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10 Instituto A Vez do Mestre - Pós Graduação e Extensão Gestão Estratégica de Vendas e Negociação MARKETING DE SERVIÇOS - UM DIFERENCIAL PARA O POSICIONAMENTO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR Adriana Paula da Silva Dias Rio de Janeiro 2010.1

Instituto A Vez do Mestre - Pós Graduação e Extensão ... · Gestão Estratégica de Vendas e Negociação MARKETING DE SERVIÇOS ... Plano de Marketing ... principalmente no educacional,

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10

Instituto A Vez do Mestre - Pós Graduação e Extensão Gestão Estratégica de Vendas e Negociação

MARKETING DE SERVIÇOS - UM DIFERENCIAL PARA O

POSICIONAMENTO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Adriana Paula da Silva Dias

Rio de Janeiro

2010.1

11

Instituto A Vez do Mestre - Pós Graduação e Extensão Gestão Estratégica de Vendas e Negociação

MARKETING DE SERVIÇOS - UM DIFERENCIAL PARA O

POSICIONAMENTO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Adriana Paula da Silva Dias

Orientador: DAYSE SERRA

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FICHA CATALOGRADICA

Dias, Adriana Paula da Silva – MARKETING DE

SERVIÇOS - UM DIFERENCIAL PARA O

POSICIONAMENTO NA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

SUPERIOR/ Adriana Paula da Silva Dias.

RIO de Janeiro: INSTITUTO – A Vez do Mestre 2010.

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Dedicatória

Este trabalho é dedicado, em parte à ajuda de algumas pessoas, a quem

dedico:

A minha Mãe e ao Meu Pai (em memória) , por todo amor e carinho;

Aos meus amigos, por seu apoio em todos os momentos;

A Deus, pai poderoso.

14

Agradecimentos

Agradecer é um exercício de reflexão e reconhecimento da força do

amor, da amizade, da cooperação e da solidariedade;

Agradeço ao Senhor Jesus Cristo, em primeiro lugar, que me sustentou

nessa caminhada;

A minha mãe e ao meu pai por me ter possibilitado a viver por serem

meu verdadeiro exemplo de caráter e educação;

Ao professor Jorge Vieira da Rocha, pela sua atenção e carinho para

com todos os alunos;

Aos demais mestres, pela importante participação na minha formação;

Aos meus verdadeiros amigos, pela companhia e por tornarem a vida

mais prazerosa.

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Resumo

As instituições como métodos para concorrência estão incluindo na entrega de soluções cada vez mais um serviço qualificado. O ambiente Educacional, esta cada vez mais competitivo com consumidores muito mais exigentes e menos intolerantes. Para garantir a sobrevivência da instituição é importante que se projete

um serviço que conquiste a preferência do consumidor a um custo baixo,

agregado a um serviço de qualidade para manter o cliente.

Neste trabalho falaremos sobre marketing de serviços na instituição de

ensino superior, abordando analise externa e financeira, e demais

assuntos pertinentes ao tema.

16

Glossário

Marca - nome, expressão, símbolo ou desenho; sua combinação, que

identificam as mercadorias; serviços de um vendedor; grupo de

vendedores que os distingue concorrentes.

Merchandising – O planejamento necessário à comercialização da

mercadoria ou do serviço certo no lugar certo, no momento certo nas

quantidades certas e pelo preço certo.

Pesquisa de Marketing – coleta, registro e análise de todos os fatos

referentes a problemas relativas à transferência, e à venda de

mercadorias e serviços do produto ao consumidor.

Plano de Marketing – programa que abrange todos os objetivos de

comercialização, e de determinar e programar as medidas necessárias à

realização desses desejos.

Confiabilidade – normalmente é uma medida da probabilidade de que um

produto não apresentará de que um produto não apresentará defeitos

dentro de um período de tempo especifico.

17

SUMÁRIO

1. Introdução 19

2. Definição de Marketing .........................................................................................20�

2.1. Fundamentos de marketing de serviços. 22

2.1.2 Marketing de serviços 23

3 Análise Externa 24

3.1 Macro-Ambiente 24

3.1.1 Perspectivas da Educação 25

3.1.2 Análise Econômica 25

3.1.2.1 Crise Mundial e os reflexos no setor de Educação Superior 25

3.1.2.2 Aumento do poder de compra das classes C e D 27

3.1.2.3 Credito em Geral 28

3.1.2.4 Crédito Educativo 28

3.1.3 Análise Político-Legal 29

3.1.4 Avaliação da educação superior 31

3.1.5 Análise Sócio-cultural 31

3.1.6 Conceitos básicos de serviços. 32

3.3 Concorrência 33

3.4 Consumidor 34

3.4.1 Desejos e necessidades 35

3.4.2 Papéis de compra 36

3.5 Inadimplência no Ensino Superior 36

4. Forças 39

5. Fraquezas 40

6. Oportunidades 40

18

7. Ameaças 40

8. A Evasão e a Inadimplência. 40

8.1 Posicionamento 42

8.2 Qualidade do serviço 42

8.2. 1 A excelência no atendimento. 42

8.2.2. A importância das pessoas no processo de prestação de serviços.......... 43

9. CONCLUSÃO 46

10. Bibliografia 51

19

1. Introdução

A globalização mudou a realidade do mundo e que vivemos. Nossa época é

marcada por grandes mudanças de ordem tecnológica, econômica, social e cultural. As

mudanças acontecem a um ritmo muito veloz. As mudanças também recaíram sobre os

sistemas de produção, distribuição, os produtos e os consumidores.

O consumidor hoje é mais consciente, maduro e busca sempre o que há de

melhor no mercado, principalmente no educacional, onde almeja ensino de qualidade,

satisfação profissional e o sucesso. Exigindo tratamento individualizado e qualidade a

preço baixo. Também estão mais consciente de seus direitos, gerando uma pressão

para que os produtos se adéqüem às suas expectativas, valores e desejos. Neste novo

cenário , a empresa deve atender a demanda de qualidade conforme perecebida pelo

cliente.

A área de serviços exige um profundo amor pelas pessoas. Proporciona uma

experiência fascinante. Se o profissional usar apenas as técnicas tradicionais dos

famosos “4Ps” (produto, preço, praça e promoção). O negocio é orientado para o

cliente. A vantagem competitiva, o lucro, está na produção orientada para construir o

relacionamento com o cliente e para manter sua lealdade.

Este trabalho para a organização contribuirá para sua avaliação da qualidade de

ensino, estrutura física, atendimento aos alunos e comunidade. Através da identificação

e correção dos pontos fracos poderá melhorar seu desempenho e aumentar o número

de ingressantes

Entender o fator humano é de grande importante para o setor de marketing de

uma organização (empatia, atenção, comunicação, flexibilidade) e posturas (discrição,

elegância, sinceridade, humanidade).

Em todas as organizações, a prestação de serviços depende daqueles que são

responsáveis pelo relacionamento com o cliente, através deste relacionamento, estes

são responsáveis pela venda, mas também aqueles capazes de estreitar vínculos,

20

gerar credibilidade e causar motivação na relação comercial.

A metodologia utilizada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, pois para a

elaboração, foram consultados livros, revistas, jornais e periódicos impressos sobre

Administração, Gestão de Negócios, Marketing e outras ferramentas relacionadas com

o temas.

2. Definição de Marketing�

Pra estruturar uma base sustentável objetivando arremeter a devida

importância ao assunto, deve-se refletir sobre o atender como sendo Marketing

atualmente. Para tanto, de acordo co Kotler (1998) “Marketing significa trabalhar com

mercado para realizar trocas potenciais com o propósito de satisfazer necessidades e

desejos humanos”.

