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Estudos de Psicologia I Campinas I 23(4) I 359-367 I outubro - dezembro 2006 1 Doutoranda em Psicologia do Desenvolvimento Humano e Educação, Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil. 2 Professora, Curso de Psicologia, Universidade São Francisco. Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45, Itatiba, SP, Brasil. Correspondência para/Correspondence to: K.L. OLIVEIRA. E-mail : <[email protected]>. 3 Professora Doutora, Curso de Psicologia e do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia, Universidade São Francisco. Itatiba, SP, Brasil. 4 Professora, Curso de Psicologia, Universidade de Alfenas. Alfenas, MG, Brasil. Instrumentos psicológicos: estudo comparativo entre estudantes e profissionais cognitivo-comportamentais Psychological instruments: comparative study between cognitive-behavioral students and professionals Katya Luciane de OLIVEIRA 1,2,4 Ana Paula Porto NORONHA 3 Marilda Aparecida DANTAS 4 Resumo Esta pesquisa analisou se há diferença entre os instrumentos psicológicos mais conhecidos e utilizados por estudantes e profissionais cognitivo-comportamentais. Participaram 40 estudantes, do último ano do curso de Psicologia e 35 psicólogos. Foi utilizado instrumento composto de duas partes, a primeira contemplou questões que visavam à caracterização dos sujeitos quanto à formação, atuação profissional, estratégias e instrumentos utilizados na avaliação. A segunda parte constava de uma relação contendo 152 instrumentos de avaliação psicológica, na qual os sujeitos tinham que assinalar os conhecidos e os utilizados. Os resultados evidenciaram que tanto estudantes quanto profissionais utilizam com maior freqüência em sua avaliação as entrevistas. Os instrumentos mais conhecidos pelos sujeitos foram o Zulliger, a Escala de Maturidade Mental Columbia, o Teste de Apercepção Temática e o WISC-III. Os mais utilizados foram o Bender Infantil, o Desenho da Figura Humana e o Teste Wartegg. Sugere-se que novos estudos sejam realizados com o intuito de promover avanços na preparação do psicólogo brasileiro. Palavras-chave: avaliação comportamental; avaliação psicológica; testes psicológicos. Abstract This research analyzed if there was any difference between the well-known psychological instruments and the ones used by cognitive-behavioral students and professionals. 40 students and 35 psychologists participated in this study. This study material was composed by two parts. The first one comprised by questions about graduation, professional activity, strategy and instruments used in the assessment. The second part constituted a set of psychological assessment instruments, and the participants task was to assign if they were known or used. Results indicated the most of students and professionals uses the interview in the assessment. The most well-known instruments were Zulliger, Escala de Maturidade Mental Columbia, Teste de Apercepção Temática and WISC-III. The most used instruments were Bender Infantil, Desenho da Figura Humana and Wartegg Test. Others studies should be made to promote the psychologists’ formation development . Key words: behavioral assessment; psychological assessment; psychological tests.

Instrumentos Psicológicos- Estudo Comparativo Entre Estudantes e Profissionais Cognitivo-comportamentais

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    Estudos de Psicologia I Campinas I 23(4) I 359-367 I outubro - dezembro 2006

    11111 Doutoranda em Psicologia do Desenvolvimento Humano e Educao, Faculdade de Educao, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, Brasil.22222 Professora, Curso de Psicologia, Universidade So Francisco. Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45, Itatiba, SP, Brasil. Correspondncia para/Correspondence

    to: K.L. OLIVEIRA. E-mail: .33333 Professora Doutora, Curso de Psicologia e do Programa de Ps-Graduao Stricto Sensu em Psicologia, Universidade So Francisco. Itatiba, SP, Brasil.44444 Professora, Curso de Psicologia, Universidade de Alfenas. Alfenas, MG, Brasil.

