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INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES AVALIAÇÃO DE DOIS GÉIS CLAREADORES ATIVADOS COM LED - ESTUDO IN VIVO RICARDO GONÇALVES DE OLIVEIRA Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre Profissional em Lasers em Odontologia. Orientador: PROF. DR. JOSÉ EDUARDO P. PELINO Co-orientador: PROF. DR. NIKLAUS URSUS WETTER São Paulo – SP 2007

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INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES

AVALIAÇÃO DE DOIS GÉIS CLAREADORES ATIVADOS COM LED - ESTUDO IN

VIVO

RICARDO GONÇALVES DE OLIVEIRA

Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre Profissional em Lasers em Odontologia.

Orientador: PROF. DR. JOSÉ EDUARDO P. PELINO Co-orientador: PROF. DR. NIKLAUS URSUS WETTER

São Paulo – SP

2007

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INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES

AVALIAÇÃO DE DOIS GÉIS CLAREADORES ATIVADOS COM LED - ESTUDO IN

VIVO

RICARDO GONÇALVES DE OLIVEIRA

Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre Profissional em Lasers em Odontologia.

Orientador: PROF. DR. JOSÉ EDUARDO P. PELINO Co-orientador: PROF. DR. NIKLAUS URSUS WETTER

São Paulo – SP

2007

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus queridos pais Francisco e Margarida, também aos

meus irmãos, pela tolerância e compreensão nos momentos de ausência e de idas e

vindas, prontamente superados pelo amor e pela paixão que nos une. Sem vocês a

vida não teria sentido. Amo vocês!

Dedico também a minha companheira Marcela que carrega o fruto de nosso

sentimento em seu ventre, obrigado por tudo, e por entender os momentos de

ausência, por sempre acreditar em mim.

Amo vocês!

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por ter iluminado meu caminho nos momentos difíceis e de

incertezas... Muito obrigado Senhor!

Ao meu orientador Prof. Dr. José Eduardo P. Pelino por tamanha sabedoria e por ter

preconizado de forma inequívoca s resultados desta obra, o que faz dele um homem

íntegro e de honrada postura profissional. Sou muito grato também pelo

companheirismo, amizade e pela confiança em mim depositada. Meu muito obrigado.

Ao Prof. Dr. Niklaus Ursus Wetter, incansável profissional, batalhador por seus ideais e

de uma competência inigualável. Obrigado pelas oportunidades principalmente por ter

acreditado neste trabalho.

Ao Prof. Marcelo de Oliveira pela atenção e amizade demonstrados durante todo o

período de realização deste trabalho. Meu muito obrigado.

Aos colegas pós-graduandos do IPEN, Ana Rita Barcessat, Raphael Brandão e

Fernando Arnaud que por diversas vezes contribuíram para a realização deste

trabalho, assim como tendo participado dos momentos de descontração. Meu muito

obrigado companheiros.

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AVALIAÇÃO DE DOIS GÉIS CLAREADORES ATIVADOS COM LED - ESTUDO IN

VIVO

Ricardo Gonçalves de Oliveira

RESUMO

O presente estudo propõe-se a avaliar in vivo a eficiência dos géis clareadores com

peróxido de hidrogênio à 35% e 38%, respectivamente, de duas marcas distintas

disponíveis no mercado: Whiteness HP (FGM, Brasil) e Opalescence Xtra Boost

(Ultradent, USA) em grupos de 12 pacientes entre 20 e 35 anos, submetidos à técnica

de clareamento com o equipamento LED. Para avaliação será utilizada a escala de cor

Vita, pelo método visual, tendo auxilio de dois profissionais da área de Dentística. O

clareamento realizado foi avaliado antes do procedimento, 2 horas após o

clareamento, 24 horas depois e 7 dias após a primeira sessão. O clareamento será

repetido a cada 7 dias, num total de três sessões com intervalo de 7 dias entre as

sessões. Após análise de cor realizado com participantes do estudo, obteve-se o

clareamento dental em ambos os grupos, ou seja, tanto o Grupo Whiteness Hp e

Grupo Opalescence Xtra Boost. Conforme dados obtidos nos resultados do referente

estudo, concluiu-se que embora tenha ocorrido o clareamento em ambos o grupo, não

se obteve diferença significativa estatística quando utilizado o teste Kruskal-Wallis

Rank Sum Test e clínica utilizando método visual comparando os géis clareadores.

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EVALUATION OF TWO BLEACHING GELS ACTIVATED WITH LED -

ESTUDY IN VIVO

Ricardo Gonçalves de Oliveira

ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate the efficiency of two bleaching gels, with peroxide

of hydrogen peroxide 35% and 38%, respectively, of two available marks: Whiteness

Hp (FGM, BRAZIL) and Opalescence Xtra Boost (Ultradent, USA), in groups of 12

patients between 20 and 35 years, submitted to the technique of dental bleaching with

an equipment LED. To evaluate the color a color scale Vita was used, for the visual

method two professionals of the area were the auxiliary. The dental bleaching was

evaluated before the procedure, 2 hours after, 24 hours after and seven days after the

first session. The dental bleaching was repeated every 7 days in a total of 3 sessions,

with an interval of 7 days between the sessions. After the color procedures on this

study, all of the two bleaching gels, were efficiency, both of group of this study have the

success on the dental bleaching. In agreement with the results obtained in the

procedures, was showed that even with the success of dental bleaching, non statistics

when was used the Kruskal-Wallis Rank Sum Test and clinical with the visual method,

differences was noted between the gels in study.

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SUMÁRIO

Página 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................ 1

2. OBJETIVOS ................................................................................................ 4

2.1 Objetivo geral.............................................................................................. 4

2.2 Objetivos específicos.................................................................................. 4

3. REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................... 5

3.1 Clareamento dental................................................................................ 5

3.1.1 Resumo do histórico dos agentes clareadores............................. 5

3.1.2 Etiologia do escurecimento dental................................................ 6

3.1.3 Mecanismo de ação dos agentes clareadores............................. 7

3.1.4 Características da cor dental........................................................ 18

3.1.5 Método visual................................................................................ 19

3.1.6 Espectrofotômetro......................................................................... 19

3.1.7 Alterações morfológicas no esmalte após clareamento............... 20

3.1.8 Efeitos adversos........................................................................... 22

4. MATERIAL E MÉTODOS .......................................................................... 24

4.1 População............................................................................................. 24

4.2 Critérios de inclusão.............................................................................. 24

4.3 Material.................................................................................................. 24

4.4 Equipamentos....................................................................................... 27

4.5 Métodos................................................................................................. 27

4.5.1 Seleção e preparo dos pacientes................................................. 27

4.5.2 Protocolo das técnicas clareadoras.............................................. 28

5 RESULTADOS............................................................................................. 30

6. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ......................................... 33

7. CONCLUSÃO............................................................................................... 39

ANEXOS........................................................................................................... 40

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................ 47

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1. INTRODUÇÃO

A capacidade de sorrir, inerente ao homem, o faz único e particularmente

especial. O sorriso tem a função de comunicação e esse gesto apresenta muitos

significados e conotações, sendo um sinal que enviamos às pessoas, disponibilizando

a nossa capacidade de interagir, de nos unir e de nos aproximar delas. Pode ser um

símbolo de alegria ou uma poderosa arma de sedução, mas antes de tudo, é a melhor

demonstração de uma atitude favorável e positiva perante a vida. No entanto, muitas

pessoas sentem-se envergonhadas em emitir esse tipo de expressão facial, por terem

seus dentes fora dos padrões estéticos, comprometendo, inclusive, o seu convívio na

sociedade.1

A valorização de fatores estéticos pré-estabelecidos tem impulsionado uma

evolução na odontologia, como o desenvolvimento de novos materiais e técnicas que

visam melhorar a estética do sorriso, e, ao mesmo tempo, influenciando os pacientes a

buscarem resultados mais imediatos.2 Contudo uma barreira a este desejo decorre das

alterações de cor dos dentes devido a pigmentações das estruturas dentárias.3

As pigmentações que alteram a cor dos dentes resultam de uma complexa

interação física e química entre o agente cromatogênico e o dente. Quanto à origem,

estas alterações podem ser classificadas como intrínsecas ou extrínsecas.4

As intrínsecas são aquelas em que a alteração de cor ocorre no tecido

calcificado interno do dente podendo ser congênita ou adquirida. Dentre as causas

intrínsecas congênitas, podem ser citadas a fluorose, dentinogênese imperfeita, entre

outras.5, 6 As alterações intrínsecas adquiridas podem ser pré-irruptivas, como as

decorrentes do uso inadequado de tetraciclina, ou pós-irruptiva, como as que se

relacionam com a idade7 formação de dentina secundária e nódulos pulpares8 além de

hemorragia intrapulpar9 e fatores iatrogênicos durante o procedimento endodôntico.10

As extrínsecas resultam da impregnação de corantes de alimentos, deposição de uma

película, pigmento, ou cálculo na superfície do esmalte, dentina exposta ou cemento.10

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É muito importante que, durante a reprodução estética, o cirurgião-dentista

saiba diagnosticar as causas da alteração de cor e indicar o clareamento antes de

propor o procedimento odontológico adequado11, 12, uma vez que o clareamento

preserva as estruturas dentárias quando comparado com técnicas mais radicais como

o preparo de facetas ou coroas totais em resina ou cerâmica.13

Uma das primeiras referências sobre clareamento dental foi feita em 1850

por Dwinelle14 e, a partir disso vários refinamentos da técnica vêm acontecendo15, 16, 17,

no intuito de otimizar os resultados e satisfazer os anseios da população.3

Os agentes clareadores podem ser divididos em duas categorias: os

utilizados no consultório e os que são auto-administrados pelos pacientes, sob

supervisão do cirurgião-dentista. Dos agentes clareadores utilizados no consultório,

tem-se o peróxido de carbamida 35%-37%, o peróxido de hidrogênio 30%-35%,

podendo ser usado tanto em dentes polpados como despolpados, e o perborato de

sódio. Os agentes clareadores caseiros mais utilizados são o peróxido de hidrogênio à

1,5% ou 3,0% e o peróxido de carbamida de 10% a 35%.18, 19

Sua relação com a modificação na cor dos dentes foi uma descoberta ao

acaso.14 A partir de então, tem sido proposta a sua utilização no clareamento dos

dentes em técnicas envolvendo a sua associação com outras substâncias20, e sua

combinação com o calor/ luz para acelerar esse processo. O peróxido de hidrogênio

tem se mostrado mais seletivo na remoção de pigmentações, consequentemente,

menos destrutivos em relação às técnicas de microabrasão.21

Os sistemas clareadores à base de peróxido de hidrogênio de 35%, e que

são ativados por unidades emissoras de luz e/ou calor têm sido muito utilizados em

consultório, por apresentarem uma técnica mais confortável e segura para o paciente e

por trazer resultados estéticos mais rápidos, necessitando de três sessões (no

máximo), uma vez que o aumento da temperatura do meio pode duplicar a velocidade

de reação e o processo clareador que envolve os peróxidos.19, 22, 23

O clareamento dental só é possível devido à permeabilidade da estrutura

dental aos agentes clareadores, que por terem baixo peso molecular, são capazes de