Em outro momento Kotler ( 1998) cita “ Marketing com um processo social e

gerencial pelo qual individuo e grupos obtem o que necessitam e desejam através da

criação, oferta e troca de produtos de valor com outros”.

Desta maneira, fica indicado nos trechos acima que a essência do Marketing é

um processo de troca , objetivando satisfazer os desejos de duas ou mais partes,

através de algo de valor. Colocando na realidade das empresas, observa-se que elas

ofertam seus produtos para atender as necessidades de seus clientes. Esses, por sua

vez, são capazes de trocar por algo valioso para a empresa, configurando o processo

de troca

A atual configuração do mercado depende então da oferta de demanda de

necessidades. Segundo Kotler (1998) “Uma necessidade humana é um estado de

privação de alguma básica” e “desejos são vontades para satisfações especificas das

necessidades mais profundas”. Portanto, as trocas de valores, possuídos pelas partes

geram a demanda que Kotler (1998) defini “Demanda são desejos de produtos

específicos na habilidade e vontade de comprá-los”. Anda,

21

[...] Um mercado é composto por clientes potenciais que partilham de uma mesma necessidade ou desejo e estão aptos a engajar-se num processo de troca para satisfazer aquela necessidade ou desejo [...].

Seguindo esta linha , percebe-se que os pontos focais da atividade de

Marketing giram em torno de desejos , valores , demanda, troca. Produto,

relacionamento e mercado. Desta maneira, na troca entre uma empresa e seu cliente,

ocorre o surgimento do mercado, ou ainda denominar-se público , segundo Kotler

(1998) ‘Um publico é um gruo distinto de pessoas e/ou um impacto sobre uma

organização”.

Na configuração da empresa,nota-se que o seu relacionamento começa a

tomar uma importante dimensão, isso porque é através desse que ela atinge o seu

publico , pois ,como qualquer outro grupo , eles tem desejos que segundo Kotler(1998)

“são carências por satisfações especificas para atender à necessidade “. Disto pode-

se extrair que para grupos diferentes,as mesmas necessidades podem ser atendidas

através dediferentes desejos. Ou seja, é fundamental identificar que tipo de

necessidade o público demanda, e como uma empresa pode atendê-la, pensando

assim em públicos internos ou externos. Assim existe a formação de uma rede de

marketing, que é composta , segundo Kotler (1998)

[...]pela empresa e todos os interessados (stakeholders) que a apóiam: consumidores, funcionários, fornecedores,distribuidores,varejistas,agências de propaganda,cientistas, universitários e outros com quem contrói relacionamentos comerciais mutuamente rentáveis [...]

A missão dela deve atender a todas as necessidades de seus público, e para

isso pode fformular o seu planejamento estratégico, definido por Kotler (1098) som as

seguintes palavras.

[...]planejamento estratégico é o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças de oportunidades de mercado. O objetivo do planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de modo que gere lucros e crescimento satisfatório [...]

22

Conclui-se que o mercado surgiu para atendimento de necessidades de troca

da sociedade, que por sua vez aceita a proposta de empresas interagirem para melhor

dimensionar produtos e serviços pertinentes a cada tipo de desejo de diferentes

grupos, gerando assim a satisfação mútua.

2.1. Fundamentos de marketing de serviços.

O processo de produção de bens pode ser caracterizado como um processo

fechado, uma vez que o cliente não participa diretamente. Assim a tarefa do marketing

é descobrir em quais características do bem os clientes estão interessados e fazer

promessas sobre estas características e disponibilizar o produto a lugares onde os

clientes estejam dispostos a comprá-lo.

Implantamos na instituição de ensino ofertas em que os clientes (alunos)

poderiam escolher em qual oferta seu perfil se enquadrava. Analisamos e entendemos

a demanda do cliente, após analises de formulários. Alavancamos as vendas após a

definição do perfil de nosso cliente.

Porém, em serviços, o processo é aberto. Diferentemente do marketing de

bens, não há o produto pré-produzido, apenas insumos. Em muitos casos, o que o

cliente quer ou espera não é conhecido em detalhes até a produção do serviço, assim,

a empresa tem de ajustar seus recursos e os modos de utilização conforme a situação.

Conseqüente mente o valor percebido pelo cliente deriva de um gerenciamento de

recursos bem-sucedidos e orientado para o cliente, e não de um conjunto pré-

produzido de características

As três áreas-chaves desenvolvida por Gronroos (2004) ilustra o marketing de

serviços.

Empresa

Endomarketing (habilidades promessas) - Marketing externo (Fazer

promessas)

23

Pessoal Tecnologia conhecimento cliente - Marketing interativo (cumprir promessa –

Clientes

Normalmente o marketing externo é responsabilidade de especialistas em tempo

integral: a função destes é fazer promessas aos clientes sobre os serviços oferecidos.

Estas promessas são cumpridas pelos recursos internos da companhia (pessoal,

tecnologia e conhecimento) com o cliente.

Pelo lado da oferta, podem para atender esta demanda e garantir a prestação de

serviços os quais foram oferecidos contratamos funcionários em tempo parcial e

criamos rotinas de eficiência para os períodos de Pico (períodos de matrículas e

renovação de matrículas). Com o aumento da participação do consumidor, criamos a

central de contatos responsável por atendimento direto os alunos (consumidor).

Devido a situação atual, conservar os clientes é tão ou mais importante do que

conquistar novos. Neste sentido as relações entre compradores e vendedores se

tornam elementos importantes, o foco é interação entre empresa (instituição de ensino)

e consumidor – cliente – aluno. Procuramos manter uma troca de relacionamento e

desenvolver um pensamento mútuo entre as partes.

2.1.2 Marketing de serviços

pode ser definido com o conjunto de atividades que objetivam a análise, o

planejamento, a implementação e o controle de programas destinados a obter e servir

a demanda por produtos e serviços, de forma adequada, atendendo desejos e

necessidades dos consumidores e/ou usuários com satisfação, qualidade e

lucratividade.

Definimos serviço como um ato ou desempenho essencialmente intangível que

uma parte pode oferecer a outra e que não resulte posse de nenhum bem. Sua

execução pode ou não estar ligado ao dinheiro. Exemplos: alugar um quarto de hotel,

depositar dinheiro em um banco, cortar o cabelo, viajar de avião, aconselhar-se com

um advogado - todas essas atividades envolvem a compra de um serviço.

24

Os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente e pressupõe uma

relação de contato direta entre empresa/consumidor.

3. Análise Externa

3.1 Macro-Ambiente

3.1.1 Perspectivas da Educação

Ao longo das últimas décadas, o setor privado foi adquirindo presença

majoritária no ensino superior brasileiro (75% do total de alunos matriculados) devido,

principalmente, à incapacidade do setor público de atender à demanda de estudantes

de nível superior.

Em virtude de um viés ideológico histórico, o setor de ensino superior público no

Brasil ainda é fortemente elitizado. Oferece atualmente apenas 330 mil vagas anuais

(12% do total de vagas), para atender a uma demanda anual de egressos no ensino

médio regular mais os concluintes do EJA – Educação de Jovens e Adultos. O setor

público deixa de atender à demanda de 1.770.000 jovens anualmente – os “excluídos”

do sistema público.

