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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO CONJUNTA N.º 002/2015 - GEDSA/GEINP Estabelece procedimentos de controle da identificação, da movimentação e do abate de bovinos e bubalinos no Estado de Santa Catarina. - Considerando a condição sanitária do Estado de Santa Catarina, reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por meio da Resolução XXI em 25 de maio de 2007, tendo como Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação; - Considerando a necessidade de se controlar adequadamente a identificação e a movimentação de bovinos e bubalinos no Estado de Santa Catarina; - Considerando a prerrogativa contida no parágrafo único do Artigo 5º da Portaria SAR nº 07, de 22 de abril de 2008, ao Serviço Veterinário Oficial, por meio das Gerências Estaduais de Defesa Sanitária Animal e Inspeção de Produtos de Origem Animal resolvem: Art. 1º. Estabelecer procedimentos de identificação e movimentação de bovinos e bubalinos para o trânsito intra e interestadual, para a transferência entre unidades de exploração pecuárias e para o abate.

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INSTRUÇÃO DE SERVIÇO CONJUNTA N.º 002/2015 - GEDSA/GEINP

Estabelece procedimentos de

controle da identificação, da

movimentação e do abate de bovinos

e bubalinos no Estado de Santa

Catarina.

- Considerando a condição sanitária do Estado de Santa Catarina,

reconhecida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), por

meio da Resolução XXI em 25 de maio de 2007, tendo como Livre de

Febre Aftosa Sem Vacinação;

- Considerando a necessidade de se controlar adequadamente a

identificação e a movimentação de bovinos e bubalinos no Estado de

Santa Catarina;

- Considerando a prerrogativa contida no parágrafo único do Artigo

5º da Portaria SAR nº 07, de 22 de abril de 2008, ao Serviço

Veterinário Oficial, por meio das Gerências Estaduais de Defesa

Sanitária Animal e Inspeção de Produtos de Origem Animal resolvem:

Art. 1º. Estabelecer procedimentos de identificação e movimentação

de bovinos e bubalinos para o trânsito intra e interestadual, para

a transferência entre unidades de exploração pecuárias e para o

abate.

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CAPÍTULO I

DAS DEFINIÇÕES

Art. 2º. Para os efeitos desta Instrução de Serviço, consideram-se

as seguintes definições:

- Abate: morte de um animal por sangria, realizado em

agroindústria de abate de bovinos e bubalinos, efetuado por meio

de procedimentos de abate humanitário estabelecidos em legislações

específicas e sob regime de inspeção.

- ADR: Administração Regional da CIDASC.

- Agroindústria: pessoa jurídica com fins de produção de material

genético, comercialização, distribuição, integração e

transformação, em ciclo completo ou compartimentalizado, de

animais e/ou vegetais, seus produtos e subprodutos e insumos.

- Agroindústria com abate: estabelecimento dotado de instalações

completas e equipamentos adequados para o abate, manipulação,

elaboração, preparo e conservação de produtos cárneos e

subprodutos, sob variadas formas, obtidos de bovinos e bubalinos,

possuindo instalações de frio industrial.

- Barreira Sanitária: unidade localizada em divisas estaduais ou

fronteiras internacionais, de maneira permanente, com a função de

controle e vigilância do trânsito de animais, seus produtos e

subprodutos, executado por barreiristas e sob supervisão de

Médicos Veterinários, podendo ser de rechaço ou com permissão de

ingresso e passagem.

- Barreirista: funcionário do Serviço Veterinário Oficial que

executa as ações de controle e vigilância do trânsito de animais,

seus produtos e subprodutos nas barreiras sanitárias.

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- Condutor: pessoa física responsável pela condução ou transporte

de bovinos e bubalinos, por via aérea, ferroviária, aquática ou

terrestre.

- Coordenador de DSA: médico veterinário oficial responsável por

coordenar as ações de defesa sanitária em determinada

Administração Regional.

- Documento de trânsito: Documento em formato padrão, emitido

eletrônica, ou manualmente, visando o rastreamento dos bovinos e

bubalinos movimentados para qualquer destino, com qualquer

finalidade; o mesmo que Guia de Trânsito Animal (GTA).

- DSA: Defesa Sanitária Animal.

- Emitente de Documento de Trânsito: Médico Veterinário oficial,

ou habilitado, ou funcionário autorizado pelo serviço oficial a

emitir Guia de Trânsito Animal (GTA) para bovinos e bubalinos, em

modelo eletrônico, ou de preenchimento manual, estabelecido por

atos normativos.

– Solicitante de Documento de trânsito: produtor autorizado pelo

serviço oficial a solicitar documento de trânsito para bovinos e

bubalinos, em modelo estabelecido por atos normativos.

- Escritório do Serviço Veterinário Oficial: unidade do Serviço

Veterinário Oficial que desenvolve ações de Defesa Sanitária

Animal (DSA), em espaço geográfico determinado, abrangendo o

Estado de Santa Catarina (Escritório Central), uma região

administrativa (Administração Regional), um conjunto de municípios

(UVL - Unidade Veterinária Local) ou um município (EAC –

Escritório de Atendimento à Comunidade), cuja área de sanidade

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animal encontra-se sob a coordenação de médico veterinário

oficial.

