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INTEGRAÇÃO REGIONAL 1

INTEGRAÇÃO REGIONAL 1. A integração é um processo, normalmente estimulado por interesses econômicos, que leva nações, países a buscar arranjos que permitam

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A integração é um processo, normalmente estimulado por interesses econômicos, que leva nações, países a buscar arranjos que permitam ou assegurem ação conjunta de resultados benéficos.

A integração surge inicialmente como integração econômica, processo-motor das outras formas de interação (social e política), correspondendo à formação de blocos de Estados, que, atendendo a determinados padrões (estabilidade política e econômica, especialmente), se vinculam através de tratados e se comprometem, de maneira progressiva, a liberar seus mercados.

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HISTÓRICO

Bretton Woods: 1944

FMI - Fundo Monetário Internacional

BIRD – Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento

OIC – Organização Internacional do Comércio

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ETAPAS DE UM PROCESSO DE INTEGRAÇÃO REGIONAL

1. ZONA DE PREFERÊNCIA TARIFÁRIA:

Este primeiro processo de integração econômica consiste apenas em garantir níveis tarifários preferenciais para o conjunto de países que pertencem a esse tipo de mercado.

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2. ZONA DE LIVRE COMÉRCIO:

Esse é o segundo estágio no caminho da integração econômica.

Transito de mercadorias sem cobrança de imposto de importação.

Controles burocráticos alfandegários normais.

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3. UNIÃO ADUANEIRA:

Os Estados-Membros, além de abrir mercados internos, regulamentam o seu comércio de bens com nações externas.

A União Aduaneira caracteriza-se por adotar uma Tarifa Externa Comum (TEC), a qual permite estabelecer uma mesma tarifa aplicada a mercadorias provenientes de países que não integram o bloco.

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4. MERCADO COMUM

Apresenta a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais, ao contrário da fase como União Aduaneira, quando o intercâmbio restringia-se à circulação de bens.

Pressupõem-se a coordenação de políticas macro-econômica, devendo todos os países-membros seguir os mesmos parâmetros para fixar taxas de juros e de câmbio e para definir políticas fiscais.

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5. UNIÃO ECONÔMICA E MONETÁRIA

Constitui o estágio mais avançado do processo de formação de blocos econômicos, contando com uma moeda única e um fórum político.

Neste estágio existe uma moeda única e uma política monetária inteiramente unificada e conduzida por um Banco Central comunitário.

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6. INTEGRAÇÃO TOTAL OU CONFEDERAÇÃO

É o estágio mais avançado de modelo de integração econômica, consistindo na união econômica, política, na unificação dos direitos civil, comercial, administrativo, fiscal, etc.

Este estágio ainda não foi alcançado por grupo algum de países no mundo.

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BLOCOS ECONÔMICOS

ALGUNS DADOS IMPORTANTES

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1. MERCOSUL:

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É um processo de integração econômica entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, iniciado com a assinatura do Tratado de Assunção, que tem como objetivo a conformação de um mercado comum com: livre circulação de bens, serviços, trabalhadores e capital, pela redução das barreiras tarifárias e não-tarifárias; política comercial uniforme com a adoção de uma tarifa externa comum; coordenação das políticas macroeconômicas e harmonização das políticas tributária, fiscal, cambial, monetária, de investimentos, de comércio exterior, de serviços, alfandegária, de transportes, de comunicações, agrícola, industrial, trabalhista, entre outras.

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O MERCOSUL congrega uma população de mais de 200 milhões de habitantes, dos quais 80% se encontra no Brasil, e um PIB de 1 trilhão de dólares. Para o Brasil, pode não parecer um grande mercado ampliado; mas permite uma importante experiência para nossas empresas, em especial as pequenas e médias, no contato com o mercado externo e expansão das relações comerciais com outros mercados.O Mercosul abrange cerca de 70% do território, 64% da população e 60% do PIB da América do Sul. (dados de 2005 sem contar com a Venezuela). O Brasil detém em torno de 75% do PIB do Mercosul, a Argentina um pouco menos de 23%, o Uruguai 1,3% e Paraguai 0,7%

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O MERCOSUL é atualmente a quarta área geoeconômica do mundo e um dos mercados emergentes com maior renda per capita. E, claramente venceu o estágio de livre comércio.

A corrente de comércio entre o Brasil e seus sócios do MERCOSUL chegou a quintuplicar, em apenas sete anos, passando de US$ 3,6 bilhões em 1990, para US$ 18,7 bilhões em 1997, correspondendo a um incremento excepcional de 516% no período. Neste mesmo período, o intercâmbio com o resto do mundo também cresceu, mas a taxas menores.

