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27/05/2013
1
Inspeção de mel
Jean Berg Alves da Silva
1
Alimento
Medicamento Cosmético
2
Histórico
Mel como alimento
– Pré-história
– Vários séculos forma extrativista e predatória
– Domesticação das abelhas Egípcios
3
Por muito tempo a humanidade utilizou o
mel de abelha como única fonte de
concentrados açucarados
http://images.google.com.br/ 4
Produção de mel no Brasil e no
mundo
5
Produção de mel no Brasil
6 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal
27/05/2013
2
Produção de mel no Brasil 2000-2009 (Kg)
160
110
7 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal
Produção de Mel no Brasil por
Região
8
Produção de mel no Estado do Rio Grande
do Norte
9 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal
110
150
100
Produção de mel por mesorregião no estado
do Rio Grande do Norte
10
Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal, 2010
Preço do mel US$/ton.
2002-2009
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
3.000,00
3.500,00
1 2 3 4 5 6 7 8
US$/ton.
US$/ton.
11
Análise de mel
Jean Berg
12
27/05/2013
3
Estabelecimentos de
produção de mel
13
UNIDADES DE PROCESSAMENTO
– Setor produtivo apícola
– Qualidade do produto
– Funcionamento
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WIESE, 2005. 14
PROJETO
– Planejamento
– Mercado
– Disponibilidade financeira
– Produção do local
http://files.ncse.gethifi.com/Sue_bee_honey_squirt-process-sc706x222-q80-t1313432473.jpg
WIESE, 2005.
15
ESTABELECIMENTOS
– Apiários
Produção, extração, classificação, estocagem e
industrialização
– Casa do mel
– Entrepostos de mel e cera de abelhas
Recebimento, classificação e industrialização
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997; WIESE, 2005.
16
17
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
LOCALIZAÇÃO Rural
Fácil acesso
Água
Vias de escoamentos
Área delimitada
18
27/05/2013
4
ESTRUTURA FÍSICA
– Recepção
– Beneficiamento do mel
– Estocagem
– Depósito
– Banheiro
– Vestuário
– Almoxarifado
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
http://www.zamorano.edu/1015917827_yxjbm-x2.jpg
19 20
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
LOCALIZAÇÃO
Rural ou urbana
Terreno Fontes de poluição
Abastecimento de água e rede
de esgoto
21
ESTRUTURA FÍSICA
– Seção de recepção e seleção
Plataforma
Extração do mel
– Laboratório
Análises de rotina
– Depósito de Matéria-Prima
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997. h
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22
ESTRUTURA FÍSICA
– Sala de Elaboração
Tecnologia empregada
Fabricação de bebidas fermentadas e vinagres
Geléia real e pólen
Cera e própolis
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
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- Recepção, Tanque de fusão
- Equipamento de filtração
- Tanques ou fôrmas de solidificação
- Mesa para seleção de própolis
- Seção de embalagem e expedição
23
ESTRUTURA FÍSICA
– Depósito Embalagens
Produtos embalados e expedição
– Higienização e sanitização de recipientes
– Dependência auxiliares Sede da Inspeção Federal
Escritório
Almoxarifado
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
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24
27/05/2013
5
ESTRUTURA FÍSICA
– Instalações Sanitárias e Vestiários
– Local de Refeições
– Lavanderia
– Varejo
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
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25 26
CARACTERÍSTICAS/DIMENSIONAMENTO
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
Pé Direito
• 3m
• 4m
• 2,5m em Câmaras frigoríficas
Paredes
• Alvenaria
• Altura: 2m
• Ângulos
Pisos
• Impermeáveis
• Declividade 2%
27
CARACTERÍSTICAS/DIMENSIONAMENTO
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
Teto ou forro
• Aprovados pelo SIF
• Higienização
• Resistentes
Portas
• Metálicas
• Trânsito fácil
Janelas
• Telas
28
CARACTERÍSTICAS
– Abastecimento de água
Potabilidade - RIISPOA
Águas de superfície
Depósitos de água
– Iluminação; ventilação
BRASIL, 1985; BRASIL, 1997.
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67
86
89.J
PG
29 30
27/05/2013
6
Mesa desoperculadora
Garfo desoperculador
Faca desoperculadora
BRASIL, 1985, COUTO; COUTO, 2002; COSTA, 2003.