O setor privado consegue, por sua vez, absorver parte desses “excluídos”, algo

em torno de 825 mil ingressantes com idade inferior a 24 anos, que podem pagar a

mensalidade, ficando os restantes 945 mil estudantes/ano sem nenhuma oportunidade

de ingressar em um curso superior, engrossando a massa dos mais de 7 milhões de

“excluídos” do sistema. Tal realidade faz com que o Brasil ostente uma das piores

posições no ranking divulgado pela Organização para a Cooperação e o

Desenvolvimento Econômico (OCDE) no que se refere às taxas de escolarização

superior.

Os motivos desse cenário pessimista são simples: nas atuais condições de

mercado, o setor privado não tem como reduzir o valor médio das mensalidades e o

setor público não quer e não consegue deixar de ser elitista.

25

O governo brasileiro divulga amplamente, em tom populista e eleitoreiro, a

grande expansão da universidade pública ocorrida desde 2003 (ano do inicio do

governo Lula). A verdade, no entanto, é que a expansão do setor público foi irrisória e

insignificante para as necessidades da população. Passou de 281 mil vagas, em 2003,

para 330 mil vagas, em 2008. Esse aumento de 49 mil vagas só beneficia 6% dos

atuais excluídos de educação superior brasileira, ou seja, um número pouco

expressivo.

No curto e médio prazo não vemos possibilidade do setor público alterar sua

estrutura elitista. O corporativismo da academia e a ideologia dominante neste

ambiente oferecem forte obstáculo para qualquer tentativa de massificação do setor

público. Resta ao poder executivo investir ainda mais em programas de auxilio ao

estudante de menor renda (que não consegue espaço na universidade pública), tais

como Prouni e FIES, e deixar ao setor privado a tarefa de fazer a “inclusão social” no

ensino superior brasileiro.

3.1.2 Análise Econômica

3.1.2.1 Crise Mundial e os reflexos no setor de Educação Superior

No final de setembro de 2008, surgiu a notícia que um grande agente financeiro

norte-americano tinha falido, o Lehman Brothers Holding, em função, entre outras

coisas, de uma série de calotes de hipotecas de milhares de americanos que não

conseguiram honrar seus financiamentos imobiliários e para cobrir os custos de papéis

podres comercializados por bancos.

Aparentemente, para leigos, isso não tinha, à época, grandes significados, pois,

a primeira vista, parecia que apenas mais uma instituição financeira americana

desconhecida falia. No entanto, esse episódio foi uma espécie de catalisador para uma

crise mundial sem precedentes. Tal crise, que também a princípio o próprio governo

brasileiro classificou como sendo uma simples “marolinha” vem se mostrando ser um

enorme “tsunami” que está afetando significativamente o mundo, incluindo o Brasil.

O principal efeito dessa crise está refletido no aumento impressionante de

demissões de trabalhadores na indústria em geral.

26

Os números dessas demissões e das previsões de demissões futuras

divulgadas pela mídia impressionam pela sua dimensão. Fala-se em milhões de

desempregados no mundo, incluídos trabalhadores brasileiros.

Até onde essa crise afeta e afetará o ensino superior no Brasil, em particular o

ensino superior privado? Com certeza irá afetar e muito.

No início deste ano o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira – INEP, órgão do Ministério da Educação – MEC, divulgou a síntese do

Censo 2007 da educação superior, com base em dados coletados em 2008, sendo que

os resultados apontam para uma queda no ritmo de criação de novas instituições e um

pequeno aumento da oferta de vagas.

De acordo com o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa), segundo a

categoria administrativa, observa-se o aumento de 1,7% de instituições municipais, 1%

de instituições federais, e 0,5% de instituições privadas. Houve uma queda de 1,2% no

número de instituições estaduais, decorrente de integrações.

Os resultados indicam que as instituições privadas foram responsáveis pelo

maior aumento no número de vagas, no total surgiram 196.189. No entanto, o aumento

do número de vagas não resultou em um aumento proporcional de ingressos –

resultando em aumento de vagas ociosas. Em todo o Brasil foram registradas

1.341.987 vagas ociosas, 1.311.218 delas nas instituições privadas.

Esse quadro revelado pelo Censo 2007 mostra uma situação preocupante

quando associado à crise econômico-financeira que o mundo está atravessando. O

excesso de vagas ociosas, por si só, trás prejuízos significativos para as instituições de

ensino, tanto financeiros como de imagem, pois uma IES que oferece um curso que

não consegue formar turma tem sua qualidade questionada. Some-se a esses fatores

índices de inadimplência que tendem a aumentar com o avanço dessa crise.

A crise mundial afetou diretamente a vida de muitas famílias e mudou seus

hábitos. As pessoas ficaram mais atentas aos gastos, evitando desperdícios e sendo

mais cauteloso na hora de investir seu dinheiro.

Em relação ao ensino superior, a crise fez com que a disputa no mercado de

trabalho ficasse mais acirrada e com isso a procura por uma melhor qualificação

aumentou.

27

Para se conseguir uma vaga de emprego está cada vez mais difícil, pois as

organizações querem pessoas mais qualificadas e como que as classes C , D e E vão

conseguir se colocar no mercado de trabalho.Como sabemos a população brasileira

que pertencem às classes C, D e E não estão acostumadas a poupar dinheiro, para a

realização dos seus objetivos, que podem ser eles: A compra de um carro ou até

mesmo garantir o ensino do seu filho. Com isso eles recorrem para as formas de

pagamento parceladas.

Ainda, se levarmos em conta que a grande maioria dos alunos das instituições

particulares de ensino superior é de alunos trabalhadores, ou seja, aqueles que

trabalham de dia e estudam a noite, sabemos que uma parcela de seus salários serve

para pagar seus estudos, incluindo mensalidades, material escolar (livros, cadernos

etc.), transporte e alimentação.

Se a crise de desemprego aumentar e atingir uma parcela desses alunos,

desempregados, esses não terão como sustentar seus estudos e, consequentemente,

desistirão temporária ou definitivamente de cursar uma graduação em uma instituição

de ensino superior (IES) particular.

Portanto, o ensino superior privado, no ano de 2009, tende a se caracterizar por

dois fatores:

1. Uma fase de transição, com a já refletida desaceleração do crescimento do

setor, que servirá para que somente as IES competitivas permaneçam no mercado.

2. Uma fase de profunda crise no que diz respeito à inadimplência (devido à crise

de desempregos) e suas conseqüências maléficas: demissão de professores,

diminuição de salários (hora-aula), fechamento de turmas, não preenchimento de

turmas em processos seletivos etc.

3.1.2.2 Aumento do poder de compra das classes C e D

Apesar dos sinais negativos relacionados à crise financeira mundial, no Brasil se

percebe o aumento do potencial de consumo das classes C e D gera um crescimento

para diversos setores, incluindo o educacional. Em função de uma elevação do salário

mínimo e da renda média dos trabalhadores, além de auxílios como, por exemplo, o

28

Bolsa-Família, contribuiu para que houvesse um efeito positivo no poder de compra dos

assalariados de baixa classe social.

As classes C e D, atualmente, têm condições para planejar uma viagem, o

pagamento dos estudos ou até mesmo a compra de bens mais caros, como imóveis,

carros, entre outros.

Visando o público das classes C e D que atingem a aproximadamente 110

milhões de brasileiros organizações começam a criar um portfólio de produtos

específicos para esse consumidor.

Vale ressaltar, que o nosso objeto de estudo, a UniCarioca, utiliza-se desse fator

para atrair novos alunos e se tornar uma referencia no mercado como uma instituição

de ensino voltada para esse público especifico.

3.1.2.3 Credito em Geral

Os maiores bancos brasileiros anunciaram recentemente medidas agressivas

que pareciam sugerir que o crédito já havia destravado no Brasil. Após um longo

período de empréstimos raros e caros, o surgimento de linhas de financiamento para a

compra de imóveis com pagamento em 30 anos e para a aquisição de veículos em 80

meses.

