Upload
buicong
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Introdução à Ciência
Atividade 1 – Saber ler os rótulos
Para esta atividade é necessário recolher um conjunto de rótulos de vários produtos. O objetivo
é que os alunos, individualmente ou em grupo, analisem rótulos de diferentes substâncias e
avaliem a sua perigosidade, justificando e explicando oralmente para a turma. Os rótulos para
esta atividade podem ser recolhidos anteriormente pelo professor e/ou alunos ou usar a lista
de rótulos em anexo (cf. anexo 1).
Para finalizar a atividade é importante que os alunos façam o registo gráfico das aprendizagens,
escrevendo o nome dos símbolos que identificaram, os perigos que representam e os cuidados
a ter.
Atividade 2 – Os símbolos de perigo no laboratório
Os símbolos de perigo que foram identificados nos rótulos (cf. atividade 1) estão também
presentes no laboratório. É necessário explicar aos alunos que, para proceder a algumas reações
químicas, os cientistas recorrem à utilização de algumas substâncias que, não sendo
corretamente utilizadas, podem ser nocivas. Assim como, há alguns produtos que temos em
casa (como o caso da lixívia, álcool etílico, medicamentos etc.) que só devem ser manuseados
por adultos porque podem ser perigosos para a saúde.
Para tratar esta temática propõe-se que o professor mostre aos alunos o cartaz com os
diferentes sinais de perigo e que desconstrua as respetivas definições.
Para finalizar a atividade os alunos devem elaborar um conjunto de regras de cuidados a ter
quando se realiza trabalho laboratorial e experimental. O ideal seria construir um cartaz com as
regras que a turma formulou e afixar no local onde trabalham.
Sugere-se que para acompanhar esta atividade os alunos (acompanhados pelos pais, por
exemplo) procedam a uma pesquisa na Internet. O ponto de partida para esta pesquisa poderá
ser a página da ECHA – European Chemicals Agency – http://echa.europa.eu/pt/chemicals-in-
our-life/clp-pictograms.
*Nota: O Regulamento CRE introduziu um novo sistema de classificação e rotulagem para os
produtos químicos perigoso na União Europeia. Os pictogramas também foram alterados e
estão em conformidade com o Sistema Mundial Harmonizado das Nações Unidas (GHS).
Os novos pictogramas têm a forma de um losango vermelho com fundo branco e substituirão
os antigos símbolos quadrados cor de laranja previstos na legislação anterior. Desde 1 de
dezembro de 2010, algumas substâncias e misturas foram já rotuladas em conformidade com a
nova legislação, mas os pictogramas antigos ainda podem estar no mercado até 1 de junho de
2017.
Água e mudanças de estado físico
Resumo das atividades
O conceito de flutuação é referido na organização curricular e programas do ensino básico, nas
disciplinas de estudo do meio e ciências da natureza, quando é sugerido a realização de
experiências que permitam reconhecer materiais que flutuam e não flutuam.
A finalidade destas atividades prende-se em compreender que diferentes objetos assumem
diferentes comportamentos em líquidos (flutuação / não flutuação). É também pretendido que
os alunos compreendam os fatores que influenciam o comportamento dos objetos quando
mergulhados em líquidos. Assim os conceitos-chave desta atividade são:
- a flutuação de um objeto depende da sua densidade e da densidade do líquido em que é
inserido.
- um objeto apenas flutua quando a sua densidade é igual ou menor do que a do líquido em que
é inserido.
- a densidade é uma grandeza física que se pode definir como a massa por unidade de volume.
No que respeita ao enquadramento curricular das atividades propostas pretende-se cumprir os
seguintes objetivos gerais, de acordo com o programa de estudo do meio e ciências da natureza
do ensino básico: utilizar processos simples de conhecimento da realidade envolvente,
assumindo uma atitude permanente de pesquisa e experimentação e identificar
experimentalmente as propriedades da água.
Atividade 3 – Flutuação em líquidos
Protocolo da atividade
Material:
- recipiente (exemplo garrafão de água cortado ao meio ou caixa de plástico);
- água;
- bola de plasticina do tamanho de uma noz (plasticina própria para usar com água);
- rolha de cortiça;
- pedaço de madeira;
- clipe;
- moedas de diferentes tamanhos (1€, 50 cêntimos, 10 cêntimos);
- tabela de registo (cf. anexo 3).
Procedimento - Em primeiro lugar, o professor deve encher o recipiente com água e colocar de
forma visível os diferentes objetos (plasticina, rolha de cortiça, pedaço de madeira, clipe e
moedas) e discutir com os alunos as suas previsões, tendo em conta a questão-problema:
«Quais os objetos que afundam?» As previsões dos alunos devem ser registadas sob a forma
de tabela (cf. anexo 3). Na discussão sobre a justificação das previsões os alunos poderão
apontar como motivos justificativos de um objeto “afundar”, ou não, o seu peso ou tamanho.
Depois desta abordagem deve-se passar para a experimentação. Para a realização da atividade
a turma deverá ser dividida em grupos e cada grupo deve ter na mesa de trabalho um recipiente
com água e um exemplar de cada um dos objetos enunciados. Pela ordem estabelecida pelo
professor os alunos devem mergulhar os objetos no recipiente e observar o que acontece. A
flutuação explica-se enunciando o Princípio de Arquimedes: «Todo o corpo mergulhado num
fluido sofre, por parte deste, uma força vertical de baixo para cima (impulsão) cuja intensidade
é igual ao peso deslocado pelo corpo».
Conclui-se que a flutuação depende da densidade (a densidade é uma medida da concentração
de uma determinada substância que se obtém dividindo a sua massa pelo volume que ocupa).
No final da atividade os alunos devem comprar as previsões com os resultados obtidos na
experimentação. Também nesta etapa os alunos devem efetuar os registos na tabela em anexo
(cf. anexo 3). Devem ainda responder à questão enunciada no documento. Caso o professor
considere necessário poderá desafiar os alunos a mergulhar uma barra de plasticina no
recipiente com água. Desta forma, os alunos irão verificar que esta não flutua. Depois sugere-se
que, utilizando a mesma barra de plasticina, os alunos a moldem em forma de barco e que a
coloquem no recipiente verificando que que o mesmo objeto sob formas distintas assume
diferentes comportamentos.
Atividade 4 – Flutuação em líquidos: construção de um densímetro
Resumo da atividade
O conceito de flutuação é referido na organização curricular e programas do ensino básico, nas
disciplinas de estudo do meio e ciências da natureza, quando é sugerido a realização de
experiências que permitam reconhecer materiais que flutuam e não flutuam. Os alunos deverão
compreender que um objeto apenas flutua quando a sua densidade é igual ou menor do que a
do líquido em que é inserido.
