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© Gustavo R. Alves IPP-ISEP-DEE
Instrumenta ção eléctrica e electrónica
• Metrologia. Definições de medição e erro• Noções gerais sobre aparelhos de medida• Multímetros• Osciloscópios• Sistemas de instrumentação
(ou de medição e teste)
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Medição e Erro - Definições
• Métodos de medição– Apesar de existirem diversas formas de classificação é
usual distinguirem-se os seguintes métodos:
» Indirectos - o valor da grandeza a medir é obtidoatravés da medição de outras grandezasfuncionalmente associadas (exemplo: área, potência...)
» Directos - valor da grandeza obtido de forma imediata.Os métodos de medida por comparação sãoconsiderados uma variante da medição directa. Osprimeiros são ainda divididos em métodos de mediçãopor substituição e por zero.
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Medição e Erro - Definições
• Métodos de medição– Por substituição - a grandeza a medir é substituída por
uma grandeza da mesma natureza, de valor conhecido,escolhida de forma a que os efeitos no dispositivoindicador sejam os mesmos (ex: medição do valor deresistências pelo método de comparação de correntes)
– Por zero - o valor da grandeza a medir é determinado porequilíbrio, ajustando uma ou várias grandezas, de valoresconhecidos, associados à grandeza a medir por umarelação de equilíbrio conhecida (ex: medição do valor deresistências usando a ponte de Wheatstone)
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Medição e Erro - Defini ções
• Instrumento de medi ção– Um dispositivo ou aparelho que permite determinar o
valor ou a magnitude de uma grandeza ou variável.
• Exactidão– Proximidade entre a leitura de um aparelho e o verdadeiro
valor da grandeza que se está a medir.
– Implica ter uma ideia do valor correcto da grandeza.
– Aparelhos com a mesma precisão podem ter exactidõesdiferentes
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Medição e Erro - Defini ções
• Instrumento de medi ção– Um dispositivo ou aparelho que permite determinar o
valor ou a magnitude de uma grandeza ou variável.
• Exactidão– Proximidade entre a leitura de um aparelho e o verdadeiro
valor da grandeza que se está a medir.
– Implica ter uma ideia do valor correcto da grandeza.
– Aparelhos com a mesma precisão podem ter exactidõesdiferentes
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Medição e Erro - Defini ções
• Precisão– Medida da repetabilidade das medi ções efectuadas, i. e.
dada uma grandeza fixa, a precisão indica uma medida dograu em que sucessivas medidas diferem umas dasoutras.
– Efectuar várias medidas e determinar as respectivasdiferen ças entre elas.
– Ter em aten ção o número de algarismos significativos.
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Medição e Erro - Defini ções
• Sensibilidade– A razão entre o sinal de saída ou resposta do aparelho e
uma varia ção ou grandeza que se está a medir.
– Sensibilidade = Sinal de saída
Sinal de entrada
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Medição e Erro - Defini ções
• Resolu ção– A mais pequena varia ção da grandeza ou variável que se
está a medir, que provoca uma varia ção na resposta doaparelho.
– O ∆min do sinal de entrada que provoca um ∆ no sinal desaída
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Medição e Erro - Definições
• Erro– Desvio entre o valor medido e o verdadeiro valor da
grandeza ou variável.
– Tipos de erros - Grandeza do erro
» Grossos» Sistemáticos» Aleatórios
– Análise estatística– Análise probabilística– Limites dos erros
Absoluto
Relativo
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Noções gerais sobre aparelhos de medida
• Função, constitui ção e características dainstrumenta ção
• Instrumentos de CC e CA– Instrumentos electromecânicos
– Instrumentos electrónicos
• Selecção e utiliza ção de instrumenta ção• Regras de seguran ça na utiliza ção de
instrumenta ção
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Função e constitui ção de um sistemade medi ção ou equipamento de medida
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Constitui ção de um aparelho de medida
• Bloco (ou elemento) sensor– Elemento que se encontra em contacto com o processo e
que produz um sinal de saída que depende (de qualquerforma) da variável sob medi ção.