    Instrumentos psicolgicos: estudocomparativo entre estudantes e profissionaiscognitivo-comportamentais

    Psychological instruments: comparative study betweencognitive-behavioral students and professionals

    Katya Luciane de OLIVEIRA1,2,4

    Ana Paula Porto NORONHA3

    Marilda Aparecida DANTAS4

    Resumo

    Esta pesquisa analisou se h diferena entre os instrumentos psicolgicos mais conhecidos e utilizados por estudantes eprofissionais cognitivo-comportamentais. Participaram 40 estudantes, do ltimo ano do curso de Psicologia e 35 psiclogos. Foiutilizado instrumento composto de duas partes, a primeira contemplou questes que visavam caracterizao dos sujeitosquanto formao, atuao profissional, estratgias e instrumentos utilizados na avaliao. A segunda parte constava de umarelao contendo 152 instrumentos de avaliao psicolgica, na qual os sujeitos tinham que assinalar os conhecidos e osutilizados. Os resultados evidenciaram que tanto estudantes quanto profissionais utilizam com maior freqncia em suaavaliao as entrevistas. Os instrumentos mais conhecidos pelos sujeitos foram o Zulliger, a Escala de Maturidade MentalColumbia, o Teste de Apercepo Temtica e o WISC-III. Os mais utilizados foram o Bender Infantil, o Desenho da FiguraHumana e o Teste Wartegg. Sugere-se que novos estudos sejam realizados com o intuito de promover avanos na preparao dopsiclogo brasileiro.

    Palavras-chave: avaliao comportamental; avaliao psicolgica; testes psicolgicos.

    Abstract

    This research analyzed if there was any difference between the well-known psychological instruments and the ones used bycognitive-behavioral students and professionals. 40 students and 35 psychologists participated in this study. This study material was composedby two parts. The first one comprised by questions about graduation, professional activity, strategy and instruments used in the assessment.The second part constituted a set of psychological assessment instruments, and the participants task was to assign if they were known orused. Results indicated the most of students and professionals uses the interview in the assessment. The most well-known instruments wereZulliger, Escala de Maturidade Mental Columbia, Teste de Apercepo Temtica and WISC-III. The most used instruments were BenderInfantil, Desenho da Figura Humana and Wartegg Test. Others studies should be made to promote the psychologists formationdevelopment .

    Key words: behavioral assessment; psychological assessment; psychological tests.

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    Estudos de Psicologia I Campinas I 23(4) I 359-367 I outubro -.dezembro 2006

    No Brasil, autores tm se dedicado ao desen-volvimento da rea de avaliao psicolgica. Mesmoque com contribuies isoladas e com objetivosdistintos - como oferecer manuais atualizados com osfundamentos tcnicos dos instrumentos de avaliao,realizar pesquisas e incentivar a construo de novosmateriais -, tais instrumentos tornaram-se o foco dediversos estudos (Pasquali, 1999, 2001).

    Ainda em mbito nacional, o Conselho Federalde Psicologia (CFP) promulgou resolues (ConselhoFederal de Psicologia, 2001, 2003) a fim de oferecerdefinies sobre o uso, a elaborao e a comercializaodos testes. Embora inicialmente a deciso tenha sidopolmica, considerando o impacto que ocasionou na

    comunidade cientfica e entre leigos, acredita-se que o

    processo promover a construo de instrumentos com

    mais qualidade do ponto de vista psicomtrico.

    Dentre os elementos definidos pelas resolues

    como imprescindveis quando da construo de testes

    encontram-se o desenvolvimento de estudos com

    amostras nacionais e os estudos de evidncia de

    validade e de preciso. Embora os aspectos apontados

    paream elementares, pesquisas indicam que grande

    parte dos instrumentos comercializados no Brasil ainda

    no apresenta condies mnimas de comercializao

    (Noronha, 2003). Poucos so os instrumentos que se

    encontram com parecer favorvel do CFP para utili-

    zao. Esse fato ocorre devido falta de parmetros

    psicomtricos na maior parte dos instrumentos

    avaliados (Conselho Federal de Psicologia, 2005),

    diferente do que ocorre em pases mais desenvolvidos,

    onde intenso o foco nos atributos psicomtricos de

    um teste.

    Nesse sentido, alguns estudos j evidenciaram anecessria ateno que deve ser dispensada aos instru-mentos de medida. Andriola (1995) destaca que os testespsicolgicos como instrumentos de avaliao merecem

    mais esmero por parte dos profissionais responsveis

    pela utilizao, principalmente pelo seu uso freqen-

    temente indiscriminado. A nfase deve ser dirigida ao

    rigor da qualidade cientfica, estudando os parmetros

    psicomtricos e atualizando os contedos dos

    instrumentos a fim de contribuir com a valorizao da

    avaliao e do profissional que a realizou (Noronha, 2003;

    Pasquali, 2001; Wechsler & Guzzo, 1999).

    No parece ser novidade que os testes divulgame favorecem o reconhecimento social da profisso eque a m aplicao tende a gerar dificuldades noatendimento desses objetivos, considerando que oincio da testagem de alguma forma se confunde comos primrdios da Psicologia cientfica.