- Evento com aglomeração de animais: acontecimento com período

definido que ocorre em uma propriedade ou estabelecimento e que,

durante sua realização, constitui-se de uma ou mais unidades de

exploração pecuária animal com a finalidade de exposições, feiras,

leilões e afins, recebendo animais de uma ou mais espécies de

diversas origens.

- Guia de Trânsito Animal (GTA): documento oficial, estabelecido

por ato normativo, que autoriza e acompanha a movimentação de

animais oriundos de Unidades de Exploração Pecuária consoantes com

os requisitos sanitários gerais e específicos vigentes na

legislação sanitária.

- Guia de Trânsito Animal Eletrônica (e-GTA): GTA emitida, ou

solicitada no SIGEN+.

- Guia de Trânsito Animal Série Y: GTA de contingência, emitida

manualmente, exclusivamente para situações em que o SIGEN+,

encontra-se direta, ou indiretamente inoperante.

- Inspetor de Produtos de Origem Animal: Médico Veterinário

oficial ou credenciado responsável pelo Serviço de Inspeção de

Produtos de Origem Animal em um determinado estabelecimento.

- Médico Veterinário Habilitado: Médico Veterinário sem vínculo

com o Serviço Veterinário Oficial habilitado pelo Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento para emissão de documento de

trânsito.

- Movimentação: transferência, mediante emissão, ou solicitação de

documento de trânsito e Registro de Saída de Animais, de bovinos e

bubalinos para qualquer destino e finalidade.

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- Prestação de Contas: ato de inserir dados de identificação dos

bovinos e bubalinos no SIGEN+, declarados pelo produtor, gerando

documento de mesmo nome.

- Produtor: pessoa física ou jurídica que detenha a propriedade de

pelo menos uma Unidade de Exploração Pecuária em uma determinada

propriedade.

- Propriedade: corresponde à área física total do imóvel onde se

pratica a produção animal/vegetal.

- Proprietário: pessoa física ou jurídica possuidora da

propriedade.

- Unidade de Exploração Pecuária - UEP: conjunto de animais de uma

mesma espécie (bovina ou bubalina), mantido em uma propriedade.

- Registro de Saída de Animais: documento oficial de registro da

movimentação de saída de uma determinada Unidade de Exploração

Pecuária dos bovinos ou bubalinos que se pretende movimentar.

- Registro de Entrada de Animais: registro da entrada de bovinos

ou bubalinos em uma determinada Unidade de Exploração Pecuária, ou

em determinada Agroindústria para abate.

- Registro de Ocorrência de Trânsito - ROT: registro de não

conformidade ocorrida na movimentação de bovinos e/ou bubalinos no

SIGEN+ e de sua resolução.

- Responsável pela Unidade de Exploração Pecuária: pessoa física

responsável por uma, ou mais Unidades de Exploração Pecuária de

bovídeos e bubalinos, a título permanente ou provisório, podendo

ser o produtor ou pessoa física por ele designada.

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- Responsável Legal: Pessoa Física que, perante a lei, responde

por uma Pessoa Física ou Jurídica.

- Responsável Técnico de Agroindústria (RT da Agroindústria):

Médico Veterinário responsável técnico pelo estabelecimento da

Agroindústria.

- Responsável Técnico por evento de aglomeração animal (RT de

evento): Médico Veterinário responsável técnico pelos aspectos

sanitários em um evento de aglomeração de animais, contratado pela

entidade organizadora para esse fim.

- SAR: Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca.

- Serviço Veterinário Oficial: instituição pública responsável

pelas ações de Defesa Sanitária Animal;

- SIGEN+ (Sistema de Gestão da Defesa Agropecuária Catarinense):

sistema de banco de dados informatizado oficial do Estado de Santa

Catarina, utilizado como ferramenta de suporte que alimenta uma

base de dados eletrônica para o gerenciamento da Defesa Sanitária

Animal.

- Termo de Atividade Sanitária (TAS): documento oficial para

registros das atividades executadas pelos médicos veterinários da

CIDASC ou a sua disposição por meio de convênios ou portarias.

- TEK: Termo de entrega de brincos entregue ao produtor no momento

da solicitação de brincos de identificação.

- Trânsito: deslocamento de bovinos e bubalinos entre diferentes

áreas físicas, por qualquer meio de transporte, seja por via

aérea, ferroviária, aquática ou terrestre.

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- Transportador: pessoa jurídica ou física que detém a posse de um

ou mais veículos transportadores de bovinos e bubalinos.

- Veículo de transporte de bovinos e bubalinos: Meio de

transporte, motorizado ou não, com fim de transporte de bovinos e

bubalinos por via aérea, ferroviária, aquática ou terrestre.

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS DO CONTROLE DA IDENTIFICAÇÃO

Art. 3º. A identificação dos bovinos e bubalinos no Estado de

Santa Catarina, será realizada a partir da comunicação de

nascimento.

§ 1°. O TEK de identificação será utilizado para identificar

bovinos e bubalinos com idade superior ao legalmente estabelecido,

cuja procedência seja comprovadamente de uma unidade de exploração

pecuária do Estado de Santa Catarina.

§ 2°. A avaliação e validação da origem é de responsabilidade do

Médico Veterinário da UVL do município onde a unidade de

exploração pecuária está cadastrada no SIGEN+.

§ 3°. O registro do TEK de identificação, ou autorização deste, no

sistema fica sob responsabilidade do Coordenador de DSA da ADR

responsável pelo município, onde a UVL está situada.