– Exemplo: um termopar, em que a f.e.m entre os seusterminais depende da temperatura.
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Constitui ção de um aparelho de medida
• Bloco (ou elemento) de condicionamento de sinal– Converte a saída de um elemento sensor numa forma
mais apropriada para posterior processamento,geralmente uma tensão contínua ou um sinal emfrequência. Exemplos:
» uma ponte de Wheatstone que converte uma altera çãode resistência numa altera ção de tensão contínua.
» um amplificador operacional que converte miliVoltsem Volts.
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Constitui ção de um aparelho de medida
• Bloco (ou elemento) de processamento de sinal– Converte o sinal de saída do bloco (ou elemento) de
condicionamento de sinal numa forma mais apropriadapara apresenta ção ou observa ção.
– Exemplo: um conversor analógico-digital que converteuma tensão analógica numa palavra digital, passível deser lida por um computador.
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Constitui ção de um aparelho de medida
• Bloco (ou elemento) de apresenta ção de dados– Apresenta o valor medido numa forma facilmente
perceptível pelo utilizador.
– Exemplo: indicador de ponteiro, mostrador alfanumérico,etc.
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Características dos aparelhos de medida
• Exactidão ou Fidelidade– Tolerância aos factores ambientais e ao desgaste e envelhecimento.
• Precisão– A precisão implica a exactidão, uma vez que um aparelho não pode
ser exacto sem ser preciso, embora o recíproco não seja verdadeiro.
• Sensibilidade• Resolu ção• Rapidez de indica ção• Consumo
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Características dos aparelhos de medida
• Comodidade de emprego e portabilidade
• Calibre e gama dinâmica– Calibre é o valor da grandeza medida que dá, na escala, o
desvio máximo
– gama dinâmica =desvio máximo legível
desvio mínimo legível
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Características dos aparelhos de medida
• Robustez e capacidade de sobrecarga– Um aparelho é robusto desde que não seja susceptível a
estragos devidos aos transportes e trepida ções.– Um aparelho está em sobrecarga quando a grandeza
física aplicada ultrapassa o calibre.
– Capacidade de sobrecarga =
– Grandeza máxima não destrutível = sobrecarga que nãofaz variar, depois da sua aplica ção, nem os erros, nem olimite de sensibilidade nem a precisão.
grandeza máxima não destrutiva
grandeza que dá o desvio máx. legível
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Instrumentos de C.C. e C.A.
• Instrumentos electromecânicos (medi ção directa)• Instrumentos electrónicos
– Analógicos– Digitais
• Voltímetro• Amperímetro• Ohmímetro• Wattimetro• Outros aparelhos ...
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Instrumentos electromecânicos
• O mecanismo de bobina móvel e íman permanente (oupermanent-magnet moving-coil mechanism , PMMC) écaracterizado por uma equa ção de movimento em que adeflexão (ou tor ção) é proporcional à corrente que atravessaa bobina móvel.
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Instrumentos electromecânicos
• Amperímetros de C.C.– O núcleo básico de um amperímetro de C.C. é formado por um
galvanómetro (cujo elemento base é o mecanismo de PMMC). Comoo galvanómetro só suporta correntes pequenas (algumas dezenas deµA) é necessário desviar parte da corrente que se está a medir poruma resistência, designada geralmente por resistência de desvio decorrente (R d ou R s de shunt ), em paralelo com o elemento motor.
Rg = resistência interna do galvanómetroIg = corrente de fim-de-escala do galvanómetroRd = resistência de desvioId = corrente desviadaI = corrente de fim-de-escala do amperímetro
R d R g
Id Ig
I
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Instrumentos electromecânicos
• Amperímetros de C.C.– Um esquema mais prático e universal (designado por Ayrton shunt )
elimina a possibilidade de se utilizar o galvanómetro sem umaresistência de desvio inserida.