    No que se refere s questes ticas e deonto-lgicas da avaliao (considerando-a como um processode aquisio de informaes, que faz uso de vriosmtodos, tcnicas e instrumentos, tendo como objetivoprincipal a compreenso do indivduo), Simes (1995)observa que a tica distinguida da deontologia, sendoa primeira relativa ordem de questionamento sobrevalores e a segunda moral profissional. Baseado nessaconcepo, o autor determina que compete ao psic-logo a responsabilidade da escolha e aplicao deinstrumentos com valor reconhecido. Nessa direo,tambm se faz necessrio que tal instrumento psico-lgico comungue com o referencial terico dopsiclogo; no h como fazer uso de um recurso cujofundamento terico seja dissonante daquele que suaabordagem de atuao preconiza.

    Quanto escolha dos instrumentos mais ade-quados para as diferentes situaes profissionais nasquais os psiclogos se deparam ao longo de suasatividades, deve-se evidenciar a eleio de mtodos ede instrumentos que tenham pesquisas relacionadasaos parmetros tcnicos cientficos (preciso, validadee normas). Tal assero corroborada pelos estudos deOliveira, Noronha, Beraldo e Santarem (2003) e Oliveira,Noronha, Dantas e Santarem (2005), no sentido de que imprescindvel que haja coerncia entre a abordagemterica que norteia a prtica profissional do psiclogo eos construtos dos instrumentos utilizados, de modoque a leitura de homem adotada esteja em consonnciacom a que o instrumento preconiza.

    No que tange avaliao comportamental, valeressaltar que h diferenas em relao a outras abor-dagens, principalmente no que concerne ao conjuntode princpios e elementos conceituais. Alguns dosprincpios da avaliao comportamental so comuns aqualquer sistema de avaliao, outros, porm, soespecficos e refletem os princpios comportamentaisde base, muitos dos quais so derivados da anliseexperimental do comportamento (Matos, 1999;Santarem, 2001).

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    A avaliao comportamental pode ser consi-derada um termo genrico ou um paradigma daavaliao psicolgica que abriga diferentes abordagensou subparadigmas, como, por exemplo, anlisefuncional e cognitivo-comportamental. O termocomportamento implica a relao do organismo como ambiente num processo contnuo e dinmico (Delitti,2001; Meyer, 2001; Rang & Guilhardi, 1998; Tors, 1997).

    Meyer (2001) observa que o psiclogo compor-tamental pode recorrer aos testes e inventrios em umaavaliao. Todavia, de acordo com Piotrowski e Lubin(1990) e Haynes e OBrien (2000), tais instrumentos devemser entendidos como recursos auxiliares ao processode coleta de dados, j que so construdos tendo comobase a teoria psicomtrica.

    Keepe, Kopel e Gordon (1980) esclarecem que ostestes e tcnicas projetivas no devem ser utilizadosem nenhuma instncia pelos terapeutas comporta-mentais. Estudos destinados a avaliar a coerncia tericae filosfica entre a abordagem adotada e os instru-mentos utilizados na avaliao so quase inexistentes.Cabe questionar, portanto, se tal coerncia vem sendorespeitada.

    O estudo de Oliveira, Noronha, Dantas e Santarem

    (2005) desenvolvido com psiclogos comportamentais

    evidenciou que os instrumentos mais utilizados so os

    de base analtica e ainda so os mais ensinados na

    universidade. Fato semelhante foi observado por

    Watkins, Campbell e McGregor quando em 1990

    realizaram um estudo sobre o assunto. Na verdade, a

    comparao entre os mais usados e aprendidos s foi

    possvel ao analisar os estudos de Alves, Alchieri e

    Marques (2001), cujo objetivo foi mapear o ensino da

    avaliao psicolgica no Brasil, inclusive no que dizrespeito aos instrumentos preferencialmente minis-trados nas universidades.

    Observando especialmente a formao pro-fissional, h que se ressaltar a situao do ensino de

    testes psicolgicos brasileiros. Noronha (2003) afirma

    que preciso repensar a formao do profissional de

    Psicologia de modo que o psiclogo tenha umabagagem terica mais consistente e faa um uso ticoe consciente dos instrumentos.