A queda da taxa básica de juros da economia brasileira para o patamar inédito

de um dígito também contribuiu para criar a impressão de que os bancos

imediatamente direcionariam parte dos recursos aplicados em títulos públicos para o

mercado de crédito.

Três dos quatro tipos de crédito que devem apresentar maior crescimento em

2009 possuem algumas das menores taxas de inadimplência: os empréstimos para a

compra de casas, para a aquisição de veículos e o crédito consignado.

3.1.2.4 Crédito Educativo

Já o quarto segmento de crescimento deve ser o de financiamento para

mensalidades escolares. Ainda pouco exploradas pelos grandes bancos brasileiros,

essas linhas permitem que estudantes paguem por cursos depois de sua conclusão.

Estimativas do Ministério da Educação (MEC) apontam que só 7% dos estudantes

29

utilizam financiamentos para custear a educação no Brasil - contra 85% nos Estados

Unidos.

Os bancos brasileiros nunca tiveram muito interesse por esse segmento porque

é difícil avaliar se, após a conclusão do curso, o aluno terá um emprego que lhe

garanta o rendimento necessário para pagar o empréstimo. Historicamente o Brasil tem

uma taxa de desemprego maior do que a de países desenvolvidos - o que dificulta a

entrada das jovens no mercado de trabalho. Além disso, a educação é um bem

intangível e, ao contrário de um imóvel ou um carro, não pode se retomado pelo banco

em caso de inadimplência.

A maior aposta das empresas do setor, porém, está na educação continuada

(pós-graduação e especializações). Além de prazos de financiamento mais curtos do

que os de uma graduação - até 36 parcelas - quem busca esse tipo de crédito já está

empregado e, em geral, não desiste do curso, o que reduz o risco de inadimplência por

evasão ou desemprego.

O principal financiador da educação no Brasil, no entanto, não é um banco

privado. O governo federal possui dois grandes programas de bolsas de estudo e

financiamentos a custos baixos para a população de baixa renda: o ProUni (Programa

Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino

Superior). Para o ano letivo de 2009, foram concedidas 156.000 bolsas integrais ou

parciais pelo ProUni - ou 10,6% do total de novos alunos que ingressaram em

universidades particulares.

Já o Fies é operado pela Caixa Econômica Federal e libera crédito para os

estudos da população de baixa renda. Desde 1999, foram beneficiados 520.000

estudantes de 1.500 instituições de ensino. A vantagem do Fies em relação aos demais

financiamentos é a taxa de juros de 6% ao ano - bem inferior à cobrada pelas

instituições privadas.

3.1.3 Análise Político-Legal

Em relação ao ensino superior, a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da

educação brasileira) refletia o momento institucional pelo qual estava inserido o país.

Segundo diretrizes da LDB o Brasil seguiu a tradição democrática e adotou a educação

30

como bem comum. Sendo assim, as instituições privadas que se dispusessem a

explorar o setor deveriam ser autorizadas pelo governo federal através de concessões.

Mecanismos estes que seriam organizados pelo órgão maior que regulamenta a

educação nacional (MEC).

Temos ainda a Lei Federal nº 9870/99 que trata das mensalidades escolares, que

tendo em vista os termos do seu art.6º ficou conhecida como a lei do “calote”

Art. 6º São proibidas a suspensão de provas escolares, a retenção de documentos escolares

ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por motivo de inadimplemento,

sujeitando-se o contratante, no que couber, às sanções legais e administrativas, compatíveis

com o Código de Defesa do Consumidor, e com os arts. 177 e 1.092 do Código Civil Brasileiro,

caso a inadimplência perdure por mais de noventa dias.

31

3.1.4 Avaliação da educação superior

Os exames nacionais de cursos, conhecidos como “Provão”, foram instituídos

pela legislação, visando contemplar a exigência da Legislação e oportunizar a

constante busca pela qualidade nos cursos oferecidos no Ensino Superior, tanto

público como privado.

Fator de atenção contínua para as instituições de ensino superior é a

autorização e reconhecimento dos cursos, cujos prazos são sempre limitados e sujeitos

a processos periódicos de avaliação. Se forem identificadas deficiências, é concedido

um prazo para saneamento e posterior reavaliação, cujo resultado, se negativo, poderá

acarretar na desativação de cursos e habilitações, em intervenção na instituição, na

suspensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou no descredenciamento da

instituição (MARTIN, 2004, p. 64).

Algumas características evidenciadas nas leis e suas complementações

apontam a competitividade como parâmetro para a garantia de melhor desempenho

dos alunos e das escolas. Assim, a avaliação é vista como reguladora e controla ações

dos professores mediante desempenho dos alunos nas avaliações anuais.

3.1.5 Análise Sócio-cultural

Na sociedade atual, há uma grande valorização da posse do diploma do ensino

superior. Até em profissões que não existe uma necessidade do curso, a opção pelo

candidato com graduação é mais bem vista em razão da alta competitividade que se

encontra o mercado no Brasil, o que contribui para as classes C e D ingressarem nas

instituições.

Com tamanha valorização do diploma, trabalhadores deixam de realizar cursos

técnicos ou profissionalizantes em que eles poderiam agregar um valor muito maior

para suas rotinas do dia-a-dia nas empresas.

32

Entretanto, em um relatório divulgado pelo Panorama da Educação (08/09/09)

revela que no Brasil, concluir o ensino superior pode representar um aumento de 100%

na renda dos trabalhadores. Na maioria dos outros países-membros da OCDE

(Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o incremento

advindo do diploma universitário pode chegar a 50%.

De acordo com o levantamento, a renda aumenta em 50% no Brasil para

aqueles que concluem o ensino secundário. Se concluir etapas de ensino ajudam a

incrementar a renda, ao menos 63% da população brasileira com idade entre 25 e 64

anos não constam entre os beneficiados. Essa porcentagem equivale ao número de

brasileiros que não concluiu o ensino secundário.

Com relação ao ensino superior, o quadro é ainda pior, pois apenas 10% da

população brasileira com idade entre 25 e 34 anos concluiu essa etapa.

A necessidade de investimentos em infraestrutura de tecnologia da informação e

comunicação faz com que o EAD seja um negócio para as IES que consigam atuar em

escala e possuam abrangência nacional. Neste caso, a opção pela graduação não

presencial esta mais adequada para os grandes players do setor, sendo pouco

adequada para as pequenas e médias IES.

Tudo isso para proporcionar um ambiente de ensino capaz de atender às

necessidades do aluno, necessárias para o seu sucesso profissional.

3.1.6 Conceitos básicos de serviços.

Um serviço é um fenômeno complicado uma vez que a palavra tem muitos

significados que compreendem desde serviço pessoal até um produto. Kotler (1998)

define serviço como: “qualquer ato ou ação que uma para oferece a outra,

essencialmente intangível, que não resulta em propriedade alguma e cuja produção

pode ou não estar relacionada a um bem físico.”

Lovelock (2003) apresenta duas definições: “serviço é um ato ou desempenho

oferecido por uma parte a outra. Embora o processo possa estar ligado a um produto

33

físico, o desempenho é essencialmente intangível e normalmente não resulta em

propriedade de nenhum dos fatores de produção.” A segunda definição diz que:

“serviços são atividades econômicas que criam valor e fornecem benefícios para

clientes em tempos e lugares específicos , como decorrência da realização de uma

mudança desejada no ou em nome do – destinatário do serviço”.