Problema: sabendo que
Rg = 2 kΩ e Ig =50 µA,
calcule os valores de
Ra, Rb e Rc.
R a
R c
R b
R g
Id Ig
I
1 A
5 A
10 A
+
-
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Instrumentos electromecânicos
• Voltímetros de C.C.– A junção de uma resistência em série, converte o galvanómetro num
voltímetro de C.C. Esta resistência limita a corrente que passa noconjunto de modo a que quando submetido à tensão de fim-de-escala, este é atravessado pela corrente de fim-de-escala dogalvanómetro.
Rg = resistência interna do galvanómetro
Ig = corrente de fim-de-escala do galvanómetro
Rs = resistência em série
V = tensão de fim-de-escala do voltímetro
R s
R g
Ig
+
-
V
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Instrumentos electromecânicos
• Voltímetros de C.C.– O seguinte circuito é mais prático pois permite a selecção de várias
escalas, reaproveitando as resistências já inseridas em série.
Problema: sabendo que Rg = 2 kΩ e Ig =50 µA,calcule os valores de R1, R2 e R3.
R g
Ig
R 3 R 1R 2
+
-
2 V
20 V
200 V
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Instrumentos electromecânicos
• Efeito de carga - 1
– A sensibilidade do voltímetro de CC é um factorimportante quando se pretende seleccionar um aparelhopara se efectuar uma determinada medida. A razão daescolha prende-se com o circuito equivalente deThévenin visto a partir dos dois pontos em que se vailigar o voltímetro. A resistência interna deste deverá sermuito superior à resistência de Thévenin, de forma aminimizar o efeito de carga.
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+
R
R V
Instrumentos electromecânicos
• Efeito de carga - 2
– Mede-se uma tensão colocando o voltímetro em paralelocom os componentes em cujos terminais se pretendeefectuar a medida. Mas, se a corrente através dovoltímetro não for nula...
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Instrumentos electromecânicos
• Efeito de carga - 3
– Mede-se uma corrente inserindo o amperímetro em sérieno percurso em que se pretende efectuar a medida. Mas,se a queda de tensão no amperímetro não for nula...
+
R
R
A
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Instrumentos electromecânicos
• Ohmímetro tipo-série– Este aparelho é constituído internamente por um galvanómetro em
série com uma resistência e uma bateria, ficando disponível para oexterior dois terminais, aos quais se liga a resistência cujo valor sepretende medir. Considerando a equação de corrente do seguintecircuito, verifica-se que a resistência R 1 é calculada a partir dacorrente de f.d.e. do galvanómetro e da f.e.m. da bateria.
para R x =0
para Rx = R1 + Rg
R 1
R g
Ig
R x
A
BE
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Instrumentos electromecânicos
• Ohmímetro tipo-paralelo– Este aparelho é constituído internamente por um galvanómetro em
série com uma resistência e uma bateria, ficando disponível para oexterior dois terminais, aos quais se liga a resistência (que nestecaso fica em paralelo com o galvanómetro) cujo valor se pretendemedir. Considerando a equação de corrente do seguinte circuito,verifica-se que a resistência R 1 é calculada a partir da corrente def.d.e. do galvanómetro e da f.e.m. da bateria.
para R x =∝
para Rx = R1 // Rg
R 1
R g
Ig
R x
A
B
E
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Instrumentos electromecânicos
• Ohmímetro tipo-paralelo– Este aparelho é particularmente usado para a medi ção de
resistências de baixo valor. Não é muito utilizadocomercialmente, embora se encontre em certoslaboratórios para aplica ções especiais com resistênciasde baixo valor.
A equa ção quepermite graduara escala é:
IE
RR R
R R
R
R Rlidog x
g x
x
g x
=+
⋅+
⋅+
1
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Instrumentos electromecânicos (c.a.)