    A formao profissional tem sido tema freqenteem discusses promovidas por rgos e associaes

    de classe. Recentemente, o Conselho Regional dePsicologia - 6 Regio, em consonncia com outrasentidades, organizou um encontro cujo foco era o ensinoda avaliao psicolgica (Conselho Regional dePsicologia, 2004). Embora eventos nem sempre possamoferecer solues imediatas para as questesemergentes, vale ressaltar que tais discusses fomentamreflexes e tendem a gerar pesquisas.

    A formao em avaliao psicolgica no Brasil

    ainda incipiente e o reflexo disso recai na prtica

    profissional. Muito se tem discutido sobre a melhor

    forma de ensinar instrumentos especficos ou a ava-

    liao mais amplamente definida. As tendncias so as

    mais diversas possveis, variando desde a construo

    de um currculo mnimo para a rea (Jacquemin, 1995),

    at a insero do ensino da avaliao do desenvolvi-

    mento em outras disciplinas afins (Kroeff, 1988), como,

    por exemplo, na disciplina Psicologia do Desenvolvi-

    mento, ou ainda ensinar a construo dos testes

    (Pasquali, 2001).

    As discusses, embora ainda no tenham gerado

    encaminhamentos definitivos, so extremamente posi-

    tivas, pois possibilitam outras anlises acerca das prticas

    ora existentes. Alchieri e Bandeira (2002) enfatizam que

    em grande parte dos cursos de Psicologia no Brasil, a

    opo de ensino de avaliao ainda se d por meio de

    informaes sobre a aplicao, a avaliao e a inter-

    pretao de instrumentos. Pouco se fala em construo

    de testes ou em parmetros psicomtricos.

    Da forma como o contedo de avaliao vem

    sendo passado no tem sido possvel desenvolver

    anlises mais crticas a respeito dos instrumentos, do

    uso e, sobretudo, das limitaes. O resultado desse

    processo equivocado a formao de profissionais comconhecimento bastante restrito, dominando apenas aaplicao e a correo de poucos instrumentos. Guzzo(2001) aponta que aprender tcnicas do examepsicolgico de forma isolada e pontual no assegura ascompetncias necessrias, como, por exemplo, para,dentre outras tarefas, chegar a concluses ou elaborarlaudos. Sob essa perspectiva da formao profissional,

    o objetivo desse estudo foi analisar se h diferena entre

    os instrumentos psicolgicos mais conhecidos e

    utilizados por estudantes e profissionais cognitivo--comportamentais.

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    Mtodo

    Participantes

    Participaram 75 sujeitos, sendo 40 (53,3%)estudantes de Psicologia que haviam optado pelo

    estgio em clnica comportamental e 35 (46,7%)

    psiclogos, cuja abordagem de atuao era a cognitivo-

    -comportamental. A mdia de idade foi de 28 anos e 8

    meses (DP=9,3), com um mnimo de 21 anos e o mximo

    de 60. O sexo feminino representou 88% (n=66) dossujeitos e o masculino 12% (n=9).

    Instrumentos

    Utilizou-se um instrumento composto de duas

    partes. A primeira continha questes que visavam

    caracterizao dos sujeitos quanto formao,

    abordagem teraputica, atividades profissionais e

    instrumentos utilizados na avaliao.

    A segunda parte constituiu-se de uma relao

    contendo instrumentos de avaliao psicolgica

    especficos. Na relao estavam presentes 152

    instrumentos das seguintes editoras: Cepa, Vetor, Casa

    do Psiclogo, Edites, Cetepp, Artes Mdicas, Editorial

    Psy, Mestre Jou, Melhoramentos, Entreletras, Grfica MNJ

    Ltda e Martins Fontes, alm de dez testes estrangeiros edois testes de editoras no localizadas. Os sujeitostiveram duas possibilidades de resposta para cadainstrumento listado, a saber: C para os instrumentosconhecidos e U para os utilizados. Caso o instrumentono fosse utilizado ou conhecido, o sujeito no deveriafazer nenhuma anotao.

    Procedimentos

    A coleta de dados ocorreu em universidades dos

    estados de Minas Gerais e de So Paulo, no VI Congresso

    Brasileiro de Psicologia Escolar e Educacional e no I

    Congresso Nacional de Psicologia. Em todas as ocasies

    a aplicao foi individual, e o instrumento auto-aplic-

    vel. Aqueles que optaram por participar da pesquisa

    respondiam ao instrumento, entregando-o, em seguida,

    s pesquisadoras. Destaca-se que esta pesquisa foi

    aprovada pelo comit de tica em pesquisa da

    instituio qual est vinculada.