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difundir livremente pelo esmalte e pela dentina, atuando na parte orgânica dessas

estruturas e alterando muitas vezes as características do substrato. 18

O ressurgimento do clareamento no consultório em apenas uma sessão de

atendimento ocorreu devido ao marketing relacionado à utilização de novos aparelhos

e equipamentos por meio da emissão de luz, como a halógena, arco de plasma, LED

(luz emitida por diodo) ou aparelhos laser de argônio, diodo, Nd:YAG ou CO2

implicando na utilização de agentes em altas concentrações.9, 22, 24, 25, 26 A solução do

peróxido de hidrogênio de 30-35% é depositada sobre o esmalte dental, sendo ativada

de acordo com o sistema clareador empregado, por calor ou por radiação, incluindo os

equipamentos de laser.25, 27

Tendo em vista o crescente uso de agentes clareadores em alta

concentração, potencializados por luz, mais estudos necessitam ser realizados para

avaliar os efeitos dessas substâncias durante e após o clareamento, levando em

consideração o tempo de espera para realização das sessões deste procedimento.

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2. OBJETIVOS:

2.1 Geral: avaliar in vivo a eficiência dos géis clareadores: Opalescence Xtra Boost

(Ultradent, USA) e Whiteness HP (FGM, Brasil) submetidos à técnica de clareamento

com equipamentos LED.

2.2 Específicos:

• Analisar alterações de cor ocorridas na superfície dental com a utilização dos géis

clareadores Opalescence Xtra Boost (Ultradent, USA) e Whiteness HP (FGM, Brasil);

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3. REVISÃO DA LITERATURA:

3.1 Clareamento dental

3.1.1 Resumo do histórico dos agentes clareadores

Mattos (2003)28

1877 – Chapple – primeiro relato sobre clareamento de dentes usando ácido oxálico.

1879 – Taff – utilizou o hipoclorito de cálcio.

1879 – Atkinson - pesquisou a solução Labarraque (solução clorada).

1884 – Harlan – publicou o primeiro relatório de uso de peróxido para clareamento,

denominando-o hidróxido de hidrogênio.

1911 – Rossental – sugeriu o uso de ondas ultravioletas.

1916 – Walter Kane – utilizou ácido hidroclorídrico a 18% para tratamento de manchas

de fluorose.

1918 – Abbot – introduziu o Superoxol associado à luz e ao calor.

1937 – Ames – aplicou o peróxido de hidrogênio + éter e aquecimento com hidrogênio.

1966 – Mc Innes – utilizou ácido clorídrico + peróxido de hidrogênio em manchas de

fluorose.

1967 – Nutting e Poe – descreveram a técnica para clareamento de dentes não vitais

(“Walking Bleach”) utilizando peróxido de hidrogênio + perborato de sódio.

1970 – Cohen e Parkins – introduziram o primeiro clareamento em manchas de

tetraciclina com peróxido de hidrogênio a 35% e aquecimento com calor.

1984 – Zaragoza – introduziu o clareamento das arcadas superior e inferior

simultaneamente com 70% H2O2 e calor.

1984 – Jordan – preconizou o condicionamento com ácido fosfórico a 37%,

previamente ao clareamento.

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1987 – Feinmain – avaliou o peróxido de hidrogênio a 35% associado com lâmpada de

alta intensidade.

1989 – Haywood e Heymann – descreveram a técnica do clareamento caseiro usando

o peróxido de carbamida a 10%.

1992 – Hanosh e Hanosh – descreveram o clareamento com peróxido de hidrogênio a

35% com ativação dual (química e luz visível).

2000 – White et al. – clareamento dental utilizando Laser, arco de plasma e

fotopolimerizador.

2002 – Zanin e Brugnera – protocolo para clareamento dental Laser e LEDS.

3.1.2 Etiologia do escurecimento dental

Conhecendo-se as causas ou os fatores que influenciam na alteração da cor

dental, se chega mais perto do sucesso no tratamento clareador.29 As causas das

descolorações dentais são inúmeras, variáveis e complexas, mas é possível

diagnosticar em, principalmente, duas divisões de acordo com a natureza: as

extrínsecas e as intrínsecas.31, 32, 33 As descolorações extrínsecas estão relacionadas

ao acúmulo de cromógenos sobre a superfície do dente, oriundos da alimentação

(consumo de chá, café, vinho) ou outras ocorrências externas como a presença de

restaurações de amálgama e cáries em algumas situações. As descolorações

intrínsecas têm uma origem sistêmica ou da própria polpa dental. Os exemplos mais

freqüentes são o uso de tetraciclina no período de formação dental, fluorose,

hipoplasias, amelogênese e dentinogênese imperfeitas, trauma que têm como

conseqüência deposição de dentina secundária, hemorragia intra-pulpar, uso

inadequado de produtos químicos nas endodontias.34

Menciona-se, ainda, uma terceira classificação, denominada internalização

das manchas. São aquelas circunstâncias em que as manchas extrínsecas penetram

na estrutura dental por meio dos defeitos físicos (fissuras, rachaduras, áreas de maior

rugosidade no esmalte).29, 37

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3.1.3 Mecanismo de ação dos agentes clareadores

Os agentes clareadores externos mais utilizados são à base de peróxidos

de hidrogênio e carbamida, na forma de gel ou solução, em diferentes concentrações e

técnicas de uso. Baratiere et al (2005)29 classificam as substâncias clareadoras em

dois tipos, de acordo com a técnica a ser executada: para uso ambulatorial e uso

doméstico. O peróxido de hidrogênio é a substância de escolha para a maioria dos

casos. Mesmo que o agente clareador seja o peróxido de carbamida, há liberação do

peróxido de hidrogênio, sendo este a substância ativa do clareamento.38, 39 É possível

executar o clareamento dental devido a uma importante característica da

permeabilidade estrutural dental. A partir disto, ocorre a difusão do oxigênio (baixo

peso molecular) no esmalte e tecido dentinário, gerando uma ação sobre as estruturas

orgânicas do dente. O mecanismo de ação do peróxido de hidrogênio ainda não está

bem estabelecido, pesquisas recentes relacionam ao processo químico de oxi-

redução, em que as macromoléculas das manchas são oxidadas e reduzidas a frações

menores (cores mais claras), então difundidas para a superfície dental, resultando no

clareamento.39. 40

Em outro estudo diz-se que o exato mecanismo de ação dos agentes

clareadores ainda vem sendo discutido.41 Possivelmente pela primeira vez, em 1889,

Kirk42 descreveu os prováveis mecanismos químicos do clareamento dental, afirmando

que o sucesso do clareamento está na destruição dos pigmentos que afetam as

estruturas dentais, por um agente químico suficientemente capaz para esse propósito.

Classificou as substâncias clareadoras em duas classes: as oxidantes e as redutoras,

onde as oxidantes destruíam pigmentos pela remoção de hidrogênio, e as substâncias

redutoras o faria pela remoção de oxigênio. Dentre as substâncias oxidantes, citou o

peróxido de hidrogênio, o cloro e o permanganato de potássio reduzido pelo ácido

oxálico, pois se assim não o fosse, seu produto final seria marrom e acabaria

manchando os tecidos dentários.

Segundo Conceição et al (2000)18, os agentes clareadores, à base de

peróxidos, possuem um baixo peso molecular e uma capacidade de desnaturar as

proteínas, aumentando assim, a permeabilidade da estrutura dental e, o movimento de

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íons através desta. Por um processo de oxidação, as substâncias clareadoras

atuariam nos materiais orgânicos responsáveis pelo pigmento (macromoléculas),

convertendo-os em dióxido de carbono e água, gerando a diminuição ou eliminação do

pigmento por difusão, produzindo assim, moléculas menos complexas, peso molecular

reduzido, que retém menos luz,10, 43

Agentes clareadores tipo oxidantes podem produzir radicais livres altamente

reativos. Esses radicais livres derivados do oxigênio degradam a molécula

cromatogênica orgânica em moléculas menores, e menos pigmentadas, via processo

oxidativo, ou ocasionalmente por redução. O processo de clareamento de manchas

provocadas por substâncias inorgânicas ainda não está totalmente estabelecido. O

peróxido de hidrogênio produz radicais de hidroxila pela luz, calor ou radiação.5

Lançando algumas hipóteses sobre o que possivelmente ocorre quando os

peróxidos de hidrogênio ou de carbamida atuam sobre as estruturas dentais44, supõe-

se o provável mecanismo de ação para as condições de clareamento mais

popularizadas atualmente, que são os denominados tratamentos clareadores “no

consultório” e “caseiro”.

De acordo com Sulieman et al (2003)37, o uso de uma variedade de técnicas

clareadoras tem atraído muito o interesse dos profissionais porque não são invasivas e

possibilitam a execução de maneira relativamente simples. Diante disso, a técnica da

moldeira tornou-se a mais popular. É importante que paciente e profissional estejam

em sintonia, selecionando a melhor forma, seguindo o protocolo correto e, portanto,

minimizando ou eliminando danos e sintomatologia.

Wetter et al (2004a)45 compararam fontes de luz, lâmpada de xenômio e

laser de diodo 960 nm, na aceleração do gel clareador, mediram a temperatura na

câmara pulpar e perceberam que os dentes irradiados pelo laser apresentaram um

maior aumento (variando de 4 a 12° C). Tendo em vista estes dados, sugere-se que o

laser tem ação fototérmica. Uma vez que a energia é aplicada, os iniciadores

fotossensíveis do produto clareador absorvem-na e aceleram a geração de radicais

livres. A partir desta reação, ocorre a combinação e degradação da molécula da

mancha escura no dente, reduzindo-a a partículas menores e de cor mais clara.40

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De acordo com Zach e Cohen (1965)46, o aumento de temperatura dentro

da câmara pulpar não deve exceder 5.6°C. De outra forma danos irreversíveis ao

tecido pulpar podem acontecer.