§ 4°. É obrigatório um processo de comprovação de origem dos

animais a serem identificados, iniciado com uma fiscalização na

propriedade do requerente da identificação tardia, ou onde a

irregularidade de identificação individual foi constatada, devendo

conter, obrigatoriamente, os seguintes documentos:

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a. Comunicação Interna com parecer técnico favorável à

identificação tardia dos bovinos/bubalinos (emitido pelo médico

veterinário, do Serviço Veterinário Oficial, responsável pelo

município onde a propriedade estiver cadastrada).

b. Termo de Atividade Sanitária — TAS;

c. Cópia do auto de infração lavrado, contendo a autuação

aplicada;

§5°. Excetuam-se à determinação do caput desse artigo as seguintes

situações de irregularidade de identificação de UEPs:

I. animais que perderam seus brincos a campo e a reposição da

numeração desses no sistema fica impossibilitada;

II. animais cujos brincos foram entregues sem que o respectivo TEK

fosse registrado no SIGEN+;

III. animais cujos brincos de identificação foram mal aplicados,

não havendo correspondência entre o identificador amarelo e o

verde, impossibilitando correção, ou reposição no sistema.

a. Será aplicado um Auto de Infração aos produtores que se

enquadrarem no inciso terceiro deste parágrafo;

b. Para as situações previstas no parágrafo quinto deste artigo,

quando da efetuação do registro do TEK, será inserida

justificativa no campo “Observação”, descrevendo a irregularidade

de identificação que está sendo corrigida.

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§ 6°. Fica vetado o uso do TEK de identificação para solicitação

de brincos, para quaisquer outras situações não previstas nesta

Instrução de Serviço.

§ 7°. É obrigatório o preenchimento do Relatório de: Identificação

Tardia de Bovinos/Bubalinos, Relatório de Bovinos/Bubalinos, sem

Identificação, Sacrificados e Relatório de Correção de

Irregularidades de Identificação de unidade de exploração pecuária

(Anexos II, III e IV, respectivamente, dessa Instrução de

Serviço), cuja periodicidade de encaminhamento à GEDSA é mensal,

respeitando-se os prazos estabelecidos na Instrução de Serviço

GEDSA 005/2012.

I – Esses relatórios devem ser encaminhados aos e-mails:

[email protected] e [email protected].

II - Quando não houver solicitações de identificação tardia,

correção de irregularidades de identificação e/ou sacrifício de

animais sem identificação, os Responsáveis pela Defesa Sanitária

Animal das Administrações Regionais encaminharão os referidos

anexos informando não haver solicitações/sacrifícios para o

período.

§ 8°. Os dados de identificação vinculados a um número de brinco

podem ser alterados uma única vez, pressupondo que há erro no

momento da declaração das informações por parte do responsável por

aquela Unidade de Exploração Pecuária na prestação de contas.

I – Os dados de identificação somente poderão ser alterados após

fiscalização na propriedade para verificação da situação, devendo

o médico veterinário oficial executar a fiscalização em até 5 dias

úteis. A Unidade de Exploração Pecuária permanecerá interditada

durante esse período.

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II – A possibilidade de erro ao declarar as informações de

identificação de bovinos e bubalinos, não exime o declarante de

sanções legais previstas, devendo ser lavrado um auto de infração

para o responsável pela Unidade de Exploração Pecuária onde houver

necessidade de troca de dados de identificação.

III – A reincidência da solicitação de alteração de dados de

identificação para um mesmo brinco, é objeto de interdição,

vistoria da propriedade e sacrifício do animal identificado por

esse brinco.

a. A interdição deve ser mantida por não menos de 15 dias, quando

da suspeita, ou confirmação da clandestinidade dos bovinos e/ou

bubalinos;

b. A progressão da penalidade deve ser exercida em casos de

reincidência;

c. Propriedades flagradas com animais clandestinos deverão ser

registradas como “Propriedade de Risco” no SIGEN+;

Art. 4º. Ao escritório do Serviço Veterinário Oficial caberá:

I - Receber a comunicação de nascimento e obrigatoriamente

registrá-la no SIGEN+ pela emissão do TEK de nascimento.

II - O responsável pela entrega dos brincos deverá avaliar cada

solicitação de brincos para identificar bovinos e bubalinos

nascidos, devendo ser condizente com o número de fêmeas em idade

reprodutiva da Unidade de Exploração Pecuária.

III – Estabelecer o prazo para o retorno do produtor à Unidade

Veterinária Local, com as informações de identificação dos

terneiros.

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IV – O médico veterinário responsável pela unidade local, deverá

avaliar cada solicitação de brincos para identificar tardiamente

bovinos e bubalinos, ou propriedades com irregularidade na

identificação individual de bovinos e bubalinos, analisando o

risco representativo para o status Sanitário do Estado de Santa

Catarina e iniciando o processo de identificação tardia, ou

procedimentos de sacrifício dos bovinos considerados clandestinos.

O responsável pela unidade local deverá ainda encaminhar cópia dos

documentos referentes aos procedimentos em questão ao Responsável

pela DSA Regional, que fará o registro do TEK de identificação no

SIGEN+, caso concorde com o parecer para identificação dos

animais.