    Resultados e Discusso

    Aps a coleta, os dados foram organizados emplanilhas e submetidos estatstica descritiva, de acordocom os objetivos do estudo. A anlise foi realizada apartir da freqncia das respostas e das respectivasporcentagens.

    Quanto atuao profissional dos estudantes,57,5% (n=23) exerciam alguma atividade profissional,no tendo respondido questo 42,5% (n=17). No casodos profissionais uma parte tinha somente graduaoem Psicologia (31,4%; n=11), os demais (68,6%; n=24)tinham algum curso de especializao ou mestrado edoutorado. A atuao em clnicas particulares foiapontada por 48,6% (n=17) e 51,4% (n=18) indicaramque atuam no contexto universitrio como docentes eno tm atuao em clnica.

    Embora seja um estudo com estudantes eprofissionais que atuam na rea cognitivo-comporta-mental, salienta-se que este trabalho contou com umaamostra coletada em universidades e principalmenteem congressos no especficos dessa rea. Desse modo,o vis da amostra pode ser evidenciado pelo elevadopercentual de docentes, considerando que tais eventos

    so bastante freqentados por professores e pesqui-

    sadores.

    O modelo comportamental cognitivo foi o mais

    citado pela maioria dos estudantes (85%; n=34) e dos

    profissionais (68,6%; n=24). Sob esse aspecto Rang

    e Guilhard (1998) apontam que a terapia cognitivo-

    -comportamental uma prtica crescente com uma

    aceitao progressiva.

    A Tabela 1 apresenta as consideraes sobre a

    utilizao de estratgias e instrumentos gerais naavaliao realizada pelos estudantes e profissionais.Nessa questo, os participantes tinham que assinalarcom que freqncia recorria ao uso das estratgias e

    instrumentos em sua avaliao.

    Evidencia-se que tanto estudantes (50%; n=20)

    quanto profissionais (88,6%; n=31) utilizavam com maior

    freqncia em sua avaliao as entrevistas, seguidas

    pela tcnica de observao realizada por observadores

    externos no ambiente natural (42,5%, n=17; 54,3%, n=19,

    respectivamente). Em terceiro lugar como mais utilizadapara os estudantes aparece a observao qualitativa

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    durante entrevistas ou sesses teraputicas (27,5%;n=11), e para os profissionais, o mais utilizado foi oquestionrio (42,8%; n=15).

    Nesse sentido, observa-se que na abordagemcomportamental o psiclogo busca outros recursospara testar suas hipteses acerca do fenmenoobservado (Matos, 1999). Desse modo, os dadosmostraram que tanto estudantes como profissionaisrecorrem a alguns recursos e tcnicas (entrevistas,observao por observadores externos no ambientenatural, observao qualitativa durante entrevistas ousesses teraputicas e questionrios) para submeteremsuas hipteses verificao.

    Visando identificar quais instrumentos psico-lgicos especficos eram conhecidos e utilizados pelossujeitos, foi apresentada uma relao de instrumentospsicolgicos especficos de avaliao, na qual estudantese profissionais tinham que assinalar C (se conhecia oinstrumento) e U (se o instrumento era utilizado). Osdados descritos na Tabela 2 apresentam os resultadosde instrumentos que so conhecidos por pelo menosdez participantes, destacando que os demais instru-mentos ou tiveram pontuaes menores do que acitada ou no foram escolhidos.

    Os instrumentos mais conhecidos pelos partici-pantes foram em primeiro lugar o Zulliger (42,5%, n=17estudantes e 57,5%, n=23 profissionais), em segundo

    lugar a Escala de Maturidade Mental Columbia e o Testede Apercepo Temtica (51,3%, n=20 estudantes e48,7%, n=19 profissionais, respectivamente) e em terceirolugar a Escala de Inteligncia Wechsler para Crianas(WISC-III) (60,5%, n=23 estudantes e 39,5%, n=15profissionais). O teste Qui-quadrado mostrou que adistribuio das citaes sobre os instrumentospsicolgicos mais conhecidos pela amostra como umtodo era eqitativa. Os dados no evidenciaramdiferena significativa entre as citaes.