Protocolo da atividade
Material:
- palhinhas;
- plasticina (que não se dissolva em água);
- colher;
- vareta;
- gobelet de 500 mL;
- água;
- sal.
Procedimento – Nesta atividade pretende-se observar de que forma a densidade de um líquido
influência a flutuação de um objeto. Assim, a questão-problema que deve ser colocada à turma
é a seguinte: «A flutuabilidade de um objeto é a mesma em diferentes líquidos?»
Para a experimentação os alunos deverão construir dois densímetros (instrumento que serve
para comparar a densidade de líquidos). Para isso, basta utilizar uma palhinha e um pouco de
plasticina, formando um bola (do tamanho de uma noz) que deverá ser colocada numa das
extremidades da palhinha. Para facilitar a utilização do densímetro os alunos poderão fazer
marcações, com caneta de acetato, a cada 5 mm, cm o auxílio de uma régua. Caso, o densímetro
não se equilibre quando mergulhado no líquido deve-se cortar a palhinha por forma a diminuir
o seu tamanho.
Seguidamente, os alunos devem preparar os dois recipientes: num recipiente colocar apenas
água, cerca de 250 mL, e noutro colocar a mesmo volume de água e adicionar dez colheres de
Figura 1 – Representação do densímetro.
palhinha
bola de plasticina
chá de sal, com uma vareta podem agitar por forma a dissolver o sal. Posteriormente, devem
inserir um dos densímetros no recipiente contendo apenas água e registar na palhinha que
altura foi atingida na superfície da água. Repetir o processo no recipiente que contém a solução
de água com sal, usando o segundo densímetro. Os grupos de trabalho devem explicar à turma
o procedimento que efetuaram e as observações que realizaram.
Os alunos deverão compreender que os líquidos podem ter diferentes densidades e que esse é
um dos fatores que influencia a flutuação dos objetos. É pertinente que os alunos registem as
observações, utilizando um desenho. Poder-se-á utilizar uma tabela semelhante à apresentada
(cf. tabela 2).
Recipiente com água
Recipiente com uma solução de água com sal
Tabela 1 – Exemplo de tabela para o registo dos alunos.
No final da atividade os registos dos alunos devem assemelhar-se ao exemplo de registo
apresentados na figura abaixo (cf. Figura 2).
com sal sem sal
Figura 2 – Exemplo de registo dos alunos.
Atividade 5 – Propriedades da água: água própria para consumo
Resumo da atividade
Esta proposta de atividade enquadra-se no âmbito do programa de estudo do meio do ensino
básico e no programa do ensino básico ao cumprir os objetivos gerais: utilizar processos simples
de conhecimento da realidade envolvente, assumindo uma atitude permanente de pesquisa e
experimentação e identificar experimentalmente as propriedades da água.
Embora os alunos saibam que a água está presente por toda a natureza, podem não ter a
consciência de que nem toda a água é própria para consumo (potável). Esta proposta de
atividade pretende dissecar sobre as características da água potável. A implementação da
atividade deve ser acompanhada pela folha de registo (cf. anexo 4).
Protocolo da atividade
Material:
- folha de registo (cf. anexo 4);
- 1 gobelet com água com corante;
- 1 gobelet com água com aroma de baunilha;
- 1 gobelet com água com açúcar;
- 1 gobelet com água destilada (água pura);
- 1 gobelet com água potável (água engarrafada);
- microscópio.
Procedimento - Os gobelet deverão ser colocados lado a lado. Os alunos deverão observar cada
um dos gobelets e ir excluindo aqueles que pensam não corresponder à água pura, procedendo
aos registos (cf. anexo 4). O primeiro a ser eliminado deverá ser o gobelet que tem corante, uma
vez que os alunos facilmente compreendem que se a amostra tem cor, não pode corresponder
à água pura. De seguida, deverá ser solicitado que explorem outras características da água como
o odor e o sabor da água*. Os alunos excluirão as amostras que tem sabor e odor. Por fim,
restará o gobelet que corresponde à água pura e o gobelet que corresponde à água engarrafada.
O professor deverá inquirir os alunos sobre as suas previsões. Será que os dois gobelets têm
água potável? Será que apenas um dos gobelets tem água potável? Qual será o gobelet que tem
água potável? O professor deverá levar os alunos a refletir sobre a experiência, dando enfoque
ao facto de a água que consumimos não ser pura, uma vez que tem sempre elementos
associados, como os minerais, havendo diferença entre água pura e água própria para consumo.
As características da água pura são: incolor, inodora e insípida. Contudo a água potável, embora
seja incolor e inodora, não é insípida pois tem na sua constituição minerais e outros elementos
associados que lhe atribuem sabor.
Os alunos poderão pesquisar na Internet sobre a constituição química de diferentes tipos de
água e compreender que a constituição de cada uma delas é diferente. Para orientar a pesquisa
dos alunos o professor poderá sugerir as seguintes páginas web:
http://www.unicer.pt/gca/index.php?id=235
http://www.sociedadeagualuso.pt/pt/sobre-nos/a-nossa-agua.aspx
Poderá também fazer-se paralelismo com o ciclo da água, referindo que as partículas resultantes
da evaporação correspondem à água pura. Caso seja possível, seria interessante que os alunos
analisassem uma amostra de cada um dos gobelets ao microscópio e procedessem aos respetivo
registo (cf. anexo 4).
*Nota: É importante que os professores alertem os alunos para o facto da água destilada (água
pura) não ser destinada ao consumo humano, não devendo ser ingerida. Os alunos poderão
molhar o dedo e levá-lo à boca de forma a perceberem que a amostra não tem nenhum sabor,
ao contrário da água engarrafada (própria para consumo).
Atividade 6 – Fatores que influenciam o tempo de dissolução de um material
Resumo da atividade
A dissolução é um fenómeno que resulta de interações das unidades estruturais do soluto
(substância dissolvida) com unidades estruturais do solvente (substância que, misturada com
um ou mais solutos, origina uma solução). Pode-se assim afirmar que a dissolução é um
fenómeno de interação soluto-solvente, através das suas unidades estruturais.
O comportamento dos materiais em água é um dos domínios do dia-a-dia que pode despertar
interesse aos alunos. Com esta atividade é suposto que os alunos compreendam que dissolver
um material (soluto) noutro (solvente) significa a obtenção de uma solução – mistura
homogénea. Através da realização desta atividade é suposto que os alunos compreendam que
uma dissolução mais rápida é sinónimo que o soluto se dissolve mais depressa no solvente.