• Um PMMC possui um movimento d’Arsonval que respondeao valor médio (ou DC) da corrente que passa pela bobinamóvel. Se existir uma componente alternada na correnteque passa na bobina, o ponteiro irá “baloi çar” entre o pontocorrespondente à componente DC. Este movimento éperceptível se a frequência da c.a. for baixa. Para se mediruma c.a., utilizando o galvanómetro, ter-se-á que garantirque a corrente é unidireccional, quer seja através derectifica ção, quer seja através do efeito térmico dapassagem da corrente eléctrica.
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Instrumentos electromecânicos (c.a.)
• Galvanómetro com circuito de rectifica ção– Este esquema é baseado numa ponte de díodos (que poderá ou não
ser completa) para rectificar a c.a.
– Devido à inércia da bobina móvel, o galvanómetro terá uma deflexãoestável proporcional ao valor médio da corrente. Dado que astensões ou correntes alternadas são geralmente expressas emtermos de valor eficaz, a escala do aparelho é calibrada em termosde valor eficaz de uma onda sinusoidal.
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Instrumentos electromecânicos (c.a.)
• Galvanómetro com circuito de rectifica ção– Uma forma de onda não sinusoidal possui um valor médio que
poderá diferir consideravelmente do valor médio de uma ondasinusoidal pura (para o qual o aparelho está calibrado), podendo seobter um valor indicado muito longe do valor real. O factor de formarelaciona o valor médio com o valor eficaz de formas de ondaperiódicas.
– Para uma onda sinusoidal pura:
Factor de forma =valor eficaz da onda
valor medio da onda
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Instrumentos electrónicos
• Os aparelhos de medi ção electromecânicos utilizam omovimento de um mecanismo electromagnético para amedi ção de grandezas. O núcleo destes instrumentosbaseia-se (geralmente) no galvanómetro d’Arsonval, queprecisa de cerca de 50 µA para uma deflexão de f.d.e. Assimqualquer instrumento que utiliza este mecanismo precisa(se não houver amplifica ção) de 50 µA fornecidos pelocircuito sob medi ção, para produzir uma leitura de f.d.e.Para medi ção de correntes inferiores a 50 µA (leitura f.d.e) énecessário utilizar-se um amplificador.
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Instrumentos electrónicos
• Voltímetros (amperímetros) analógicos de c.c.– O esquema seguinte representa o circuito de um voltímetro
(amperímetro) analógico de c.c. capaz de medir tensões (correntes)de baixo valor. A tensão de entrada é amplificada e aplicada aomecanismo de PMMC. Se o amplificador tiver um ganho de 10 asensibilidade da leitura é multiplicada por um factor idêntico.
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Instrumentos electrónicos
• Voltímetros analógicos de c.a.– Os voltímetros analógicos de c.a são basicamente idênticos aos
voltímetros analógicos de c.c., à excepção de que nos primeiros atensão (alternada) de entrada é rectificada antes de ser aplicada aocircuito de medição (mecanismo de PMMC). Em alguns casos arectificação é feita antes da amplificação (a), noutros esta é feitaapós a amplificação (b).
a) b)
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Instrumentos electrónicos
• Voltímetros analógicos de c.a.– Dado que o mecanismo de PMMC é sensível ao valor médio da
corrente e que se pretende ler o valor eficaz da onda de entrada,recorre-se ao factor de forma para graduar a escala. Sendo acalibração feita através da aplicação de ondas sinusoidais, aleitura do valor eficaz de ondas não sinusoidais terá um erro quedepende do factor de forma da onda de entrada. Para o caso deuma onda quadrada:
ET
e dt ERMS
T
= ⋅ =∫1 2
0max E
Te dt Emed
T
= ⋅ ⋅ =∫2
0
2
maxF.d.f =
EE
max
max
= 1
Assim a leitura do valor eficaz de uma onda quadrada irá afectada de um erro de :
111 1100% 10%
. − × =1
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Instrumentos electrónicos
• Voltímetros analógicos de c.a. (verdadeiro VE)– O valor eficaz de formas de onda não sinusoidais pode
ser medido recorrendo a voltímetros de verdadeiro valoreficaz. Este aparelho produz uma indica ção baseada napotência dissipada, que é proporcional ao quadrado dovalor eficaz da tensão da onda de entrada. A potênciadissipada pode ser medida, alimentando com o sinal deentrada amplificado um termopar e posteriormentemedindo o valor da tensão de saída deste, proporcional aE2rms.