V – Ao responsável pela DSA de cada Administração Regional,

permite-se que autorize quaisquer médicos veterinários do SVO de

sua ADR a registrar TEK de identificação tardia no SIGEN+, desde

que formalmente solicitado, através de Comunicação Interna, ou

qualquer outro documento que venha a substituí-la oficialmente.

a) O não cumprimento dos dispositivos acima está sujeito às

sanções administrativas pertinentes, conforme regimento interno da

CIDASC.

VI - Registrar a prestação de contas de acordo com a declaração do

produtor.

Art. 5º. Ao produtor caberá:

I – Solicitar a quantidade necessária de brincos para a

identificação dos bovinos e bubalinos nascidos no prazo adequado.

II - Informar o número dos brincos das fêmeas que criaram para ser

inserido no momento da prestação de contas de nascimento,

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correlacionando o número do bezerro com o número da fêmea que o

pariu.

III – Prestar contas dos brincos solicitados, obrigatoriamente, em

até 180 dias após o nascimento do bezerro.

IV - A aplicação dos brincos nos bezerros será feita até 180 dias

após o nascimento.

V - Se houver movimentação antes desse prazo, o animal deverá

estar obrigatoriamente com o brinco aplicado e a respectiva

prestação de contas realizada.

VI - Em propriedades que praticam a venda de bezerros recém-

nascidos, fica autorizada a prática de solicitar os brincos,

prestar contas e solicitar a emissão de GTA no mesmo momento da

comunicação de nascimento, devendo estar obrigatoriamente com o

brinco aplicado quando da movimentação.

CAPÍTULO III

DOS PRINCÍPIOS DE CONTROLE DA MOVIMENTAÇÃO

Art. 6º. O trânsito e a movimentação de bovinos e bubalinos no

Estado de Santa Catarina serão permitidos quando estiver de acordo

com a Legislação Sanitária Federal, a Lei Estadual nº 10.366/97 e

seus Regulamentos e demais atos normativos da SAR e do Serviço

Veterinário Oficial, acompanhados de documento de trânsito.

Art. 7º. A movimentação de bovinos e bubalinos, para qualquer

finalidade, está vinculada obrigatoriamente ao documento de

trânsito e consolidada por meio de uma das três situações:

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a. registro de entrada na Unidade de Exploração Pecuária de

destino;

b. registro de entrada em abatedouros frigoríficos;

c. registro de saída para outras unidades da Federação.

Parágrafo único. O registro de cada etapa da movimentação descrita

neste artigo será notificado ao Serviço Veterinário Oficial, de

acordo com os prazos estabelecidos nesta Instrução.

Art. 8º. Toda a documentação gerada no processo de movimentação

será mantida no estabelecimento de destino para fins de

fiscalização e auditoria, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

CAPÍTULO IV

DAS RESPONSABILIDADES

Art. 9º. A atribuição da responsabilidade na movimentação dos

bovinos e bubalinos cabe:

I – ao produtor:

a. solicitar ao Serviço Veterinário Oficial a e-GTA quando da

movimentação de saída dos bovinos e bubalinos da sua Unidade de

Exploração Pecuária;

b. autorizar formalmente pessoa física ou pessoas físicas que

poderá ou poderão solicitar, em seu nome, os documentos oficiais

relacionados à movimentação dos bovinos e bubalinos, tais quais a

e-GTA, e outros que se fizerem necessários;

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c. informar corretamente ao Serviço Veterinário Oficial a

numeração dos brincos de identificação dos bovinos e bubalinos a

serem movimentados;

d. conferir, no recebimento de bovinos ou bubalinos destinados a

sua Unidade de Exploração Pecuária, a numeração dos brincos de

identificação;

e. informar ao Serviço Veterinário Oficial através do Registro de

Saída de Animais, ou documento de trânsito o recebimento de

bovinos e bubalinos na sua Unidade de Exploração Pecuária ou

notificar, imediatamente, o Serviço Veterinário Oficial no caso

das inconformidades previstas no Capítulo IX desta Instrução;

II – ao condutor:

a. somente transportar bovinos e bubalinos acompanhados de

documentos de trânsito;

b. conferir se os bovinos, ou bubalinos a serem transportados possuem os brincos de identificação; c. notificar ao Serviço Veterinário Oficial, imediatamente,

quaisquer não conformidades detectadas ao longo do processo;

d. não efetuar ou colaborar com transportes irregulares;

e. garantir o bom andamento, bem-estar e higiene dos bovinos e

bubalinos sob sua responsabilidade durante o transporte;

f. proceder imediatamente após cada transporte de bovinos e

bubalinos ou de outros animais e produtos, a lavação e desinfecção

dos veículos;

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g. manter o veículo, enquanto sob sua responsabilidade,

permanentemente higienizado e em condições de garantir a saúde e o

bem-estar dos bovinos e bubalinos transportados.

III – ao Escritório Central do Serviço Veterinário Oficial:

a. orientar e supervisionar as ações dos Escritórios Regionais;

b. manter auditoria do processo de movimentação, seus registros e

arquivamento da documentação nos Escritórios Regionais e Locais;

c. viabilizar a movimentação dos bovinos e bubalinos no sistema

informatizado e manter a base de dados;

d. estabelecer, em conjunto com a SAR, as normas complementares

referentes ao trânsito e movimentação de bovinos e bubalinos que

se fizerem necessárias;

e. repassar as legislações e demais instruções relativas à

movimentação de bovinos e bubalinos aos Escritórios Regionais,

mantendo-os treinados e aptos a desenvolver e repassar aos

Escritórios Locais as ações relacionadas à movimentação.

g. auditar periodicamente, conforme Plano de Trabalho, os

estabelecimentos de abate.