Protocolo da atividade
Material:
- cartaz com possibilidades de previsões dos alunos (cf. anexo 5);
- carta de planificação (cf. anexo 6);
- 3 gobelets (identificados com as letras A, B e C);
- 100 mL de água à temperatura ambiente (3 vezes);
- 2 varetas (para agitar);
- 3 rebuçados do mesmo tipo (tamanho, cor e tipo);
- relógio ou cronómetro para medir o tempo de dissolução do rebuçado.
Procedimento – O professor deverá começar por dialogar com os alunos questionando-os sobre
o que pensam ser a dissolução de um material. Tendo em conta as respostas dos alunos o
professor poderá dar alguns exemplos de materiais que se podem dissolvem: como sal que se
dissolve na sopa quando cozinhamos ou o açúcar que se dissolve no chá ou café, ou ainda o
rebuçado (o rebuçado é produzido, entre outros ingredientes, por açúcar) que se dissolve na
boca quando o comemos.
De seguida o professor deverá formular a seguinte questão-problema: «A agitação da mistura
influência o tempo de dissolução do rebuçado?» Depois de colocada a questão-problema é
importante discutir com os alunos as suas previsões, para auxiliar nesta tarefa pode-se recorrer
ao cartaz em anexo, com exemplos de previsões que as crianças poderão apontar (cf. anexo 5).
Depois de reunidas e apontadas as previsões dos alunos o professor, em conjunto com os alunos,
deve definir os critérios que serão mantidos e os que serão alterados e ainda definir como serão
registadas as observações (cf. anexo 6) Sumariamente, é necessário que definir os seguintes
critérios:
O que vamos mudar…
- a agitação da mistura: não agitar, agitar de forma contínua ou agitar por intervalos, por
exemplo de 10 em 10 min.
O que vamos medir…
- o tempo que demora um rebuçado a dissolver completamente com diferentes agitações da
mistura.
O que vamos manter e como vamos manter…
- o tipo, a massa e o estado de divisão dos rebuçados. Os rebuçados devem ser todos do mesmo
tipo (dureza, cor, composição e tamanho).
- o tipo e quantidade (volume) e temperatura do solvente (por exemplo, usar 100 mL de água à
temperatura ambiente.
- o momento de introdução dos rebuçados nos recipientes.
Como vamos registar as observações…
- consultar carta de planificação (cf. anexo 6).
Para a experimentação será conveniente dividir a turma em grupos e distribuir por cada um dos
grupos o material acima mencionado. Assim, é necessário dispor na mesa de trabalho três
gobelets identificados e colocar o mesmo volume de água em cada um deles (por exemplo, 100
mL). Sugere-se a utilização de um termómetro para a medir a temperatura da água.
Seguidamente, é necessário definir que no gobelet A, depois do rebuçado ser introduzido, não
se irá provocar agitação, que no gobelet B a agitação será provocada de 10 em 10 minutos, com
auxílio de uma vareta, e no gobelet C a agitação será provocada continuamente, com o auxílio
de uma vareta.
Os rebuçados deverão ser introduzidos em simultâneo em todos os gobelets. Durante o
processo os alunos devem controlar o tempo de dissolução fazendo a contagem (em minutos)
com a ajuda de um relógio ou cronómetro.
No final da atividade é suposto que os alunos concluam que o rebuçado que se dissolveu mais
rapidamente foi o do gobelet C, onde foi aplicada uma agitação contínua e que, em contraponto,
o rebuçado que mais demorou a dissolver-se foi o do gobelet A, no qual não foi provocada
qualquer agitação.
Em suma, a resposta à questão-problema é que quando se agita a mistura, o rebuçado demora
menos tempo a dissolver-se em água (à temperatura ambiente).
Atividade 7 – Sólidos solúveis e insolúveis
Resumo da atividade
Nesta atividade os alunos terão oportunidade de estudar o comportamento dos materiais
sólidos em água, classificando-os como solúveis e insolúveis, verificando experimentalmente o
efeito da água nas substâncias e assumindo a água como um solvente. Algumas das observações
que os alunos poderão efetuar nesta atividade, já foram experienciadas no seu dia-a-dia mas,
provavelmente, não foram levados a refletir sobre as mesmas.
Protocolo da atividade
Material:
- tabuleiro;
- 1 porção de areia, açúcar e sal;
- 1 fragmento de rocha;
- plasticina;
- 6 gobelets 20 mL;
- 1 vareta para agitar;
- 1 gobelet de 250 mL com água (para encher os gobelets mais pequenos).
Procedimento – A turma deve ser dividida em grupos e cada grupo deve ter um gobelet de 20
mL com água, uma porção de areia e um gobelet de 250 mL com água para encher o gobelet
com menor capacidade. Pretende-se que os alunos façam previsões e depois observem como
se comporta a areia com água a partir da seguinte questão-problema: «O que acontecerá se
colocarmos um pouco de areia dentro do gobelet com água e agitarmos?» É natural que se
verifique alguma discrepância nas respostas dos alunos alegando que, por exemplo, “…a areia
fica molhada” ou “…a água fica com a cor da areia”. Podem ainda alegar que “a areia roda e
depois pára…” ou “…depois de se mexer a areia vai ao fundo”. O professor deverá focalizar a
atenção dos alunos para a possibilidade de a areia continuar visível, portanto a areia não se
dissolveu. Seguidamente, os alunos devem repetir o processo usando o açúcar como soluto.
Devem observar o que acontece quando se faz uma solução de água e açúcar e se agita. Posto
isto, e quando inquiridos sobre as suas previsões, os alunos poderão referir que o açúcar
“desapareceu” ou “derreteu-se”. O professor poderá discutir com os alunos sobre o motivo(s)
pelo(s) qual(quais) consideram que o açúcar “desapareceu” ou “derreteu”. Para despertar a
reflexão o professor poderá formular a seguinte questão-problema: «Será que o açúcar deixou
de existir ou continua no gobelet?» Os alunos podem provar a água com açúcar, molhando o
dedo e levando-o à boca, para verificar que o açúcar não “desapareceu” mas se dissolveu,
deixando assim de ser visível. Os alunos deverão proceder à experimentação com todos os
materiais enunciados. É importante que o professor, ao longo do discurso, introduza vocabulário
como “dissolver”, “solúveis” e “insolúveis”.
Atividade 8 – Qual o efeito da temperatura no estado físico dos materiais?
