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Direito processual civil
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I
FABAC
PROF.: Fbio Rogrio Frana Souza
INTERVENO DE TERCEIROS
Contedo: Conceito. Assistncia. Oposio. Nomeao Autoria. Denunciao da
Lide. Chamamento ao Processo.
1. CONCEITO: Ocorre a interveno de terceiros quando algum que no parte na relao processual nela ingressa, nas hipteses autorizadas por lei. Com isso, altera-se
a configurao mnima da relao processual (Autor-Juiz-Ru), que passa a ser
composta tambm por pessoas a ela a princpio estranhas.
2. ASSISTNCIA: O CPC disciplina o instituto da assistncia fora do captulo da interveno de terceiros. No entanto, j hoje pacfico na doutrina que o instituto em
comento , sim, uma modalidade de interveno de terceiros, e o prprio legislador
reconheceu o equvoco, na nova redao do art. 280 do CPC.
2.1. CONCEITO: Modalidade de interveno de terceiros atravs da qual, algum
estranho relao processual (o assistente) ingressa no processo a fim de auxiliar
qualquer das partes (o assistido), por ter interesse jurdico que a mesma saia vencedora
na demanda (art. 50).
2.2. FUNDAMENTO: O fundamento da assistncia a existncia de um interesse
jurdico do assistente na vitria da parte a que ir assistir. Outras espcies de
interesses, como o moral ou o econmico, no autorizam a assistncia.
2.2.1. CONCEITO DE INTERESSE JURDICO: Existe interesse jurdico
quando a relao de direito material em que o assistente figure num dos plos
possa vir a ser reflexamente atingida pela sentena a ser proferida na demanda
entre o assistido e a parte contrrio.
2.2.2. EXEMPLOS DE INTERESSE JURDICO:
a) DO SUB-LOCATRIO, EM AO DE DESPEJO;
b) DA SEGURADORA, EM AO DE INDENIZAO PROMOVIDA CONTRA O SEGURADO;
c) DO FUNCIONRIO PBLICO, NAS AES MOVIDAS CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA, POR DANOS
CAUSADOS PELO PRIMEIRO.
2.3. OPORTUNIDADE: A assistncia cabvel a qualquer tempo e grau de jurisdio,
e em todas as espcies de processo e procedimento (pargrafo nico do art. 50), salvo
expressa vedao legal (ex.: art. 10 da Lei n 9.099/95).
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2.4. ESTADO DO PROCESSO: Prescreve o pargrafo nico do art. 50 que o
assistente recebe o processo no estado em que se encontra, o que significa dizer que o
processo no retorna s fases j ultrapassadas quando do ingresso do assistente.
2.5. ESPCIES:
a) SIMPLES OU ADESIVA: Ocorre quando o assistente sujeito de relao
de direito material diversa daquela deduzida em juzo, porm subordinada
mesma (ex.: sublocatrio que ingressa em ao de despejo, como assistente do
locatrio).
b) QUALIFICADA OU LITISCONSORCIAL: aquela em que o assistente
tambm parte na relao de direito material deduzida em juzo, que existe
entre o assistido e a parte contrria (ex.: ao de cobrana movida contra
apenas um dos devedores solidrios, podendo os demais ingressar no processo
como assistentes litisconsorciais do demandado). Sendo parte na prpria
relao de direito material de deduzida em juzo, o terceiro poderia ser
litisconsorte, mas no o foi (litisconsrcio facultativo). Poder, assim, ingressar
no feito na condio de assistente, caso em que ser tratado como litisconsorte
(art. 54), recebendo, por exemplo, o benefcio do art. 191, caso seu advogado
no seja o mesmo do assistido.
c) ANMALA: a modalidade de assistncia permitida ainda que no exista
interesse jurdico do assistente na vitria do assistido (Lei n 9.469/97, art. 5o,
caput e pargrafo nico).