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Instrumentos electrónicos
• Voltímetros analógicos de c.a. (verdadeiro VE)– O esquema seguinte ilustra um circuito capaz de medir o valor
eficaz da tensão de formas de onda complexas. O segundotermopar (sensível à corrente de realimentação) permitecompensar a não-linearidade do termopar de medição dapotência dissipada.
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Instrumentos electrónicos
• Voltímetros digitais– O voltímetro digital permite medições de tensões contínuas e
alternadas, indicando o valor num mostrado numérico (oualfanumérico), ao invés de deflectir a posição de uma agulha peranteuma escala. A leitura de um valor numérico permite eliminar algunserros que se cometem quando se associa a posição de um ponteironuma escala graduada.
– O seu princípio de funcionamento baseia-se num conversoranalógico-digital, que converte a tensão medida numa palavra de nbits, que é posteriormente processada de modo a produzir um valorque é visualizado no mostrador.
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Instrumentos electrónicos
• Voltímetros digitais - Estado de arte– Gama de entrada : de +- 1.000 000 a 1 000.000 V com selecção
automática de escala.
– Precisão : pode ser tão elevada como 0,005% do valor lido.
– Estabilidade : curto-prazo 0,002% do valor lido num período de 24horas, longo-prazo 0,008% do valor lido num período de 6 meses.
– Resolução : pode ser tão elevada como 1 µV (na escala mais baixa).
– Características de entrada : resistência de entrada típica de 10 M Ω ecapacidade de entrada típica de 40 pF.
– Calibração : interna automática e independente do circuito demedição.
– Canais de saída : para barramentos de instrumentação, RS_232C,impressora, etc.
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Selecção e utiliza ção de instrumenta ção
• Determinar o tipo de grandeza que se pretendemedir
• Determinar sensibilidade, resolu ção e precisãonecessárias
• Determinar efeito de carga máximo admissível
• Como ligar o aparelho de medida ao sistema?
• Confirmar as características do aparelho demedida utilizado
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Regras de se guran ça nautiliza ção de instrumenta ção
• Seguran ça das pessoas– Primeira e última preocupa ção
• Seguran ça dos equipamentos– Neste ponto distinguem-se os equipamentos que
constituem o sistema e os aparelhos de medida. Deveter-se em considera ção a seguran ça de ambos. Autiliza ção de um amperímetro suscita um maior númerode ocasiões de erro (por experiência). A selec ção damelhor escala levanta igualmente algumas dúvidas deum modo geral.
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Multímetros
• Aparelho de medida que agrupa a funcionalidade deoutros aparelhos mais simples.
• Tipo (quanto à constru ção interna):– Electromecânico– Electrónico
» Analógico» Digital
• Tipo (quanto à portabilidade)– de bancada– portátil
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O multímetro
• É um equipamento usado para medir a amplitude degrandezas eléctricas: tensão, corrente e resistência e porvezes, também de frequência e de continuidade.
• Regras nunca:• Nunca usar o multímetro se o aparelho ou as pontas
parecerem danificados e nunca exceder os valoresmáximos de tensão suportados pelo aparelho:
• Regras sempre:• Segurar as pontas de prova sempre a pelo menos 2 cm
das extremidades de medida; ter sempre cuidado,sobretudo na medida de tensões superiores a 60 V dcou 30 V ac (valor eficaz); e verificar sempre se ocomutador de tensões se encontra na posi ção devida,antes de realizar qualquer medida.