IV – ao Escritório Regional do Serviço Veterinário Oficial:

a. orientar e supervisionar as ações dos Escritórios Locais,

garantindo a adequada execução dos procedimentos de movimentação

de bovinos e bubalinos;

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b. manter auditoria do processo de movimentação de transferência

entre unidades de exploração pecuária e para o abate, seus

registros e arquivamento da documentação nos Escritórios Locais e

regionais;

c. receber a denúncia de irregularidade de identificação de

bovinos/bubalinos recebidos para abate e deflagrar ação

fiscalizatória na propriedade de origem desses animais e nas

agroindústrias com abate.

d. realizar os diagnósticos de situação nos Escritórios Locais e

regionais e transmitir as informações ao Escritório Central na

forma de relatórios;

e. estabelecer estratégias de controle e fiscalização do trânsito

de bovinos e bubalinos, por meio de barreiras fixas e móveis, no

âmbito regional;

f. comunicar a ADR de origem dos animais as irregularidades

detectadas no trânsito e nas agroindústrias com abate;

g. repassar as legislações e demais instruções relativas à

movimentação de bovinos e bubalinos aos seus Escritórios Locais,

mantendo-os treinados e aptos a desenvolver e repassar, aos demais

funcionários dos Escritórios Locais, as ações relacionadas à

movimentação.

V – aos Fiscais regionais do SIE:

a. auditar, por amostragem, os controles de brinco realizados pelo

Inspetor de Produtos de Origem Animal, conferindo e

correlacionando o número dos brincos, a data de abate, o número da

e-GTA, o relatório de animais abatidos e condenados e o relatório

de emissão de e-GTA do SIGEN+;

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b. adotar as providências cabíveis quando forem detectadas

irregularidades nos controles de brincos retirados por ocasião do

abate, nas agroindústrias com abate.

c. comunicar à Coordenação Regional de DSA qualquer indício de

irregularidade envolvendo o controle de brincos retirados por

ocasião do abate, nas agroindústrias com abate.

VI – ao Escritório Local do Serviço Veterinário Oficial:

a. executar e fiscalizar, diretamente nas Unidades de Exploração

Pecuária, propriedades, estabelecimentos e transportadores, as

medidas de controle regulamentadas por esta Instrução de Serviço,

registrando-as e mantendo a documentação gerada em arquivo, para

fins de controle e auditoria;

b. exigir a numeração dos brincos dos bovinos ou bubalinos a serem

movimentados quando da solicitação de documentos de trânsito pelo

produtor ou pessoa física por ele formalmente autorizada,

registrando-a no Registro de Saída de Animais do SIGEN+.

d. receber os documentos de trânsito de Animais devidamente

preenchidos quando da notificação de movimentação de entrada.

Inserir os dados informados no SIGEN+;

e. gerar o Registro de Entrada de Animais.

f. investigar as não conformidades de movimentação dos bovinos e

bubalinos nas propriedades sob sua responsabilidade, registrando

adequadamente os eventos e as medidas desencadeadas com o

propósito de sanar as não conformidades;

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g. estabelecer medidas de controle complementares, como aplicação

ou retirada de lacre em movimentações de saída ou entrada nas

propriedades de sua responsabilidade, a juízo do Médico

Veterinário Oficial;

h. estabelecer estratégias de controle e fiscalização do trânsito

de bovinos e bubalinos, adequadas à realidade do município e

consonantes com as estratégias estabelecidas pelo Escritório

Regional, por meio de barreiras fixas e móveis, no âmbito local;

i. estabelecer estratégias de fiscalização da identificação e da

movimentação de bovinos e bubalinos nas propriedades;

k. repassar as legislações e demais instruções relativas à

movimentação de bovinos e bubalinos a todos os funcionários do

Escritório Local e Barreiras, mantendo-os treinados e aptos a

desenvolver as ações relacionadas à movimentação;

l. desenvolver ações de Educação Sanitária voltadas à

identificação e movimentação de bovinos e bubalinos, junto à

comunidade, conscientizando-a quanto à importância do controle

dessa identificação e movimentação para manutenção de zona livre

de doenças de interesse à saúde animal, saúde pública e à economia

do Estado;

m. realizar fiscalização por amostragem na numeração de brincos

entregues pela agroindústria com abate e os respectivos registros

de abate.

n. comunicar à Coordenação Regional de DSA as irregularidades

constatadas nas agroindústrias com abate, quando os animais forem

precedentes de municípios de outra UVL ou ADR, repassando as

informações necessárias para as providências de fiscalização das

propriedades envolvidas.

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o. receber, conferir e guardar, para posterior envio para a ADR,

os brincos utilizados devolvidos pelos produtores e agroindústrias

com abate, juntamente com os relatórios de abate. A conferência

dos brincos utilizados provenientes de agroindústrias com abate

deve ser realizada de forma amostral, buscando correlacionar o

número dos brincos com as e-GTA e os relatórios de abate da

indústria;

VII – às barreiras fixas nas divisas do Estado:

a. Comunicar, imediatamente, ao Escritório Local do Serviço

Veterinário Oficial responsável pela barreira, sobre qualquer

irregularidade detectada na documentação ou na carga de bovinos e

bubalinos em trânsito, retendo a carga até sua averiguação;

b. na impossibilidade de comunicação com o escritório local deverá

ser feita a comunicação aos níveis superiores, seguindo a

hierarquia estabelecida.