As novas formas de aceleração do clareamento, como uso do laser e LED,

devem ser estudadas para que possamos avaliar sua real efetividade. Para isto é

necessário compreender o que são estas novas fontes. Uma delas é o laser de diodo,

sendo este um semicondutor de alta potência, em que a energia liberada é em forma

de calor e fótons. O laser é uma luz coerente, colimada (possui direcionalidade, ou

seja, mantém o feixe por longas distâncias) e apresenta emissão estimulada de luz.31

Os diodos emitem na faixa de 620 nm a 1200 nm no espectro eletromagnético (do

visível ao infravermelho), sendo que os comprimentos de onda mais usados estão

próximos de 830 nm a 960 nm. Foi aprovado há pouco tempo pelo FDA (Food and

Droug Administration) para uso no clareamento dental.33 Sua aplicação acelera o

clareamento por meio de reação fototérmica e fotoquímica. É importante ressaltar que

este aparelho tem um custo elevado e ainda há dúvidas sobre a segurança quanto ao

aumento de temperatura durante o clareamento, é, também, uma questão importante

quanto à sensibilidade quando se faz clareamento dental em consultório. Entretanto o

curto tempo de aceleração sobre cada dente (30 segundos) é uma vantagem do uso

do laser.29

O trabalho de Silva et al (2006)47 avaliou a satisfação de setenta e três

pacientes que foram submetidos a sessão de clareamento em consultório com

peróxido de hidrogênio a 35% e aceleração por lâmpada halógena de xenômio. Cada

paciente foi submetido, inicialmente, a três aplicações do gel por oito minutos, sendo

que a duração total da sessão era de vinte e quatro minutos. A cada duas semanas, os

pacientes retornavam para as novas aplicações, até o paciente estar satisfeito ou não

querer tratamento adicional. Assim os participantes foram classificados de acordo com

o número de tratamentos que eles receberam, alguns solicitaram clareamento caseiro

para complementar. O grau de mudança e recidiva de cor foi medido, com base na

escala VITA, imediatamente após, em duas semanas, e em seis meses, depois do

clareamento. Dos setenta e três pacientes que receberam de um a quatro sessões em

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consultório, cinqüenta e oito ficaram satisfeito e 27 solicitaram clareamento caseiro.

Uma regressão de cor foi mais perceptível no intervalo de duas semanas do que em

seis meses. O clareamento em consultório pode ser uma alternativa para pacientes

que não gostam da técnica caseira, chegando a resultados satisfatórios, mas

geralmente necessitando mais de que uma visita.

Há muitas dúvidas não esclarecidas e poucos artigos publicados

comparando as fontes mais recentes usadas neste processo, principalmente, sobre o

LED e o laser.29, 45

Os LEDs foram criados na década de cinqüenta e sessenta, os azuis foram

desenvolvidos recentemente, na década de noventa. É um equipamento mais simples

e acessível financeiramente no Brasil e vem sendo bastante utilizado neste

procedimento. A diferença é que o LED tem uma emissão de luz divergente, portanto é

muito mais difícil de colimar, com uma potência de saída bem menor45 e o mecanismo

é o de emissão espontânea de radiação.29 O sistema LED com emissão de cor azul

também representa uma nova forma de polimerização. Emite numa faixa estreita do

espectro eletromagnético, ao redor de 470 nm, sem ondas infravermelhas, produzindo,

assim, menos calor. 29

White e Pelino (2000)48 citam que os fotopolimerizadores , bem como o

laser, têm sido incorporados na técnica de clareamento dental. Ainda falam que o

fotopolimerizador e o laser de diodo a 2W de potência aceleram a ação clareadora do

peróxido de hidrogênio na superfície do esmalte. Nesta avaliação, os dentes mostram

diferenças significantes antes e depois do processo de clareamento com estas fontes

de luz. Não houve diferença significativa entre laser e fotopolimerizados, quando

comparados nos mesmos intervalos de tempo.

Wetter et al45, ainda em 2004a, pesquisando in vitro sobre a eficácia do

clareamento dental com aceleração do laser de diodo e LED, combinando diferentes

agentes químicos clareadores, encontram os melhores resultados na associação do

laser de diodo e o gel peróxido de hidrogênio a 35% da marca Whiteness HP. A

avaliação da mudança de cor das amostras foi feita por meio de um espectrofotômetro

que não usa o sistema CIE L*a*b*.

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Lima (2005)49 avaliou quantitativamente a mudança de cor do elemento

dental, após técnica de clareamento vital, variando-se o tipo de agente clareador e a

fonte de luz catalisadora. Adicionalmente, foi analisada a estabilidade do clareamento

durantes 30 dias pós-tratamento clareador e a variação de temperatura do esmalte e

da dentina oposta a superfície a ser clareada provocada pelas fontes de luz. Os

agentes clareadores utilizados foram: Peróxido de Hidrogênio a 35% (Opalescence

Xtra,Ultradent), Peróxido de Hidrogênio a 35% (Whiteness HP, FGM) e Peróxido de

Carbamida a 37% (Whiteness Super, FGM); e o tipo de fonte catalisadora: Luz

Halógena alta intensidade – modo clareamento (Optilux 501C, Demetron), LED

associado ao Laser de Diodo (Ultrablue IV,DMC) Laser de argônio (Spectra Physics –

Stabilite 2071 ) e Arco de Plasma – modo clareamento (Apollo95E, DMD).Os

resultados foram submetidos a analise de variância. O gel clareador peróxido de

carbamida a 37% apresentou as menores medias de reflectância comparando ao

peróxido de hidrogênio a 35%. Para o agente clareador Opalescence Xtra, a fonte

halógena alta intensidade apresentou as menores maiores medias de reflectância.

Para o clareador Whiteness HP, o laser apresentou as menores médias de reflectância

diferindo para a fonte halógena alta intensidade e para o não uso de fonte. Para o

clareador peróxido de hidrogênio 35% houve uma regressão da cor obtida, porém para

o peróxido de carbamida a 37% essa regressão não foi observada. A fonte LED/Laser

apresentou as maiores medidas medias de aumento de temperatura em ambas as

superfícies avaliadas.

De acordo com a ADA Council on Scientific (1998)50, os fabricantes de laser

informam que a energia laser é totalmente absorvida pelo gel clareador, resultando

num processo de clareamento superior que pode ser realizado em uma sessão, sem

efeitos colaterais. O efeito nos tecidos duros depende do tipo de laser utilizado, assim

como o tempo de exposição desse laser ao tecido. As mudanças de temperaturas são

influenciadas pelas propriedades de absorção do esmalte e da dentina. O laser de

argônio gera pouco aquecimento pulpar quando utilizado apropriadamente. Em

constante, o laser CO2 é absorvido pela água dos tecidos e convertido em calor.

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Segundo Sun (2000)51 o objetivo de clarear os dentes utilizando o laser é o

de se atingir o mais avançado processo de clareamento, com o auxilio da mais

eficiente fonte de energia.

Os aparelhos tipo LED’s azuis são composto por semicondutores, que

quando submetidos a uma corrente elétrica produz uma luz azul emitida em uma faixa

estreita do espectro visível. Já os aparelhos de luz halógena produzem uma luz branca

pela passagem de uma corrente através de um filamento de tungstênio que se

encontra protegido dentro de uma cápsula de quartzo preenchida com um gás

halógeno. Assim, este filamento é submetido a altas temperaturas, produzido uma luz

com energia dentro de uma larga faixa do espectro, com muita radiação na região do

infravermelho. Os filtros do aparelho bloqueiam parte da radiação desnecessária

permitindo apenas a passagem da luz azul. Os aparelhos de arco de plasma contêm

dois eletrodos de tungstênio que se localizam em uma cápsula pressurizada

preenchida com gás de xenônio, desenvolvendo um alto potencial elétrico entre os

mesmos, em função de uma alta descarga elétrica. Os espectros de luz emitidos por

estes aparelhos incluem a geração de luz ultravioleta, luz visível e radiação

infravermelha que após filtrarem emitem uma alta densidade de potencia com

comprimento de onda entre 450-500nm. 52

Bosch & Coops (1995)53 mostraram através de um estudo in vitro que a cor

do dente é predominantemente determinada pelas propriedades da dentina. O esmalte

contribui muito pouco para a dispersão da luz, ocorrendo esta na faixa do espectro no

rompimento de onda correspondente a cor azul. Neste estudo, a cor de 28 dentes que

tiveram o esmalte removido correspondeu à mesma do dente íntegro.

Chen et al54, em 1993, citaram os agentes clareadores utilizados no começo

do século XX, como a associação de éter e peróxido de hidrogênio a 100% por Ames

(1937), associação de peróxido de hidrogênio a 30 % e éter por Younger (1939),

mistura de ácido clorídrico, peróxido de hidrogênio e éter por Smith & Macinnes (1942),

e o uso isolado de peróxido de hidrogênio e aplicação de calor com o propósito de

catalisar a reação. Esses agentes são questionados em relação a aplicação de calor e

a efetividade, pois a reação de clareamento é proporcionada pelos radicais livres

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formados a partir do peróxido de hidrogênio, principalmente o peridroxil, em um meio

básico.

Lee et al55, (1995) compararam, in vitro, o efeito clareador do peróxido de

hidrogênio nas concentrações 35% e 50 % . O Gel clareador foi aplicado nas

vestibulares dos espécimes permanecendo por 1 ou 2 horas, de acordo com o

protocolo estabelecido para cada grupo. Após a analise dos resultados, os autores

observaram que ambas as concentrações de peróxido de hidrogênio testadas levaram

a um efeito clareador que não diferiram entre si após 1 ou 2 horas de tratamento. Foi

concluído que o efeito clareador para o peróxido de hidrogênio nas concentrações de

35% e 50% foi igual.

Segundo Reyto (1998)25, o efeito clareador com o uso do laser é obtido por

um processo químico e oxidação. Quando a energia laser é aplicada, o H2O2 quebra-

se em água e radicais livres de oxigênio, o qual se combina com as moléculas

pigmentadas. Embora algumas experiências tenham sido feitas algum tempo antes, o

clareamento com laser começou oficialmente em fevereiro de 1996 com a aprovação

do Íon laser Technology (ILT) para os lasers de argônio e CO2 associados com

agentes químicos. A energia do laser de argônio na forma de luz azul, comprimento de

onda entre 480 nm a 514 nm, na parte visível do espectro, é absorvida pelas cores

escuras. Já o laser de CO2 tem sua energia emitida na forma de calor, no espectro

invisível, com um comprimento de onda de 10.600 nm, penetrando 0,1 nm na água e

no peróxido de hidrogênio. Essa energia do laser de CO2 pode aumentar o efeito do

clareamento conseguido com a utilização do H2O2 associado ao laser de argônio.