Resumo da atividade
A temática geral dos materiais é mencionada nos programas do ensino básico, quer do 1º ciclo
quer do 2º ciclo, quando se define como objetivos a observação da multiplicidade de formas,
características e transformações que ocorrem nos materiais, a explicação de alguns fenómenos
com base nas propriedades dos materiais e a realização de atividades experimentais simples a
fim de identificar algumas propriedades dos materiais, relacionando-os com as suas aplicações
no quotidiano. São ainda mencionados os fenómenos de mudança de estado físico, em
particular da água, definindo-se como objetivos neste âmbito reconhecer e observar fenómenos
de condensação e de solidificação, realizar experiências que representes os fenómenos de
evaporação, de condensação e de solidificação e observar os efeitos da temperatura sobre a
água.
Assim, são apontadas como principais finalidades da atividade a identificação dos estados
físicos da água, compreender que um material, em particular a água, se pode apresentar sob
diferentes estados físicos e identificar os fatores que podem influenciar a rapidez com que
ocorrem as mudanças de estado físico.
Protocolo da atividade
Material:
- carta de planificação (cf. anexo 7);
- 3 amostras (sacos) de 50g de cada substância – azeite, leite, manteiga, álcool etílico e sal;
- 2 termómetros digitais;
- 2 tabuleiros;
- 1 caixa de esferovite com tampa;
- 1 caixa de vidro com tampa;
- 1 placa elétrica;
- gelo.
Procedimento – O professor deverá dar início à atividade perguntando aos alunos o que pensam
que acontece aos materiais (amostras A, B, C, D, E…) que se encontram à temperatura ambiente,
caso estes sejam:
HIPÓTESE A:
- colocados, durante algum tempo, a uma temperatura inferior a 0ºC (aproximadamente -5ºC);
HIPÓTESE B:
- colocados, durante algum tempo, a uma temperatura superior a 0ºC (aproximadamente 40ºC).
O professor deverá registar as previsões dos alunos que devem ser, para a primeira hipótese,
“umas ficam na mesma…”, “ficam duras…” ou “ficam mais pesadas…” e para a segunda hipótese,
“não lhes acontece nada…”, “derretem…” ou “ficam moldes…”. Para dar início à experimentação
a turma deve ser dividida em dois grupos (G1 e G2).
O G1 irá testar a realização da atividade levantada na primeira hipótese, por sua vez, o G2 testará
a atividade correspondente à segunda hipótese. O professor deverá solicitar ao G1 que coloque
1 saco de cada amostra num recipiente com tampa, contendo gelo (a uma temperatura
aproximada de -5ºC). É importante efetuar-se a medição da temperatura a que se encontra o
gelo e proceder ao respetivo registo. Da mesma forma, o professor deverá solicitar ao G2 que
coloque 1 saco de cada amostra numa caixa de vidro com tampa contendo água aquecida a uma
temperatura aproximada de 40ºC. Mais uma vez, é imprescindível medir a temperatura da água
e registar.
Os dois grupos devem observar de minuto em minuto (durante 10 minutos) as alterações que
ocorrem no conteúdo dos sacos, centrando a sua observação nas alterações e também na ordem
pela qual estas sucedem.
No final cada um dos grupos deve descrever o que verificou com as suas amostras durante o
período de observação. O professor deverá conduzir o diálogo por forma a introduzir os
conceitos de solidificação (fenómeno de passagem do estado líquido para o estado sólido dos
materiais) e fusão (fenómeno de passagem do estado sólido para o estado líquido pelo efeito
do calor). A realização desta atividade deverá ser acompanhada pelo preenchimento da carta
de planificação (cf. anexo 7) onde está definida a questão-problema e a tabela de registo das
observações efetuadas. Para concluir a atividade os alunos devem reconhecer que, às
temperaturas experimentadas, o estado físico de alguns materiais se alterou, enquanto outros
se mantiveram inalterados, através do confronto entre as suas previsões e das observações
registadas.
Em suma, o professor poderá acrescentar que a variação de temperatura pode fazer alterar o
estado físico de um material e que a alteração do estado físico se relaciona quer com as
propriedades do material, quer com a temperatura a que este é sujeito. Pode-se ainda
acrescentar que, tal como se verificou na experimentação, a fusão é o fenómeno de passagem
de uma material e/ou substância do estado sólido para o estado liquido e que a solidificação
consiste no fenómeno de passagem de um material e/ou substância do estado liquido para o
estado sólido.
Atividade 9 – O ciclo da Água
Resumo da atividade
O objetivo da atividade é levar os alunos a compreender que a existência de água no estado
gasoso na atmosfera se relaciona com a existência de água no estado líquido à superfície da
Terra. Além disso, é suposto que os alunos compreendam que o ciclo da água como uma
sequência de fenómenos de evaporação, condensação (com queda sob a forma de chuva – água
no estado líquido ou granizo – água no estado sólido), infiltração da água nos solos e nova
evaporação. Para a exploração dos vários fenómenos que ocorrem no ciclo da água o professor
pode aceder à Plataforma de Ensino Assistido – PEA, com os seus dados de acesso, e explorar o
recurso educativo multimédia sobre esta temática.
Protocolo da atividade
Material:
- carta de planificação (cf. anexo 8)
- material para construir maqueta do ciclo da água:
- caixa de bolo ou outro recipiente transparente e fechado;
- recipiente mais pequeno para simular nuvem;
- gelo com corante;
- plástico para simular um lago;
- lâmpada para simular o sol;
- água com sal (simular água do mar).
Procedimento - O professor deverá dar início à atividade interrogando os alunos sobre “de onde
vem e para onde vai a água da chuva?” Sugere-se que durante a discussão os alunos registem
as suas opiniões sob a forma de desenho (cf. anexo 8).
Os alunos, ou pelo menos, grande parte deles irá considerar que a chuva vem das nuvens. Neste
sentido, sugere-se que os alunos façam um trabalho de pesquisa, com recurso à Internet, sobre
a questão (este trabalho pode ser realizado em sala de aula ou em casa, com a ajuda dos pais).
Com esta pesquisa é suposto que os alunos reconhecerem que as nuvens são formadas por
micro partículas de água que podem estar no estado líquido ou sólido, consoante a posição que
ocupam na atmosfera.
Para dar continuidade à atividade o professor poderá apresentar a seguinte questão-problema:
«Como podemos simular o ciclo da água?» Partindo do esquema apresentado (cf. Figura 3) a
turma deve construir um simulador do ciclo da água.
Reunido o material acima referido é necessário colocar no fundo do recipiente
aproximadamente 5 dL de água salgada, adicionar o gelo colorido no recipiente que simulará a
Figura 3 - Esquema maqueta do ciclo da água (retirado de Coleção Ensino Experimental das Ciências - Explorando…mudanças de estado físico, Ministério da Educação, Direção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.
nuvem e ligar o foco que irá simular o sol (a lâmpada deve ter potência superior a 60 watt) e
deve ser apontada para a “água do mar”.
