros de mora é justamente aqueles que são cobrados após o vencimento da obrigação, posto que a remuneração do capital já teve o seu período verificado quando ainda vigente e regular a relação pactuada. Todo e qualquer juros cobrados por força do suposto inadimplemento representam os juros de mora e não podem ser cobrados acima de limite definido em lei.

Neste sentido, já entendeu o Egrégio Tribunal de justiça pela limitação de juros de mora em 1% ao ano, como se colhe do Repertório da IOB de Jurisprudência, nº 24/95, pág. 383, na decisão de nº 3/111538:

“CÉDULA DE CRÉDITO RURAL – MORA- TAXA DE JUROS – ELEVAÇÃO – LIMITE LEGAL – OBSERVÂNCIA.

“Crédito rural – Juros – Impossibilidade em virtude da mora, de elevação de juros, constantes da

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cédula, em mais de um por cento ao ano. Decreto- lei 167/67, artigo 5º, parágrafo único” (Ac. Un. Da 3ª T. do STJ – AgRg no Ag. 80.529-Mg – Rel. Mim. Eduardo Ribeiro – j. 10.10.95 – Agte. Banco do Brasil S/A., Agdo: Despacho de fls. 153 - DJU 1 20.11.95, p 39.591 – ementa oficial).

Observação IOB

Íntegra do voto do Relator:

“O parágrafo único do artigo 5º do Decreto- lei 167, que cuida dos títulos de crédito rural, estabelece que será elevável de um por cento a taxa de juros constante da cédula, em caso de mora.

O Agravante insiste em que as taxas pactuadas, para o caso de inadimplemento, não representam juros moratórios, mas continuam com a natureza de remuneratórios. Creio que essa discussão é despicienda, em vista dos termos da lei. Não me preocupa o nome que se queira dar. O certo, absolutamente certo, é que as novas taxas seriam devidas quando não houvesse o adimplemento, ou seja, em caso de mora. E a lei estabeleceu que, isso ocorrendo, a elevação não ultrapassaria um por cento AO ANO. Nego provimento”. (g.n)

Portanto, indevidos os juros de mora superiores a 1% AO ANO.

Ainda que o embargado venha alegar que existia cláusula permitindo a cobrança de juros à taxa contratada ACRESCIDA de um por cento ao ano mais correção monetária, tal disposição transgride normal

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legal e expressa, contida no parágrafo único do Decreto- lei 167/67, o que é suficiente para determinar a ineficácia da referida disposição contratual.

Inevitável, portanto, o reconhecimento da nulidade de pleno direito dos juros de mora, aplicados na planinha contida na petição inicial executória, devendo ser expurgados da quantificação da pretensão creditícia, inclusive com o reconhecimento da iliquidez e incerteza desta.

Preceitua o artigo 591 do CC/2002:

“Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumen-se devidos juros, os quais, sob pena de redução, não poderão exceder a taxa a que se refere o art. 406, PERMITIDA A CAPITALIZAÇÃO ANUAL”

Portanto, o exeqüente não é detentor de título executivo, pois a dívida cobrada não é liquida.

REVISÃO CONTRATUAL

A revisão contratual aqui pretendida não se trata de violação ao principio pacta sunt servanda, mas sim de relativização, pela aplicação do princípio da proporcionalidade, o que implica em limitações ao princípio da intangibilidade dos contratos.

Nos termos do que preceitua os artigos 478 e 480 do novo Código Civil é observando o princípio da boa fé objetiva, deve ocorrer o equilíbrio entre as partes, assegurando-se igualdade na avença.

O princípio da boa-fé objetiva encontra-se no artigo 4° e 51, IV e p. 1°, III todos do Código de Defesa do Consumidor, sendo que o equilíbrio contratual visa o chamado princípio da justiça, com a solução de tratamento eqüitativo (artigo 3°, I da CF 1988), de forma a assegurar o princípio da vida digna (artigo 1°, III da CF 1988 e art. 4° caput do CDC), do qual decorre o princípio da função social do contrato, segundo o qual o contrato deve servir de instrumento sobretudo para a satisfação dos interesses da sociedade.

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_________________________________________________________________________ Na maioria das vezes, pelas condições de dependência de créditos de seus clientes, os estabelecimentos bancários vêm impondo situações de desvantagem aos mesmos, que premidos pela liberação de empréstimos, se curvam de toda uma sorte de abusos, assinando contratos de adesão, fazendo seguros sem necessidade, enfim, cedendo a toda uma sorte de pressões para que possam obter recursos financeiros. Com isso, os bancos abusam do poder de barganha que detêm, impondo condições que ferem os mais comezinhos princípios de direito, manietando os clientes, impedindo- lhes de sua livre escolha.

