24
Aula 4 Introduc ¸˜ ao ` a Probabilidade e aos Processos Estoc ´ asticos Vin´ ıcius A. Armentano 1 Paulo A. Valente Ferreira 2 1 Departmento de Engenharia de Sistemas 2 Departamento de Telem´ atica Faculdade de Engenharia El´ etrica e Computac ¸˜ ao Universidade Estadual de Campinas Vin´ ıcius,Valente Introduc ¸˜ ao ` a Probabilidade e aos Processos Estoc ´ asticos

Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

Aula 4

Introducao a Probabilidade eaos Processos Estocasticos

Vinıcius A. Armentano1 Paulo A. Valente Ferreira2

1Departmento de Engenharia de Sistemas

2Departamento de Telematica

Faculdade de Engenharia Eletrica e ComputacaoUniversidade Estadual de Campinas

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 2: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

Aula 4

Conteudo

1 IndependenciaConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

2 Contagemk-PermutacoesCombinacoesParticoes

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 3: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

Independencia pode ser utilizada na modelagem desistemas complexos compostos por varios componentes.

E bastante comum assumir que os comportamentos doscomponentes sao desacoplados (independentes).

Exemplo (Conectividade de Redes)

Uma rede de computadores conecta dois nos, A e B, atravesde nos intermediarios C, D, E e F.

Para cada par ij de nos conectados diretamente, existeuma dada probabilidade pij do link estar funcionando.

Assume-se que a falha num link e independente dasfalhas nos demais links. Qual a probabilidade de queexista um caminho conectando A e B?

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 4: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

PSfrag replacements

1

1

2

2

3

3

A B

C

D

E

F

Coneccao Paralelo

Coneccao Serie0.90.9

0.8

0.95

0.95

0.75

0.85

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 5: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

Exemplo (Continuacao)

Um sistema como a rede do exemplo pode ser dividido emsubsistemas, subconjuntos de componentes.

Os subsistemas conectam componentes nasconfiguracoes serie ou paralelo.

Seja um subsistema com componentes 1, 2, . . . , m. Sejapi a probabilidade de funcionamento do componente i.

Na coneccao serie, todos os componentes devemfuncionar: P(serie funciona) = p1p2 · · ·pm. Na coneccaoparalelo, basta qualquer componente funcionar:

P(paralelo funciona) = 1 − P(paralelo nao funciona)

= 1 − (1 − p1)(1 − p2) · · · (1 − pm).

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 6: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

Exemplo (Continuacao)

Comecando pelo fim, calcula-se inicialmente pCB:

pCB = 1 − (1 − pCEpEB)(1 − pCF pFC) = 0.946.

As probabilidades relativas as coneccoes serie de A a Bpassando por C ou por D sao:

pACB = pACpCB = 0.851, pADB = pADpDB = 0.712.

Finalmente, para a coneccao paralelo a partir de A,

pAB = 1 − (1 − pACB)(1 − pADB) = 0.957.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 7: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

Ensaios Independentes

Num experimento envolvendo uma sequencia de estagiosindependentes e identicos, tem-se ensaios independentes.

Se existem apenas dois resultados possıveis em cadaestagio, obtem-se ensaios independentes de Bernoulli.

Os dois resultados possıveis podem ser qualquer coisa,mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”.

Um experimento consiste de n lancamentos de uma moeda. Aprobabilidade de cara e p (0 ≤ p ≤ 1).

Independencia significa que os eventos A1, A2, . . . , An,sendo Ai = o i-esimo lancamento e cara, saoindependentes.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 8: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

Deescricao Sequencial (n = 3)

PSfrag replacements

p

p

p

p

p

p

p

1 − p

1 − p

1 − p

1 − p

1 − p

1 − p

1 − p

HHH Prob = p3

HHT Prob = p2(1 − p)

HTH Prob = p2(1 − p)

HTT Prob = p(1 − p)2

THH Prob = p2(1 − p)

THT Prob = p(1 − p)2

TTH Prob = p(1 − p)2

TTT Prob = (1 − p)3

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 9: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

No experimento,

Numa sequencia de tamanho 3, a probabilidade de k (≤ n)caras (e n − k coroas) e pk (1 − p)3−k .

