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1 INTELECTUAIS À PERNAMBUCANA: Literatura, Direito e História nos periódicos locais (1865-1914) Rômulo José F. de Oliveira Júnior 1 O historiador Nicolau Sevcenko em seu livro Literatura como missão, advoga que: [...] os intelectuais brasileiros voltaram-se para o fluxo cultural europeu como a verdadeira, única e definitiva tábua de salvação, capaz de selar de uma vez a sorte de um passado obscuro e vazio de possibilidades, e de abrir um mundo novo, liberal, democrático, progressista, abundante e de perspectivsa ilimitadas como ele se prometia. 2 Ao pensar na explicação de Sevcenko sobre o comportamento de intelectuais cariocas no início do século XX tomo como reflexão os intelectuais recifenses da transição dos séculos XIX para o XX e questiono: Este era o procedimento adotado por eles ao pensar ideias influenciadas por outros lugares? Qual o nível de formação de muitos sujeitos que estavam no círculo dos intelectuais do Recife? O que produziam e por onde circulavam suas produções? Não intenciono aqui responder todas essas questões, mas gostaria de esquadrinhar ideias e realizar o exercício de pensar como era ser intelectual pernambucano, quais os principais escritores da virada dos séculos na cidade, quais textos produziam e os veículos de disseminação dos textos elaborados. 1 Mestre em História pela UFRPE. Doutorando em História pela UFPE. Membro do GEHISC-UFRPE. Professor de História da Faculdade Líder. Bolsista FACEPE. Parte deste artigo foi publicada no Encontro Estadual de História/ANPUH-PE 2011. Como se trata de fruto da tese de doutoramento que venho desenvolvendo no PPGH-UFPE muitas informações foram inseridas como complemento das análises. e-mail: [email protected] 2 SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na primeira república. São Paulo: Cia da Letras. 2003. pp.96-97.

INTELECTUAIS À PERNAMBUCANA - ANPUH-Rio · Literatura, Direito e História nos periódicos locais (1865-1914) Rômulo José F. de Oliveira Júnior 1 O historiador Nicolau Sevcenko

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INTELECTUAIS À PERNAMBUCANA:

Literatura, Direito e História nos periódicos locais (1865-1914)

Rômulo José F. de Oliveira Júnior1

O historiador Nicolau Sevcenko em seu livro Literatura como missão, advoga

que:

[...] os intelectuais brasileiros voltaram-se para o fluxo cultural europeu como a verdadeira, única e definitiva tábua de salvação, capaz de selar de uma vez a sorte de um passado obscuro e vazio de possibilidades, e de abrir um mundo novo, liberal, democrático, progressista, abundante e de perspectivsa ilimitadas como ele se prometia.2

Ao pensar na explicação de Sevcenko sobre o comportamento de intelectuais

cariocas no início do século XX tomo como reflexão os intelectuais recifenses da

transição dos séculos XIX para o XX e questiono: Este era o procedimento adotado por

eles ao pensar ideias influenciadas por outros lugares? Qual o nível de formação de

muitos sujeitos que estavam no círculo dos intelectuais do Recife? O que produziam e

por onde circulavam suas produções? Não intenciono aqui responder todas essas

questões, mas gostaria de esquadrinhar ideias e realizar o exercício de pensar como era

ser intelectual pernambucano, quais os principais escritores da virada dos séculos na

cidade, quais textos produziam e os veículos de disseminação dos textos elaborados.

1 Mestre em História pela UFRPE. Doutorando em História pela UFPE. Membro do GEHISC-UFRPE. Professor de História da Faculdade Líder. Bolsista FACEPE. Parte deste artigo foi publicada no Encontro Estadual de História/ANPUH-PE 2011. Como se trata de fruto da tese de doutoramento que venho desenvolvendo no PPGH-UFPE muitas informações foram inseridas como complemento das análises. e-mail: [email protected] 2 SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na primeira república. São Paulo: Cia da Letras. 2003. pp.96-97.