Já Gronroos (2004) define como “uma ou mais atividades de natureza mais ou

menos intangível – que normalmente, mas não necessariamente, acontece durante as

interações entre clientes e empregados de serviços e/ou recursos fisicos e bens e/ou

sistemas do fornecedor de serviços – que é fornecida como solução ao(s) problema(s)

do (s) cliente (s).”

3.3 Concorrência

“Concorrentes são empresas que atendem às mesmas necessidades dos

clientes.” (KOTLER, Philip. Administração de marketing. Tradução de Bazan Tecnologia

Lingüística. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. 240 p.)

“Em ciência da computação, a concorrência ocorre quando existem dois

processos executados em simultâneo; mais especificamente, o termo é utilizado

quando esses dois processos disputam o acesso a recursos partilhados.

pt.wikipedia.org/wiki/Concorrência_(informática)”

“Em economia concorrência corresponde à situação de um mercado em que os

diferentes produtores/vendedores de um determinado bem ou serviço actuam de forma

independente face aos compradores/consumidores, com vista a alcançar um objectivo

para o seu negócio – lucros, vendas e/ou quota de

pt.wikipedia.org/wiki/Concorrência_(economia).”

“ato ou efeito de concorrer. Disputa ou rivalidade entre produtores, negociantes,

industriais, etc. , pela oferta de mercadorias ou serviços iguais ou semelhantes.

leaozinho.receita.fazenda.gov.br/biblioteca/Glossario/default.htm.”

34

A busca do diferencial competitivo leva a instituição de ensino superior a atender

e suprir os desejos dos seus mercados-alvo.

3.4 Consumidor

De acordo com a “Revista do Ensino Superior”, em sua edição número 115, o

perfil do estudante universitário brasileiro é mais velho que a faixa etária ideal de 18 a

24 anos, trabalha e tem renda familiar mensal de até dez salários mínimos.

A média de idade entre os homens é de 28 anos, enquanto as mulheres giram

em torno de 26 anos.

O estudo “Os Determinantes da Freqüência à Rede Particular de Ensino e dos

Gastos com Educação no Brasil”, realizado pelo professor e pesquisador do Ibmec -

São Paulo, Naércio Menezes, e por Andréa Zaitune demonstra que a rede pública de

ensino superior continua a agregar as classes mais altas. Além da renda, ele também

levou em consideração o nível educacional da mãe do aluno, indicador utilizado em

levantamentos internacionais.

A conclusão é que 56,91% das mães de alunos do ensino superior na rede

pública possuem mais de nove anos de estudo e 87,13% das famílias estão na classe

C ou acima. Os alunos mais educados e mais ricos estão nas instituições federais.

Também se fazem presentes em instituições de ensino particulares, contudo de forma

mais difusa.

Apesar de nos dias de hoje ser mais democrático do que no passado, o ensino

superior brasileiro ainda não conseguiu atingir de maneira significativa as classes C e

D.

Dados da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico

(OCDE) revelam que a dificuldade de classes sociais mais baixas atingirem o ensino

superior é um problema comum em diversos países.

O grande desafio para o aluno ingressar na faculdade é a capacidade de manter

os pagamentos em dia e não ter que parar a faculdade no meio do caminho. Por isso,

muitos ainda não experimentam o ensino superior. Quando optam pelo estudo o

primeiro pensamento é identificar quanto pode dispor para o estudo e após, encontrar a

35

faculdade que lhe oferece o melhor projeto pedagógico dentre aquelas que têm as

mensalidades que cabem no seu bolso.

Uma característica dos alunos é que a grande maioria trabalha para pagar a

faculdade. Evidenciando que os mesmos quem pagam a faculdade e também decidem

pela instituição. Os alunos procuram acessibilidade e empregabilidade. Os mesmo

são influenciados pelos pais, amigos e em muitos casos pelas empresas para

atenderem aos planos de carreira.

A demanda por ensino superior provém, em parte, dos concluintes do ensino

médio, cujo crescimento é bastante acelerado. Soma-se a isso o crescimento da

procura pelos cursos de graduação por parte dos estudantes que terminaram o ensino

médio em anos anteriores e que abandonaram os estudos por motivos financeiros e de

outras ordens. A pressão do mercado de trabalho por mão-de-obra mais qualificada

Segundo Soloman (2002:24) , o comportamento do consumidor é entendido

como o “ estudo dos processos envolvidos quando indivíduos ou grupos selecionam,

compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, idéias ou experiências para

satisfazer necessidades e desejos.”

3.4.1 Desejos e necessidades

Quem tem interesse em ingressar em um curso superior tem alguns

pensamentos em mente:

- Novos conhecimentos. Para uma parcela considerável da população, após o

término do ensino médio, o nível superior acaba se tornando uma continuidade no

aprimoramento de seus estudos.

- Obter uma boa formação acadêmica para conseguir um espaço no mercado de

trabalho e com uma capacitação real, irá competir em plenas condições no mercado.

- A metodologia de ensino ajuda a manter o aluno em sala de aula. Organizar

um horário que viabilize que o estudante possa compartilhar o estudo com o trabalho,

36

realizar aulas mais dinâmicas prendem a atenção de quem tem um dia estressante no

emprego.

- Outro fator de suma importância é o preço estar compatível com seu poder de

aquisição, para que o mesmo tenha interesse em arcar com o estudo.

3.4.2 Papéis de compra

Papel Agente

Iniciador Responsáveis ou aluno

Influenciador Pais, conselheiros, amigos ou mídia. Tomador de

Decisão Aluno ou seu responsável

Comprador Aluno ou seu responsável Usuário Aluno

O estudo do comportamento do consumidor e é de fundamental

importância para o marketing, conhecer a geração de valor para o consumidor dado o

seu propósito central de satisfação das necessidades e desejos dos clientes.

Schiffman e Kanuk (2000) descrevem dos tipos básicos de consumidores:

consumidor final, também chamado de consumidor pessoal ou usuário final, e o

consumidor organizacional.

O consumidor final é representado pelas pessoas físicas que compram bens e

serviços para o seu uso, para o uso do lar ou para outras pessoas.

3.5 Inadimplência no Ensino Superior

A inadimplência sempre foi um motivo de preocupação para as Instituições de

Ensino Superior privado ano após ano. A falta de pagamento está ligada desde ao

aumento das taxas de desemprego até a desaceleração do crescimento do país. Esses

fatores fazem com que alunos coloquem o pagamento da graduação em segundo

plano e optem por quitar custos básicos como, por exemplo, moradia, alimentação,

transporte e lazer.

Quadro de papéis de compra

37

Outro ponto que “estimula” a inadimplência é a legislação federal vigente Nº.

9870/99 – anexo B, onde o estudante que pagar uma mensalidade e não arcar com as

seguintes do semestre não pode ter sua matricula suspensa pela instituição de ensino.

A faculdade somente tem o direito de não aceitar a rematrícula ao final do

período letivo até que as dividas sejam quitadas, mas não podem impedir que o aluno

utilize as dependências, assista às aulas, faça provas, dentre outros. O aluno mal

intencionado tem o direito de pedir transferência e pular de instituição em instituição.

A instituição tem o direito, ao término do semestre, de acionar a justiça, mas é

evitado ao máximo, para que não haja gastos com advogados, custos judiciais e

manutenção do processo.

Hermes Ferreira Figueiredo, presidente da SEMESP (Sindicato das Entidades

Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo), em

entrevista dada ao Portal Universia, afirma ser contra a lei por já existirem outros meios

que garantam a oportunidade de estudos a estudantes de baixa renda, como o Fies

(Financiamento Estudantil) e o Prouni (Programa Universidade para Todos).