O professor deve disponibilizar aos alunos a tabela para proceder aos registos das observações
(cf. anexo 8) que devem ser continuadas por um período nunca inferior a 1 hora para que os
resultados sejam visíveis. No final, e para sintetizar os conceitos desta atividade, o professor
poderá aceder à PEA – Plataforma de Ensino Assistido, com os seus dados de acesso, e explorar
o recurso educativo multimédia disponível sobre esta temática.
Seres vivos: plantas e animais
Atividade 10 – Germinação do feijão
Resumo da atividade
A implementação desta atividade deverá ser acompanhada pelo recurso educativo multimédia,
disponível na Plataforma de Ensino Assistido – PEA. No separador atividades o professor poderá
consultar a lista de material necessário, bem como o protocolo da atividade (cf. Figura 4). Nesta
atividade o professor deverá dar ênfase às questões «Como nascem as plantas».
Sendo que, a germinação do feijão leva algum tempo a surtir resultados visíveis o professor
poderá sugerir aos alunos que levem o copo/frasco com o feijão para casa e que estes procedam
à observação dos resultados, em colaboração com os encarregados de educação.
Figura 4 – Protocolo interativo da atividade «Germinação do feijão».
Passados 15 dias, a grande maioria dos feijões já terá germinado, pelo que será possível
visualizar algumas das partes constituintes da planta. Recorrendo ao recurso educativo
multimédia o professor poderá discutir com os alunos e verificar que partes da planta
conseguem observar (cf. Figura 5).
Figura 5 – Variedades de plantas: partes da planta.
O professor poderá pedir aos alunos que, juntamente com os encarregados de educação, façam
uma recolha de diferentes tipos de plantas (é conveniente que o professor alerte os alunos para
a variedade de plantas). Cada aluno poderá apresentar a planta que trouxe, falando sobre o BI
(bilhete de identidade) da planta à turma (cf. Figura 6). Para o preenchimento do BI da planta os
alunos deverão fazer uma recolha de informação com recurso à Internet.
Nome comum: ______________________
Nome científico: _____________________
Partes da planta que consigo observar:
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_____________________________________________________________
A minha planta
Figura 6 – Exemplo de BI da planta.
Este é um exemplo do trabalho que os alunos poderão apresentar (cf. Figura 7). Pode-se sugerir
que o BI da planta seja colado no vaso.
Atividade 11 – ADN do morango
Resumo da atividade
As células nos seres vivos são como os tijolos de uma casa. Cada ser vivo é constituído por muitas
células. Para estas células saberem o que fazer, como se especializarem, existe algo que é único
a cada ser vivo, a que se chama ADN.
A molécula de ADN apresenta todas as informações necessárias para que um ser vivo cresça e
adquira as suas características específicas. É como se fosse uma impressão digital mas a um nível
microscópico. Conseguimos ver o ADN do morango porque este se junta. Pode-se comparar o
ADN do morango a uma corda. Uma corda é constituída por fios muito finos. Um só fio é difícil
de ver a olho nu, mas se a esse fio estiverem unidos mais fios a olho nu conseguimos ter a
perceção da constituição da corda.
Nesta atividade o facto de esmagarmos os morangos permite-nos romper as paredes das
células. O detergente serve para dissolver os lípidos que compõem a membrana da célula e o
envelope nuclear, “libertando” o ADN. Como o ADN é muito solúvel em água este passa para a
solução. Adiciona-se o sal para ajudar as moléculas de ADN a juntarem-se. Como o ADN não é
Figura 7 – Exemplo BI da planta preenchido pelo aluno.
solúvel em etanol (álcool etílico) assim que se adiciona este composto, o ADN precipita (forma-
se um sólido no seio de uma solução) ficando visível a olho nu.
Protocolo da atividade
Material:
- álcool etílico;
- morangos;
- 10 mL de detergente da louça;
- cloreto de sódio;
- 90 mL de água;
- coador;
- provetas;
- copos;
- pinça;
- pipeta;
- colher de plástico (pequena);
- prato de plástico;
- garfo de plástico.
Procedimento – A turma deverá ser divida em grupos. Cada um dos grupos de trabalho deverá
ter disponível o material mencionado no protocolo. Em primeiro lugar, os alunos deverão medir,
com a proveta, 90 mL de água e colocar num copo. À água deve ser adicionado 10 mL de
detergente da louça e uma colher de cloreto de sódio. Com uma vareta, deve-se mexer muito
bem a mistura. Num prato de plástico e com um garfo deve-se esmagar o morango. Juntar o
morango esmagado à mistura preparada no copo (água, detergente da louça e cloreto de sódio).
Em seguida, deve-se passar a mistura para outro copo fazendo-a passar pelo coador. O copo
deve conter entre 50 mL a 100 mL da mistura inicial. Os alunos deverão medir 5 mL de álcool
etílico e lentamente adicioná-lo à mistura, sem mexer. Após alguns minutos irá poder-se
observar a formação de uma substância pastosa de cor esbranquiçada que corresponde ao ADN
do morango. O ADN do morango pode ser recolhido com uma pinça e poderá ser observado ao
microscópio.
Atividade 12 – Construir m2 e observar animais na escola
Resumo da atividade
Depois de compreenderem a diversidade de animais existente os alunos poderão averiguar
sobre quais os animais que existem no recreio da escola. Neste sentido, seria pertinente
desenvolver um trabalho de campo.
A proposta de trabalho de campo seria os alunos construírem um m2 e colocarem num local, de
preferência ajardinado do recreio da escola e observarem os animais que habitam aquele
espaço. Os encarregados de educação podem ser chamados a participar nesta atividade.
Protocolo da atividade
Atividade 12 (1)
Material:
- para o quadrado com 1 m2 de área:
- barras de madeira com 1 m de comprimento;
- cola de contacto.
Procedimento – Para a construção do m2 os alunos, com o auxílio de um adulto, devem
posicionar as barras de madeira com um 1 m de comprimento na forma de um quadrado.
Seguidamente, com cola de contacto, os alunos deverão colar as extremidades das barras de
madeira por forma a fixá-las umas nas outras.
Atividade 12 (2)
Depois de ter o m2 construído, os alunos deverão ir para o recreio da escola, de preferência para
uma área ajardinada, e escolher um local para colocar o seu m2. Na área definida os alunos
deverão observar os animais existentes. Os alunos deverão proceder ao registo das observações.
Para esse efeito podem utilizar a tabela de registo (cf. Tabela 2).
Animais na Escola
Data da observação: ____/____/_____
Quantos animais observei? Desenha os animais que observaste.
Tabela 2 – Registo de observação dos animais observados.