VIII – à Agroindústria com abate

a. guardar os documentos emitidos no registro de abate dos bovinos

e bubalinos, bem como manter uma linha de internet para

comunicação on-line com o SIGEN+, essencial para registrar as

entradas de bovinos e bubalinos para abate.

b. manter sob sua responsabilidade cópias dos documentos de abate

por um prazo de 05 (cinco) anos;

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IX - ao Inspetor de Produtos de Origem Animal compete:

a. conferir os brincos de identificação dos bovinos e bubalinos no

exame ante morten, verificando sua integridade e correta

aplicação, bem como se a numeração corresponde como informado no

Registro de Saída.

1. quando da detecção de brincos adulterados, e/ou suspeitos de

reutilização, indicando provável clandestinidade do

bovino/bubalino, esse animal deve ser sequestrado, abatido

sanitariamente por último na ordem da linha de abate e condenado.

A unidade local do Serviço Veterinário Oficial deve ser

imediatamente notificada.

2. quando da detecção de brincos adulterados, e/ou suspeitos de

reutilização, indicando provável clandestinidade do

bovino/bubalino, quando esse já estiver na linha de abate, a

carcaça desse animal deve ser condenada. A unidade local do

Serviço Veterinário Oficial deve ser imediatamente notificada.

3. Somente o Médico Veterinário Oficial pode liberar o animal

sequestrado para outra destinação.

4. Em havendo, por decisão do Médico Veterinário Oficial, a

interferência no processo de condenação de um bovino supostamente

clandestino, um relatório técnico deverá ser devidamente

registrado em um Termo de Atividade Sanitária (TAS), ou outro

documento que venha a substituí-lo, justificando a decisão tomada.

Uma cópia desse TAS deve ser encaminhada para a Gerência de Defesa

Sanitária Animal.

b. registrar em até 72 horas a entrada dos bovinos e bubalinos

para abate, inserindo o número dos “brincos” dos animais abatidos

e não aqueles constantes na tela “Entrada de Animais” do SIGEN+.

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c. conferir os números dos brincos impressos na “Lista de Brincos”

do Registro de Saída de Animais com os números dos brincos dos

bovinos e bubalinos que ingressarem na agroindústria com abate;

d. manter sob sua responsabilidade os brincos dos animais

abatidos, separados em sacos lacrados e devidamente identificados,

contendo informação da data do abate e números das e-GTA de origem

dos animais, por dia de abate;

e. entregar no Escritório Local do Serviço Veterinário Oficial os

brincos retirados, por ocasião do abate, semanalmente,

acompanhados de cópia dos respectivos Registros de Saída e

relatórios de abate. Estabelecimentos que abatam até 30 bovinos ou

bubalinos por semana poderão realizar a entrega dos brincos

retirados, por ocasião do abate, mensalmente, acompanhados dos

respectivos Registros de Saída e relatórios de abate;

f. encaminhar os relatórios de abate ao Fiscal Regional do SIE;

g. Relacionar os achados anatomopatológicos da inspeção em cada

carcaça ao respectivo brinco de identificação do animal

correspondente para serem adicionados aos dados do Registro de

Abate.

CAPÍTULO V

DAS MOVIMENTAÇÕES DE SAÍDA

Art. 10º. A movimentação de saída de bovinos e bubalinos ocorrerá

por transferência entre Unidades de Exploração Pecuária, abate, ou

saída de frigorífico/abatedouro - retornando à origem, ou para

outra Unidade de Exploração Pecuária.

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Parágrafo único. A transferência entre Unidades de Exploração

Pecuária engloba todas as finalidades previstas na GTA, à exceção

do abate.

Art. 11º. No ato da solicitação da documentação de trânsito junto

ao Escritório da CIDASC, o produtor ou pessoa física por ele

formalmente autorizada apresentará uma relação dos números dos

brincos dos bovinos e bubalinos a serem movimentados.

Parágrafo Único. Um registro de saída de animais somente poderá

conter animais de uma mesma Unidade de Exploração Pecuária.

Art. 12. Todos os documentos para as movimentações serão

obrigatoriamente emitidos pelo SIGEN+ no ato da solicitação do

produtor.

§ 1°. Nos casos de sinistro, em que não houver possibilidade de

emissão dos documentos de que trata o caput deste artigo

utilizando o sistema, os emissores de GTA do serviço oficial e

habilitados poderão utilizar a GTA série “Y” e o Anexo I desta

Instrução de Serviço.

§ 2°. Nos casos de sinistro, os produtores autorizados para

solicitar a documentação de trânsito, deverão procurar o

escritório da CIDASC para emissão da GTA série “Y”.

Seção I - Movimentação entre Unidades de Exploração pecuária do

Estado de Santa Catarina

Art. 13. O Registro de Saída de Animais será emitido por Médico

Veterinário oficial, ou funcionário autorizado pelo serviço

oficial a emitir GTA para bovinos e bubalinos. Produtores

autorizados poderão solicitar a impressão do e-GTA, por meio de

login e senha.