Carvalho et al (2002)56 avaliaram, in vitro, a alteração cromática das coroas

dentais registrada a partir de uma análise espectrofotométrica e através da observação

visual (escala Vita), nos seguintes tempos experimentais: inicial, após o escurecimento

com sangue, imediatamente após o tratamento clareador e 15 e 30 dias pós-

tratamento. A análise estatística dos resultados obtidos, pelo estudo

espectrofotométrico, não mostrou diferença significante quando comparado o

procedimento de clareamento tradicional com o ativado por laser Er:YAG. Também

não houve diferença estatística entre os grupos nos tempos experimentais 15 e 30

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dias. A análise visual demonstrou-se eficiente para avaliação da alteração de cor dos

espécimes testados, tendo sua comprovação numérica pela espectrofotometria.

Papathanasiou et al (2002)57, em um estudo in vivo, avaliaram a efetividade

do peróxido de hidrogênio a 35% ativado ou não por uma fonte de energia no

clareamento dental. Foram selecionados 20 pacientes com dentes anteriores na cor A3

ou mais escura. Todos os elementos dentais selecionados forma expostos ao agente

clareador por 20 minutos, porém só metade foi ativada pela luz do fotopolimerizador.

Após 24h do tratamento avaliou-se a mudança de cor dos espécimes pelo método

visual. Os autores concluíram que o uso da lâmpada halógena não aumentou o poder

clareador do gel peróxido de hidrogênio a 35%.

Tavares et al (2003)58 estudaram in vivo o efeito na mudança de cor de

elementos dentais quando utilizada a combinação de peróxido de hidrogênio e luz no

tratamento clareador de consultório sessão única. Avaliaram também o efeito desses

fatores isoladamente. Neste experimento foi utilizado como fonte de luz o aparelho

arco de plasma e como agente clareador o peróxido de hidrogênio a 15% com pH de

6.5. O gel placebo utilizado nesse estudo apresentava o mesmo veículo do gel

clareador sem o peróxido. Após a análise dos resultados, os autores concluíram que a

combinação peróxido de hidrogênio e luz foi mais eficiente no resultado do

clareamento comparado ao uso isolado do peróxido ou da luz. Vinte por cento dos

voluntários apresentaram sensibilidade após utilização do peróxido de hidrogênio e luz,

21.7% para o uso isolado do agente clareador e nenhum dos participantes apresentou

sensibilidade para o uso da luz isoladamente. Além de aumentar o efeito clareador do

peróxido, foi observado que a luz utilizada isoladamente também causou um efeito

clareador no elemento dental.

Luk et al (2004)59 compararam in vitro os efeitos clareadores e as mudanças

de temperaturas induzidas no elemento dental por várias combinações de agentes

clareadores e fontes de luz. Como agentes clareadores foram utilizados um gel

placebo (sem agente oxidante), peróxido de hidrogênio a 35% e peróxido de

carbamida a 10%, que foram aplicados nas superfícies dos dentes e irradiados pela luz

halógena, luz infravermelha, laser de agonio ou laser de CO2 de acordo com o

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protocolo estabelecido para cada grupo. Havia ainda um grupo que não sofreu

exposição à luz. O protocolo de uso seguiu as recomendações do fabricante do gel

peróxido de hidrogênio a 35%. A mudança de cor foi avaliada através de uma escala

de cor e um analisador eletrônico de cor dental. Foram avaliadas também as

mudanças de temperatura da superfície externa do esmalte e interna da dentina,

utilizando-se um termopar acoplado a um termômetro digital, antes e imediatamente

após 30s de aplicação de luz. Através da análise dos resultados, os autores

concluíram que a luz halógena e o laser de argônio causaram menor aquecimento que

o laser de CO2 e a luz infravermelha. O laser de argônio apresentou menor aumento

de temperatura, comparado à luz halógena. O maior aumento de temperatura na

superfície externa do esmalte ocorreu quando o Opalescence Xtra foi utilizado. O

peróxido de hidrogênio utilizado sem corante ou agente fotossensível produziu maior

mudança de cor quando foi ativado pela luz halógena comparado à não exposição da

luz. A mudança de cor mais significante ocorreu quando um gel fabricado para ser

usado em combinação com o laser de argônio foi ativado pela luz infravermelha. O uso

do laser de argônio, quando comparado ao não uso de luz, não aumentou o efeito do

gel clareador.

CLAREAMENTO NO CONSULTÓRIO: realizado com solução de peróxido

de hidrogênio concentrado 30-35%, sendo ativado de acordo com o sistema clareador

empregado, por calor ou por radiação luminosa (incluindo a radiação proveniente dos

equipamentos de laser). Uma vez decomposto em água e oxigênio nascente, este

último penetra rapidamente através de poros do esmalte, trafegando através de sua

matriz orgânica e da dentina (FIGURA 1). O oxigênio nascente reage prontamente com

os pigmentos, fazendo com que as fracas ligações entre moléculas cromatógenas e a

matriz orgânica sejam rompidas, as moléculas continuam a ser oxidadas pelos íons de

oxigênio nascente, tornando menores, menos complexas e com redução na escala de

cor. Dependendo do tempo de contato e da concentração do agente clareador, a

efervescência da reação de clareamento acabaria expulsando o remanescente

molecular do pigmento, total ou parcialmente oxidado, para fora da estrutura dentária. 1

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H2O2 OH¯ + OH¯ H2O + ½O² ¯

FIGURA 1: Degradação do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio nascente

(Felippi, 2005). 1

Segundo publicações, dentre as diversas formas de clareamento

disponíveis e que utilizam agentes clareadores, a técnica da moldeira é a mais

acessível, segura e utilizada38, 48, 60, 61. Alguns profissionais acreditam que esta deva

ser a primeira escolha para uso em dentes vitais com alteração de cor ou na busca por

melhora estética. Nesta técnica, emprega-se o gel de peróxido de carbamida a 10% e

16%, em que a concentração mais mencionada na literatura seria o peróxido de

carbamida a 10%, pois quanto maior este valor percentual, maiores serão a freqüência

e a intensidade da sintomatologia.

Segundo Leonard et al (1998)62 a eficácia do clareamento da moldeira é

uma combinação de concentração da solução e tempo de tratamento. Este estudo, in

vitro, concluiu que o gel peróxido de carbamida a 5%, a 10% e a 16% consegue como

resultado final a mesma mudança de cor, apesar e alcançarem estes resultados em

tempo diferentes.

McCracken e Haywood (1995)63 citam que, para aplicar o produto, é

necessário usar uma moldeira de silicone preparada sobre os modelos dos arcos

dentais do paciente. Esta moldeira mantém o gel em contato com a superfície dental.

O tempo de aplicação do gel sobre o dente, neste protocolo, varia de uma a duas

horas durante o dia, totalizando uma média de vinte e oito horas de uso. Este breve

período diário justifica-se pelo fato de que o peróxido de carbamida é mais ativo nas

primeiras duas horas de aplicação. Christensen (1989)64 relata que dentro de

aproximadamente uma hora de uso, 50% do peróxido de carbamida é perdido.

A escolha de produtos clareadores na forma de gel propiciou um maior

contato e prolongado efeito clareador, sem a necessidade de fontes de calor ou

Peróxido de hidrogênio

Íons de hidroxila

Água Oxigênio nascente

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aceleração do processo e tornou a aplicação clínica e domiciliar mais efetiva e segura,

quando seguidas corretamente as prescrições.38, 63, 65, 66

Segundo Heymann (2005)60, o clareamento de dentes vitais é o ato mais

seguro, efetivo e conservador, quando realizado corretamente. Da mesma opinião

compartilha Haywood (2005)67, relatando que a técnica clareadora mais segura,

econômica e com melhor risco-benefício é o peróxido de carbamida a 10% aplicado

com moldeira e feito por um dentista.

Baratiere et al (2001)68 mencionam que com relação ao tempo de

tratamento é preciso, normalmente, duas a quatro semanas, embora o prolongamento,

por mais algumas semanas, seja interessante para garantir estabilidade dos

resultados.

Segundo Haywood (2005)67, a duração da estabilidade de cor, sem retratar,

é geralmente de um a três anos, embora possa ser permanente. Em um

acompanhamento de treze a vinte e cinco meses (média de dezoito meses), 74% dos

pacientes não tiveram alteração perceptível sem retratamento, na média de trinta e oito

meses e meio, 62% não relataram alteração perceptível sem retratamento e dos

setenta e cinco aos oitenta e nove meses 35% não relataram alteração. A longevidade

do tratamento dependerá do tipo de alteração de cor, uso de cigarro e tipo de hábitos

alimentares. 39

CLAREAMENTO CASEIRO: utiliza o peróxido de carbamida sob a forma de

um gel ou solução colocado com o auxílio de uma moldeira; seu pH neste momento

gira em torno de 6,5 (nesse pH ligeiramente ácido, o peróxido é mais estável e se

conserva por mais tempo), mais rapidamente se eleva para um pico de

aproximadamente 9,8. Isso favorece a decomposição de outras moléculas de peróxido,

o que ocorreria em cadeia, já que um pH alcalino o desestabiliza ionicamente. Dessa

forma, o peróxido de carbamida decompõe-se em peróxido de hidrogênio e uréia

responsável pela alcalinidade. Para iniciar a decomposição do peróxido de carbamida,

provavelmente o ponto-gatilho sejam as enzimas presentes na saliva. 1 (FIGURA 2)

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NH4 + CO2

CH4N2O-H2O2 + enzimas CH4N2O + H2O2

H2O2 + enzimas OH¯ + OH¯ H2O + ½O² ¯

FIGURA 2 : Transformação do peróxido de carbamida em Peróxido de Hidrogênio (Fellipi, 2005). 1

3.1.4 Características da cor dental

A cor pode ser descrita, de acordo com espaço de cor de Munsell, em

termos de matiz, croma e valor. Matiz é a atribuição de uma cor que pode distinguir

entre diferentes famílias de cores, como exemplo o azul, o vermelho e o verde. O valor

indica a luminosidade, claridade de uma cor, indo do puro preto (0) ao puro branco

(100). Croma é o grau de saturação, pureza ou vivacidade de uma cor.33, 69

A Comissão Internacional de L’Eclairage (CIE), uma organização voltada

para a padronização em áreas como cor e aparência, em 1976 definiu o sistema de cor

– CIE L*a*b* que sustenta a admissão da teoria da percepção das cores baseada nos

três receptores nos olhos, separados por cores: vermelho, verde, azul. É usualmente

um dos mais populares sistemas de cores, com distâncias iguais, correspondendo às

iguais percepções de cores conhecidas. Neste espaço de cor, os três eixos são L*, a*

e b*. O valor L* é uma medida da luminosidade e é quantificado na escala como o

preto perfeito tendo um valor 0 e reflexão perfeita o valor 100. o valor de a* é o grau de

saturação de cor que vai do vermelho (a+) ao verde (a-). O valor b* vai do amarelo (b+)

ao azul (b-). As coordenadas a* e b* aproximam-se do zero para cores neutras (branco

Amônia Gás carbônico

Peróxido de carbamida

Catalisador salivar

Uréia Peróxido de hidrogênio

Peróxido de hidrogênio

Catalisador salivar

Íons hidroxila Água Oxigênio nascente

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e cinza) e aumentam em magnitude para uma cor mais saturada. A vantagem do

sistema CIE Lab é que a diferença de cores pode ser expressa em unidades que

podem ser correlacionadas à percepção visual.31, 33, 69

De acordo com Joiner (2004)69, a cor dos elementos dentais é determinada

pela combinação de fatores extrínsecos e intrínsecos. Estes estão relacionados ao

espalhamento da luz e às propriedades de absorção do esmalte e dentina. Já a cor

extrínseca está associada à absorção, deposição de materiais (pigmentos) sobre a

superfície dental. Devido a estas características, para se obter maior veracidade na cor

dental, deve-se buscar sua representação pelo terço médio do dente, porque há

mudança da cor no percurso de incisal até a cervical. O observador precisa treinar o

foco nesta área preferencialmente.