Atividade 13 – O corpo humano – o ar que
entra é igual ao ar que sai?
Resumo da atividade
Nas atividades anteriores os alunos falaram e experimentaram situações relacionadas com
plantas e animais. Através da realização das diferentes atividades compreenderam que há uma
grande diversidade de plantas e animais, ou seja, há uma grande diversidade de seres vivos. A
questão que se coloca agora é: as plantas e os animais são seres vivos. E o ser humano?
É importante discutir com os alunos que o ser humano é também um ser vivo, que pode ser
classificado como os restantes animais. Por exemplo, o professor poderá dizer que o ser humano
é um mamífero porque tem características semelhantes a outros animais do mesmo reino como,
por exemplo: corpo coberto por pelo, temperatura interna constante, a pele é formada por duas
camadas (epiderme e derme) e o corpo é constituído pelos sistemas digestivo, respiratório,
circulatório e reprodutivo. Contudo, distingue-se de todos os outros animais por características
únicas como, por exemplo: é um animal racional, isto é, tem a capacidade de raciocinar, não
agindo apenas pelo instinto.
Para abordar esta questão do corpo humano o professor poderá recorrer ao recurso educativo
multimédia disponível na plataforma do PmatE, acedendo ao menu didática – conteúdos –
estudo do meio – O Corpo Humano.
Nesta proposta de atividade os alunos irão trabalhar o sistema respiratório humano, refletindo
sobre a importância do ar para a vida humana e compreendendo que no processo de respiração
se estabelece um ciclo inspiração –> chegada do ar aos pulmões –> expiração. O que será que
muda neste ciclo?
Protocolo da atividade
Material:
- água de cal;
- 2 recipientes iguais;
- 2 seringas.
Procedimento – Através da exploração do recurso educativo multimédia os alunos poderão
compreender que o ar expirado contêm dióxido de carbono. Nesta medida, o professor pode
colocar a seguinte questão-problema: Qual possui maior quantidade de dióxido de carbono? O
ar inspirado ou o ar expirado? As crianças poderão dar respostas do tipo: “O ar que sai tem mais
dióxido de carbono” ou “Quando respiramos entra o oxigénio que está no ar e sai o dióxido de
carbono do nosso corpo.” Depois do diálogo o professor deverá preparar o seguinte ensaio,
definindo os seguintes critérios:
O que vamos mudar…
- o tipo de ar (ar atmosférico ou inspirado, ar expirado)
O que vamos observar…
- a maior ou menor presença de dióxido de carbono
O que vamos manter e como…
- o tipo e a quantidade de água de cal
- o tipo, tamanho e forma do recipiente
- a quantidade de ar
- o momento da introdução do ar nos recipientes
Para efetuar o registo das observações o professor deverá disponibilizar a seguinte tabela (cf.
Tabela 3).
Coloração/turvação da água de cal
Recipiente A – ar inspirado
Recipiente B – ar expirado
Tabela 3 – Registo das observações.
Para a experimentação os alunos deverão colocar a mesma quantidade de água de cal em dois
recipientes iguais, rotulando-os. Deverão rotular as duas seringas e enchê-las com a mesma
quantidade de ar: uma com ar inspirado, usando o ar atmosférico e outra com ar expirado
(expirar para dentro da seringa). Seguidamente, deverão mergulhar a ponta da seringa na água
de cal e libertar o ar contido na seringa. Observar e registar em qual dos recipientes a água de
cal ficou mais turva.
Com esta atividade os alunos deverão concluir que o ar expirado contém mais dióxido de
carbono do que o ar inspirado e que a quantidade de dióxido de carbono interfere no grau de
turvação da água de cal. Portanto, no recipiente onde for libertado o ar expirado a água de cal
ficará mais turva, pelo que o ar expirado contem mais dióxido de carbono que o inspirado.
Universo, Sistema Solar e Dinâmica da Terra
Atividade 14 – Conhecer o sistema solar
Resumo da atividade
Para a concretização desta atividade é necessário que os alunos façam, em primeiro lugar, um
trabalho de pesquisa para prepararem o trabalho prático. Nesta atividade os alunos irão
pesquisar sobre alguns conceitos fundamentais sobre o Sistema Solar para depois concretizarem
um modelo do Sistema Solar.
Protocolo da atividade
Material:
- plasticina de várias cores;
- retângulo de esferovite;
- fita métrica;
- 2 m de arame;
- jornais ou papéis velhos;
- cartolina;
- tesoura;
- papel crepe amarelo;
- tinta spray preta.
Procedimento – O professor deverá dividir a turma em grupos. Cada um dos grupos de trabalho
deverá proceder a um trabalho de pesquisa com recurso à Internet e/ou livros requisitados na
biblioteca escolar. A pesquisa levada a cabo pelos alunos deverá incidir sobre a temática do
sistema solar. Numa tabela, e discutindo com os alunos os dados obtidos pela pesquisa, o
professor poderá organizar os dados recolhidos, sendo que no final esta deve conter os
seguintes dados (cf. Tabela 4).
O Sistema Solar
Planetas Número total de planetas Nomes dos planetas
oito Mercúrio, Vénus, Terra, Marte,
Júpiter, Saturno, Urano e
Neptuno
Mercúrio É o planeta mais próximo do Sol. É um planeta telúrico porque a
constituição da sua crosta é densa, ou seja, tem uma crosta sólida.
Vénus É o segundo planeta do Sistema Solar por ordem de distância do Sol.
Também Vénus é um planeta telúrico.
Terra É o terceiro planeta do Sistema Solar. O planeta Terra tem
características únicas: tem grandes quantidades de água, tem placas
tectónicas e um forte campo magnético. É o único corpo planetário que
possui vida. É um planeta telúrico.
Marte É o quarto planeta do Sistema Solar. Tem uma coloração avermelhada.
Tem dois satélites: Deimos e Fobos. Marte o último dos planetas
telúricos.
Júpiter É o maior plante do Sistema Solar e ocupa a quinta posição. Em sua volta
possui um ténue anel. Tem 63 satélites. É o primeiro dos planetas
gigantes. Os planetas gigantes caracterizam-se pela susa grande
dimensão mas são pouco densos, são constituídos essencialmente por
gases.
Saturno Saturno é rodeado por um sistema de anéis. É o segundo maior planeta
do Sistema Solar e está na sexta posição por ordem de distância do Sol.
É um planeta gigante.
Urano Urano é o sétimo planeta do Sistema Solar e é caracterizado pela sua
cor verde-azulada. Esta coloração deve-se à abundância de metano
gasoso na sua atmosfera. É um planeta gigante.