    O instrumento mais citado pelos estudantescomo conhecido foi o WISC-III. Tal dado pode serjustificado em razo da padronizao do instrumentono Brasil ter sido feita em 2002, realizada por Vera LciaMarques de Figueiredo. Nessa direo, provvel que omaior conhecimento de estudantes se justifique emrazo da aprendizagem mais recente nos cursos dePsicologia. Vale destacar que a educao continuada eo aperfeioamento profissional nem sempre estopresentes na prtica psicolgica.

    No caso dos profissionais o instrumento maisconhecido foi o Zulliger. Esse dado talvez estejarelacionado avaliao clnica tradicional que muitasvezes recorre ao Teste de Rorschach, instrumentobastante utilizado em diversos pases, ou ao prprioZulliger, que pode ser considerado uma verso reduzidado Rorschach com aspectos semelhantes entre si.

    Tabela 1. Distribuio das freqncias e porcentagens de utilizao de estratgias e instrumentos gerais de avaliao (n=75).

    Entrevistas

    Escalas de classificao do comportamento

    Inventrios de personalidade

    Observao participante

    Observao por meio de instrumentos (ex.gravao dediscusso famlia)

    Observao por observadores externos no ambientecontrolado

    Observao por observadores externos no ambiente natural

    Observao qualitativa durante entrevistas ou sessesteraputicas

    Questionrios

    Registros de auto-observao do cliente

    Tcnicas projetivas grficas

    Testes psicolgicos

    51

    16

    14

    21

    8

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    21,3

    18,7

    28,0

    10,6

    18,7

    48,0

    28,0

    29,3

    49,4

    13,3

    20,0

    14

    29

    32

    13

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    14

    16

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    28

    18,7

    38,7

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    17,3

    18,7

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    21,2

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    Estratgias e Instrumentos

    0

    17

    14

    21

    33

    21

    10

    19

    7

    19

    23

    15

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    18,7

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    44,0

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    25,4

    09,4

    25,3

    30,7

    20,0

    10

    13

    15

    20

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    Norespondentes

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    Nunca

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    Na Tabela 3 foram elencados os resultados dosinstrumentos utilizados por pelo menos oito sujeitos.Os demais instrumentos ou tiveram pontuaesmenores dos que as citadas ou no foram escolhidos.

    No caso dos instrumentos mais utilizados pelosparticipantes observou-se que em primeiro lugarapareceu o Bender Infantil (48,5%, n=17 estudantes e51,5%, n=18 profissionais), em segundo o Desenho daFigura Humana (51,7%, n=15 estudantes e 48,3%, n=14profissionais) e em terceiro o Teste Wartegg (65,4%, n=17estudantes e 34,6%, n=9 profissionais). Ao utilizar o testeQui-quadrado, verificou-se que a distribuio entre asdez primeiras citaes da amostra como um todo sobreos instrumentos psicolgicos mais utilizados no eraeqitativa [2(9, 192)=30,40; p0,04].

    O Bender Infantil e o Teste Wartegg apareceramcomo os mais citados como utilizados pelos estudantese o Bender Infantil tambm foi o mais citado comousado pelos profissionais. Salienta-se que na ocasio dacoleta esses instrumentos ainda estavam disponveispara a comercializao, mostrando o quadro atual queambos os instrumentos ainda no esto aprovados peloCFP. sabido, contudo, que o Bender Infantil encontra--se em processo de avaliao, o que pode resultar na

    Tabela 2. Distribuio das freqncias e porcentagens referentesaos instrumentos psicolgicos mais conhecidos porestudantes e psiclogos comportamentais (n=75).

    53,352,052,050,748,048,048,045,345,344,041,341,341,340,040,037,337,334,734,733,333,333,332,030,730,729,329,328,028,026,725,324,024,024,022,722,722,721,321,321,318,718,7

    18,717,317,317,316,016,016,014,714,714,713,313,313,313,313,313,3

    403939383636363434333131313030282826262525252423232222212120191818181717171616161414