3.1.5 Método visual

Este método funciona por meio da associação de escalas de cores (Ex: Vita,

Dentron) e avaliação de examinadores (visão humana). Apesar de muito usado no

cotidiano e ser ampla a aceitação, torna-se uma análise subjetiva porque dependerá

de muitas variáveis como a luz do ambiente no momento da avaliação, idade e

acuidade visual do examinador, a impossibilidade de adequar os resultados no CIE

L*a*b* ou outro e nenhuma das marcas de escalas existentes no comércio tem

igualdade nos tons. Além disto, é necessária a presença de mais de um examinador

para ampliar a credibilidade dos dados e aproximá-los ao máximo da realidade.34

3.1.6 Espectrofotômetro

De acordo com Joiner (2004)69, instrumentos como os espectrofotômetros,

associados ou não aos colorímetros, têm sido usados na pesquisa e na indústria para

medir a cor de amplas escalas de materiais. Eles medem o comprimento de onda no

modo de refletância ou transmitância de um objeto e têm sido usados para medir o

espectro visível de dentes extraídos e vitais. A maioria destes sistemas emprega o

sistema CIE Lab ou RGB para a caracterização, mas tem a desvantagem de serem

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equipamentos caros e complexos. 33 Além disto, para pesquisas, in vivo, precisa ser

portátil e de tamanho adequado.

Horn et al (1998)70 realizaram um trabalho in vitro comparando a avaliação

visual com o uso de espectrofotômetro, sendo que este revelou maior precisão para

avaliar os resultados, classificando o método visual como não-confiável. Identificaram

o espectrofotômetro, de acordo com os dados resultantes do trabalho, como um

instrumento previsível e preciso. A análise por espectrofotômetro não é influenciada

pelas variáveis humanas como fadiga dos olhos, cansaço, idade, experiência e outros

fatores fisiológicos, como, por exemplo, a quantidade de cones presentes nos olhos.

Além disto, o método visual é uma avaliação altamente subjetiva e requer um maior

consumo de tempo.

Wetter e colaboradores (2004b)71 mencionam que o espectrofotômetro

avalia a cor dental sob uma única fonte de luz, reduzindo a possibilidade de ocorrerem

influências da luz do ambiente. O espectrofotômetro tem como referência a luz do dia.

3.1.7 Alterações morfológicas no esmalte após clareamento

Em 1996, Ernest, Marroquin; Zonnchen72 observaram, através da

microscopia eletrônica de varredura, a aparência da superfície do esmalte após o

clareamento. Foram utilizados quatro agentes clareadores: um à base de peróxido de

carbamida a 10% (durante 6 horas); dois à base de peróxido de hidrogênio a 30%

(durante 30 minutos) e um com peróxido de hidrogênio associado ao perborato de

sódio. Dois espécimes de cada grupo foram utilizados como controle positivo (tratado

com ácido fosfórico a 37% por 30 segundos) e negativo (não recebeu nenhum

tratamento); o pH das soluções estudadas foi medido, encontrando-se os valores

médios de 2, para o peróxido de hidrogênio a 30%, 8 para a mistura de peróxido de

hidrogênio a 30% + perborato de sódio, 6 para o peróxido de carbamida a 10% e 1

para o ácido fosfórico. Comparando o aspecto das superfícies tratadas com as do

controle, observaram que o esmalte exposto aos agentes clareadores sofreu pequena

ou nenhuma ação morfológica superficial, ao passo que, naquelas tratadas com ácido

fosfórico a 37%, as alterações morfológicas sempre mostravam um caráter severo.

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Concluíram que os agentes clareadores testados podem ser recomendados

clinicamente.

Zalkind et al73, 1996, investigaram possíveis alterações morfológicas no

esmalte, na dentina e no cemento humanos, após aplicação de alguns agentes

clareadores empregados comumente no clareamento dental. Utilizaram dentes

humanos, os quais foram embebidos no respectivo material clareador e armazenados

a 37˚ C durante 7 dias. Os grupos experimentais foram: I) Solução de peróxido de

hidrogênio a 30%; II) Pasta de perborato de sódio + água (2g/ml); III) Solução aquosa

de peróxido de carbamida a 10%; IV) Nu-Smile; V) Opalescence; VI) DentBright; VII)

Controle, tratando com solução salina. Sob a microscopia eletrônica por varredura, os

autores observaram que ocorrem alterações morfológicas nas estruturas dentárias na

maioria dos materiais clareadores, sendo que o cemento foi o tecido mais afetado, e os

agentes a base de peróxido de hidrogênio a 30% causam mais severas alterações em

esmalte, dentina, e cemento, recomendando-se muita cautela com o uso de tais

produtos.

Riehl44, em 2002, avaliou a influência de três tipos distintos de agentes

clareadores sobre a rugosidade e a microdureza do esmalte bovino. Incisivos centrais

inferiores bovinos foram divididos em quatro grupos: 1) água deionizada, como

controle; 2) peróxido de hidrogênio a 35%, sendo realizadas duas sessões de 60

minutos cada e ativado com luz incandescente de 100Watts; 3) Opalescence Xtra a

base de peróxido de hidrogênio a 35%, em duas sessões de 15 minutos cada e

ativado com luz halógena com 1.100mv/cm² e 4) Opalescence Regular a 10%, à base

de peróxido de carbamida a 10% em sete sessões de 4 horas cada. Os ensaios foram

executados antes e depois dos tratamentos. Os resultados demonstram que os

espécimes dos grupos 2 e 3 mostraram alterações nas propriedades estudadas, e o

grupo 4 não promoveu nenhuma alteração significativa no substrato. Ocorreu um

aumento da rugosidade superficial significante quanto do uso do peróxido de

hidrogênio a 35% e do peróxido de carbamida a 35%, porém esta rugosidade foi ainda

maior no grupo clareado com peróxido de hidrogênio a 35%. No entanto, esse

aumento de rugosidade, não foi observado no grupo clareado com peróxido de

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carbamida a 10%. Nos casos de ocorrência de alteração no esmalte, era proposto o

tratamento com Opalustre (ameloplastia ácida), o qual foi capaz de recuperar os

valores iniciais de rugosidade e dureza. O autor conclui que parece haver uma

correlação entre concentração, tempo de aplicação e potencial de dano no esmalte,

quando se trabalha com peróxidos.

Pimenta et al74, 2003, avaliaram o efeito in vitro da utilização de agentes

clareadores de consultório na rugosidade superficial do esmalte. Fragmentos de

esmalte bovino foram polidos sequencialmente, e a rugosidade superficial inicial (Ra)

foram obtidas através da média de três leituras. Em seguida, foram realizados os

tratamentos clareadores de acordo com os grupos: G1 = Apollo Secret; G2 =

Whiteness Hp; G3 = Whiteness Super; clareador foi realizado por três semanas, com

uma aplicação semanal, com exceção de G6, que sofreu aplicações diárias por 8h. Os

fragmentos permaneceram imersos em saliva artificial pelo restante do tempo. Após

esse tempo, foi realizada a avaliação de rugosidade final. Os resultados demonstraram

não haver diferença entre os valores iniciais ou entre os valores finais de rugosidade,

entretanto demonstrou diferença entre os valores iniciais e finais, de rugosidade,

dentro de cada grupo. Os autores concluíram que as técnicas de clareamento de

consultório e caseira podem causar um aumento na rugosidade superficial do esmalte

dental, dependendo do agente clareador empregado.

3.1.8 Efeitos adversos

O efeito colateral mais comum, em dentes com vitalidade pulpar, é a

sensibilidade dental. A alta permeabilidade dentinária facilita que o agente clareador

chegue à polpa, desencadeando uma pulpite reversível. Mas a sensibilidade de dentes

vitais é transitória e é eliminada gradualmente com o termino do procedimento (caseiro

ou ambulatorial). É claro que a técnica em consultório tende a causar uma maior

sensibilidade, pois a concentração do agente clareador é bem maior. Já a irritação

gengival é considerada o segundo efeito mais comum associado à realização do

clareamento dental caseiro, mesmo sendo tão freqüente. Isto pode ser causado pelo

agente clareador ou presença de irregularidades na moldeira. O gel peróxido de

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hidrogênio a 35 % pode causar maior sensibilidade e alterações gengivais,

principalmente quando há falha na barreira gengival. 29

Vários estudos relatam efeitos negativos do clareamento dental em si

Maccrecken e Haywood (1995)63 citam a presença de sensibilidade durante o processo

diretamente proporcional ao aumento do tempo de contai e concentração do gel, Salis

et al (1997)65 sugerem ricos de toxicidade aos tecidos moles vizinhos, alterações de

rugosidade e dureza na superfície dental, efeitos sistêmicos, mas algumas destas

menções não foram esclarecidas ou estão descritas de forma duvidosa na literatura.75

MacCracken e Haywood (1995)63 após pesquisar a perda do elemento

cálcio, in vitro, em dentes humanos expostos ao peróxido de carbamida a 10% por seis

horas e em um grupo controle mantido em água, concluíram que há maior perda de

cálcio no grupo que ficou sob ação do peróxido, mas esta perda é clinicamente

insignificante. Neste mesmo trabalho, avaliando dentes recém clareados em

microscópio eletrônico de varredura, foram encontradas mudanças morfológicas

superficiais no esmalte, mas os autores justificam que nestas situações in vitro não há

a interferência benéfica da saliva tentando o retorno do pH à normalidade.