2

Mencionar a existência de textos que apresentam uma determinada época, o

pensamento jurídico, literário, acadêmico, jornalístico exige que seja realizado o que

Roger Chartier defende enquanto lugares de fala, interesses dos grupos que criam

produtos a serem distribuídos por meio impresso.

A produção dos gêneros literários neste período, em especial: histórias, poemas,

sonetos e biografias foram escritas por poetas integrantes da Academia Pernambucana

de Letras (APL), do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico pernambucano

(IAHGP), bem como da faculdade de Direito do Recife (FDR) e foi algo intenso de

circulação. A criação e existência de muitos periódicos se deu por causa da atuação

desses centros de saber, APL, IAGHP e FDR.

Antonio L. Machado Neto defende que há uma tipologia dos intelectuais na

virada dos séculos XIX para o XX . Para Machado Neto este segmento social

distinguia-se em dois tipos: os bem comportados, pais de família, políticos e incansáveis

trabalhadores. Do outro lado havia os boêmios, pobres, ébrios, caspentos3. Não se trata

neste texto de analisar os boêmios, mas os que integravam os espaços públicos como

homens visíveis pela sociedade elitizada, os do primeiro tipo.

Entre os muitos intelectuais/escritores que circulavam seus textos e faziam uso

das sociabilidades intelectuais podemos apresentar: Barbosa Viana, Gregório Junior,

Faelante da Câmara, Manuel Aarão, Bianor Medeiros, Carlos Porto Carreiro,

Gervásio Fioravante, Artur Orlando, Regueira Costa, Carneiro Vilela, Pereira da

Costa, Eduardo de Carvalho, Samuel Martins, Alfredo de Carvalho, Almeida Cunha,

Martins Júnior, Artur Muniz, Henrique Capitulino, Paula Santos, Faria Neves

Sobrinho, Sebastião Galvão, França Pereira, Teotônio Freire, Celso Vieira4.

3 Cf. MACHADO NETO, Antonio Luis. Estrutura social da república das letras: sociologia da vida intelectual brasileira 1870-1930. São Paulo: Ed. USP. 1973. 4 Sobre a Biografia desses autores ver MORAES, Lamartine. Dicionário bibliográfico de poetas pernambucanos. Recife: Fundarpe, 1993.

3

Todos esses homens formaram-se em faculdades médicas ou jurídicas,

integravam centros de saber como APL, IAGHP e FDR, bem como atuavam no ensino

de Institutos, na Faculdade de Direito do Recife, na APL, no IAGHP, na política e nos

estudos gerais. Eles foram agregando idéias e subjetividades nos seus versos, romances,

poemas, entre outros gêneros literários e circulando obras ou excertos delas nos jornais

literários, nos jornais humorísticos, elaborando livros de pequeno porte nas tipografias

do Recife, ou divulgado seus poemas nos jornais diários da cidade e antes lançavam

prévias dos seus versos, textos e relatos literários.

A literatura foi influenciada pela política e praticamente entre os anos de 1910 a

1914 a APL e IAHGP deixaram de atuar. Com a eclosão da Primeira Guerra mundial as

produções literárias reduziram e muitos escritores quase não se preocupava em fazer

versos ou romances, mas se enfatizava o trabalho político e jornalístico5. Os textos

circulavam em jornais, revistas, entre muitos outros periódicos que tinham vida curta, e

poucos duraram bastante tempo. As colunas literárias, históricas e jurídicas dos jornais

de grande circulação também eram pequenas em comparação às das notícias, com

informações concisas e dados como: título e autor do texto. Assim se apresentavam

durante os primeiros anos do século XX o espaços de divulgação da produção literária

na cidade do Recife.

Muitos periódicos circularam no Recife, contabiliza-se mais de cem, entretanto

gostaria de centrar análises em dois periódicos que tiveram grande destaque na cidade,

pois duraram anos circulando e tiveram textos de muitos sujeitos integrantes dos centros

de saber da época. São os periódicos: Almanach de Pernambuco e a Revista do IAHGP.