Para constatar os extraordinários lucros que os bancos vêm tendo à custa disso; basta que se abra uma página de caderno econômico ou revista de economia e o assunto em destaque é sempre o mesmo : os fabulosos resultados.

A preponderância dos bancos sobre clientes está implícita, não só pelo fato de serem eles os gerenciadores do fluxo nacional de recursos, como pela dependência dos clientes às suas exigências. Basta que os bancos entrem em recessão para que as taxas de juros sejam aumentadas. E aumentam, evidentemente, em decorrência da falta de recursos gerados com a recessão, pois, detendo o monopólio do crédito, através do Sistema Financeiro Nacional, usam e abusam de seus clientes.

Como já mencionado, o Embargantes mantinha com o embargado, duas contas corrente nºs XXXXXXXXXXXX, e vários tipos de operações de crédito, dentre eles, empréstimos pessoais e abertura de crédito, além de outros. Em todas as operações, o Embargante apenas assinavam os contratos, os quais são posteriormente preenchidos, não sendo destinadas quaisquer cópias aos executados.

Com isso, o Embargante ficava mais vulnerável, pois sequer tem meios de conferir os lançamentos, ou mesmo o conteúdo dos contratos, inclusive taxas aplicada, tendo ficado a mercê dos lançamentos efetuados na conta corrente.

Tais contratos, inclusive o de conta corrente, são contratos de adesão, e por assim ser, reconhecidamente ilegais – Todo e qualquer débito que não tenha uma autorização especial para ele, é contestado.

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_________________________________________________________________________ Usa e abusa, pois, o embargado da conta corrente dos embargantes, com indiscriminada e desautorizada utilização dos saldos. E a Justiça tem entendido serem irregulares tais lançamentos. Por lógico raciocínio, temos em que, se para efetuar saques é necessário à utilização de cheques, e para que sejam debitadas as contas de energia elétrica, consumo de água etc., são exigidas autorizações por escrito, muito mais exigível e até mesmo por questão de moralidade administrativa, é vedado aos bancos à realização de qualquer débito sem uma autorização específica.

E, mesmo que autorizados fossem determinados débitos, tais autorizações são de validade restrita. É que, comumente, os bancos alteram o valor das tarifas, sem qualquer aviso aos correntistas.

Dessa forma, por interdependência, instala- se uma continuidade forçada de operações, quanto ao Embargante se vem obrigado a efetuarem transferências bancárias para socorrerem o saldo de sua conta corrente, já não mais suficiente para acolher cheques emitidos sobre saldo disponível, uma vez que a mesma foi dilapidado por débitos não autorizados, (gerando, com isso, no mínimo o pagamento do CPMF, e/ou abertura de crédito de emergência).

A doutrina e a jurisprudência têm reconhecido como contrato de adesão por excelência todos aqueles já com cláusulas impressas, que não permitem à parte aderente discordar. Assim, até os contratos de abertura de conta corrente utilizados pelo embargado estão enquadrados como tal, e portanto, imprestáveis para acobertar todos os excessos cometidos.

Essa modalidade de contrato, obviamente, subtrai a uma das partes contratantes, sempre a mais fraca, a livre autonomia e escolha das cláusulas, fazendo com que tenha que aceitar sem qualquer questionamentos taxas de juros, tarifas, etc., impostas pelo mais forte, o embargado.

A parte aderente, pois, tem merecido especial proteção do Direito, ante a limitação de sua vontade, por cláusulas previamente estabelecidas. Tais contratos são vedados pelo Código de Defesa do Consumidor (arts. 54 e 18, § 2º).

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_________________________________________________________________________ Em se tratando de relações pessoais, o Código Civil contém diversas regras na direção da proteção da livre vontade do agente na prática de atos jurídicos, sujeitando- se o infrator a severas penas e trazendo para a injustiçado a benesse de prescrição vintenária.

Vejamos o que diz a Lei nº 8.078, de 11/09/1990 Código de Proteção e Defesa do Consumidor, ao definir no art. 54, o que são contratos de adesão:

Art. 54. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.

No presente caso, somente tem restado ao Embargante apenas concordar, através da adesão, com as cláusulas e condições preestabelecidas pelo embargado. A própria vedação contida nos contratos, de se questionar a multiplicidade de garantias, excesso vedado em lei, não pode ser questionada, fato típico e caracterizador de abuso do poder econômico.