"Entendemos que a lei leva à inadimplência alta porque

nas negociações promovidas ao final do período letivo,

80% dos inadimplentes efetuam acordo. Isso é sinal de

que a dificuldade era artificial", critica Hermes Ferreira

Figueiredo, presidente da SEMESP. "Não pedimos

nada mais do que um tratamento isonômico com os

planos de saúde. A saúde, inclusive, precede o direito à

educação. No entanto, após 60 dias o segurado é

considerado inadimplente e é retirado da UTI, se o

plano decidir, porque a lei permite." Figueiredo ainda

crê que essa lei pode criar uma acomodação nos

38

alunos, por saberem que ao final do semestre terão

facilidades de acordo. "As universidades também não

podem ser muito flexíveis. Se isso se espalha pela

escola, o aluno que paga em dia se sente lesado. É

preciso tomar cuidado com as facilidades, pois

corremos o risco de perder estudantes.“

A SEMESP apresentou dados interessantes em 2006 sobre que tipo de

Instituição de Ensino Superior – IES – sobre mais com os atrasos de pagamento. As de

pequeno porte apresentaram índices de 23,3%, mas que apresentava uma queda

significativa de 2,57% em comparação ao ano 2005. Isto mostra que as empresas de

cobranças são grandes aliadas às pequenas instituições.

As conseqüências das crescentes taxas de inadimplência levaram as instituições

a ter que recorrerem aos empréstimos bancários, encarecendo seu custo operacional

ou até mesmo a atrasar o pagamento de suas obrigações fiscais e tributárias. Com

todos esses fatores contra, a faculdade tem que cumprir seus compromissos com

funcionários, e manter a qualidade do ensino já que a concorrência no ramo é alta.

Algo cada ano mais difícil por as IES serem afetadas diretamente pela crise econômica

e inadimplência.

Muito se atribui o motivo da evasão de alunos nas EAS ao valor cobrado pelas

instituições, mas percebemos que a insatisfação do aluno, motivos que ocasionam o

abandono dos estudos, atualmente e a falta de bom relacionamento e prestação de

serviços.

O aluno (cliente) é o maior vendedor das EAS, influenciadores na decisão de compra,

O boca a boca da instituição.

Algumas hipóteses para ações de serviço

- Prestar atenção ao aluno durante toda a graduação; um serviço

diferenciado para o aluno.

39

Oferecer um projeto de retenção, onde o aluno é acompanhado de perto desde sua

primeira prova. Além de oferecer um programa de reforço em português,

matemática e informática.

- Desenvolver a fidelidade;

O que pode ser feito por meio de uma central de relacionamento, por exemplo, e ter

uma política de cobrança clara e estruturada.

Hoje não há cobrança para os alunos e sim um trabalho de retenção desenvolvido

para a permanência do aluno na instituição.

- Investir no conforto do aluno;

Lay out dos prédios e salas de aula, salas de aula equipadas e confortáveis/

quantidade de turmas e alunos.

Construir uma prova de seleção que permite identificar alunos em risco de

evasão, provas on-line em laboratórios, com questões que identifiquem as dificuldades

em conteúdos básicos e com questões que permitam uma analise do aluno;

Programas de orientação individualizada,

Tornar as aulas mais atrativas.

4. Forças

As forças da instituição estão no seu produto, pois mesmo em períodos adversos

nunca abrir mão da qualidade do ensino e do o corpo docente. A instituição esta

voltada para o produto e tem foco total no seu negócio e a partir daí colhe bons frutos

após reorganizar diversos setores. Alterar a grade acadêmica para ser ainda mais

orientada ao mercado de trabalho, para dar condições aos alunos de serem

reconhecidos pelo mercado.

40

5 Fraquezas

As fraquezas das instituições são: problemas em infra-estrutura; falta de conhecimento

do público, de uma maneira geral, da marca; dificuldade de obtenção de crédito para a

expansão de seus negócios; falta de treinamentos constantes para seus funcionários o

que prejudica a qualidade da instituição; e ainda é pouco trabalhado o sistema,

prejudicando a agilidade de seus serviços.

6 Oportunidades

Hoje somente 23% da demanda para o ensino superior ingressam em alguma

instituição. O aumento do crédito na área educacional também favorece a abertura de

novas matrículas. Com a crise mundial, hoje alguns concorrentes enfrente dificuldades

de pagamento de salários de docentes, o que afeta qualidade do ensino e favorecendo

as transferências externas.

7. Ameaças

Como ameaças podemos citar a legislação que favorece o consumidor inadimplente

(lei do calote), também o governo que pode ampliar o número de vagas nas

universidades públicas, a falta de crédito bancário para financiamentos de estudos na

graduação e a concorrência acirrada do setor que esta sempre tentando seduzir os

alunos.

Outro dado para o qual a instituição de ensino deve estar atenta é a importância que os

alunos dão para as dívidas educacionais. No caso de pessoas que já contraíram

dívidas, a educação aparece em quinto lugar na prioridade dos pagamentos. Em

primeiro lugar vêm outros financiamentos, como de banco e casa, e em segundo lugar

aparecem às contas residenciais, como água, luz e telefone. Portanto, os gestores

devem levar em consideração que têm outros "concorrentes" e considerar essa

informação no momento de negociar a dívida.

8. A Evasão e a Inadimplência.

O grande desafio para o aluno ingressar na faculdade é a capacidade de manter os

pagamentos em dia e não ter que parar a faculdade no meio do caminho. Por isso,

muitos ainda não experimentam o ensino superior. Quando optam pelo estudo o

primeiro pensamento é identificar quanto pode dispor para o estudo e após, encontrar a

41

faculdade que lhe oferece o melhor projeto pedagógico dentre aquelas que tem as

mensalidades que cabem no seu bolso.

Fazendo uma análise pelo modelo das cinco forças de Porter. Podemos destacar:

- Poder de Barganha dos Fornecedores:

Hoje, importante é identificar os parceiros e não fornecedores. Por isso, desenvolver

projetos em que os mesmos possam estar inseridos e fazendo operações de ganha-

ganha.

- Ameaça de novos Entrantes:

Em se tratando do seguimento educacional, o próprio MEC funciona como uma barreira

a novos entrantes, tendo em vista a burocracia que envolve o setor. No mercado atual

temos como novos entrantes a faculdade CCAA, que vem investindo muito para se

inserir e conquistar uma fatia do mercado.

- Poder de Barganha dos Clientes

Os alunos estão cada vez mais exigentes, pois sabem que contam com uma oferta de

vagas maior do que a demanda. Procura se diferenciar aliando preço baixo sem abrir

mão de qualidade no sistema de ensino, agregando um bom atendimento, diferentes

formas de negociações, um acesso mais rápido as informações. Com isso se cria um

diferencial no mercado conquistando os clientes. O ambiente que se presta serviço,

sintonizado com o desejo do consumidor, contribui para retê-lo por mais tempo.

- Ameaça de Produtos Substitutos

Ameaça de Produtos Substitutos

Em um mercado cada vez mais competitivo temos como bens substitutos os cursos de

EAD, os cursos tecnológicos para o público que procura em aperfeiçoamento

especifico. Temos também os cursos pré-militares e preparatórios para concursos que

de alguma forma também divide nosso publico e para trabalhar contra todos esses

produtos substitutos, reforçamos a importância da faculdade para o crescimento

pessoal e profissional e apoiando os alunos com aulas de reforços, promovendo

concursos culturais para que os mesmo possam se desenvolver. Buscamos, fidelizar

42

os mesmos para que não desistam dos seus sonhos, optando pelo cancelamento,

trancamento ou até mesmo uma mudança de foco.