O Almanach de Pernambuco

5 Sobre a história da Academia Pernambucana de Letras ver PARAÍSO, Rostand. A história da Academia Pernambucana de Letras. In: A Academia Pernambucana de Letras: sua história. Recife: APL, 2006.

4

Publicado anualmente com cerca de 280 a 300 páginas, o Almanach de

Pernambuco possuía o tamanho de um livro em formato de bolso, medindo 16 x 11

centímetros e foi criado por Julio Pires Ferreira, doutor em ciências jurídicas e sociais,

que inicialmente o editava pela Typografia de Tondella, Coches e Sucessores de F. P.

Boulitreau, depois pela Oficina da Imprensa Industrial e também pela Oficina da

Imprensa Oficial. Julio Pires manteve a circulação deste almanaque entre os anos de

1899 a 1931, correspondendo ao número 33. Após essa data o periódico deixa de

circular devido ao falecimento do seu diretor.

Fig. 01. Capa do Almanach de Pernambuco para o ano de 1904. Typografia de Tondella, Coches e Sucessores de F.

P. Boulitreau . Acervo APEJE.

Segundo o diretor do almanaque, a constituição do trabalho foi difícil, pois

apresentar algo que circulasse anualmente necessitava de estudos e pesquisas para

5

oferecer aos leitores opções variadas de lazer e informação, que por três décadas

influenciou os hábitos de leitura dos recifenses.

Conforme o historiador Roger Chartier é preciso compreender a produção dos

livros e a relação com a leitura de seus consumidores para perceber as representações

sociais que se elaboram por um grupo e como se procediam essas práticas de produção

das representações sociais6. Assim, observamos que o público consumidor segundo a

análise realizada no próprio manual que publicava cartas de seus leitores demonstra ser

donos de estabelecimentos comerciais, senhoras de famílias nobres, estudantes das

faculdades de Direito, e de Medicina e engenharia da cidade, escritores que veiculavam

seus textos no almanaque.

Este periódico, que apresenta muitas semelhanças com a estrutura do Almanaque

Luso e com o Almanaque luso-brasileiro, podia ser adquirido em estabelecimentos

comerciais, como livrarias e tipografias ou poderia se realizar uma assinatura anual, na

qual o assinante recebia seu exemplar em casa. Também contava com colaboradores e

parte do que o mantinha ativo, era proveniente das taxas pagas pelos comerciantes para

divulgar seus estabelecimentos com anúncios que ocupavam meia página ou página

inteira, o que variava o valor a ser pago caso o anunciante desejasse ter a propaganda

em página colorida, preto e branco, página inteira, meia página e com ou sem exemplar

para o anunciante.

6 CHARTIER, Roger. História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: DIFEL, 2002. Ver do mesmo autor. Formas e Sentidos: cultura escrita: entre a distinção e a apropriação. Campinas: Mercado das Letras, 2003.

6

Fig. 02. Tabela de preços para publicação de anúncios no Almanach de Pernambuco para o ano de 1902. Acervo APEJE.

Pode-se considerar que o Almanach de Pernambuco estava dividido em duas

partes. A primeira em que se encontravam biografias de homens e mulheres de destaque

na sociedade brasileira e pernambucana, a segunda com calendários, feriados, festas

religiosas, eclipses, depois apontava os principais estabelecimentos comerciais, os

colaboradores, entre os quais estão jornalistas, populares e poetas da Academia

pernambucana de Letras e por último a parte literária composta de biografias, sonetos,

poemas, prosas, enigmas, artistas, vestuário, charadas e história dos prédios públicos,

por vezes ainda chegou a fazer a retrospectiva os fatos históricos ocorridos em

Pernambuco nos séculos passados. Entre as páginas comerciais, informativas e

literárias sempre estavam presentes anúncios dos estabelecimentos comerciais do

Estado.

Certamente esse periódico influenciou os hábitos de leitura da população

recifense e dos poetas que constituíam a Academia Pernambucana de Letras, criada em

1901, uma vez que era composto de gêneros literários variados, indicações de leituras

históricas e biografias de autores importantes como Castro Alves, Joaquim Nabuco,

7

Azeredo Coutinho, Cardoso Aires, entre outros que a sociedade tinha como exemplo de

cidadãos e escritores7.