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Multímetro electromecânico
Exemplo de um multímetroelectromecânico com capacidadepara ler tensões e correntes d.c.e a.c. e resistências.
- Mudança de escala manual
- Selecção de polaridade manual
- 4 terminais (comum + 3)
- Pesado e frágil
- Características no visor
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Multímetro Di gital
• Vantagens
– Precisão elevada (pelo menos em algumas escalas)
– Leitura clara, não ambígua
– Resolução elevada
– Possibilidades de automação e ligação a barramentosde instrumentação
» Indicação automática de polaridade
» Selecção automática de escala
» Ajuste automático de zero (pontas de prova em curto-circuito)
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Multímetro electrónico di gital de bancadaFluke 45
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Multímetro electrónico di gital portátilFluke 87
• Digital or Analog Display
• True-rms
• Touch Hold
• Fused Current Inputs
• Continuity
• MIN/MAX Mode
• Peak MIN/MAX - 250 ‘Sec
• Diode Test
• Sleep Mode - 30 minutes
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Multímetro: o comutador de fun ções
OFF
•
²
V^
V
Hz
mV
A
Permite seleccionar otipo de grandeza amedir e por vezestambém a sua escala.
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O multímetro: nota ção habitual
V (~, -):Medida de tensão (alternada, contínua)
Hz: Medida de frequência
• : Medida de resistência
->|-: Medida de continuidade
A (~, -): Medida de corrente (alternada, contínua)
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Osciloscópios
• Instrumentos que permitem visualizar formas de onda(periódicas e não só)
• Possuem normalmente dois canais de entrada, e permitemajustar as condi ções de visualiza ção à amplitude efrequência próprios de cada sinal.
– Analógicos (mais antigos)
– Digitais (mais recentes)
• Efeito de carga
– Resistência de entrada na ordem dos vários M Ω
– Capacidade de entrada na ordem das dezenas de pF
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Osciloscópios
• Pontas de prova– Possibilidade de atenua ção
– Resistência de entrada depende da atenua ção
– Necessidade de ajustar a capacidade
R = R + Ri 1 2
R1
C1
R = 1M2 Ω
C = 30pF2
GND
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Osciloscópios analó gicos
Constitui ção• Canal de entrada
• Canal devarrimento
• Circuito dedisparo da basede tempo
• Circuito da basede tempo
• Tubo de raioscatódicos
Atenuador
Atenuador
Amplificador
Amplificador Atraso
Posição Calibração
Canal de entrada
Sinalde
entrada
AC
DC
GND
Para placasverticais
Para placashorizontais
Canal de varrimento
Entradaexterna devarrimento
Sinal dedisparoexterno Disparo da base de tempo Base de tempo
Supressãode retorno
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Osciloscópios
Ajustes:
• base de tempo (ms/div)
• escala vertical (V/div)
• nível de trigger
• posi ção do tra ço
(horizontal, vertical)
v
t
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Osciloscópios analó gicos
• Canal de entrada– Comanda o sinal a aplicar às placas horizontais
– O atenuador e o amplificador permitem regular aamplitude da forma de onda visualizada
– A regula ção pode ser discreta ou contínua
– O circuito de HoldOFF permite regular o intervalo detempo em que o sinal de entrada não provoca um novovarrimento
– Acoplamento AC, DC e GND
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Osciloscópios: escala vertical
A escala vertical
permite ajustar as
condi ções de
visualiza ção à
amplitude do sinal.
v
t
x V/div
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Osciloscópios analó gicos
• Canal de varrimento– Comanda o sinal a aplicar às placas verticais
– O sinal de varrimento é comandado por um circuito dedisparo ( trigger)
– O sinal de varrimento é tipicamente um sinal de dentede serra
– A duração do sinal é regulado por um botão de umaforma discreta (sistema 1 - 2 - 5, com submúltiplos emúltiplos de 10) ou contínua
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Osciloscópios: base de tempo
A base de tempo
permite ajustar as
condi ções de
visualiza ção à
frequência do sinal.