2.6. PODERES DO ASSISTENTE: Tanto o assistente simples como o qualificado
sujeitam-se aos mesmos nus e tm os mesmos poderes do assistido (art. 52). No
entanto, sendo o assistente qualificado tratado como se litisconsorte fosse, pode agir
com total autonomia em relao ao assistido, inclusive podendo discordar dos atos
dispositivos praticados pelo assistido. J ao assistente simples se aplica o art. 53 do
CPC, sendo sua atividade processual subordinada do assistido e no podendo praticar
atos contrrios vontade deste. Outrossim, se o assistido do assistente simples for
revel, este ser considerado gestor de negcios do primeiro (art. 52, pargrafo nico), e
a sua contestao elidir os efeitos da revelia.
2.7. PROCEDIMENTO: Requerida pelo terceiro o seu ingresso como assistente, sero
ouvidas as partes, em cinco dias. Se no houver impugnao, o juiz deferir o
requerimento (salvo se no configurar nenhuma da hipteses que autorizam a
interveno). Havendo impugnao, a petio da assistncia a impugnao a ela
opostas sero desentranhadas e autuadas em apenso, seguindo-se a produo de provas
que for necessria e a deciso do incidente, em cinco dias, mas sem suspenso do
processo principal (art. 51).
2.8. EFICCIA DA SENTENA: Ingressando o assistente no processo, sujeita-se ele
inteiramente coisa julgada. Outrossim, tambm est submetido eficcia preclusiva
da coisa julgada, pois no poder discutir em outro processo os fundamentos da
sentena (art. 55), salvo se alegar e provar alguma das situaes excepcionais previstas
nos incisos I e II do art. 55, configuradoras da m gesto processual por parte do
assistido.
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3. OPOSIO: Modalidade de interveno de terceiros, que permite a algum estranho relao processual (o opoente), nela ingressar, formulando pretenso que tem por
objeto o prprio direito ou coisa litigiosa, pretenso essa excludente dos interesses do
autor e do ru (opostos) (art. 56).
3.1. NATUREZA JURDICA: Embora tratada pelo CPC como interveno de
terceiros, entende-se ter a interveno a natureza de ao, na medida em que o opoente
(o autor dessa demanda) formula uma pretenso em juzo em face de outrem (no caso,
do autor e do ru, chamados opostos, que atuam em litisconsrcio necessrio-simples,
como se v do art. 58).
3.2. ESPCIES: A oposio pode ser total ou parcial, conforme o opoente objetive
toda a coisa ou direito litigioso, ou apenas parte deles.
3.3. OPORTUNIDADE: A oposio pode ser ofertada at ser proferida a sentena (art.
56). Aps, nada impede que o terceiro que se diga titular do direito ou da coisa
litigiosa, busque fazer valer os seus direitos em ao prpria.
3.4. PROCEDIMENTO: Tendo a oposio a natureza jurdica de ao, dever ser
apresentada por uma petio inicial que preencha os requisitos dos arts. 282 e 283 do
CPC. A demanda do opoente ser, ento, distribuda por dependncia ao processo em
que figuram os opostos como partes, os quais sero citados nas pessoas de seus
respectivos advogados para ofertar contestao no prazo comum de quinze dias (art.
57). Se tiver sido oferecida a oposio antes do incio da instruo, ser ela autuada
em apenso e decidida, numa nica sentena, com a demanda principal (art. 59),
conhecendo primeiramente da oposio (art. 61), por se tratar de questo prejudicial.
Mas, se o oferecimento da oposio ocorrer aps j ter se iniciado a instruo, seguir
ela o rito ordinrio do processo de conhecimento e ser decidida de forma dissociada
da causa principal, salvo se o juiz, facultativamente, optar por suspender o processo
principal por at 90 dias, para julga-lo conjuntamente com a oposio (art. 60).
4. NOMEAO AUTORIA: Instituto processual que visa corrigir o plo passivo da relao processual atravs do ingresso do verdadeiro legitimado, com a excluso do
ru originrio.
4.1. NATUREZA JURDICA: Como se v no conceito acima exposto, a nomeao
autoria no verdadeira modalidade de interveno de terceiros, mas sim um
mecanismo de inserir no processo o verdadeiro legitimado passivo, a fim de se evitar
que o processo venha a ser extinto sem julgamento do mrito.