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Parágrafo Único: Somente pessoa física cadastrada no SIGEN+, como

produtor detentor de Unidade de Exploração Pecuária poderá

solicitar acesso ao SIGEN+. A solicitação de login e senha deverá

ser feita na Unidade Veterinária Local do município onde a Unidade

de Exploração Pecuária está cadastrada.

Seção II - Movimentação para outras Unidades da Federação

Art. 14. O Registro de Saída de Animais será emitido por Médico

Veterinário oficial, ou funcionário autorizado pelo serviço

oficial a emitir Guia de Trânsito Animal para bovinos e bubalinos.

Parágrafo único: Produtores autorizados somente poderão solicitar

documentação para trânsito intraestadual.

CAPÍTULO VI

DAS MOVIMENTAÇÕES DE ENTRADA

Art. 15. Quando do recebimento de bovinos ou bubalinos

relacionados em um Registro de Saída de Animais em sua Unidade de

Exploração Pecuária, o produtor ou pessoa física por ele

formalmente autorizada deverá:

a) conferir a numeração dos brincos dos animais recebidos;

b) comunicar ao Escritório da CIDASC onde se localiza a

respectiva propriedade a numeração dos bovinos e bubalinos

efetivamente recebidos, nos seguintes prazos:

I - imediatamente, no caso das inconformidades previstas no

capítulo IX;

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II - 30 (trinta) dias quando não houver novas movimentações de

saída relacionadas a unidade de exploração pecuária que recebeu

animais neste período;

III – previamente à realização de uma nova movimentação de saída

na unidade de exploração pecuária que tenha recebido animais, caso

ocorra antes dos 30 (trinta) dias estabelecidos no inciso

anterior;

Art. 16. O Escritório da CIDASC que receber a notificação de

entrada de animais, pelo produtor ou pessoa física por ele

formalmente autorizada, deverá realizar o Registro de Entrada dos

Animais no SIGEN+.

Parágrafo Único: os produtores que possuem acesso ao SIGEN+ podem

registrar a entrada de animais, única e exclusivamente, na Unidade

de Exploração Pecuária sob sua responsabilidade e que consta como

destino no e-GTA.

CAPÍTULO VII

DA PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS DE AGLOMERAÇÃO DE ANIMAIS

Art. 17. A movimentação de bovinos e bubalinos para a participação

em eventos de aglomerações de animais ocorrerá de acordo com a

Legislação Sanitária Federal e Estadual e demais atos normativos e

implicará em:

I – Cadastro prévio da propriedade onde ocorrerá o evento no

SIGEN+;

II – Cadastro prévio do evento no SIGEN+;

III – Cadastro prévio de rebanho para o evento;

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IV – Cadastro prévio do RT do evento no SIGEN+.

Parágrafo único. Os animais que participarão do evento serão

movimentados para uma UEP temporária criada exclusivamente para

este fim. Esses animais ficarão sob a tutela da pessoa física

cadastrada como responsável por essa UEP, durante todo o evento.

Art. 18. O RT do evento será o principal responsável pelos

aspectos sanitários dos bovinos e bubalinos participantes do

evento, bem como por auxiliar o controle de quaisquer

movimentações e registros de compra e venda durante o evento.

§ 1º. O RT e o organizador do evento, são responsáveis pelo

controle da identificação dos animais, realizando conferência de

brincos e Registros de Saída dos bovinos e/ou bubalinos que

participam do evento. Sendo que:

I - ao RT, no momento da recepção dos animais.

II - ao organizador, durante o manejo das mangueiras.

III - ao RT, durante todo o evento. Cabendo ainda a esse, realizar

ações para sanar irregularidades de movimentação detectadas, não

permitindo o ingresso de animais em desconformidade com a

legislação vigente, e comunicar tais fatos imediatamente ao SVO.

IV – à CIDASC, quando for o caso, a qualquer momento da

fiscalização do evento.

§ 2º. Os eventos com aglomeração de animais (bovinos e bubalinos)

deverão dispor de uma base informatizada com acesso à internet.

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§ 3º. A base informatizada, mencionada no parágrafo acima, poderá

estar localizada fora da sede do evento, desde que apresente

condições para o lançamento dos dados de movimentação gerados no

evento, por meio do SIGEN+.

§ 4º. Entregar uma via do relatório de evento na Unidade

Veterinária Local até 48 (quarenta e oito) horas após o

encerramento do mesmo.

Art. 19. Ao final do evento com aglomeração animal, os mesmos

serão concluídos no SIGEN+, mantendo-se o histórico completo no

banco de dados.

CAPÍTULO VIII

DA MOVIMENTAÇÃO DE BOVINOS E BUBALINOS PARA O ABATE

Art. 20. A movimentação de bovinos e bubalinos para abate ocorrerá

de acordo com a Legislação Sanitária Federal e Estadual e demais

atos normativos.

Parágrafo Único: O Registro de Saída de Animais destinados ao

abate será emitido por Médico Veterinário oficial, ou funcionário

autorizado pelo serviço oficial a emitir Guia de Trânsito Animal

para bovinos e bubalinos. Produtores autorizados poderão solicitar

a impressão do e-GTA, por meio de login e senha.

Art. 21. O registro de entrada deverá ser inserido no SIGEN+ pelo

Inspetor de Produtos de Origem Animal da Agroindústria com abate.