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31
CENTRÍFUGA
FILTRO DE TELA
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me
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fert
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75
88
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g
BRASIL, 1985, COUTO; COUTO, 2002; COSTA, 2003. 32
TANQUE DE DECANTAÇÃO
TUBULAÇÕES
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BRASIL, 1985, COUTO; COUTO, 2002; COSTA, 2003. 33
HOMOGENEIZADORES
MESA COLETORA
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BRASIL, 1985, COUTO; COUTO, 2002; COSTA, 2003. 34
35 http://www.instrutemp.com.br/
• Mínima de 25°C • Baixas
• Armazenamento
• UR • < 60%
• Higroscopicidade COSTA; OLIVEIRA, 2005.
36
27/05/2013
7
• Recepção
–Recebimento das
melgueiras
–Seleção e limpeza
prévia
So
uza
, 2
00
9
BRASIL, 1985, COSTA, 2003. 37
So
uza
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00
9
38
E
D
D
X
X
Recepção Sala de Extração Decantação/Envase Depósito
Sanitário
13m
5m
Escala
1:200
Pé direito: 3m
Área: 65m²
Centrífuga
Decantador
Envase
Mesa desoperculadora
X
D
E
Desnível de 1m com escada
Janelas
Portas 39
5m
3m
Janela
Pia
Porta
Porta
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5m
3m
Janela
Pia
Porta
Janela
Porta
D
Decantadore
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http://apix.agr.br/fotos/decantador_200_kg_inox.jpg
Envasadora
41
E
D
D
X
X
Recepção Sala de Extração Decantação/
Envase
Depósito
Sanitário
42
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8
Qualidade do mel
43
Considerações
Fontes de mel
– néctar
– secreções
Elaboração do mel
– reações - física
- química
44
MEL
Definição
– Néctar ou secreções (partes vivas da plantas)
ou secreções (insetos sugadores)
– Recolhem, transformam, combinam,
armazenam - madurar
45
Componentes do mel
Açúcares
– monossacarídeos (80%)
– dissacarídeos (10%)
– tipos
viscosidade, densidade
higroscopicidade,granulação
valores calóricos
46
Componentes do mel
Água
– 15 a 21%
– fermentação
umidade e leveduras
operculação
assepsia
47
Componentes do mel
Enzimas
– invertase
– amilase
– glicose-oxidase
48
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9
Componentes do mel
Proteínas
– vegetal e animal
– leucina, isoleucina, histidina, metionina
– alanina, fenilalanina, glicina, ácido aspártico
– treonina, serina, ácido glutâmico
– prolina,valina, cisteína,
– tirosina, lisina e arginina
* espuma
49
Componentes do mel
Ácidos
– flavor
– estabilidade → microrganismos
Minerais
– cálcio, cloro, cobre, ferro, manganês,
magnésio, fósforo, potássio, sódio, enxofre,
zinco, iodo.
50
Classificação do mel – origem
Mel floral
unifloral ou monofloral
multifloral ou polifloral
Melato ou mel de melato
51
Classificação do mel – obtenção do
favo
Mel escorrido
Mel prensado
Mel centrifugado
52
Classificação do mel -
apresentação e/ou processamento
– mel - estado líquido, cristalizado ou
parcialmente
– mel em favos ou secções
– mel em pedaços de favo
53
Classificação do mel -
apresentação e/ou processamento
– mel cristalizado ou granulado
– mel cremoso
– mel filtrado
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10
Composição físico- química do mel
Composição Mel de flores Mel de melato
Umidade (máx) 20% 20%
Açúcares
redutores (mín)
65%
60%
Sacarose (máx) 6% 15%
Cinzas (máx) 0,6% 1,2%
Hidroxi metil
furfural
60mg/Kg
60mg/Kg
Acidez 50meq/Kg 50meq/Kg
Instrução normativa n° 11 55
PADRÕES DE QUALIDADE SEGUNDO O
CODEX
Fig.01 Padrões de qualidade segundo o CODEX
Fonte: SENAI
As propriedades do mel são influenciadas
por vários fatores:
(ASSIL et al., 1991 e LARA et al., 1976).