A Revista do IAGHP

O meio de disseminação das informações coletadas por muitos anos pelos

integrantes do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernmabucano foi a

Revista do IAHGP. Tal revista era editada pela Tipografia Universal, que ficava na Rua

o Imperador, rua de grande visibilidade do footing da época e depois passou para a

Tipografia do Jornal do Recife e circula desde 1863. Em formato 22X14cm,

inicialmente com 32 páginas e posteriormente ampliou o número. Teve como seus

primeiros redatores: Aprígio Guimaraes, Braz Florentino Henriques de Sousa e Antonio

Torres Bandeira.

7 Sobre o Almanach de Pernambuco é importante ver NASCIMENTO, Luiz do. História da Imprensa de Pernambuco (1821-1954). Recife: Editora Universitária UFPE. Vol. VI. Periódicos do Recife (1876-1900). 1972. Páginas 443 a 446.

8

Fig 02: Capa da Revista do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano. Recife: Tip. do Jornal do

Recife. Vol. XII.1907.

A edição de lançamento divulgou apenas as atas das seções solenes de posse e

instalação do IAGHP e os discursos dos sócios: Joaquim Pires Machado Portela,

Monsenhor Francisco Muniz Tavares, Antonio Vicente do Nascimento Feitosa e José

Avelino Gurgel do Amaral.

Como defendia seu estatuto, a revista era publicada de :

tres e tres mezes , uma brochura, que tem pelo menos trinta e duas páginas de impressão, n-8º, com o título seguinte: Revista do instituto Arqueológico e

9

Geográfico de Pernambuco. Nessa revista se publicam, além das actas e trabalhos do Instituto, as memórias de seus membros, julgadas interessadas à história de Pernambuco ou á do Brazil, assim como as notícias ou extractos da nossa história, publicadas por outras sociedades ou pessoas literatas, nacionaes ou estrangeiras, precedendo a respeito delas, o relatório de uma comissão do seio do instituto, para este effeito nomeada.8

Percebe-se então que a revista estava destinada de forma estatutária a ser o

veículo de divulgação das produções. Deveria atender a uma padronização tipográfica e

conteudística. Havia ainda uma estrutura de controle do que se escrevia e do que se

publicaria na Revista, inclusive protocolos a serem seguidos para avaliar o que se

pretendia publicar e com custos específicos. Como se pode observar no seu estatuto:

Pertence á Comissão de redacção redigir a Revista do Instituto, dirigida pelo secretário perpétuo; dar o seu parecer sobre dúvidas que ocorre na intelligencia de alguns artigos dos Estatutos, e propor as emendas, reformas ou additamentos, que se julguem necessários, os quaes depois de discutidos em sessão especial, são aprovados ou rejeitados. Pertence-lhes egualmente escolher os escriptos que devem ser publicados, tanto na Revista do Instituto, como avulso, recebendo antes do 2º secretário as cópias das actas, as correspondências que a Mesa ordena que se publiquem, as observações e avisos que devem entrar no jornal, e finalmente as memórias, documentos e artigos que lhes são remetidos pelas respectivas Comissões, com o competente parecer sobre a conveniência de sua publicação. Também lhe pertence toda a ingerência acerca da redacção, impressão e distribuição da Revista do Instituto, apresentando para isso um plano a seguir, em que se calculem as despezas indispensáveis, para serem aprovadas.9

A revista de nº 02 saiu em janeiro de 1864 e circulou até o número 27

correspondente ao ano de 1870. A comissão de redação passou por uma alteração e seus

integrantes foram: Aprígio Guimarães, Pedro Autran da mata e Albuquerque, Soares

Brandão, Francisco Manuel Raposo de Almeida, José Bento da Cunha e F. Junior, Aires

de Albuquerque Gama, Joaquim José de Campos da Costa Medeiros Albuquerque,

8 Revista do IAGP nº01. Out .1865. PP-33-34. Recife: Tipografia Universal- Acervo IAHGPE

9 Revista do IAGP nº01. Out .1865. p.39. Recife: Tipografia Universal- Acervo IAHGPE

10

Salvador Henrique de Albuquerque. Neste momento os redatores novos haviam

estendido para 70 páginas o número da Revista.10

Suspensa por falta de trabalhos, por mudanças no IAGHP, a revista retomou

suas atividades treze anos após a primeira edição. A edição de nº 28 correspondeu ao

ano de 1883. O número de páginas havia aumentado significativamente passando para