No caso de uma sequencia de tamanho n, k caras e n − kcoroas tem probabilidade pk (1 − p)n−k , k = 0, 1, . . . , n.

Deseja-se a probabilidade

p(k) = P(k caras em n lancamentos)

=

(nk

)

pk (1 − p)n−k,

na qual(

nk

)

significa ”numero de sequencias de tamanho n

contendo k caras”.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 10: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

Os numeros(

nk

)

, referidos como k-combinacoes de n,

sao chamados de coeficientes binomiais.Ainda na aula, demonstra-se que

(nk

)

=n!

k !(n − k)!, k = 0, 1, . . . , n,

i! = i · (i − 1) · · ·2 · 1. (0! = 1.)

A soma das probabilidades binomiais p(k) deve ser 1. Aigualdade

n∑

k=0

p(k) =n∑

k=0

(nk

)

pk (1 − p)n−k = 1

e chamada de Formula Binomial.Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 11: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

ConfiabilidadeEnsaios Independentes e Probabilidades Binomiais

Independencia

Exemplo (Gradacao de Servico)

Um provedor de internet tem instalados c modens para atenderuma populacao de n usuarios.

Num dado instante, cada usuario acessa o provedor comprobabilidade p, independentemente dos demais.

Qual a probabilidade de que existam mais usuarios do quemodens tentando acessar o provedor?

A probabilidade de que mais do que c usuarios acessem oprovedor e

n∑

k=c+1

(nk

)

pk (1 − p)n−k.

Se n = 100, p = 0.1 e c = 15, a probabilidade e de 0.04.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 12: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

O calculo de probabilidades frequentemente envolve contar onumero de resultados em varios eventos.

Se Ω possui um numero finito de resultados igualmenteprovaveis, para qualquer evento A,

P(A) =# de elementos de A# de elementos de Ω

.

Se a probabilidade de cada resultado e conhecida e iguala p, entao P(A) = p · (# de elementos de A).

Exemplo: quantas sequencias de tamanho n resultantesde n lancamentos de uma moeda contem k caras?

Questoes deste tipo constituem grande parte do areaconhecida como Analise Combinatoria

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 13: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Princıpio da ContagemConsidere um processo consistindo de r estagios. Suponhaque

Existem n1 resultados possıveis no estagio 1.

Para cada resultado possıvel no estagio 1, existem n2

resultados possıveis no estagio 2.

Genericamente, para qualquer resultado possıvel noestagio i − 1, existem ni resultados possıveis no estagio i .

Entao o numero total de resultados possıveis num processo der estagios e o produto

n1n2 · · ·nr .

Os valores n1, n2, . . . , nr podem ser diferentes, mas ni deveser constante para cada resultado do estagio i − 1.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 14: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Exemplo

Considere um conjunto de n elementos S = s1, s2, . . . , sn.Quantos subconjuntos de S podem ser formados, incluindoS e o conjunto vazio, ∅?

O calculo do numero de subconjuntos pode ser visto comum processo de n estagios.

No estagio i, o elemento si pode ou nao estar contido(duas possibilidades) num subconjunto de S .

Apos n estagios, o numero total de subconjuntos de Sseria

2 · 2 · · ·2︸ ︷︷ ︸

n vezes= 2n

.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 15: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Considere n objetos distintos. Seja k um inteiro positivo(k ≤ n). De quantas maneiras diferentes e possıvel arranjarsequencias de k objetos a partir dos n objetos dados?

O primeiro elemento da sequencia pode ser escolhido den maneiras diferentes.O i-esimo elemento da sequencia pode ser escolhido den − (i − 1) maneiras diferentes.

Pelo Princıpio da Contagem, o numero total de k-permutacoese igual a

n(n − 1) · · · (n − k + 1) =n · (n − 1) · · · (n − k) · · ·2 · 1

(n − k) · · ·2 · 1

=n!

(n − k)!

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 16: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

PermutacoesSe k = n, o numero de n-permutacoes, chamadassimplesmente de permutacoes, e

n(n − 1) · · ·2 · 1 = n!.

Exemplo

Numero de palavras que podem ser formadas a partir de quatroletras distintas do alfabeto (26 letras, incluindo K, W e Y):

n!

(n − k)!=

26!

22!=

26 · 25 · 24 · 23 · 22!