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A partir de 1998, com o ajuste cambial interno, o intercâmbio do Brasil com o MERCOSUL decresceu, acompanhando o declínio generalizado da balança comercial brasileira, tendo atingido somente US$ 13,5 bilhões em 1999.

A partir de 2000/2001, face à crise econômica da Argentina, nosso principal parceiro comercial, houve decréscimo nas trocas, mas em 2005 já houve recuperação aos níveis anteriores, alcançando em 2006 um crescimento maior, com o intercâmbio atingindo US$ 22,9 bilhões.

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A participação relativa do MERCOSUL na balança comercial brasileira aumentou significativamente. O destino das nossas exportações para o MERCOSUL, que em 1990 eram de 4,2%, passaram para 17,36% em 1998, situando-se atualmente na ordem de 10% do total.

As nossas importações do MERCOSUL cresceram menos que proporcionalmente, passando de 11,23% em 1990, para 16,34% em 1998, e em 2008 representam 10% do total das importações brasileiras.

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2. UNIÃO EUROPÉIA:

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Foi formalizada pelo Tratado da União Européia – 1993. Seu núcleo original era formado por seis Estados (1958), cresceu até aos atuais chegando a 27 Estados membros.

Se caracteriza como uma União monetária e econômica, tendo o EURO como moeda comum e apresenta de forma homogênea a Integração política, Política Exterior e de Segurança.

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Estados membros: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Dinamarca, Irlanda, Reino Unido Grécia, Portugal, Espanha, Áustria, Finlândia, Suécia, República Checa, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta, Polónia, Bulgária e Roménia.Para aderir à União Europeia, um estado precisa de satisfazer as critérios económicos e políticos, conhecidos como Critérios de Copenhaga. De Acordo com o Tratado da União Europeia, cada estado membro e o Parlamento Europeu têm de estar em acordo com qualquer alargamento. População: 494.070.000 hab e PIB Total: $14.953.000.000

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3. ALADI - ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO:

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É o maior grupo latino-americano, cuja meta é a integração, formado por doze países-membro: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Criada através do Tratado de Montevidéu, em 1980 promove a criação de uma área de preferências econômicas na região, objetivando um mercado comum latino-americano. 

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A ALADI divide os 12 países latinos em 3 categorias, de acordo com o seu desenvolvimento econômico relativo, para efeito de recebimento das preferências tarifárias, que são outorgadas na proporção inversa da respectiva categoria: De menor desenvolvimento relativo (PMDR’s): Bolívia, Equador e Paraguai; De desenvolvimento médio: Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela e Cuba; E os demais: Argentina, Brasil e México.

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4. NAFTA:

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Zona de livre comércio que entrou em vigor em 1994. Membros: Canadá, México e Estados Unidos da América

Nessa integração as duas grandes potências realizaram uma abertura nas relações econômicas com o México, país que se enquadra no grupo de nações emergentes, mas que está muito atrás dos Estados Unidos e do Canadá, porém possui um imenso mercado consumidor, que usa continuamente os produtos americanos e canadenses.

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Muitas empresas instalaram-se no México, quase na fronteira com os Estados Unidos, os bens ali produzidos, em sua maior parte, são destinados aos Estados Unidos, mas torna-se mais vantajoso produzir no México em face do valor mais baixo da mão de obra ao compararmos com o custo da mão de obra americana. O NAFTA tem tudo para ser um grande bloco econômico se bem instalado, pois EUA, Canadá e México juntos correspondem a um mercado de cerca de 420 milhões de habitantes e um PIB de aproximadamente 11 trilhões de dólares.

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5. APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico):

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É um bloco que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania. Foi criada em 1989, se tornando um bloco econômico apenas em 1993, quando os países se comprometeram a transformar o Pacífico numa área de livre comércio.

A APEC tem hoje 21 membros, que são: Austrália; Brunei; Canadá; Chile; China; Hong Kong; Indonésia; Japão; Coréia do Sul; Malásia; México; Nova Zelândia; Papua-Nova Guiné; Peru; Filipinas; Rússia; Cingapura; Taiwan; Tailândia; Estados Unidos da América; Vietnã

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Além dos projetos relacionados à redução de tarifas de importação e exportação, os líderes propõem projetos também relacionados à sociedade, mas que, indiretamente, afetam a economia. Já foram propostos projetos contra a corrupção; terrorismo; AIDS e outras doenças; projetos relacionados à energia e à questão do petróleo; e projetos de integração da mulher na APEC.A Apec não forma ainda uma área de livre-comércio, pois os países-membros impõem muitas barreiras à livre circulação. Esse é um objetivo do longo prazo, e se prevê a instalação plena até 2020. Seu PIB é de US$ 16,5 trilhões.