    14131313121212111111101010101010

    Teste ZulligerTeste de Apercepo Temtica (TAT)Escala de Maturidade Mental ColumbiaEscala de Inteligncia Wechsler 3 edioDesenho da Figura HumanaEscala de Inteligncia Wechsler Crianas 1 edioDezesseis Fatores de PersonalidadeTeste de RorschachTeste de Apercepo Infantil CAT-ATeste de Apercepo Infantil CAT-HTeste de Inteligncia No Verbal G36Teste das FbulasBateria CEPAEscala de Stress AdultoBender InfantilTeste WarteggInventory Multiphasic Minnesota Personality (MMPI)Supl. Teste Apercepo Infantil CAT-SMatrizes Progressivas escala geralTeste de Inteligncia No Verbal G38Matrizes Progressivas escala avanadaAteno ConcentradaMatrizes Progressivas ColoridasO Teste Gestltico Bender para crianasInventrio Interesses Angelini e ThustoneInventrio de Interesses ProfissionaisDomins D-48Teste das Pirmides ColoridasInventrio Fatorial de PersonalidadeBateria de Testes de Aptido (BTAG)Cubos de KohsTeste Psicodiagnstico Miocintico (PMK)Teste de Aptides Especficas (DAT)BPR-5Teste das Pirmides das Cores 24M PfisterLIP Levantamento de Interesses ProfissionaisInventrio de Ansiedade (IDATE)Teste PalogrficoKuder Inventrio Interesses ProfissionaisInventrio de Habilidades SociaisTeste MetropolitanoEscala de Transtorno de Dficit deAteno/HiperatividadeEscala de Stress Infantil (ESI)Questionrio Vocacional de InteressesInventrio de Atitudes de Trabalho (IAT)INVTeste No verbal de Inteligncia R-1Programao Hbitos e Desempenho (PHD)Como Chefiar?Teste Raven Operaes Lgicas (RTLO)Figuras Complexas de ReyDiagnstico OrganizacionalTeste Coletivo Inteligncia Adultos (CIA)Quati Questionrio Avaliao TipolgicaLista de Problemas Pessoais AdultosInventrio de Ansiedade IDATE-CEscala de Maturidade Escolha profissionalAteno Concentrada 15

    Testes mais conhecidos F %

    Tabela 3. Distribuio das freqncias e porcentagens referentesaos instrumentos psicolgicos mais utilizados porestudantes e psiclogos comportamentais (n=75).

    Bender InfantilDesenho da Figura HumanaTeste WarteggAteno ConcentradaEscala de Maturidade Mental ColumbiaO Teste Gestaltico Bender para CrianasTeste de RorschachDezesseis Fatores de PersonalidadeInventrio de Interesses Angelini e ThustoneTeste ZulligerLIP Levantamento de Interesses ProfissionaisTeste de Apercepo Temtica TATTeste Psicodiagnstico Miocintico PMKBateria CEPABPR-5Escala de Inteligncia Wechsler Crianas 3 edioInventory Multiphasic Minnesota Personality (MMPI)Teste de Apercepo Infantil CAT-AInventrio de Habilidades SociaisINVSupl. Teste Apercepo Infantil CAT-S

    3529261817161513131312121211111111111088

    46,738,734,724,022,721,320,017,317,317,316,016,016,014,714,714,714,714,713,310,710,7

    Testes mais Utilizados F %

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    publicao de um parecer favorvel para a utilizao

    do teste em 2006.

    Watkins, Campbell e McGregor (1990), Oliveira,

    Noronha, Beraldo e Santarem (2003) e Oliveira et al. (2005)

    observam que diversos psiclogos no apresentam uma

    coerncia terica na escolha do instrumento, visto que

    optam por utilizar testes cuja fundamentao difere da

    abordagem adotada por esses profissionais. Assim, os

    resultados evidenciaram que no houve coerncia entre

    a abordagem terica dos estudantes e dos profissionais

    e a utilizao de instrumentos psicolgicos, tendo em

    vista que surpreendentemente os trs testes mais

    utilizados pelos estudantes e psiclogos comportamen-

    tais, nesta pesquisa, possuem fundamentao na teoria

    tradicional da personalidade (Bender Infantil, Desenho

    da Figura Humana e Teste Wartegg).

    Meyer (2001) destaca que se pode utilizar testes

    psicolgicos para compor o diagnstico comporta-

    mental. Contudo no se deve esquecer o que professa

    Keepe et al. (1980): os testes projetivos no devem ser

    utilizados na composio diagnstica do psiclogo

    comportamental, visto que possuem fundamentao

    filosfica, metodolgica e terica divergentes da que

    preconiza uma avaliao comportamental.

    Talvez essa falta de coerncia entre a abordagem

    adotada e a escolha do instrumento esteja relacionada

    ao ensino dos instrumentos nas universidades e

    formao falha nessa rea. H que ensinar aos estu-dantes as propriedades psicomtricas do teste e suafundamentao (Oakland, 1999) e no apenas suaaplicao e correo. Outro aspecto a ser destacado que uma parte dos profissionais atuava em consultriosparticulares e tambm em universidades, contudo nose havia graduado no mestrado ou doutorado na rea,

    o que certamente poderia fazer a diferena na apren-

    dizagem do estudante.