Temperatura Estocagem
Umidade Idade
Origem Floral
Sabor e aroma do MEL
Sabor e aroma
– cor
escuro → minerais e sabor e aroma
claro
– doce suave – doce forte
– sabor ácido ou amargo
– Ácido
ácidos do mel; fumaça, fermentação
58
MEL
Cor
59 60
Cor do Mel
Preço
Exportação e Aceitação
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11
Variação de cor
61
MEL
Homogenidade
– mistura
temperatura
densidade
homogenizador motorizado
Higroscopicidade
– alta
– UR > 60% - absorve
– UR < 60%- cede
62
Cristalização do mel
Processo natural
– Temperatura
– Concentração de açúcares
– Teor de água
– Origem floral
– Manuseio durante seu processamento
– Condições de estocagem
63
Cristalização
Características Nutricionais?
Origem
• Xarope de milho,
• Beterraba
• Xarope invertido
• Armazenamento prolongado
• temperatura
Formação
• Frutose
• 1 mol. HMF
• 3 moléculas de água
Detecção
• Camada líquida e escurecida
• Fiehe
• Espectrofotometria
Hidroximetilfurfural
MEL
65
Colheita de amostras para
análises
66
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12
Colheita de amostras
Passo 1: Homogeneizar o mel a ser
coletado por aproximadamente 3 (três)
minutos.
67
Colheita de amostras
Passo 2: Coletar 250g de mel.
68
Colheita de amostras
Passo 3: Acondicionar a amostra de mel em
frasco de polipropileno de 1º uso,
preferencialmente de boca larga, com “tampa
lacre”, não completando todo o volume
disponível do frasco.
69
Colheita de amostras
NÃO CONGELAR A AMOSTRA
– A amostra de mel deve ser encaminhada ao
laboratório de destino em temperatura
ambiente.
70
Análise de mel
71
Testes qualitativos
Teste Fiehe
– hidroximetilfurfural
– açúcar, superaquecimento
– Resultado
vermelho – cereja
72
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13
73
MEL
Umidade
– 20%
– < 17,1% - sem fermentação
– > 19 % - com fermentação
– Refratômetro
74
MEL
pH
– ácidos
– origem botânica,
ácidos,
– cálcio, sódio, potássio
– medidor de pH
75
MEL
Acidez
– Ácidos orgânicos
Ácido glucônico
– Estabilidade
– ° Dornic
Titulação com hidóxido de sódio
76
Testes qualitativos
Reação de Lugol
– amido e dextrinas
– Resultado
vermelha ou violeta
Mel puro
77
Testes qualitativos
Reação de Lund
– substâncias albuminóides
– ácido tânico
– Resultado
precipitado – origem floral
precipitação desprezível ou nada
78
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14
Fermentação do mel
Temperatura de armazenamento
Umidade do mel
Contaminação por leveduras
79
Fermentação
Acidez
Espuma
Odor Ácido
80
Microbiologia do Mel
81
Microbiologia do Mel
82
Conservação ou vida de prateleira
• Fermentação
Doenças Transmitidas por alimentos
• Botulismo Infantil
Microbiologia do Mel
Fermentação
– Alto teor de umidade
– Temperatura de armazenamento alta (> 26ºC)
– Presença de leveduras
83
Fermentação do mel
Microbiologia do mel
Fermentação
– Açúcares em álcool e gás carbônico.
– Álcool + oxigênio = ácido acético
– Meio propicio para os microrganismos
– Aceleração no processo de fermentação
84
Deterioração do mel
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15
Microbiologia do mel
Mel Botulismo
85
Microbiologia do mel
O botulismo é um doença neuroparalítica
grave, não contagiosa, resultante da ação de
uma potente toxina produzida pela bactéria
Clostridium botulinum.
86
Botulismo
Doença transmitida
por alimento
Menores de um ano
Botulismo Intestinal X Mel
Schocken-Iturrino et al (1999)
– 85 amostras
Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio
Grande do Sul e São Paulo
– Seis positivas para C. botulinum (7,06%)
87
Botulismo Intestinal X Mel
Ragazani et al (2008)
– 100 amostras
– Seis Estados do Brasil
São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais,
Ceará, Santa Catarina
– 7% Clostridium botulinum
88
Botulismo Intestinal X Mel
89
Informe Técnico nº. 37, de 28 de julho de 2008, ANVISA
Letalidade
Contaminação
Susceptibilidade
NÃO incluir o mel na
alimentação de
crianças menores de
um ano de idade
Análise de mel
Jean Berg
90