- Rivalidade entre os concorrentes

A rivalidade entre os concorrentes é o que mais afeta na briga pelo aluno. A

concorrência ocorre diretamente e indiretamente e todos tentam chamar a atenção

para o seu diferencial. No entanto, na maioria das vezes os alunos são seduzidos pelo

preço, e serviços agregados.

8.1 Posicionamento

Qualidade com o preço que o aluno pode pagar. Acessibilidade x qualidade e

empregabilidade, esses são os pilares da instituição e estão ligados diretamente aos

seus objetivos e compromissos estabelecidos na visão e missão da instituição.

8.2 Qualidade nos serviço

A qualidade de um serviço, como percebida por clientes, tem duas dimensões: uma

técnica e outra funcional. A qualidade técnica do resultado do processo de produção do

serviço é o que os clientes recebem em sua interação com uma empresa. Já a

qualidade funcional está relacionada com a forma que o cliente recebe e experimenta o

serviço.

A percepção da qualidade de um serviço pode ser afetada pela imagem da Instituição

de Ensino Superior, se na mente do cliente o fornecedor for bom , imagem favorável,

se caso a imagem seja negativa.

O contexto de serviço, criar vantagem competitiva , pois as outras EAS com correntes

podem criar e introduzir serviços semelhantes.

A qualidade esperada, preço, necessidades e valores do cliente.

8.2. 1 A excelência no atendimento.

Nunca se falou tanto em relação à empresa cliente como nos dias de hoje. Milhões de

gastos com manutenções, melhora da qualidade do serviço, treinamento pessoal, no

43

entanto, o cliente está cada vez mais exigente, e muitas vezes insatisfeito e cada vez

mais desconfiado.

O valor das pequenas coisas conta e muito, um aluno bem tratado, uma informação

bem elaborada. A valorização em relação instituição e aluno, relacionamento com o

cliente, fazer com que ele perceba que é um parceiro importante. Trata-los com

respeito, cuidado, informações corretas e objetivas, nada de mentiras, nada de

enganar, enfim pensar no na parceria instituição aluno, pois eles no decorrer do

semestre são nossos grandes vendedores.

Para melhor atendimento de nossos alunos procuramos enriquecimento de nossos

bancos de dados. O serviço de tratamento de dados permite a correção de nomes,

telefones, CPF, e-mail e endereços. Estas bases estão sendo tratadas pela equipe de

atendimento possibilitando com estas correções maior satisfação do aluno, hoje a

maior reclamação e o não recebimento de boletos para pagamento.

Com este serviço:

- Melhoramos a qualidade de nossas bases de dados,

- Possibilita comunicação eficiente e direta com nossos alunos,

- Reduzimos gastos com correspondências devolvidas e telemarketing;

- Realização de ações de vendas e melhores negócios

8.2. A importância das pessoas no processo de prestação de serviços

Devido ao fato que na maioria do serviços depende de pessoas para serem

executados a contento é imprescindível que pessoas estejam comprometidas com o

processo. E fácil observar a importância da valorização das pessoas principalmente

em serviços que dependem do contato dos colaboradores com o publico aonde a

falta de treinamento e a ausência de gratificação podem vir causar a perda de

cliente. Outro fator relevante é que o fato de diferentes pessoas prestarem serviço

no mesmo ambiente causa mudança na percepção da qualidade no atendimento, já

que cada ser humano é único e está sujeito a constantes mudanças de humor.

44

Neste ínterim especialistas da área como Cobra (2001) e Lovelock (2001) apontam o

constante treinamento e a criação de sistemas de incentivo para motivar as pessoas

envolvidas na prestação de serviços,

O colaborador será chamado de “cliente interno”, e surgirão esforços afim de gerar a

decisão de “compra” da missão da empresa em satisfazer seu clientes de forma

capaz é espontânea

Outro ponto é que o próprio clientes faz parte do processo de prestação do

serviço. Já que sua presença é indissociável desta forma a gestão da interação

entre clientes e colaboradores. O impacto causado pelas pessoas na prestação de

serviços e comentado por (Lovelock 2001, p.23)

[...]Os clientes geralmente julgarão a qualidade dos serviços que recebem em grande parte pela avaliação das pessoas a que estão prestando o serviço. Empresas de serviços bem sucedidas emprenham considerável esforço no recrutamento, treinamento e motivação de seus profissionais.[...]

Em prestação de serviços, o ditado de que a primeira impressão é a que fica,

aplica-se fielmente. Assim a integração entre os departamentos e unidades é um fator

motivador para a equipe como um todo. A equipe passou a ter uma visão sistêmica dos

processos, das dificuldades, trocarem experiências e resolver problemas. O grupo tem

reuniões presenciais semanais. Todas as mensagens específicas de erro são trocadas

entre o grupo de base e repassadas após reunião para os setores. As reuniões

presenciais foram cruciais para manter o espírito.

• Trabalho em equipe;

• A equipe deve conhecer amplamente o negócio e os processos.

• Comprometimento com o sucesso

• Comunicação clara e eficaz;

• Confirmação das informações coletadas;

• Quebra de paradigmas;

• Pensar “fora da caixa”;

• Nunca menosprezar as coisas simples; e

• Assegurar que todos entenderam da mesma forma.

45

Além disso um dos aspectos que mais motivava a equipe era o aprendizado.

A confiança foi outro fator de destaque. Ha confiança entre as chefias dos

Departamentos e a direção da instituição de ensino, como também dos demais

grupos em relação a ambas.

Esta confiança é forte devido à postura ética dos líderes e assumida no

ambiente de trabalho.

Sabias palavras Cazuza

Compositor(es): Cazuza/Arnaldo Brandão

[...] O tempo não páraNão pára, não, não pára [...].

46

9. CONCLUSÃO

Em relação ao ensino superior, a crise mundial de 2008 fez com que a disputa

no mercado de trabalho ficasse mais acirrada e com isso a procura por uma melhor

qualificação aumentou.

Portanto, o ensino superior privado, no ano de 2009, tende a se caracterizar por

dois fatores:

1. Uma fase de transição, com a já refletida desaceleração do crescimento do

setor, que servirá para que somente as IES competitivas permaneçam no mercado.

2. Uma fase de profunda crise no que diz respeito à inadimplência (devido a crise

de desempregos) e suas conseqüências maléficas: demissão de professores,

diminuição de salários (hora-aula), fechamento de turmas, não preenchimento de

turmas em processos seletivos, atendimento com pouca qualificação, etc.

Os bancos brasileiros nunca tiveram muito interesse por esse segmento porque

é difícil avaliar se, após a conclusão do curso, o aluno terá um emprego que lhe

garanta o rendimento necessário para pagar o empréstimo. Historicamente o Brasil tem

uma taxa de desemprego maior do que a de países desenvolvidos - o que dificulta a

entrada das jovens no mercado de trabalho. Além disso, a educação é um bem

intangível e, ao contrário de um imóvel ou um carro, não pode se retomado pelo banco

em caso de inadimplência.

O principal financiador da educação no Brasil, no entanto, não é um banco

privado. O governo federal possui dois grandes programas de bolsas de estudo e

financiamentos a custos baixos para a população de baixa renda: o ProUni (Programa

Universidade para Todos) e o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino

Superior). Para o ano letivo de 2009, foram concedidas 156.000 bolsas integrais ou

parciais pelo ProUni - ou 10,6% do total de novos alunos que ingressaram em

universidades particulares.