202. É de fundamental importância destacar que tal número apresentava o texto

Diálogos das Grandezas do Brasil de 1618, tendo como autor Ambrósio Fernandes

Brandão. Nesta edição se publicou também estudos sobre a nobiliarquia pernambucana.

A edição de nº 29 saiu no ano seguinte e continha o mesmo número de páginas da

edição nº28. A partir deste ano a Revista do IAGHP passou a ser publicada de forma

irregular até o ano de 1889 e posteriormente também. Só retomando a periodicidade

anual a partir da segunda metade do século XX.

Os textos publicados são de variados temas. Mas o foco central era a lógica

patriótica, saudosista e intencionada a colocar Pernambuco como o “Leão do Norte”,

estado que por seus constantes conflitos desde a Insurreição Pernambucana de 1817,

passando pelas mobilizações revoltosas de 1824, 1848 e a luta pelo processo

abolicionista, bem como as lutas pela implantação da república acabou por se destacar

no processo de autonomia do Brasil.

Assim, percebemos que essa relação entre textos, revistas e escritores estava no

campo das divulgações, circulações, práticas sociais de leitura e produção de estratégias

para difundir as ideias de interesses institucionais e que levassem os pernambucanos

letrados a pensar questões como a exaltação à pátria, ao heroísmo de nossos

personagens, à construção da identidade de ser pernambucano e à certeza de que o

Brasil estava no caminho certo ao ter aderido ao republicanismo.

10 Cf. NASCIMENTO, Luiz. História da Imprensa em Pernambuco (1821-1954). Recife: Imprensa Universitária. 1967. Vl.05. p.186.

11

Se hoje os espaços em que os textos circulam mudaram seus focos, se os homens

que faziam a moda “Intelectual a Pernambucana” estão em outros espaços e produzem

em outros suportes técnicos é porque a nossa sociedade também mudou seus interesses,

porém seria de bom grado que essa perspectiva e esses novos interesses pela produção

literária fossem cada vez mais intensificados e divulgados para atender toda a população

e os novos interesses da cidadania e da sensibilização da sociedade.

REREFERÊNCIAS:

BROCA, Brito. A Vida Literária no Brasil 1900. 5ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005.

CHARTIER, Roger. A Aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: UNESP, 1998.

______. Cultura Escrita, Literatura e História. Porto Alegre: Artmed, 2001.

______. A beira da falésia: a História entre certezas e inquietudes. Porto Alegre: Ed. UFRGS. 2002.

______. História Cultural: entre práticas e representações. Lisboa: DIFEL, 2002.

______. Formas e Sentido: cultura escrita: entre a distinção e a apropriação. Campinas: Mercado das Letras, 2003.

DARNTON, Robert. Boemia Literária e Revolução. São Paulo: companhia das Letras, 1987.

______. O Beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

______. A questão dos livros: passado, presente e futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

MACHADO NETO, Antonio Luis. Estrutura social da república das letras: sociologia da vida intelectual brasileira 1870-1930. São Paulo: Ed. USP. 1973.

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MORAES, Lamartine. Dicionário bibliográfico de poetas pernambucanos. Recife: Fundarpe, 1993.

NASCIMENTO, Luiz do. História da Imprensa de Pernambuco (1821-1954). Recife: Editora Universitária UFPE. Vol. VI. Periódicos do Recife (1876-1900). 1972.

PARAÍSO, Rostand. A história da Academia Pernambucana de Letras. In: A Academia Pernambucana de Letras: sua história. Recife: APL, 2006

SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na primeira república. São Paulo: Cia da Letras. 2003.