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24

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1 População

A pesquisa foi realizada em 24 pacientes atendidos na Clínica de

Odontologia do Centro Universitário Nilton Lins - Manaus (AM) no período de Abril à

Julho de 2007.

O trabalho foi submetido a avaliação posterior aprovação pelo Comitê de

Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Centro Universitário Nilton Lins (Anexo I).

4.2 Critérios de inclusão

A seleção dos pacientes analisados foi realizada na clinica do Centro

Universitário Nilton Lins. Pacientes entre 20 e 35 anos, de ambos os sexos, foram

selecionados estando com a cavidade oral em condições adequadas para realização

do procedimento, ou seja, presença obrigatória dos elementos anteriores inferiores e

superiores, ausência de cáries nos elementos dentais anteriores inferiores e

superiores, gengivite, placas dentais, próteses em geral, pacientes portadores de

marca passo, pacientes submetidos a radio ou quimioterapia. E ainda assinar o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido, (Anexo II), seguindo as normas da Comissão

Nacional de Ética em Pesquisa, que regulamenta as pesquisas envolvendo seres

humanos, entendendo e concordando com o procedimento pelo qual passaram

posteriormente. O trabalho foi submetido a avaliação e posterior aprovação pelo

Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Centro Universitário Nilton Lins.

4.3 Material

- Pasta profilática;

- Instrumental clinico (espelho, sonda e pinça);

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25

- Escova tipo Robison;

- Escala de Cor VITA (FIG.1);

- Flúor;

- Gazes estéreis;

- EPI’s;

- Roletes de algodão

- Sistema de clareamento dental a base de peróxido de hidrogênio a 35% Whiteness

HP (FGM, Brasil) (FIG.2);

- Sistema de clareamento dental a base de peróxido de hidrogênio a 38% Opalescence

Xtra Boost (Ultradent, USA) (FIG.3);

- Afastador labial plástico;

- Sugador metálico usado em endodontia;

- Sugador plástico descartável;

- Vaselina.

Figura 1 – Escala de cor VITA.

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26

Figura 2 – Gel clareador Whiteness HP (FGM, Brasil).

Figura – 3 Gel clareador Opalescence Xtra Boost (Ultradente,USA)

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27

4.4 Equipamentos

- Equipamento LED Whitening LASE II para clareamento em consultório de marca

DMC, emissor visível no comprimento de onda de: 470nm e emissor infravermelho no

comprimento de onda: 790 - 830nm. Este equipamento utiliza dois comprimentos de

onda sendo que um deles é gerado por três diodos infravermelhos e o outro por uma

serie de 6 LED’s azuis (FIG.4);

- Fotopolimerizador;

- Caneta de baixa rotação.

Figura 4 – Equipamento LED Whitening LASE II (DMC, Brasil)

4.5 Métodos

4.5.1 Seleção e preparo dos pacientes

A pesquisa foi realizada com os pacientes da referida Universidade que

desejavam realizar o clareamento dental. Estes voluntários selecionados foram

submetidos a exames clínicos, para averiguação dos critérios de inclusão. Os

pacientes estão divididos em dois grupos contendo 12 pacientes cada, denominados

grupos A e B submetidos à técnica de clareamento com dois tipos géis clareadores

com peróxido de hidrogênio à 35 %, e 38%, respectivamente, de duas marcas

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28

comerciais distintas disponíveis no mercado: Whiteness HP (FGM, Brasil) e

Opalescence Xtra Boost (Ultradent, USA) com o equipamento LED da marca DMC

Whitening Lase II.

Foi utilizada na avaliação a escala de cor Vita, pelo método visual, tendo

como auxílio dois profissionais da área, para ampliar a credibilidade dos dados e

aproxima-los o máximo da realidade, tendo em vista que este método de avaliação

torna-se uma analise subjetiva por que dependera de muitas variáveis como a luz do

ambiente no momento da avaliação idade e acuidade visual do examinador. O

clareamento proposto foi avaliado antes do procedimento, 2 horas após o clareamento,

24 horas depois e 7 dias após a primeira sessão, sempre com alternância dos

examinadores para que ocorra o mínimo de análises tendenciosas. O clareamento foi

repetido a cada 7 dias, num total de três sessões com intervalo de 7 dias entre as

sessões. Os dados foram registrados em uma Ficha Clínica Odontológica (ANEXO III),

questionando dados pessoais e de saúde. Na seqüência todos os pacientes

selecionados foram submetidos a uma profilaxia com intenção de remover resíduos

alimentares, placas bacterianas, tártaros e manchas, utilizando pasta profilática e

escova de Robison.

4.5.2 Protocolo das técnicas clareadoras

Nos grupos A e B o procedimento ocorreu da seguinte forma:

- Colocação dos óculos adequados ao procedimento, no paciente voluntário e

pesquisador, bem como ao examinador auxiliar, de acordo com o comprimento de

onda a ser utilizado no clareamento proposto.

- Lavagem e secagem da cavidade oral com o jato de água e ar da seringa tríplice.

- Realização do registro da coloração inicial dos elementos dentais.

- Aplicação de vaselina na região labial dos pacientes, para que seja evitado

ressecamento labial.

- Posicionamento do afastador labial plástico para melhor visualização dos elementos

necessários ao procedimento, bem como, proteger a mucosa do paciente, evitando o

contato com o material clareador e salivação.

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29

- Proteção da margem gengival, ameias e dentina exposta com resina fluida

fotopolimerizável (Top Dam/FGM, Brasil), quando utilizado o gel clareador Whiteness

HP, e (OpalDam/Ultradent,USA), quando utilizado o gel clareador Opalescence Xtra

Boost, contornando todos os elementos dentais envolvidos no procedimento.

- Fotopolimerização da barreira gengival.

- Posicionamento do sugador plástico descartável.

- Seguindo recomendações do fabricante, Whiteness HP (FGM/Brasil), a manipulação

e mistura do gel dar-se na proporção de 03 gotas de peróxido para 01 gota de

espessante, somando uma quantidade de aproximadamente 12 gotas de peróxido de

hidrogênio a 35% para 04 gotas de espessante, recobrindo toda a linha do sorriso por

arcada, aplicando o gel numa espessura aproximada de 0.5 a 1mm na face vestibular

dos elementos dentais envolvidos no clareamento.

- Utilizando recomendações do fabricante (DMC), é realizada a irradiação com o

whitening lase II, a aproximadamente 3 cm de distância, por três minutos, é dado então

um descanso de dois minutos, aplica-se novamente a luz por mais três minutos, deixa-

se então novamente um descanso de dois minutos, nesta fase então o produto, (gel)

terá mudado sua cor de vermelho para amarelo.

- Caso ocorra alguma sensibilidade, aplicar o gel dessensibilizante.

- Retira-se o gel com o sugador endodôntico, lava-se a superfície com uma gaze

umedecida, repetindo este procedimento por mais duas vezes, totalizando um total de

três aplicações por sessão sendo necessário três sessões com intervalo de 7 dias para

cada sessão.

- Após o termino das sessões, remove-se da barreira gengival, em seguida, faz-se o

polimento dos elementos dentais, utilizando o disco de feltro umedecido.

- O mesmo procedimento de irradiação é realizado quando da utilização do gel

Opalescence Xtra Boost (Ultradente,USA), sendo que sua manipulação, ocorre unindo

as pontas das respectivas seringas que compõe o Kit clareador, contendo o peróxido

de hidrogênio a 38% e o gel ativador, faz-se então após a uniam das pontas o mix do

gel e do ativador.

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30

5. RESULTADOS

Abaixo são apresentados os valores obtidos em todas as medidas

realizadas, nos grupos que utilizaram o gel Whiteness HP (FGM, Brasil) e

Opalescence Xtra Boost (ULTRADENT, USA).

De acordo com os valores encontrados, analisou-se a eficiência dos géis

clareadores sobre os dentes, conforme metodologia descrita.

A TABELA 1 representa a avaliação de pacientes de acordo com a cor

dental na escala Vita, a mudança 2h, 24h após o clareamento, a 2ª e a 3ª sessões

onde foi utilizado o gel Whiteness HP (FGM, Brasil). Os resultados mostram a

eficiência do gel, dentro da avaliação proposta na cor dos dentes.

TABELA 1 – Avaliação dos pacientes submetidos ao clareamento com o gel

Whiteness HP

Paciente Antes do

clareamento

2h após

clareamento

de escala

24h

após 1ª

sessão

2 ª

sessão

sessão

Score de

redução de

escala

1 B2 B1 B1 B1 B1 +

2 A3,5 A3 A3 A2 A1 +++

3 A3,5 A3 A3 A1 B1 +++

4 B2 B1 B1 A1 B1 ++

5 C3 C1 C1 B1 B1 ++

6 A3,5 A3 A3 A2 A1 +++

7 A2 A1 A1 A1 B1 ++

8 A2 A1 A1 A1 B1 ++

9 B2 B1 B1 B1 B1 +

10 B2 B1 B2 A1 B1 ++

11 A3 A2 A2 A1 B1 +++

12 A3 A2 A2 A1 B1 +++

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31

A TABELA 2 apresenta o grupo submetido ao procedimento com o gel

Opalescence Xtra Boost (ULTRADENT, USA), seguindo a avaliação da cor

correspondente a escala de cor VITA, antes, após 2h, 24h após o clareamento, a 2ª e

a 3ª sessões do procedimento realizado. O respectivo gel também demonstrou

eficiência no clareamento dental.

TABELA 2 – Avaliação dos pacientes submetidos ao clareamento com o gel

Opalescence Xtra Boost

Paciente Antes do

clareamento

2h após

clareamento

de escala

24h

após 1ª

sessão

2 ª

sessão

sessão

Score de

redução de

escala

1 A3 A2 A2 A2 A1 ++

2 A3,5 A2 A2 A3 A2 ++

3 A3,5 A2 A3 A2 A1 +++

4 A3 A2 A2 A1 B1 +++

5 B3 B2 B2 B1 B1 ++

6 B2 B1 B1 B1 B1 +

7 A2 B1 B1 B1 A1 ++

8 B2 B1 B1 B2 B1 ++

9 C2 C1 C2 C2 A1 +++

10 A3,5 A3 A2 A2 A1 +++

11 A3 A2 A1 A1 B1 +++

12 A2 A1 A1 A1 B1 ++

O GRÁFICO 1 representa a visualização gráfica da eficiência dos dois géis

clareadores segundo Score da redução de escala (Anexo 3).