22!= 358800.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 17: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Exemplo

Voce tem n1 CD’s de musica classica, n2 CD’s de rock e n3

CD’s de musica sertaneja. Quantos arranjos diferentes existemtais que CD’s do mesmo tipo sejam contıguos?

Existem 3! maneiras de arranjar os CD’s de diferentestipos (rock/classica/sertaneja, classica/rock/sertaneja,. . . ).

Existem n1! (n2!, n3!) arranjos de CD’s de musica classica(rock, sertaneja). O numero total de arranjos e

3!n1!n2!n3!.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 18: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Exitem n pessoas interessadas em formar um ”comite” de kpessoas. Quantos diferentes comites sao possıveis?

Abstratamente, deseja-se saber o numero decombinacoes de k objetos selecionados de n objetosdistintos.

Diferentemente da k-permutacao, a ordem dos elementosna combinacao nao e levada em conta.

ExemploAs 2-permutacoes de A, B, C e D sao

AB,AC,AD,BA,BC,BD,CA,CB,CD,DA,DB,DC.

As combinacoes de 2 letras de A, B, C e D seriamAB,AC,AD,BC,BD,DC.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 19: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

O numero de combinacoes de k objetos dentre n objetosdistintos pode ser calculado da seguinte maneira:

O numero de k-permutacoes e igual ao numero decombinacoes vezes o numero de permutacoes de kobjetos. Logo

n!

(n − k)!= (# combinacoes) · k !.

Representando o numero de combinacoes de k objetos

dentre n por(

nk

)

, obtem-se

(nk

)

=n!

k !(n − k)!.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 20: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Uma combinacao e uma escolha de k objetos dentre umconjunto de n elementos.

Uma combinacao pode ser vista como uma particao doconjunto. Uma parte contem k elementos, a outra n − k .

A ideia pode ser gereralizada para uma particao em rsubconjuntos disjuntos.

Sejam n1, n2, . . . , nr numeros inteiros nao-negativos tais que

n1 + n2 + · · ·nr = n.

Considere uma particao do conjunto em r subconjuntosdisjuntos. O i-esimo subconjunto contem ni elementos.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 21: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

O numero total de particoes pode ser obtido da seguinte forma:

Existem(

nn1

)

maneiras de formar os elementos do

primeiro subconjunto.

Existem(

n − n1

n2

)

maneiras de formar os elementos do

segundo subconjunto.

Existem(

n − n1 · · · − ni−1

ni

)

maneiras de formar os

elementos do i-esimo subconjunto.Pelo Princıpio da Contagem, o numero total de escolhas e

(nn1

) (n − n1

n2

)

· · ·

(n − n1 · · · − nr−1

nr

)

.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 22: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Apos cancelar termos fatoriais, obtem-se o chamadocoeficiente multinomial:

(n

n1, n2, . . . , nr

)

=n!

n1!n2! · · ·nr !.

Exemplo

Uma classe consiste de 4 alunos de graduacao e 12 alunos depos-graduacao. Qual a probabilidade de cada grupo incluir umaluno de graduacao?

Um resultado tıpico do experimento e uma particao de 16alunos em grupos de 4 alunos. O total de particoes e

(16

4, 4, 4, 4

)

=16!

4!4!4!4!.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 23: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Exemplo (Continuacao)

Os 4 alunos de graduacao podem ser distribuıdos de 4!maneiras distintas entre os 4 grupos.

Os restantes 12 alunos podem ser distribuıdos de(

123, 3, 3, 3

)

=12!

3!3!3!3!

maneiras distintas.

Pelo Princıpio da Contagem, o evento de interesse podeocorrer de

4!12!

3!3!3!3!

maneiras diferentes.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos

Page 24: Introduc¸ao˜ a` Probabilidade e aos Processos Estocasticos´valente/a04_ia886.pdf · mas constuma-se raciocinar com ”cara” e ”coroa”. Um experimento consiste de n lanc¸amentos

IndependenciaContagem

k-PermutacoesCombinacoesParticoes

Contagem

Exemplo (Continuacao)

A probabilidade de que o evento ocorra e portanto

4!12!

3!3!3!3!16!

4!4!4!4!

=12 · 8 · 4

15 · 14 · 13≈ 0.14.

Vinıcius,Valente Introducao a Probabilidade e aos Processos Estocasticos