Esse princípio, pelo qual o contrato faz lei entre as partes, sendo inatingível, não tem mais o sentido absoluto de outrora, tendo sua rigidez atenuada pelos princípios da boa- fé, da legalidade e do equilíbrio contratual. Atribui- lhe a relatividade que a doutrina do indivíduo recusava, permitindo- se, assim, a intervenção judicial nas cláusulas contratuais, quando houver desequilíbrio entre as partes. Pretende o embargante, com a revisão judicial de toda a movimentação bancária com o embargado, seja constatada e declarada a cobrança de juros sobre juros (anatocismo), correção monetária aplicada incorretamente, seguros pagos superior ao devido, débitos de taxas unilateralmente estipuladas, tarifas das mais diversas, sem autorização expressa ou vinculadas a contratos de adesão, com o que, reconhecendo- se o indevido enriquecimento sem justa causa por parte do embargado, via de conseqüência seja o mesmo condenado a repetir aos embargantes as importâncias cobradas a maior.

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_________________________________________________________________________ O cotejo entre o enunciado de diversos artigos esparsos no Código Civil e as peculiaridades atinentes aos contratos sub judice conduzem à hermenêutica precisa, pautada na boa- fé, nas necessidades do crédito e nos princípios de equidade. Relativamente às obrigações oriundas de contratos de adesão, a estipulação deve ser interpretada sempre da maneira menos onerosa para o devedor ( in dublis minimum est sequimur); as cláusulas duvidosas interpretam- se sempre a favor de quem se obriga ( ver RT 142/620, 194/709 e 237/654).

A respeito da hermenêutica em contratos, como se verifica, onde a adesão parece ser o fator de prejuízo para a parte debilitada, assim preleciona CARLOS MAXIMILIANO (Hermenêutica e Aplicação do Direito, Ed. Forense, 8ª ed., 1976, pg. 360/361):

O princípio norteador da interpretação nesses contratos (de adesão) é o equilíbrio efetivo de poderes contratuais. Objetiva- se sempre, ao máximo a equalização jurídica dos poderes desigualados pela natureza e circunstâncias da atividade envolvida. (...) São de grande valia três regras básicas; interpreta- se um contrato ou uma cláusula neste inserida sempre contra o beneficiário da estimulação: interpreta- se, igualmente, sempre em favor daquele que se obriga o devedor ou promitente: e finalmente, contra quem redigiu e impôs o contrato.

Nos contratos em tela, evidente que a manifestação de vontade dos embargantes limitou- se a adesão. Em razão disso a sua interpretação deve ser realizada com observância estreita da norma contida no art. 112, do Código Civil, o qual apresenta uma regra geral de interpretação dos negócios jurídicos:

Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à sua intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.

Quando o embargante celebrou tais contatos, acreditou que o embargado estava cobrando de forma correta e legal os encargos financeiros, expostos na contratação, que compreendem juros compostos (anatocismo), correção monetária, seguro, taxas tarifas. É este, pois, um caso típico de error juris, que, afetando a manifestação de vontade, traduz- se em vício de consentimento, conforme ensina SILVIO

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_________________________________________________________________________RODRIGUES, O apego à ficção nemo jus ignore licet só deve ser mantido quando indispensável à ordem pública e à utilidade social (grifamos).

Não busca os embargantes com o presente acionamento judicial se subtrair ao cumprimento da obrigação de devolver ao embargado o que lhe foi emprestado, com os devidos acréscimos de juros legais; pela autorização que a própria lei lhes confere, busca apenas corrigir tanto excesso quanto ao desvio da finalidade contratual perpetrados pelo mesmo, em decorrência de supressão de sua autonomia volitiva, e consequentemente, para que lhe seja reconhecido o direito à repetição de indébito, este decorrente da cobrança a maior de juros, taxas, tarifas, etc., e toda a sorte de excessos, falta de autorização, anatocismo, inclusive reflexivos decorrentes de débitos indevidos no seguimento de saldos, seguros exigidos pelo embargado, enfim, toda a sorte de desvios.

A revisão integral da relação contratual pretendida pelos embargantes, pois, respalda- se também no art. 122, do Código Civil, inserido no título que disciplina as modalidades os negócios jurídicos.

Não pode o embargado efetuar a capitalização mensal dos juros, pois existe norma legal que determina a capitalização anual.

Portanto, por imperativo legal – Constituição Federal, Código Civil e Código de Proteção e Defesa do Consumidor – deve o Judiciário intervir no presente contrato, visando à revisão contratual, haja vista a ocorrência da onerosidade excessiva imposta aos embargantes.