v
tx ms/div
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Osciloscópios analó gicos
• Circuito de disparo da base de tempo (trigger)
– Canal 1, Canal 2, ambos em modo alternado ouchopper
– Externo
– Pela frequência da rede
– Nível e polaridade de t rigger automático ou ajustável
– Acoplamento AC ou DC
– Um único varrimento
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Osciloscópios: nível de trigger
Permite escolher a
amplitude e o declive
que disparam (fazem
o trigger ) do
varrimento.
v
t
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Osciloscópios analó gicos
• Tubo de raios catódicos (visualiza ção) - controlo:– Regulação da posição do traço nos eixos vertical e horizontal
– Localização e intensidade do feixe
– Focagem e rotação do traço
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Osciloscópios: posi ção do tra ço
O ajuste da posi çãodo tra ço (de cadacanal) permite ajustaros 0 V (vertical) ou oponto de início dovarrimento(horizontal).
v
t
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Visualiza ção de uma forma de onda
• A posi ção dofeixe deelectrões, numdado instante,depende dosvalores emtensão dos sinaisde entrada e dabase de tempo +...
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Exemplo de visualiza ção de umaforma de onda no osciloscópio (8x10)
# Trigger Slope retorno AC / DC HoldOFF1 1 V + 0 DC 02 1 V - 0 DC 03 1 V + 0 AC 04 0,2 V + 0 AC 05 0,2 V + 300 µs AC 06 0,2 V + 300 µs AC 800 µs7 - 0,2 V + 300 µs AC 800 µs
1
2
1 2 (ms)t
V
Amplificador
0,5 V / 1 V
Base tempo
1 ms / 2 ms
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Osciloscópio: aplica ções alternativas
• Relação de fases
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Osciloscópio: aplica ções alternativas
• Relação de frequênciasentre duas ondas -canal X e canal Y
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Osciloscópios di gitais
• Elementos constituintes
• Circuitos A/D
• Controlo deaquisição
• Memória
• UnidadeCentral deProcessamento (CPU)
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Osciloscópios di gitais
• Facilidades actuais
– Tecla GO/NO-GO (sinais isolados ou não repetitivos)
– Possibilidade de Scroll e Zoom
– Cálculos efectuados sobre a forma de onda (valormédio, máximo, mínimo, …)
– Possibilidade de armazenar sinais na memória
– Possibilidade de inserção de comentários no visor
– Possibilidade de ter um relógio no visor
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Osciloscópios di gitais
• Facilidades actuais
– Impressora incorporada
– Leitor de uma carta de memória ( memory card )
– Possibilidade de controlo remoto
– Ligação a um barramento de instrumentação (exemplo:interface GPIB)
– Possibilidade de ligação tipo ponto-a-ponto (RS-232C)
– Regulação de intensidade luminosa selectiva
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Sistemas automáticos de teste e medi ção
• Conceitos gerais
• Instrumenta ção controlada por computador– Controlo remoto
» Ligações ponto-a-ponto e multi-ponto
– Controlo embutido (ou embebido )» Sistemas (barramentos) de instrumentação
• Instrumenta ção (virtual) baseada em computador– Sistemas de aquisi ção de dados analógicos e digitais
Pro
gram
as d
e in
terf
ace
/ con
trol
o
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Sistemas automáticos de teste e medi ção
• Conceitos gerais
Medição Teste
© Gustavo R. Alves IPP-ISEP-DEE
• Evolu ção histórica
• Normas e interfaces
• Associa ções eorganismos denormaliza ção /regulamenta ção
• Empresas eprodutos
Sistemas automáticosde medi ção
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Normas e interfaces
• RS-232C
• Porta paralela
• USB
• RS-485
• Ethernet
• HP-IB / GPIB / IEEE 488.1
• EISA / ISA• SCSI
• SCSI
• PCMCIA
• PCI
• VMEbus
• VXI
• PXI
• FireWire / IEEE 1394
• FieldBus