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Instrumentos para Instrumentos para Avaliação de Avaliação de Transtornos Transtornos Alimentares Alimentares Maria Isabel Perez Mattos Maria Isabel Perez Mattos Psicanalista – filiada a IPA Psicanalista – filiada a IPA Mestre em Psicologia - UFRGS Mestre em Psicologia - UFRGS

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Transtornos AlimentaresTranstornos AlimentaresMaria Isabel Perez MattosMaria Isabel Perez MattosPsicanalista – filiada a IPAPsicanalista – filiada a IPA

Mestre em Psicologia - UFRGSMestre em Psicologia - UFRGS

Objetivos dos Instrumentos

• Complementar a avaliação• Sistematizar as informações• Quantificar dados

Instrumentos podem avaliar

• Psicopatologia específica• Imagem corporal• Psicopatologia geral (BDI, HAM-

D/A, BIS)• Comorbidades (SCID-I/P, CIDI,

MINI-PLUS)• Qualidade de vida

Avaliação em Transtornos Alimentares

• Instrumentos de TA: 3 categorias• Entrevistas clínicas (estruturadas ou semi-

estruturadas): EDE, SCID-I/P. MINI – PLUS, CIDI• Entrevista psicanalítica embasada em

conhecimentos específicos sobre TA• Questionários auto-aplicáveis: EDE-Q, EAT,

BITE, BES, QEWP-R, BSQ, EDI, BULIT, BDS• De auto-monitoração: diários alimentares• Avaliação em equipe interdisciplinar

Eating Disorder Examination - EDE

• Entrevista clínica semi-estruturada (padrão ouro em TA)

• Gera diagnósticos de acordo com o DSM-IV

• Avalia a gravidade de psicopatologia de TA

• Apresenta bons índices de validade e confiabilidade

• Estudos populacionais / clínica

Eating Disorder Examination - EDE

• 4 sub-escalas: restrição alimentar, preocupação alimentar, preocupação com a forma corporal, preocupação com o peso.

• Limitações: aplicação demorada e entrevistadores treinados

• Traduzida e com validação brasileira em andamento

Structured Clinical Interview for DSM – IV –

SCID-I/P• Entrevista clínica estruturada, baseada

no DSM-IV, aplicada por profissionais treinados

• Investiga vários diagnósticos psiquiátricos

• Pode ser aplicada em módulos de maior interesse (TA – inclui: critérios propostos para TCAP)

• Traduzida para o português

Mini International Neuropsychiatric

Interview – M.I.N.I. - PLUS• Entrevista diagnóstica estruturada• Explora os principais transtornos

psiquiátricos do EIXO I do DSM IV e da CID 10

• Possui dois módulos de TA:• Anorexia nervosa• Bulimia nervosa

MINI PLUS

• Pode ser utulizda por clínico após breve treinamento

• Traduzido e validado no Brasil:• Aplicação cerca de 30 min.

Instrumentos auto aplicáveis

• Vantagens:• Fáceis de administrar• Eficientes e econômicos para a avaliação de

grande número de pessoas• Lida com dificuldades de responder face a face• Desvantagens:• Compreensão de conceitos difíceis: Ex.

compulsão• Negação de sintomas: ex. anorexia

Eating Disorder Examination (versão questionário) EDE - Q

• Versão auto aplicável do EDE• 41 itens e as mesmas 4 subescalas• As subescalas dos dois instrumentos estão

altamente correlacionadas e com validade e confiabilidade bem documentadas

• Útil no rastreamento de TA• Tradução para o português em andamento

Eating Attitudes Test - EAT

• Duas versões de 40 e 26 itens• Desenvolvido como medida objetiva dos

sintomas de anorexia• Utilizada no rastreamento de indivíduos

suscetíveis ao desenvolvimento de AN e BN• Revela padrões alimentares anormais

(escores > 20/21)• EAT – 26: traduzida para o português (Teste

de atitudes alimentares)

Bulimic Investigatory Test Edinburg - BITE

• Avalia gravidade de BN• Utilizado em rastreamentos• Possui duas partes (uma opcional, 12

itens, que introduz o tema; e o BITE propriamente dito)

• BITE: composto por 33 itens, dividido em duas escalas:

• Gravidade• Sintomas

Bulimic Investigatory Test Edinburg - BITE

• Pontuação:• 30 = máximo escore• > 20 = escore elevado. Presença de

comportamento alimentar compulsivo; grande chance de BN

• 10 a 19 = escore médio. Padrão alimentar não usual; sem presença de todos os critérios de BN. Requer uma entrevista.

• Traduzido para o português• Validação em andamento

Binge Eating Scale - BES

• Avalia a gravidade de CAP em indivíduos obesos, com relação à:

• Manifestações comportamentais• Sentimentos• Cognições• Composta por 16 itens (escala Likert)• Pontuação:• >27 = CAP grave• 18 a 26 = CAP moderado• < 17 = ausência de CAP

Binge Eating Scale - BES

• Utilizada no rastreamento de TCAP• Requer entrevista clínica para a

confirmação do diagnóstico• Traduzida (escala de compulsão

alimentar periódica – ECAP)• Validação realizada

Questionnaire on Eating and Weight Patterns –

QEWP-R• Visa fornecer diagnóstico de TCAP de acordo

com o DSM IV (resultado categorial)• Composto por 28 questões sobre:• Episódios de CAP• Indicadores de perda de controle no comer• Métodos compensatórios para controle de peso• História de peso ou dieta• Grau de preocupação com o peso e o corpo• Dados demográficos• Pode ser aplicado como entrevista (Leitura)

Questionnaire on Eating and Weight Patterns –

QEWP-R• Indicado no rastreamento populacional

de TCAP e CAP para distinguir BN purgativa e não purgativa

• Em amostras clínicas requer confirmação diagnóstica

• Traduzido e validado no Brasil (Questionário sobre padrões de alimentação e peso – revisado)

Body shape questionnaire- BSQ

• Visa mensurar, nas últimas 4 semanas, a preocupação com a forma corporal e peso

• Fornece avaliação contínua e descritiva dos distúrbios de imagem corporal

• Pode ser usado em amostras populacionais e clínicas

• AN e BN: avalia o papel do distúrbio no desenvolvimento, manutenção e resposta do tratamento

Body shape questionnaire- BSQ

• Bons índices de validade, confiabilidade e consistência interna

• Composto por 34 itens, com 6 alternativas de frequência (escala Likert)

• Pontuação:• < 110= nenhuma• >110 e < 138= leve• >138 e < 167 = moderada• > 167= grave

Diário alimentar• Instrumento de automonitoramento• Auxílio diagnóstico: padrão alimentar e

verificação da presença de episódios de compulsão alimentar e métodos compensatórios

• Monitoração• Muito utilizado na TCC, objetivando

mudanças no comportamento alimentar• Útil em pesquisas e avaliações clínicas

Diário alimentar

• Evita possível viés de memória, mas a interpretação deve ser cuidadosa:

• O diário pode ter efeito terapêutico (alterando a freqüência e natureza dos episódios)

• Incerteza quanto a fidedignidade das anotações

• Falta de aceitação dos pacientes (por vergonha, falta de tempo, conhecimento anterior)