4.2. HIPTESES DE CABIMENTO:
a) DEMANDA CONTRA O DETENTOR: Permite o art. 62 que o mero detentor (CC/02, art. 1.198), quando for demandado como se possuidor
fosse, nomeie autoria o verdadeiro proprietrio ou possuidor.
b) DEMANDA INDENIZATRIA CONTRA O PREPOSTO: A outra hiptese de nomeao autoria est descrita no art. 62. Trata-se de ao de
indenizao por danos causado a alguma coisa, proposta pelo dono da coisa
danificada contra algum que causou o dano a mando de outrem. Poder o
ru, ento, nomear autoria o preponente, ou seja, aquele que lhe
determinou a prtica do ato danoso.
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4.3. PRAZO: A nomeao autoria deve ser feita pelo ru no prazo para defesa (art.
64).
4.4. PROCEDIMENTO: Apresentada a nomeao autoria, em petio distinta da
pea de defesa, se no for o caso de indeferimento in limine, o juiz determinar a
suspenso do processo e mandar que o autor se manifeste, em cinco dias (art. 64). Se
o autor no aceitar a nomeao, a nomeao ser ineficaz (art. 65, in fine), de sorte que
o processo retoma seu curso normal e, ao final, constatada a efetiva ilegitimidade
passiva do ru, ser o processo extinto, sem julgamento do mrito. Se o autor aceitar a
nomeao, dever promover a citao do nomeado (art. 65), ao qual tambm so
abertas duas possibilidades: pode recusar a nomeao, caso em que o processo
prosseguir contra o nomeante; ou pode aceitar a nomeao, prosseguindo contra ele o
processo (art. 66), sendo excludo da relao processual o nomeante.
4.5. ACEITAO DA NOMEAO: A aceitao da nomeao autoria, tanto por
parte do autor quanto por parte do nomeado, pode ser expressa ou tcita. Esta a que
se presume do silncio de um e de outro aps instados a se manifestarem sobre a
nomeao proposta (art. 68).
4.6. RECUSA DA NOMEAO: Sendo recusada a nomeao, pelo autor ou pelo
demandado, o processo seguir exclusivamente contra o nomeante. No entanto, a este
devolvido integralmente o prazo para contestar (art. 67).
4.7. RESPONSABILIDADE CIVIL DO RU: Nas hipteses dos arts. 62 e 63, existe
uma obrigao do detentor e do preposto, respectivamente, de nomearem autoria os
verdadeiros legitimados passivos. Se no o fizerem, ou se nomearem pessoa diversa,
respondero por perdas e danos (art. 69).
5. DENUNCIAO DA LIDE: Modalidade de interveno de terceiros provocada por uma das partes, chamando lide um terceiro contra quem alega ter direito de regresso,
em caso de ser derrotado na demanda, a fim de que esse direito de regresso seja
apreciado no mesmo processo em que se discute a causa principal. Trata-se, destarte,
de duas demandas em nico processo, a serem decididas numa s sentena, sendo que
a demanda principal prejudicial em relao demanda subsidiria (instrumentalizada
na denunciao), pois essa s ser julgada se o denunciante for vencido na primeira.
5.1. DIREITO DE REGRESSO: Direito de buscar em mos de outrem aquilo que
desfalcou seu patrimnio, em virtude de pagamento ou indenizao.
5.2. LEGITIMIDADE: Tanto o autor quanto o ru podem denunciar da lide.
5.3. HIPTESES DE CABIMENTO: Esto elencadas no art. 70, sendo elas:
a) EVICO: a perda da coisa pelo adquirente (evicto), em virtude de sentena que reconhece o direito de terceiro (evencente) coisa. Tem o
evicto o direito de regresso contra o alienante, a fim de ser restitudo do
preo pago e indenizado por perdas e danos (CC/02, art. 450). Para fazer
valer esse direito no mesmo processo instaurado pela demanda
reivindicatria contra si proposta pelo evencente, o adquirente da coisa
poder denunciar da lide ao alienante, para que, sendo julgado procedente o
pedido reivindicatrio, possa ser reembolsado naquele mesmo processo.