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GRÁFICO 1 – Visualização gráfica da eficiência dos géis clareadores Whiteness HP e Opalescence Xtra Boost

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33 6. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A identificação do gel clareador que minimizasse tempo e mostrasse

resultados mais significantes passou a ser nosso objetivo de estudo onde realizamos a

comparação de dois géis distintos. A técnica utilizada é a preconizada pelo

equipamento LED do fabricante DMC.

A cor do dente é determinada pelo caminho que a luz percorre neste.

Dependendo das características do dente, a luz pode sofrer reflexão, transmissão,

dispersão e absorção. Parte da luz transmitida sofre dispersão (coeficiente de

dispersão do dente humano = 0,6mm-1), outra parte é absorvida por proteínas

pigmentadas e outros pigmentos presentes no dente. Quanto maior a quantidade

desses pigmentos, maior a absorção da luz incidida e mais escuro se torna o dente.53

Existem vários métodos que podem ser utilizados para avaliar mudanças de

cor no elemento dental. Estes métodos podem ser classificados em subjetivos como a

análise visual através da escala de cor, e objetivos, que empregam

espectrofotômetros, colorímetros e técnicas de análise de imagem com ajuda de

softwares69. A análise visual através de uma escala de cor padronizada tem sido

utilizada em muitos estudos. Apesar de ser um método simples de ser realizado, não é

muito confiável, pois este tipo de análise visual é influenciada pela experiência do

observador, astenopia, variação da luz ambiente, dentre outros fatores. Analise esta

que foi realizada nesta pesquisa, utilizando como escolha a escala VITA. Horn et al.

(1998)70 compararam a eficácia da análise visual e espectrofotométrica na avaliação

da cor do dente. As leituras realizadas pelo espectrofotômetro apresentaram 80% de

concordância, enquanto para análise visual a concordância entre as leituras foi de

45%. Dessa forma, os autores concluíram que o método objetivo é mais acurado na

avaliação de cor do elemento dental.

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Wetter el al (2004b)71 compararam os resultados imediatos obtidos entre

clareamentos acelerados por laser de diodo e lâmpada de Xenômio e concluíram que

a maioria dos grupos obteve dentes mais brancos e o aumento da luminosidade foi

considerável para todos os grupos.

Neste estudo, a diferença na quantidade de clareamento obtida na primeira

sessão em ambos os géis, foi maior que a quantidade obtida nas sessões seguintes.

Isto porque as moléculas maiores e mais escuras, de cadeias mais longas reagem

mais facilmente com os radicais livres51. Este resultado está em acordo com os

achados de Kwon et al (2002)76, que constataram maior mudança de cor no primeiro

dia, num total de 3 dias de tratamento clareador em esmalte bovino clareado com

peróxido de hidrogênio a 35%.

Como o peróxido de hidrogênio pode formar vários tipos de oxigênio ativo,

dependendo da temperatura, pH, luz, co-catalisadores, dentre outros51, talvez a

maneira como a reação aconteça está diretamente ligada ao clareamento obtido. É

provável que, dependendo da fonte catalisadora utilizada, do tempo de exposição e da

concentração do gel clareador, a reação ocorra de uma forma mais completa ou não.

Existe uma variação na resposta dos dentes ao tratamento clareador.

Dentes que possuem alterações de cor mais severas, como manchamento por

tetraciclina, por exemplo, são mais difíceis de obter uma resposta satisfatória ao

tratamento clareador. Dependendo do tipo de manchamento que o dente apresenta, o

clareamento dental pode acontecer mais rapidamente ou não.13 Para este estudo

foram selecionados dentes com padrão de cor variada, desde que o elemento

apresentasse escurecimento dental poderia fazer parte da pesquisa, exceto dentes

despolpados.

Smigel (1996)77 descreve uma técnica de clareamento de consultório que

utiliza dois tipos de laser. Primeiramente é utilizado o laser de argônio para remover as

manchas escuras. Quando o dente se torna mais claro, o laser de CO2 passa então a

ser utilizado até o final do tratamento. Apesar destas vantagens, a ADA Council on

Scientific Affairs (1998)50 não recomenda o uso deste laser para o clareamento dental,

pois está situado na faixa do infravermelho, o que gera grande quantidade de calor.

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35

Além disso, não há estudos há longo prazo em relação aos efeitos adversos causados

pela utilização desse laser no procedimento clareador. 78

Apesar de todas essas características e resultados satisfatórios, Jones et al

(1999)79 avaliando in vitro a mudança de cor dos elementos dentais, concluíram que

uma sessão de clareamento a laser não é suficiente para se obter uma mudança de

cor perceptível. No presente estudo a utilização do equipamento LED foi padrão, ou

seja, foi utilizado o mesmo equipamento para ambos os géis não diferindo o fabricante.

A luz produzida pelo LED apresenta um espectro de emissão de 450 a

500nm. Quando esta luz é utilizada para fotoativação dos materiais resinosos, mesmo

apresentando baixa densidade de potência, estes aparelhos emitem toda luz do

espectro dentro do espectro de absorção máxima da canforoquinona (470nm), que é o

fotoiniciador geralmente encontrado na maioria dos materiais resinosos80. Isso permite

que essa energia seja completamente aproveitada, ao contrário dos aparelhos de luz

halógena, que produzem luz fora do espectro de absorção do fotoiniciador

(canforoquinona), energia esta não útil para absorção do material resinoso. Em

contrapartida, para ativação do gel clareador Opalescence Xtra, o espectro de emissão

da luz LED é menor que o espectro de absorção do agente fotossensível presente

neste clareador (350 a 500nm). Isto talvez possa explicar o motivo do resultado de

reflectância ter sido inferior quando o gel Opalescence Xtra foi ativado pelo LED/

Laser, em comparação ao resultado do agente clareador ativado pela luz halógena.

Quando foi utilizado o gel clareador Whiteness HP, que apresenta em sua composição

um corante vermelho específico para absorver a luz azul, os resultados obtidos por

essas duas fontes não diferiram entre si. Resultados deste estudo mostram que não

houve amostras com resultados comparativos significantes entre os géis, embora se

mostrem eficientes quanto ao clareamento dental.

Além do tempo de ativação e do tempo de contato do gel clareador no

dente, outro fator de relevância no sucesso do tratamento é a concentração da

substância clareadora.81 O peróxido de carbamida a 37%, equivalente ao peróxido de

hidrogênio a 11%77, apresentou menor ação clareadora diferindo estatisticamente do

Opalescence Xtra e Whiteness HP, ambos peróxido de hidrogênio a 35%. No entanto,

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36

quando foram comparadas altas concentrações de peróxido de hidrogênio a 35% e

50%, Lee et al (1995)55, demonstraram que o efeito clareador após 1 ou 2 horas de

tratamento foi igual para ambos os tempos. Levando em consideração o estudo

acima, em relação a este presente estudo, é fato dizer com vista nos resultados

obtidos, que podemos ter como referência a média de 35% de concentração nos géis a

base de peróxido de hidrogênio. Uma vez que os géis clareadores utilizados nesse

estudo possuem a mesma marca dos géis utilizados no estudo acima descrito, porém

divergem em sua concentração, sendo, Opalescence Xtra Boost na concentração de

38% e o Whiteness HP 35%.

Zalkind et al73, também atribuem ao peróxido de hidrogênio um aumento da

porosidade da superfície de esmalte, bem como um maior aplainamento superficial,

sem mencionar, no entanto quais regiões foram analisadas, além de não terem

utilizado o mesmo dente como espécime experimental e controle. Spalding (2000)3,

utilizou três espécimes, um do grupo dos dentes irrompidos e outros dois do grupo de

dentes não irrompidos, apresentaram os aspectos morfológicos superficiais mais

discretos e suavizados. Dois espécimes revelaram extensas áreas de erosão

superficial, caracterizada por uma aparente ”descamação” da superfície. Bitter82,

analisando a alteração superficial do esmalte dentário após aplicação de agentes

clareadores, observou severas alterações no esmalte, caracterizadas por extensas

áreas de erosão superficial e remoção da camada aprismática revelando o esboço dos

prismas do esmalte na superfície. Entretanto, Segundo Spalding (2000)3 a maioria das

alterações descritas como conseqüência da ação dos agentes clareadores, foi

encontrada em vários espécimes controle neste estudo.

Quanto às alterações químicas, Perdigão et al., (1998)83, encontraram

uma significante diminuição das concentrações de cálcio e fósforo no esmalte

submetido ao clareamento, ao passo que, Oliveira (2000)84, relatou alteração

significativa nos níveis de fósforo, mas não nos níveis de cálcio. Entretanto, Mattos

(2003)28 não observou diferença estatisticamente significante nos valores de Ca/P,

entre o grupo controle e o grupo clareado.

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Os materiais a base de peróxido, por serem potentes agentes oxidantes, de

acordo com Shinohara et al. (2001)85, podem causar desnaturação das proteínas da

matriz orgânica do esmalte. E, que esta ação parece ser iniciada pela uréia, o que

seria explicado pelo aumento dos níveis de nitrogênio.

Tem sido demonstrado que o efeito do clareamento na resistência adesiva

de restaurações em resina composta parece ser tempo-dependente, sendo

recomendado a espera de 1 a 3 semanas para a realização das restaurações adesivas

em dentes clareados.86 Para Van Der Vyver et al., (1997)87, tais períodos de espera

seriam necessários para que houvesse a completa liberação do oxigênio residual, ao

passo que, outros estudiosos83, acreditam que as alterações causadas pelo

clareamento na estrutura dental poderiam ser reparadas, durante este período, pela

ação da saliva, através da precipitação de minerais nas porosidades da superfície

dental.

Em função dessas especulações, em alguns estudos (Lai et al.,200288), os

dentes foram imersos em água destilada após tratamento clareador, uma vez que a

água favorecia a eliminação das substâncias peróxido-contaminantes da superfície do

esmalte. Já em outros trabalhos (Perdigão et al.,199883; Cavalli et al.,200186; Oliveira,

Pacheco e Oshima, 200189), utilizou-se a saliva artificial como meio de armazenamento

dos dentes clareadores.

Titley (1998) 90, afirmou que o período de tempo necessário para o esmalte

retornar as condições de apresentar força de adesão normal varia em função da

concentração da solução clareadora e do tempo de aplicação do produto. Logo, devido

ao pouco tempo, nesta pesquisa, de aplicação do peróxido de hidrogênio a 35% (1

sessão de +/- 30 min), a quantidade de oxigênio residual, presente na superfície do

esmalte clareado, pode não ter penetrado o suficiente a ponto de alterar o mecanismo

de adesão (Kalili et al., 1991). 91

Sistemas adesivos a base de solventes orgânicos (álcool ou acetona) foram

testados nos estudos de Perdigão et al., 199883; Oliveira, Pacheco e Oshima, 200188 e

Lai et al., 200289, que por serem carreadores de água, poderiam remover a água da

superfície contendo o oxigênio residual, favorecendo uma maior penetração da resina

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hidrofílica na superfície do esmalte clareado. Perdigão et al., (1998)83, observaram que

o sistema adesivo a base de acetona eliminou o efeito do clareamento na adesão ao

esmalte, ao passo que, Sung et al., (1999)92 constataram um retorno da adesividade

para o esmalte clareado, após o uso do sistema adesivo a base de álcool.