A partir do momento que as embargantes são a parte mais fraca nos contratos celebrados, deverá ser aplicado o preceito do artigo 39, inciso V da Lei nº 8.078/90, uma vez tratar-se de norma de ordem pública, haja vista o que diz a Súmula 297 do STJ.

Quanto a possibilidade de efetuar a revisão contratual de todos os contratos, vejamos o que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça sumulou:

Súmula 286 do STJ:

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_________________________________________________________________________“A RENEGOCIAÇÃO DE CONTRATO BANCÁRIO OU A CONFISSÃO DA DÍVIDA NÃO IMPEDE A POSSIBILIDADE DE DISCUSSÃO SOBRE EVENTUAIS ILEGALIDADES DOS CONTRATOS ANTERIORES”

Aplicável ao presente processo o precedente do STJ no Recurso Especial nº 132.565 – RS, em que teve como Relator o Ministro Aldir Passarinho Júnior :

DA QUITAÇÃO DA DÍVIDA EXECUTADA

Conforme já relatado, no dia XX de janeiro de 20XX, o Embargante efetuou o pagamento total da cédula rural executada, tendo efetuado o pagamento da importância de R$XXXXXXXX, não existindo qualquer saldo devedor.

Tanto isto é verdade, que não foi apresentado na execução a conta gráfica que poderia embasar a alegação da existência de saldo devedor em favor do embargado.

A dívida foi quitada em XX de janeiro de 20XX, pelo débito ocorrido na conta corrente nº XXXXXXX.

DA APLICAÇÃO DO ARTIGO 940 DO CC

Tendo em vista que a dívida foi quitada em XX de janeiro de 20XX, deve ser aplicado ao embargado as sanções do artigo 940 do Código Civil, com sua condenação em devolver em dobro a quantia executada.

3 - PEDIDOS:

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_________________________________________________________________________Diante do acima exposto, requer a Vossa Excelência

o seguinte:

a) o recebimento dos presentes embargos com a suspensão da execução;

b) a intimação do embargado, para querendo, no prazo legal, impugnar os presentes embargos;

c) a IMPROCEDÊNCIA DA EXECUÇÃO pela nulidade do título executado, haja vista a ocorrência da simulação do título de crédito rural;

d) IMPROCEDÊNCIA DA EXECUÇÃO, pela quitação da dívida ocorrida em XX de janeiro de 20XX;

e) aplicação do disposto no artigo 940 do Código Civil com a condenação do embargado em devolver em dobro a quantia executada de R$XXXXXXX;

f) em caso de julgamento de mérito da execução, a PROCEDÊNCIA DOS PRESENTES EMBARGOS, pelos motivos alegados com a revisão contratual de todas as operações ocorridas entre as partes, notadamente das contas correntes noticiadas, com a aplicação do Código de Defesa e Proteção ao Consumidor, proibição da cobrança de juros superiores ao patamar legal, redução da multa contratual, aplicação do INPC ou do índice do TJMG como indexador da correção monetária, abatimento dos valores pagos, com a conseqüente condenação do exequente-embargado ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios a serem arbitrados por este r. Juízo sobre o valor executado nos termos do artigo 20 do CPC;

g) protesta e requer, em sendo necessário, provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, especialmente por prova documental, testemunhas, perícia e depoimento pessoal do embargado sob pena de confissão;

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_________________________________________________________________________h) a inversão do ônus da prova, nos termos do

dispositivo do artigo 6º, inciso VIII do CODECON;

i) o envio de ofício ao Banco Central do Brasil e Receita Federal para informar qual o valor que o exequente declarou como sendo o valor devido pelas embargantes.

j) os benefícios da assistência judiciária gratuita, conforme declaração e pedido anexo;

Nestes termos, D.R.A., por dependência aos autos de nº XXXXXXX Xª Vara, Xª Secretaria, dá-se aos embargos o valor de R$XXXXXXXXX (valor da negativação junto ao SERASA).

Pede deferimentoGuaxupé, XX de julho de 20XX

Cleiton Faria de Oliveira – adv.OAB/MG., nº 64.681

DOCUMENTAÇÃO REFERNTE

A CONTA CORRENTE Nº 810.654-1

TITULARES : ADEMAR DE MELO FILHO E O EMBARGANTE

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DOCUMENTAÇÃO REFERENTE A

CONTA CORRENTE Nº 4.932.462-4

TITULAR : DJALMA CORREA CASTRO MELO

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DOCUMENTOS DO PROCESSO DE EXECUÇÃO

EXECUÇÃO Nº 0287.08.041205-2

Exeqüente : AGROCREDI

Executado : DJALMA CORREA CASTRO MELO

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