Neptuno Este é o último planeta do Sistema Solar. A sua atmosfera é constituída,
essencialmente por gases como o hidrogénio e o hélio. É um planeta
gigante.
Tabela 4 – Síntese de informação.
No decorrer do preenchimento da tabela e discussão da pesquisa os alunos deverão ser capazes
de responder às seguintes questões (o professor poderá sugerir que a respostas às questões
sejam registadas no quadro ou no caderno):
O que é um planeta?
O que são planetas telúricos e planetas gigantes?
Qual a estrela central do Sistema Solar?
O que é a Lua?
Que outros astros conheces?
O professor poderá acrescentar outras perguntas que lhe pareçam convenientes. Para a
construção do modelo do Sistema Solar cada grupo de trabalho deve ter disponível o material
no protocolo enumerado. A cada grupo de trabalho deverá ser também disponibilizada a
seguinte tabela informativa (cf. Tabela 5):
Tabela 5 - cf. tabela em
http://educa.fc.up.pt/ficheiros/trabalhos/401/documentos/307/Sistema%20solar.pdf
O professor deverá explicar que na tabela estão indicados os diâmetros das esferas que
representam os planetas, a distância relativa ao Sol e as cores que devem utilizar em cada caso.
É ainda de salientar que o tamanho relativo dos planetas e a distância ao Sol têm diferentes
escalas.
Os passos a seguir para a construção do modelo do sistema solar são os seguintes:
1. Fazer uma bola com 50 cm de diâmetro com papel de jornal e forrá-la com papel crepe
amarelo. O Sol deverá ter um diâmetro muito maior que os planetas. Pode-se simular
as manchas solares com tinta spray preta;
2. Com arame prender o «Sol» numa das extremidades da placa de esferovite;
3. Marcar na placa de esferovite, a partir do Sol, as distâncias enumeradas na tabela que
representam a distância a que cada planeta se posiciona em relação ao Sol;
4. Moldar bolas de plasticina, com os diâmetros e cores sugeridas, para representarem os
diferentes planetas;
5. Em cartolina desenhar/construir os aros que irão representar os anéis dos planetas
gigantes e adaptá-los às respetivas esferas;
6. Cortar o fio de arame com cerca de 10 cm de comprimento e prende-lo às esferas
representativas dos planetas;
7. Colocar cada um dos planetas na marcação correspondente, utilizando o arame
introduzido na placa de esferovite.
Atividade 15 – As fases da Lua
Resumo da atividade
A Lua é o vizinho mais próximo da Terra. Sabe-se mais sobre a Lua do que sobre qualquer outro
planeta do Sistema Solar. Em 1969 a Lua foi pisada pela primeira vez pelo Homem.
A Lua é o único satélite natural da Terra, sendo um satélite não possui luz própria mas reflete a
luz do Sol. A luz do Sol ilumina diferentes partes da Lua durante o seu movimento de rotação
em volta da Terra e, por isso a Lua é visível, a partir da Terra, com diferentes aspetos. Esta
atividade pretende simular de que forma a Lua passa pelas diferentes fases.
Protocolo da atividade
Material:
- bola de futebol ou de futebol de praia;
- cola;
- pincel para espalhar a cola;
- papel de alumínio;
- tesoura;
- fita adesiva de feltro;
- lanterna.
Procedimento – Para simular a Lua, em primeiro lugar, os alunos deverão certificar-se que a
bola de futebol está bem limpa e seca. Depois, com o auxílio de um pincel, deverão cobrir toda
a superfície da bola com cola. Depois, cuidadosamente, deverão forrar a bola com o papel de
alumínio. A superfície da «Lua» deverá ficar o mais lisa possível.
Colar na «Lua» uma das partes da fita adesiva de feltro. A outra parte deverá ser colada na mesa.
É suposto posicionar a bola em cima da mesa por forma a que esta fique fixa, através das tiras
de feltro.
Dois a dois, os alunos deverão posicionar-se frente a frente, cada um de um lado da mesa. Um
dos alunos deverá segurar uma lanterna que será o «Sol». É conveniente que a sala não tenha
muita luminosidade. Seguidamente, liga-se a lanterna e os alunos deverão circular
gradualmente em torno da mesa. Desta forma, a bola irá sendo iluminada de diferentes ângulos,
simulando as fases da Lua. O aluno que não tem a lanterna deverá observar as simulações das
diferentes fases da Lua. Os alunos poderão ainda fotografar as diferentes simulações e compará-
las com imagens retidas da Internet.
A atividade poderá ser acompanhada por um esquema das fases da Lua (cf. esquema 1) para
ajudar os alunos no seu posicionamento em volta da mesa para obter as diferentes fases da Lua.
Esquema 1 – Esquema ilustrativo das fases da Lua.
Atividade 16 – Vulcão num frasco
Resumo da atividade
O vulcão é um aparelho natural formado por um canal (chaminé) aberto através da crosta
terrestre por onde são expelidos produtos gasosos, sólidos e líquidos (lavas) a temperaturas
muito altas. À abertura do vulcão chamamos cratera. Quando pensamos num vulcão em
erupção pensamos em pedaços incandescentes de rocha a serem lançados a milhares de pés no
ar. Pensamos em fluxos de magma líquido e em fluxos de fumo. Mas isso nem sempre sucede.
Alguns vulcões entram em erupção debaixo de água. Neste caso, o fumo quente e seus
subprodutos são imediatamente refrigerados. Com esta experiência pode-se observar o
comportamento do magma numa erupção vulcânica debaixo de água.
Protocolo da atividade
Material:
- bico de bunsen ou placa de aquecimento;
- areia;
- cera/vela;
- frasco de vidro resistente ao calor (tipo Pyrex);
- água.
Procedimento – Primeiramente deve-se colocar uma porção de cera (aproximadamente do
tamanho 1 x 1 cm) no fundo do frasco de vidro. Seguidamente deve-se despejar no frasco uma
porção de areia que seja suficiente para cobrir o cubo de cera. Depois, lentamente, deve-se
despejar no frasco uma quantidade de água por forma a que o frasco fique quase cheio. Atenção
o frasco não deverá ficar completamente cheio para evitar que quando a água entrar em
ebulição salte para fora do frasco. Por fim, basta colocar o frasco de vidro sobre o bico de bunsen
ou sobre a placa de aquecimento e ajustar a temperatura para médio/alto. Resta observar o que
acontece! A cera aquece debaixo da areia, criando bolhas que para se libertarem “furam” a areia
para encontrar o caminho até à superfície.
Com esta atividade pretende-se simular uma erupção vulcânica debaixo de água, remetendo
para o que acontece quando o magma contido no núcleo da Terra irrompe através da crosta
terrestre. Quase 80% das erupções vulcânicas ocorrem debaixo de água.
