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SEGUEM INFORMAÇÕES E IMPRESSÕES PESSOAIS DAS
INSTITUIÇÕES DE ENSINO VISITADAS:
Sr. SeijiIchikawa – Assessor do Ministério
Formação de professores: quando ter-
mina a faculdade, tem um exame que
dá 10 anos de certificação, após esse
período, eles têm que retornar a facul-
dade, reciclar e fazer um novo exame.
Fazem residência em diferentes escolas
com professores mais velhos.
O Japão pertence ao grupo ACCU-
ASIA-PACÍFICO-CULTURAL CENTRE ( Chi-
na e Coréia ) que visa promover a coo-
peração entre os países e atividades
culturais que explorem o desenvolvi-
mento sustentável da sociedade.
O tema maior em educação é promo-
ver o ESD no Japão.
VISITA 1 – MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DO JAPÃO
RELATO DA VIAGEM
PEDAGÓGICA
AO JAPÃO
ESD - Educação para o Desenvolvimento Sustentável
No sistema educacional japonês, da pré-escola ao secundário,
estão inscritas 96% das crianças. Conclui-se que a educação
japonesa vem passando por muitas mudanças e novas pers-
pectivas, tendo em vista Tokio 2020.
A alfabetização em duas caligrafias, Romano e Kanji, é uma
prática exigente requisitando muita atenção e grande carga
horária. A Educação Moral, como matéria curricular, conta um
pouco sobre a história do país, seus heróis, seus princípios, res-
peito à cultura e ao próximo.
VISITA 2 – SHIMOFUSA HIGH SCHOOL
Sr. Suzuki – Diretor
Escola de segundo grau profissionalizante na cidade de Narita,
conhecida como uma escola autossustentável.
Nela são realizados estudos sobre a geração de energia eólica,
pesquisas de bioenergia a partir do óleo de girassol, constru-
ção de eco carros, testes para saber se os alimentos da região
estão contaminados depois do tsunami.
Todos tiram os sapatos
ao chegarem às escolas
CIDADE DE NARITA
ESCOLA
AUTOSSUSTENTÁVEL
Sr. Arai Masaaki – Vice-diretor
Fizemos observação de aulas, da rotina, das
instalações com um tour pela escola.
Assistimos uma apresentação de dança e
recepção dos alunos com almoço em sala
de aula. Apresentaram a dança Soren da
província de Hokaido, e tivemos aula de
Shodo (caligrafia japonesa).
Aula de Shodo,caligrafia japonesa
VISITA 3 – NISHITA ELEMENTARY SCHOOL
Escola de ensino médio localizada dentro do campus universitário.
Os alunos podem consultar os professores das diferentes faculdades quan-
do quiserem, para ajudá-los nos projetos.
É filiada ao Instituto Bacccalaureate.
PRINCIPAIS OBJETIVOS:
formar alunos que critiquem e analisem problemas antes de resolvê-los.
ex: trabalhos em grupo e assembleias.
alunos que tenham capacidade de viver numa sociedade internacional.
ex: intercâmbios
alunos que possam usar seus conhecimentos de maneira prática.
ex: laboratórios.
alunos que tenham bom relacionamento através da comunicação.
ex: olimpíadas, voluntariado, estágios com culturas e idades diferentes.
alunos empáticos e tolerantes as diferentes culturas.
ex: estágios no exterior, aprendizado de muitas línguas.
Trabalham com o programa de ensino de Ciências Exatas mais humaniza-
do: STEAM (science – technology – engineering–art e mathematic).
Seus objetivos principais são:
dar a melhor educação possível
e criar crianças para o futuro.
Fica afastada do centro de To-
kio, num bairro universitário.
As crianças desde pequenas
têm que aprender hábitos
de disciplina.
A educação de hoje vai nos
dizer como será o país de a-
manhã.
VISITA 5 – FUJIKINDERGARTEN - Sr SekiichiKato – Diretor
VISITA 4 – TOKYO GAKUGEI UNIVERSITY INTERNACIONAL SCHOOL
Programa para o futuro global Pensar globalmente e agir localmente
Minhas impressões:
As escolas são alegres, professores muito envolvidos com as cri-
anças e os pais participativos na manutenção da escola e as-
sim se mostraram em nosso acolhimento durante as visitas.
Em muitos lugares eles prepararam um lanche, nos acompa-
nhando o tempo todo, dando dicas, mostrando os trabalhos
das crianças e traduzindo tudo que era possível.
As escolas de educação infantil são muito parecidas com as
do Brasil, muito verde, areia, elementos simples para as crian-
ças explorarem, tintas e brinquedos.
O ensino fundamental é muito experimental, com aquários,
hortas e experiências de laboratório.
A maior diferença é que eles são alfabetizados em paralelo nas
duas caligrafias, o que exige uma carga horária bem maior
que a nossa.
Foi no ensino médio que senti a grande diferença.
Os jovens têm aulas básicas das matérias tradicionais, mas o
mais importante e o que empolga na escola são os projetos em
grupo em que eles têm total liberdade de escolha do tema e
podem procurar supervisores em todas as áreas.
De fato, colocam a prova tudo que estudaram e sonharam.
Depois de três anos, eles acreditam
que os jovens já conseguem esco-
lher a profissão que vão seguir.
Vimos apresentações de trabalhos
de Ciências, como por exemplo,
um grupo que desenvolveu uma
alga para ser colocada no esgoto
de Tokio e purificar a água, e outro
grupo que fazia churrascos benefi-
centes para arrecadar dinheiro pa-
ra a área do tsunami.
A disciplina é exigida sim, tendo
em vista a autonomia.
As crianças mantém a escola lim-
pa, ajudam no preparo do almoço
e arrumam as salas.
As escolas não têm luxos, mas são muito
organizadas e enfeitadas pelas próprias
crianças. Os alunos do primeiro ano u-
sam uma mochila especial amarela ne-
on para todos os moradores da vizinhan-
ça saberem que são novatos e ajudá-los
a chegarem à escola caminhando.
Mônica Terreiro de Souza
Escola Espaço Aberto — Junho 2017
E vejam só,
tudo pronto
para
Tokio
2020!!!!
Ensinam as crianças a não correrem
na rua, pois logo vão poder caminhar
sozinhos e ir para a escola.
Têm muito respeito na hora da refei-
ção e não deixam restos nos pratos,
valorizando a alimentação e não des-
perdiçando nada.
Resumindo: Como eles mesmos exemplificam, um trabalho de origami (dobradura),
só acontece e fica bonito se forem respeitados os passos desde o início,
como ponta com ponta, linhas retas e papel cortado corretamente. As-
sim, eles explicam um pouco da filosofia educacional, cada passo de u-
ma vez, respeitando cada etapa do processo de desenvolvimento da
criança e realizando tudo muito bem feito em cada fase para chegar ao
resultado final com qualidade em que eles próprios se sintam satisfeitos.
Foi uma experiência de vida, contato com as escolas e com a cultura ja-
ponesa, muito lindo, profundo e apaixonante.