§ 1º. A solicitação de acesso ao SIGEN+ deverá ser feita pelo

Inspetor de Produtos de Origem Animal da Agroindústria com Abate,

no escritório local da CIDASC, onde o estabelecimento está

cadastrado.

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§ 2º. O Inspetor de Produtos de Origem Animal da Agroindústria com

abate deve gerar o registro de entrada no SIGEN+ em até 72 horas,

após o abate dos bovinos/bubalinos.

Art. 22. O Inspetor de Produtos de Origem Animal da Agroindústria

com abate deverá remeter ao escritório da CIDASC, semanalmente,

todos os Brincos retirados dos Bovinos e Bubalinos por ocasião do

abate acompanhado do respectivo registro de saída. Aquelas

agroindústrias que abatam até 30 animais por semana, poderão

realizar a entrega mensalmente dos brincos retirados dos Bovinos e

Bubalinos por ocasião do abate acompanhado do respectivo registro

de saída.

Art. 23. O Escritório da CIDASC fará a conferência da numeração

recebida com os respectivos registros de saída.

Parágrafo Único. O escritório local encaminhará, os brincos

extraídos de animais abatidos ao Escritório Regional para

destruição.

CAPÍTULO IX

DOS REGISTROS DE OCORRÊNCIA DE TRÂNSITO

Art. 24. Gerarão Registros de Ocorrência de Trânsito as seguintes

situações:

I – Movimentação de bovinos ou bubalinos não registrados em

Registro de Saída, podendo a movimentação ser feita para

transferência entre Unidades de Exploração Pecuária ou para o

abate;

II – Não ocorrência de movimentação de bovinos ou bubalinos

informados em Registro de Saída, podendo a movimentação ser feita

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para transferência entre Unidades de Exploração Pecuária ou para o

abate.

Art. 25. Os médicos veterinários, os produtores, proprietários de

estabelecimentos, condutores, seus prepostos ou qualquer pessoa

que tenha conhecimento ou suspeita da ocorrência de

irregularidades na movimentação de bovinos ou bubalinos são

obrigados a comunicar o fato imediatamente ao Serviço Veterinário

Oficial.

Parágrafo único. O Escritório do Serviço Veterinário Oficial que

receber notificação de irregularidade em movimentação procederá,

imediatamente, seu registro no SIGEN+.

Art. 26. As irregularidades de movimentação animal que envolvem

diferentes origens, registradas no SIGEN+ bloquearão, no sistema

informatizado, a movimentação de saída das Unidades de Exploração

Pecuária envolvidas, gerando um Registro de Ocorrência de

Trânsito.

§ 1º. O Registro de Ocorrência de Trânsito, gerado pelo exposto no

caput desse artigo, somente poderá ser finalizado pelo médico

veterinário oficial.

§ 2º. A finalização do Registro de Ocorrência, a que se refere o

parágrafo 1º deste artigo, está vinculada ao adequado

esclarecimento dos fatos que motivaram o registro dessa

irregularidade, tanto na origem quanto no destino dos animais.

§ 3º. A critério do Serviço Veterinário Oficial, o esclarecimento

dos fatos mencionados no parágrafo 2º deste artigo será efetuado

mediante vistoria na(s) Unidade(s) de Exploração Pecuária

envolvida(s), devidamente registrada em TAS, ou por declaração

formal assinada pelo produtor.

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§ 5º. Nas propriedades consideradas de risco, a vistoria de que

trata o parágrafo anterior será obrigatória.

CAPÍTULO X

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 27. Todos os brincos extraídos dos animais mortos por

qualquer causa, exceto no abate pela agroindústria, serão

remetidos ao Escritório Local da Serviço Veterinário Oficial de

acordo com os seguintes prazos:

I – Imediatamente, quando de suspeita de doença de notificação.

II – Em até 30 (trinta) dias após a morte do animal.

Art. 28. As infrações sanitárias estarão sujeitas à aplicação das

penalidades previstas na Legislação Sanitária Federal, à Lei

Estadual nº 10.366/97, seus Regulamentos e demais atos normativos

da SAR e do Serviço Veterinário Oficial, isoladas ou

cumulativamente, sem prejuízo das responsabilidades civis e penais

cabíveis.

Parágrafo único. As medidas adotadas para a regularização das não

conformidades descritas no Capítulo IX desta Instrução ou de

outras que ocorrerem não isentam o produtor de sua culpabilidade

no processo, quando comprovada.

Art. 29. Casos omissos serão dirimidos pela Gerência Estadual de

Defesa Sanitária Animal e Gerência Estadual de Inspeção de

Produtos de Origem Animal, dentro de suas respectivas

competências.

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Art. 30. Revogam-se os seguintes atos: Instrução de Serviço

Conjunta – GEDSA/GEINP 002/2012 e Instrução de Serviço 006/2012 –

GEDSA;

Art. 31. Esta Instrução de Serviço entra em vigor a partir desta

data.

Parágrafo Único. Após seis meses de vigência, esta Instrução de

Serviço deverá ser revisada com a participação das Coordenações

Estaduais e Regionais de Defesa Sanitária Animal e Inspeção de

produtos de Origem Animal.

Florianópolis, 01 de outubro de 2015.

Gécio Humberto Meller

Diretor Técnico

Sérgio Silva Borges

Gerente Estadual de Inspeção de Produtos de Origem Animal

Marcos Vinícius de Oliveira Neves

Gerente Estadual de Defesa Sanitária Animal