Já o Fies é operado pela Caixa Econômica Federal e libera crédito para os

estudos da população de baixa renda. Desde 1999, foram beneficiados 520.000

estudantes de 1.500 instituições de ensino. A vantagem do Fies em relação aos demais

47

financiamentos é a taxa de juros de 6% ao ano - bem inferior à cobrada pelas

instituições privadas.

Em relação a legislação temos a Lei Federal nº 9870/99 que trata das

mensalidades escolares, que tendo em vista os termos do seu art.6º ficou conhecida

como a lei do “calote”.

Fator de atenção contínua para as instituições de ensino superior é a

autorização e reconhecimento dos cursos, cujos prazos são sempre limitados e sujeitos

a processos periódicos de avaliação. Se forem identificadas deficiências, é concedido

um prazo para saneamento e posterior reavaliação, cujo resultado, se negativo, poderá

acarretar na desativação de cursos e habilitações, em intervenção na instituição, na

suspensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou no descredenciamento da

instituição (MARTIN, 2004, p. 64).

Com tamanha valorização do diploma, trabalhadores deixam de realizar cursos

técnicos ou profissionalizantes em que eles poderiam agregar um valor muito maior

para suas rotinas do dia-a-dia nas empresas.

No século XXI a velocidade da informação à tecnologia passa a ser uma

ferramenta estratégica de suma importância para as instituições de ensino superior,

tendo em vista que com o uso dela as IES conseguem oferecer mais formas de

aprendizado e, assim, prender o interesse do aluno no conteúdo aplicado.

Além disso, economizam nas despesas no que se refere aos conteúdos

pedagógicos que são apresentados aos alunos via internet.

O uso das novas tecnologias, em complemento ao ensino presencial, passa a

ser fundamental, tanto do ponto de vista pedagógico quanto do ponto de vista do

negócio educação, em função da redução de custos operacionais e dos ganhos de

escala.

48

A necessidade de investimentos em infraestrutura de tecnologia da informação e

comunicação, faz com que o EAD seja um negócio para as IES que consigam atuar em

escala e possuam abrangência nacional. Neste caso, a opção pela graduação não

presencial esta mais adequada para os grandes players do setor, sendo pouco

adequada para as pequenas e médias IES.

Esta outra realidade vem impondo uma nova dinâmica de gestão para as IES,

que, para se manterem competitivas e oferecer conteúdos acadêmicos de qualidade,

vêm buscando a implementação de ferramentas de gestão cada vez mais sofisticadas.

A onda de abertura de capital, fusões e incorporações no ensino superior privado

brasileiro, que começou a ganhar força em 2007, deverá passar por um processo de

consolidação em 2009. A crise financeira internacional, que também afeta o setor, é

um dos motivos.

No primeiro trimestre de 2009, ocorreram três transações comerciais no setor -

duas delas com entrada de capital estrangeiro. No mesmo período de 2008, foram 33

fusões e incorporações, segundo a consultoria KPMG.

Em meio a essa consolidação em grandes grupos, a sobrevivência das

pequenas instituições ainda é uma incógnita - e delas depende o ensino privado em

muitas cidades pequenas do país.

De acordo com a “Revista do Ensino Superior”, em sua edição número 115, o

perfil do estudante universitário brasileiro é mais velho que a faixa etária ideal de 18 a

24 anos, trabalha e tem renda familiar mensal de até dez salários mínimos.

Apesar de nos dias de hoje ser mais democrático do que no passado, o ensino

superior brasileiro ainda não conseguiu atingir de maneira significativa as classes C e

D.

A demanda por ensino superior provém, em parte, dos concluintes do ensino

médio, cujo crescimento é bastante acelerado. Soma-se a isso o crescimento da

procura pelos cursos de graduação por parte dos estudantes que terminaram o ensino

49

médio em anos anteriores e que abandonaram os estudos por motivos financeiros e de

outras ordens. A pressão do mercado de trabalho por mão-de-obra mais qualificada

tem exigido a ida aos bancos do ensino superior para profissionais que buscam uma

oportunidade de emprego.

Por fim, cabe analisar o aspecto especifico da inadimplência, em razão de ser o

aspecto central do trabalho.

A inadimplência sempre foi um motivo de preocupação para as Instituições de

Ensino Superior privado ano após ano. A falta de pagamento está ligada desde ao

aumento das taxas de desemprego até a desaceleração do crescimento do país. Esses

fatores fazem com que alunos coloquem o pagamento da graduação em segundo

plano e optem por quitar custos básicos como, por exemplo, moradia, alimentação,

transporte e lazer.

Outro ponto que “estimula” a inadimplência é a legislação federal vigente Nº.

9870/99 – anexo B, onde o estudante que pagar uma mensalidade e não arcar com as

seguintes do semestre não pode ter sua matricula suspensa pela instituição de ensino.

Hoje para atender os conceitos que formam os pilares da instituição:

acessibilidade, qualidade e empregabilidade.

Para atingirmos os objetivos e como os serviços são altamente variáveis- uma vez que

dependem de quem os executa e de onde são prestados. Com uma proposta de

retorno a instituição onde o aluno só paga seu débito após a conclusão do seu curso.

- É preciso criar uma cultura de valorização do aluno. Isso tudo pode ajudar a evitar

que a inadimplência aumente.

- Pode-se também criar um projeto de fidelidade junto ao aluno que honre com seus

compromissos financeiros, como por exemplo:

Pague um semestre em dia e ganhe um curso de extensão gratuito.

- Oferecer descontos na mensalidade aos alunos que pagarem antecipadamente e em

dia suas contas com a faculdade.

50

Entender o comportamento do aluno é algo que a organização deseja alcançar. Assim,

seria possível aumentar as vendas, bem como o nível de satisfação da clientela.

Credibilidade- Credibilidade ou sua reputação é realmente tudo o que você tem no

mundo do negócio. Os clientes devem, acreditar em seus produtos, serviços.

·Acessibilidade- Acesso rápido e fácil ao sistema de serviços; ·Confiabilidade- Você

deve realizar o que promete, no tempo prometido; ·Excelência- Os clientes acreditam

que eles próprios sejam importantes e excelentes, e querem trabalhar com excelentes

empresas O maior meio de satisfazer e manter seus clientes é conhecer o máximo

possível sobre os mesmos. Daí a importância de avaliar seus gostos, hábitos, além dos

históricos de compra dos clientes. Neste sentido, vale destacar que a organização

deverá está atenta às necessidades e desejos dos cliente.

51

9. Bibliografia

LEI de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei N°. 9394 de 20.12.1996. São Leopoldo, UNISINOS,1996. p. 60 CERTO, S. C. & PETER, J. P., Administração Estratégica. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1993. DRUCKER, Peter Ferdinand, Tradução de Carlos A. Malferrari, Introdução à Administração. São Paulo: Pioneira, 1984. FISCHMANN, Adalberto Américo. Planejamento Estratégico na prática. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1991. KOTLER, Philip. "Administração de Marketing" São Paulo, 10ª Edição, Prentice Hall, 1994. KOTLER, Philip. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. São Paulo: Atlas, 1997.

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PINHEIRO, Roberto Meireles. Comportamento do Consumidor e Pesquisa de Mercado/

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SPPILLER, Eduardo Dantiago. Gestão de Serviços e Marketing Interno/ Eduardo

Santiago Spiller, Daniel Plá, João Ferreira da Luz, Patrícia Ricceli Galante de Sá. 3 ed.

Rio de Janeiro, Editora FGV, 2006