Nesta experiência é pretendido recriar o movimento do magma (cera aquecida) coberto de areia
(crosta terrestre). Quando as bolhas formadas pelo aquecimento da cera se libertam da camada
de areia entram em contacto com a água que, estando mais fria, provoca a sua solidificação, à
semelhança do que acontece com o magma quando em contacto com a água do oceano.
Anexo 1
Tinta
Cola
´
Limpeza
WC
Anexo 2
Tabela de registo de previsões
Preenche a seguinte tabela com as tuas previsões, colocando um x no local correto.
Previsões sobre a flutuação dos materiais
Material Flutua Não flutua
Bola de plasticina
Pedaço de madeira
Rolha de cortiça
Clipe
Prego
Moedas
Tabela de registo de observações efetuadas
Preenche a seguinte tabela com os resultados que obtiveste na experimentação, colocando um
x no local correto.
Previsões sobre a flutuação dos materiais
Material Flutua Não flutua
Bola de plasticina
Pedaço de madeira
Rolha de cortiça
Clipe
Prego
Moedas
Responde à questão:
Porque é que alguns materiais afundam?
Saber mais…
Como é que os barcos, apesar de serem tão grandes e pesados, flutuam?
Com a ajuda dos teus pais investiga sobre o assunto fazendo pesquisa, por exemplo, na Internet.
Anexo 4
Folha de registos (adaptada de Vieira, 2003) As propriedades da água – água própria para consumo
Analisa as diferentes amostras e preenche a tabela.
Observa os gobelets A e B. Um deles contém água potável e outro água imprópria para consumo.
Qual dos dois tem água imprópria para consumo? Justifica a tua resposta.
Gobelets Tem cor? Tem cheiro? Tem sabor?
Gobelet A
Gobelet B
Gobelet C
Gobelet D
Observa os gobelets C e D. Um deles contém água potável e outra água imprópria para consumo.
Consegues identificar qual o frasco com água imprópria para consumo? Justifica a tua resposta.
Observa, tendo em atenção caraterísticas como o odor, a turvação da água, entre outras, uma
amostra do gobelet C e outra do gobelet D. Achas que já consegues descobrir qual a água
imprópria para consumo? Justifica a tua resposta.
Observa as duas preparações ao microscópio, uma do gobelé C e outra do gobelé D. Regista as
observações.
Amostra do gobelet C
Amostra do gobelet DD
E agora? Já és capaz de identificar qual a água boa para consumo humano? Justifica a tua
resposta.
Por último, responde à questão inicial: «Como podemos saber se a água é boa para consumo
humano?»
Anexo 5
Será que se enchermos diferentes recipientes com
água e colocarmos rebuçados estes se irão
dissolver? Se agitarmos (mexermos) a solução o
rebuçado dissolve-se mais rapidamente?
Eu penso que os rebuçados dissolvem-
se ao mesmo tempo porque são
iguais.
Eu acho que se agitarmos mais a
mistura o rebuçado desaparece
mais depressa.
Anexo 6
Tabela para controlo de variáveis Para medir o tempo de dissolução de um material deves ter em conta alguns critérios.
Para realizar esta atividade é necessário definir alguns critérios. Com a ajuda do teu professor
preenche os espaços em branco (com texto ou desenhos) e a tabela que se segue. No final deves
ser capaz de responder à questão colocada.
O que vamos mudar…
O que vamos medir…
O que vamos manter…
Como vamos registar…
Ensaio Agitação da mistura Temperatura do
solvente
Tempo de dissolução
completa (min.)
A
Agitação nula
B
Agitação de 10 em 10
min
C
Agitação continuada
O que observamos…
Resposta à questão-problema…
Anexo 7
Carta de planificação
Penso que… (desenha ou escreve o que pensas)
Como vamos registar o que observamos…
Estados físicos
Amostras
À
temperatura ambiente
Na caixa com
gelo à temperatura
de ____ºC
Na caixa c/
água aquecida à temperatura de
____ºC
Ordem de fusão (1º, 2º…)
Ordem de solidificação (1º, 2º…)
Azeite
Leite
Manteiga
Álcool etílico
Sal
Questão-problema: Qual o efeito da temperatura no estado físico de um
material ou substância?
Anexo 8
Trabalho prático
Penso que… (desenha ou escreve o que pensas)
Como podemos simular o Ciclo da Água? Observa o esquema.
O que representa cada parte? Completa.
Foco de luz: ____________
Recipiente com gelo: camada da atmosfera com a temperatura mais baixa
Água com sal: ____________
Questão-problema: Como vai a água parar às nuvens?
Como vamos registar…. (completa a tabela com as observações que efetuares)
Após a montagem
30 minutos depois
60 minutos depois
Referências bibliográficas
Afonso, M. M. (2008), A educação científica no 1.º ciclo do Ensino Básico. Das teorias às práticas.
Porto: Porto Editora.
Costa, S. (2009), Actividades Experimentais Para o Primeiro Ciclo: um guia prático para
Professores e Pais. Areal Editores.
Martins, I. P, et all. (2009), Despertar para a Ciência: Actividades dos 3 aos 6. Lisboa: Ministério
da Educação.
Martins, I. P, et all. (2006), Educação em Ciências e Ensino Experimental: Formação de
Professores. Coleção Ensino Experimental das Ciências. Lisboa: Ministério da Educação. Martins,
I. P, et all. (2007), Explorando plantas: sementes, germinação e crescimento: guião didáctico
para professores. Coleção Ensino Experimental das Ciências. Lisboa: Ministério da Educação.
Martins, I. P., et all. (2008), Explorando: Mudanças de Estado Físico. Coleção Ensino
Experimental das Ciências. Lisboa: Ministério da Educação.
Sá, J. (2002), Renovar Práticas no 1.º Ciclo pela via das Ciências da Natureza. Coleção Mundo de
Saberes. Porto: Porto Editora.
Sá, J. com Varela, P. (2004), Crianças Aprendem a Pensar Ciências: uma abordagem
interdisciplinar. Porto: Porto Editora.
Sá, J. com Varela, P. (2007), Das Ciências Experimentais à Literacia: Uma proposta didáctica para
o 1.º ciclo. Coleção Panorama. Porto: Porto Editora.
Vieira, R. M., et all. (2011), Educação em Ciências com orientação CTS – atividades para o ensino
básico. Porto: Areal Editores.
Organização Curricular e Programas do Ensino Básico – 1º ciclo, Ministério da Educação
Organização Curricular e Programas do Ensino Básico – 2º ciclo, Ministério da Educação
Metas Curriculares de Ciências Naturais do Ensino Básico