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b) POSSE DIRETA: Desdobrando-se a posse em direta e indireta, nos termos do art. 1.197 do CC/02 (como nos casos de usufruto, locao, comodato,
penhor, etc.), tem o possuidor indireto a obrigao ex lege de assegurar o
exerccio pacfico da posse pelo possuidor direto. Se esse exerccio pacfico
da posse for turbado por demanda que tenha por objeto a coisa possuda, e
que tenha o possuidor direto como ru, poder este denunciar da lide ao
possuidor indireto, a fim de que, caso venha a perder a posse da coisa na
referida demanda, possa fazer valer o seu direito de regresso.
c) GARANTIA LEGAL OU CONTRATUAL: Permite, por fim, o art. 70, que a parte denuncie da lide quele que, por lei ou por contrato, tem a obrigao
legal de garantir o resultado da demanda, indenizando o garantido em caso
de derrota. Frise-se que a garantia que enseja a denunciao apenas a
garantia prpria, ou seja, aquela que exsurge diretamente do contrato. A
garantia imprpria, que demanda perquirio sobre a efetiva
responsabilidade do garante, no autoriza a denunciao da lide.
5.4. OBRIGATORIEDADE: Conquanto a cabea do art. 70 diga ser obrigatria a
denunciao da lide, no bem assim, em verdade. A denunciao da lide apenas um
nus processual que, se no exercido, acarreta to-somente conseqncias processuais,
no atingindo o direito de regresso, que pode ser buscado posteriormente em ao
autnoma. Destarte, apenas quando a lei material impuser a denunciao da lide, sob
pena de perda do direito de regresso, que ela verdadeiramente obrigatria. E essa
obrigatoriedade somente se faz presente na hiptese do inciso I do art. 70. Ou seja o
adquirente da coisa, quando demandando em ao reivindicatria, ter que denunciar
da lide ao seu alienante, sob pena de, sendo vencido, no poder exercer o seu direito de
regresso (CC/02, art. 456).
5.5. PRAZO: Se o autor pretender fazer a denunciao da lide, dever faz-lo, sob
pena de precluso, j na petio inicial. O ru, por seu turno, poder fazer a
litisdenunciao no prazo de resposta (art. 71), no prprio corpo da contestao ou em
petio prpria, mas sempre at o momento da oferta da contestao, sob pena de
precluso consumativa.
5.6. PROCEDIMENTO: Se no for o caso de rejeio in limine da denunciao, o juiz
determinar a suspenso do processo e a citao do litisdenunciado, que dever ser
promovida pelo denunciante nos prazos indicados no 1o do art. 72, sob pena de
ineficcia da denunciao (2o do art. 72).
5.7. DENUNCIAO FEITA PELO AUTOR: Citado o denunciado, ser ele,
primeiramente, ru na ao regressiva instrumentalizada pela litisdenunciao,
cabendo-lhe, pois, oferecer defesa, sob pena de revelia. Outrossim, como tem interesse
jurdico na vitria do litisdenunciante, pois com isso no haver a obrigao de
reembols-lo, poder assumir a posio de assistente simples do mesmo, com poderes
inclusive para aditar a petio inicial, o que levou o CPC ao equvoco de qualific-lo
como litisconsorte do denunciante (art. 74).
5.8. DENUNCIAO FEITA PELO RU: Citado o denunciado, ser ele,
primeiramente, ru na ao regressiva instrumentalizada pela litisdenunciao,
cabendo-lhe, pois, oferecer defesa, sob pena de revelia. Outrossim, como tem interesse
jurdico na vitria do litisdenunciante, pois com isso no haver a obrigao de
reembols-lo, poder assumir a posio de assistente simples do mesmo, no sendo
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litisconsorte do denunciante, como equivocadamente afirma o CPC (art. 75), porque
no integra a relao jurdica de direito material deduzida em juzo.