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7. CONCLUSÃO

Considerando os fatores analisados neste estudo e com base nos

resultados obtidos nas análises clinicas e estatísticas (Anexo IV) conclui-se que:

A mudança na cor dental ocorreu em ambos os grupos participantes, porem,

quando se comparam os resultados não há diferença estatística em todas as

condições experimentais.

Obteve-se a percepção no que diz respeito a sensibilidade dental, entre os

géis, sendo o Opalescence Xtra Boost o agente clareador que apresentou significativa

sensibilidade clinica frente ao gel Whiteness HP, sendo assim esta percepção, fonte

sugestiva de estudos posteriores para avaliação de sensibilidade dos respectivos géis.

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ANEXOS

Anexo I – Aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro

Universitário Nilton Lins

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Anexo II - Termo de consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Eu,________________________________, RG._____________,domiciliado nesta

cidade à rua ___________________________,fone:________________declaro de

livre e espontânea vontade querer participar do estudo, “AVALIAÇÃO DOS GÉIS

CLAREADORES:OPALESCENSE XTRA BOOST (ULTRADENT,USA) E WHITENESS HP

(FGM,BRASIL),ESTUDO IN VIVO, SUBMETIDOS A TÉCNICAS DE CLAREAMENTO COM

EQUIPAMENTOS LED, Autorizo o uso dos dados da minha participação somente para

fins do presente estudo e que se guarde sempre em sigilo absoluto sobre a minha

pessoa. Declaro que me foi informado os detalhes referentes a essa pesquisa e que as

informações que fornecerei ajudarão no melhor conhecimento do assunto em estudo.

Sei que minha participação consiste apenas em responder algumas perguntas

referentes ao tratamento e que posso me negar a participar deste estudo, como

também me retirar do mesmo a qualquer momento que desejar, sem sofrer qualquer

tipo de represália. Embora saiba que os risco que com a minha participação nessa

pesquisa sejam mínimos, também me foi informado que se, eventualmente, minha

saúde vier a sofrer danos em decorrência da pesquisa, terei apoio, inclusive

indenizatório, do pesquisador em questão, como da instituição onde a pesquisa for

realizada. Minha participação é inteiramente voluntária e não receberei qualquer

quantia em dinheiro ou em outra espécie. Também me foi informado que em caso de

esclarecimentos ou duvidas posso procurar informações com o pesquisador, Ricardo

Gonçalves de Oliveira,endereço:Rua Rio Javari,930, Vieiralves, fone: 8803-8138.

___________________________________ Data: _____/____/____

Assinatura do Sujeito da Pesquisa

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Anexo III - Ficha clínica odontológica

REGISTRO No

1. IDENTIFICAÇÃO

NOME IDADE DATA NASC. SEXO ENDEREÇO NATURALIDADE PROCEDÊNCIA COR NOME DO RESPONSÁVEL DATA / /

2 . ANAMNESE QUEIXA PRINCIPAL HISTÓRIA MOLÉSTIA HISTÓRIA PESSOAL AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS CICATRIZAÇÃO COAGULAÇÃO

3. EXAME EXTRA ORAL FÁCIES CICATRIZES TUMEFAÇÕES LINFONODOS

EDEMAS RESPIRAÇÃO ASSIMETRIAS ATM

OUTROS

4 . EXAME INTRA ORAL LESÕES DE MUCOSA ESTADO PERIODONTAL

(CPITN) CLASSIFICAÇÃO 0 SAÚDE PERIODONTAL

DESCRIÇÃO 1 SANGRAMENTO À SONDAGEM

LOCALIZAÇÃO 2 TÁRTARO

DIAG. PROVÁVEL 3 BOLSA 4-5 mm

ENCAMINHAMENTO 4 BOLSA 6 mm OU MAIS

CID No 5 SEXTANTE EXCLUÍDO

OBSERVAÇÃO: 17/16 11 26/27

47/46 31 36/37

3.1. CÓDIGOS CÁRIE 3.2. FLUOROSE MÁ-OCLUSÃO USO PRÓTESE

NECES. PRÓTESE

0 HÍGIDO 0 AUSENTE 0 NENHUMA 0 NENHUMA 0 NENHUMA

1 CÁRIE INCIPIENTE INATIVA

1 PRESENTE 1 LEVE 1 PROT. PARCIAL

1 NEC. REPARO

2 RESTAURAÇÃO HIGIENE ORAL

2 MODERADA

2 PROT. TOTAL

2 PROT. PARCIAL

3 MANCHA BRANCA INATIVA

MÁ 3 GRAVE 3 PROT. TOTAL

4 CÁRIE ESMALTE CAVIDADE

REGULAR 4 OUTROS SUP. INF.

5 CÁRIE ENVOLVENDO DENTINA

BOA SUP. INF.

6 CÁRIE ENVOLVENDO POLPA

7 PERDIDO

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DATA ____/____/_____

55 54 53 52 51 61 62 63 64 65 18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28 48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38 85 84 83 82 81 71 72 73 74 75 TOTAL DE DENTES PERMANENTES EXAM.

C P O CPO-D

TOTAL DE SUP. EXAMINADAS

CI O MBA CE CD CP E CPO-S

TOTAL DE DENTES DECÍDUOS EXAM.

C P O ceo-d TOTAL DE SUP. EXAMINADAS

CI O MBA CE CD CP E ceo-s

5. PLANO DE TRATAMENTO

SD

SE

ID IE

6. EXAMES COMPLEMENTARES

DATA TIPO RESULTADO

7. MÉTODO DE AVALIAÇÃO ESCALA DE COR VITA

AVALIAÇÃO ANTES DO

PROCEDIMENTO

AVALIAÇÃO 2h APÓS A PRIMEIRA SESSÃO

AVALIAÇÃO 24h APÓS A PRIMEIRA SESSÃO

SEGUNDA SESSÃO (7 DIAS APÓS A 1ª SESSÃO)

TERCEIRA SESSÃO (14 DIAS APÓS 1ª SESSÃO)

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Anexo IV – Análise Estatística

kruskal.test(stats) R Documentation

Kruskal-Wallis Rank Sum Test

Description

Performs a Kruskal-Wallis rank sum test.

Usage

kruskal.test(x, ...) ## Default S3 method: kruskal.test(x, g, ...) ## S3 method for class 'formula': kruskal.test(formula, data, subset, na.action, ...)

Arguments

x a numeric vector of data values, or a list of numeric data vectors. g a vector or factor object giving the group for the corresponding elements of x.

Ignored if x is a list. formula a formula of the form lhs ~ rhs where lhs gives the data values and rhs the

corresponding groups. data an optional matrix or data frame (or similar: see model.frame) containing the

variables in the formula formula. By default the variables are taken from environment(formula).

subset an optional vector specifying a subset of observations to be used. na.action a function which indicates what should happen when the data contain NAs. Defaults

to getOption("na.action"). ... further arguments to be passed to or from methods.

Details

kruskal.test performs a Kruskal-Wallis rank sum test of the null that the location parameters of the distribution of x are the same in each group (sample). The alternative is that they differ in at least one.

If x is a list, its elements are taken as the samples to be compared, and hence have to be numeric data vectors. In this case, g is ignored, and one can simply use kruskal.test(x) to perform the test. If the samples are not yet contained in a list, use kruskal.test(list(x, ...)).

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Otherwise, x must be a numeric data vector, and g must be a vector or factor object of the same length as x giving the group for the corresponding elements of x.

Value

A list with class "htest" containing the following components:

statistic the Kruskal-Wallis rank sum statistic. parameter the degrees of freedom of the approximate chi-squared distribution of the test

statistic. p.value the p-value of the test. method the character string "Kruskal-Wallis rank sum test". data.name a character string giving the names of the data.

References

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See Also

The Wilcoxon rank sum test (wilcox.test) as the special case for two samples; lm together with anova for performing one-way location analysis under normality assumptions; with Student's t test (t.test) as the special case for two samples.

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Escala dos indivíduos dentro dos Grupos(Frequência e Percentua)l o w(freq) o w(%) 1 1 2 4.2 8.3 2 6 5 25.0 20.8 3 5 5 20.8 20.8 tapply(melhora,grupo,summary)

$Grupo O Min. 1st Qu. Median Mean 3rd Qu. Max. 1.000 2.000 2.000 2.333 3.000 3.000 $Grupo W Min. 1st Qu. Median Mean 3rd Qu. Max. 1.00 2.00 2.00 2.25 3.00 3.00 > kruskal.test(melhora~grupo) Kruskal-Wallis rank sum test data: melhora by grupo Kruskal-Wallis chi-squared = 0.0491, df = 1, p-value = 0.8246

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PROGRAMA PARA IMPLEMENTAR A ANÁLISE ESTATÍSTICA dente<-read.csv2("c:/edinho/consulta/dente.csv") options(digits=2) names(dente) attach(dente) boxplot(melhora2~grupo,main="Box plot da Medida de Escores de dois Géis clareadores", xlab="Grupo", ylab="Escala de cor" ) tapply(melhora,grupo,summary) den.tb<-table(melhora,grupo) den.fri<-100*prop.table(table(melhora,grupo)) cbind(den.tb,den.fri) kruskal.test(melhora2~grupo) dente1<-subset(dente,grupo=="w") dente1 dente2<-subset(dente,grupo=="o") dente2 par(mfrow=c(1,2)) barplot(dente1$melhora, main="Opalescence", xlab="Indivíduos", ylab="Escala de cor",col=3) barplot(dente2$melhora,main="Whiteness", xlab="Indivíduos", ylab="Escala de cor",col=4)

To cite R in publications use: R Development Core Team (2006). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. ISBN 3-900051-07-0, URL http://www.R-project.org. A BibTeX entry for LaTeX users is @Manual{, title = {R: A Language and Environment for Statistical Computing}, author = {{R Development Core Team}}, organization = {R Foundation for Statistical Computing}, address = {Vienna, Austria}, year = {2006}, note = {{ISBN} 3-900051-07-0}, url = {http://www.R-project.org}, } We have invested a lot of time and effort in creating R, please cite it when using it for data analysis. See also 'citation("pkgname")' for citing R packages.

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