    Consideraes Finais

    Este estudo teve como objetivo verificar se h

    diferena entre os instrumentos psicolgicos mais

    conhecidos e utilizados por estudantes e profissionais

    da clnica comportamental. Observa-se que nos ltimosanos a Psicologia no Brasil tem se focado nos estudos

    relacionados aos instrumentos psicolgicos; emborano tenha sido objetivo abordar a questo da validadedos instrumentos pesquisados, parece estar claro quemuitas das discusses recentes em Psicologia passampor esse mbito. Nesse sentido, levantar as possveisdiferenas entre os instrumentos conhecidos e utili-zados por estudantes e profissionais j um passo paraestabelecer se os instrumentos que aparecem com maiscitaes de utilizao encontram-se com parecerfavorvel do CFP. As diretrizes elaboradas pelo ConselhoFederal de Psicologia (2005) em relao aos atributosque um teste bem construdo deve apresentar para quea avaliao seja vlida esto sendo divulgadas nos maisdiferentes mbitos profissionais.

    Este trabalho pretendeu discutir a falta de com-

    preenso por parte de estudantes e profissionais, muitas

    vezes docentes, em relao aos instrumentos de medida

    e abordagem adotada, no caso, a cognitivo-comporta-

    mental. Tal falta de compreenso pode ser evidenciada

    na alta freqncia de uso de instrumentos projetivos

    entre os estudantes e psiclogos comportamentais. Tal

    fato remete a duas consideraes importantes relaciona-das especialmente aos instrumentos e formaoprofissional.

    No que diz respeito aos instrumentos, a avaliao

    psicolgica brasileira encontra-se em um momento

    especial provocado pelas resolues recentemente

    promulgadas pelo Conselho Federal de Psicologia. A

    medida tende a proporcionar aos psiclogos, em um

    futuro prximo, uma possibilidade de avaliao mais

    eficaz ao se considerar que os instrumentos utilizados

    tero os requisitos mnimos exigidos quando da

    construo de materiais cientficos, embora inicial-

    mente possa ter provocado algum tipo de polmica.

    Os ltimos dois anos tm sido altamente produtivos,

    uma vez que pesquisadores e editores se viram

    obrigados a adotar os critrios exigidos pelas resolues,

    gerando um maior nmero de pesquisas na rea.

    Em contrapartida, esse avano no auxiliar

    nenhuma rea particular da Psicologia, como a

    Psicologia Comportamental, ou a Psicanaltica, dentre

    outras. Isso significa que a aparente incoerncia entre a

    leitura de abordagem adotada e o uso de instrumentos

    no se resolver com a melhora das caractersticastcnicas dos recursos de avaliao, mas sim com uma

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    conduta pessoal de cada um em relao a suaabordagem.

    Para que ocorra essa minimizao da incoern-cia, h que se melhorar a formao profissional. Essaquesto no parece ser novidade nos meios acadmicose cientficos. Eventos especficos tm sido realizadoscom o intuito de promover reflexes e avanos na pre-parao do psiclogo brasileiro. H crticas contundentesem relao aos cursos, s ementas, aos programas, metodologia de ensino ou ainda aos contedosministrados nas disciplinas de avaliao psicolgica dasuniversidades brasileiras. fato que ainda se prioriza asinformaes sobre a aplicao, a avaliao e a inter-pretao de instrumentos em detrimento da anlisecrtica ou de elementos pertinentes construo e aosparmetros psicomtricos.

    O resultado desse processo equivocado, comoos dados que encontramos neste estudo, a formaode profissionais com conhecimento bastante restrito,que dominam apenas a aplicao e a correo depoucos instrumentos. Alguns outros fatores podem seraventados, como falta de disponibilidade de instru-mentos adequados, falta de produo de conheci-mentos relativos avaliao psicolgica comporta-mental, dentre outros tantos fatores que atingem no

    somente o psiclogo comportamental como a cate-goria profissional como um todo. O psiclogo compor-

    tamental no exceo diante desse quadro, j que

    tambm vem comungando dessa formao ecompartilhando das dificuldades presentes na rea.

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    Recebido em: 27/9/2005Verso final reapresentada em: 17/5/2006Aprovado em: 5/6/2006

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