5.9. DENUNCIAES SUCESSIVAS: Permite o art. 73 que o denunciado tambm
denuncie da lide quele contra quem tiver direito de regresso, e assim sucessivamente,
ad infinitum. No se admite, porm, a denunciao per saltum, ou seja, no pode a
parte denunciar o garante de seu garante.
5.10. JULGAMENTO: Sendo vencido na demanda principal o litisdenunciante, na
mesma sentena, o julgador passar a apreciar a denunciao da lide. Sendo
procedente o pedido formulado na denunciao, ser o denunciado condenado a pagar
ao denunciante, na medida de seu direito de regresso, valendo essa sentena como
ttulo executivo judicial contra o denunciado (art. 75). No possvel a condenao
direta do denunciado, em favor do adversrio do denunciante, eis que aquele no
parte na causa principal, nem figura na relao jurdica de direito material nela
deduzida.
6. CHAMAMENTO AO PROCESSO: Modalidade de interveno de terceiros provocada unicamente pelo ru, atravs do qual este chama, para integrar o plo
passivo da relao processual, um ou mais co-obrigado, a fim de que respondam todos
perante o autor. Em conseqncia, o chamamento ao processo provoca a ampliao
subjetiva da relao processual, formando-se litisconsrcio passivo ulterior entre
chamante e chamado.
6.1. NATUREZA JURDICA: No se trata, em verdade, de interveno de terceiros,
mas de um litisconsrcio passivo facultativo, provocado pelo ru.
6.2. HIPTESES DE CABIMENTO: Esto discriminadas no art. 77:
a) FIANA: Sendo o fiador demandado pela dvida do afianado, poder chamar ao processo este ltimo, sendo, inclusive, essa a condio para que,
num futuro processo de execuo, possa argir o benefcio de ordem
previsto no art. 595.
b) SOLIDARIEDADE: Os incisos II e III do art. 77 tratam de uma mesma hiptese: a existncia de solidariedade entre devedores, sejam eles
principais ou acessrios (fiadores). Demandado apenas um devedor
solidrio, ser-lhe- lcito chamar ao processo os demais co-devedores.
Assim, apenas pela vontade do devedor, o credor se v litigando com
pessoas contra as quais no props a demanda, retirando-se, com o
instituto, o efeito prtico da solidariedade passiva, previsto no art. 275.
6.3. PRAZO: O chamamento ao processo dever ser feito pelo ru dentro no prazo
para resposta, em petio autnoma ou no prprio corpo da contestao, no podendo,
porm, ser apresentada aps a oferta da contestao.
6.4. PROCEDIMENTO: Se no for o caso de indeferimento in limine do chamamento
ao processo, o juiz ordenar a suspenso do processo, seguindo, da, as regras
procedimentais que regem a denunciao da lide (art. 79).
6.5. JULGAMENTO: Como no chamamento ao processo se forma um litisconsrcio
passivo, a sentena que julgar procedente o pedido ter abranger tanto o chamante
como o chamado. E essa mesma sentena, que serve de ttulo executivo ao credor,
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servir de ttulo executivo tambm ao co-devedor que pagar a integralidade da dvida,
caso em que poder se voltar contra os demais, para exigir o ressarcimento da cota de
cada um (art. 80).
6.6. CHAMAMENTO AO PROCESSO NO CDC: Prescreve o art. 101 do CDC que,
nas aes indenizatrias contra o fornecedor de produtos ou servios, poder o ru
chamar ao processo o seu segurador, se tiver firmado com ele contrato de seguro de
responsabilidade civil. Nessa hiptese, em sendo julgado procedente o pedido do
consumidor, ru e segurador sero condenados diretamente a indenizar-lhe dos danos
causados. Trata-se de inovao da lei consumerista, que, numa s figura, fundiu
caractersticas da denunciao da lide e do chamamento ao primeiro. Da
litisdenunciao, porque permite o ingresso do garante no feito (o segurador), sendo
tpico exemplo de garantia prpria. Do chamamento, porque, ao contrrio da
denunciao da lide, o garante pode ser condenado diretamente perante o autor.
BIBLIOGRAFIA
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